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SANTOS, Breno Amaral; CLÁUS NETO, David Fernandes. (2018). Tijolo Ecológico
Proveniente de Resíduos de Marmorarias da Cidade de Teixeira de Freitas – Ba. 57
f. Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Faculdade do Sul da Bahia – FASB,
2018.
SANTOS, Breno Amaral; CLÁUS NETO, David Fernandes. (2018). Ecological Brick
from Residues of Marmoraria of the City of Teixeira de Freitas - Ba. 57 f. Trabalho de
Conclusão de Curso (graduação) – Faculdade do Sul da Bahia – FASB, 2018.
Since the great demand has been placed on the building materials industry, especially
in the last decade, due to the population increase that causes a chronic shortage of
building materials, civil engineers have been challenged to convert waste into useful
building materials. Recycling of waste as a raw material alternative can help to end the
depletion of natural resources, conservation of non-renewable resources,
improvement of public health and safety concerns with environmental issues and
reduction of waste disposal costs. Much of the waste produced during the process of
granite rock reclamation is a source of concern and concern for environmentalists. This
waste, known as abrasive sludge, is often dumped in inappropriate places such as
landfills, road margins and rivers causing large environmental impacts. The present
work has as main objective to evaluate the reuse and incorporation of the abrasive
sludge in the production of ecological brick. The effects of these residues on the
properties of the bricks as physical and mechanical properties will be reviewed and
recommendations for future research, as the consequences of this review arise. This
revised approach to making bricks from abrasive slurry is useful to provide a potential
and sustainable solution.
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 14
OBJETIVOS...................................................... Error! Bookmark not defined.
Fabricação ..................................................................................................... 20
Vantagens...................................................................................................... 24
AMOSTRAGEM .............................................................................................. 38
ENSAIO RELATIVO ÀS DIMENSÕES DOS TIJOLOS ECOLÓGICOS .......... 38
ENSAIO DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO SIMPLES DOS TIJOLOS
ECOLÓGICOS .......................................................................................................... 38
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................... 40
CARACTERIZAÇÃO DO SOLO ..................................................................... 40
DIMENSÕES .................................................................................................. 45
ENSAIOS DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO SIMPLES ........................... 46
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 49
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 50
APÊNDICE ................................................................................................................ 55
APÊNDICE A – PROCESSO DE FABRICAÇÃO DOS TIJOLOS.............................. 55
APÊNDICE B – PROCESSO DE MEDIÇÃO DOS TIJOLOS .................................... 56
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1 INTRODUÇÃO
método, investigar se este tipo de material será bem aceito pelos habitantes da cidade.
Para desenvolvimento deste trabalho a principal parceira foi a empresa CIMAGRAN
Design Marmoraria.
O objetivo desse trabalho, não é somente o público nobre por ser um tijolo com
uma elegante estética, mas também visa passar para as marmorarias da cidade, que
os resíduos gerados no polimento de peças, podem ser empregados em outras áreas,
contribuindo para o meio ambiente e tendo um ganho econômico considerável.
Da parte do mercado que utiliza tijolos estruturais, a mais forte tendência são
os tijolos ecológicos, produzidos pela técnica conhecida como solo-cimento.
Resistentes o suficiente para aguentar um peso de duas toneladas, em média, quase
dez vezes mais do que suportam os blocos cerâmicos, eles podem ser usados na
fabricação de casas inteiras (ALENCAR, 2011).
Neste texto, tem-se como objetivo geral avaliar o reaproveitamento e
incorporação da lama abrasiva na produção de tijolo ecológico. Para alcançar este
objetivo faça-se necessário a defensão dos seguintes objetivos específicos.
Caracterizar a lama abrasiva e o solo utilizado na confecção dos tijolos;
Avaliar características físico-mecânicas dos tijolos produzidos;
Analisar o processo de fabricação dos tijolos de solo-cimento.
Neste projeto de pesquisa, pretende-se promover uma destinação dos resíduos
de marmoraria utilizando a lama abrasiva para a confecção de tijolo ecológico. Através
de pesquisas iniciais, observou-se que as marmorarias da cidade de Teixeira de
Freitas geram uma grande quantidade de lama abrasiva durante o processo de
produção. Algumas empresas pagam para que terceiros possam coletar esses
resíduos ou até mesmo deixam o material em sua própria fábrica, causando assim um
mal-estar nos funcionários, pois com um tempo a lama seca até que se transforma em
pó, causando assim doenças ocupacionais.
Com a grande geração de resíduos nas marmorarias da cidade de Teixeira de
Freitas, é de grande importância a inclusão da lama abrasiva na confecção do tijolo,
o que contribuirá diretamente na economia da cidade, além de trazer benefícios para
o meio ambiente. Vale salientar que para o processo de cura, o tijolo ecológico não
necessita da queima de biomassa, ou seja, não há queima de madeira. Deste modo,
não há liberação de fumaça para a atmosfera.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
O homem usou o tijolo para construir o propósito por milhares de anos, não se
sabe a data exata da criação dos tijolos, mas os modelos mais antigos que se tem
registro datam de pelo menos 7.000 anos a.c., o que os torna um dos mais antigos
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TIJOLO DE SOLO-CIMENTO
Histórico e Definição
Fabricação
Durante a cura, os tijolos têm de ser molhados durante o período de sete dias
para que os próprios se mantenham úmidos. O procedimento de cura do tijolo de solo
cimento tem por objetivos: evitar que a água de amassamento e hidratação do
cimento, localizada na exterioridade do tijolo, se dissipe, manter um controle da
temperatura do material até que o mesmo tenha o nível de resistência desejado e
abastecer com mais água ao longo das reações de hidratação no qual for necessário
(RIBEIRO, 2013).
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Vantagens
ROCHAS ORNAMENTAIS
Fonte: GOMES et al., (2004, p.15, apud REIS; ALVAREZ, 2007, p. 514).
Ribeiro (2013) ressalta que a lama é jogada inúmeras vezes a céu aberto em
áreas de aterros, e em seguida sofrer evaporação transforma-se em pó. Em alguns
casos são jogadas diretamente em rios e lagos sem verificar antes por nenhuma
análise, contaminando as águas de nascentes e córregos, além de poluir o ar e o solo.
Essa lama também é descartada em aterros sanitários ou lagoas de decantação. Seu
teor de água é drasticamente reduzido e o pó de pedra resultante disso, apresenta
vários impactos ambientais. O pó de pedra oscila no ar, voa e deposita na vegetação
e na colheita. Tudo isso afeta significativamente o ambiente e os sistemas locais.
(MOTHÉ FILHO; POLIVANOV; MOTHÉ, 2005).
se percebe que a possibilidade de utilizar este resíduo, pode ser uma oportunidade
de negócio.
De acordo Pontes e Stellin Júnior (2005), os minerais constituintes do resíduo
(pó de serraria) podem ser usados para fins mais nobres, na indústria cerâmica, e de
construção civil (argamassa de assentamentos, argamassa de revestimento interno e
externo etc.).
Em relação aos métodos de gerenciamento de resíduos, esses tipos de
resíduos precisam ser tratados com soluções sólidas como reutilização, redução e
reciclagem, em vez de serem acumulados em aterros sanitários, ou dispostos em
cursos d'água e em torno das instalações de produção, causando problemas
ambientais e de saúde. Neste contexto, a industrialização de rochas ornamentais
necessita se conscientizar da responsabilidade de fazer mineração autossustentável,
ou seja, com respeito ao meio ambiente e à comunidade (PONTES; STELLIN
JÚNIOR, 2005).
A pasta de pedra é uma substância semilíquida que consiste em partículas
originadas dos processos de corte, composta de quatro elementos: água, cal, pó de
pedra e granalha usada para resfriar e lubrificar as máquinas de corte e polimento,
onde as proporções variam dentro de amplos limites em função da experiência e
peculiaridades dos serradores. Esses resíduos gerados causam desvantagens
ambientais, de saúde e econômicas (AGUIAR, 2012).
A utilização da lama abrasiva na fabricação de tijolos ecológicos é uma das
maneiras de reciclá-la, proporcionando assim o propósito dos processos da
construção de um conhecimento científico, associando as aplicações tecnológicas e
suas questões ambientais (MOTA et al., 2011). Os mesmos autores salientam que a
adição dos resíduos para a fabricação de tijolos ecológicos é uma excelente
possibilidade para o aproveitamento desses resíduos, sendo uma nova proposta para
combater o déficit habitacional.
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3 MATERIAIS E MÉTODOS
MATERIAIS
MÉTODOS
Brasileiras (NBR): NBR 6459 (ABNT, 2016), NBR 7180 (ABNT, 1984), NBR 6457:
(ABNT, 2016), NBR 8491 (ABNT, 2012), NBR 8492 (ABNT, 2012) apresentados a
seguir.
LIMITES DE CONSISTÊNCIA
Este ensaio baseia-se na NBR 6459. Nela é especificado que antes de iniciar
o ensaio, deve-se realizar a inspeção do Aparelho de Casagrande:
Fonte: CAPTURADA
Fonte: CAPTURADA
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Fonte: CAPTURADA
3. Dividiu-se a massa de solo em duas partes, passando o cinzel através da
mesma, de modo a abrir uma ranhura em sua parte central, normal à
articulação da concha; O cinzel foi se deslocando perpendicularmente à
superfície da concha; As operações (2) e (3) foram feitas com a concha na
mão do operador (FIGURA 11).
Fonte: CAPTURADA
Fonte: CAPTURADA
5. Transferiu-se imediatamente uma pequena quantidade do material de junto
das bordas que se uniram para um recipiente adequado para determinação
da umidade, conforme a NBR 6457:2016 (FIGURAS 13 E 14);
Fonte: CAPTURADA
Fonte: CAPTURADA
1. Transferiu-se o restante da massa para a bacia de porcelana. Lavado e
enxugado (toalha de papel) a concha e o cinzel;
2. Adicionou-se água destilada a amostra e homogeneizar durante um a três
minutos, amassando e revolvendo vigorosa e continuamente com auxílio da
espátula;
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Fonte: CAPTURADA
AMOSTRAGEM
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
CARACTERIZAÇÃO DO SOLO
Limite de Liquidez
Cápsula (g) 1 2 3 4 5
Tara (g) 6,81 6,96 7,01 6,04 6,09
Amostra Úmida + Tara (g) 54,47 52,71 52,60 53,61 43,98
Amostra seca + Tara (g) 40,87 39,47 42,4 42,96 39,8
Total de Golpes 21,00 21,00 23,00 25,00 30,00
Água (g) 13,60 13,24 10,20 10,65 4,18
Solo (g) 34,06 32,51 35,39 36,92 33,71
Umidade 39,93% 40,73% 28,82% 28,85% 12,40%
Fonte: AUTORIA PRÓPRIA
29 28,82
28
27
26
25
24
23
22
21
20
19
18
17
16
15
14 12,4
13
12
11
10
20,00 25,00 30,00 35,00
NUMERO DE GOLPES
Esta foi rolada em cima da placa de vidro com pressão suficiente da palma,
transformando a bola em um cilindro.
Neste ensaio, observa-se a fragmentação da amostra. Se ela se fragmentar
antes do cilindro atingir os 3 mm, devolver a amostra para a capsula, acrescentar água
destilada e revolver vigorosamente durante 3 minutos, e repetir o processo
novamente. Se caso a amostra não se fragmentar antes dos 3 mm, leva-la a cápsula
de porcelana novamente, para também repetir o processo. Conforme orienta a norma,
este ensaio foi repetido no mínimo 3 vezes para se obter o valor da umidade. Os
resultados foram tabulados e lançados na Tabela 5 a seguir.
IP LL - LP
IP 27,15%-14,08%
IP 13,07%
Fonte: AUTORIA PRÓPRIA
43
IG -0,43% ADOTAR IG = 0
Fonte: AUTORIA PRÓPRIA
DIMENSÕES
Fonte: CAPTURADA
Fonte: CAPTURADA
Conforme a norma NBR 8491 (ABNT, 2012) define o comprimento (C) como a
maior dimensão das faces de assentamento. A largura (L) como a menor dimensão
das faces de assentamento e a altura (H) como a distância entre as faces de
assentamento. As dimensões nominais que os tijolos precisam apresentar de acordo
a NBR 8491 (ABNT, 2012) são apresentadas na Tabela 12.
Tabela 14: Valores das resistências à compressão dos tijolos da mistura com lama abrasiva
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MOTTA, Jessica Campos Soares Silva et al. Tijolo de Solo-Cimento: Análise das
características físicas e viabilidade econômica de técnicas construtivas
sustentáveis. Belo Horizonte: E-xata, 2014. 13-26 p.
APÊNDICE
Fonte: CAPTURADA
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Fonte: CAPTURADA