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Ecossistema educacional
Ecossistema educacional
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Não parece haver muita dúvida que a educação, para evoluir, precisa funcionar como se fora um
ecossistema, ou seja: com todos os seus fatores constituintes em permanente interação;
capacidade de auto-organização e evolução; a absorver tudo o que é capaz de produzir, mas sem
gerar conhecimentos inúteis; capacidade de superar-se; e a garantir estabilidade nas relações
mantidas por seus fatores básicos.
Na teoria, um sistema ecológico decorre das relações ambientais espontâneas mantidas entre
seus fatores básicos, quais sejam, o ar, a água, o solo, a flora, a fauna e o homem. Embora
diversos em essência, na educação também existem fatores que são lhes básicos para possuir
desempenho: aluno, professor, escola, curso, comunicação e prática.
Muitas das ciências existentes, senão todas, decorreram da capacidade do homo sapiens em
observar como os organismos e as coisas funcionavam. Essa assertiva fica mais evidente caso se
tome como exemplos a Biologia, a Ecologia e a Geologia.
Os trabalhos realizados por Charles Darwin são uma bela demonstração desse fato. Foram feitos
através da simples observação, por um homem disposto a explicar a evolução de seres vivos.
Dessa forma, é possível concluir que Darwin foi, ao mesmo tempo, aluno, professor, escola e
prática, um soberbo pesquisador.
Nos ecossistemas primitivos as relações ambientais mantidas entre seus fatores componentes
são de natureza física, química, biótica, econômica, social e política. Já no ecossistema
educacional essas relações são, sobretudo, de caráter cultural.
A ser assim, educação de qualidade precisa obter a dedicação de alunos ao aprendizado, desde
que motivados por seus professores, a qualidade da escola, a objetividade dos ensinamentos
transmitidos e a imprescindível prática contínua do que foi apreendido.
Educação brasileira
Em geral, a educação pública no Brasil, nos níveis fundamental e médio, é de péssima qualidade.
Lidera a evasão escolar no continente Americano. O MEC, bem como Conselhos federal e
estaduais de educação, mantém exagerada burocracia, que impede a melhoria dos modelos de
ensino, da renda dos professores e do interesse dos alunos.
O cenário atual é tão degradante, que não adianta fazer reformas ou revoluções no ensino atual.
É necessário repensar a estrutura desta instituição, suas relações com a saúde, a ciência e o real
desenvolvimento do país. Repensar, de forma a torna-la um ecossistema ambiental, capaz de
evoluir por si próprio.
A visão sistêmica que se tem acerca da possível deste setor encontra-se sumarizada no artigo
Ambientologia para a Educação, publicado em 8 junho de 2015. Leia e, caso acredite, ofereça
suas contribuições e melhorias.