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INFORMAÇÃO, GLOBALIZAÇÃO E EDUCAÇÃO:

desafios de uma nova era

Ana Maria Pereira

Resumo
O presente artigo não possui a pretensão de
ser um texto aprofundado sobre as questões
expostas, mas suscitar questionamentos e
despertar nosso interesse para problemas tão
gritantes sobre a interação entre educação e
informação e o uso das tecnologias por esses
seguimentos dentro de um contexto
globalizado. Aponta a globalização como
instrumento do desenvolvimento do processo
educacional gerador do conhecimento e da
transmissão da informação, interferindo no
perfil de nossos educadores e educandos, num
contínuo e complexo contexto global, como um
caminho sem volta para a educação.

Palavras chave
Educação; Informação; Globalização;
Tecnologia da Informação
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informacionais.

Se pensarmos na informação como


Tratar de assuntos tão desafiantes e veículo do conhecimento, nos deparamos
complexos torna-se ainda mais difícil, quan- com um outro conceito mais abrangente e
do temos consciência de não dominá-los. mais profundo que o simples fato de infor-
mar, verificamos a informação como instru-
Podemos analisar a informação como mento educacional de formação do conhe-
um processo cíclico do conhecimento, vi- cimento humano.
sando sempre alcançar o maior número de
pessoas por meio das tecnologias Estamos em uma “era” de mudanças,
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onde o mundo transforma-se a cada segun- capazes de abalar a economia mundial e até
do. mesmo trazer sérias conseqüências para
países como o Brasil que está tão distante.
Segundo García (1995, p.148),
Segundo Ianni (1995, p.14), “esse é
“assistimos ao nascimento de um processo simultaneamente civilizatório,
um novo paradigma, um novo já que desafia, rompe, subordina, mutila,
modelo, de características simi- destrói ou recria outras formas sociais de
lares de importância equiparável vida e trabalho, compreendendo modos de
ao da aparição da imprensa, de ser, pensar, agir, sentir e imaginar.”
uma revolução que em suma,
afetará os hábitos de comporta- Só nos resta questionar até que pon-
mento e, sobretudo, os modos de to é positivo todo esse domínio. Em que
perceber a realidade, como ocor- pode toda essa tecnologia contribuir para
re com toda a modificação ou ino- a Educação? Como trabalhar a informação
vação operada nos sistemas de junto às tecnologias dentro de um contexto
representação e transmissão do globalizado de forma a torná-la um instru-
conhecimento”. mento de educação mundial?

Entramos na corrida contra o tempo. A globalização da economia, da cul-


Podemos acompanhar a história através tura, da educação, da informação, está indo
dos livros didáticos e a complexa evolução ao encontro de que interesse, ou seja, inte-
do mundo globalizado. A explosão da ressa a quem?
globalização deu-se no início do século XX,
quando as tecnologias avançaram em de- A preocupação maior gira em torno da
senvolvimento, alcançando até mesmo os educação e como a informação pode con-
países de terceiro mundo mais marginali- tribuir para o desenvolvimento do conheci-
zados da história da humanidade. mento.

As tecnologias estão ocupando espa- Segundo Reich (apud IANNI, 1996),


ços que antes eram dos homens, atualmen- “na nova economia global, a inteligência
te os mesmos são substituídos pelas má- também não obedece mais a fronteiras ou
quinas. A informação passa por processo nacionalidades”.
rápido e constante de mudanças e é
disponibilizada com a velocidade da luz. E A educação deve caminhar paralela-
a educação, qual seu significado nesse mente ao desenvolvimento das tecnologias
mercado abrangente e concorrente? utilizando-se das mesmas para aplicar de
maneira mais rápida e precisa o conheci-
Segundo Ianni (1996, p. 24), “a mento científico e aplicado, buscando so-
globalização não é um fato acabado, mas lucionar os problemas de aprendizagem
um processo em marcha”. humana.

Atualmente, quem não faz parte des- As tecnologias agem diretamente no


se processo, está fora do contexto social e perfil de nossos educadores e educandos,
mundial. O “boom” da economia, em que globalizando o conhecimento e a informa-
podemos citar as recentes quedas das bol- ção que deixam de ser individuais e pas-
sas de valores nos países asiáticos são sam a ser coletivos.
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educacional perante a sociedade, para que
É importante observar que as neces- todo o esforço de se criar uma educação
sidades causadas pela globalização perten- fortalecida pela interação educador/educan-
cem a um contexto amplo e intenso que nos do possa encontrar o respaldo necessário
insere no contexto global de forma sutil e na utilização das tecnologias educacionais
incisiva. com uma maior amplitude, multiplicando-lhe
a eficácia e sua extensão perante a socie-
Segundo Batista Jr. (1996), “A dade local e internacional.
globalização é tão velha como Matusalém”.
Para dominar toda essa tecnologia
Ao comprarmos uma coca-cola, que está disponível, é preciso estar capa-
estamos fazendo parte do contexto global, citado para isso e ter acesso aos instrumen-
bem como ao utilizarmos as telecomunica- tos tecnológicos. Faz-se necessário que os
ções, videocassetes, computador, a educadores estejam preparados para utili-
Internet, e até mesmo o nosso velho e co- zar e ensinar o uso e, o mais importante, a
nhecido quadro-negro e o giz, tecnologias finalidade do uso das tecnologias em sala
ultrapassadas, mas que no entanto, inseri- de aula. No mundo globalizado a educa-
do em seu contexto, fazem parte de uma ção torna-se mercado. Não entende-se a
história globalizada como recurso educaci- educação como simples meio de adquirir
onal. conhecimento, mas sim, como forma de
comercializar o conhecimento. Esse é um
O profissional da informação deve in- dos fatores que nos traz a globalização,
tegrar-se com outros profissionais num tra- transforma a educação em objeto de con-
balho multidisciplinar, pois essa interação sumo. Permanecem no mercado os educa-
fará mudanças extraordinárias. A educação dores que estiverem dotados de todos os
é uma área em que existe constantes mu- conhecimentos, inclusive o de domínio da
danças e multidisciplinariamente é também tecnologia e que estejam abertos a apren-
a área que nos dá exemplos de total der sempre. Estamos abertos à concorrên-
interação. cia.

É necessário que essa interação de Não é preciso ir muito longe. Atual-


certa forma esteja seguindo padrões dita- mente vemos uma corrida muito grande das
dos pelo mundo todo, ou seja, projeto do escolas em busca de melhores equipamen-
mundo globalizado. tos, de professores melhor formados (tec-
nicamente1) e o governo deixando de ser o
Para Azevedo (1932, p. 60), “um edu- responsável maior pela educação, dividin-
cador pode bem ser um filósofo e deve ter do sua responsabilidade com a iniciativa
a sua filosofia de educação; mas, trabalhan- privada e com as comunidades locais.
do cientificamente nesse terreno, ele deve
estar tão interessado na determinação dos O que acarreta tais mudanças? A
fins de educação, quanto também dos mei-
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os de realizá-los”.
1
Quando nos referimos ao termo “tecnicamente”,
A consciência do verdadeiro papel do estamos fazendo alusão a um outro processo
globalizado, em que as universidades, em sua mai-
educador deve estar de acordo com as ne- oria, não estão interessadas em formar profissio-
cessidades da sociedade em que ele atua, nais pensantes, mas técnicos, ou seja, meros
isso impõe a concentração da consciência cumpridores do dever em sala de aula.
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globalização da educação em virtude do uso var? Essa é a pergunta da maioria dos estu-
de tecnologias. Ou se está dentro do merca- diosos atualmente. Nesse final de século, em
do, ou se está fora dele. Porém, é impres- que para o mundo globalizado a informação
cindível questionar: quem está direcionando tem peso de ouro e a educação é o único
esse caminho? Fazemos parte de uma so- meio de continuar competindo no mercado
ciedade global, onde poucos pensam e de- e fazendo com que o ser humano ainda se
cidem por muitos. Servimos sempre aos in- sinta um “ser humano” – visto que as máqui-
teresses dos “mais fortes”. nas estão ocupando cada vez mais espaços
–, é instigante perguntar o que fazer com
A tecnologia trouxe-nos para um mun- nossa “inteligência”, como trabalhar o indivi-
do sem fronteiras, onde ninguém é dono de dual sem prejudicar o coletivo, visto que
ninguém. Perdemos nossa individualidade, como já citamos acima não somos donos
nossa privacidade. É assustador notar que nem de nosso próprios pensamentos.
uma técnica desenvolvida nos momentos
das grandes guerras, para controlar as pes- Há ainda um questionamento a ser
soas e traçar novas estratégias de guerra, feito perante tantas dificuldades e desafi-
continui hoje com os mesmos objetivos, e os: Como utilizar-se das tecnologias,
assuma um caráter social de desenvolvi- globalização da educação e de nossos in-
mento cultural e educacional, globalizando telectuais, trabalhando a informação den-
a informação e o conhecimento. As idéias tro desse contexto globalizado, sem perder
que antes pertenciam basicamente ao seu nossa identidade cultural, social, histórica
criador e às pessoas de seu interesse, hoje e educacional?
pertencem ao mundo. A Internet cuidou de
“mundializar” todo e qualquer tipo de infor- Segundo Vigevani (1996, p.1-2),
mação e/ou conhecimento.
“ sabemos que as descobertas
Nesse processo de ensino/aprendiza- realizadas pela humanidade ao
gem, produção/comércio, a construção do longo dos séculos estão
conhecimento por meio de pedagogias e entrelaçadas com as relações de
tecnologias educacionais estão utilizando- produção existentes, com as ne-
se de mecanismos didáticos e tecnológicos cessidades sociais ou, no plano
independentes de ser acadêmicos ou não, abstrato, com as preocupações
onde é possível entender essa interação culturais, com a necessidade de
entre o indivíduo e o global, tornando-os respostas a temas colocados em
sujeitos no processo da produção do co- cada época. Neste sentido, cabe
nhecimento em um câmbio mútuo de infor- reconhecer que as tecnologias
mações e aprendizagens. da informação, derivadas da re-
volução na microeletrônica em
É necessário esclarecer que as curso na segunda metade do
tecnologias são um meio e não um fim, século XX, corresponderam às
quando se pensa em sua utilização enquan- novas necessidades do desen-
to disseminadora da informação e como ins- volvimento capitalista, a uma
trumento educacional. fase nova, com características
próprias, da internacionalização
É um desafio pensar a educação como da produção, que se
instrumento maior dentro desse mundo convencionou chamar de
globalizado. Onde a globalização irá nos le- globalização. Em outras pala-
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vras, as novas tecnologias da manos”, e podemos transmitir isso de gera-
informação constituem o pressu- ção em geração.
posto técnico das formas
alcançadas pelo sistema produ- Será que passa por aí, nossa identi-
tivo: cada vez mais menos de- dade?
pendente de mercados locais e
cada vez mais mundializados no É preciso olhar dentro de nossa pe-
que tange a produção e ao con- quenez para que possamos perceber a im-
sumo”. portância do processo local e o porque
estamos sempre sendo levados a pensar
O autor expõe “conceituar a informa- de forma ampla.
ção como parte constitutiva da produção de
bens, de serviços e de cultura vincula-se Não é preciso ser um intelectual para
diretamente ao tema da globalização, a qual entender o que acontece no mundo. Cai a
implica uma forma de organização da pro- bolsa de valores, vai pesar no bolso de
dução”. (VIGEVANI, 1996, p. 14). quem? Estoura a Guerra no Golfo, refletiu
na economia e na política de que países?
Penso que esse conceito aplica-se Foi lançado um novo satélite, as informa-
também à Educação que constituída como ções são lançadas instantaneamente a todo
parte da produção de bens, de serviços e e qualquer lugar do mundo.
de cultura, vincula-se diretamente ao tema
da globalização. A globalização torna-se fruto do cres-
cente desenvolvimento da civilização e do
Educação e informação não podem avanço das tecnologias. Porém é necessá-
ser entendidas distintamente dentro de nos- rio analisar que é também uma “faca de dois
so atual contexto globalizado, somente po- gumes”. É tão conflitante entre si, que fica
demos entendê-lo no sentido de aprimorar difícil distinguir entre o que é bom e o que é
o homem na busca pelo conhecimento e seu ruim em nosso atual contexto.
desenvolvimento holístico.
Para Lafee (1993, p.68), ao sintetizar
É preciso desenvolver a capacidade o tema globalização, o autor
de inovar, de produzir novos conhecimen-
tos e buscar soluções científicas e “não elimina os temas da
tecnológicas que possam adquirir as nos- hegemonia e da desigualdade,
sas necessidades sociais, e isso exige mui- mas os torna mais complexos. As
to do nosso sistema educacional, que vêm formas de exercício hegemônico
sendo pressionado por responder às mu- variam; em muitas circunstânci-
danças pela educação global. as, o disfarce é a defesa da
globalização, o que pode tornar
Atualmente, a sociedade e de certa necessário, como mecanismo de
forma as tecnologias educacionais nos le- resistência, a defesa das identi-
vam a pensar de forma ampla – global – e dades e das especificidades na-
agir localmente. É dentro do contexto em cionais. O contraste entre o dis-
que estamos inseridos que nos identifica- curso e a prática liberais do mun-
mos, que aprendemos, que formamos nos- do desenvolvido é uma lição per-
so ciclo de vida, em que desde um simples manente de cautela diante de
sorriso de alguém amigo nos faz sentir “hu- soluções doutrinárias que se
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apresentam como prontas e de- ALBA, Luís. El profesional de información y
finitivas”. los cambios globales: temas para un deba-
te. p.45-57. In: II SIMPÓSIO INTERNACIONAL
É necessário olhar a educação den- “PROF. DR. PAULO TARCÍSIO MAYRINK” e
tro desse contexto globalizado de forma IV ENCONTRO DE BIBLIOTECONOMIA DO
crítica e entendê-la como fonte geradora do CENTRO OESTE PAULISTA, 04 a 06 de
conhecimento e transmissão da informação. setembro de 1996. Anais... Marília: Faculda-
A informação, como precursora da educa- de de Filosofia e Ciências da UNESP, 1997.
ção, leva o ser humano a absorver e gerar
conhecimento. Se pensarmos em informa- AZEVEDO, Fernando. A reconstrução edu-
ção, dentro do contexto amplo, podemos cacional no Brasil: manifesto dos pioneiros
perceber que a comunicação está inserida da educação nova. In: A educação entre
na informação e ambas estão de certa for- mundos: problemas, perspectivas e orien-
ma contribuindo para o desenvolvimento tações. São Paulo: Melhoramentos, 1958.
educacional. p.59-81. (Obras Completas V. XVI).

Concordamos com Ianni (1996, p.35), BATISTA JÚNIOR, Paulo N. O mito da


que nos esclarece de maneira sensata es- globalização. Folha de São Paulo, 07 de
ses questionamentos e nos leva a novos outubro de 1996.
caminhos e formas de pensamentos quan-
do diz que BOSI, Alfredo. Dialética da colonização. São
Paulo: Companhia das Letras, 1992. 412p.

“...os conceitos envelhecem, fi- DOWBOR, Ladislau. Da globalização ao


cam descolados do real, já que poder local: a nova hierarquia dos espaços.
o real continua a mover-se trans- In: FREITAS, Ramos C. de. A reinvenção
formar-se. Em certos momentos, do futuro. São Paulo: Cortez, 1996. p.55-
ele parece repetir-se de modo 75.
enfadonho, mas em outros reve-
la-se diferente, novo, fascinante, GARCÍA, José Antonio Cordón. De
insólito, surpreendente. Sob vá- D’Alembert al CD-ROM: las enciclopedias
rios aspectos, pode se dizer que electronicas o la aparicion de un nuevo
aqui começa a história novamen- paradigma. Revista Española de
te” Documentación Científica, v.18, n.4, p.418-
425, Octubre-Deciembre, 1995.

IANNI, Octavio. A sociedade global. 3.ed.


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Questões para a diplomacia no contexto Bacharel em Biblioteconomia e aluna do
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CENTRO OESTE PAULISTA, 04 a 06 de
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1997.
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Titulo
Información, globalización y educación:
desafios de una nueva era

Resumen
El presente artículo no tiene la pretensión de ser
_____________________________________________________________ un texto profundo sobre las cuestiones expues-
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Informação, Globalização e Educação: desafios de uma nov era Ana Maria Pereira
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tas, sino de suscitar cuestionamentos y
despertar nuestro interés para problemas tan
gritantes sobre la interacción entre educación
e información y el uso de las tecnologías por
esos segmentos dentro de un contexto
globalizado. Señala la globalización como ins-
trumento del desarrollo del proceso educacio-
nal generador del conocimiento y de la trans-
misión de la información, interfiriendo en el perfil
de nuestros educadores y educandos, en un
continuo y complexo contexto global, como un
camino sin vuelta para la educación.

Palabras-Clave
Educación; Información, Globalización; Tecno-
logía de la Información

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Artigo recebido em: 30/04/98

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