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1) ​Pior do que o esperado​.

Paralelo ao primeiro grupo composto de ​[Kayro, Calliope, Donnovan, Biannca,


Ortencius e os ilustres Cabecinha e Cabeção]​, o grupo composto de ​[Karma,
Cenielóra, Laura Flessel, Jadão, Mark e Jillin] prosseguiram com o deles. Usando
Cenielóra e seu corpo élficamente acrobático, a arqueira conseguiu se colocar em uma
posição vantajosa e verificar uma das Estalagens que estava lotada de minotauros e
seus élficos subalternos, com os arcos apontados na janela esperando pelo sinal de seu
“dono”, repassando isto para o grupo. Laura entrou em ação, usando de sua enganação
para ludibriar os minotauros de forma a parecer que foi atacada por protestantes
violentos. Rasgando suas próprias roupas no processo e até mesmo pedindo para seu
parceiro, Jadão, lhe acertar um belo murro na cara, a esgrimista não queria que
houvesse chances de falhar -- e não houve. Atraídos pelo choro feminino da duelista, os
minotauros a seguiram direto para uma armadilha letal! Contudo, para garantir que não
houvesse uma ponta solta sequer, Karma tratou de usar suas habilidades arcanas para
de fato, criar uma turba de manifestantes violentos contra o Império. Enraivecidos, os
minotauros nem sequer viram de onde o perigo veio! Vitoriosos, esperavam apenas
encontrar o restante do grupo a salvo.

Mas havia fumaça, havia chamas. Havia perigo!

Todos partiram imediatamente até o local de onde a miríade de camadas


cinzentas se entrelaçava e invadia a vastidão estrelada de Tenebra. A elfa, por sua vez,
ficou para lidar com os elfos. Tendo uma vida ingrata como escrava por muito tempo,
saberia lidar com eles -- ou era isso que imaginava, a única certeza em seu coração é de
que não era escolha daqueles elfos estarem naquela posição e ela faria o que fosse
preciso para os lembrar disto!

Ao chegarem no local, o grupo se reuniu mais uma vez. Mas não como havia
planejado. O cenário era um caos, as chamas consumiam a casa com a mesma
ferocidade de um animal ao se alimentar de presa sanguinolenta e recém-abatida. Os
minotauros encurralaram Kayro, Calliope e seus companheiros. Alguns poderiam até
mesmo jurar ainda escutar os gritos de terror dos elfos incinerados no topo da casa, um
horror sem precedentes. Os minotauros haviam os surpreendidos, com a certeza de que
voltariam com a cabeça dos manifestantes e recebendo uma gorda recompensa depois --
apenas para serem surpreendidos pelo segundo grupo, Jillin os ensurdeceu com um
Estalinho de Gury e a linha de frente formada por Mark, Jadão e Laura Flessel
encurralaram os minotauros, os colocando entre duas frentes!

Estes centuriões eram mais duros que os de antes, suas armas era mais afiadas e
seus golpes mais certeiros, mas inevitavelmente, não iria suportar os ataques que
vinham de ambas as direções. Jadão e Mark formavam uma dupla com uma sinergia
impecável, o gladiador de músculos de aço derrubava os inimigos impedindo que estes
interrompessem os movimentos e a locomoção pelo campo de batalha. Donnovan e
Laura pareciam que, pela primeira vez eram capazes de se comunicar em uma idioma
comum -- o do sangue e aço. Ortencius paralisava os minotauros de modo a facilitar os
golpes de Cabecinha e Cabeção. Biannca batia tão forte que nenhuma pedra iria resistir
as suas investidas. Karma dançava entre os inimigos como um verdadeiro dançarino de
guerra! Kayro e Calliope faziam chover magia em cima dos minotauros, os minando de
forma que suas armaduras comuns eram incapazes de defender. Jillin, por sua vez, até
mesmo invocara (despropositadamente) um espírito Coletor para a ajudar na batalha.
Não existia vitória para os minotauros. Contudo, desistir não existe no
vocabulário táurico. Mesmo que isso significasse depender de estratégias sujas.

E eles o fizeram.

Desesperados em acabar com os heróis, o restante da patrulha tapistana usou


suas últimas forças para derrubar a casa em chamas em cima dos manifestantes. Com o
auxílio de suas espadas táuricas e o estado atual da residência -- até que não foi uma
tarefa difícil, não lhe garantiu a vitória do combate, pois vieram a perecer logo em
seguida. Mas garantiram baixas.

Uma baix​a​, para ser mais preciso.

No momento que a casa veio abaixo, a vida de muitos se encontrava em perigo;


Kayro, Jillin, os irmãos Cabeça, Ortencius e Calliope, mas todos conseguiram escapar
daquela ameaça flamejante que vinha do alto -- menos a Medusa. A residência em
chamas a atingiu em cheio, uma das pilastras de madeira maciça caiu sobre o seu tórax,
a fazendo cuspir sangue no momento exato que ela sabia que seu esterno havia sido
rompido no forte impacto. Novamente a feiticeira sente o gosto ferroso surgir em seus
lábios, mas desta vez este já escorria queimando, pois havia sido engolida pela bocarra
voraz das chamas! Tentava se erguer, usar o máximo de sua pífia força, mas era incapaz
de sequer mover um centímetro da madeira. Suas cobras sibilavam uma última vez,
antes de murchar sem vida. Como se isto não fosse o suficiente, Calliope, em seus
momentos finais, percebia que aquela grossa pilastra não era a única coisa que a
impedia. Um dos elfos em uma agonizante e petrificada pose, a impedia de se mover.

Completamente carbonizado pelo efeito da magia, a feiticeira encarava os olhos


vazios de carvão do elfo escravizado. Sua pele ardia enquanto aqueles olhos mortos a
encaravam. Em um ritmo acelerado sua derme borbulhava junto com a composição de
sua roupa, tornando-se uma coisa só, e aqueles olhos não desviavam dela. Seu corpo
era consumido pelas chamas, tornando-se uma massa negra incinerada que depois
voaria com o vento feito cinzas e aqueles olhos ainda estavam lá!

Nestas ocasiões, é senso comum pensar que as pessoas enxergam momentos de


sua vida antes de morrer, lembranças boas e ruins que passam tão rapidamente através
de nossos olhos que chega a aliviar a dor da morte. Mas este não foi o caso de Calliope,
além de sofrer cada instante de seu corpo ser tomado pelas chamas e os seus órgãos
sendo perfurados pelos seus próprios ossos momentos antes de serem cozidos por
debaixo de sua própria pele que fervia… Elas enxergava a vida ​do elfo diante de seus
próprios olhos. A dor de ter perdido o seu lar. ​Que Calliope conhecia muito bem. A dor
de ter perdido sua família. ​Que Calliope conhecia muito bem. A dor de ter perdido sua
liberdade. ​Que Calliope conhecia muito bem. A dor de morrer uma morte dolorosa e
ingrata.

Que, agora, Calliope ​conhecia​ muito bem.

Nenhuma prece foi o suficiente para trazer a medusa de volta, seu corpo havia
sido consumido de uma forma que nem ao menos conseguiram distinguir sua figura
entre o fogo que não parava de se agitar. Não tiveram nem ao menos tempo para
lamentar a morte de sua companheira. Haviam chamado a atenção do exército Tapistano
presente em ​[Luvian]​, a hora da verdade se aproximava cada vez mais!

O que não esperavam, contudo, é que ​[Torbius]​ estaria um passo à frente.

2) ​À guerra​!

“—Acharam mesmo que o planinho tolo de vocês iria ​realmente​ funcionar?”

Segundos antes de encontrarem o novo regente de ​[Karitania]​, o grupo havia


sido informado por um falcão etéreo enviado por ​[Torbald, o Feiticeiro Dragão]​,
dizendo que o plano deles havia sido frustrado. Unidades do exército da cidade haviam
descoberto o túnel e agora se encontravam em batalha feroz para com um grande
contingente táurico, impedindo que colocassem o plano em ação a tempo.

Não tinha outra opção senão lutar. E à luta a resistência foi!

Outros grupos se juntavam com os bravos heróis, a equipe de Gouren, por sua
vez. Qualid mesmo que inexperiente em batalha se juntou ao fronte, as pessoas todas
na Canção de Nimb estavam presentes em peso para lutar, até mesmo Cenielóra
retornava ​junto com o esquadrão élfico,​ cujo era trouxe para o seu lado. Poderiam de
fato, não ser uma unidade de guerra, mas tiram a coragem -- e talvez aquela pequena
parcela de loucura -- para se impor como uma! Não pareciam se intimidar com os
números da guarda, não pareciam temer Torbius e sua autoridade. Nem sequer ​a morte
pareciam temer.

E foi naquele momento que Torbius percebeu ter cometido um grande erro.

Comandados aos berros pelos combatentes desarmados, o exército de Luvian


começou com a vantagem naquele combate em massa, mesmo desajeitados e inábeis na
fina arte da guerra. Com um pouco de coordenação, conseguiram conduzir os soldados
tapistanos para fora o alcance de seus arqueiros, enquanto os prenssavam contra as
paredes da cidade. Diminuindo o número deles por baixo enquanto Cenielóra e seus
aliados os empalavam através de uma afiada chuva de aço! Foi um começo excelente
para o povo de Luvian, aumentando ainda mais a sua coragem e sua gana pela vitória.

Durante o combate, Karma e Ortencius mesclavam suas habilidades artísticas em


um belo dueto de guerra. Fazendo cair sobre os combatentes da justiça a benção da
magia e dos deuses. Curando os feridos, incentivando os cansados, removendo o medo
dos incertos!

Torbius não movia-se um músculo, segurando firma a alabarda com sua prótese
mecânica, estava certo de que a estratégia de Tapista era invencível. Porém, quando
uma flecha certeira viajou por entre os olhos do clérigo que o protegia, essa incerteza se
esvaia como cinzas ao vento. Seus generais de confiança então entravam em ação.
Vociferando uma ordem, o minotauro forçava os soldados a entrar em uma formação
extremamente defensiva, esperando pelos reforços que haveriam de chegar. E quando o
fizeram, o rumo do combate se voltou contra o povo de Luvian. Mais forte e em mais
número novamente, pareciam um inimigo impossível de ser vencido.

Parecia​.
Pois do lado da Resistência Anti-Tapista, ninguém sequer conseguia mais a
definição de derrota. Com um grito de guerra, Gouren canalizava a energia da
tempestade através de seus próprios punhos. A cada soco era um trovão. E a cada
trovão era menos um (ou dois, ou três) minotauro na formação de Torbius, aqueles que
o rodeavam não conseguiam diferenciar quando o que era o trovão e o que eram os seus
gritos de guerra. Biannca o acompanhava, afundando o chifre dos soldados contra o seu
próprio crânio, as vezes até mesmo montava pelas costas e ombros de seu marido e
saltava contra os soldados que nem sequer notavam a morte vinda do céu.

Donnovan lidava com um dos generais de Torbius, e mesmo em meio ao caos da


batalha e da morte, conseguiram espaço para um duelo individual. Apostando em sua
habilidade marcial e o tamanho desajeitado da arma do moreau, o general o subestimou
-- porém, teve tempo o suficiente para se arrepender enquanto Donnovan lhe forçava a
espada contra a garganta. Jillin se livrava dos arqueiros que se posicionavam em cima
da prefeitura com seus novos poderes arcanos, os fazendo escorregar e impedindo-os de
cobrir os seus senhores tapistanos, tendo o cuidado de não os atacar diretamente. No
entanto, o espírito da Colheita que ​ainda estava do seu lado, não tinha tanta compaixão.
As lâminas em seus dedos eram afiadas demais para a armadura dos soldados suportar.
A criatura negra os cortava com tanta facilidade que pareciam feitos de papel, um papel
que regurgita sangue e vísceras quando fatiado!

Por mais que Torbius vociferava ordens, não haviam mais minotauros para o
proteger. A maioria esmagadora dos soldados havia sido conduzida pelo túnel de Mark
Silver e companhia. E conforme Mark Fletcher e Donnovan Strand iria destruindo o que
restava das tropas do Regente de Karitania, costas coladas umas nas outras, recebia a
última maré de inimigos que caía perante ao punho do lutador e espada do guerreiro
sonhador. Contudo, Torbius ainda tinha um truque! Um elusivo homem com o qual
estava conversando a momentos atrás acabara por trazer mais tropas, que saíam
marchando da prefeitura em busca de destruição. E foi exatamente isso que
encontraram -- a destruição personificada em escamas azuis, asas descomunais e uma
bocarra que rugia trovões e relâmpagos! O grupo do Paladino do Khalmyr finalmente
conseguiu abrir o seu caminho pelo túnel, mesmo que necessitando de mão de obra
dracónica. O grande réptil majestoso repousava no topo da prefeitura, mas diferente
para com os minotauros, tinha cuidado ao aterrissar para não machucar os elfos.

3) ​O Intento Assassino​!

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