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Portaria nº 3.

214 de 08 de Junho de 1978


Norma Regulamentadora Nº05
MTE
- CIPA -
COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES

1. Origem da CIPA

Em 1921, a Organização Internacional do Trabalho – OIT, organizou uma comissão para


pesquisar a situação da segurança e da higiene do trabalho nas indústrias dos países a ela
filiados. Como parte das conclusões dessa pesquisa, a comissão propôs que fossem criados
comitês de segurança do trabalho que teriam atribuições voltadas à prevenção de acidentes nas
indústrias.

A OIT expediu instruções aos governos dos países membros para que legislassem sobre a
criação de comitês de segurança do trabalho, sugerindo que fossem tornados obrigatórios em
indústrias com vinte e cinco ou mais empregados.
Alguns países adotaram a recomendação da OIT e adotaram os comitês ainda na década
de vinte.

1.1 Origem da CIPA no Brasil


1942 1ª CIPA na Ligth – Rio de Janeiro

1º Movimento Trabalhista sobre condições de trabalho na indústria

têxtil – Rio de Janeiro

1943 Decreto Lei 5.452 de 01/05/1943


Institui a Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT

1944 O Governo adota a recomendação da OIT, através do Decreto Lei 7.036

de 10/01/1944, tornando obrigatória a criação da CIPA


1972 Portaria 3.237 de 27/11/1972, torna obrigatório o SESMT

1977 Alteração do Decreto Lei 5.452 de 1943, nos itens que trata sobre

segurança e saúde no trabalho

1977 Lei 6.514 de 22/12/1977, assegura ao membro titular representante

dos empregados na CIPA, garantia provisória de emprego

1978 Portaria 3.214 de 08/06/1978, que aprova as 28 Normas


Regulamentadoras e altera o Capítulo V da CLT.

1992 Alteração na NR 9, tornando obrigatório a realização do Mapa de Riscos

1996 Foi instituído o Grupo de Trabalho Tripartite – GTT / CIPA


1999 Portaria nº 8, cria a nova CIPA, atualmente em vigor

2001 Portaria n° 16

2007 Portaria n° 14

2011 Portaria n° 247

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2. Conceito da CIPA

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, pode ser interpretada, como segue:


Comissão: Um grupo de pessoas que se reúnem para tratar de um determinado
assunto, onde seus objetivos estejam sempre em primeiro plano.
Interna: Restringe a atuação à própria empresa.
Prevenção: Define o papel da comissão e estabelece sua meta principal.
Acidentes: Qualquer ocorrência inesperada que interfere no andamento normal do
trabalho, causando danos materiais, perda de tempo ou lesão à pessoa.

3. Objetivos da CIPA

A prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, é o principal objetivo da


comissão, devendo a mesma pautar suas ações na NR 5 da Portaria 3.214/78.
A prevenção de doenças e acidentes de trabalho, devem ser realizados mediante o controle
dos riscos presentes no ambiente, nas condições e na organização do trabalho, visando a
preservação da vida e a promoção da saúde dos trabalhadores.

4. Responsabilidades da CIPA

As responsabilidades da Comissão, podem ser interpretadas através de várias legislações


que regulamentam o funcionamento da CIPA, entre elas a CLT, a NR 5 da Portaria do Ministério
do Trabalho, Código Civil e Penal, Constituição Federal, bem como Legislação Previdenciária.
Ao interpretá-las, podemos definir como responsabilidades da CIPA:
 Investigar, analisar e prevenir acidentes e doenças decorrentes do trabalho;
 Conhecer os ambientes de trabalho e os riscos existentes;
 Atender as necessidades dos empregados, no tocante prevenção e promoção da saúde
no ambiente de trabalho;
 Buscar apoio da empresa, para desenvolver um trabalho com segurança e qualidade.

Podemos dizer ainda que a CIPA, para desenvolver o trabalho que lhe compete e ter vida
própria, deve ter:
 Coragem de promover continuamente mudanças;
 Sensibilidade de perceber os benefícios de cada mudança;

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 Tenacidade de continuar buscando o índice zero de acidentes de trabalho e/ou


doenças do trabalho;

4.1 Responsabilidade Civil

O Código Civil, trata da Responsabilidade Civil do Empregador, para com o Acidente ou


Doença do Trabalho, bem como da indenização destes, como segue:
 Art. 186: “aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência violar
direito ou causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.
 Cap. I – da Obrigação de Indenizar
Art. 927: “aquele que por ato ilícito (art. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.”
Parágrafo Único: “Haverá obrigação de reparar o dano, independente de culpa, nos
casos específicos em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor
do dano implicar, por sua natureza, risco para com os direitos de outrem.”
 Cap. II – Da Indenização
Art. 944: “A indenização mede-se pela extensão do dano”
Art. 949: “ No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido
das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além
de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.”
Art. 950: “Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu
ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das
despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá
pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da
depreciação que ele sofreu.”
Parágrafo Único: “O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a indenização seja
arbitrada e paga de uma só vez.”
 Por Ato de Terceiros:
Art. 932: “São responsáveis pela reparação civil”:
Inciso III: “O empregador por seus empregados.”

O Código Civil dá ainda, direito de reembolso do empregador se comprovada a culpa do


empregado ou preposto.

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4.2 Responsabilidade Criminal

O Acidente ou Doença do Trabalho poderá acarretar também, a responsabilidade penal do


empregador e/ou de seu preposto. Esta responsabilidade é tratada pelo Código Penal, como
segue:
 Art. 129: “Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem. Se a lesão é culposa a
pena é de detenção de dois meses a um ano.”
 Art. 132: “Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto ou eminente. Pena de
detenção de três meses a um ano, se não constituir crime mais grave”

4.3 Direitos Individuais e Sociais

A responsabilidade do empregador e seu preposto, diante do Acidente de Trabalho é


ainda tratado, pela Constituição Federal, através dos Capítulos que tratam dos Direitos
Individuais e dos Direitos Sociais.
 Direitos Individuais
Art. 5º - Inciso V: “É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além
da indenização por dano material, moral ou à imagem.”
Art. 5º - Inciso X: “São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem
das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação.”
 Direitos Sociais
Art. 7º - Inciso XXII: “Redução dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas
de saúde, higiene e segurança.”
Art. 7º - Inciso XXIII: “Seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador,
sem excluir a indenização a que este está obrigado quando incorrer em dolo ou culpa”.

4.4 Ação Regressiva da Previdência Social

A Previdência Social, também trata da responsabilidade da Doença e do Acidente de


Trabalho, com enfoque na negligência por parte do empregador, buscando a diminuição de seus
gastos relativos ao auxilio acidente pago ao empregado acidentado.
 Lei 8.213 de 27/07/91

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Art. 120: “Nos casos de negligência quanto às normas - padrão de segurança e higiene
do trabalho indicados para a proteção individual e coletiva, a Previdência Social
proporá ação regressiva contra os responsáveis.”

Recentemente a Superintendência Regional do INSS e a DRT de São Paulo, celebraram


um convênio, onde a DRT encaminha ao INSS os casos graves e fatais, bem como fornece
assessoria técnica específica para melhor fundamentação da ação regressiva.
Na ação regressiva da Previdência Social, o empregador negligente poderá ensejar o
pagamento de indenização por responsabilidade civil ao acidentado ou aos seus dependentes,
acumulada com o ressarcimento ao INSS dos benefícios previdenciários.

5. A CIPA

DO OBJETIVO:

5.1 A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - tem como objetivo a prevenção de
acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o
trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.

DA CONSTITUIÇÃO:

5.2 Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular funcionamento as


empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da administração direta e
indireta, instituições beneficentes, associações recreativas, cooperativas, bem como outras
instituições que admitam trabalhadores como empregados.
5.3 As disposições contidas nesta NR aplicam-se, no que couber, aos trabalhadores avulsos e às
entidades que lhes tomem serviços, observadas as disposições estabelecidas em Normas
Regulamentadoras de setores econômicos específicos.
5.4 (Revogado pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011)
5.5 As empresas instaladas em centro comercial ou industrial estabelecerão, através de
membros de CIPA ou designados, mecanismos de integração com objetivo de promover o
desenvolvimento de ações de prevenção de acidentes e doenças decorrentes do ambiente e
instalações de uso coletivo, podendo contar com a participação da administração do mesmo.

DA ORGANIZAÇÃO:

5.6 A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados, de acordo com o
dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as alterações disciplinadas em
atos normativos para setores econômicos específicos.
5.6.1 Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles designados.
5.6.2 Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio
secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os
empregados interessados.
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5.6.3 O número de membros titulares e suplentes da CIPA, considerando a ordem decrescente


de votos recebidos, observará o dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as
alterações disciplinadas em atos normativos de setores econômicos específicos.
5.6.4 Quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro I, a empresa designará um
responsável pelo cumprimento dos objetivos desta NR, podendo ser adotados mecanismos de
participação dos empregados, através de negociação coletiva.
5.7 O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma reeleição.
5.8 É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direção
de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o registro de sua candidatura até um
ano após o final de seu mandato.
5.9 Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não descaracterizem suas atividades
normais na empresa, sendo vedada a transferência para outro estabelecimento sem a sua
anuência, ressalvado o disposto nos parágrafos primeiro e segundo do artigo 469, da CLT.
5.10 O empregador deverá garantir que seus indicados tenham a representação necessária para a
discussão e encaminhamento das soluções de questões de segurança e saúde no trabalho
analisadas na CIPA.
5.11 O empregador designará entre seus representantes o Presidente da CIPA, e os
representantes dos empregados escolherão entre os titulares o vice-presidente.
5.12 Os membros da CIPA, eleitos e designados serão, empossados no primeiro dia útil após o
término do mandato anterior.
5.13 Será indicado, de comum acordo com os membros da CIPA, um secretário e seu substituto,
entre os componentes ou não da comissão, sendo neste caso necessária a concordância do
empregador.
5.14 A documentação referente ao processo eleitoral da CIPA, incluindo as atas de eleição e de
posse e o calendário anual das reuniões ordinárias, deve ficar no estabelecimento à disposição da
fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego. (Alterado pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de
julho de 2011)
5.14.1 A documentação indicada no item 5.14 deve ser encaminhada ao Sindicato dos
Trabalhadores da categoria, quando solicitada. (Inserido pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de
julho de 2011)
5.14.2 O empregador deve fornecer cópias das atas de eleição e posse aos membros titulares e
suplentes da CIPA, mediante recibo. (Inserido pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011)
5.15 A CIPA não poderá ter seu número de representantes reduzido, bem como não poderá ser
desativada pelo empregador, antes do término do mandato de seus membros, ainda que haja
redução do número de empregados da empresa, exceto no caso de encerramento das atividades
do estabelecimento. (Alterado pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011)

DAS ATRIBUIÇÕES:

5.16 A CIPA terá por atribuição:


a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participação
do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver;
b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de
segurança e saúde no trabalho;
c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias,
bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho;

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d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando a


identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos
trabalhadores;
e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho
e discutir as situações de risco que foram identificadas;
f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;
g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para
avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à segurança e
saúde dos trabalhadores;
h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina ou setor onde
considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores;
i) colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros programas
relacionados à segurança e saúde no trabalho;
j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como cláusulas de
acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho;
l) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da análise das
causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas
identificados;
m) requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham interferido na
segurança e saúde dos trabalhadores;
n) requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;
o) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de
Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT;
p) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da AIDS.
5.17 Cabe ao empregador proporcionar aos membros da CIPA os meios necessários ao
desempenho de suas atribuições, garantindo tempo suficiente para a realização das tarefas
constantes do plano de trabalho.

5.18 Cabe aos empregados:


a) participar da eleição de seus representantes;
b) colaborar com a gestão da CIPA;
c) indicar à CIPA, ao SESMT e ao empregador situações de riscos e apresentar sugestões para
melhoria das condições de trabalho;
d) observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendações quanto à prevenção de
acidentes e doenças decorrentes do trabalho.

5.19 Cabe ao Presidente da CIPA:


a) convocar os membros para as reuniões da CIPA;
b) coordenar as reuniões da CIPA, encaminhando ao empregador e ao SESMT, quando houver, as
decisões da comissão;
c) manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA;
d) coordenar e supervisionar as atividades de secretaria;
e) delegar atribuições ao Vice-Presidente;

5.20 Cabe ao Vice-Presidente:


a) executar atribuições que lhe forem delegadas;

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b) substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos seus afastamentos


temporários;

5.21 O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA, em conjunto, terão as seguintes atribuições:


a) cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o desenvolvimento de seus
trabalhos;
b) coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os objetivos propostos
sejam alcançados;
c) delegar atribuições aos membros da CIPA;
d) promover o relacionamento da CIPA com o SESMT, quando houver;
e) divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento;
f) encaminhar os pedidos de reconsideração das decisões da CIPA;
g) constituir a comissão eleitoral.

5.22 O Secretário da CIPA terá por atribuição:


a) acompanhar as reuniões da CIPA e redigir as atas apresentando-as para aprovação e
assinatura dos membros presentes;
b) preparar as correspondências; e
c) outras que lhe forem conferidas.

DO FUNCIONAMENTO:

5.23 A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário preestabelecido.
5.24 As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o expediente normal da empresa e
em local apropriado.
5.25 As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes com encaminhamento de cópias
para todos os membros.
5.26 As atas devem ficar no estabelecimento à disposição da fiscalização do Ministério do
Trabalho e Emprego. (Alterado pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011)
5.27 Reuniões extraordinárias deverão ser realizadas quando:
a) houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine aplicação de medidas
corretivas de emergência;
b) ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal;
c) houver solicitação expressa de uma das representações.
5.28 As decisões da CIPA serão preferencialmente por consenso.
5.28.1 Não havendo consenso, e frustradas as tentativas de negociação direta ou com mediação,
será instalado processo de votação, registrando-se a ocorrência na ata da reunião.
5.29 Das decisões da CIPA caberá pedido de reconsideração, mediante requerimento justificado.
5.29.1 O pedido de reconsideração será apresentado à CIPA até a próxima reunião ordinária,
quando será analisado, devendo o Presidente e o Vice-Presidente efetivar os encaminhamentos
necessários.
5.30 O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, quando faltar a mais
de quatro reuniões ordinárias sem justificativa.

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5.31 A vacância definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, será suprida por suplente,
obedecida a ordem de colocação decrescente que consta na ata de eleição, devendo os motivos
ser registrados em ata de reunião. (Alterado pela Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011)
5.31.1 No caso de afastamento definitivo do presidente, o empregador indicará o substituto, em
dois dias úteis, preferencialmente entre os membros da CIPA.
5.31.2 No caso de afastamento definitivo do vice-presidente, os membros titulares da
representação dos empregados, escolherão o substituto, entre seus titulares, em dois dias úteis.
5.31.3 Caso não existam suplentes para ocupar o cargo vago, o empregador deve realizar eleição
extraordinária, cumprindo todas as exigências estabelecidas para o processo eleitoral, exceto
quanto aos prazos, que devem ser reduzidos pela metade. (Inserido pela Portaria SIT n.º 247, de
12 de julho de 2011)
5.31.3.1 O mandato do membro eleito em processo eleitoral extraordinário deve ser
compatibilizado com o mandato dos demais membros da Comissão. (Inserido pela Portaria SIT n.º
247, de 12 de julho de 2011)
5.31.3.2 O treinamento de membro eleito em processo extraordinário deve ser realizado no
prazo máximo de trinta dias, contados a partir da data da posse. (Inserido pela Portaria SIT n.º
247, de 12 de julho de 2011)

DO TREINAMENTO:

5.32 A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e suplentes,
antes da posse.
5.32.1 O treinamento de CIPA em primeiro mandato será realizado no prazo máximo de trinta
dias, contados a partir da data da posse.
5.32.2 As empresas que não se enquadrem no Quadro I, promoverão anualmente treinamento
para o designado responsável pelo cumprimento do objetivo desta NR.
5.33 O treinamento para a CIPA deverá contemplar, no mínimo, os seguintes itens:
a) estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos originados do processo
produtivo;
b) metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do trabalho;
c) noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição aos riscos existentes
na empresa;
d) noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS, e medidas de prevenção;
e) noções sobre as legislações trabalhista e previdenciária relativas à segurança e saúde no
trabalho;
f) princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos;
g) organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das atribuições da Comissão.
5.34 O treinamento terá carga horária de vinte horas, distribuídas em no máximo oito horas
diárias e será realizado durante o expediente normal da empresa.
5.35 O treinamento poderá ser ministrado pelo SESMT da empresa, entidade patronal, entidade
de trabalhadores ou por profissional que possua conhecimentos sobre os temas ministrados.
5.36 A CIPA será ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive quanto à entidade ou
profissional que o ministrará, constando sua manifestação em ata, cabendo à empresa escolher a
entidade ou profissional que ministrará o treinamento.

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5.37 Quando comprovada a não observância ao disposto nos itens relacionados ao treinamento, a
unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego, determinará a complementação ou
a realização de outro, que será efetuado no prazo máximo de trinta dias, contados da data de
ciência da empresa sobre a decisão.

DO PROCESSO ELEITORAL:

5.38 Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos representantes dos
empregados na CIPA, no prazo mínimo de 60 (sessenta) dias antes do término do mandato em
curso.
5.38.1 A empresa estabelecerá mecanismos para comunicar o início do processo eleitoral ao
sindicato da categoria profissional.
5.39 O Presidente e o Vice Presidente da CIPA constituirão dentre seus membros, no prazo
mínimo de 55 (cinqüenta e cinco) dias antes do término do mandato em curso, a Comissão
Eleitoral – CE, que será a responsável pela organização e acompanhamento do processo eleitoral.
5.39.1 Nos estabelecimentos onde não houver CIPA, a Comissão Eleitoral será constituída pela
empresa.
5.40 O processo eleitoral observará as seguintes condições:
a) publicação e divulgação de edital, em locais de fácil acesso e visualização, no prazo mínimo de
45 (quarenta e cinco) dias antes do término do mandato em curso;
b) inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para inscrição será de quinze dias;
c) liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento, independentemente de
setores ou locais de trabalho, com fornecimento de comprovante;
d) garantia de emprego para todos os inscritos até a eleição;
e) realização da eleição no prazo mínimo de 30 (trinta) dias antes do término do mandato da
CIPA, quando houver;
f) realização de eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários de turnos e em
horário que possibilite a participação da maioria dos empregados.
g) voto secreto;
h) apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com acompanhamento de representante do
empregador e dos empregados, em número a ser definido pela comissão eleitoral;
i) faculdade de eleição por meios eletrônicos;
j) guarda, pelo empregador, de todos os documentos relativos à eleição, por um período mínimo
de cinco anos.
5.41 Havendo participação inferior a cinqüenta por cento dos empregados na votação, não haverá
a apuração dos votos e a comissão eleitoral deverá organizar outra votação, que ocorrerá no
prazo máximo de dez dias.
5.42 As denúncias sobre o processo eleitoral deverão ser protocolizadas na unidade
descentralizada do MTE, até trinta dias após a data da posse dos novos membros da CIPA.
5.42.1 Compete a unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego, confirmadas
irregularidades no processo eleitoral, determinar a sua correção ou proceder a anulação quando
for o caso.
5.42.2 Em caso de anulação a empresa convocará nova eleição no prazo de cinco dias, a contar da
data de ciência, garantidas as inscrições anteriores.

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5.42.3 Quando a anulação se der antes da posse dos membros da CIPA, ficará assegurada a
prorrogação do mandato anterior, quando houver, até a complementação do processo eleitoral.
5.43 Assumirão a condição de membros titulares e suplentes, os candidatos mais votados.
5.44 Em caso de empate, assumirá aquele que tiver maior tempo de serviço no estabelecimento.
5.45 Os candidatos votados e não eleitos serão relacionados na ata de eleição e apuração, em
ordem decrescente de votos, possibilitando nomeação posterior, em caso de vacância de
suplentes.

DAS CONTRATANTES E CONTRATADAS:

5.46 Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços, considera-se


estabelecimento, para fins de aplicação desta NR, o local em que seus empregados estiverem
exercendo suas atividades.
5.47 Sempre que duas ou mais empresas atuarem em um mesmo estabelecimento, a CIPA ou
designado da empresa contratante deverá, em conjunto com as das contratadas ou com os
designados, definir mecanismos de integração e de participação de todos os trabalhadores em
relação às decisões das CIPA existentes no estabelecimento.
5.48 A contratante e as contratadas, que atuem num mesmo estabelecimento, deverão
implementar, de forma integrada, medidas de prevenção de acidentes e doenças do trabalho,
decorrentes da presente NR, de forma a garantir o mesmo nível de proteção em matéria de
segurança e saúde a todos os trabalhadores do estabelecimento.
5.49 A empresa contratante adotará medidas necessárias para que as empresas contratadas,
suas CIPA, os designados e os demais trabalhadores lotados naquele estabelecimento recebam as
informações sobre os riscos presentes nos ambientes de trabalho, bem como sobre as medidas
de proteção adequadas.
5.50 A empresa contratante adotará as providências necessárias para acompanhar o
cumprimento pelas empresas contratadas que atuam no seu estabelecimento, das medidas de
segurança e saúde no trabalho.

5.6 Reuniões Ordinárias

O objetivo da reunião é consolidar a atuação dos membros e da CIPA como um todo, para
gerar sempre mais subsídios para a prevenção de acidentes.
De acordo com a NR 5, as reuniões ordinárias tem periodicidade mensal e se realizarão
seguindo calendário previamente estabelecido.
As reuniões devem ser programadas a partir da segunda semana do mês e antes da última,
para dar tempo de todos assuntos serem incluídos na pauta da reunião, inclusive os dados
estatísticos de acidentes acorridos no mês anterior.
Toda reunião deve ser organizada a partir da convocação dos membros titulares, não
esquecendo de preparar a pauta, materiais quando necessário e assuntos que serão discutidos e
lista de presença.
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O comparecimento às reuniões é um dever do membro titular eleito e indicado, sendo ao


mesmo tempo um dever como representante dos demais funcionários e do empregador.
Os membros da CIPA, devem encaminhar os assuntos a serem tratados pela comissão ao
Presidente, na medida que eles vão sendo levantados, se tudo for deixado para a reunião haverá
uma pauta sobrecarregada, atrapalhando o bom desempenho da mesma.
O Presidente abre a reunião e conduz os trabalhos, conforme a pauta, devendo incluir, pelo
menos:
 Leitura da Ata anterior;
 Verificação dos presentes;
 Acompanhamento das pendências da reunião anterior;
 Elaboração ou acompanhamento mensal e avaliação do Plano de Trabalho;
 Acompanhamento das ações do PPRA e do PCMSO;
 Discussão dos relatórios de inspeção;
 Discussão e análise dos acidentes ocorridos no mês anterior;
 Aborda assuntos gerais, quando necessário (SIPAT, AIDS, Treinamentos);

O encerramento também é feito pelo Presidente, após o Secretário relatar os pontos que
farão parte da ata e obter a concordância de todos.

5.7 Plano de Trabalho

Uma das atribuições da CIPA é a elaboração do Plano de Trabalho.


Planejar as ações da CIPA, é uma das formas de fazer a prevenção e conscientizar os
funcionários sobre os malefícios do acidente de trabalho.
Ver sugestão de Planilha para elaboração, planejamento e acompanhamento do Plano de
Trabalho no Anexo I.

6. Acidente de Trabalho

Há dois aspectos a serem considerados quando nos referimos ao Acidente de Trabalho: o


aspecto legal e o prevencionista.

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6.1 Conceito do Acidente

Conceito Legal

“Acidente do Trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da


Empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou perda ou
redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho”. (Art. 19 da Lei 8.213/91).

Conceito Prevencionista

“Acidente do Trabalho é toda ocorrência não programada que interfere no andamento


normal do trabalho dos quais resultam, separadamente ou em conjunto, lesões, danos materiais
ou perda de tempo.”

Igualam-se e são consideradas como acidente de trabalho as doenças profissionais.


Outros casos que caracterizam o acidente de trabalho são, também, os infortúnios que
ocorrem no local e horário de trabalho e que resultam de atos de sabotagem ou terrorismo
praticados por estranhos ou mesmo por companheiros.
O mesmo se dá com lesões físicas intencionais, provocadas por terceiros, se decorrentes
de disputa relacionada ao trabalho. Atos de prudência por pessoas privadas do uso da razão,
desabamento, inundação ou incêndio, casos decorrentes de causa imprevista ou de força maior,
se enquadram no conceito de acidente de trabalho.
Esse conceito, todavia, é mais amplo, incluindo infortúnios fora do local e horário de
atividade do empregado.

São exemplos de acidentes ocorridos:


 Na execução de ordem ou na realização de serviço sob autoridade da empresa;
 Na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa, para evitar-lhe prejuízo ou
para proporcionar-lhe proveito;
 Em viagem a serviço da empresa, seja qual for o meio de locomoção utilizado, e mesmo
sendo veículo do próprio empregado;
 No percurso da residência para o trabalho ou vice-versa; nos períodos de refeição ou
descanso dos empregados, que permanecem ou não no local de trabalho.

Acidentes de trabalho, portanto não são somente aqueles que causam lesões ao
trabalhador, mas também outras ocorrências que ocasionam outro dano como perda de tempo e
danos materiais.
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Conceito Técnico

“Acidente do Trabalho é a ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não,


relacionada com o exercício do trabalho, que provoca lesão pessoal ou de que decorre risco
próximo ou remoto dessa lesão” (NBR 14.280 de Fevereiro de 1999 – ABNT).

6.2 Causas dos Acidentes do Trabalho

6.2.1 Fatores Pessoais e Circunstanciais

São ações cometidas pelo trabalhador que podem levá-lo a sofrer um acidente. Os fatores
que levam o indivíduo a praticá-las são múltiplos, sendo que todos são resultados do não
atendimento às Normas de Segurança.

Segundo a NBR 14.280 da ABNT, o fator pessoal de insegurança é causa relativa ao


comportamento humano, que pode levar a ocorrência do acidente ou à prática do ato inseguro.
Como exemplo, podemos citar:
 Deficiência Auditiva;
 Agressividade;
 Distúrbio Emocional;
 Fadiga;
 Falta de Conhecimento, entre outros;

6.2.2 Ato abaixo do padrão

Ação ou omissão que contrariando preceito de segurança, pode causar ou favorecer a


ocorrência do acidente.
Como exemplo, podemos citar:
 Bloquear, tampar, amarrar dispositivos de segurança;
 Operar uma máquina ou equipamento com velocidade insegura;
 Lubrificar ou regular equipamento em movimento;
 Manusear objetos de maneira errada;
 Desrespeitar sinalização;
 Agredir pessoas;

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 Não manter distância (Trânsito);


 Descartar material perfuro cortante fora da caixa apropriada;

6.2.3 Riscos Ambientais

São deficiências, defeitos, irregularidades técnicas na empresa que constituem riscos


para a integridade física do trabalhador, para a sua saúde e para os bens materiais da empresa.

Segundo a NBR 14.280 da ABNT, Condição Ambiental de Insegurança é a condição do


meio que causou o acidente ou contribuiu para a sua ocorrência.

Como exemplo, podemos citar:


 Empilhamento inadequado;
 Piso escorregadio;
 Emprego de ferramenta inadequada;
 Falta do E.P.I. adequado;
 Emprego de método ou procedimento potencialmente perigoso;

6.2.4 Incidente ou quase-acidente

 Qualquer ocorrência negativa com potencial para provocar danos.


 Ocorrência que por muito pouco não causou um acidente e que possui amplas condições
de provocar de fato um acidente.

6.3 Conseqüências dos Acidentes do Trabalho

Se considerarmos o aspecto legal do Acidente de Trabalho, podemos classificar suas


conseqüências, segundo a NBR 14.280, da ABNT, que são as seguintes:
 Lesão Corporal: Qualquer dano sofrido pelo organismo humano, como conseqüência de
acidente do trabalho;
 Natureza da Lesão: Expressão que identifica a lesão, segundo suas características
principais;
Exemplo: Escoriação, luxação, fratura, afogamento, ferida contusa...
 Localização da Lesão: Indicação da sede da lesão;
Exemplo: Cabeça, dedo, joelho, ombro, pé, perna...
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 Lesão Imediata: Lesão que se manifesta no momento do acidente;


 Lesão Mediata (lesão tardia): Lesão que se manifesta após a circunstância acidental
da qual resultou;
 Doença do Trabalho: Doença decorrente do exercício continuado ou intermitente de
atividade laborativa, capaz de provocar lesão por ação mediata;
 Doença Profissional: Doença do trabalho causada pelo exercício de atividade
específica, constante em relação oficial;
Exemplos: Surdez, Pneumoconiose, Asbestose, DORT...
 Morte: Cessação da capacidade de trabalho pela perda da vida, independente do
tempo decorrido desde a lesão.

Se considerarmos o aspecto prevencionista do Acidente de Trabalho, podemos classificar


suas conseqüências de forma mais prática, nos permitindo enxergar as reais conseqüências que
impactará diretamente no trabalhador acidentado, como segue:

Mutilações
 Humanas Perda de Capacidade
Morte

Redução Salarial
 Econômicas Redução do Poder Aquisitivo
Redução do Padrão de Vida

Desemprego
 Sociais Mendicância
Marginalização
Desagregação Familiar

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6.4 Investigação e Análise do Acidente

6.4.1 Objetivo da Investigação e Análise do Acidente

A investigação e análise têm por objetivo descobrir as circunstâncias em que realmente


aconteceu o acidente, aproveitando a experiência de um acidente, em favor da prevenção futura
de casos semelhantes.
A análise do acidente fornece dados que possibilitam uma visão mais correta sobre as
condições de trabalho, com indicações sobre os tipos de acidente mais freqüentes, sobre as
causas mais atuantes, medindo gravidade das conseqüências e revelando os setores que
necessitam de maior atenção da CIPA e do SESMT.
A investigação e análise do acidente correspondem a uma visão geral da ocorrência e suas
informações devem ser elementos de estudo e não um simples registro burocrático.
A prática prevencionista, nos diz que todos os acidentes de trabalho, devem ser
investigados e analisados, levantando dados e fatos, para apuramos as causas que geraram a
ocorrência.
Após apurarmos as causas e suas origens, devemos estudar e propor medidas corretivas,
que quando aplicadas corrigirão as falhas que ocasionaram o acidente, portanto evitarão que
outros acidentes venham a ocorrer em função das mesmas causas.

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O bom resultado de uma investigação e análise, depende de um bom sistema de


comunicação da ocorrência, que terá início com o próprio acidentado, ao comunicar seu acidente a
Medicina Ocupacional e a Segurança do Trabalho.

6.4.2 Metodologia da Investigação e Análise do Acidente

A cuidadosa investigação de um acidente oferecerá valiosos elementos para a análise que


deverá ser feita, concluindo-se sobre suas causas e suas conseqüências. Este trabalho provoca a
adoção de uma série de medidas preventivas, ou providências administrativas, técnicas,
psicológicas ou educativas dentro da instituição.
A investigação e análise do acidente de trabalho, terão início com a formação de um
grupo, que deverá ser composto por pelo menos 5 pessoas.
Farão parte deste grupo:
 próprio acidentado, se possível;
 Membro da CIPA, que conheça o processo;
 Segurança do Trabalho;
 Chefia Imediata do Acidentado;
 Alguém do setor que tenha presenciado o acidente;

Para garantir a eficácia da investigação e do trabalho do grupo, é importante que a


investigação aconteça num clima de confiança total entre os componentes do grupo, permitindo a
participação de todos e a emissão de opinião própria sobre os acontecimentos em questão.
Neste grupo é importante que não exista diferença hierárquica, para que não haja
imposição.
Este grupo deve ter por princípio não procurar culpados e responsáveis, mas sim chegar
às causas reais do acidente e propor medidas preventivas e adequadas.

6.4.3 Fases da Metodologia da Investigação e Análise dos Acidentes

A metodologia da investigação deve ser aplicada com rigor, de forma lógica e objetiva,
para o resultado seja eficaz.
Para tanto, dividimos esta técnica em 4 fases principais, como segue:

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1ª Fase - Levantamento dos Fatos:


Identificar todos os fatos que contribuíram para a ocorrência do acidente. Pesquisar no
local do acidente, imediatamente após a ocorrência, com a participação dos envolvidos e de quem
presenciou o acidente.

2ª Fase – Ordenação dos Fatos:


Estabelecer ligações entre os fatos, realizar entrevistas, separar as causas básicas das
causas imediatas. Fazer uma versão individual ou fazer uma reconstituição (se for necessário),
checar informações como hora extra, se os primeiros atendimentos foram realizados em tempo
hábil, os treinamentos que o acidentado participou.

3ª Fase – Implantação de Medidas Preventivas:


A prioridade nesta fase é propor o maior número de ações corretivas favorecendo a
eliminação de todos os riscos e condições inseguras avaliadas.

4ª Fase – Priorizar e Acompanhar a Implantação das Medidas Propostas:


O grupo deverá escolher a ordem com que serão adotadas as medidas propostas. Para
priorizar a implantação das medidas, é importante que haja uma avaliação das mesmas.

Esta avaliação deverá obedecer os seguintes critérios:


 Que a medida tenha sua eficácia por longo tempo;
 Que não se crie um novo risco;
 Que não se imponha grandes mudanças nas rotinas;
 Que possibilite a generalização e possa ser aplicada em outros setores;
 Que o custo seja viável;
 Que o prazo de implantação seja determinado;
 Que a medida preventiva esteja em conformidade com a lei.

6.4.4 Praticando a Investigação e Análise do Acidente

Existem várias formas e técnicas de realizarmos a investigação e posterior análise do


acidente. Para facilitar este trabalho, sugerimos que sempre sejam feitas as seguintes
perguntas:
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 Que ?
 Por quê ?
 Quando ?
 Onde ?
 Como ?

As respostas destas perguntas nos darão as causas reais que geraram ou colaboraram
para a ocorrência do acidente.
Permitirá também o preenchimento da Ficha de Análise de Acidente – FAT, que auxiliará o
levantamento estatístico realizado pelo SESMT.

Estudo de caso:

1º Caso: A Auxiliar de Higienização, ao retirar o lixo da Sala de Medicação, foi fechar o


saco e se perfurou com uma agulha.

2º Caso: A Copeira ao sair da copa com bandejas na mão, tropeçou num pequeno degrau e
caiu, machucando o ombro e o quadril.

3º Caso: Ao puncionar o dedo do paciente para fazer dextro, o paciente se mexeu e fez
com que o Auxiliar de Enfermagem furasse seu dedo polegar da mão esquerda.

4º Caso: O Cozinheiro ao chegar próximo ao “Pastru”, com uma cuba de alimentos nas
mãos, escorregou e sofreu um mal jeito na coluna.

5º Caso: A Fisioterapeuta, ao terminar de aspirar o paciente, estava ao lado da cama


anotando sinais vitais, quando o paciente tossiu e a secreção espirrou em sua boca.

6º Caso: O Pedreiro ao retirar carrinho de entulho do Banco de Leite, raspou o dedo no


azulejo da parede, que causou um corte no dedo anelar.

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7. Inspeção de Segurança

Como vimos anteriormente, normalmente os acidentes de trabalho são conseqüências de


causas que podem ser evitadas e, portanto, a inspeção de segurança tem por objetivo não só
detectar essas causas, como também tomar ou propor medidas que neutralizem ou eliminem os
riscos de acidente no trabalho.

As inspeções de segurança não são feitas somente pela CIPA, mas também pelo Serviço
Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT.
Podem ser feitas por diversos motivos, com objetivos diferentes e programadas em
épocas e em intervalos variáveis.
São portanto seus objetivos:
 Localizar os riscos ambientais, para eliminar as causas dos acidentes;
 Diminuir a ocorrência de ações inseguras;
 Estreitar o relacionamento entre técnicos em segurança, cipeiros, e outros
funcionários;
 Demonstrar aos funcionários o interesse da empresa pelo bem estar de todos;
 Implantar métodos seguros;
 Propor medidas preventivas, antes da ocorrência dos acidentes;
 Fiscalizar o cumprimento de medidas preventivas.

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 Verificar a eficácia das medidas preventivas recomendadas;

A base de toda inspeção de segurança e análise dos riscos sob objetivos acima
mencionados, deve envolver indivíduos, grupos, procedimentos e processos para controlar ou
neutralizar o risco. Isso é muito mais importante do que simplesmente atribuir a culpa a este ou
aquele fato ou pessoa.

7.1 Tipos de Inspeção

Podemos relacionar 6 tipos de inspeção, sendo que cada uma delas tem seu objetivo
específico.
Aos membros da CIPA, compete realizar inspeções periódicas em todos os setores da
empresa ou em determinados setores, conforme necessidade.

Inspeção Geral: Realizada em todos os setores da instituição, devendo ser repetidas em


intervalos regulares.
Inspeção Parcial: Inspecionam-se apenas determinados setores ou tipos de atividades ou
ainda determinadas máquinas ou equipamentos.
Inspeção de Rotina: cabem aos encarregados dos setores, aos membros da CIPA e da
manutenção.
Inspeções Periódicas: Em atendimento a determinadas leis. Determinada para alguns
tipos de equipamentos e peças móveis de maior uso e desgaste.
Inspeções Eventuais: Não tem data ou período determinado. Destina-se aos controles
especiais de problemas importantes dos diversos setores da instituição.
Inspeções Oficiais: Efetuadas por agentes dos órgãos oficiais.

Todo setor da empresa deve ter seu próprio check list para as realizações das inspeções
e nas reuniões posteriores a inspeção, deve-se discutir as não conformidades encontradas e
estabelecer uma Ação Corretiva para cada não conformidade.

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8. Riscos de Acidentes

É importante que todo cipeiro tenha noções de Higiene do Trabalho, para poder
identificar e avaliar os riscos existentes em cada setor da instituição.

Higiene do Trabalho: é a ciência que estuda a antecipação, o reconhecimento, a avaliação


e ao conforto dos fatores ambientais e dos agentes originados no ou do local de trabalho, que
podem causar prejuízos a saúde e ao bem estar, ou significante desconforto e ineficiência entre
os trabalhadores.
Limite de Tolerância: é a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada
com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador,
durante sua vida laboral.
Insalubre: que origina doença.

A Legislação Brasileira trata o assunto, pela Portaria 3.214/78, na NR 15, apresentando


critérios para interpretações a partir de avaliações quantitativas, para poder comparar com o
limite de tolerância estabelecido ou avaliações qualitativas, através de critérios específicos.
Para podermos identificar os riscos existentes em cada setor também é importante
entendermos o que é risco, o que é risco de acidente e o que é perigo.

Risco: Uma ou mais condições de uma variável com potencial necessário para causar
danos.

Riscos de Acidente: Uma ou mais condições de trabalho com potencial necessário para
causar danos pessoais e/ou materiais.

Perigo: Exposição a um risco não controlado totalmente

Portanto, podemos entender RISCO como sendo a razão entre o POTENCIAL DE PERIGO
de uma condição de trabalho e a PREVENÇÃO APLICADA.

“Nada justifica menosprezar a segurança e trabalhar sob perigo.”

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8.1 Análise de Riscos

A análise de riscos tem por objetivo, identificar os riscos de acidentes ou doenças do


trabalho existentes e determinar medidas de controle preventivas ou corretivas que vão eliminar
ou minimizar os riscos encontrados.
A identificação dos riscos podem se dar através das Inspeções de Segurança ou através
de Análise Preliminar de Riscos.

8.2 Classificação dos Riscos

Podemos classificar os riscos que acordo com os agentes responsáveis pela existência
destes riscos, em 5 grupos, como segue:
 Agentes Físicos;
 Agentes Químicos;
 Agentes Biológicos;
 Agentes Ergonômicos;
 Agentes que geram Risco de Acidente;
É necessário conhecer estes agentes para entender a prevenção de acidentes.

8.2.1 Agentes Físicos:

São formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores.

Agentes Físicos

Ruído

Vibrações

Radiações

Ionizantes Não Ionizantes

Pressões Anormais

Umidade

Temperaturas Extremas

Frio Calor

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8.2.2 Agentes Químicos:

São substâncias, compostos ou produtos que podem penetrar no organismo.


O efeito tóxico de uma substância depende da dose, da via de penetração no organismo,
da freqüência e da duração da exposição e da susceptibilidade individual quando da exposição.

Dose
“Toda substância é tóxica; não há nenhuma que não seja tóxica. A dose certa diferencia o
veneno do remédio” (Paracelsus – 1493/1541).

Via de Penetração
Pode se dar de três formas:
 Digestiva: se dá através da ingestão de comida, bebida ou ingestão acidental;
 Cutânea: se dá através da absorção pela pele. Neste caso a toxicidade vai depender
do grau de absorção, penetrando com maior facilidade em peles com rachaduras e
cortes.
 Respiratória: se dá através da inalação de poeiras, fumos, névoas, vapores, neblinas e
aerossóis;

Da Freqüência e Duração da Exposição


Pode se dar de duas formas
 Ação direta e rápida sobre o órgão alvo sem sofrerem transformação;
 Efeito tardio, após exposições repetitivas, por períodos prolongados;

Susceptibilidade Individual

São vários os fatores que contribuem para um indivíduo ser mais ou menos suscetível.
Tais como:
 Hábitos nutricionais;
 Condições físicas e clínicas;
 Obesidade;
 Alcoolismo;
 Gravidez
 Fumo, entre outros.

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8.2.3 Agentes Biológicos:

São microorganismos que em contato com o homem podem provocar inúmeras doenças.
Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários,
vírus, entre outros.
Os agentes biológicos são normalmente encontrados em:
 Trabalho em hospitais, ambulatórios e similares;
 Coleta de lixo;
 Laboratórios de análises;
 Indústrias de alimentação;
Existem na Instituição, várias atividades e processos da área assistencial que envolvem
agentes biológicos.
A penetração destes agentes em nosso organismo se dá através da penetração pela:
 Pela pele;
 Por ingestão;
 Pela respiração;
A exposição a estes agentes, podem ter como conseqüência doenças infecto-contagiosas,
tais como:
 AIDS;
 Hepatite;
 Tuberculose;
 Malária;

8.2.4 Agentes Ergonômicos:

Podemos definir agente ergonômico como sendo a falta de equilíbrio entre o homem e seu
trabalho, mas diretamente relacionado com o posto de trabalho.
Os principais agentes ergonômicos são:
 Esforço físico intenso;
 Levantamento e transporte manual de peso;
 Exigência de postura inadequada;
 Controle rígido da produtividade;
 Imposição de ritmos excessivos;
 Trabalhos em turnos e noturnos;
 Jornada de trabalho prolongada;
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 Monotonia e repetitividade;
 Outras situações causadoras de estresse;

Como conseqüências a exposição a estes agentes, podemos relacionar entre outras:


 Cansaço;
 Dores osteomusculares relacionadas ao trabalho - DORT;
 Problemas de coluna;
 Hipertensão arterial;
 Doenças do aparelho digestivo;
 Alterações do sono e da libido;

8.2.5 Agentes que geram Riscos de Acidentes:

São condições inseguras existentes nas edificações, instalações, máquinas e


equipamentos.
Os principais agentes que geram riscos de acidentes são:
 Arranjo físico inaquedado;
 Ferramentas inadequadas ou defeituosas;
 Eletricidade;
 Probabilidade de incêndio ou explosão;
 Máquinas e equipamentos sem proteção;
 Animais peçonhentos;
 Armazenamento inadequado;
 Iluminação inadequada;
 Outras situações que podem contribuir para a ocorrência de acidentes.

Estes agentes geram conseqüências imediatas, ou seja, os Acidentes de Trabalho, tais como:
 Quedas e escorregões;
 Queimaduras e choque elétrico;
 Batidas contra, entre outros;

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9. Mapa de Riscos

É a representação gráfica do reconhecimento dos riscos existentes nos locais de trabalho,


por meio de círculos de diferentes tamanhos e cores.

9.1 Objetivo

Informar e conscientizar aos trabalhadores através de fácil visualização os riscos


existentes, contribuir para reduzi-los, eliminá-los ou controlá-los. Diagnosticar novos problemas
que possivelmente possam surgir com a elaboração de um novo processo de trabalho ou novo
equipamento ou mesmo modificação do ambiente de trabalho (layout).
É um importante instrumento usado para diminuir a ocorrência de acidentes do trabalho.

O Mapa de Risco possibilita, durante sua elaboração, a troca e divulgação de informações


entre os trabalhadores, bem como estimula a participação destes, nas atividades de prevenção.

9.2 Responsabilidade pela Elaboração

Sua elaboração é de responsabilidade da Comissão Interna de Prevenção da Acidentes –


CIPA, com orientação do SESMT da empresa quando houver.

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9.3 Etapas de Elaboração

A elaboração do Mapa de Riscos, pode se dar em 6 etapas, como segue:

1ª Etapa

Conhecer o processo de trabalho, no local em questão, apurando:

 Os trabalhadores: número, sexo idade, jornada de trabalho;


 Instrumentos e materiais de trabalho;
 Atividades exercidas;
 O Ambiente

2ª Etapa:

Identificar os riscos existentes, no local em questão, de acordo com o grupo a que


pertencem, conforme o item 8.2, devendo classificá-los em grupos, de acordo com a sua natureza
e a padronização de cores, como segue:

 Agentes Físicos → Verde


 Agentes Químicos → Vermelho
 Agentes Biológicos → Marrom
 Agentes Ergonômicos → Amarelo
 Agentes que geram Risco de Acidente → Azul

3ª Etapa:

Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia.

 Medidas de Proteção Coletiva;


 Medidas de Organização do Trabalho;
 Medidas de Proteção Individual;
 Medidas de Higiene e Conforto: banheiros, vestiários, lavatórios, bebedouros;

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4ª Etapa:

Identificar os indicadores de saúde.

 Queixas mais freqüentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos mesmos riscos;
 Doenças profissionais diagnosticadas;
 Causas mais freqüentes de ausência ao trabalho;

5ª Etapa:

Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local de trabalho.

 PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais;


 LTCAT – Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho;

6ª Etapa:

Elaboração do Mapa de Riscos, sobre o layout do setor, indicando através dos círculos, os
riscos de acordo com:

 O grupo a que pertencem, com a cor padronizada;


 Número de trabalhadores expostos;
 Especificação do agente;
 A intensidade

Na realização desta última etapa, devemos lembrar que a intensidade do risco, é


determinada através da percepção dos trabalhadores ao analisarem os dados obtidos nas
etapas dois, três, quatro e cinco. Esta intensidade deve ser representada por tamanhos
proporcionalmente diferentes de círculos.

Risco Grande Risco Médio Risco Pequeno

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O tamanho dos círculos varia de acordo com a intensidade do agente identificado e a cor
com o tipo de risco.

Caso exista num só ambiente diversos riscos de um só tipo – Ex., Risco Físico: ruído,
vibração, calor. Não é preciso colocar um círculo para cada um desses agentes, desde que tenham
a mesma intensidade.

Uma outra situação que pode ocorrer, é a existência de riscos de tipos diferentes num só
local, neste caso dividi-se o circulo conforme a quantidade de riscos , em 2 , 3 , 4 ou até 5
partes iguais, cada parte com a sua respectiva cor, conforme exemplo abaixo.

Diversos tipos de riscos, com uma mesma intensidade, num mesmo setor

Verde
Amarelo

Azul

9.4 Aprovação

Após discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou setorial, deverá ser
fixado em cada setor, em local visível e de fácil acesso para os trabalhadores terem ciência dos
riscos encontrados no seu setor.

9.5 Implementação de Medidas de Proteção

Todo risco levantado através dos membros da CIPA juntamente com o SESMT, deverá a
empresa implementar medidas de proteção (EPI-EPC), visando minimizá-lo ou eliminá-lo e quando
for necessária a implantação de EPI, o mesmo será de uso obrigatório para todos os funcionários
que ali trabalham.

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Caso seja necessário adotar medidas preventivas de controle a empresa determinará


prazos para execução e implantação destas medidas preventivas, através de comunicado aos
membros da CIPA e ao SESMT, devendo ficar registrados em ata da CIPA.
Utilizar, para aula prática, as planilhas para levantamento e elaboração do Mapa de Riscos,
que constam do Anexo III.

10. PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – NR 7

A elaboração e implantação deste programa são de responsabilidade de todo e qualquer


empregador e tem por objetivo a promoção e preservação da saúde do trabalhador.

O embasamento legal e as diretrizes do programa são dados pelas legislações vigentes,


como segue:
 Lei 6.514/77 que altera o Cap. V da CLT;
 Portaria 3.214/78, que aprova as Normas Regulamentadoras;
 Portaria 24/94, dá nova redação a NR 7;

O PCMSO tem caráter preventivo, fazendo análise individual e coletiva dos agravos
ligados à exposição aos agentes agressivos, fazendo:
 Prevenção;
 Rastreamento;
 Diagnóstico precoce;
 Investigando doenças profissionais ou danos irreversíveis;

Com base nas informações contidas no PPRA, o PCMSO deve estabelecer:


 Rotinas de exames clínicos e sua periodicidade;
 Exames complementares;
 Rastreamento do nexo causal;
 Adequação do Trabalhador;

Os exames ocupacionais são realizados, quando ocorre:


 Admissão;
 Demissão;

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 Mudança de Função;
 Retorno ao Trabalho;
 Periodicidade determinada no programa;

Nos exames ocupacionais, o Médico do Trabalho busca identificar agravos à saúde do


trabalhador, analisando:
 Os riscos ambientais identificados no PPRA;
 Os agentes ambientais não previstos;
 Distúrbios não ocupacionais
 A organização do trabalho;
 Efetividade do EPI / EPC;

Anualmente, o Médico do Trabalho emite relatório contendo os dados de tudo o que foi
realizado durante o ano.
Com base nestes dados, faz a avaliação e o planejamento das ações de saúde, que podem
ser definidas através de:
 Palestras;
 Treinamentos;
 Exercícios;
 Imunizações;
 Campanhas;
A reavaliação do PCMSO, é obrigatoriamente anual.
O programa deve ser apresentado a Cipa, para conhecimento e discussão.
O programa tem que ser disponibilizado para as autoridades, quando necessário.

11. PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – NR9

É obrigatório para todo e qualquer empregador, que qualquer estabelecimento,


independente do número de empregados e tem por objetivo, reconhecer, caracterizar e
controlar possíveis riscos ambientais, considerando a preservação da saúde e da integridade
física dos empregados, bem como a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.

O embasamento legal e as diretrizes do programa são dados pelas legislações vigentes,


como segue:
 Lei 6.514/77 que altera o Cap. V da CLT;
 Portaria 3.214/78, que aprova as Normas Regulamentadoras;
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 Portaria 12/94, dá nova redação a NR9;

A responsabilidade pelo desenvolvimento e implantação do programa é dividida entre


empresa e empregado, cabendo a empresa designar um coordenador para o programa.

Da empresa:
 Do maior nível hierárquico da empresa.
 Definir, implantar e divulgar a todos os colaboradores a política da prevenção de riscos
ambientais da empresa.
 Estabelecer, implantar e assegurar o cumprimento do PPRA.
 Indicar o responsável pela coordenação do programa.
 Apresentar o PPRA à CIPA e fazer com que este faça parte do livro de atas da mesma.
 Manter arquivado os registros referentes a cada trabalhador, por um período de 20
anos.

Do empregado

 Colaborar e participar da implantação e execução do Programa de Prevenção de Riscos


Ambientais.
 Seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA.
 Informar as ocorrências que possam implicar em riscos possíveis e existentes.

Do coordenador do programa

 Providenciar a realização dos levantamentos necessários para caracterizar e


reconhecer os possíveis riscos existentes.
 Providenciar a realização dos levantamentos das condições ambientais (qualitativos e/ou
quantitativos), no que se refere aos agentes químicos, físicos e biológicos.
 Certificar-se da qualidade e confiabilidade dos levantamentos.

A operacionalização do programa é feita com base nas avaliações dos riscos ambientais,
em 4 fases, como segue:
 Antecipação;
 Reconhecimento
 Avaliação;
 Controle;

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As avaliações dos agentes agressivos, nos ambientes de trabalho, devem ser quantitativas
e qualitativas, considerando sua natureza, concentração, intensidade e tempo de exposição.

O programa deve estar estruturado, tendo por referência o Documento Base, que deve
ser composto por:
 Planejamento anual, com metas, cronogramas e calendário;
 Estratégias e Metodologia;
 Registro de dados e divulgação;
 Avaliação, apontando sua forma e periodicidade;

O desenvolvimento do programa, se dá em seis etapas, como segue:


 Reconhecimento dos riscos ambientais;
 Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;
 Avaliação dos riscos e exposição;
 Medidas de controle e sua eficácia;
 Monitoramento das exposições aos riscos;
 Registro e divulgação dos dados;

As medidas de controle propostas no programa, objetivam:


 Eliminar e/ou reduzir o agente agressivo;
 Prevenir a propagação do agente;
 Implantar uso de EPI;

O PPRA deverá estabelecer critérios e mecanismos de avaliação da medida de proteção


proposta.

A eficácia das medidas propostas, deve ser monitorada periodicamente, através:


 Da informação dos trabalhadores;
 Dos controles médicos;
 Do controle dos limites de exposição;

A reavaliação do PPRA, é obrigatoriamente anual, ou quando houver mudança do layout ou


do processo.
O programa deve ser apresentado à Cipa, para conhecimento e discussão.
O programa tem que ser disponibilizado para as autoridades, quando necessário.

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12. Equipamento de Proteção

Só se impede que o acidente ocorra, quando se eliminam os riscos. Os riscos podem ser
eliminados através de equipamentos de proteção que tem por finalidade neutralizar, eliminar ou
minimizar o risco existente.
Os equipamentos de proteção estão divididos em dois grupos:
 Individuais
 Coletivos

12.1 Equipamento de Proteção Individual

12.1.1 Conceito

“Equipamento de proteção individual é todo meio ou dispositivo de uso pessoal, destinado a


preservar e proteger a integridade física do empregado, durante o exercício do trabalho, contra
as conseqüências resultantes de acidentes de trabalho”.

12.1.2 Legislação

A CLT, trata o assunto no Art. 166:


“A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente equipamentos de
proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento,
sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes e danos à saúde dos empregados.”

A Norma Regulamentadora NR 6, dá uma dimensão maior às obrigações da empresa prevista


na CLT em relação ao EPI, abordando ainda a responsabilidade do empregado e das empresas
fabricantes e/ou importadoras.

Obrigações do empregador:
 Adquirir o tipo adequado à atividade do empregado;
 Fornecer ao empregado somente EPI aprovado pelo MTE, e de empresas cadastradas no
MTE;
 Treinar o trabalhador sobre seu uso adequado;

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 Tornar o seu uso obrigatório;


 Substitui-lo, imediatamente, quando danificado ou extraviado;
 Responsabilizar-se pela manutenção e higienização periódicas;
 Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada no EPI.

Obrigações dos empregados:


 Usá-lo apenas para a finalidade a que se destina;
 Responsabilizar-se por sua guarda e conservação;
 Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para o uso.

Obrigações do fabricante ou importador:


 Comercializar somente o EPI portador de Certificado de Aprovação – CA;
 Renovar o CA, o certificado de registro de fabricante – CRF e o certificado de registro
de importador – CRI, quando vencido o prazo de validade estipulado pelo MTE;
 Requerer novo CA, quando houver alteração das especificações do equipamento
aprovado;
 Manter a mesma qualidade do equipamento do EPI padrão que deu origem ao certificado
de aprovação.

12.1.3 Seleção

O equipamento de proteção individual só deve ser usado como último recurso para a
proteção do homem, nas seguintes circunstâncias:
 Sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou não
oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou doenças
profissionais;
 Enquanto as medidas de proteção coletivas estiverem sendo implantadas;
 Para atender as situações de emergência;
 Na execução de trabalho de curta duração.

Sempre que for necessário adotar-se a utilização de equipamentos de proteção individual,


os mesmos deverão ser selecionados segundo alguns critérios básicos:
 Legal: existência do CA – Certificado de Aprovação;
 Adequação: comprovação da proteção oferecida para o tipo, concentração ou
intensidade e tempo de exposição do agente.

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 Conforto do Usuário: aprovação pelo usuário, teste de conforto e adaptação ao EPI,


devidamente acompanhado e registrado pelo SESMT;

A proteção individual não deve ter caráter isolado, devendo-se elaborar um plano de
conscientização, acompanhamento e uso.
O uso correto do EPI é conseguido aplicando-se programas de treinamento, métodos
persuasivos e disciplinares. Através destes programas, o trabalhador deve ser orientado e
incentivado a usar correta e satisfatoriamente os equipamentos.

12.1.4 Tipos e Qualidade

Os tipos dos EPIs, são determinados pelas características dos materiais empregados na
fabricação e pelo modelo adequado à neutralização das agressividades contra que vão ser usados.
As partes do corpo a serem protegidas são:
 Crânio → Capacetes, bonés, gorros, redes;
 Rosto → Protetor facial;
 Olhos → Óculos de segurança (ampla visão, para soldador);
 Ouvidos → Protetor auricular (tipo inserção, tipo concha);
 Tronco → Aventais e vestimentas especiais;
 Aparelho Respiratório → Respiradores;
 Braços → Mangas de aventais e mangotes;
 Mãos → Luvas;
 Pernas → Perneiras;
 Pés → Calçados;
 Proteção Contra Quedas → Cinturões (tipo paraquedista);

A qualidade dos EPIs está na adequação e qualificação dos materiais que compõem o
produto e na tecnologia da fabricação.
A aprovação pelo Ministério do Trabalho é feita por meio de um documento conhecido pela
sigla CA – Certificado de Aprovação.
O CA – Certificado de Aprovação, garante teoricamente, a qualidade do produto.
Isto porque o certificado de teste só aprova as amostras, o resultado do produto colocado
a venda depende do critério de fabricação e da honestidade do fabricante.
Somente os EPIs que possuem CA, podem ser comercializados e utilizados.
A CIPA pode colaboras na avaliação da qualidade e do desempenho dos EPIs.

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Quando a CIPA não contar com a ajuda do SESMT, deve procurar a melhor maneira de
agir para que os EPIs sejam de boa qualidade e adequados ao tipo de risco.
A seleção do EPI é de muita responsabilidade, pois está em jogo a integridade física e a
saúde do usuário.

12.2 Equipamento de Proteção Coletiva

Na área de higiene ocupacional também são necessários controles coletivos para que ao
invés do uso do EPI, os trabalhadores possam usar controles para que os ambientes não fiquem
tão agressivos em função da presença dos agentes ambientais.
O EPC – Equipamento de Proteção Coletiva, trata-se de proteção ou sinalização que
qualquer pessoa que por necessidade de serviço ou por outra razão se aproxime do risco ou do
ponto perigoso, estarão protegidos, pois o EPC, elimina, neutraliza ou minimiza o risco na fonte.
As máquinas em particular, são portadoras de vários pontos perigosos que requerem algum
tipo de proteção, sendo os obrigatórios:
 Transmissão de movimento;
 Ponto de operação;
 Partes móveis em geral;

Os pontos que recomendam dispositivos protetores são pontos onde ocorrem:


 Agarramento;
 Batida contra algo agressivo ou de batida por este;
 Queda de pessoas;
 Prensagem;
 Contato com produtos ou energias perigosas entre outros;

Alguns Equipamentos de Proteção Coletiva que podem ser adotas para prevenção de
acidentes nestes pontos, são:
 Parapeito;
 Gaiola;
 Corrimão;

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As medidas de controle de higiene ocupacional, relativas ao ambiente de trabalho mais


comuns, são:

Controle na Fonte
 Substituição de matéria prima;
 Substituição ou modificação de processos e equipamentos;
 Controle e manutenção de processos ou equipamentos;

Controle de Propagação
 Sistema de ventilação;
 Isolamento;

13. Campanhas de Segurança

A CIPA tem atribuições também no campo educacional e promocional da segurança do


trabalho. Uma dessas atribuições é sugerir a realização de cursos, treinamentos e campanhas,
com o objetivo de melhorar o desempenho dos empregados quanto à segurança do trabalho.
O mais importante é saber identificar a necessidade e que tipo de curso e/ou treinamento
devem ser ministrados e a quem ou a que grupo de empregados.
Além disso cabe à CIPA, divulgar aos empregados informações relativas à segurança e
saúde no trabalho e divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras.
Os cursos e treinamentos de segurança devem atingir funcionários de todos os níveis
hierárquicos e de todos os setores da instituição, pois todos devem estar preparados para atuar
em atividades de prevenção de acidentes, segundo a responsabilidade de seu cargo ou função.
No campo promocional a CIPA tem atribuições de despertar o interesse dos empregados
pela prevenção de acidentes, realizar anualmente com o apoio do SESMT, a SIPAT – Semana
Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho e participar de outras campanhas permanentes
promovidas pela empresa.

No campo promocional a CIPA, pode participar sugerindo alguns eventos, tais como:
 Cartazes – Tem a finalidade de levar aos trabalhadores mensagens motivadoras sobre
prevenção de acidentes, cabendo ao cipeiro orientar os demais empregados sobre o
conteúdo destas mensagens;

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 Publicações: realizar divulgações através de folders, livretos, contendo mensagens


motivadoras e instrutivas sobre prevenção de acidentes, cabendo ao cipeiro ajudar na
difusão do material entre os colegas de trabalho.

14. Doenças Sexualmente Transmissíveis - DST

Para melhor explicarmos as doenças sexualmente transmissíveis, vamos adotar uma


classificação didática, como segue:

Herpes Genital
Cancro Mole
 Doenças que causam ferida Donovanose
Linfogramuloma Venéreo
Sífilis

Gonorréia
 Doenças que causam corrimento
Clamídia
no homem

Tricomoníase
 Doenças que causam corrimentos Candidíase
vaginais na mulher Vaginose Bacteriana

 Doenças que causam corrimentos Gonorréia


cervicais na mulher Clamídia

 Doenças que causam verrugas Condiloma Acumulado

 AIDS

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14.1 Herpes Genital

Causam ardência e vermelhidão, seguidas de pequenas bolhas agrupadas que rompem e


formam feridas dolorosas nos órgãos genitais.
As feridas podem durar de uma à três semanas e desaparecem, mesmo sem tratamento.
Mesmo após o desaparecimento das feridas, a pessoa continua infectada.

14.2 Cancro Mole

Causam feridas dolorosas e com pus nos órgãos genitais. Podem aparecer caroços na
virilha, que rompem e soltam pus.
É mais comum nos homens.

14.3 Linfogramuloma Venéreo

Causam ferida nos órgãos genitais que muitas vezes não é percebida e desaparece sem
tratamento.
Depois surgem caroços na virilha, que se rompem e soltam pus.

14.4 Donovanose

Começas com caroço, em seguida forma uma ferida que cresce em volume e extensão.
Não dói e não tem íngua.

14.5 Sífilis

Sífilis Primária
Causa ferida indolor nos órgãos genitais, acompanhada de íngua na virilha.
Os sintomas surgem de uma à doze semanas, após o contágio.
Pessoas infectadas podem ou não apresentar os sintomas.

Sífilis Secundária
Aparecem manchas no corpo, principalmente nas palmas das mãos e plantas dos pés.
Os sintomas surgem até seis meses após o contágio.
Não coçam, mas podem surgir ínguas no corpo.
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Sífilis Terciária
Ocorre vários anos após o contágio. Podendo ser afetados: pele, coração, ossos e cérebro,
podendo levar a morte.

Sífilis Congênita
Transmitida ao bebê, durante a gravidez, o bebê pode morrer (aborto ou parto prematuro)
ou nascer com defeitos físicos.

14.6 Gonorréia e Clamídia – no homem


Manifesta-se com corrimento amarelo (gonorréia) ou esbranquiçado (clamídia) no canal da
uretra e causa ardência ao urinar.
Tanto a gonorréia quanto a clamídia, quando não tratados, podem causar esterilidade.

14.7 Tricomoníase
Causa corrimento amarelado ou esverdeado, coceira, dor no ato sexual.
Os parceiros mesmo não apresentando os sintomas, necessitam também fazer o
tratamento.

14.8 Vaginose Bacteriana


Corrimento branco amarelado não muito intenso, apresenta cheiro ruim (peixe podre),
principalmente depois do ato sexual ou no final da menstruação.

14.9 Candidíase
Corrimento de cor branca, tipo leite coalhado, provoca coceira intensa, ardência durante o
ato sexual e irritação nos órgãos genitais.

14.10 Gonorréia e Clamídia – na mulher


Corrimentos que, quando não tratados, podem causar infecções nas trompas e ovários,
causando o que se conhece por Doença Inflamatória Pélvica – DIP, um quadro muitas vezes que
leva a esterilidade e até a morte.
A maioria das mulheres infectadas não apresentam sintomas, podendo ter corrimento
vaginal sem cheiro e sem coceira.
Nas gestantes, podem ser transmitidas no parto, causando cegueira no bebê.

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14.11 Condiloma Acumulado


São verrugas não dolorosas, isoladas ou agrupadas, que aparecem nos órgãos genitais e/ou
no ânus.
Crescem mais rapidamente durante a gravidez e em e em pacientes com imunidade
deprimida.
A falta de tratamento adequado pode predispor ao câncer do colo uterino ou do pênis.
Algumas pessoas podem estar infectadas e não apresentam as verrugas.

14.12 AIDS
A palavra AIDS significa Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, que é uma doença
resultante da infecção pelo HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana). Ele ataca e destrói as
defesas do corpo, levando a pessoa a morte.

Formas de transmissão mais freqüentes


 vírus da Aids é transmissível pelo sexo vaginal, oral ou anal, sem o uso da camisinha, com
alguém infectado.
 compartilhando agulhas e seringas com sangue contaminado pelo HIV, é a forma mais
direta de contrair o vírus da Aids.
 Da mãe para o filho, durante a gravidez, no parto ou na amamentação.
 Através da transfusão de sangue contaminado pelo HIV.

Formas de transmissão menos freqüentes


 Materiais perfuro cortantes contaminados pelo HIV, utilizados na aplicação de
tatuagem, injeções
 Nos serviços de manicura e barbeiros, através de alicates, navalhas, lâminas de
barbear;
 Instrumentos odontológicos e cirúrgicos, entre outros.

É importante lembrar que:


 Na euforia de outras drogas que não as injetáveis, como o álcool, as pessoas podem se
expor ao risco de fazer sexo sem uso de camisinha.
 Pessoas infectadas pelo HIV, pode ter aspecto sadio.

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Como não se dá a transmissão ?


 Em banhos de piscinas
 Contato com maçanetas, assentos de ônibus;
 Nem sentado ou pisando em locais quentes e frios.
 Através de abraços e apertos de mão.

Como evitar a AIDS ?


 Usando camisinha em qualquer tipo de relação sexual (anal, oral ou vaginal), seja homem
com homem, mulher com mulher ou homem com mulher;
 Não compartilhar agulhas ou seringas;
 Só receber transfusão de sangue quando for testado;
 Evitando contato com objetos perfuro cortantes não esterilizados;
A única forma de não correr risco em relação sexual é usar sempre e corretamente a
camisinha.
A AIDS não tem cura, nem vacina preventiva, por isso a camisinha é a única proteção contra
o HIV
A melhor maneira de ajudar um portador do HIV ou doente de Aids é sendo um amigo de
verdade, pois a Aids não é transmitida ao se fazer um carinho, indo a escola, em festas ou na
prática de esportes juntos.

HIV Negativo
O resultado negativo indica que até aquele momento a pessoa não está com anticorpos
contra o vírus da Aids, detectáveis no exame.
Se houver situações de exposição ao risco para o vírus da AIDS, o teste anti HIV, deve ser
repetido após seis meses (evitando é claro, expor-se ao riso neste período). Esse é o tempo que o
organismo leva para produzir os anticorpos após a infecção.
O teste não dá imunidade contra a doença.

HIV Positivo
O resultado positivo indica que a pessoa está infectada pelo HIV e pode passá-la para
outras pessoas.
Teste positivo não significa que a pessoa esteja doente de AIDS. Ela pode ser apenas uma
portadora do vírus.
Diz-se que uma pessoa tem AIDS, quando apresenta o sintoma da doença.

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