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PRÓTESE E

MATERIAIS DENTÁRIOS

Prof. Dr. Carlos Alberto Muzilli


Prof. Dr. Hedilso C. R. Gaddini
ABITEP – PRÓTESE_ 1
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Introdução

O estudo preparatório para concursos especificamente tratando-se de Prótese pode parecer o menos importante
dentre as disciplinas mais requisitadas nos exames, porém faz-se necessário o estudo minucioso desta área da
odontologia porque é exatamente ela que seleciona e diferencia o candidato. Portanto, bom estudo!

Sistema Estomatognático

O sistema estomatognático coordena a atividade mastigatória, a qual agrega uma gama complexa de estruturas
anatômicas que desempenham em conjunto esta função bastante especializada.
Os componentes do sistema estomatognático podem ser agrupados nas seguintes estruturas: DENTES
MÚSCULOS E ATM. Representados em: órgão dental, estrutura periodontal, língua, bochechas, ossos, articulações
temporomandibulares, músculos, ligamentos e conexões nervosas.

 ATM:
A articulação temporomandibular é uma articulação do tipo sinovial bicondílea com grande liberdade de
movimento entre as superfícies ósseas que a compõem, apresentando como particularidade movimentos simultâneos e
sinérgicos. E por movimentos se tratar de uma articulação bicondílea, existe uma interdependência funcional entre
ambas. As estruturas que formam e circundam as articulações temporomandibulares são as seguintes:
1- Disco articular
2- Eminência articular
3- Compartimento supra discal
4- Cabeça da mandibula
5- Carilagem articular
6- Compartimento infra discal
7- Cápsula articular
8- Região retro discal
9- Meato acústico externo
10- M. Pterig. Lateral (feixe inf.)
11- Tendão do m. temporal

 ATM- superfícies ósseas articulares

Fossa Mandibular: limitada posteriormente pela parede anterior do meato acústico externo.
Duas regiões: fissura retrotimpânica (n. corda do tímpano e artéria e veia timpânica) - posterior: rugosa e anterior: lisa
articular.

Superfícies que se contactuam: vertente anterior e extremo anterior da vertente posterior dos côndilos + parede
posterior da eminência e porção anterior da fossa.
Côndilo: cabeças elipsóides com seu > eixo para trás (Basion); possui duas vertentes articulares.

ATM - zonas revestidas por tecido conjuntivo denso fibroso


Função: amortecer as pressões e distribuí-las sobre as superfícies ósseas articulares.
Movimentação mandibular está relacionada com a nutrição deste tecido (líquido sinovial)

Côndilo da mandíbula: revestido por tecido conjuntivo denso fibroso.


Tecido avascular e não inervado com maior capacidade de regeneração que a cartilagem hialina. Os côndilos, em uma
vista superior, no plano horizontal, apresentam formato elíptico, com seu longo eixo ligeiramente voltado para posterior.

Fossa mandibular: limitada posteriormente pela parede anterior do meato acústico externo. Superfícies que se
contatam: vertente anterior e extremo anterior da vertente posterior dos côndilos + parede posterior da eminência e
porção anterior da fossa

Disco articular: possui três regiões: 1) Zona intermediária; 2) Banda Posterior e 3) Banda anterior. Sua parte central
(zona intermediária) possui tecido fibrocartilaginoso não vascularizado; Parte periférica: tecido conjuntivo. O disco divide
a ATM em cavidades supra-discal e infra-discal. Fixação: ligamentos colaterais, cápsula articular e zona bilaminar.

Ligamentos das ATM

Extrínsecos: esfenomandibular, estilomandibular, pterigomandibular e temporomandibular


Função: prevenir o deslocamento do complexo côndilo-disco.
Intrínsecos: ligamentos colaterais e ligamento posterior (tecido retrodiscal ou zona bilaminar) e Ligamento capsular
anterior superior e anterior inferior .

Lâmina retrodiscal ou Zona Bilaminar: duas camadas de fibras. Superior: fibras elásticas e atua contra o
deslocamento anterior do disco; Inferior: anelástica, muito inervada e vascularizada.

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Ligamento capsular anterior superior e anterior inferior

Ligamentos colaterais: ligamento lateral do disco e ligamento medial do disco

Cápsula Articular: elástica e vascularizada; limitar a amplitude de movimento dos côndilos; inserção: pólos medial e
lateral dos côndilos, na eminência articular, bordas do disco. Dentro da capsula articular existem dois compartimentos: 1
Cavidade supradiscal (acima do disco articular ) ; 2 Cavidade infradiscal ( abaixo do disco articular ).

Membrana Sinovial: reveste internamente a cápsula articular e produz o líquido sinovial, viscoso; função: lubrificar as
superfícies intra-articulares e nutrição.

Ligamento temporomandibular: porção interna horizontal e porção externa oblíqua.

Ligamento estilomandibular : origem processo estilóde e inserção ângulo da mandíbula.

Ligamento esfenomandibular: origem processo esfenóide e inserção na língula.

Inervação da ATM: Nervo aurículotemporal.

 MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO

Ventre (centro/contrátil) e aponeurose (extremidade/inextensível)


Origem: parte fixa
Inserção: parte móvel

Músculo Masseter - feixe superficial (para baixo e para trás) e profundo (vertical)
•Origem: arco zigomático
•Inserção: ângulo da mandíbula
•Função: elevação da mandíbula

Músculo Pterigoideo Medial ou Interno


•Origem: fossa pterigoidéa (estende-se para baixo/trás/fora)
•Inserção: superfície interna do ângulo da mandíbula
•Função: elevação da mandíbula
•Ação secundária: protruir e lateralidade
•Inervação: nervo pterigóideo medial

Músculo Temporal (três feixes)-posicionador


•Anterior-verticais: fechamento (deglutição e posição postural)
•Médio-oblíquas: fechamento
•Posterior-horizontais (retratoras)
•Origem: fossa temporal
•Inserção: parte interna e anterior do processo coronóide

Músculo Pterigoideo Lateral-feixe inferior


•Origem: superfície externa da placa pterigoidea
•Inserção: pescoço do côndilo (estende-se para trás/cima/fora)
•Função: protrusão/depressão/estabilizador do complexo côndilo-disco contra a vertente posterior da eminência

Músculo Pterigoideo Lateral-feixe superior


•Origem: superfície infra-temporal da asa maior do esfenóide
•Inserção: disco articular (estende-se para trás/fora)
•Função: coordenação do disco

Grupo dos Supra-Hioideos - se estendem da mandíbula ao osso hióide


•Digástrico
•Milo-hioideo
•Genio-hioideo
•Estilo-hioideo
•Função: elevar o osso hióide superior e posteriormente (deglutição) e para abaixar a mandíbula (quando está fixo)

Grupo dos Infra-Hioideos


•Esterno-hioideo
•Esterno tireóideo
•Omo-hioideo
•Função: abaixar o osso hióideo e a laringe, como também estabilizá-lo para depressão mandibular.

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Músculo Bucinador
•Função: tencionar a bochecha direcionando os alimentos para os dentes

Fisiologia da Postura
•Posição postural (repouso): músculos agindo apenas contra a ação da gravidade mantendo sua viscoelasticidade.
•Obs: pterigóideos laterais (ação antagônica) e temporal posterior.

Fisiologia da Abertura
•Relaxamento dos elevadores
•Osso hióide estabilizado
•Ativação pterigóideos laterais inferiores e digástrico

Fisiologia do Fechamento
•Relaxamento dos depressores
•Contração dos elevadores(masseter, pt medial)
•Obs: temporal posterior na retração final da mandíbula

DETERMINANTES DE OCLUSÃO: São diretrizes para harmonizar as relações estáticas e dinâmicas entre as
superfícies oclusais dos dentes com os demais componentes do sistema estomatognático.
Direcionam e limitam os movimentos mandibulares
•Fixos: plano de Frankfurt/plano de Camper/distância intercondilar/guia condilar/RC/ORC.
•Variáveis: DVO/DVR e EFL (discutível) /plano oclusal/curvas de compensação/altura de cúspides/trespasse vertical e
horizontal/MIH

Anatomia Dental
•Cúspides cêntricas ou de suporte: vestibulares inferiores e palatinas superiores; conformação anatômica em duplo
plano (vertentes).
•Sulco de Bennet: localizado entre as cúspides médio e disto vestibulares do 1°MI Chaves de Oclusão.
• Influência da distância intercondilar na conformação da mesa oclusal dos dentes posteriores e palatina dos anteriores

Considerações sobre os dois padrões de relacionamento interdental


Dente-dois-dentes (E.V. Payne): cúspide-crista e fossa
Dente-dente (Peter Thomas): cúspide-fossa

•Dente-dois-dentes (Oclusão Funcional):


- Oclusão em cristas e fossas
- 95% da população
- Formação de cunha nas cristas

•Dente-dente:
- Oclusão em fossas apenas
- Forças //s ao longo eixo dos dentes, < força lateral.
- Utilizada em grandes reabilitações orais.

Guias de Desoclusão

Guia condilar: inclinação da parede posterior da eminência articular ou parede anterior da cavidade articular. Quando a
inclinação da trajetória dos côndilos é menos inclinada na protrusão, as cúspides devem ser mais baixas. Uma
inclinação maior na trajetória dos côndilos permite que as cúspides sejam altas.

Guia em Incisivo: face vestibular dos incisivos centrais e laterais inferiores percorrem a face palatina dos incisivos
centrais superiores. Proteção articular: movimento condilar para baixo e para frente.
Existe uma relação entre a angulação da configuração oclusal palatina dos incisivos superiores e a guia condilar.
Trespasse vertical ou overbite maior- cúspides posteriores mais altas. Trespasse horizontal overjet maior – cúspides
posteriores mais baixas.
Guia incisal, guia condilar e altura de cúspides são relacionadas.

Fenômeno de Christensen: espaço surgido entre os dentes posteriores antagonistas (desoclusão posterior) quando da
posição de topo entre incisivos.

Oclusão mutuamente protegida : Os dentes posteriores protegem os anteriores e os anteriores protegem os


posteriores.

Guia em Canino: quando durante o movimento de lateralidade apenas os caninos do mesmo lado se tocam,
desocluindo todos os demais dentes. Movimento - côndilo do lado de trabalho: para trás, para fora e para cima; côndilo
do lado de balanço: para frente, para baixo e para dentro.

Ângulo de Bennet: ângulo formado pelo prolongamento da trajetória do côndilo do lado de balanço com o plano sagital
mediano (observado no plano horizontal).

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Movimento de Bennet: é o movimento de deslocamento lateral realizado pelo corpo da mandíbula durante o
movimento de lateralidade, que observado pelo movimento do côndilo de trabalho.

Plano de Frankfurt (Von Hering): em norma lateral, projeta-se bilateralmente dos pontos craniométrico Pórion (Po) ao
à borda inferior da cavidade orbitária esquerda. referência análoga à base do crânio.

Plano de Camper: em norma lateral, projeta-se do ponto craniométrico Pórion (Po) à Espinha Nasal Anterior (Ena);
apresenta paralelismo relativo com o plano oclusal, em um nível mais superior.

Curvas de Compensação:
- existem para preservar a integridade do sistema estomatognático em função do padrão de movimentação mandibular.
•Curva de Spee: projeta-se no sentido ântero-posterior.
•Curva de Wilson: inclinação que os dentes posteriores inferiores possuem para lingual.
•Curva de Monson/Teoria esférica de Monson: superfície oclusal dos inferiores representada por um segmento de
esfera com 10 cm de raio,
- centro na glabela,
- curvas de compensação,
- longo eixo dos dentes convergentes.

Conceitos das relações articulares e oclusais


•Relação Central (cêntrica): posição estritamente articular, onde os côndilos tendem a se posicionar em uma região
central da cavidade articular com os discos devidamente posicionados em suas bandas articulares, quando a vertente
articular anterior do côndilo está posicionado contra a parede posterior da eminência exigindo o mínimo de atividade
muscular (contração passiva).

•Máxima Intercuspidação Habitual (MIH): posição estritamente dental, onde se apresenta o máximo de contatos
interdentais; o ideal seria coincidir com a ROC.

•Oclusão Central (cêntrica) ou Relação de Oclusão Cêntrica (ROC): relação de contato dental que preserva um
posicionamento centralizado dos côndilos na cavidade articular. Esta seria uma posição ideal para grandes
reabilitações.

•Dimensão Vertical de Repouso (DVR): distância entre dois pontos na face quando o indivíduo encontra-se em RC.

•Dimensão Vertical de Oclusão (DVO): distância entre dois pontos na face quando o indivíduo apresenta relação de
contato dental.

•Espaço Funcional Livre (EFL): é a distância equivalente a diferença entre a DVR e a DVO. Pode variar de 1 a 10mm !

ARTICULADORES Aparelho destinado à fixação dos modelos de gesso, para registrar as relações intermaxilares em
três dimensões e reproduzir os movimentos mandibulares de interesse protético.

•Objetivos: Diagnóstico, Planejamento e Reabilitação.

•Classificação
American Dental Association (ADA):

1) Articuladores Não Ajustáveis:


- movimentos de bisagra,
- “charneiras” ou “dobradiças”,
- eixo terminal de rotação fixo;

2) Articuladores de Trajetória Condilar Fixa:


- guia e distância intercondilar fixas,
- ajustes em movimentos excêntricos;

3) Articuladores Semi-ajustáveis:
- registros dos movimentos mais comuns,
- possibilidade de uso do arco facial,
- ajuste do guia condilar e incisal,
- ajuste dos movimentos latero-protrusivos;
-ARCON / NÃO-ARCON

3a) Articuladores Semi-ajustáveis ARCON:


- apresentam a cavidade articular no ramo superior e os dispositivos condilares no ramo inferior;
-Arco facial: localiza a maxila em relação a base do crânio( plano de Frankfurt), Orienta a fixação do modelo superior no
articulador. Pode admitir a individualização intercondilar. Pode admitir a individualização do eixo terminal de rotação.

3b) Articuladores Semi-ajustáveis NÃO-ARCON:


- apresentam a cavidade articular no ramo inferior e os dispositivos condilares no ramo superior;

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4) Articuladores Totalmente ajustáveis:
- reprodução precisa dos movimentos mandibulares,
- arco facial pantográfico:
- STUART, DENAR, TT

Guia condilar no articulador: Ângulo formado entre o plano horizontal


e a vertente anterior da cavidade articular do osso temporal.
Ângulo de Bennett: Formado entre o plano sagital e a trajetória medial do côndilo de balanceio
Determina a amplitude de deslocamento medial da mandíbula para o lado de balanceio.

•Estudo da movimentação mandibular vertical

Diagrama de Posselt

Disfunções da ATM

I. Desordens da Articulação Temporomandibular

• Desvios na forma: Defeitos na superfície articular e Afinamento do disco e perfuração

• Deslocamento do disco:Com redução e Sem redução

• Deslocamento do complexo disco-cabeça da mandíbula: Hipermobilidade e Deslocamento

• Condições inflamatórias: Capsulite, sinovite e Retrodiscite

• Doenças degenerativas: Osteoartrose Osteoatrite ePoliartrite

• Anquilose: Fibrosa e Óssea

II. Desordens dos músculos mastigatórios


• Agudo: Miosite, Reflexo de estiramento muscular e Espasmo muscular

• Crônico: Dor miofascial,Contratura muscular, Hipertrofia e Mialgia secundária à doença sistêmica

III. Desordens congênitas e de desenvolvimentoHiperplasia da cabeça da mandíbula

• Hipoplasia da cabeça da mandíbula

• Aplasia

• Condilólise

• Neoplasias

• Fraturas

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Etiologia das Disfunções da ATM
Macro traumas  evento agudo (ex.: acidente automobilístico ou esportivo)
Micro trauma  evento crônico, de baixo nível (ex.: apertamento, roer unhas, morder lápis, mastigação excessivamente
forte ou aberturas forçadas repetitivas da mandíbula).
Fatores a serem também considerados  perda(s) dental (is) posterior (ES), tensão emocional, etc.

I. Desordens da Articulação Temporomandibular


Considerações sobre as desordens da ATM quanto às (ao/aos):

A) Desvios na forma

1) Defeitos na superfície articular


- No compartimento inferior – são raros e não requerem tratamento
- No compartimento superior – normalmente está localizado na superfície articular do tubérculo. Estes defeitos podem
ser causados por traumas, inflamação, anomalias estruturais ou remodelamento ósseo.
* Sinais e sintomas – ausência de dor, desvio em abertura no ponto de interferência. Pode existir clique em
abertura e fechamento, se o ponto de interferência não for evitado. O clique sempre ocorre no mesmo ponto, tanto em
abertura como em fechamento.
# Tratamento – ensinar o paciente a ter um padrão de movimento mandibular a fim de evitar a interferência,
reforço consciente para reduzir a força de mastigação, utilização de placa estabilizadora para diminuir a hiperatividade
muscular.

2) Afinamento e Perfuração do disco


- Ocorre na parte central do disco devido à sobrecarga enquanto os dentes estão juntos. Mais provável ocorrer em
indivíduos mais velhos devido ao tempo de uso.
* Sinais e sintomas – Dependem da extensão da lesão. Em perfuração, ocorre crepitação. A dor ocorre em uma
fase inicial. Pode haver mudança de oclusão. Para confirmação de diagnóstico uma tomada de imagem, tipo artrografia,
é indicada. O afinamento é difícil diagnosticar clinicamente.
# Tratamento – se existir dor e sensibilidade à palpação é indicada uma placa estabilizadora para diminuir a
carga e os sintomas. Em caso de perfuração sem tolerância dos sintomas, a indicação é cirúrgica (remoção ou
substituição do disco).

B) Deslocamento do disco

1) Com redução
- O disco está deslocado em uma posição anterior ou antero-medial com a boca fechada e retorna à posição normal à
cabeça da mandíbula quando da abertura.
* Sinais e sintomas – Sons de clique ou estalos durante a abertura e também no fechamento da boca (clique
recíproco). Ocorre frequentemente também desvio da linha média da mandíbula para o lado articular afetado no início
da abertura. Após a redução (primeiro clique em abertura) a mandíbula retorna à posição central.
# Tratamento – Nem todos os casos de deslocamento anterior de disco com redução requerem tratamento.
Assim, ausência de dor ou de severa disfunção e ausência de dor à palpação  nenhum tratamento é indicado.
Presença de dor à palpação  Educar o paciente a evitar o apertamento e sobrecarga. Em caso de ausência de dentes
posteriores, a reposição protética dos mesmos é indicada.
Em casos de suspeita de apertamento noturno  placa de estabilização noturna. Em casos de dor, a indicação é
a terapia de reposicionamento mandibular por meio de placas reposicionadoras ou de reposionamento anterior para
avançar a mandíbula para frente. Estas placas reposicionadoras devem ser utilizadas por dois a três meses para
promoverem a diminuição dos sintomas e a formação de um reparo nos tecidos retro-discais pela formação de um
pseudodisco. Apesar disso, estes tipos de placa ainda são muito controversas pelos autores por nem sempre
alcançarem os resultados desejados e pela reincidência dos estalos numa boa porcentagem dos casos.

2) Sem redução

- Essa condição é caracterizada pela falha de recapturar o disco durante a abertura. O disco está anteriorizado
permanentemente e a cabeça da mandíbula não é capaz de passar debaixo do disco deslocado devido tanto à sua
alteração de forma de bicôncavo para biconvexo, como por uma perda de tensão do ligamento posterior. A maioria dos
pacientes consegue descrever com precisão a data exata do início do deslocamento anterior do disco sem redução
devido à limitação repentina de abertura. Os estágios dessa patologia podem ser divididos em agudo e crônico.

- Deslocamento anterior de disco, agudo sem redução:


* Sinais e sintomas – severa limitação de abertura bucal (25 a 30 mm), com deflexão para o lado articular
envolvido (ipsilateral). A protrusão também é limitada e também com desvio para o lado ipsilateral. A lateralidade no
sentido oposto ao lado afetado é restrita. A lateralidade para o lado afetado é normal. Qualquer movimento do lado
afetado é acompanhado de dor.
# Tratamento – conduzir (ou reduzir) o disco deslocado para sua posição normal quer por movimentos de
lateralidade e abertura realizados pelo próprio paciente, quer por mobilização manual da ATM por meio de uma
manobra, com o polegar sobre os molares do lado afetado, tracionando a mandíbula para baixo a fim de aumentar o
espaço do disco. Em caso de sucesso, utilizar placa reposicionadora imediatamente, por período integral, durante 10
dias pelo menos. Posterior utilização de placa estabilizadora.

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- Deslocamento anterior de disco, crônico sem redução:
* Sinais e sintomas – disco permanentemente deformado com impossibilidade de redução. Abertura limitada e
leve deflexão para o lado afetado. Restrições de movimento para o lado não afetado. As dores se presentes, não são
tão severas. O som articular mais comum é as crepitações que representam mudanças degenerativas nas superfícies
articulares. Evidências radiológicas contribuem no diagnóstico.
# Tratamento – tentativa de mobilização. Se obtiver sucesso, idem a anterior. Se não, dependerá dos sintomas
do paciente. Ausência de dor placa estabilizadora. Presença de dor  Placa estabilizadora. Persistência da dor 
cirurgia.

C) Deslocamento do complexo disco-cabeça da mandíbula

1) Hipermobilidade
- O complexo disco-cabeça da mandíbula translada excessivamente sobre o tubérculo articular. A maioria dos pacientes
apresenta maior abertura quando boceja ou come. Pode ser seguida de procedimento de excessiva abertura por tempo
prolongado como exodontia de terceiro molar, endodontia de molares, entubação endotraqueal, etc. Existe a
predisposição genética à lassidão articular ou ainda pode estar presente em pacientes que apresentam tubérculo
articular íngreme e overbite profundo.
* Sinais e sintomas – Durante a abertura os côndilos ultrapassam, após uma pausa momentânea, a crista do
tubérculo articular, saltando para frente e para cima. Normalmente nem a dor e nem os estalos estão presentes.
# Tratamento – Quando o paciente apresenta menos que 12 ou 13 anos ou se a Hipermobilidade articular é
generalizada, nenhum tratamento é indicado. Caso contrário é indicado educação postural para limitar a abertura de
boca do paciente durante as funções normais ou quando bocejar.

2) Deslocamento
- Também conhecido como “travamento aberto”, caracteriza-se pela impossibilidade do paciente fechar a boca após
uma ampla abertura bucal. O complexo côndilo-disco ultrapassa o tubérculo articular e devido à interferência do próprio
tubérculo, associada a um espasmo muscular dos mm elevadores, fica impossibilitado o retorno do complexo à sua
posição original.
* Sinais e sintomas – Boca aberta, presença de dor que aumenta ao tentar fechar a boca, mio espasmos, toque
dos dentes posteriores e mordida aberta anterior.
# Tratamento – Instruir ao paciente tentar abrir a boca para tentar relaxar os músculos elevadores. Pedir ao
paciente bocejar o mais que puder enquanto o clínico executa uma pressão suave para baixo e no sentido posterior do
mento. Se não reduzir, posicionar os polegares atrás dos molares e pressioná-los para baixo e para trás enquanto o
paciente boceja. Pode ser necessária a utilização de relaxantes musculares ou em casos mais severos, sedação com
eventual procedimento cirúrgico.

D) Condições inflamatórias
- Sobrecarga da articulação (bruxismo, mastigação anormal, trauma, estiramento, infecção) pode causar uma resposta
inflamatória na cápsula fibrosa, membrana sinovial e tecidos retro discais. Apresenta como sintoma principal a dor
contínua aumentada com a função.

1) Capsulite e Sinovite
- Capsulite (inflamação da camada fibrosa externa da cápsula articular) e sinovite (inflamação da camada interna da
sinóvia) são muito semelhantes e podem ocorrer após trauma compressivo da ATM, abertura prolongada, estiramentos,
etc.
* Sinais e sintomas – Dor em repouso e piora com função. Movimento limitado por dor, dor à palpação direta
sobre o pólo lateral da articulação (capsulite), possível presença de edema.
# Tratamento – Depende da etiologia. Em casos de macro traumas: orientar a função limitada mandibular,
analgésicos leves, calor ou ultra-som na ATM. Em dores persistentes, uma injeção de corticosteróide na ATM (ou
arredores) pode ser utilizada. Em casos de micro traumas crônicos: placa articular estabilizadora ou, em casos de
deslocamento, placas reposicionadora podem ser utilizadas.

2) Retrodiscite
- Dada pela compressão do côndilo numa região altamente inervada e vascularizada que é a parte posterior do disco
articular (região retro discal). Pode ser causada por um trauma agudo externo no mento ou por micro traumas crônico
devido à perda de suporte em molar, bem como por deslocamento posterior do côndilo conseqüente ao deslocamento
anterior do disco.
* Sinais e sintomas – dor constante e sensibilidade à palpação na região lateral e posterior da articulação. Dor
aumentada com apertamento ou com movimentação mandibular para o lado afetado. Em casos de edema pode ocorrer
falta de contato oclusal posterior no lado da região afetada.
# Tratamento – Em casos de macro trauma, o tratamento é similar à capsulite e/ou sinovite. Utilização de placa
estabilizadora é bem indicada. Se houver deslocamento anterior do disco, uma placa reposicionadora é indicada. Se
não houver resposta ao tratamento, uma injeção de corticosteróide pode ser benéfica.

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E) Doenças degenerativas
- As doenças degenerativas incluem duas desordens localizadas (osteoartrose e osteoartrite) e a poliartrite que é
causada por uma condição artrítica sistêmica generalizada. Ocorrem quando uma sobrecarga nas articulações
ultrapassa o limite regenerativo das mesmas. Idade e fatores sistêmicos afetam tal capacidade regenerativa.

1) Osteoartrose
- Desordem degenerativa não inflamatória da articulação que afeta principalmente os tecidos articulares e o osso
subcondral. Uma pressão excessiva da ATM pode resultar em degeneração do tecido articular fibroso que cobre a
cabeça da mandíbula. Tal superfície perde a compressibilidade elástica com transferência de carga diretamente ao
osso. Os osteoclastos podem causar afilamento e perfuração da cortical articular do côndilo. Erosão generalizada e
mudança do contorno do côndilo.
* Sinais e sintomas – ausência de dor e de ponto de sensibilidade à palpação. Possibilidade de limitação de
movimentos. Em estágios mais avançados: crepitação.
# Tratamento – Em ausência de dor: terapia é contra-indicada. Se houver mudança de oclusão: tratamento
dentário.

2) Osteoartrite
- Semelhante à osteoartrose, porém com presença de dor. Normalmente são graduais e auto limitadas, ou seja, vão
aumentando e regridem progressivamente dentro de um período de três anos. A dor regride, os movimentos melhoram
e os sons articulares também diminuem.
* Sinais e sintomas – Dor constante e localizada. Nos estágios iniciais a dor é pior após as funções e melhora
com o repouso. Mais tarde pode haver após o repouso rigidez articular matinal e crepitação. Tempo frio e úmido
normalmente piora a dor. Pode haver limitação de movimentação devido à dor. A porção lateral da articulação é
sensível à palpação. Pode haver edema, mialgia e espasmos musculares. Mudanças radiológicas são evidentes nos
estágios mais avançados como achatamento do côndilo, osteófito, formação cística e diminuição do espaço articular.
# Tratamento – Preparar o paciente para o estágio agudo de dor, Instrução de dieta pastosa e orientar a realizar
movimentos mandibulares sem dor. Farmacoterapia com aspirina ou analgésicos leves, relaxantes musculares e um
tranqüilizante é sugerido na presença de hiperatividade muscular. Em casos de dor severa: corticosteróide. Uso de
placa estabilizadora pelo maior tempo possível. Em casos de deslocamento: intervenção cirúrgica. Casos extremos:
cirurgia.

3) Poliartrite
- Desordem sistêmica que pode afetar a ATM. Existem várias entidades da poliartrite com diferentes etiologias: artrite
reumatóide, artrite reumatóide juvenil, artrite infecciosa, doença de Lyme, artrite psoriática e desordem metabólica como
hiperuricemia. Caracteristicamente afetam ambos os lados do corpo, inclusive as ATMs. A artrite reumatóide adulta e
juvenil é a mais comum e 34 a 75% dos pacientes têm envolvimento nas ATMs. Enzimas são liberadas provocando a
erosão e destruição do côndilo e osso temporal, com eventual anquilose fibrosa e deformidade ocluso facial.
* Sinais e sintomas – Dor e sensibilidade à palpação lateral durante o estágio agudo. Possível edema, hiperemia,
calor, crepitação e limitação de função. Agravamento dos sintomas por atividade para funcional, mastigação abusiva ou
normal. Devido à degeneração severa dos côndilos pode-se observar contatos somente nos molares, mordida aberta
anterior e retrusão mandibular. O achatamento do tubérculo articular e mudanças na fossa mandibular são muito
comuns.
# Tratamento – Médico. A terapia de suporte da ATM é paliativa e envolve repouso da articulação, fisioterapia e
utilização de fármacos (analgésicos e injeção de corticosteróide). Placa estabilizadora. Em casos extremos: cirurgia
ortognática.

F) Anquilose
- Imobilidade ou consolidação da articulação devido à doença, trauma ou procedimento cirúrgico. Esta categoria de
disfunção, até 1974 era vista como deslocamento de disco devido à limitação de movimentos presentes. A partir desta
época, com a utilização da artroscopia, tem ganhado grande aceitação.

1) Anquilose fibrosa
- O tecido fibrótico pode aderir ao côndilo (cabeça da mandíbula), ao disco e/ou tecido retro discal, fossa ou tubérculo
articular. A causa mais comum é um hematoma secundário a um trauma na articulação. Adesões na articulação (devido
ao apertamento e diminuição da lubrificação) podem levar a anquilose fibrosa. No estágio inicial a adesão pode ser
facilmente removida. Se perdurar, tende a se tornar permanentemente fixa.
* Sinais e sintomas – Translação restrita tanto em abertura como protrusão e lateralidades. Dor variada
provavelmente associada às tensões ligamentares. A imagem de tecidos moles auxilia no diagnóstico diferencial de
deslocamento de disco.
# tratamento – Depende da dor presente e do grau de disfunção. Em casos de função adequada e pequeno
desconforto, nenhum tratamento é indicado. Caso contrário, a cirurgia artroscópica seguida de fisioterapia é indicada.

2) Anquilose óssea
- Essa condição é provocada pela proliferação das células ósseas causando união das estruturas rígidas da ATM,
resultando em completa imobilidade. Ocorre devido à infecção, fratura ou doença inflamatória crônica. É bastante
incomum.
* Sinais e sintomas – Normalmente não está associada à dor. Limitação de todos os movimentos,
semelhantemente à anquilose fibrosa. Estudo por imagem revela conexão entre superfícies ósseas.
# Tratamento – Cirurgia para remoção da união e fisioterapia.

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II. Desordens musculares

A) Co-contração protetora
- A contração muscular é um mecanismo reflexo que tem ação protetora das partes lesadas que envolvem o Sistema
Nervoso Central, resultando em apertamento com função de limitar os movimentos.
* Sinais e sintomas – amplitude de movimentos restrita, dor com movimento e sensação de fraqueza muscular.
# Tratamento – quando a causa é removida não há necessidade de tratamento. Repouso e calor promovem
alívio. Relaxantes musculares e antiinflamatórios podem ser benéficos. Uma placa oclusal ajuda em casos de
parafunções e melhora a amplitude dos movimentos.

B) Mioespasmo (Dor Aguda)


- Manifestação de um ou vários músculos, manifestada como contração crônica tônica involuntária, causando limitação
de movimento. Ocorre por muitas causas como estiramento ou alongamento excessivo de músculos já abalados com
co-contração. Pode durar de minutos a dias. Pode estar associado a causas de sistema nervoso central como dores
somáticas e uso de certos medicamentos como tranqüilizantes maiores.
* Sinais e sintomas – Esta desordem é comumente classificada como “câimbra”. Pode ser distinguida
eletromiograficamente da co-contração protetora. Pode ser acompanhada por contração isométrica (rigidez por tensão)
ou isotônica (encurtamento). Uma abertura pode ser reduzida de 10 a 20 mm. Pode variar de difusa a lancinante. A
contração pode alterar a oclusão dependendo do músculo afetado.
# Tratamento – Mesmo sem tratamento o espasmo e a dor frequentemente diminuem. Restrição dos movimentos
dentro dos limites sem dor é bastante efetiva. Calor leve e massagens suaves proporcionam alívio. O frio pode ajudar.
Analgésicos são mais efetivos que os relaxantes musculares. A placa oclusal pode ajudar em casos de fatores
contribuintes para a piora como apertamento diurno e/ou noturno. Outros fatores contribuintes importantes são:
problemas ocupacionais (cantores, músicos e mergulhadores) e emocionais (exames escolares, doença familiar e
processos litigiosos).

C) Miosite (Dor Aguda)


- Inflamação de um músculo, resultante de uma causa local. Os músculos masseter e pterigóideo medial são os mais
frequentemente envolvidos. Podem ocorrer devido a traumatismos externos (esportes de contato), estiramentos ou
infecções (abscessos) ou por contração protetora e mio espasmos prolongados e severos. Característica típica: dor
muscular contínua.
* Sinais e sintomas – Dor, edema e músculos doloridos à palpação. A dor ocorre em repouso e aumenta em
função. Pode resultar em contração muscular protetora devido à dor contínua. Se não tratada pode evoluir para
contração miofribótica ou encurtamento sem dor do músculo. Quando envolve tendão é chamada de tendinite.
# Tratamento – Limitar os movimentos e indicar analgésicos leves. Após a fase inicial e melhorada a inflamação,
pode ser indicada fisioterapia para diminuir edema e ampliar movimentos. A placa estabilizadora é indicada não para o
tratamento da miosite, porém para evitar episódios recorrentes devido ao apertamento e bruxismo.

D) Dor miofascial (Dor Crônica)


- Tem sido relatada como uma das causas mais comuns de dor persistente na região de cabeça e pescoço. É
caracterizada por dor referida de um ponto-gatilho. Ponto-gatilho é definido como uma sensibilidade localizada (um a
dois mm de diâmetro) e profunda das bandas tensas dos músculos esqueléticos, tendões ou ligamentos, capaz de
causar dor referida numa determinada área, quando estimulado. A área de percepção da dor referida pelo ponto-gatilho
irritado é conhecida como zona de referência. Esta pode estar no próprio ponto-gatilho ou distante dele. É de difícil
diagnóstico, pois não existe nenhum déficit neurológico associado a essa desordem, exames de sangue e urina são
normais e estudos de imagens como radiografias e ressonância magnética, não revelam nenhuma alteração patológica.
O exame de palpação minuciosa é o método mais apropriado para diagnóstico, usando pressão digital profunda e única,
com 2 a 4 kg de pressão/10seg.
Um sinal clássico que distingue a dor miofascial é a reação do paciente quando um ponto gatilho é palpado. Este
sinal é denominado de sinal de pulo, pois o paciente normalmente reage com um movimento abrupto de cabeça,
enrugamento da testa ou face ou expressões verbais tipo “ai!”. Terapias específicas nos pontos gatilho podem ajudar a
diagnosticar a dor miofascial. Estas terapias incluem spray, alongamento ou injeções com anestésicos locais nos
mesmos, com redução ou eliminação da sensibilidade na zona de referência. A etiologia da dor miofascial é bastante
ampla desde traumatismos, abertura excessiva, movimentos rápidos, apertamento, tensão, hábitos para funcionais a
fatores genéticos, mecânicos ou sistêmicos.
* Sinais e sintomas – músculos com pontos-gatilho palpáveis e áreas de dor local e referida. Os músculos
afetados podem também exibir fadiga aumentada, rigidez, fraqueza e amplitude reduzida. Muitas vezes esta disfunção é
acompanhada de outros sinais como fadiga, tensão, articulações rígidas, edema, tremores, dormência, visão embaçada,
contrações musculares, erupções de pele, excesso de lacrimejamento, dor na orelha, zumbido, audição diminuída,
tontura, vertigem, entupimento da orelha, sensação de arranhão, hiperestesia cutânea e sensibilidade dental.
# Tratamento – Quanto mais complexa e com maior número de pontos-gatilho estiverem presentes, maior deverá
ser o número de profissionais que deverão estar envolvidos (equipe multidisciplinar). O tratamento pode incluir
exercícios, injeções dos pontos-gatilho, alongamentos, spray frio, estimulação elétrica trans cutânea (TENS),
biofeedback, correção postural, medicamentos, etc. Existem fatores contribuintes que podem perpetuar a disfunção.
Tais fatores incluem fatores comportamentais, posturais, biológico-estruturais que podem envolver desde a perda de um
dente posterior a uma lordose da coluna cervical.

E) Fibromialgia (frequentemente confundida com dor miofascial)


- Enquanto normalmente a dor miofascial é primária, envolvendo um ou mais músculos específicos, a fibromialgia é uma
doença generalizada, sistêmica de tecidos moles, caracterizada por dor pelo corpo. A dor é espalhada. A Associação
Americana de Reumatologia oferece diagnósticos específicos para a fibromialgia. Normalmente acomete mulheres entre

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25 e 50 anos, associada a distúrbios do sono e fadiga, bem como pacientes forma de forma ou sem condicionamento
físico.
* Sinais e sintomas – Dor generalizada e difícil de apontar “dói por todo o corpo”. Dor na coluna (porção inferior),
pescoço, tórax e mãos. Deve possuir no mínimo 11 de 18 pontos específicos sensíveis bilaterais e simétricos. A dor
deve estar presente há pelo menos três meses.
# Tratamento – Educar o paciente a respeito da doença. Cada tratamento depende da severidade da desordem.
Não existe cura, o objetivo principal da terapia é reduzir a severidade dos sintomas e encorajar o paciente a adaptar-se
ao padrão de períodos de remissão e exacerbação. Fármacos podem ajudar desde antidepressivos às relaxantes
musculares de ação central. Exercícios suaves para melhora da condição física, redução de stress no trabalho, leve
massagem, biofeedback, terapia comportamental cognitiva, hipnose e tratamentos de auto-ajuda, podem contribuir para
a melhora.

F) Contratura muscular (Dor Crônica)


- É o encurtamento clínico do comprimento do músculo sem interferir na sua habilidade de contrair. A dor acontece
quando, por exemplo, a mandíbula é forçada, além do limite de amplitude, na tentativa de aumentar a abertura. Pode
ser dividida em dois tipos: miotática e miofibrótica. A miotática ocorre quando o músculo foi mantido em um estado
parcialmente contraído, sem relaxar totalmente. A miofibrótica é resultado da formação de tecido cicatricial por uma
condição inflamatória (Miosite) ou traumatismo no músculo.
* Sinais e sintomas – Nos dois tipos ocorre limitação sem dor durante a abertura. Movimentos protrusivos e
laterais são normais. Abertura forçada: dor.
# Tratamento – No caso da miotática as modalidades de fisioterapia que melhoram a circulação e aumentam a
amplitude de movimento surtem efeito positivo. Se existirem hábitos de apertamento uma placa de estabilização pode
ser de grande ajuda. A contratura miofibrótica tem prognóstico ruim, pois o encurtamento pode ser permanente. Por
fisioterapia alguma amplitude de movimento pode ser conseguida com tração leve. Em casos mais severos, um método
definitivo de tratamento é a remoção cirúrgica da inserção muscular e reinserção da mesma.

MATERIAIS ODONTOLÓGICOS

1. materiais para moldagem


2. gessos
3. materiais de cimentação
4. materiais restauradores indiretos
metal
porcelana
resinas indiretas

ENDURECIMENTO RÍGIDO ELÁSTICO


IRREVERSÍVEL GESSO PARIS ALGINATOS
REAÇÃO QUÍMICA PASTA ZINCOEUGENÓLICA SILICONES
MERCAPTANAS
POLIETERES
REVERSÍVEL GODIVA HIDROCOLÓIDE REVERSÍVEL
REAÇÃO TÉRMICA CERA

Propriedades requeridas:
1) Exatidão
2) Elasticidade/ recuperação elástica
3) Estabilidade dimensional
4) Fluidez e Resistência ao rasgamento
5) Compatibilidade
6) Preço
7) Propriedades Tixotrópicas: capacidade de um gel se liquefazer à medida que lhe aplicamos uma determinada
quantidade de calor ou uma força mecânica, como cisalhamento ou vibrações. (Ex.: mel de abelha).
8) Tempo de trabalho: disponível para manipulação e Tempo de presa: necessário para que se processem as
reações químicas.

MOLDAGEM

•moldagem = ato de moldar


•modelo = positivo, reprodução da anatomia
•molde = negativo, reprodução da anatomia no material de moldagem

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ELASTÔMEROS AQUOSOS PARA MOLDAGEM

HIDROCOLÓIODES REVERSÍVEIS
-HIDROCOLÓIDES = hidro + colóide (Colóide que contém água como fase dispergente)
•COLÓIDES ou sistemas coloidais são misturas heterogêneas em que o diâmetro médio das partículas do disperso se
encontra na faixa de 10 a 1.000 ângstrons.
•DISPERSO: em uma dispersão coloidal é a espécie em menor quantidade.
•DISPERGENTE : é o meio dispersante em uma dispersão coloidal, sendo identificado por estar em maior quantidade.
Exemplos: vidro temperado (sol sólido); geléia (gel); sangue (células em plasma); leite (gordura em água); chantilly (ar
em creme); fumaça (cinzas no ar) bruma ou nevoeiro (água em ar).

Possíveis alterações dimensionais dos hidrocóloides


•Evaporação: perda de água (vapor)→ contração
•Sinérese: perda de água (líquida) e exudatos salinos→ contração
•Embebição: absorção de água→ expansão

Hidrocolóide Reversível (Agar)


•É (era) um material utilizado para moldagens que apresenta características peculiares, pois quando aquecido amolece,
tornando-se um líquido viscoso (sol) e quando esfria, endurece, formando um sólido elástico.
Histerese: intervalo entre a temperatura de gelificação e temperatura de liquefação/solificação.

•Aplicações
- Moldagens totais
- Moldagens de quadrantes
- Moldagens para coroas e pontes
- Material para duplicação em laboratório
- Moldagens para PPR
-
•Composição
- Ágar (12 a 15%) – como agente de geleificação
- Bórax (0,2%) – melhora a resistência e consistência de trabalho
- Sulfato de potássio (1 a 2%) – proporciona superfície satisfatória sobre os modelos ou troquéis de gesso
- Corantes – favorecem análise da precisão do molde
- Aromatizantes – conforto
- Água ( 80%)

Gelificação/solidificação
Sol <---------------> Gel
Liquefação/solificação

O processo de geleificação (solidificação) é induzida por alterações de temperatura


Temperatura de gelificação: 37°C
Temperatura de solificação: > que 37°C

•Algumas propriedades
- Temperatura de geleificação
o 0 0
Esp. n 11 ADA: 37 C < Gel < 45 C
- Alterações dimensionais
Sol  Gel : Desprezíveis
Após remoção da boca: Significantes
- Recuperação elástica: Muito boa (98,8%)

Manipulação do material:
Usualmente fornecido de duas formas seringas (mais fluidos e injetados diretamente ao dente ou preparos) e em tubos
(mais viscosos e servem de preenchimento da moldeira).
O material deverá ser transformado do estado gel para o estado sol (10 minutos a 100°C)
Quando reliqüefeito após uso prévio, adicionar 3 minutos ao tempo recomendado para fluidificação.
Temperatura de armazenagem: 65 a 68°C
Condicionamento do material pesado: 17minutos a 43°C
A remoção da camada externa do hidrocolóide para moldeira imersa em água (condicionado) com gaze seca ou
esponja favorece uma união firme entre este material com o hidrocolóide leve da seringa.
A gelificação é favorecida pela circulação de água fria a uma temperatura de 18 a 21C, pelos tubos ou canalizações que
existem nestas moldeiras, por 5minutos. Temperaturas mais elevadas da água( quando armazenadas ) causam um
resfriamento muito rápido causando concentração de tensões próxima a moldeira quando a gelificação ocorre.
Tempo de separação do modelo do molde: 30 a 60min
Desinfecção: composto a base de iodo ou glutaraldeído.

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HIDROCOLÓIODES IRREVERSÍVEIS
É um pó que misturado com água passa do estado sol para gel devido à reação química. Indicado para
moldagens de estudo ou da arcada antagonista ao dente preparado. Tem baixa estabilidade dimensional (sofre
sinérese, embebição e evaporação) e pouca capacidade de reproduzir detalhes.
O componente principal do hidrocolóide irreversível para moldagem é um alginato solúvel (alginato de sódio, potássio e
amônia). A gelificação ocorre devido a uma reação química. O profissional prepara o sol e a temperatura não é um fator
usado durante este procedimento.

•Tipos
o
– Especificação n 18 da ADA
• Tipo I (presa rápida):
60seg < geleificação < 120seg
• Tipo II (presa normal):
2,0min < geleificação < 4,5min

•Aplicações
– Moldagens totais
• Modelos de estudo
• Modelos para ortodontia
– Moldagem preliminar ou anatômica para PT
– Moldagem para PPR
– Moldagens de quadrantes
– Duplicação de modelos
– Moldagens de arcada antagônica (prótese)

•Composição:
Alginato de potássio: 15% alginato solúvel
Sulfato de cálcio: 16% reagente
Óxido de zinco: 4% carga
Fluoreto de potássio e titânio: 3% promovem presa acelerada do gesso assim como superfície mais dura do mesmo.
Terra diatomácea (diatomita): 60% carga, aumentando a dureza e a resistência do gel, assegurando uma superfície
firme e não aderente
Fosfato de sódio: 2% retardador.
++
Obs: o íon Ca é essencial para a realização da reação química, já que o alginato também pode ser comercializado em
forma de um sol que contém água, mas nenhum íon Cálcio. Assim um reagente a base de gesso Paris pode ser
adicionado ao sol para desencadear a reação química de gelificação.
Poeira de alginato: partículas de sílica que devem evitar serem inaladas.
Estrutura do gel: fibrilas mantém unidas por ligações primárias formando um complexo molecular de ligações cruzadas
ou uma estrutura polimérica em forma de rede.

Controle do tempo de gelificação: controlado pela quantidade de retardadores adicionados


Tipo I (presa rápida) entre 60 e 120 segs
Tipo II (presa normal) entre dois e quatro e meio minutos

A temperatura da água deverá ser controlada estar em torno de 20C, obtendo-se um tempo de gelificação constante e
que pode ser repetido em temperaturas ambientes diversas.
Tempo de separação modelo/molde: 60minutos

•Reação química: alginato solúvel reage com o sulfato de cálcio para produzir um alginato insolúvel de cálcio, que é o
gel, assim:
2Na3PO4 + 3CaSO4  Ca3(PO4)2 + 3Na2SO4 (1)
(sal retardador solúvel) (reagente) (sal insolúvel)
Quando o suprimento de fosfato trissódio termina, os íons cálcio iniciam a sua reação com o alginato de potássio para
produzir o alginato de cálcio, assim:
KnAlg + n/2 CaSO4  n/2 K2SO4 + Ca n/2Alg (2)
(alginato solúvel) (reagente) (alginato insolúvel: gel)

Para prolongar o tempo de presa →água gelada


Tempo de espatulação →45 seg a 1 min.

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Tipos de falha:

TIPO CAUSA
1. Material granuloso a. manipulação imprópria
b. manipulação prolongada
c. gelificação indevida
d. relação água/pó muito baixa
2. Rasgamento a. espessura inadequada
b. contaminação pela umidade
c. remoção prematura da boca
d. manipulação prolongada
3. Bolhas de ar a. gelificação inadequada que impede escoamento
b. incorporação de ar durante a manipulação
4. Poros com forma irregular a. umidade ou detritos sobre os tecidos moldados
5. Modelo de gesso rugoso ou a. limpeza inadequada do molde
pulverulento
b. excesso de água deixado no molde
c. remoção prematura do modelo
d. deixar o modelo em contato prolongado com o molde
6. Distorção a. não-vazamento imediato do molde
b. movimentação da moldeira durante a gelificação
c. remoção prematura da boca
d. remoção inadequada da boca
e. manutenção do molde por muito tempo na boca (só p/ certas marcas)

Algumas propriedades de materiais elásticos para moldagem (O´Brien – 1981)

AGAR ALGINATO POLI SILICO SILICO POLIÉT


SSU NE DE NE DE ER
LFE CONDE ADIÇÃO
TO NSAÇÃ
O

Recuperação 98,8 97,3 97,9 99,5 99,7 98,9


elástica (%)

Flexibilidade (%) 11 12 7 5 2,6 2

Escoamento xx xx 0,5 0,09 0,03 0,03

Limite de 25 75 25 25 25 OU 25
reprodução (µm) MENOS

Contração em xx xx 0,25 0,6 0,05 0,3


24h (%)

•Manipulação
– Agitar a lata (afofamento / ventilação)
– 1 colher de pó para 1 medida de água
– Temperatura da água
– Tempo de espatulação: 45 a 60seg
– Geleificação: 3 a 4min após espatulação
– Espessura mínima na moldeira: 3mm
– Retenção mecânica na moldeira
– Verter gesso imediatamente
– Tempo de separação molde/modelo: 60min

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•Desinfecção do molde
•Convencional
Banho de imersão por 10min ou spray
Hipoclorito de sódio ou glutaraldeído

•Recomendação do Centro de Controle e Prevenção de Doenças


-Água sanitária caseira (solução de 1/10), Iodo ou fenóis sintéticos
-Lavar em água corrente
-Borrifar (spray) sobre o molde (não submergir)
-Embrulhar o molde em papel-toalha umedecido com o agente desinfetante
-Selar o molde em um saco plástico por 10min
-Remove-se o papel-toalha e o excesso de água e verte-se o gesso

•Vantagens
– fácil manipulação
– baixo custo
– ser hidrofílico
– fácil limpeza
– não mancha
– fácil controle do tempo de trabalho
– elastomeros não aquosos para moldagem

•Desvantagens
– estabilidade dimensional
– verter gesso imediatamente

ELASTOMEROS
– Polímero com propriedades físicas parecidas com a borracha. Novo Dicionário Aurélio Da Língua Portuguesa.
1986.
– Polímero que apresenta elasticidade. Dicionário Enciclopédico ilustrado Veja – Larousse. 2006.
– Material de moldagem com ligação cruzada fraca, com propriedades elásticas. Phillips – Materiais Dentários –
Anusavice. 1998.

São identificados como materiais elastoméricos (borrachóides) não aquosos para moldagens odontológicas.
Existem quatro tipos de elastômeros utilizados como materiais de moldagem: os polissulfetos, os silicones que
polimerizam por condensação, os silicones que polimerizam por adição e os poliéteres.
Associação Dentária Americana reconhece apenas três tipos de materiais borrachóides, onde a classificação é
baseada em propriedades elásticas selecionadas e nas alterações dimensionais dos materiais polimerizados, em vez de
suas características químicas de reação de polimerização. Subdivide cada grupo em quatro classes de viscosidade:
pesada ou massa (muito viscosa), regular (viscosidade média), leve (baixa viscosidade/fluida) e muito leve (muito
fluida).
Vulcanização ou cura: processo de transformação de um produto à base de borracha ou de um polímero líquido
em um material borrachóide.

•Classificação
•Elastômeros aquosos
– Hidrocolóide reversível (agar)
– Hidrocolóide irreversível (alginato)
o
•Elastômeros não aquosos (espec. n 19 ADA)
– Polissulfetos
– Silicone de polimerização por condensação
– Silicone de polimerização por adição
– poliéter

POLISSULFETO
Ingrediente básico é uma mercaptana polifuncional. Forma ligações cruzadas em função de agentes oxidantes,
sendo o dióxido de chumbo o mais utilizado, provocando também um aumento na cadeia polimérica. A reação de
polimerização é exotérmica.
Pasta base: polímero de polissulfeto (mercaptana), agente de carga (litopone e dióxido de titânio), dibutil ftalato
(plastificante conferindo viscosidade) e enxofre. Pasta catalisadora ou aceleradora (reagente): dióxido de chumbo
Para espatulação, comprimentos iguais das duas pastas sobre uma placa de vidro. Possui tempo de trabalho
longo. O molde deve ser vazado imediatamente.

Aplicações:
• Moldagens unitárias (prótese e dentística)
• Moldagens de quadrantes
• Moldagens totais
– Próteses parciais fixas
– Próteses parciais removíveis
– Próteses totais (moldagem funcional)

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Três viscosidades (espec. 19 da ADA)
– Classe 1  Consistência pesada
– Classe 2  Consistência regular
– Classe 3  Consistência leve

Apresentam-se em forma de duas pastas


– Pasta base (branca)
• Polímero de polissulfeto
• Carga: sulfato de bário, sulfeto de zinco (resistência)
• Plastificador: dibutilftalato (viscosidade)
• Enxofre: auxilia a reação
– Pasta catalizadora (marrom)
Dióxido de chumbo, enxofre, ftalato de dibutila,etc

Reação de presa:
Mercaptana + Dióxido de chumbo
 Polissulfeto + òxido de chumbo + água

Manipulação de Polissulfeto
– Moldeira individual com adesivo
– Placa de vidro ou bloco fornecido pelo fabricante
– Comprimento de pastas iguais
– Espátula larga e rígida
– Espatulação (45 a 60seg.) – homogeneização
– Reação de polimerização exotérmica (não sensível)
– Verter gesso imediatamente

Vantagens
• Boa reprodução de detalhes (precisão)
• Resistência a rasgamento
• Custo
• Tempo de trabalho longo
• Vida útil longa

Desvantagens
• Moldeira individual
• Sabor e odor
• Verter Imediatam/e
• Estabilidade dimensional
• Deformação
• Mancha a roupa

Desinfecção do molde
• Imersão por 10min em uma solução de hipoclorito de sódio a 10%

Silicones polimerizados por condensação


Elastômero formado através da ligação cruzada entre os grupamentos terminais do polímero de silicone o silicato
alquímico. Nota-se que o álcool etílico é formado como subproduto desta reação de polimerização, quando sua
evaporação subseqüente provavelmente determina uma maior contração que acontece nestes silicones borrachóides.
Conceito: endurecimento (presa) não significa polimerização ou cura. Após o endurecimento, o molde pode ser
removido da boca sem que haja deformações permanentes, todavia a reação ou cura é continuada por até duas
semanas, com conseqüente deformação. Assim, os moldes obtidos por meio deste silicone deverão ser vertidos
imediatamente. A carga possui grande influência na resistência dos elastômeros a base de silicone os corantes são
comumente empregados para que haja homogeneidade na mistura.

• Tipos
– Pesado (consist. pesada): massa/pasta ou líquido
– Regular (consist. regular): pasta/pasta ou líquido

• Aplicações
– Moldagens unitárias
– Moldagens de quadrantes
– Moldagens totais
• Dentados
• Desdentados
• Parcialmente desdentados

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Composição:
Pasta ou massa básica
• Polidimetil siloxano, contendo grupamentos hidroxílicos terminais – reagente
• Sílica coloidal ou óxido metálico – agente de carga
• 30 a 40% nas pastas
• 75% nas massas
• Corante

Catalisador
• Ortossilicato tetraetílico – agente de ligação cruzada
• Octoato de estanho – catalisador

Reação de presa: podimetil siloxano + ortossilicato tetraetílico →silicone borrachoide + álcool etílico

Manipulação
– Moldeira individual com adesivo
– Placa de vidro ou bloco fornecido pelo fabricante
– Comprimento de pastas iguais
– Espátula larga e rígida
– Espatulação vigorosa e rápida
– Verter gesso imediatamente

Tempo de trabalho: 2,5 a 3,0min

Desinfecção do molde: Imersão por períodos curtos (menos de uma hora) em qualquer solução desinfetante

Vantagens
• Alta resistência a deformação
• Boa reprodução de detalhes
• Adequada resistência a rasgamento
• Tempos de trabalho e de presa adequados

Desvantagens
• Estabilidade dimensional
• Vazamento imediato
• Custo relativamente alto

SILICONES POR ADIÇÃO (polivinil siloxanas ou polissiloxanas vinílicas)


Tanto a pasta base quanto à catalisadora contem um silicone vinílica. Se mantido um bom equilíbrio de reação
entre o silicone vinílica e a silicone híbrido, não haverá nenhum subproduto de reação, porém um desequilíbrio
causará a produção do gás hidrogênio causando bolhas na superfície do molde e vazios na superfície do modelo.
Platina ou paládio tem a função de neutralizar este gás.
Há necessidade de dispensadores automáticos de mistura Limitações: o enxofre utilizado em fios de afastamento
gengival ou encontrado em luvas de látex e ainda sulfato de alumínio (hemostático) parecem retardar a polimerização
do material. O cloreto férrico parece não interferir no processo.

• Tipos
– Pesado (consist. pesada): massa/pasta ou pasta
– Regular (consist. regular): pasta/pasta
– Leve (consist. leve): pasta/pasta

• Aplicações
– Moldagens unitárias
– Moldagens de quadrantes
– Moldagens totais
• Dentados
• Desdentados
• Parcialmente desdentados

Composição
Pasta ou massa básica
• Polivinil siloxano
• Corante
Pasta catalizadora
• Siloxano organo hidrogenado – reagente
• Sal de platina – catalizador
• Sílica coloidal – agente de carga
• Maior quantidade em massas
• Menor quantidade em pastas

Reação de presa: Polimetil siloxano+ Siloxano organo hidrogenado →Silicone borrachoide+ sem sub-produto.

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Manipulação
– Moldeira individual com adesivo
– Placa de vidro ou bloco fornecido pelo fabricante
– Comprimento de pastas iguais ou sistema “auto-mix”
– Espátula larga e rígida
– Espatulação vigorosa e rápida (30 a 40 seg.)
– Verter gesso até 7 dias
– Para o material pesado: Luva de vinil

Desinfecção do molde
- Imersão em uma solução de hipoclorito a 10% ou de glutaraldeído a 2% por 10 a 15 min.

Vantagens
• Alta resistência a deformação
• Excelente reprodução de detalhes
• Moderada resistência a rasgamento
• Tempos de trabalho e de presa adequados
• Pode ser vertido gesso tardiamente
• Estável na maioria das soluções desinfetantes

Desvantagens
• Maior dificuldade de remoção do molde da boca (menor flexibilidade)
• Alto custo
• Enxofre da luva inibe a polimerização
• Sulfato de alumínio e enxofre férrico podem inibir a polimerização (soluções hemostáticas)
• Verter gesso, no mínimo, depois de 1 hora de obtido o molde

POLIÉTER
Polimerizado através de uma reação entre um anel de aziridino que se unem as partes terminais das moléculas
de poliéter.
Possui alta rigidez após polimerização. Não apresenta formação de subprodutos. Tempo de trabalho curto.

Tipos
– Regular (consist. regular): pasta/pasta

Aplicações
– Moldagens unitárias
– Moldagens que não mais que 3 dentes

Composição
Pasta base
• Poliéter com peso molecular baixo e com grupos terminais de etileno amina
• Sílica coloidal – agente de carga
• Éter glicólico ou ftalato – plastificante
Pasta catalizadora
• Éster sulfônico ácido, aromático
• Sílica coloidal – agente de carga
• Éter glicólico ou ftalato – plastificante

Reação de presa: Poliéter(pasta base)+Éster sulfônico (catalizador)→Poliéter borrachóide (molde)

Manipulação
• Moldeira individual com adesivo
• Placa de vidro ou bloco fornecido pelo fabricante
• Comprimento de pastas iguais
• Espátula larga e rígida
• Espatulação vigorosa e rápida

Tempo de trabalho: 2,0min (Curto)


Tempo de presa: 2,5min

Desinfecção do molde
• Imersão por menos de 10 min. em glutaraldeído a 2 %, ou qualquer outro desde que seja breve.

Vantagens
• Boa reprodução de detalhes
• Estabilidade dimensional
• Vazamento em até 7 dias

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Desvantagens
• Alto custo
• Baixo tempo de τ.
• Remoção difícil (rigidez)
• Moldeira individual
• Sabor desagradável
• Resistência a rasgamento moderada

Conceitos:
Tempo de presa: aquele passado desde o início da manipulação até que a polimerização tenha atingido um grau
suficiente que permita remover o molde da boca com um mínimo de distorção. “o tempo de presa não coincide com o
tempo de polimerização”.
Tempo de trabalho: inicia-se ao começar a espatulação e termina imediatamente antes que o material apresente
propriedades elásticas. O tempo de trabalho aceitável nestes materiais deve exceder os tempos utilizados para a
espatulação, para o preenchimento da seringa e/ou da moldeira, para a injeção do material da seringa nos preparos
cavitários e para a acomodação da moldeira na boca.
Rigidez aumenta na seguinte ordem: polissulfetos, silicones por condensação, silicones por adição e poliéteres.
Estabilidade dimensional aumenta na seguinte ordem: silicones por condensação, polissulfetos, poliéteres e silicones de
adição.

Tipos de falhas:
CAUSA
TIPO
1. Superfície rugosa ou a. Remoção prematura da boca, relação entre componentes imprópria,
indefinida do molde manipulação inadequada ou óleo, agentes que contaminam o material ou
inibem a polimerização
b. Relação acelerador/base excessivamente alta nos silicones por
condensação
2. Bolhas a. Ar incorporado durante a mistura ou no ato da moldagem.
3. Poros de forma irregular a. umidade ou detritos na superfície dos dentes
4. Modelo de gesso pedra a. limpeza inadequada do molde
rugoso ou pulverulento b. excesso de água deixada na superfície do molde
c. excesso de umectante deixado na superfície do molde
d. remoção prematura do modelo
e. manipulação inadequada do gesso-pedra
f. não ter aguardado 1 às 2h para o vazamento do silicone por adição
5. Distorção a. falta de adesão do elastômero à moldeira por um recobrimento
inadequado com o adesivo. Carregamento da moldeira com o material
imediatamente após a aplicação do adesivo ou pelo uso de adesivo
inadequado.
b. Falta de retenção mecânica para aqueles materiais cujo adesivo não
é efetivo
c. Inicio da presa do material antes que moldeira seja assentada
d. Espessura excessiva de material
e. Alívio insuficiente para o material de reembasamento
f. Movimentação da moldeira durante a polimerização
g. Remoção prematura ou imprópria da boca
h. Retardo no vazamento dos polissulfetos ou silicones de
condensação.

PASTA ZOE
Material anelástico, indicado para moldagens de rebordos. Possui estabilidade dimensional satisfatória.
Bálsamo do Canadá: neutraliza a ação irritante do eugenol, tem propriedades emolientes e auxilia a textura da pasta
Azeites (Oliva, linhaça, minerais) que dão textura à pasta e plasticidade, embora retardem o tempo de presa
Corpos untuosos (lanolina, vaselina, parafina) similar a função dos azeites
Aceleradores: sais metálicos (cloreto de magnésio, óxido de magnésio, acetato de zinco)
Anilinas para dar cor
Essências aromáticas

Tempo de presa: varia com as proporções da mistura, tempo de espatulação, temperatura, umidade do ambiente,
aceleradores e retardadores empregados na composição da pasta.

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GODIVA
Material anelástico. Pode ser: tipo I: godiva para moldagem de desdentados. Tipo II: para moldagem como
moldeira individual.

Composição: é uma mistura de resinas e ceras termoplásticas, de partículas de carga e um agente corante. Ao se
variarem as proporções dos vários ingredientes, pode-se ter compostos com propriedades físicas diferentes. As resinas
e ceras amolecem com o calor e fornecem fluidez e coesão, a carga dá o volume, permitindo uma consistência de
trabalho adequada. O ruge produz uma característica de cor marrom-avermelhado e ele é o pigmento mais comum.
• ácido esteárico, que lhe dá a condição de plasticidade e o palmítico de endurecimento
• ácido oléico controla o seu ponto de fusão e dureza
• Incorporadores: talco, giz francês, barita e pedra-sabão
• Corantes e substâncias para melhorar sabor e odor

Condutibilidade térmica: BAIXA. Quando imersas em água quente ou quando aquecidas sobre uma chama, elas
amolecem rapidamente de fora para dentro. Ao ser aquecido por uma chama é necessário ter cautela para prevenir que
a porção mais externa seja sobre-aquecida e que os componentes mais voláteis sejam vaporizados ou queimados.

Precisão e estabilidade dimensional: São asseguradas pelo preparo e manuseio cuidadoso do material e aos se
dar atenção aos detalhes da técnica utilizada. O amolecimento da godiva por um método que não afete suas
propriedades físicas através do não amolecimento excessivo ou de forma prolongada.
Contração térmica: 0,3% podem resultar em imprecisões.

Principais indicações:
• Bocas desdentadas
• Moldagem com anel de cobre
• Selamento periférico

Características importantes:
• Amolecimento pelo calor (água quente ou chama)
• Condutividade térmica baixa: demora para esfriar
• Verter gesso até 1 hora após a moldagem

GESSOS ODONTOLÓGICOS

O principal constituinte do gesso comum e dos gessos-pedra é o sulfato de cálcio hemidratado (CaSO4)2.
Dependendo do método de calcinação pode-se obter a forma β-hemidrato (gesso Paris ou comum),
apresentando cristais com forma esponjosa e irregular, ou α-hemidrato (gesso-pedra) apresentando cristais mais
densos com formas prismáticas mais definidas, sendo o primeiro conseqüente da queima da gipsita em forno em
ambiente aberto. Assim, o α-hemidrato (gesso-pedra) requer menor quantidade de água na obtenção de um produto
mais duro e resistente do que aquele resultante da reação do β-hemidrato (gesso Paris ou comum).
Gesso comum para moldagem (tipo I): gesso comum ou Paris, não sendo mais utilizados com este propósito de
moldagem.
Gesso para modelo (tipo II): baixa resistência, sendo muito utilizado para o preenchimento de muflas. É o
resultado da gipsita calcinada sob pressão de vapor. Patenteado com o nome Hydrocal.
Gesso-pedra (tipo III): confecção de modelos que serão submetidos à prensagem em mufla, pela resistência
adequada.
Gesso pedra de alta resistência (tipo IV): gesso para troquel. Alta dureza, resistência e um mínimo de expansão
de presa. LIGAS ÁUREAS (ou nobres)
Gesso-pedra (Tipo V): com uma resistência maior à compressão que o tipo IV, conseguido principalmente pela
diminuição da proporção água/pó e alta expansão que passou de 0,10% para 0,30%. E com maior expansão indicado
para LIGAS ALTERNATIVAS (ou básicas) com maior contração de solidificação do metal do que as ligas nobres.
Gesso-sintético: conseqüente da produção de hemidratos de subprodutos ou de produtos perdidos durante a
fabricação do ácido fosfórico, porém muito mais caros. Oferecem resistência igual ou maior que o gesso convencional.

Aplicações
• Modelos
o Estudo e Laboratório(II)
o Trabalho (III, IV, V)
• V- Especial (Ni-Cr; Cu-Al; Cr-Co), devido a grande contração de solidificação
• Materiais acessórios
o Mufla (II)
o Montagens de modelo em articulador (II)
• Aglutinantes
o Revestimento (II)
• Moldagens (I)

Tempo de presa
É o tempo que decorre do início da mistura do pó de hemidrato com água até que o material endureça.

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Presa Final
Acontece bem depois da perda do brilho da superfície da mistura, quando a rigidez dos cristais intercruzados é
suficiente para impedir a penetração da agulha de Vicat ou da agulha de Gillmore.
• Aceleradores da reação de presa: sulfato de potássio (> 2%), NaCl (≤ 2%), gipsita, etc
• Aumentando o tempo e/ou a velocidade de espatulação acelera-se o tempo de presa.

Proporção água/pó dos gessos


Gesso comum (tipo I, II) - (100 g de gesso p/ 45 à 55 ml de água)
Gesso-pedra (tipo III) - (100 g de gesso p/ 30 à 35 ml de água)
Gesso-pedra (tipo IV) - (100 g de gesso p/ 20 à 25 ml de água)
Gesso-pedra (tipo V) - (100 g de gesso p/ 19 à 21 ml de água)

MATERIAIS PARA CIMENTAÇÃO

Cimentação É o uso de uma substância modelável que tem como função o selamento ou cimentação da restauração
e/ou do retentor sobre o dente suporte. Depende exclusivamente do material utilizado para a restauração( metal,
ceramic e resina.

Fosfato de Zinco:
Consagrado a mais de 100 anos; Tempo de presa inicial de 5,5 min.; Espessura de película de 20µm; Ph ácido nas
primeiras horas o que pode causar uma resposta pulpar moderada. Solubilidade é de 0,06% em água. Não é adesivo às
estruturas dentárias, possui somente embricamento mecânico. Resistência à compressão 104 MPa.
Indicações: coroas metálicas (parciais ou totais), metalocerâmicas; próteses cuja retenção é promovida por ação
friccional
Composição: pó sinterização do óxido de zinco (90%), óxido de magnésio (8,3%), óxido de bismuto (0,1%) e sílica
(1,5%). O líquido é constituído por uma solução de ácido fosfórico a 38%, mais alumínio e zinco

Ionômero de vidro
Adesão ao esmalte e à dentina; Lenta liberação de flúor; Tempo de presa de 7 min.; solubilidade é de1,25% em água;
Espessura de película de 25µm. Resposta pulpar de leve à moderada. Resistência à compressão 86 MPa.
Não remover smear layer na cavidade.

Cimento resinoso
Alta resistência a tração e compressão; Tempo de presa de 2-4 min.; Espessura de película de <25 µm. União micro
mecânica. A solubilidade é de 0,0-0,01%. Também pode provocar uma resposta pulpar moderada. Resistência à
compressão 70-172 MPa. Composição semelhante às resinas compostas. Possuem componentes para favorecer a
adesão à dentina {organofosfonatos, hidroxietil metacrilato (hema) e 4-metacriletil trimetílico anidrido(4-meta)
Polimerização convencional, por luz ou dual.
Pode ser utilizado em:
– Próteses adesivas
– Brackets ortodônticos
– Restaurações cerâmicas
– Outros fins (ex. metais e rests. Indiretas em resinas)
– Remoção de excessos é mais crítica.

Policarboxilato
Possui boa compatibilidade por apresentar resposta pulpar leve, Tempo de presa 6 min.; espessura de 21 µm e união
adesiva com as estruturas dentais e a solubilidade de 0,06%. Possui baixa resistência à compressão 55 MPa.
Composição:
Pó - Óxido de Zinco, òxido de Magnésio e Fluoreto Estanhoso.
Líquido- Solução de ácido poliacrílico, ácidos carboxílicos, e Fosfato de Zinco
Libera flúor, primeiro cimento com características adesivas. Composição , fabricação e micro estrutura são semelhantes
ao cimento de fosfato de Zinco.

Tempo de presa Esp. Da película Resist. à compr. Solub. Em água Resp. pulpar
(minutos) (µm) (MPa) (%)
Fosfato de Zinco 5,5 20 104 0,06 Moderada
Cimento resinoso 2a4 Menos 25 70 a 172 0,0 a 0,01 Moderada
Ionômero de vidro 7 24 86 1,25 Leve a moderada
Policarboxilato 6 21 55 0,06 Leve

Possíveis falhas na cimentação:


Aprisionamento de bolhas de ar; Limpeza da prótese e do dente ineficiente; Secagem do dente e do campo operatório
ineficiente; Espera do tempo de presa final do agente cimentante.

MATERIAIS RESTAURADORES INDIRETOS


A. Restauração metálica: confeccionadas com ligas metálicas
B. Restauração mista: metalocerâmicas
C. Restauração em porcelana
D. Restauração de resina composta

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Restauração metálica: confeccionadas com ligas metálicas. Ouro, paládio, platina, ródio, irídio, ósmio e prata,
sendo esta o menos nobre entre eles. Problemas econômicos limitaram o uso de ligas áuricas, sendo substituída por
ligas do sistema prata-paládio, prata-estanho e outras de paládio.
Ligas alternativas: apenas as de níquel-cromo (Ni-Cr) e cromo-cobalto (Cr-Co) possuem características
apropriadas podendo ser consideradas como substitutivas às ligas áuricas.
Independentemente do tipo de liga empregada, são obtidas por fundição, e a técnica laboratorial é conhecida como
Técnica da Cera Perdida.

Restauração de resina composta( Indireta): Composição básica similar à das resinas compostas diretas,
havendo incorporação de maior quantidade de partículas inorgânicas de menor tamanho, emprego de novas partículas
poliméricas em substituição ao tradicional BIS-GMA, uso de diversos métodos de polimerização complementar e adição
de componentes cerâmicos. Grau de polimerização mais elevado que as resinas compostas diretas. Menor custo e
melhor polimento intra-bucal que as porcelanas. Alguns sistemas são chamados de polímeros de vidro ou cerômeros
por apresentarem algumas características diferentes das resinas compostas.

1) Porcelana Feldspática: Pó (quartzo, feldspato e óxidos metálicos) Líquido (água, amido e açúcar)A restauração é
confeccionada misturando-se o pó ao líquido, denominada técnica de condensação. A restauração é construída de
maneira estratificada, para conferir características policromáticas. Apesar de sua baixa resistência, é ainda o tipo de
porcelana mais empregado devido à excelente estética, possibilidade de condicionamento com ácido fluorídrico, além
de possuir menor custos entre as porcelanas. EX: Noritake (Noritake), Ceramco II (Dentsply).

2) Porcelana aluminizada a 50%: Composição semelhante à feldspática, contudo apresenta incorporação de 50% de
óxido de alumínio ou alumina ao pó cerâmico, o que atua como um bloqueador da propagação de micro trincas,
aumentando a resistência à fratura. Pode se apresentar na forma de pó e de líquido ou em blocos que são usados no
sistema CAD-CAM (esse sistema falha na adaptação marginal e na estética são monocromáticas). Ex: Vitadur N, Cerec
Vitablocks (Vita)

3) Porcelana infiltrada de vidro: Esse sistema é feito em duas etapas. Na primeira, um copping com 97% de alumina é
construído e, logo depois, este copping, que é poroso, é infiltrado com vidro (massa cerâmica de boro e lantânio). Na
segunda etapa, a porcelana aluminizada a 50% é aplicada para conferir o aspecto estético. O resultado final é elevada
resistência e ótima adaptação marginal em prótese de até 3 elementos. Entretanto seu uso é limitado em restaurações
parciais devido à impossibilidade de condicionar a superfície com ácido fluorídrico. In Ceram Spinell (Vita).

4). Porcelana vidro ceramizado: Consiste em um sólido policristalino multifásico obtido por ceramização. O objetivo
desse processo é obter grande número de pequenos cristais, sendo a leucita a mais empregada como fase cristalina,
conferindo resistência à propagação de micro trincas na porcelana. Duceram LFC (Degussa). Empress 2 (Ivoclar)

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PRÓTESE TOTAL

•A primeira PT surgiu em 1692 com Leyden de um pedaço de molar de hipopótamo. Então se definiu PT como próteses
que ficam assentadas e retidas sobre os rebordos alveolares desdentados, graças à ação dos fenômenos físicos
naturais como adesão, coesão, tensão superficial e pressão atmosférica.

ANATOMIA PROTÈTICA

Um pouco de anatomia protética

Osso maxilar. O suporte para a prótese superior é dado pelos ossos maxilares direito e esquerdo e o osso palatino. Os
ossos maxilares formam a maior parte do maciço superior da face. Todos os outros ossos da face se agrupam ao seu
redor. Compõem-se de duas camadas: a cortical e a esponjosa.
Osso mandibular. Constitui o principal componente do aparelho mastigatório. Também possui duas camadas: a cortical
e a esponjosa. Apresenta em seu interior o canal do nervo alveolar inferior que vai da língula da mandíbula até o forame
mentoniano.

Tanto na maxila como na mandíbula, o osso alveolar presente, após as exodontias, sofre um processo de
reabsorção até o final da vida do indivíduo. Nos primeiros meses, após as extrações, a reabsorção é mais rápida,
porém, com o passar do tempo torna-se mais lenta gradativamente. Na maxila a reabsorção se dá principalmente a
expensas da tábua óssea externa. Na mandíbula, a reabsorção ocorre a expensas das tábuas ósseas externas e
internas, conforme ilustra a figura abaixo.

ABITEP – PRÓTESE_ 23
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ESTABILIDADE: A estabilidade da prótese é a qualidade de voltar ou permanecer em sua posição de equilíbrio quando
as forças lhe são aplicadas. A estabilidade se refere especialmente à resistência a movimentos e forças horizontais que
tendem a alterar a relação entre a base protética e seu apoio de suporte em direção horizontal.

RETENÇÃO: ato ou efeito de reter-se é a resistência oposta pela prótese ao desprendimento de sua base. É o meio
pelo qual a prótese se mantém na boca, resistindo à força da gravidade, adesividade dos alimentos.
•Adesão: atração física de moléculas diferentes entre si. Atua quando a saliva molha e se adere à superfície da área
basal da prótese e a membrana mucosa da superfície do assento. A adesão depende da perfeita adaptação em íntimo
contato da base da protética aos tecidos de suporte e a fluidez da saliva.
•Coesão: é a atração física de moléculas iguais de uma mesma substância. A atração e a coesão são duas
manifestações de forças que atraem moléculas muito próximas entre si. Está relacionada com a força retentiva
representada pela viscosidade da saliva entre a base protética e a mucosa.
•Tensão Superficial: é a resistência à separação, que possui uma película de líquido, entre as duas superfícies bem
adaptadas. Seu efeito positivo para a retenção depende da adesão, da extensão da área basal protética da deformação
ou menor deslocamento do tecido mole.
•Pressão Atmosférica: é vital para a retenção das PT, durante a fase de repouso e atua como força retentiva, quando se
aplicam forças no sentido de deslocá-las (pressão negativa). Alguns a chamam de “sucção” devido à resistência ao
desprendimento da prótese de sua base.

Moldagem em Prótese Total


•Moldagem inicial ou anatômica (estática): alginato ou godiva placa (54°C)-compressiva•Molde: impressão negativa
•Produto: modelo inicial, anatômico.
•Finalidade: obter a configuração geral da área basal e também o aspecto da fibromucosa que circunscreve.
•Área basal (área basal da dentadura): extensão máxima da boca desdentada que poderá ser recoberta pela dentadura.
Conseqüências de uma prótese com sobre-extensão da sela: desconforto, deslocamento da peça, machucaduras no
fundo de saco (inserções musculares), hiperplasia.
Conseqüências de uma prótese com sub-extensão da sela: retenção comprometida.

•Zonas da área basal (Pendleton): maxila do modelo


•Zona de suporte principal: região destinada a suportar a carga mastigatória, ocupando a região da crista do rebordo
alveolar em toda sua extensão.
•Obs: forma do rebordo- triangular/ovóide e quadrado
•Zona de suporte secundário: zona auxiliar de absorção de carga e responsável pela imobilização da prótese no sentido
horizontal, estendendo-se ao longo das vertentes vestibular e palatina dos rebordos.
•Zona do selado periférico: faixa de 2-3 mm de largura que contorna a área basal em toda sua sinuosidade com
exceção da parte posterior; continuação de zona anterior, e revestida com fibromucosa móvel. Função de manter o
vedamento periférico.
•Zona do selado posterior: localizam-se na divisa entre o palato mole e duro, englobando os forames palatinos
posteriores e passando sobre a rafe palatina em sua porção mais posterior; é uma zona de compressibilidade
(resiliência) variável.
•Zona de alívio-rebordo tipo “lâmina de faca”, rafe.

•Zonas da área basal (Pendleton): mandíbula


•Zona de suporte principal: região destinada a suportar a carga mastigatória, ocupando a região da crista do rebordo
alveolar em toda sua extensão, de uma papila piriforme à outra.
•Zona de suporte secundário: zona auxiliar de absorção de carga e responsável pela imobilização da prótese no sentido
horizontal, estendendo-se ao longo das vertentes vestibular e palatina dos rebordos, de uma papila piriforme à outra.
•Zona do selado periférico: faixa de 2-3 mm de largura que contorna a área basal em toda sua sinuosidade com
exceção da parte posterior, papilas piriformes; continuação de zona anterior, e revestida com fibromucosa móvel.
Função de manter o vedamento periférico.
•Zona do selado posterior: atrás, 2/3da papila, ou antes, “V”.
•Zona de alívio: rebordo tipo “lâmina de faca”, porção posterior da linha oblíqua interna.
•Músculos que interferem na estabilidade da prótese inferior: freio da língua, genioglosso, milo-hióideo, bucinador.

ABITEP – PRÓTESE_ 24
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MAXILA
Delimitação: contorno do freio labial inteiramente- // fundo de saco gengivolabial (3-4 mm linha de inserção fibromucosa
móvel) contorno da inserção do bucinador - // fundo de saco gengivogeniano (3-4 mm linha de inserção fibromucosa
móvel) -contorna tuberosidade - sulco hamular (ou pterigopalatino) região posterior (limite palato mole/duro)

MANDÍBULA
Contorno do freio do lábio inferior - // fundo de saco gengivolabial (2-3 mm linha de inserção fibromucosa móvel)
contorno da inserção do bucinador - linha oblíqua externa - 2/3 anteriores papila piriforme - vertente lingual - linha
oblíqua interna (até PMs) assoalho bucal respeitando mobilidade do m. milo-hióideo - freio lingual.
•Moldagem final ou funcional (dinâmica): pasta ZOE ou elastômeros (leve)-sem compressão
•Produto: modelo final ou funcional
•Finalidade: registra todos os detalhes anatômicos da área basal e também as inserções musculares que pelos seus
movimentos interessam à dentadura.

Orientação do plano oclusal


•Placa base: ajuste do rolete superior
Régua de Fox- // plano de Camper

Determinação da DVO
•Thompson 1946 - imutabilidade da DVR Fórmula: dvo=dvr-3 mm(efl)
•Ducan e Willian - RX mutabilidade da DVR, sendo menor em desdentados
•<DVR: estímulo proprioceptivo periodontal ausente; força mastigatória diminuída 4x
•Proporções faciais
Distância canto do olho-comissura labial= distância base do nariz-base do mento, para dvr. Portanto dvo= distância
canto do olho-comissura labial menos três mm
•régua de Willis
•Fórmula: dvo=dvr-3 mm(efl)
•Conseqüências de um EFL:
•Diminuído (DVO-) - cansaço muscular
•Aumentado (DVO¯ ) - sons sibilantes
•Fonético: Silvermann- 1953
•EFP (espaço funcional da pronúncia), mais estável que o EFL (Yasaki- efl: variação de 1 a 10 mm). Baseada na
posição fisiológica da mandíbula durante a fala, existindo atividade muscular.
•Palavras sibilantes- “Mississipi; sessenta e seis”.
•Método Fotográfico: distância interpelar x distância Me-Ena.
•Método de Sears: rebordos paralelos na região posterior.
•Máscara Facial: moldagem do terço inferior da face antes das extrações e confecção de um guia transparente em
resina.
•Método de deglutição: posições de dvo e dvr estão no mesmo afastamento intermaxilar, quando a deglutição leva a
mandíbula para a RC; roletes de cera na fase plástica+deglutição.
•Método de Boss: bimeter- mm elevadores em máxima atividade quando em DVO\

RELAÇÃO MAXILOMANDIBULAR
Procurando restabelecer a oclusão cêntrica:
•Manipulação (indução): Dawson (ântero-superior); McCollum (póstero-sperior)
Procurando restabelecer a oclusão cêntrica:
•Registro intra-oral (Gysi, 1910): registro dos movimentos mandibulares no plano horizontal; sentido do movimento dos
músculos pterigóideos laterais, alternada e concomitantemente. Técnica passiva, ou seja, não há manipulação
mandibular para restabelecer a relação entre a mandíbula e maxila. Também pode ser utilizado para indivíduos
dentados, quando a desoclusão para a adaptação das placas com a pua deve ser mínima, dentro do espaço funcional
livre.

Procurando restabelecer a oclusão cêntrica:


•Desgaste de Patterson: 20% pó carburundum + 80% gesso comum - reprodução das curvas de compensação, em
virtude da inclinação das paredes da cavidade articular, obtendo-se a curva de compensação individual.
Spee: curva ântero-posterior
Wilson ou Monson: látero-lateral
Conseqüências de uma medida errônea:
•instabilidade das peças.

ESCOLHA DOS DENTES


•Altura dos dentes: linha alta do sorriso forçado
•Largura dos dentes: distância inter caninos
•Formato dos dentes: formato facial ditando a forma do central superior (quadrado, triangular ou ovóide)
•Altura das cúspides: vertentes posteriores altas - Gysi 45° ou 33° comprometimento da estabilidade, assim 20° parece
ser uma inclinação satisfatória.

MONTAGEM DOS DENTES


•Oclusão balanceada bilateral

ABITEP – PRÓTESE_ 25
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PROCESSAMENTO
Acrilização: manipulação da resina acrílica ativada termicamente (RAAT): fase plástica polimerização rápida: elevar
temp. a 65°C demorando 30 minutos, manter a temperatura por mais 60min e elevar a 100°C mantendo por mais 30min.
- polimerização lenta: 75°C por 12hs
Contração de 0,2 a 0,5% durante o esfriamento, portanto deve ser natural em bancada.

PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL

“As PPRs compreendem aparelhos dento-muco-suportados que se destinam a substituir um grupo de dentes em um ou
ambos maxilares. Este aparelho se mantém na boca do paciente com o auxílio de grampos ou através do sistema
macho-fêmea” TODESCAN.
Uma das maneiras de classificarmos as próteses é em relação ao suporte. Suporte em PPR é o conjunto de todas as
superfícies dentadas e desdentadas do maxilar, onde se deverá apoiar a prótese. É à base da sustentação biológica da
prótese.

CLASSIFICAÇÃO DE KENNEDY

Classe I: desdentado posterior bilateral


Classe II: desdentado posterior unilateral
Classe III: desdentado intercalar unilateral
Classe IV: desdentado anterior (que cruza a linha média)

Regras de Applegate

Regra 1 – A área desdentada mais posterior determina a classificação.


Regra 2 – As demais áreas desdentadas que não participaram da determinação da classe são denominadas
modificação ou subclasse.
Regra 3 –Considera-se apenas o número de áreas desdentadas, não a extensão da modificação
Regra 4 – A classe iv é caracterizada pelo espaço protético anterior que cruza a linha mediana
Regra 5 – A classificação deve ser feita após as extrações que podem modificar a classificação original.
o
Regra 6 –. Se o 3 molar estiver ausente e não houver a intenção de restaurá-lo proteticamente, ele não será incluído
na classificação
o
Regra 7 – Se o 3 molar for utilizado como suporte deve-se considerá-lo na classificação
Regra 8 – Se a área desdentada não precisar ser substituída, não será considerada na classificação

Sinonímia
• Pontes móveis
• Aparelhos móveis
• Aparelhos de Roach
• Aparelhos Parciais Móveis

Funções principais
• Restabelecer e /ou manter o plano oclusal
• Restabelecer o equilíbrio do sistema
• Restabelecer a estética e fonética

Indicações
• Extremidades livres
• Espaços protéticos extensos
• Espaços protéticos múltiplos
• Espaços protéticos anteriores com grande reabsorção alveolar
• Como aparelhos temporários e/ou orientadores nas reabilitações bucais
• Como meio de ferulização ou contenção de dentes com mobilidade
• Nas grandes perdas de estruturas (congênita)
• Nas grandes perdas de estruturas (adquirida)
• Como auxiliares nas contenções de fraturas mandibulares
• Odontogeriatria
• Fator econômico

Elementos Constituintes
• Retentores
– Extra coronários
– Intra coronários
– Intra – extra coronários
• Selas
• Dentes artificiais
• Conectores
– Maior

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– Menor
Retentor Extra coronário
Elementos constituintes dos retentores ou grampos: Braço de oposição, braço de retenção, apoio e corpo.
•Flexibilidade do grampo de retenção
a) Comprimento do braço de retenção: maior o comprimento = maior estabilidade
b) Diâmetro da secção transversal: maior diâmetro = menor flexibilidade
c) Material: modulo de elasticidade compatível com as exigências mecânicas (Cr - Co)
d) Forma do braço de retenção ou secção: circular (ideal) meia - cana (real)

2. Braço de Oposição
O braço de oposição apresenta 3 características:
•Opõe-se à ação do braço de retenção
•Apresenta passividade até que uma força de deslocamento incida sobre a prótese
•Apresenta espessura uniforme em toda a sua extensão.

3. Corpo do Grampo
•Deve apresentar volume suficiente para que ocorram deformações elásticas dos demais componentes.
•Ser rígido
•estar localizado acima ou no máximo até a linha guia equatorial, ou então sobre o plano guia.

4. Apoio

Propriedades dos grampos


•Retenção
•Reciprocidade
•Suporte
•Estabilidade
•Circunscrição
•Passividade

Principais grampos Circunferenciais


•Circunferencial Simples ou Akers
•Anel “Ring Clasp”
•Half-Half ou Meio a Meio
•Gêmeo, unidos pelos apoios ou unidos pelo braço de oposição
•Grampo de Jackson
•Grampo Contínuo de Kennedy
•Grampo MDL
•Anzol “Hair - Pin Clasp”
•Circunferencial reverso
•Ottolengui
•Grampo de Ação Posterior ou “Back – Action” da Ney

GRAMPOS E SUAS CARACTERÍSTICAS

•MOLARES

1. Grampo Circunferencial Simples


INDICAÇÃO: Molares, Pré-Molares
CONTRA INDICAÇÃO: Dentes anteriores

2. Grampos Ottolengui
 INDICAÇÃO: Molares inclinados.

3. Grampo em anel
INDICAÇÃO: para todos os dentes Molares posteriores com inclinação para mésio-lingual para os superiores.

4. Grampo Circunferencial Reverso


INDICAÇÃO: para molares e pré-molares superiores ou inferiores com inclinação para mesial.

5. Grampo Gêmeo
INDICAÇÃO: Molares e Pré-molares nos casos em que não há espaço protético em um lado do arco. ou nas classes IV,
na região de molares.

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•PRÉ – MOLARES

1. Grampo de Ação Posterior


•INDICAÇÃO: Pré-molares de extremo livre, onde a retenção se localiza na região mésio-vestibular (Classe I ou II de
Kennedy) e linha equatorial alta na distal.

2. Grampo Circunferencial

3. Grampo Half-Half
INDICAÇÃO: Molares e pré-molares isolados entre dois espaços protéticos intercalares.

•INCISIVOS
1. Grampo MDL
INDICAÇÃO: Dentes anteriores – envolvimento estético

2. Grampo Contínuo de Kennedy


INDICAÇÃO: palatina dos incisivos inferiores

GRAMPO AÇÃO DE PONTA


•Contato com os dentes é muito menor - contato é praticamente puntiforme.
•Ação por Torção: a capacidade de torção é diretamente proporcional ao comprimento e inversamente a quarta potência
de seu diâmetro.
•Maior retenção: ângulo muito mais aberto
•Cinco são os principais grampos Roach: em formas de T, U, L, I, C.

•Grampo T – INDICAÇÕES
•Caninos
•Pré-Molares
•Incisivos Inferiores

•Grampo U - INDICAÇÕES
•Molares
•Pré-Molares
•Ambos Inferiores
•Coroa curta
•L.E. próximo da inserção gengival

•Grampo L - INDICAÇÕES
•Caninos
•Pré-Molares
•Ambos superiores
•Alguns casos inferiores

•Grampo I – INDICAÇÕES
•Caninos
•Pré-Molares
•Incisivos Inferiores

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•Grampo C - INDICAÇÕES
•Molares
•Pré-Molares
•Ambos Inferiores com mésio-versão
•Classe II com retenção na mésio-lingual

•Grampo 7 - INDICAÇÃO:
Caninos e Pré-Molares, quando a estética é importante.

•Grampo RPI
INDICAÇÃO: dentes suportes principais contíguos ao espaço protético de extremidade livre bilateral.
VANTAGENS: menor torque sobre o dente principal e estética superior. Placa proximal: permite movimento da
extremidade livre da prótese para a fibromucosa sem causar dano ao dente suporte

APOIOS E NICHOS
Requisitos Mecânicos
- Forma triangular com os vértices arredondados (forma de colher)
- Ápice direcionado para o centro do dente;
- Permitir volume suficiente de metal (± 1,5mm);
- Côncavo (s/ bordos cortantes ou linhas anguladas);

NICHOS
Os nichos apresentam-se como áreas côncavas ou em forma de cavidades preparadas nas superfícies funcionais dos
dentes pilares com a finalidade de alojar os apoios oclusais e orientação da força mastigatória axialmente aos dentes
pilares.

PREPAROS PARA PMs e Ms


-Triângulo
-Base: 1/2 ápices das cúspides adjacentes (V e L) dos dentes de suporte
-Assoalho do nicho: inclinado; formato côncavo (colher)
-Cuidado: bordas cortantes ou linhas anguladas

PREPAROS INTERDENTAIS PARA PMs e Ms


•Ms, PMs e M/PM
•Grampos gêmeos unidos pelo apoio
•P. pulpar plana
•Extensão: V e L - > volume (braços)
•P. proximais: ligeiramente expulsivas
•Ângulo p. pulpar e proximal: ligeiramente arredondado

PREPAROS INCISAIS PARA CANINOS


•Caninos I, ângulo D ou M
•Pouco usado - estética
•Forma principal (letra “V”):
•Arredondamento dos ângulos e desaparecimento progressivo do preparo por P até terminar em zero

PREPAROS INTERDENTAIS PARA DENTES ANTERIORES


•Incisivos onde a estética seja menos comprometedora e mesmo nível oclusal
•Localização eqüitativa entre os dois dentes
•P. pulpar plana e p. proximais ligeiramente expulsivas
•Ângulos V e L: biselados

MODIFICAÇÕES DOS CONTORNOS


•Ausência de áreas retentivas durante a seleção da trajetória de inserção
•Decréscimo ou acréscimo
•> freqüência: caninos e PMs inferiores
•Opção mais conservadora: pequenos desgastes no nível de esmalte - polimento e aplicação de flúor
•Preparo para apoio P ou L: cíngulos pouco proeminentes com espessura de esmalte pequena

MODIFICAÇÕES DOS CONTORNOS COM RESINAS FOTOPOLIMERIZÁVEIS


Vantagens
•Facilidade dos preparos, reparações
•Preparo mais estético
•Técnica mais conservadora
•Tempo de confecção menor
•Custo menor

Indicações
•Modificação do equador dental para aumentar retenção direta (grampos circunferenciais e de ação de ponta)

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APOIO
Componente do grampo que se apóia sobre as superfícies dentais (oclusal e cíngulo) com função de prover suporte
vertical. Tem como função:
1- Prover suporte vertical para PPR
2- Manter os demais componentes em suas posições
3- Manter relação oclusal estabelecida
4- impedir a intrusão da PPR nos tecidos moles
5- Orientar a distribuição da carga para o longo eixo do dente

APOIO OCLUSAL - funções


1. Fixação - determina a posição de assentamento final, impedindo o deslocamento cervical.
2. Suporte - Transmissão das cargas mastigatórias recebidas pela base da prótese, aos dentes suportes;
3. Retenção indireta - Impedir movimentos rotatórios (extremidade livre);
- Garante o desempenho adequado da retenção direta.
4. Restabelecer o plano oclusal e diminuir inclinações
- macro apoios
- restabelecimento anatômico
- aumento da dimensão vertical
5. Fechar pequenos diastemas e diminuir a impactação alimentar
- estabilização mésio-distal e vestíbulo-lingual dos retentores

APOIO OCLUSAL - classificação


De acordo com:
1. Localização
• Oclusal
• Incisal (DESUSO)
• Palatinos ou Linguais
• Interdentais

2. Natureza da superfície
• Esmalte: suscetibilidade à cárie
• Amálgama: tendência a alterações sob pressão, fragilidade da borda marginal
• Resina: acréscimos nas superfícies linguais dos dentes anteriores

3. Situação em relação ao contorno coronário


•Intracoronários: quando localizados dentro do contorno da coroa.
–Superficiais
–Profundos- Extracoronários: quando aplicados diretamente sobre o esmalte ou peça protética, sem qualquer tipo de
preparo.

4. Função
a) Principais ou diretos: são partes constituintes dos grampos de retenção direta, ou seja, localizados imediatamente ao
lado do espaço protético.
b) Auxiliares ou indiretos: parte integrante de um grampo de retenção indireta (impede o movimento de rotação mesial
da PPR).
–Pode ser elemento isolado, sendo unido diretamente à barra por um conector menor.

5. Forma
a) Simples: sobre esmalte, amálgama e resina.
b) Geométricos (internos): possuem uma forma geométrica definida.
- Maior efetividade de suporte e estabilidade;
- PPR dento - suportadas;
- Eliminam a necessidade do braço vestibular;
- Coroas totais e PPF.

LOCALIZAÇÃO DOS APOIOS PRINCIPAIS E SECUNDÁRIOS

APOIOS PRINCIPAIS
•Próteses dentossuportadas:
–Região das fossetas triangulares proximais e cristas marginais, contíguas ao espaço protético, com uma única
restrição: casos em que o suporte principal apresente-se muito inclinado ou periodontalmente abalado.

•Próteses dentomucossuportadas (extremidade livre)


–Região mesial das fossetas e cristas marginais do elemento suporte, se possível associado com grampo tipo barra.
–Alavanca tipo I

APOIOS SECUNDÁRIOS ou INDIRETOS


Para que sua função seja efetivamente desempenhada, é necessário que sua localização corresponda, no arco dental
remanescente, na maior perpendicular à linha de fulcro.

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CONECTOR MAIOR
É o elemento da PPR que está direta ou indiretamente ligado às outras partes do aparelho e que une todas as partes,
formando um único corpo.

Função:
-Unir todos os componentes (conexão);
-Retenção direta e indireta;
-Suporte;
-Estabilização.
Características:
-Rigidez;
-Mandibulares: alívio presente; 3 a 4 mm da gengiva marginal
-Maxilares: alívio ausente; distantes de 4 a 6 mm da gengiva marginal.

CONECTORES MAIORES PARA MANDÍBULA


Tipos Principais
1. Barra Lingual
-O mais distante possível da gengiva marginal – 3 a 4 mm;
-Acima dos tecidos móveis do assoalho da boca;
-Secção em forma de meia pêra;
-Alívio presente;
-Indicações: aplicação universal - Classe I, II, III e IV de Kennedy, desde que haja espaço para sua aplicação.

2. Barra Lingual Dupla


Barra lingual + Grampo Contínuo de Kennedy;
-Alívio presente;
-Indicações: mesmas indicações da barra lingual, porém é utilizada quando os dentes remanescentes apresentam
comprometimento periodontal e se deseja aumentar a retenção indireta.

3. Placa Lingual ou splint lingual


-Localização: superfície lingual não ultrapassando o terço - médio dos incisivos
-Secção e forma: menor espessura possível
-Alívio presente;
-Indicações: é utilizada quando não existe espaço para a colocação da barra lingual, quando se deseja aumento da
retenção indireta ou quando existe tórus mandibular; comprometimento periodontal.

4. Barra Vestibular
-Alívio presente;
-Indicações. Utilizada nos casos de linguoversão excessiva dos dentes anteriores como também nos casos de tórus
mandibular.

5. Chapeado lingual
Mesmas indicações que o splint lingual. Este conector está localizado no terço gengival dos dentes anteriores e cobre a
gengiva marginal.

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CONECTORES MAIORES PARA MAXILA

Tipos Principais

1. Barra Palatina – anterior, média e posterior


-Localização: anterior (“U”), média e posterior;
-Alívio ausente;
-Indicações: devido sua pequena rigidez, as barras palatinas devem ser utilizadas somente em casos de pequenos
espaços protéticos Classe III e IV.

2. Recobrimento Parcial – anterior, médio e posterior


-Localização: anterior, médio e posterior;
-Alívio ausente;
-Indicações: Podem ser utilizados para as Classes I, II, III e IV, de espaços protéticos pequenos e médios.

3. Recobrimento Total
-Alívio ausente;
-Indicações: Utilizados quando houver poucos elementos remanescentes, ausência de tórus maxilar e rebordo residual
com grande reabsorção óssea.

4. Dupla Barra
-Alívio ausente;
-Indicações: apresenta excelente rigidez e apresenta utilização universal (Cl I, II, III e IV), e nos casos de tórus maxilar.

CONECTOR MENOR
Conceito: é o elemento que serve de união entre o conector maior e os demais elementos que constituem a PPR.

Função:
•transferir as forças funcionais aos dentes suportes
•impedir rotação ao longo da linha de fulcro
Conectar ou unir o conector maior aos demais componentes da PPR.

SELAS
Conceito e Função: É o elemento da PPR que suporta os dentes artificiais e que transfere as forças mastigatórias à
mucosa e ao osso alveolar, quando a PPR é de extremidade livre, ou aos dentes quando a PPR é dentossuportada.

Tipos:
-Metaloplástica: utilizadas nas PPRs classe I e II.
-Metálica: utilizada nos casos de espaços únicos e PPR dentossuportada anterior que não apresenta acentuada
reabsorção alveolar.
-Plástica: utilizadas nas PPRs provisórias e nas próteses mucossuportadas.

PRINCÍPIOS BIOMECÂNICOS
•RETENÇÃO: é a propriedade da PPR não se desalojar de seu sítio (posição de assentamento final) quando submetida
a qualquer tipo de força funcional ou para funcional.
•SUPORTE: os elementos que conferem suporte à PPR são os apoios e no caso das PPR de extremidade livre também
a fibromucosa. Via dental de suporte, via mucosa de suporte.
•ESTABILIDADE: depende do conjunto de elementos mecânicos da PPR, atuando sobre os dentes suporte e rebordo
residual impede sua movimentação lateral ou de báscula, quando da incidência de forças laterais determinadas pela
mastigação ou pelos movimentos funcionais dos tecidos musculares paraprotéticos.

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DIFERENÇAS NO SUPORTE MUCOSO
Forma
- Rebordo achatado = bom suporte
- Rebordo aguçado = suporte deficiente

DELINEADORES
“Instrumento utilizado para determinar o paralelismo relativo entre duas ou mais superfícies de dentes ou outras partes
do modelo de uma arcada dentária.”
SINONÍMIA: PARALELÔMETRO, TANGENCIÔMETRO, PARALELÍGRAFO

Constituído por 3 partes:


- PARTE FIXA
Plataforma ou base
Haste vertical fixa
Braço horizontal móvel
Haste vertical móvel

- PARTE MÓVEL
Platina ou porta-modelos

- ACESSÓRIOS
Pontas calibradoras; 0,25 mm, 0,50 mm, 0,75mm.
Facas
Porta-grafite
Ponta analisadora

FUNÇÕES
• Determinação da Via de Inserção e do Plano de Inserção
• Localização de Interferências
• Planejamento de planos guias, áreas de fresagens, posicionamento de encaixes
• Demarcação dos equadores protéticos
• Construção de guias para a colocação de Implantes
• Localização e calibração de regiões retentivas

VIA DE INSERÇÃO ou TRAJETÓRIA DE INSERÇÃO


A direção a qual a prótese se move de um ponto de contato inicial, entre suas partes rígidas e os dentes suportes, até
uma posição de assentamento final, com os apoios assentados em seus respectivos nichos ou preparos para apoio e a
base da prótese em contato com os tecidos.

DETERMINAÇÃO DA VIA DE INSERÇÃO

TRÊS TÉCNICAS

1. Roach ou dos três pontos


Torna o plano oclusal perpendicular à trajetória de inserção
PLANO OCLUSAL paralelo à BASE DO DELINEADOR
TRAJETÓRIA DE INSERÇÃO é representada pela HASTE VERTICAL MÓVEL

2. Das bissetrizes
Grau de Inclinação dos dentes suportes através dos seus longos.

3. Conveniência, de Applegate ou das tentativas


Busca de um eixo de inserção bem definido que busque equilíbrio de retenção, semelhança de ângulos mortos, planos
guias e estética favorável.

REGISTRO DA VIA DE INSERÇÃO


Após a determinação da via de Inserção, deve-se registrá-la para posterior reposicionamento do modelo no delineador
(Isto só é válido para o MESMO modelo).

TRAÇADO DAS LINHAS EQUATORIAIS


A Linha Equatorial Protética está ligada à via de Inserção determinada. O que é retentivo em uma via pode ser expulsivo
se alterarmos a trajetória de inserção. Esta linha divide o dente em duas áreas: uma expulsiva e uma retentiva

CALIBRAGEM DA RETENÇÃO
Dependendo da Via de Inserção escolhida teremos diferentes áreas expulsivas e retentivas. Esta fase visa determinar a
presença e localização das regiões retentivas e a correta localização da ponta ativa do grampo de retenção.

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PLANO-GUIA
Superfícies proximais dos dentes paralelas entre si.
(Principio do Delineador)
“Guiam” a prótese ao seu assentamento e retirada, dando desta forma, uma superfície de contato friccional, resultando
em maior estabilidade da prótese e do dente.
Outras funções:
-Proporcionar um único sentido de direção para inserção e retirada da prótese
-Impedir retenção ou impactação alimentar (ângulo morto)
-Favorecer a estética diminuindo os ângulos mortos principalmente na região anterior.

GUIA DE TRANSFERÊNCIA DO PLANO GUIA


Auxilia na transferência dos desgastes realizados no modelo para a boca do paciente.

MOLDAGEM

- CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS PARA PPR: a principal dificuldade é reproduzir simultaneamente tecidos de


resiliências diferentes (dentes e fibromucosa)
- MODELO DE ESTUDO: individualização da moldeira de estoque + alginato–Modelo de trabalho
- PRÓTESE DENTOSUPORTADAS: geralmente são realizadas com moldeiras de estoque e alginato.
- PRÓTESE DENTOMUCOSUPORTADA: moldagem muco estática com moldeira individual

•ALÍVIOS DO MODELO COM CERA: consiste na eliminação de todas as retenções e interferências existentes no
modelo através de cera 7.
•DUPLICAÇÃO DO MODELO: inicialmente o modelo é hidratado por 30 min e, em seguida, é duplicado com
hidrocolóide reversível ou irreversível
•MODELO DE REVESTIMENTO: o revestimento utilizado pelo técnico depende do tipo de liga a ser utilizada na
fundição da armação.
•TRATAMENTO DA SUPERFÍCIE DO MODELO DE REVESTIMENTO: há dois métodos: um com cera de abelha ou
com uma mistura quente de 80g de breu, 80g de goma laca em litro de álcool.
•ENCERAMENTO: após o banho de cera, o modelo de revestimento está pronto para ser encerado, com o auxílio de
ceras específicas.
•INCLUSÃO: os condutos de alimentação são colocados sobre o enceramento. O conjunto pode ser incluído em um
anel proporcional ao tamanho do conjunto de modelo de revestimento e condutos de alimentação.
•FUNDIÇÃO: A fase pré-aquecimento tem a finalidade de evaporar a cera e eliminar a umidade do molde. O método de
fundição varia em função da lida empregada. Os métodos atuais utilizam força calculada para a injeção rápida do metal
liquefeito dentro da cavidade do molde.
•DESINCLUSÃO: após o resfriamento, a armação deve ser separada do revestimento com cuidado.
•ACABAMENTO E POLIMENTO.

REGRINHAS IMPORTANTES DE PLANEJAMENTO EM PPR PARA CONCURSO

- Todos os elementos pilares contíguos a espaços protéticos devem receber retentores (grampos), não
necessariamente com braço de retenção.
- Os grampos a barra ou por ação de ponta são os mais utilizados para extremidades livres (“T” e “i”)
- Os grampos por ação de ponta, são mais estéticos e flexíveis
- Alterações de contorno nos dentes suportes, por falta de retenção, podem ser feitos por acréscimo ou
decréscimo de material

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PRÓTESE FIXA

As próteses fixas (PF) surgiram com os fenícios e egípcios, eram rústicas, com o passar dos anos essas
próteses ficaram mais elaboradas e houve uma procura muito grande à estética.
Conceito: É a prótese suportada por dentes, tem como objetivo restaurar as proporções coronárias de um ou
mais dentes e substituir dentes naturais perdidos, de modo a restabelecer função, estética, conforto e saúde ao
paciente.
OBS: Próteses fixas, sempre que possível devem ser indicadas uma vez que são as próteses que menos induzem
forças laterais aos dentes pilares.

ELEMENTOS CONSTITUINTES DAS PONTES PARCIAIS FIXAS

Elementos Biológicos: são os dentes naturais ou raízes, recebendo as seguintes denominações:

1) Quanto à localização
• Suportes ou pilares terminais: os que se localizam nos extremos da prótese
• Suportes ou pilares intermediários: localizados entre pilares terminais

2) Quanto à integridade
• Suportes ou pilares principais: os que preenchem os requisitos de suporte ideal, independente da localização no
arco
• Suportes ou pilares secundários: os suportes que não preenchem os requisitos de suporte ideal, mas são
incorporados ao conjunto como auxiliares e ainda, muitas vezes, para preservação do órgão dental; localizando-se
geralmente no meio da ponte e raramente nos extremos.

Elementos não biológicos: são os componentes do aparelho confeccionados artificialmente:


• Retentores: são as peças protéticas responsáveis pela fixação do aparelho fixo ao suporte
Segundo o meio de retenção são classificados:

Retentores coronários:
a.extracoronários: coroas totais ou parciais
b.intracoronários: incrustações de no mínimo três faces com slice proximal. Indicação restrita a pilares intermediários
secundários com proteção cuspídica do tipo MOD com slice.

Retentores radiculares:
a.coroas com núcleo
• Pônticos: são os elementos ou peças que substituem os dentes naturais ausentes. Tipos:
- em sela (desuso- deficiente higienização)
- chanfrado (desuso- deficiente higienização)
- extensão radicular (desuso- pontes provisórias em alvéolos em cicatrização, sem contato com tecido ósseo.
Reparação tecidual irregular, deficiente higienização)
- periforme ou ovalado (mais aceito- dupla convexidade, permite higienização, protegendo os tecidos subjacentes)
- higiênico, americano, suspenso ou pênsil: boa higienização, porém prejuízo fonético)

• Conector: promove a união entre retentor e pôntico ou pôntico com pôntico, ou retentor com retentor.
- Rígido: solda; Contra-indicados em dentes pilares, apresentando inclinação superior a 24° ou fora do
alinhamento do arco
- Semi-rígido: conexão articulada; a fêmea deve estar localizada na região mais anterior a prótese

Contra-indicações:
- impossibilidade de higienização (pessoas idosas ou deficientes)
- dimensão do arco desdentado (Classe I e II de Kennedy)

Princípios dos preparos dos dentes


• Preservação da estrutura do dente
• Retenção e resistência
• Durabilidade da estrutura
• Integridade das margens
• Preservação do periodonto

Retenção e resistência
• Retenção: Impede que a restauração saia pelo eixo de inserção ou pelo eixo longitudinal do preparo do dente
• Resistência: Impede o deslocamento da restauração por ação de forças oblíquas sob ação das cargas
mastigatórias

Eixo de inserção: “É uma linha imaginária ao longo da qual a restauração será colocada ou retirada do preparo”
“Nenhum cimento que seja compatível com a vida do dente e com o meio biológico bucal tem propriedades de adesão
suficientes para manter uma restauração no lugar unicamente por adesão.”

ABITEP – PRÓTESE_ 35
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↑ Área do preparo ⇒ ↑ retenção

Configuração geométrica do preparo: preparos extracoronarios e intracoronarios

Conicidade: Quanto mais cônico for o preparo, menos retentivo será.


Redução oclusal, biselamento das cúspides funcionais e redução axial: garantem durabilidade estrutural

Preservação do periodonto
• Margens regulares e de fácil higienização
• Fáceis de serem moldadas (reproduzidas)
• Em esmalte se possível
• LIMITAÇÕES DOS ÍTENS ACIMA:
– Cáries presentes
– Restaurações antigas
– Estética

A força de mastigação sobre a ponte produz:


• deflexão
• cisalhamento

- Deflexão: quando uma força incide mais intensamente em um segmento da ponte (sobretudo no centro da mesma)
haverá sobrecargas e reações diferentes. Duas variáveis influem sobre a deflexão:
a. tamanho do espaço protético
b. espessura dos conectores

- Cisalhamento: é a ação de duas forças em sentido contrário. Enquanto houver equilíbrio, não haverá prejuízo para
pilares e pontes, quando os primeiros devem ser corretamente preparados para que haja boa ação friccional com o
retentor.

A possibilidade de falha por cisalhamento está ligada a


- Altura e inclinação dos preparos;
- Adaptação dos retentores;
- Espessura da linha de cimento.

Fator mecânico aplicado aos diferentes tipos de preparos.


- PREPAROS INTRA-CORONÁRIOS: ( MO/DO - MOD c/ e s/ “slice” – 4/5 – 3/4)
- Cuidado com preparos MOD nos dentes pilares terminais!
- RETENTORES MO ou DO: contra-indicados por carência de zona “Z” (SILVA F.A., 1993)
- Cuidado com preparos OM ou OD nos dentes pilares terminais!

ABITEP – PRÓTESE_ 36
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- PREPAROS INTRA-CORONÁRIOS: ( É necessário o recobrimento da cúspide cêntrica ou de suporte –
V.I.P.S. )
- Cuidado com preparos MOD nos dentes pilares intermediários!
Força vertical ocluso-gengival atuando sobre cúspide do pilar: sob tal força o dente pilar desloca no sentido do seu
longo eixo para baixo em virtude do acolchoamento do periodonto, quando a conseqüência danosa é mais acentuada
nas pontes compostas quando a força sobre o dente pilar intermediário, fazendo com que este se desprenda do
retentor, caso não haja envolvimento da cúspide cêntrica na sua preparação (deficiência de restaurações MOD).

Alguns critérios para definição da extensão de uma ponte fixa


• Arco antagônico
• Hábitos para-funcionais
• Relação coroa – raiz
• Configuração da raiz
• Lei de Ante

Arco antagônico e hábitos para-funcionais


Quanto maior for o numero de dentes no arco antagônico, maior será a carga mastigatória. Da mesmaforma, se o
paciente possuir hábitos para-funcionais como bruxismo ou apertamento, as próteses estarão sujeitas a cargas
excessivas, colocando em risco as mesmas, principalmente quando são utilizadas cerâmicas odontológicas.

Relação coroa – raiz


No pilar terminal ou principal, o ideal e 2 partes de coroa para 3 de raiz.
No pilar intermediário ou secundário, o mínimo e 1 parte de coroa para 1 parte de raiz.

Configuração da raiz
As raízes com secção ovalada, em forma de 8 ou achatada são melhores que as circunferenciais.
As raízes divergentes são melhores que as fusionadas.

Lei de Ante
A área do ligamento periodontal dos dentes pilares deve ser igual ou maior à dos dentes que serão substituidos
(pônticos)

TERMINAÇÕES CERVICAIS ou Términos de preparo em Prótese Fixa


Tipos de términos cervicais nos preparos: podem apresentar diferentes configurações de acordo com o material a ser
empregado na prótese:

 Ombro ou degrau: parede axial do preparo em 90° com a parede cervical. Indicação: coroas de porcelana pura (2
mm de desgaste).
• Ombro (90°) - cerâmica pura (jaqueta)
• Desgaste: 2,0mm
• Dificuldade de escoar o cimento

 Ombro ou degrau biselado: parede axial do preparo 90° com parede cervical com biselamento da aresta cava -
superficial. Indicação: coroas metalocerâmicas com ligas áureas, nas suas faces vestibular e metade vestíbulo-proximal.
• Ombro biselado - metalocerâmica com ligas áureas - permite brunimento marginal
• Extensão subgengival- até 1,0mm
• Instrumentos de Black ou pontas diamantadas delicadas
• Colar de reforço

 Chanfrado ou Chamfro: a junção entre a parede axial e gengival é feita por um segmento de círculo. Indicação:
coroas metalocerâmicas com ligas básicas por apresentarem maior resistência e dureza que as ligas a base de ouro,
podendo ser mais finas sem sofrer alteração por contração durante a cocção da porcelana.
• Chanfrado - metaloceramica com ligas básicas (não áuricas)
• Desgaste: 1,5mm até 2mm (0,5mm para metal e 1,0mm para cerâmica, no mínimo)

 Chanferete: a junção entre a parede axial e a gengival é feita por um segmento de círculo de pequena dimensão
(metade do chanfrado), apresentando espessura para acomodar apenas o metal. Indicação: coroa total metálica e
coroas parciais ¾ ou 4/5.
• Chanferete /chanfro curto- coroa metálica, faces linguais e linguoproximais das coroas metalo-plásticas e
metalo-cerâmicas, coroas parciais 3/4 e 4/5
• Desgaste: ½ da metalocerâmica, ou apenas 0,5mm
• Liga: qualquer
o
A inclinação das paredes axiais de um preparo para coroa total deve ter inclinação de 5 à 6 .

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COMPRIMENTO (ALTURA DOS PREPAROS):

↑Altura ⇒ ↑Área ⇒ ↑Retenção

Comprimentos iguais. ↑diâmetro ⇒ ↓ resistência às forças rotacionais (verticais)

0
Canaletas:  Retenção &  Estabilidade. E quanto ↓ n de trajetórias ⇒↑ retenção

Retenções adicionais: quando a dimensão cérvico-oclusal da coroa não for suficiente por si só para dar a peça
satisfatória retenção tenso-friccional, faz-se com o auxílio de uma broca tronco-cônica, formas adicionais de retenção,
caracterizada por sulcos, nas faces vestibular e lingual (deslocamento póstero-anterior) e proximal (deslocamento
vestíbulo-lingual).

Aspecto retentivo (A listagem abaixo esta em ordem crescente de retenção.


• Preparos intra-coronários (2 Faces) – OM e OD
• Preparos intra-coronários (3 faces) – MOD
• Preparos parciais (3/4 e 4/5)
• Preparos para coroa total

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EXEMPLOS DE PREPAROS PROTÉTICOS:
Considerando o aspecto retentivo (ação friccional) entre retentor e pilar, seja para prótese unitária ou multi-unitária
(prótese fixa), temos um aumento de retenção obedecendo à seguinte seqüência: preparos intra-coronários (duas faces)
– preparos intra-coronários (três faces- MOD) – preparos parciais (3/4 e 4/5) – preparos para coroa total.

PREPAROS ¾ e 4/5:
• Indicações: pequenos espaços protéticos/ pilares com face vestibular hígida/ pilares com boa altura cérvico -
oclusal / dentes anteriores com boa espessura vestíbulo-lingual
• Desgaste restrito a esmalte (0,5mm)
• Baixo custo e estética comprometida

PREPAROS MOD:
a) caixas proximais: responsáveis pela oposição à translação M-D;
b) profundidade mínima:
- AB ≥ AC;
c) diedro axio-pulpar (D): obstáculo à translação.

COROAS COM NÚCLEOS:


• Coroa tipo pivô Utilizada no passado
• Núcleo  composto por uma porção coronária e uma intra-radicular
• Núcleo estojado: abraça toda região cervical

É melhor fazer endo, colocar núcleo e coroa ou preparar o dente para coroa e mantê-lo vitalizado?

Pilares vitalizados:
 “Alarme” contra possíveis falhas do retentor;
 Diminue o risco a fraturas;
 Não expõe o paciente aos riscos de um insucesso do tratamento endodôntico, imediato e a longo
 prazo;
 Diminuem o tempo de tratamento e o custo;
 Resistência do remanescente dentinário vitalizado.

Desvantagens:
 Diagnóstico impreciso da vitalidade pulpar;
 Preenchimentos extensos com reduzido apoio de dentina sadia, podem fracassar, comprometendo a fixação do
retentor e comprometer a vitalidade pulpar;
 Substituição da prótese em função de problemas endodônticos posteriores;
 Espessura do desgaste em função do material restaurador.

Restauração de Dentes Tratados Endodonticamente

Técnica de preparo:
1 – Preparo do remanescente coronário
- Altura e convergência das faces livres duplo plano ou plano horizontal e plano inclinado;
- Configuração do término cervical (chanferete).
-
2 – Aprofundamento do conduto
- Configuração da broca: largo, peezo ou gates
- Comprimento do conduto. Remanescente de guta-percha: 4mm
-
3 – Expulsividade e regularização do conduto.
- Configuração da broca:
- Batt;
- Diamantadas de granulação fina.
Espessura mínima de 1,5mm das paredes remanescentes

4 – Acabamento
- Brocas diamantadas (granulação fina);
- Brocas laminadas

Retentores fundidos- núcleos

• Comprimento do pino:
- Projeção até a metade da distância entre a crista óssea alveolar e o ápice da raiz
- 2/3 do comprimento total do canal
- ¾ do comprimento da raiz
- uma vez e meia o comprimento da coroa protética
- proporção de igualdade com a coroa clínica (incisal até crista óssea)
obs: remanescente de guta percha= 4 mm

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• Conicidade: respeitar a configuração do canal e a espessura mínima em sua porção mais apical, mantendo sua
integridade.
• Diâmetro do pino ou largura: o ideal é aquele que ocupa 1/3 do diâmetro da raiz, assim como também se sugere
que a espessura da raiz deve possuir 1,5mm entre a parede do canal preparado e a superfície externa da raiz.
Corte transversal: evitar forma circular. Acompanhar a secção da raiz.

Preparos cervicais de raízes:


Dentes anteriores:
1. plano inclinado (vestibular- 0,5mm sub-gengival) e horizontal (palatino): deve-se a inclinação da raiz no sentido
palatino e para evitar a rotação do núcleo e do retentor, apesar da embocadura do conduto já se apresentar de forma
elíptica
2. plano inclinado duplo- preferencialmente, uma vez que a porção coronária do núcleo envolve uma faixa de 1 mm
da porção cervical da raiz (vestibular e lingual inclinadas)

Dentes posteriores: a câmara pulpar deve obedecer a uma convergência apical de mais ou menos 5°. Preparo da base:
plano horizontal e oblíquo, ou plano oblíquo duplo preferencialmente.
Desobturação do conduto: brocas de Gates e Largo (preferencialmente). Não utilizar brocas esféricas, sob riscos de
promover bolsões.
Liga utilizada para confecção: Niquel - Cromo; Cobre-Alumínio (mais maleável que o primeiro)

PINOS PRÉ-FABRICADOS
São utilizados com a finalidade de retenção do material restaurador e não para aumentar a resistência do dente.
Estão indicados quando da incidência de forças oblíquas e/ou horizontais sobre os dentes (anteriores e pré-molares); e
quando há comprometimento estático significativo;
Remanescente dental requerido para sua indicação: alguns autores recomendam quando há perda de estrutura
dental superior a 50%, enquanto outros utilizam quando há 2/3 de remanescente coronário.
Possuem indicação para próteses unitárias sem sistemas de alavancas.

Considerações sobre comprimento, conicidade e diâmetro.


- Comprimento: semelhante aos núcleos metálicos fundidos.
- Conicidade:
Paralelos (cilíndricos): maior retencao e maior desgaste da superfície dentinaria
Cônicos: menor retenção e menor desgaste
- Diâmetro: cuidado. Pinos excessivamente largos podem provocar fratura de raiz

Podem ser classificados em:


• METÁLICOS:
- ATIVOS (rosqueados)
- PASSIVOS: - cônicos
- - cilíndricos
• NÃO-METÁLICOS:
- RÍGIDOS: - cerâmicos
- FLEXÍVEIS:
- fibra de carbono (mód. Elastic/e semelhante ao dente)
- fibra de vidro (idem anterior + adesivos às resinas)

- metálicos: ativos (rosqueados) e passivos. Comparados aos metálicos fundidos, apresentam retenção até duas
vezes maior.
- cerâmicos: similar aos metálicos devido a sua maior rigidez comparativamente à estrutura dental
- fibra de carbono: elevada resistência mecânica e modulo de elasticidade similar ao da estrutura dentária
- fibra de vidro: módulo de elasticidade próximo ao da estrutura dental e são adesivos aos compósitos e aos
cimentos resinosos.

- VANTAGENS
• Uso fácil e rápido
• Baixo custo
• Dispensa moldagem e etapa laboratorial
• Preparo mais conservador
• Variedade/ estética

1. Passivo:
– Cônico: ↓ retentivo
preparo mais conservador
– Paralelo: ampliação do canal
raízes com maior necessidade de retenção
2. Ativo:
↑ tensão ⇒ risco de fratura
↑ retentivos

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- PINOS CERÂMICOS

• VANTANGENS:
– Estéticos
– Boa união química com materiais resinosos
– ↑ resistência mecânica
– radiopacidade

• DESVANTANGENS:
– Custo

PINOS DE FIBRA DE CARBONO

• VANTANGENS:
– Resistência à corrosão
– Resistência à fadiga
– Características mecânicas ≅ dentina
– Fácil remoção do canal

• DESVANTANGENS:
– ↓ estudos longitudinais
– ↑ flexibidade ⇒ pode levar a falhas adesivas

PINOS DE FIBRA DE VIDRO

• VANTANGENS:
– Estético
– União química às resinas
– Fácil remoção do canal

• DESVANTANGENS:
– ↓ estudos longitudinais

Preenchimento do pino: resina composta ou ionômero de vidro

TEMPORIZAÇÃO ou PROVISÓRIOS

Finalidade:
Proteção do órgão dental preparado;
Proteção às estruturas de suporte;
Manutenção das relações interoclusais e interproximais
Estética em dentes anteriores.

A necessidade básica de uma restauração provisória é possuir todas as características de oclusão, adaptação,
forma e contorno de uma coroa total, inlay/onlay, protegendo o dente preparado. O material mais utilizado é a resina
acrílica de rápida polimerização, embora também se utilize resina composta.
Resina acrílica: facilidade de trabalho, baixo custo rapidez na obtenção da rest. Provisória.
De maneira mais objetiva podemos dizer que a restauração provisória de apresentar propriedades biológicas, protéticas
e funcionais.
Entende-se que uma restauração provisória apresenta propriedades biológicas quando esta consegue evitar a
continuidade de estímulos lesivos, como também criar condições favoráveis à fisiologia pulpar. Assim, o material
utilizado na confecção da provisória deve atuar como um bom isolante térmico. Esta restauração provisória associada
com um cimento provisório adequado promoverá um bom vedamento dos túbulos dentinários. Biologicamente, essa é
uma condição indispensável após os traumas sofridos pelo dente, tais como cárie e o preparo da cavidade. Esse bom
vedamento evita a chamada sensibilidade pós-operatória, e mantém a higidez pulpar.
Quando a restauração provisória apresenta propriedades protéticas ela acaba sendo de grande utilidade na
avaliação precoce do que será a coroa total, inlay/ onlay executada. No ato da remoção e colocação da provisória, é
possível testar a expulsividade do preparo realizado, bem como se pode avaliar a dimensão das caixas e a nitidez dos
ângulos. No caso de restaurações metálicas, é importante saber se a forma de retenção é satisfatória. Além disso,
avaliando a espessura da restauração provisória acabamos por verificar se os desgastes realizados foram satisfatórios
no sentido de permitir proteção da estrutura dental remanescente e resistência mecânica apropriada, principalmente
para as coroas totais inlay/onlay de resina composta e porcelana.
As propriedades funcionais da restauração provisória devem corresponder ao desempenho da futura coroa total,
inlay/onlay. É indispensável que promova proteção apropriada ao periodonto, mantendo sua higidez até o momento da
cimentação da restauração indireta. A provisória deve manter também a estabilidade do dente no arco, evitando
erupção passiva e até mesmo um movimento para mesial ou distal. Somente assim o trabalho protético encontrará
condição semelhante à do momento da moldagem, relacionando-se corretamente com os dentes contíguos e
antagonistas. A restauração provisória restabelecerá o binômio indispensável conforto-função. Além disso, podemos
avaliar se em casos de restauração metálica ela compromete ou não a estética.

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TÉCNICAS DE EXECUÇÃO:

DIRETA OU INDIRETA

TÉCNICAS DE MOLDAGEM

AFASTAMENTO GENGIVAL:
. Mecânico: bandas de cobre, anéis metálicos, casquetes de resina e fios ou cordões de algodão.
. Mecânico-químico: fios ou cordões de afastamento impregnados por substâncias químicas vasoconstrictoras.
Fio retrator + soluções vasoconstritoras:
- epinefrina 8%;
- cloreto de zinco;
- sulfato potássico de alumínio;
- cloreto de alumínio.

. Cirúrgico (pouco utilizado)

Utilização do fio retrator


- retirar o fio do frasco (pinça estéril);
- recorte do fio.
- manter o fio esticado e torcido
- envolver o preparo (extremidade p/ vestibular
- pressionar o fio c/ intrumento de ponta romba para que se aloje no sulco gengival;
- manter por aproximadamente 5min

Técnica de dois tempos:


1º.) pesada: A) alívios, B) fio:inserção e remoção
2º.) leve: reembase
Em preparos para restaurações indiretas a escolha do material deve recair sobre os elastômeros. O profissional
pode realizar o procedimento de moldagem utilizando diferentes técnicas:
. Moldagem de única impressão, que pode ser monofásica ou simultânea
. Moldagem de dupla impressão
A moldagem monofásica é quando se utiliza um único elastômero com uma viscosidade aplicado
simultaneamente sobre a moldeira e o dente preparado, ou seja, realizada a um só tempo.
A moldagem simultânea é quando se emprega um material com duas viscosidades, pesada e leve, por exemplo,
sendo a leve posicionada sobre o dente preparado e a pesada sobre a moldeira e o procedimento de moldagem é
realizado a um só tempo.
A moldagem da dupla impressão também utiliza um material com duas viscosidades, no entanto, inicialmente o
material pesado é carregado sobre a moldeira, levado à boca do paciente e, então é obtido o molde. Após polimerização
e remoção da boca, esse molde pode ser recortado com lâmina de bisturi, proporcionando espaço uniforme para o
material leve que, por sua vez, é posicionado sobre o molde pesado e reconduzido à boca para a realização da
moldagem em dois tempos. O afastamento gengival, quando necessário, é realizado no espaço de tempo
compreendido entre a primeira e a segunda moldagem, ou seja: pesado-afastamento-leve.

SELEÇÃO DA MOLDEIRA:
. moldeira de estoque
. moldeira individual acrílica
. moldeira de poliestireno (termoplástica)
. moldeiras plásticas descartáveis (Double-bite)

TÉCNICA DO CASQUETE OU MOLDEIRAS UNITÁRIAS:


Este tipo de moldagem tem como objetivo moldar preparos extra-coronários, intra-coronários e intra-radiculares.
Seu objetivo é moldar apenas os elementos preparados isoladamente, tendo como resultado os moldes unitários, que
proporcionarão a confecção de troquéis, os quais deverão ser relacionados aos demais dentes do arco por meio da
moldagem de arrasto.
Objetivo:
- afastamento gengival;
- moldagem dos elementos preparados isoladamente.

Técnica:
- confecção dos preparos;
- secar a região a ser moldada;
- moldagem dos preparos com alginato em moldeira parcial ou total;
- vazamento com gesso pedra (Tipo III);
- aprofundamento do sulco gengival no modelo com (± 0,5mm) para alojar a moldeira sub-gengivalmente, além do
limite cervical do preparo.
- alívio dos preparos com uma fina camada de cera n.7 ou n.9;
- isolamento com vaselina sólida;
- Aplicação de RAAQ: pela Técnica do pincel (Nealon);
- Confecção de retenções oclusais: Retenção para o alginato,
- Confecção perfurações nas faces livres: escoamento, eliminação de bolhas de ar, retenção.

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Procedimento de moldagem:
- manipulação do material de moldagem (elastomérico), leve ou regular poliéter
- pequena quantidade de material no interior das moldeiras (alívio em cera),
- material fluído (escoamento).

- moldagem com alginato:


- remoção das moldeiras unitárias,
- relacionamento dos dentes preparados com o restante do arco.

TROQUEL:
É um componente do modelo de trabalho, o qual contém a réplica do dente que recebeu o preparo protético e que pode
ser removido ou incorporado quando desejado.
Os dentes que receberam preparos protéticos, geralmente, são separados do restante do modelo para proporcionar
melhor visualização e acesso a todos às áreas do preparo durante a fase de confecção da peça protética no laboratório.
Basicamente pode-se trabalhar com dois tipos de troquel: seccionado (cerrado) ou sextavado. Quando em um mesmo
modelo observamos a presença dos dois tipos, então ocorre a troquelização mista (seccionado + sextavado)

Troquel seccionado:normalmente e o mais utilizado pelos técnicos em prótese dentaria.

Sextavado (indicação): pilares muito próximos ou quando não há espaço para a cerra, comprometendo a integridade da
terminação ou alterando a referência do contato proximal; dentes pilares muito inclinados; retentores intra-radiculares,
quando pilares seccionados apresentam-se extremamente longos.

Para confecção de núcleos

• Modelagem - técnica direta


• O conduto radicular e’ modelado com resina acrílica pelo cirurgião-dentista. Não e’ obtido modelo de
gesso.
• Moldagem de condutos - técnica indireta
• O conduto radicular e’ moldado com elastômero pelo cirurgião-dentista e e’ obtido um modelo de
gesso.

PRÓTESES “METAL-FREE” - UMA TENDÊNCIA NA ODONTOLOGIA

MATERIAIS RESTAURADORES INDIRETOS

 A. Restauração metálica: confeccionadas com ligas metálicas

 B. Restauração mista: metalocerâmicas e veeners

 C. Restauração de resina composta

 D. Restauração em porcelana

Métalo-Cerâmicas

 Até a década de 70 → Ligas áuricas

 A partir de 70 → Ligas básicas

– Ni-Cr

– Co-Cr

 A partir de 2000 → ligas de Ti

Porcelana Feldspática adicionada com leucita (17 a 25%)- KAlSi2O6 - ↑ C.E.T.L


LEUCITA: Silicato natural de alumínio e potássio. Mineral do grupo dos feldspatóides
Alta previsibilidade e longevidade
Eficiência comprovada ao longo de 50 anos
Sistema Indireto de Resina Composta Fotopolimerizável - Podem ser utilizados em coroas, onlays, coroas venners ou
associados com fibras de reforço (Ribond ou Conect)

a) SIRCF

• Artglass, Solidex, VM-LC, Resilab

b) SIRCF com polimerização adicional por calor

• Conquest Sculpture

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c) SIRCF com polimerização adicional com calor e luz

• Targis/Vectris

d) SIRCF com polimerização adicional por calor sob pressão

• Belle Glass HP, SR Isosit, Chromasit

Próteses metal free (livres de metal)

Resinas

 Sorção de água

 Perda de brilho

 ↓Resistência

 Menor eficiência ao procedimento adesivo

Cerâmicas

 Propriedades ópticas

 Quimicam/e estáveis

 C.E.Térmica ≈ dente

 Boa compatibilidade biológica

 Resistência a compressão

 Resistência a abrasão

 Alta friabilidade

Componentes das Cerâmicas

Metais (Al, Ca, Li, Mg, K, Na, Sn, Ti e Zr)

Não-metais (Si, Br, F e O)

Classificação das cerâmicas

• Vermelha
• Branca - Grés , Faiança, Porcelana => Usos diversos e Uso odontológico
• Revestimento
• Refratário
• Alta tecnologia – Cerâmicas essencialmente de óxidos => Usos diversos e Uso odontológico
• Isolante térmico
• Cimento
• Vidro – Comum, Ceramizado => Usos diversos e Uso odontológico
• Cal
• Abrasivos

Cerâmicas essencialmente de óxidos

Óxido de alumínio (alumina)

Óxido de zircônio

Óxido de lítio

Óxido de magnésio

Porcelana Feldspática + Óxidos => resistência, tenacidade, opacidade, estética

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Infra-estrutura (coping)
 Resistente e opaca

 Ex.: In-Ceram, LAVA, Cercon, Procera

Cerâmica de cobertura (estética)


 Porcelana feldspática

 Porcelana feldspática aluminizada

 Vidro

Cerâmicas odontológicas: Ponto de fusão entre 900 e 1400°C

Classificação quanto ao método de processamento:


A. Estratificação (convencional)
B. Prensada
C. Slip-Cast
D. CAD/CAM

Estratificação (Convencional)

 Materiais utilizados

– Cerâmicas feldspáticas

– Feldspáticas reforçadas com leucita

 São realizadas sobre um modelo refratário

 Indicações

– Facetas laminadas

– Inlays e onlays

– Sobre copings (metálicos e cerâmicos)

Cerâmica Feldspática - Vantagens

 Reproduz as propriedades ópticas do esmalte

– Fluorescência, opalescência e translucidez

 Quimicamente estáveis

 Coef. Exp. Térmica ≈ dente

 Boa compatibilidade biológica

Cerâmica Feldspática – Desvantagens

 Alta friabilidade e difícil reparo

 Indicação restrita a dentes anteriores

 Exigência de término em degrau, uniforme, entre 1,0 a 2,0mm

 Porosidades internas

 Desajuste marginal

 Exemplos

– IPS Empress Esthetic veneer

– VITA VM7 e VM9

 Nota
Aceitam condicionamento com ácido hidrofluorídrico
Feldspáticas - Aplicação sobre refratários

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Tabela 1 - Características mecânicas e dimensões mínimas do conector em PPF de diversas cerâmicas/sistemas
cerâmicos livres de metal.
Cerâmica/Sistema cerâmico Estrutura do Material Técnica de Resistência à Indicações Dimensões mínimas do conector
Processamento flexão (MPa) (mm)

VITA VM7, VM9 Feldspática Convencional 100* Aplicação sobre coping Não indicada para PPF
(estratificada) cerâmico1, inlay2, onlay3,
4
faceta laminada
(Vita Zahnfabrik)

5
VITABLOC Mark II Feldspática CAD/CAM 110* 2-4, coroa total anterior Não indicada para PPF

VITABLOC TriLuxe

(Vita Zahnfabrik)

VITA PM9 (Vita Zahnfabrik) Feldspática Prensada Não informada 1-5 Não indicada para PPF

IPS Empress Esthetic (Ivoclar Feldspática com Prensada 160* 2-5, Não indicada para PPF
Vivadent) Leucita

IPS Empress CAD (Ivoclar Feldspática com CAD/CAM 160 2-5 Não indicada para PPF
Vivadent) Leucita

IPS e.max Press (Ivoclar Dissilicato de Lítio Prensada 400* 2-5, coroa total posterior6, 4x4a
Vivadent) PPF anterior 3
7
elementos

a
IPS e.max CAD (Ivoclar Vivadent) Dissilicato de Lítio CAD/CAM 360* 2-7 4x4

In-Ceram Spinell Aluminizada infiltrada Slip-Cast 350 5 Não indicada para PPF
por vidro

(Vita Zahnfabrik)

Bloco In-Ceram Spinell (VITA Aluminizada infiltrada CAD/CAM 400* 5 Não indicada para PPF
Classical) (Vita Zahnfabrik) por vidro

In-Ceram Alumina (Vita Aluminizada infiltrada Slip-Cast 500-600 5-7 4x3a


Zahnfabrik) por vidro

Bloco In-Ceram Alumina (VITA Aluminizada infiltrada CAD/CAM 500* 5-7 4x3a
Classical) (Vita Zahnfabrik) por vidro

In-Ceram Zircônia (Vita Aluminizada infiltrada Slip-Cast 600-800 5-7, PPF posterior 3 4 x 3 a,b
Zahnfabrik) por vidro com 35% de elementos8
zircônio parcialmente
estabilizado

Bloco In-Ceram Zircônia (VITA Aluminizada infiltrada CAD/CAM 600* 5-8 4 x 3 a,b
Classical) (Vita Zahnfabrik) por vidro com 35% de
zircônio parcialmente
estabilizado

a
In-Ceram 2000 AL Cubes (Vita Aluminizada CAD/CAM 550 5-7 3x3
Zahnfabrik) densamente
sinterizada

,b
In-Ceram 2000 YZ Cubes (Vita Zircônio estabilizado CAD/CAM 900 -1.000 5-8, PPF anterior e 3 x 3ª
Zahnfabrik) com ítrio posterior de até 4
elementos9

ª,b
Bloco IPS e.max ZirCAD Zircônio estabilizado CAD/CAM 900-1.000* 5-9, PPF anterior e 3x3
com ítrio posterior de até 6
elementos10

Procera Crown Alumina (Nobel Aluminizada CAD/CAM 690 5-7 3 x 2ª


Biocare) densamente
sinterizada

,b
Procera Bridge Zircônia (Nobel Zircônio estabilizado CAD/CAM 1200* 5-10, PPF de até 14 3 x 2ª
Biocare) com ítrio elementos11

a,b
Sistema Lava (3M ESPE) Zircônio estabilizado CAD/CAM 900-1200 5-10 3x3
com ítrio

Sistema Cercon (Dentsply, Zircônio estabilizado CAD/CAM 900-1.200 5-9 3 x 3 a,b


Ceramco) com ítrio

a-PPF anterior; b- PPF posterior, *informações do fabricante


Adaptado de: Mesquita, A.M.M; Souza, R.O.A; Miyashita, E – Restaurações cerâmicas metal free

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Prensada
 A restauração é encerada em modelo de gesso
 Técnica da cera perdida
 Fundição e prensagem da pastilha cerâmica
 Caracterização da restauração
– Extrínseca
– Cobertura com cerâmica feldspática
 Características
– Apresentam alta translucidez (Akgungor et al., 2005)
– Boa adaptação marginal (Studer et al., 1996)
– Monocromáticas
 Indicações convencionais
– Coroas parciais e totais anteriores e posteriores
 Nota
– Aceitam condicionamento com ácido hidrofluorídrico a 10%

 Exemplos

– Sistema Empress I (Ivoclar Vivadent)

• Cerâmica feldspática reforçada com leucita

– Sistema Empress II

• Cerâmica a base de dissilicato de lítio

– Sistema IPS e.max (Ivoclar Vivadent)

• Pastilhas IPS e.max press (cerâmica de dissilicato de lítio)

– Inlays, Onlays, Facetas laminadas, coroas anteriores, PPFs anteriores

• Pastilhas IPS e.max ZirPress (cerâmica de fluorapatita)

– Copings cerâmicos a base de zircônio estabilizado com ítrio

– Sistema VITA PM9

 Empress Esthetic , Empress 2, Finesse, Cergogold, Vitapress, Vision Esthetic, OPC

Empress II (exemplo)

Fase cristalina: Li2Si2O5 - 60% Dissilicato de Lítio

Condutos de alimentação - Sprue: Diâmetro: 3 mm, Comprimento: 3 a 8 mm

Monocromatismo, Pré Aquecimento, Desinclusão e Limpeza: Jateamento: esferas de vidro (50 µm) pressão de 2 bar

Espessura mínima: 0,8 mm, Acabamento, Técnica de Pintura ou maquiagem

Coping e Cerâmica de cobertura, Caracterização Extrínseca e Caracterização Intrínseca

Empress de IPS 2 vigamento: min. 0.8 mm

Dentina: 0.6 mm cervical, incisal 0.4 mm

Incisal: 0.1 mm cervical, incisal 0.3 mm

PREPARO DA PORCELANA DE DENTINA; A porcelana dentina é aplicada uniformemente sobre a infra estrutura;
Sobre a dentina aplicar o incisal, levar ao forno para a queima da porcelana; A peça é adaptada ao modelo original;
Feito os ajustes oclusais e incisais necessários; Após as queimas de porcelana e os ajustes necessários é feito o
glazeamento da peça; Comparar a cor escolhida com a escala do fabricante

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Slip-Cast

 Representante do sistema: In-Ceram (VITA)

 In-Ceram → “Infiltração cerâmica por vidro”

Técnica Slip Casting para confecção da infra-estrutura cerâmica

Troquel duplicado; Ultrasom; Barbotina → 70 a 85% de alumina; Óxido de Alumínio; Fase de escultura; Sinterizada
1100 C; Infiltrado do vidro 1150 C; Porcelana Vitadur / Vm7; Infiltração por vidro fundido (aluminossilicato de lântano) -
LaAl2O3SiO2 - Remoção de excessos com jatos de Al2O3

Subdivisões do sistema In-Ceram

 In-Ceram Alumina (Al2O3)

 In-Ceram Spinell (MgAl2O4)

 In-Ceram Zircônia (ZrO2)

In-Ceram Alumina

 Indicações

– Infra-estruturas de coroas unitárias anteriores e posteriores

– Infra-estrutura de PPFs de 3 elem/os anteriores até caninos

In-Ceram Spinell

 Tem maior translucidez e menor resistência que o In-ceram alumina

 Indicação

– Coroas unitárias anteriores (só incisivos)

In-Ceram Zircônia

 É o In-Ceram Alumina + 33% de ZrO2

 ↑ opacidade

 Indicação

– PPF de 3 elementos posteriores

Cerâmica de cobertura para todos os copings do sistema In-Ceram

Cerâmica feldspática microparticulada

↓ Opacidade

↑Translucidez

Sistemas cerâmicos quanto ao método de procecessamento:

 Por estratificação (convencional)

 Cerâmicas feldspáticas

 Cerâmicas feldspáticas reforçadas com leucita

 Prensadas

 Sistemas Impress I, II, IPS e.max, etc

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 Slip – Cast

 In-Ceram (Alumina, Spinell, Zircônia)

 CAD/CAM

 Cerec, Cercon, Procera, Lava

Sistema CAD/CAM

Computer Aided Design → Unidade Computadorizada Acessória

Computer Aided Machine → Unidade Fresadora Acessória

 Impressão ótica do preparo

– Scanner intra-oral

• (sistema Cerec 3, Sirona, Alemanha)

– Scanner modelos de gesso

• A laser (Cercon, Dentsply, Ceramco, USA)

• Infra-vermelho (Scaner inEos, Cerec in Lab, Sirona, Alem.)

• De contato (Procera, Nobel Biocare, Suiça)

Sistemas Cerâmicos Fresados:

CEREC (Sirona)

CELAY (VITA Zahnfabric)

PROCERA (Nobel Biocare)

CERCON (Dentsply/Ceramco)

LAVA All-Ceramic System (3M/ESPE)

 Sistema CAD/CAM - Vantagens


o Rapidez
o Dispensa modelos refratários
o Biocompatibilidade
o Ausência de metal
o Estética
o Durabilidade
o ↓Fraturas (pouca porosidade)
 Sistema de fresagem Cerec (Sirona – Alemanha)

Ceramic Reconstruction
 Cerec 1 - Pioneiro (1983)
 Cerec 2 – melhora significativa na adaptação marginal (Martin e Jedynakiewicz, 1999)
 Cerec 3 – restauração em 1 sessão (sem laboratório) (Pallesen e Van Dijken, 2000)
– Inlay, Onlay, Overlay, facetas, coroas parciais e totais em anteriores e posteriores
 Cerec inLab – desenvolvido em 2000
– Copings com 0,3mm de espessura

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 Sistema Procera
o Lançado pela Nobel Biocare em 1986
o Utiliza cerâmicas densamente sinterizadas
 A base de alumina (Procera Crown Alumina)
 A base de Zircônia (Procera AllZirkon)
• Copings com 0,4mm de espessura
o Scaneamento é realizado no Brasil
o Coping é fresado nos EUA ou Suécia
o Aplicação da cerâmica no laboratório

Ordem de procedimentos
1. Preparo do dente;
2. Moldagem;
3. Modelo / troquel
4. Escaneamento do troquel com o “scanner” PROCERA;
5. Envio dos registros do troquel, via “modem”, para a estação de produção;
6. Duplicação do troquel 20% maior;
7. Confecção do “coping” de alúmina sinterizada;
8. Prova na boca e seleção de cor;
9. Aplicação de cerâmica especial;
Ajuste da coroa e cimentação
®
Processo de produção – Procera AllCeram

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Preparo: Preparo em chanfro, Ângulos internos arredondados, Ausência de ângulos vivos
Através do escaneamento, a forma do preparo é transferida para a tela do computador. O coping é definido pelo técnico
dental. O primeiro passo é delimitar o término do preparo. Os arquivos são enviados via moden para as Unidades de
Produção.

 Sistema Cercon

o Utiliza blocos cerâmicos a base de óxido de zircônio estabilizado com ítrio

o Scaneamento a partir da

 Infra estrutura em cera

 Troquel de gesso → Imagem da infra-estrutura gerada em computador (CAD)

o Fresagem da infra-estrutura (↑30%) – CAM

o Indicações

 Coroas unitárias anteriores e posteriores

 PPFs com no máximo:

• 2 pônticos entre pilares

• 47mm de extensão

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 Tabela 2 - Classificação das cerâmicas quanto à sensibilidade ao ácido hidrofluorídrico 10% e tempo de
condicionamento.
Tipo de cerâmica Nome comercial Sensibilidade Tempo de
(microestrutura) condicionamento

Feldspática VITA VM7, VM9 Sensível 1minuto

VITABLOC Mark II e TriLuxe,

Feldspática com leucita IPS Empress CAD Sensível 1minuto

IPS Empress Esthetic, Ceramco 3,


Optec OPC

Fluorapatita IPS e.max Ceram Sensível 20 segundos

Dissilicato de Lítio IPS e.max CAD Sensível 20 segundos

IPS e.max Press

Aluminizada infiltrada por VITA In-Ceram Spinell VITA Resistente -


vidro In-Ceram Alumina VITA In-
Ceram Zircônia

VITA In-Ceram Classical Cubes

Aluminizada densamente Procera AllCeram Resistente -


sinterizada
VITA In-Ceram AL Cubes

Zircônio densamente Procera AllZirkon Resistente -


sinterizado

Zircônio estabilizado com Sistema Cercon Resistente -


ítrio
VITA In-Ceram YZ Cubes

IPS e.max ZirCAD

Adaptado de: Mesquita, A.M.M; Souza, R.O.A; Miyashita, E – Restaurações cerâmicas metal free

Parâmetros fundamentais para uma prótese metal-free

• Perfil do paciente (exigências)

-Internet
-Revistas
-Televisão
-Vida social

• Protocolo de observações clínicas

-Cor da raiz
-Possíveis retrações pré e pós cimentação
-Paralelismo
-Dificuldades de inserção em PPFs extensas
-Estrutura em monobloco
-Espaço oclusal
-Tomada de cor e informações adicionais ao laboratório
-Bons materiais para preparos e para moldagem

• Preparos para próteses metal “Free”


o Chanfro Largo
o Ombro arredondado

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