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Atividade de Filosofia - 1º ano Ensino Médio - Tema A dúvida

As questões 01 a 05 se referem ao texto a seguir:

INFINITA HIGHWAY - Engenheiros do Hawai

Você me faz correr demais


Os riscos desta highway
Você me faz correr atrás
Do horizonte desta highway

Ninguém por perto, silêncio no deserto,


Deserta highway
Estamos sós e nenhum de nós
Sabe exatamente onde vai parar

Mas não precisamos saber pra onde vamos


Nós só precisamos ir
Não queremos ter o que não temos
Nós só queremos viver

(...)

Sabe onde quer chegar


Estamos vivos sem motivos
Mas que motivos temos pra estar?

Atrás de palavras escondidas


Nas entrelinhas do horizonte
Desta highway...
Silenciosa highway

Eu vejo um horizonte trêmulo


Eu tenho os olhos úmidos
Eu posso estar completamente enganado
Posso estar correndo pro lado errado
Mas a dúvida é o preço da pureza
E é inútil ter certeza

Eu vejo as placas dizendo


"Não corra" "Não morra", "Não fume"
Eu vejo as placas cortando o horizonte
Elas parecem facas de dois gumes

(...)
Na boca, em vez de um beijo,
Um chiclete de menta
E a sombra de um sorriso que eu deixei
Numa das curvas da highway

Vocabulário: highway = rodovia

Aí está uma letra fantástica, filosófica, das bandas reveladas nos anos 80. Humberto Gessinger dos Engenheiros do Hawaii, foi
muito feliz nesta letra, mas algumas frases são "avassaladoras". Analise-as.

01 – A frase “A dúvida é o preço da pureza”, da obra O Muro , do filósofo existencialista Jean -Paul Sartre, explica-se da
melhor forma:

a) Se você permanece com a dúvida então há possibilidade de errar, se você errar então vai pecar, se há pecado há pureza.
b) Se você permanece com a dúvida também permanecerá com a pureza, no entanto não ter certeza é o preço a pagar.
c) Se você tiver certeza você não vai pecar
d) A dúvida depende do pecado para existir

02 – E é inútil ter certeza / Eu vejo as placas dizendo "Não corra" / "Não morra", "Não fume"/ "Eu vejo as placas cortando o
horizonte/ Elas parecem facas de dois gumes"

O que Sartre quis dizer com faca de dois gumes?

a) Que as placas cortam o horizonte como facas


b) Que as placas além de alertar podem também incentivar a curiosidade das pessoas a tirarem suas dúvidas
c) Placas e facas têm aparências semelhantes
d) As placas cortam dos dois lados
03 - As palavras "highway" e "estrada", podem ser trocadas pela palavra:

a) vida, na amplitude de experiências que uma vida pode proporcionar se resolvermos viver - e não simplesmente deixar ela
passar.
b) morte, a certeza de todos
c) dúvida, porque não sabemos em qual caminho passar
d) certeza, pois é inútil

04 – No início da música "correr demais os riscos desta highway" e "correr atrás do horizonte desta highway" entende-se
respectivamente que:

a) São momentos emblemáticos. Vida sem risco não é vida. É tv com controle remoto na mão. E o horizonte é aquele lugar
onde nunca se chega, sempre está mais a frente, a ser alcançado. É como o que denominam "felicidade". Se quer, deve-
se busca-la, mas quando chega, o horizonte está mais adiante. Não há fim nesta busca.
b) São momentos arriscados mas fáceis de lidar. Basta correr para se alcançar.
c) A vida deve ser vivida tranquilamente sem riscos, então ele não quer correr riscos, pois quer viver feliz, viver bem.
d) A vida é uma dúvida pertinente, o eu-lírico vive uma crise existencial.

05 –“Estamos sós e nenhum de nós / Sabe exatamente onde vai parar / Mas não precisamos saber pra onde vamos Nós só
precisamos ir / Não queremos ter o que não temos / Nós só queremos viver”. Enxerga-se com clareza que:

a) A vida não é algo automatizado, previsível, não para quem quer viver de verdade. É quase como um voo cego, com
perigos, riscos e o benefício daquilo que aprendemos e vivemos no caminho. Ou nos jogamos no sofá, com a tv e o controle
remoto.
b) A vida é algo automático, como um controle remoto. Basta apertar o botão.
c) Podemos controlar nossas vidas, como controlamos os canais de televisão. Podemos definir o que vai nos acontecer no
futuro.
d) Como escritores de nossa própria história, podemos controlar o futuro.

As questões 06 a 08 referem-se ao fragmento abaixo:

Um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão


Sem querer eles me deram as chaves que abrem essa prisão...
Quem ocupa o trono tem culpa
Quem oculta o crime também
Quem DUVIDA da vida tem culpa
Quem evita a DÚVIDA também tem

Engenheiros do Hawai (Somos quem podemos ser)

06 – Leia o texto e faça uma análise geral sobre a música. A interpretação que melhor a explica é:

a) A música é sobre amadurecimento, conhecimento do que até então se ignorava, de se constatar que por mais que a gente
aprenda, seremos limitados por aquilo que desconhecemos, “somos o que podemos ser”.
b) A música fala de uma criança, que mesmo depois que cresceu continuou acreditando que as nuvens eram de algodão.
c) A música fala de uma criança que nunca perdeu a inocência e a pureza, pois nunca lhe disseram a verdade
d) A música é sobre amadurecimento, reconhecimento do que já se imaginava, da constatação de tudo que se
aprendeu, porque o desconhecido é limitado.

07 – A brilhante parte final diz sobre a culpa de quem está a frente do poder. Quem esconde a verdade, não deixa ela ser
revelada, as vezes julgando fazer isso por um bem maior. E claramente podemos ver a censura sendo ilustrada nessa parte.

Que expressões respectivamente denotam isso:

a) “ocupa o trono” “oculta o crime”.


b)” o trono tem culpa””oculta o crime também”,
c) “tem culpa” “também tem”,
d) “Quem duvida”, “Quem evita”

08 - Duvidar da vida é próprio dos pessimistas, e o pessimismo de fato nada produz, além disso só faz piorar uma situação que
já é ruim. Podemos inferir nos dois últimos versos da estrofe que:

a) Todos acabamos sendo inocentes, em todos momentos. Somos quem nós quisermos que sejamos na vida real.
b) Quem evita a dúvida não aceita que o que está estabelecido seja mudado, e sendo assim não se evolui ou pelo menos não
se é permitido viver e pensar a vida de uma forma diferente.
c) A culpa é de nossos sonhos. Somos o que sonhamos sempre ser.
d) Ninguém tem culpa, pois definitivamente somos quem podemos ser, dentro da realidade que vivemos.

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