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Regimento Interno Da Câmara Legislativa Do Distrito Federal - Esquematizada - Versão Final 3 PDF
Regimento Interno Da Câmara Legislativa Do Distrito Federal - Esquematizada - Versão Final 3 PDF
SUMÁRIO
Apresentação desta aula...............................................................................4
I – Noções Gerais........................................................................................5
II – Um Dedinho de História sobre as Leis Distritais antes da CLDF....................7
III – O Poder Legislativo do Distrito Federal (RICLDF, arts. 1º e 2º)....................8
IV – Legislatura e Sessão Legislativa (RICLDF, arts. 3º e 4º)........................... 10
V – Deputados Distritais (RICLDF, arts. 5º a 8º e 12 a 38).............................. 12
5.1 – Sistema eleitoral............................................................................... 12
5.2 – Direitos, prerrogativas e vedações....................................................... 13
5.3 – Exercício do mandato e licenças.......................................................... 15
5.4 – Vacância e convocação de suplente...................................................... 16
5.5 – Lideranças e blocos parlamentares...................................................... 18
VI – Órgãos da CLDF.................................................................................. 18
6.1 – Noções gerais................................................................................... 18
6.2 – Mesa Diretora................................................................................... 19
6.3 – Comissões........................................................................................ 22
6.4 – Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI............................................. 24
6.5 – Ouvidoria e Procuradoria Especial da Mulher......................................... 25
VII – Corregedoria e Código de Ética e Decoro Parlamentar (RICLDF, art. 50;
Resolução n. 110/1996)............................................................................. 28
VIII – Sessões (RICLDF, arts. 98 a 128)....................................................... 34
IX – Processo Legislativo (RICLDF, arts. 129 a 224)........................................ 39
9.1 – Noções gerais................................................................................... 39
9.2 – Etapas do processo legislativo............................................................. 40
9.3 – Procedimento legislativo..................................................................... 47
X – Fiscalização e Responsabilidade do Governador (RICLDF, arts. 225 e 226;
234 e 235)............................................................................................... 48
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10.1 – Fiscalização.................................................................................... 48
10.2 – Responsabilidade do Governador....................................................... 51
Exercícios de Aplicação............................................................................... 55
Gabarito................................................................................................... 64
Gabarito Comentado.................................................................................. 65
Bibliografia............................................................................................... 85
Sites Consultados...................................................................................... 86
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JOSÉ WILLEMANN
Advogado e professor de Língua Portuguesa, José Willemann é consultor
legislativo na Câmara Legislativa desde o primeiro concurso (1993),
onde já exerceu inúmeras funções públicas, como assessor e chefe de
Gabinete, secretário-executivo da Mesa Diretora da CLDF, ordenador
de despesa, presidente de comissões, etc. Também já exerceu o cargo
de coordenador-chefe de assuntos legislativos do Governo do Distrito
Federal e presidente de conselho fiscal da CEB Geração.
Entre os trabalhos que realizou, merece destaque a elaboração da
minuta de projeto do regime jurídico dos servidores públicos do Distrito
Federal (Lei Complementar n. 840/2011), o ajuste fiscal da Câmara
Legislativa em 2007, a coordenação dos trabalhos para informatizar a
legislação distrital por meio do site da Câmara Legislativa e a minuta de
projeto da Lei Complementar n. 13/1996, que disciplina a elaboração,
redação, alteração e consolidação das leis no Distrito Federal.
Nesta aula, vamos fazer uma síntese do Regimento Interno da Câmara Legislati-
va do Distrito Federal – RICLDF, destacando os seus pontos essenciais e apontando
alguns temas recorrentemente cobrados em concursos públicos para as Casas Le-
gislativas (Câmara dos Deputados, Câmara Legislativa e Assembleias Legislativas).
O objetivo central desta aula é apresentar o RICLDF aos futuros colegas de tra-
balho na Câmara Legislativa do Distrito Federal – CLDF e incentivá-los a conhecer o
material completo sobre o RICLDF, desenvolvido em 12 aulas, com os mais variados
tipos de exercícios, e disponibilizado de forma exclusiva pelo Gran Cursos Online.
Como todos sabemos, o concurso para a CLDF já teve um edital publicado pela
Fundação Carlos Chagas, mas, devido a uma decisão do Tribunal de Contas do
Distrito Federal, a Câmara Legislativa está refazendo o processo seletivo para a
escolha da instituição organizadora do concurso. A última decisão da Comissão foi
publicada no Diário Oficial do Distrito Federal de 29 de março de 2018.
O Regimento Interno é matéria de estudo obrigatório para todos os concursos
do Legislativo, especialmente porque serão selecionados candidatos apenas de ní-
vel superior e nível médio, para os quais conhecer o RICLDF é indispensável para o
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bom exercício das atribuições do cargo. Quem conhece bem o Regimento Interno
está um passo à frente dos demais candidatos.
Diante disso, apesentamos a seguir os principais tópicos do Regimento Interno,
seguido de um conjunto de cinquenta questões de certo e errado, a fim de que o
candidato teste os seus conhecimentos. Ao gabarito foram apresentados breves
comentários sobre a resposta.
I – Noções Gerais
vez, vem do latim regĕre, que significa “dirigir, guiar, conduzir”, “ter a direção de, ter
o comando de”. O radical desse verbo é o mesmo do substantivo rex, regis = “rei”.
Federal – STF, por exemplo, tem o seu regimento interno; o Superior Tribunal de Jus-
regionais eleitorais) também possuem, cada um, o seu respectivo regimento interno.
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da Câmara Legislativa, razão por que é aprovado por resolução, não estando, por
Lei Orgânica, projeto de lei complementar, projeto de lei ordinária, projeto de de-
Constituição Federal e da Lei Orgânica, como é o caso do art. 10, VI, VIII, IX e X;
art. 12; art. 24; art. 26, II, III, IV e V; art. 30, III; art. 39, VIII; etc.
Não há como detalhar neste resumo as diversas normas do RICLDF que se encon-
tram derrogadas, mas nas nossas aulas em PDF do Gran Cursos Online tudo está
devidamente explicado.
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de 1988 – CF/1988 (art. 32), como consequência da luta história pela autonomia
pelo Presidente da República. Sua instalação deu-se com a posse dos primeiros
o Poder Legislativo seria exercido por uma Câmara do Distrito Federal, com 20
vereadores, eleitos pelo povo, nas mesmas eleições para o Congresso Nacional
(art. 6º).
Entretanto, isso não foi cumprido. As leis para reger o Distrito Federal, até a
5.027/1966.
Por determinação da Constituição Federal de 1967 (art. 17, § 1º), as leis para
o Distrito Federal passaram a ser elaboradas pelo Senado Federal, o que começou
a ser efetivamente cumprido a partir de 1971, como pode ser visto na cláusula de
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vadas pelo Senado Federal (CF/1988, ADCT, art. 16, § 1º). No entanto, essas leis
passaram a ter numeração em série própria e distinta das leis federais, e a sanção
passou a ser atribuição do Governador. Por isso, quem estiver atento a detalhes ob-
servará que da Lei distrital n. 1 até a n. 142 aparece o Senado Federal como órgão
44), que é bicameral (bi- = “duas” + câmara + -al), isto é, o Congresso Nacional
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gundo termo de Assembleia Legislativa, o que revela aspectos históricos, mas prin-
cipalmente a natureza híbrida do Distrito Federal, que pode legislar sobre matérias
dos Deputados Federais eleitos pelo DF (CF/1988, art. 32, § 3º, c/c art. 27);
§ 5º);
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quando o Poder Legislativo estiver em juízo em nome próprio, porque nos demais
ral – TCDF.
exerce o seu mandato. Tem duração de quatro anos, com início em 1º de janeiro
eleições.
CF/1988 (arts. 24, 32, 147, 149, § 1º, 149-A, etc.) e na Lei Orgânica do Distrito
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nada na LODF:
Houve época em que os Deputados Distritais recebiam uma ajuda de custo igual
ria. Isso, porém, foi proibido pela Emenda Constitucional n. 50/2006 (CF/1988,
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Os Deputados Distritais são eleitos pelo sistema proporcional nas mesmas elei-
ano seguinte ao das eleições (CF/1988, art. 57, § 4º); aqueles – os Deputados Dis-
tritais – tomam posse em 1º de janeiro do ano seguinte aos das eleições (RICLDF,
art. 5º).
partido ou coligação que conseguir o quociente eleitoral, obtido pela divisão do total
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Essas imunidades subsistem durante o estado de sítio, mas podem ser suspen-
sas pelo voto de 2/3 dos Deputados Distritais (LODF, art. 61, § 9º).
Quanto às incompatibilidades, estão elas previstas no art. 13 do RICLDF e clas-
sificam-se em:
a) Incompatibilidades negociais (RICLDF, art. 13, I, a): proíbem que o candidato
eleito Deputado Distrital firme contrato, desde a diplomação, com pessoa jurídi-
ca de direito público, suas autarquias, empresas públicas, sociedades de econo-
mia mista e concessionárias de serviço público. Excetuam-se, porém, os contratos
com cláusulas uniformes, que também são conhecidos como contratos de adesão
(CC/2002, arts. 423 e 424).
b) Incompatibilidade funcional (RICLDF, art. 13, I, b; II, b): não permite que o
CF/1988 (art. 56), permite ao Deputado Distrital, sem perder o mandato parla-
c) Incompatibilidade profissional (RICLDF, art. 13, II, a e c): proíbe que o De-
favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público ou nela exerça
1 A expressão latina ad nutum significa, literalmente, “de acordo com o sinal de cabeça”. Essa expressão é
usada na CF/1988 (arts. 54, I, b, e 235, VIII) para designar o servidor que pode ser exonerado a critério de
quem o nomeou. Há registro de seu emprego na legislação do Império e da República Velha (v.g., Decreto
n. 7.155, de 08/02/1879, art. 34; Decreto n. 848, de 11/10/1890, art. 32, etc.).
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Uma vez empossado, o Deputado Distrital passa a ter liberdade plena de opi-
nião, palavra e votos para o exercício do mandato que lhe foi conferido pela po-
pulação. Para isso, o RICLDF (art. 15) relaciona as mais variadas iniciativas que
o Deputado pode tomar durante o mandato, sendo a mais importante delas a de
votar segundo suas convicções.
O Deputado Distrital pode afastar-se do exercício do mandato, sem perdê-lo,
Incapacidade civil
Incapacidade mental
Incorporação às Forças Plenário Resolução Maioria simples Perda
Armadas
Maioria
Suspensão das imunidades Manutenção
qualificada
2
Investidura em cargo de Ministro de Estado, Secretário-Executivo de Ministério ou equivalente, Secretário
de Estado do Distrito Federal, Administrador Regional, chefe de missão diplomática temporária ou dirigente
máximo de autarquia, fundação pública, agência, empresa pública ou sociedade de economia mista perten-
centes à administração pública federal e distrital (LODF, art. 64, I).
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A renúncia pode ser expressa ou tácita. Esta ocorre quando o Deputado Distrital
não toma posse no prazo legal, nem alega motivo de força maior ou enfermidade
por não tomá-la (RICLDF, art. 7º, § 6º). O prazo regimental para posse é de 30
dias úteis, prorrogáveis por mais 30 dias úteis. A renúncia expressa deve ser diri-
gida à Mesa Diretora e, como qualquer outra espécie de renúncia, não depende de
A perda do mandato pode ser declarada pela Mesa Diretora ou pelo Plenário, pelo
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Federal.
tar já exerceu o seu direito de defesa, a Mesa Diretora apenas declara a perda do
nistrativa.
ampla defesa. O procedimento para isso está regulado no Código de Ética e Decoro
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para formar um bloco parlamentar, que pode ser definido como a junção das ban-
cadas de diferentes partidos para terem liderança comum. Exige-se, para formação
do bloco, que ele tenha pelo menos três Deputados Distritais e que a decisão de
integrar o bloco seja tomada pela maioria absoluta dos membros da bancada do
partido político.
escolhido por seus pares para representá-los no Colégio de Líderes e exercer a co-
VI – Órgãos da CLDF
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mentar – CDDHCEDP;
A Mesa Diretora é um órgão diretor colegiado, cujos membros são eleitos pelo
Plenário para mandato de dois anos. A primeira eleição ocorre no dia 1º de janeiro
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Como órgão diretor, incumbe à Mesa Diretora a direção dos trabalhos legislati-
No contraste entre elas, porém, nota-se que algumas atribuições da Mesa Dire-
tora estão relacionadas com decisões de caráter geral; outras necessitam ser cole-
cionar questões do dia a dia da vida parlamentar e dos afazeres de rotina da parte
que, em suas linhas básicas, permitem delinear boa parte das diferenças entre as
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Diferenças de atribuições
Mesa Diretora Presidente
Caráter geral Caráter concreto
Função decisória
Função regulamentadora
(dia a dia dos trabalhos)
Aspectos
política funcional
Governador Distrital
Promulgar resolução e decreto legisla-
Exemplos
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nidas no Regimento Interno, mas exercem as funções que lhe são delegadas pela
Mesa Diretora, conforme pode ser visto no Ato da Mesa Diretora n. 1/2017.
6.3 – Comissões
tas têm prazo certo de duração e objeto determinado; aquelas integram a estrutura
à deliberação do Plenário;
sintético seguinte:
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bros, para mandato de um ano, permitida a reeleição. Não há limites para um mes-
comissão.
Atenção especial deve ser dada ao estudo das regras regimentais sobre as CPIs,
dado ser matéria recorrente nos concursos para as Casas Legislativas. E, no Dis-
trito Federal, há a singularidade da CPI popular, que pode ser requerida por, pelo
A Comissão Parlamentar de Inquérito, mais conhecida pela sigla CPI, é uma co-
elementos formais:
criação;
c) prazo de funcionamento: 180 dias corridos, prorrogáveis por mais 90, a cri-
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MS 24817/DF, julgado em 03/02/2005, Relator Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno, DJe, de 06/11/2009.
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mulher.
das pessoas sobre os mais variados temas, as normas regimentais determinam que
serem conhecidas e reconhecidas pela sociedade, tal como na lei federal que auto-
brasileira.
C u r i osida de !
feita de uma costela de Adão, o que só por aí já revelaria um ser derivado, não
principal.
um papel doméstico, para cuidar dos filhos, lavar a roupa, limpar a casa e fazer
4
Cf. Mário Curtis Giordani, História de Roma, p. 162.
5
Cf. Fustel de Coulanges, A Cidade Antiga, p. 33.
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ca, 20%. Atualmente, esse percentual está em 30% (Lei federal n. 9.504, de
Há, por certo, alguns avanços, mas ainda é preciso reverter as concepções
O termo corregedoria deriva de corregedor, que, por sua vez, advém do verbo
ficar-se de sua correção. E é nesse sentido que o Regimento Interno da CLDF traz
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ao CEDP pode ser formulada à Mesa Diretora pelo Corregedor, por parlamentar, por
que pode levar à perda do mandato, a LODF (art. 63, § 2º), repetindo a CF/1988
(art. 55, § 2º), legitima apenas a Mesa Diretora da CLDF e partido político com re-
Plenário (RICLDF, art. 153, § 3º) e encaminhada ao Corregedor, que deve notificar
as seguintes fases:
e Decoro Parlamentar;
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corridos, pelo Deputado Distrital ou, em seu silêncio, por defensor dativo no prazo
de 15 dias corridos;
mais 30;
ou improcedência da representação;
escritas;
j) julgamento pelo Plenário (LODF, art. 63, § 2º), quando se tratar de sanção de
nistrativa;
k) julgamento pelo Mesa Diretora (LODF, art. 63, § 3º), quando se tratar de
sanção de perda do mandato por faltas injustificadas a 1/3 das sessões ordinárias
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(3) Perda do mandato: LODF, art. 63, I a VII; CEDP, arts. 11 e 14.
(7) Declaração de perda do mandato pela Mesa Diretora, sem processo discipli-
nar, em cumprimento a decisão judicial: LODF, art. 63, § 3º. STF, Ação Penal 470/
MG, julgada em 17/12/2012, Relator Min. Joaquim Barbosa, Tribunal Pleno, DJe de
22/04/2013.
(10) Prazo para notificação pelo Corregedor ao Deputado: RICLDF, art. 50, § 2º.
(11) Prazo para esclarecimentos pelo Deputado ao Corregedor: RICLDF, art. 50,
§ 2º.
(12) Prazo para o parecer prévio opinativo do Corregedor: RICLDF, art. 50, § 3º.
(15) Prazo para o Deputado apresentar defesa escrita: CEDP, art. 17, II.
(16) Designação de defensor dativo, se a defesa escrita não tiver sido apresen-
(17) Prazo para o defensor dativo apresentar defesa escrita: CEDP, art. 17, III.
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art. 63, V.
(25) Encaminhamento do processo pela CCJ à Mesa Diretora: CEDP, art. 17, VI.
63, § 2º.
tura, para posse dos Deputados Distritais, eleição e posse da Mesa Diretora para o
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Há, para cada espécie de sessão, várias regras de conduta que permitem a sua
realização. Entre elas, uma das mais importante é o tempo destinado ao uso da
palavra nos microfones do Plenário. Esse tempo está sintetizado no quadro abaixo:
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ordinária. Certamente por isso, é também a sessão com maior grau de disciplina-
Federal.
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mais de 3 Deputados;
outro Deputado Distrital, por concessão deste (RICLDF, art. 113). É, porém, proibi-
convocado, durante o uso da palavra pelos Líderes (RICLDF, art. 230, § 5º);
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b) discussão de projeto de lei de iniciativa popular, desde que presente seu pri-
Federal;
regras do processo legislativo, que pode ser definido como “o conjunto de atos pre-
gimento Interno.
Segundo a Lei Orgânica do Distrito Federal (art. 69), o processo legislativo com-
b) leis complementares;
c) leis ordinárias;
d) decretos legislativos;
e) resoluções.
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a) requerimento;
b) moção;
c) indicação;
e) recurso.
previsto na LC n. 13/1996 (art. 7º) e explicado nos manuais sobre a matéria. Com
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proposições não sujeitas a esse processo. É por meio dela que a proposição toma
A iniciativa das leis, no Distrito Federal, cabe aos seguintes legitimados pela Lei
A autoria, que está intimamente vinculada à iniciativa, pode ser classificada sob
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iniciativa.
subscritores (LC n. 13/1996, art. 12, parágrafo único); a autoria coletiva é aquela
se ser subscrita por apenas um dos Deputado Distritais (RICLDF, art. 220, § 5º); e
a autoria apoiada é aquela em que a iniciativa continua individual, mas conta com
apoiadores.
art. 9º). Esta é a proposição que só pode ter como origem a autoridade a quem a
LODF ou o RICLDF reservou a iniciativa. Há, nesse caso, apenas uma autoridade ou
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Federal (LODF, arts. 84, IV, e 86), do Procurador-Geral do Ministério Público junto
ao Tribunal de Contas (LODF, ADT, art. 8º, parágrafo único) e da Defensoria Pública
aos projetos de lei, aos projetos de decreto legislativo e aos projetos de resolução.
ordem do dia, sendo que, no segundo turno, a emenda precisa estar assinada por
O Governador também pode apresentar emendas aos projetos de lei de sua ini-
ciativa (LODF, art. 150, § 8º; LC n. 13/1996, art. 15, parágrafo único).
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fase tem início efetivo nas comissões, por meio dos pareceres. No entanto, o RI-
cada Deputado Distrital pode usar da palavra por cinco minutos para falar sobre a
O RICLDF (art. 102, III) exige a presença de, pelo menos, ¼ dos Deputados
Essa votação é, em regra, ostensiva (“pública”, “aberta”) e pode ser pelo processo
quele, cada Deputado Distrital é chamado para dizer “sim”, “não” ou “abstenção”,
Para que haja votação, como regra geral, é necessária a presença da maioria
absoluta dos Deputados em Plenário (LODF, art. 56). Quando, porém, a matéria
exige maioria qualificada, ela só pode ser votada se estiverem presentes em Plená-
O quorum para deliberação, porém, não se confunde com o quorum para apro-
vação das matérias. Este, conforme já definido anteriormente, pode ser por maioria
Como regra geral, o quorum para aprovação é maioria simples (LODF, art. 56).
sária regra expressa com essa previsão, que está prevista na Constituição Federal,
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Obs.: Turno é a quantidade de vezes que uma proposição precisa ser votada. A
proposição pode estar sujeita a turno único (uma só votação) ou a dois
turnos (duas votações em sessões diferentes).
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reconhece os fatos e atos que a geraram, indica sua validade e a torna apta a ser
forme a proposição. A competência para promulgação das leis pode ser originária
quadro abaixo:
fáticas:
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vigência e eficácia da lei e a etapa pela qual se dá ciência da promulgação das leis
aos seus destinatários, tornando obrigatória sua execução (LC n. 13/1996, art. 42).
A publicação das leis é feita no Diário Oficial do Distrito Federal. As resoluções são
as peculiaridades que lhe são inerentes. Assim, por exemplo, enquanto o projeto de
discutido em dois turnos. Nesse aspecto, embora haja essa diferença, ambos estão
Distrito Federal. É o caso dos projetos para os quais o Governador pede urgência,
cuja deliberação deve ser tomada em 45 dias corridos (LODF, art. 73, § 1º). Para
deliberar nesse tempo, os prazos para parecer nas comissões são comuns e conco-
mitantes, não podendo ultrapassar a dois dias úteis, e os interstícios também são
para alteração ou reforma do Regimento Interno (RICLDF, art. 224), que exige au-
e depende do voto favorável da maioria absoluta dos Deputados Distritais para ser
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10.1 – Fiscalização
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Nesse sentido, a CF/1988 (art. 70), repetida na LODF (art. 77), criou duas es-
de Contas do Distrito Federal. É para o TCDF que a LODF (art. 78) define um con-
1º) Sustação dos atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder
Essa competência é privativa, e esse poder regulamentar não pode ir além daquilo
que a lei disciplinou, isto é, na regulamentação de uma lei, o chefe do Poder Exe-
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lamenta a lei trazendo inovações nela não previstas ou com ela incompatíveis, pode
do Governador.
atribuições constitucionais, impedindo que outro Poder legisle em seu lugar. O exer-
cício do poder regulamentar, dentro do que a lei reservou ao Governador, por sua
tivo.
4º) Julgamento das contas prestadas pelo Governador ou tomada das contas
5º) Aprovação prévia de nomes indicados para certos cargos, como Conselheiro
hectares ou, no caso de concessão de uso, área superior a 50 hectares (LODF, art.
60, XXVIII).
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Como bem lembra Hely Lopes Meireles, citando Caio Tácito (Direito Adminis-
pode a Casa Legislativa anular atos administrativos ilegais, nem exercer sobre as
federal n. 1.079, de 10 de abril de 1950, que prevê como fatos típicos os atos que
atentem contra:
a) a existência da União:
e) a probidade na administração;
f) a lei orçamentária;
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tribunal especial é presidido pelo Presidente do TJDFT, assim como é presidida pelo
art. 78, § 3º). A escolha dos Deputados Distritais é feita pelo critério da propor-
cionalidade partidária, cabendo aos Líderes as indicações (CF/1989, art. 58, § 1º).
Após a escolha, os nomes dos Deputados Distritais são eleitos pelo Plenário (Lei
ment perante o Congresso Nacional, instaurado o tribunal especial, tem ele de fazer
lidade. A votação para isso é ostensiva e por maioria simples, presente a maioria
tamento, porém, não pode ser superior a 180 dias corridos (LODF, art. 103, § 2º).
desse tribunal especial (Lei federal n. 1.079/1950, art. 78, § 2º), o que significa
que, pelo menos, sete membros terão de decretar a perda do cargo do Governador.
6
ADPF 378 MC/DF, julgada em 17/12/2015, Relator para o acórdão Min. Roberto Barroso, Tribunal Pleno, DJe
de 09/03/2016: “IV. 7. Item ”l” (equivalente à cautelar ”g”): concessão parcial para dar interpretação con-
forme a Constituição ao art. 24 da Lei n. 1.079/1950, a fim de declarar que, com o advento da CF/1988, o
recebimento da denúncia no processo de impeachment ocorre apenas após a decisão do Plenário do Senado
Federal, em votação nominal tomada por maioria simples e presente a maioria absoluta de seus membros.
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exercício de qualquer função pública por até cinco anos, conforme determina a Lei
A CF/1988 (art. 52, I, II e parágrafo único) ampliou esse prazo para oito anos,
continua sendo de até cinco anos (Lei federal n. 1.079/1950, art. 78), conforme
entendimento do STF.7
A Lei Complementar Federal n. 64, de 18 de maio de 1990 (art. 1º, I, c), po-
7
ADI 1628/SC, julgada em 10/08/2006, Relator Min. Eros Grau, Tribunal Pleno, DJ de 24/11/2006: “O dis-
posto no artigo 78 da Lei n. 1.079 permanece hígido – o prazo de inabilitação das autoridades estaduais não
foi alterado”.
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EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
eleitos pelo Distrito Federal. (CF/1988, art. 32, c/c art. 27 e RICLDF, art. 1º)
fusão dos nomes atribuídos às casas legislativas dos municípios e dos estados-
ração de nove meses e meio e são divididas em dois períodos, sendo o primeiro
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necessariamente, unicameral.
tritais são julgados pelo TJDFT, em caso de crime comum, e pelo STJ, em caso de
crime de responsabilidade.
de cada Deputado Distrital deve ser publicada anualmente no Diário Oficial do DF.
pode ser processado criminalmente sem prévia licença da CLDF, mas o processo
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15. Se Gustavo mudar de partido, ele perde seu cargo na Mesa Diretora, salvo se
16. Gustavo pode ser preso, em flagrante delito, pela prática de crime de tortura.
tidas.
regedor da CLDF seja também Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Hu-
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sões, os Deputados que não as integrarem, mas participarem das suas discussões,
inquérito, que se destinam a investigar possíveis atos ilícitos, os quais devem ser
devem funcionar por prazo certo e têm poderes de investigação semelhantes aos
nal Lei distrital que fixasse em 70 km/h a velocidade máxima permitida nas vias
urbanas do DF.
nal disposição da LODF que definisse que os Deputados Distritais seriam eleitos
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especial. Nessa situação, o referido projeto não deve ser admitido, pois compete
possível a criação de CPI para investigar negócios privados que não tenham relação
Nos próximos itens, são simuladas questões fáticas com aplicação de alguma regra
da CLDF.
tura à recondução para o mesmo cargo indeferida pelo Presidente da CLDF, por ter
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31. Precisando votar uma matéria urgente, o Presidente de uma dada comissão
permanente convidou o Deputado C, que passava pelo local da reunião, para com-
pletar o quorum, mesmo sabendo que esse Deputado era o seu Suplente na comis-
são. (RICLDF, art. 81, II e III)
34. Após a votação em primeiro turno, uma proposta de emenda à Lei Orgânica
recebeu 15 votos favoráveis e um voto contrário. O Presidente considerou a propo-
sição rejeitada. (RICLDF, art. 210, § 8º)
35. Tendo-se comprometido com um certo setor a votar contra um projeto de lei de
iniciativa do Poder Executivo que aumentava alíquota de ISS, o Deputado C pediu ao
Presidente da CLDF que anulasse a votação em segundo turno, porque ele não estava
presente por causa do engarrafamento que enfrentou para chegar à sessão. O Presi-
dente da sessão indeferiu o pedido, pois a proposição fora aprovada. (RICLDF, art. 185)
36. Votado o texto original de um certo projeto de lei, ele foi rejeitado. O Presiden-
te chamou, em seguida, para discussão e votação o substitutivo a ele apresentado
por uma comissão de mérito. O Deputado X, em questão de ordem, alegou preju-
dicialidade do substitutivo. A questão de ordem foi indeferida pelo Presidente da
sessão. (RICLDF, art. 198, V)
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37. Flagrado em vídeo recebendo dinheiro de propina, um certo Governador foi de-
sido votada por falta de quorum. O Presidente da sessão reconsiderou sua decisão e
determinou a reinclusão da matéria na ordem do dia. (LC n. 13/1996, art. 21, § 3º)
38. Durante o recesso parlamentar, numa operação da Polícia Federal, foi desco-
por um certo Governador. O cidadão G, junto com outros colegas, apresentou de-
39. Ao visitar uma escola, o Deputado C constatou que havia várias infiltrações,
ferrugens e outros defeitos que exigiam uma reforma imediata. Chegando à Câma-
indeferiu a questão, alegando que o prazo não estava vencido, porque os 30 dias
para apreciar o veto são em dias úteis, conforme regra do Regimento Interno. (RI-
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nal de Contas, que continha matéria afeta ao uso da verba indenizatória de alguns
Deputados Distritais. Tirou cópia e mandou entregar a cada Deputado Distrital para
tribuna, pediu agilidade ao Presidente da sessão. Este, por sua vez, deferiu a reali-
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46. Embora um projeto de lei com certa matéria houvesse sido rejeitado, o Gover-
pediu à maioria dos Deputados que subscrevessem a proposição junto com o Go-
47. O Líder de uma bancada com cinco Deputados subscreveu uma emenda de
mérito sobre um projeto de lei com renúncia de receita. O Deputado X pediu des-
taque da emenda, alegando que a comissão não podia fazer emenda sobre matéria
62, II)
sua decisão. (RICLDF, art. 195, c/c LODF, art. 56, parágrafo único)
beu doze votos contrários e doze votos favoráveis. Como o Presidente votou favo-
rável, concluiu que o projeto de lei complementar havia sido aprovado. (RICLDF,
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GABARITO
1. C 26. C
2. E 27. E
3. C 28. C
4. C 29. E
5. E 30. E
6. C 31. E
7. C 32. C
8. E 33. E
9. C 34. C
10. C 35. C
11. E 36. E
12. C 37. C
13. C 38. C
14. C 39. E
15. E 40. E
16. C 41. E
17. C 42. C
18. C 43. E
19. E 44. E
20. C 45. C
21. C 46. E
22. E 47. E
23. C 48. E
24. C 49. E
25. C 50. E
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GABARITO COMENTADO
eleitos pelo Distrito Federal. (CF/1988, art. 32, c/c art. 27 e RICLDF, art. 1º)
Certo.
taduais e está assim prevista na CF/1988 (art. 32, c/c art. 27): “Art. 27. O número
Errado.
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Certo.
A regra está prevista na CF/1988 (art. 45, c/c art. 32, § 3º).
Certo.
Errado.
O conceito dessa questão é para sessão extraordinária, que não se confunde com
fusão dos nomes atribuídos às casas legislativas dos municípios e dos estados-
Certo.
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ração de nove meses e meio e são divididas em dois períodos, sendo o primeiro
Certo.
o que perfaz o tempo de 9 meses e meio por ano (RICLDF, art. 4º).
Errado.
recessos parlamentares, e a CLDF não pode entrar de recesso enquanto não votar
Certo.
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necessariamente, unicameral.
Certo.
Na União, o Congresso Nacional é composto pelo Senado Federal e pela Câmara
dos Deputados, ou seja, por duas “câmaras”. Daí bicameral. Nos Estados, o Poder
Legislativo é exercido pela Assembleia Legislativa; no DF, pela Câmara Legislativa.
Isso corresponde a apenas uma câmara. Daí unicameral.
Errado.
Como regra geral, os Deputados são processados e julgados pelo TJDFT nos cri-
mes comuns. Não há previsão legal de crime de responsabilidade que tenha par-
lamentar como agente. Nos casos dos crimes dolosos contra a vida, os Deputados
Distritais são processados e julgados pelo Tribunal do Júri (STF, Súmula n. 721).
Nos casos de crimes eleitorais, pelo Tribunal Regional Eleitoral do DF (Lei federal n.
11.697/2008, art. 8º, I, b). Nos casos de crimes da competência da Justiça Federal,
os Deputados Distritais são processados e julgados pelo Tribunal Regional Federal
(v.g., STF: HC 91266/ES). Além disso, havendo conexão ou continência com crimes
cometidos com autoridades que tenham prerrogativa de foro no STF ou STJ, é nes-
sas instâncias que o Deputado Distrital é julgado criminalmente.
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Certo.
A declaração de bens deve ser publicada no Diário da Câmara Legislativa e no Diá-
rio Oficial do Distrito Federal (RICLDF, art. 14).
Certo.
Essa prerrogativa decorre da CF/1988 (art. 32, § 3º) e está repetida na LODF (art.
61, § 2º) e no RICLDF (art. 12, § 2º).
Certo.
A Emenda Constitucional n. 35/2001 pôs fim à necessidade de autorização para
processar criminalmente Deputado Federal e Senador da República, o que também
se aplica automaticamente aos Deputados Distritais, por força do art. 32, § 3º, da
Constituição Federal. Essa matéria está repetida na LODF (art. 61, § 4º), mas não
no RICLDF, cujo art. 12, § 1º, se encontra derrogado tacitamente.
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15. Se Gustavo mudar de partido, ele perde seu cargo na Mesa Diretora, salvo se
o seu novo partido for do mesmo bloco parlamentar do anterior.
Errado.
Não há essa regra regimental. Há, porém, regra em sentido contrário ao afirmado
na questão (RICLDF, art. 17).
16. Gustavo pode ser preso, em flagrante delito, pela prática de crime de tortura.
Certo.
Essa é uma questão melindrosa. O Deputado Distrital pode ser preso em flagrante
5º, XLII, XLIII e XLIV): racismo, tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
Certo.
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Certo.
Errado.
A competência para ingressar com ação direta de inconstitucionalidade é da Mesa
Diretora e não da Câmara Legislativa (CF/1988, art. 103, IV). Além disso, a EC
n. 45 é de 2004 e não de 1995. No mais, de fato, o texto original da Constituição
só tratava da Mesa Diretora de Assembleia Legislativa. Não era explícito quanto à
Mesa Diretora da Câmara Legislativa, nem quanto ao Governador do DF.
Certo.
O RICLDF (art. 16-A) criou algumas regras anti-hegemônicas, com o intuito de
democratizar o exercício do Poder Legislativo. Nesse sentido, entre elas, está a ve-
dação de se acumularem os cargos de membros da Mesa Diretora, Presidente de
comissão permanente, corregedor e ouvidor.
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Certo.
Pelo RICLDF (art. 54, II), as comissões temporárias extinguem-se: a) no término
da legislatura; b) atingimento de seus objetivos; c) fim do prazo de sua duração; e
Errado.
Nas comissões, sejam elas permanentes ou temporárias, todo Deputado Distrital
tem direito a voz, mas não a voto. Só votam nas comissões os seus membros (RI-
CLDF, art. 95, IX, c/c art. 81).
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Certo.
Embora as CPIs tenham poderes de investigação próprios das autoridades judiciais
(RICLDF, art. 72; LODF, art. 68, § 3º; CF/1988, art. 58, § 3º), o STF8 vem afirman-
do que existem alguns poderes próprios das autoridades judiciais que não podem
ser usados pelas CPIs, como é o caso de: a) busca domiciliar; b) decretação de
prisão, salvo em flagrante; c) interceptação telefônica; e d) decretação da indispo-
nibilidade dos bens.
nal Lei distrital que fixasse em 70 km/h a velocidade máxima permitida nas vias
urbanas do DF.
Certo.
XI). É competência da CCJ reconhecer essa inconstitucionalidade (RICLDF, art. 63, I).
nal disposição da LODF que definisse que os Deputados Distritais seriam eleitos
Certo.
8
MS 24817/DF, julgado em 03/02/2005, Relator Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno, DJe, de 06/11/2009.
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especial. Nessa situação, o referido projeto não deve ser admitido, pois compete
Certo.
Errado.
são. No entanto, esse parecer está sujeito a recurso subscrito por 1/8 dos Deputa-
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Certo.
A condução coercitiva também é um dos poderes judiciais que cabem às CPIs, con-
possível a criação de CPI para investigar negócios privados que não tenham relação
Errado.
A investigação de negócios privados não pode ser feita por CPI, pois a CF/1988
(art. 1º, IV) tem como fundamento a livre iniciativa. No entanto, se o negócio pri-
vado se utilizar de meios ilícitos, como trabalho análogo ao de escravo, prostituição
infantil, lavagem de dinheiro, grilagem de terras, etc., isso pode ser objeto de in-
vestigação de CPI.
Nos próximos itens, são simuladas questões fáticas com aplicação de alguma regra
regimental. Julgue a decisão como correta ou errada em face do Regimento Interno
da CLDF.
Errado.
Não há limite para que um Deputado Distrital seja eleito presidente de comissão
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31. Precisando votar uma matéria urgente, o Presidente de uma dada comissão
permanente convidou o Deputado C, que passava pelo local da reunião, para com-
pletar o quorum, mesmo sabendo que esse Deputado era o seu Suplente na comis-
são. (RICLDF, art. 81, II e III)
Errado.
Em razão do princípio da proporcionalidade partidária, o suplente de Deputado
numa comissão tem de ser sempre do mesmo partido ou bloco parlamentar do
titular (RICLDF, art. 81). Por isso, o suplente só pode substituir o Deputado a que
ele está vinculado.
Certo.
Ao debater a matéria que está em discussão, o Deputado Distrital não pode tratar
de temas diversos (RICLDF, art. 181, I, c/c art. 42, I, i, 1).
Errado.
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Região administrativa, para ser criada, depende do voto favorável da maioria ab-
soluta dos Deputados Distritais (LODF, art. 13). Esse quorum para aprovação exige
votação nominal (RICLDF, art. 193, I).
34. Após a votação em primeiro turno, uma proposta de emenda à Lei Orgânica
recebeu 15 votos favoráveis e um voto contrário. O Presidente considerou a propo-
sição rejeitada. (RICLDF, art. 210, § 8º)
Certo.
A proposta de emenda à Lei Orgânica, para ser aprovada, precisa do voto favorável
de 2/3 dos Deputados Distritais, o que corresponde a dezesseis. Como havia quorum
para deliberar (16 Deputados) e a proposição só obteve 15 votos favoráveis, ela,
de fato, foi rejeitada (LODF, art. 210, § 8º).
35. Tendo-se comprometido com um certo setor a votar contra um projeto de lei de
ao Presidente da CLDF que anulasse a votação em segundo turno, porque ele não
estava presente por causa do engarrafamento que enfrentou para chegar à sessão.
Certo.
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36. Votado o texto original de um certo projeto de lei, ele foi rejeitado. O Presiden-
Errado.
37. Flagrado em vídeo recebendo dinheiro de propina, um certo Governador foi de-
sido votada por falta de quorum. O Presidente da sessão reconsiderou sua decisão e
determinou a reinclusão da matéria na ordem do dia. (LC n. 13/1996, art. 21, § 3º)
Certo.
vel de 2/3 dos Deputados Distritais (maioria qualificada). Para que haja deliberação
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cada (LC n. 13/1996, art. 21, § 3º). Como só 15 Deputados votaram, de fato não
houve deliberação.
cargo.” (ADI 4362/DF, julgada em 9/8/2017, Relator Min. Dias Toffoli, Rela-
tor para o Acórdão Min. Roberto Barroso, Tribunal Pleno, DJe de 6/2/2018).
38. Durante o recesso parlamentar, numa operação da Polícia Federal, foi desco-
por um certo Governador. O cidadão G, junto com outros colegas, apresentou de-
Certo.
extraordinárias. E 1/3 dos Deputados Distritais (8 dos 24) pode convocar extraordi-
nariamente a CLDF nos casos de ato do Governador que importe crime de respon-
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39. Ao visitar uma escola, o Deputado C constatou que havia várias infiltrações,
ferrugens e outros defeitos que exigiam uma reforma imediata. Chegando à Câma-
Errado.
A proposição adequada seria a indicação e não a moção (RICLDF, arts. 143 e 144).
indeferiu a questão, alegando que o prazo não estava vencido, porque os 30 dias
para apreciar o veto são em dias úteis, conforme regra do Regimento Interno. (RI-
Errado.
Embora os prazos do RICLDF (art. 251) sejam em dias úteis, esse prazo, por tam-
nal de Contas, que continha matéria afeta ao uso da verba indenizatória de alguns
Deputados Distritais. Tirou cópia e mandou entregar a cada Deputado Distrital para
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Errado.
Documentos protegidos por sigilo não podem ser copiados (RICLDF, art. 128, § 9º).
Certo.
O RICLDF (art. 132, VI) exige que a proposição esteja acompanhada dos documen-
tos previstos em lei para ser recebida. Se a exigência não é atendida, é atribuição
Errado.
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art. 125).
tribuna, pediu agilidade ao Presidente da sessão. Este, por sua vez, deferiu a reali-
Errado.
Certo.
46. Embora um projeto de lei com certa matéria houvesse sido rejeitado, o Gover-
nador resolveu reapresentá-lo na mesma sessão legislativa, pois a matéria era de
sua iniciativa privativa. Antes de distribuí-lo às comissões, o Presidente da Casa
pediu à maioria dos Deputados que subscrevessem a proposição junto com o Go-
vernador. (LC n. 13/1996, art. 13, parágrafo único)
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Errado.
O Governador pode reapresentar projeto de lei com matéria já rejeitada na mesma
sessão legislativa. No entanto, a tramitação depende de anuência da maioria abso-
luta do Plenário (LC n. 13/1996, art. 13, parágrafo único).
47. O Líder de uma bancada com cinco Deputados subscreveu uma emenda de
segundo turno. O Presidente da sessão devolveu-a, sob a alegação de que estava
incompleto o número de subscritores. (RICLDF, art. 149, II)
Errado.
As emendas de segundo turno dependem de autoria qualificada, materializada pela
assinatura de 1/6 dos Deputados Distritais ou de Líderes que representam esse nú-
mero (RICLDF, art. 149, II).
Errado.
As comissões não podem tratar de matéria estranha à sua competência (RICLDF,
art. 62, II).
sua decisão. (RICLDF, art. 195, c/c LODF, art. 56, parágrafo único)
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Errado.
beu doze votos contrários e doze votos favoráveis. Como o Presidente votou favo-
rável, concluiu que o projeto de lei complementar havia sido aprovado. (RICLDF,
Errado.
absoluta dos Deputados Distritais (RICLDF, art. 75). Embora o Presidente da CLDF
tenha a prerrogativa de desempatar votações, isso não se aplica aos casos em que
a votação exige maioria absoluta, pois o empate não é possível, uma vez que, na
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Bibliografia
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Sites Consultados
Lisboa, Portugal).
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