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EDUCAÇAO AMBIENTAL NA ESCOLA – Perspectivas de mudanças

comportamentais na alimentação e convívio social.

Glauco Yves Gomes dos Santos Rocha, Graduado do curso de Engenharia


Agronômica da Universidade Federal de Alagoas-CECA, Rio Largo, AL, (082)9995-
2150, email: glaucoyves@msn.com.

Profª. Drª.Lígia Sampaio Reis, Campus Delza Gitai, Centro de Ciências Agrárias,
Universidade Federal de Alagoas , Rio Largo, AL, email: lsr@fapeal.br

Resumo

O presente trabalho surgiu da necessidade de capacitar os professores, alunos


e pais com relação à formação de uma horta orgânica, um trabalho de educação
ambiental, coleta seletiva e reciclagem do lixo desta maneira gerando uma melhoria no
comportamento em relação ao meio ambiente. Observando o espaço físico existente
na Escola Especial Professor Wandette Gomes de Castro, os professores que
participam do Programa de Educação Ambiental Lagoa Viva com parceria do aluno
graduando de Engenharia Agronômica, também participante do Programa Lagoa Viva,
desenvolveram um projeto de capacitação para atender as necessidades da realidade
citada, criando assim, uma alternativa de aulas práticas- teóricas que
desenvolverá nos professores, alunos e pais mudanças de comportamento através de
aprendizagem sobre o meio ambiente e formação de um mercado informal com
alimentos.

Justificativa

O projeto educação ambiental na escola – perspectivas de mudanças


comportamentais na alimentação e convívio social, justifica-se pela necessidade de
perspectivas de um futuro e um ambiente de estudo para professores, alunos e pais
gerando a inclusão social de crianças e jovens especiais, além de gerar oportunidades
de ocupação sobre sustentabilidade, aprendizagem de hábitos alimentares saudáveis,
mercado informal e um campo extra classe de atividade pedagógica (BRANDÃO, C.I.;
BRANDÃO, R.F, 1996). Observando o espaço físico existente na escola para o
desenvolvimento de uma horta orgânica, um trabalho de educação ambiental, coleta
seletiva e reciclagem do lixo juntamente com os professores que participam do
Programa de Educação Ambiental Lagoa Viva com parceria do graduando de
Engenharia Agronômica, também participante do Programa Lagoa Viva, elaboraram
um projeto para atender as necessidades da realidade citada, criando assim, uma
alternativa de aulas práticas - teóricas que capacite os professores e pais para
inclusão dos alunos especiais nas atividades relacionadas ao meio ambiente tendo a
formação de um mercado informal de produtos orgânicos.

Objetivos

Geral:
Capacitar os professores, alunos e pais da Escola Especial a cultivar produtos
orgânicos na horta e produzir através da atividade de educação ambiental uma
melhoria de comportamento ambiental, hábitos alimentares mais saudáveis, campo de
atividades pedagógicas para os alunos e gerar renda para a escola, tornando-os
multiplicadores dessa técnica e incentivando o interesse pela educação ambiental
melhorando sua qualidade de vida, sendo assim um campo de vivência para o
graduando do curso de agronomia.

Específicos:

1. Ensinar técnicas para produção de horta orgânica;

2. Preparar irrigação de baixo custo utilizando a reciclagem;

3. Ensinar o manejo do solo;

4. Produzir adubo orgânico pela compostagem e ensinar a aplicação de adubo


químico no solo;

5. Coleta seletiva do lixo;

6. Reciclagem do lixo;

7. Desenvolver oficinas com os setores de artes plásticas e cozinha


experimental;

8. Aplicar as boas práticas no processo de formação de alimentos na cozinha


experimental;

9. Estimular a busca de novos recursos pedagógicos para portadores de


necessidades especiais utilizando a Matemática;

10. Formar um mercado informal com o excedente dos alimentos que não foram
absorvidos pela cozinha experimental.

Metodologia

A metodologia e diretrizes adotadas permitirão o envolvimento de alunos,


professores e pais em um trabalho multidisciplinar em que todos os envolvidos se
comprometeram em realizar os objetivos propostos. Para o cumprimento das
atividades realizadas serão desenvolvidos tabelas, textos explicativos e aulas práticas
na capacitação dos professores, pais e alunos monitores que repassará para os
alunos. Utilizando esses recursos será ensinado como plantar hortaliças, manejo com
as culturas, época de plantio, plantios de mudas frutíferas, jardinagem etc. A escola
disponibilizou área para a elaboração da horta, atividade de educação ambiental,
coleta seletiva e reciclagem do lixo capacitando professores, principalmente os
envolvidos no Programa de Educação Ambiental Lagoa Viva e materiais para a
realização da atividade.

Serão plantadas algumas mudas na horta que serão elas: couve, pimentão,
tomate, cebolinha, macaxeira e coentro. Utilizando como adubo orgânico, esterco de
gado doado, pela Fazenda 5 irmãos do Município de Cajueiro do Estado de Alagoas
misturado a compostagem (que foi desenvolvida na escola seguindo a recomendação
de Fernandes, 1985) para que aumente a quantidade de decompositores da matéria
orgânica.

Formação de um mercado informal com os alunos monitores e tudo que for


produzido na horta serão destinadas à cozinha experimental para que seja agregado
valor ao produto e aumente assim o lucro, logo todos os alunos envolvidos receberão
uma gratificação para que tenha um maior incentivo e desejo pelo projeto.

Realizará auto avaliação constante do projeto, através de debates com a


direção da escola e a orientadora do projeto e um relatório final, a fim de proporcionar
continuidade aos trabalhos.

Obedecendo as recomendações da Embrapa, Luz (1998) e Secretaria de


Agricultura, pecuária e abastecimento para manejo ideal na obtenção de bons
resultados das culturas que serão trabalhadas.

Será coletado amostras de solo da escola para ser analisada nos laboratórios
de Química do Solo e Fitopatologia do Centro de Ciências Agrárias, para
posteriormente serem tomadas as medidas mais precisas e implantar o uso, manejo
de conservação do solo com um maior monitoramento.

Na elaboração paisagística será implantado um jardim que contenha forma


geométrica, utilizando fruteiras, e de espaçamento para fornecer aos alunos um
campo de estudo matemático.

Para coleta seletiva do lixo será realizado uma palestra educativa, ministrada
pelo graduando de agronomia, para os professores, alunos e pais no pátio interno da
escola, onde nas 10 bombonas, doadas pela Empresa Braskem, que já estão em
locais definido uma identificando plástico e outra papel.

Todo o material recolhido será vendido para empresas que trabalham com
esses materiais.

CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
MÊS/ANO
ATIVIDADES MAI JUN JUL AGOS SET OUT NOV DEZ

Analise do solo X X X

Plantio das fruteiras X X X X X X X

Desenvolvimento da X X X X X X X X

sementeira

Marcação e X X X X X X X X

formação dos
canteiros da horta

Preparo do solo X X X X X X X

Plantio da horta X X X X X

Desenvolvimento do X X X X X X X

projeto paisagístico

Prensa das garrafas X X X X X

para venda

Formação do X X X X X

mercado informal

Preparo do relatório X X X X

Divulgação em X X X X

Congresso

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRANDÃO, C.I.; BRANDÃO, R.F. Alimentação Alternativa, Centro de Pastoral


Popular.Editora Redentorista. Brasília. 1996.
DUTRA-DE-OLIVEIRA, J.E; CUNHA, S.F.C; MARCHINI, J.S. A Desnutrição dos Pobres
e dos Ricos: Dados sobre a alimentação no Brasil. Editora Sarvier. São
Paulo.Brasil. 1996.

DUTRA-DE-OLIVEIRA, J. E; MARCHINI, J.S.Ciências Nutricionais. Editora Sarvier.


São Paulo.Brasil. 1998.

Embrapa - Centro Nacional Pesquisa Hortaliças

Horta Escolar, Secretaria de Educação, Cultura e Esportes – Prefeitura Municipal


de Jundiaí, 2003.
LUZ, V.P. Técnicas Agrícolas. 9ª edição. Volume1. Editora Ática. 1998.

Ministério da Saúde, Alimentos regionais, Versão preliminar, Brasília, 2000.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Alimentos Regionais. Versão preliminar. Brasília. 2000.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política nacional de alimentação e nutrição. Brasília,


2000.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Como evitar a Deficiência de Iodo. Programa de Controle


da Qualidade do Sal. Brasília. 2000.

NOBREGA, F.I. Distúrbios da nutrição. Editora Revinter. Rio de janeiro. 1998.

SILVA, R.C.S; SANTOS, T. Alimentação escolar no Estado do Rio de Janeiro. Anais


do XV Congresso brasileiro de Nutrição. Brasília, 1998.

Secretaria de Agricultura, pecuária e abastecimento

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