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Resumo Administração
Resumo Administração
Celso Hamaty 1
Resuminho 1:
1. Administração Científica 1903 Início da industrialização
2. Teoria Clássica 1916 Estabilidade
Era Clássica
Pouca mudança
(1900 – 1950) 3. Relações Humanas 1927 Previsibilidade
4. Teoria da Burocracia 1940 Regularidade e certeza
5. Teoria Estruturalista 1950
6. Teoria de Sistemas 1951 Desenvolvimento Industrial
Era Neoclássica Aumento da mudança
7. Teoria Neoclássica (APO) 1954
(1950 – 1990) Fim da previsibilidade
8. Teoria Comportamental (DO) 1957 Necessidade de inovação
9. Teoria da Contingência 1972
Organizações de Aprendizagem/Conhecimento Tecnologia da Informação
Globalização
Ênfase na:
Era da Ênfase nos serviços
Produtividade
Informação Aceleração da mudança
Qualidade
(Após 1990) Imprevisibilidade
Competitividade
Instabilidade e certeza
Cliente
Globalização
OBS: de um modo geral, a Abordagem Clássica pode ser desdobrada em duas orientações bastante diferentes e, até certo ponto,
opostas entre si, mas que se complementam com relativa coerência:
Administração Científica
Teoria Clássica da Administração
Resuminho 2:
Ênfase Teorias Administrativas Principais Enfoques
Nas tarefas Administração Científica Racionalização do trabalho no Nível Operacional
Teoria Clássica Organização formal
Princípios gerais da Administração
Teoria Neoclássica Funções do administrador
Organização formal burocrática
Teoria da Burocracia
Na estrutura Racionalidade organizacional
Múltipla abordagem:
Organização formal e informal
Teoria Estruturalista
Análise infra-organizacional
Análise inter-organizacional
Teoria das Relações Humanas Organização informal
Motivação, liderança, comunicações e dinâmica de
Teoria do Comportamento Organizacional
grupo
Nas pessoas Estilos de Administração
Teoria das decisões
Teoria do Desenvolvimento Organizacional
Integração dos objetivos organizacionais e
individuais
Análise infra-organizacional e análise ambiental
Teoria Estruturalista
Abordagem do sistema aberto
No ambiente
Análise ambiental (imperativo ambiental)
Teoria da Contingência
Abordagem do sistema aberto
Na tecnologia Teoria da Contingência Administração da Tecnologia (imperativo tecnológico)
2 Celso Hamaty
CAPÍTULO 2 – AS ESCOLAS DA ADMINISTRAÇÃO
Críticas:
A superespecialização robotiza o operário
Visão microscópica do homem
Ausência de comprovação científica
Abordagem incompleta – apenas organização formal
Limitação do campo de aplicação
Abordagem prescritiva e normativa
Tipicamente de sistema fechado
Celso Hamaty 3
2. Teoria Clássica FAYOL
França
HENRI FAYOL
Teoria que estabelece uma forma de administrar dando ênfase à maneira correta de se estabelecer
a estrutura organizacional e as responsabilidades dos administradores, por meio da
compreensão precisa e metódica do trabalho
Aumentar a eficiência através da forma e disposição dos órgãos
Ênfase na Anatomia (estrutura) e na Fisiologia (funcionamento)
De cima para baixo
Do todo para as partes
Ênfase na Estrutura Organizacional: departamentalização (horizontal) – pode ser feita segundo
diversos fatores: por produto, por clientela, por projetos, por área geográfica; e níveis de autoridade
(vertical)
Críticas:
Abordagem simplificada da organização formal, deixando de lado a organização informal
Ausência de comprovação científica
Mecanicismo de sua abordagem: Teoria da Máquina
Abordagem de sistema fechado
4 Celso Hamaty
3. Teoria das Relações Humanas MAYO
EUA
Teoria baseada no princípio de que a remuneração não era suficiente para motivar os
empregados a conseguir resultados favoráveis; ela preconizava que era necessário manter o
“moral” do pessoal elevado e, para isso, o importante seria manter um ambiente agradável e
humano na empresa, além da remuneração adequada
Desloca a preocupação da Tarefa e Estrutura para a preocupação com as pessoas
Surgiu com a experiência de HAWTHORNE (é um lugar), em 1927, coordenada por ELTON MAYO
O aperfeiçoamento dessa teoria, dentro de um enfoque mais holístico, deu origem à Teoria
Comportamental
Novas variáveis:
Integração social
Comportamento social dos empregados
Necessidades psicológicas
Novas formas de recompensa e sanções não materiais
Estudo dos grupos informais e da chamada organização formal
Despertar das relações humanas dentro das organizações
Ênfase nos aspectos emocionais e não racionais
Importância do conteúdo dos cargos e tarefas
Críticas:
Visão inadequada dos problemas de relações industriais
Limitação no campo experimental
Parcialidade nas conclusões
Levou um certo
Concepção ingênua e romântica do operário descrédito a essa teoria
Celso Hamaty 5
4. Teoria da Burocracia WEBER
MAX WEBER – criador
Ao redor dos anos 40
Teoria que enfatiza formalização, divisão do trabalho, hierarquia, impessoalidade, profissionalização
e competência técnica dos funcionários
Surgiu em função:
Fragilidade das Teorias Clássicas e das Relações Humanas (contraditórias)
Necessidade de um modelo que abordasse todas as variáveis
Crescimento do tamanho e da complexidade das empresas
Ressurgimento da Sociologia da Burocracia: “um homem pode ser pago para agir e se comportar
de maneira preestabelecida, bem explicada e as emoções não podem interferir no seu
desempenho”.
Baseia-se na racionalidade
Origem no novo conjunto de normas morais: ética protestante
As regras partem de cima
Características:
1. Caráter legal das normas e regulamentos – exaustivos, por escrito
2. Caráter formal das comunicações – por escrito
3. Caráter racional e divisão do trabalho – cada participante deve saber a sua tarefa
4. Impessoalidade nas relações
5. Hierarquia de autoridade – reduzir o atrito
6. Rotinas e procedimentos estandartizados – regras e normas regulam a conduta
7. Competência técnica e meritocracia – escolha baseada no mérito
8. Administração separada da propriedade – os administradores não são os donos
9. Completa previsibilidade do funcionamento
10. Profissionalização dos participantes
Especialista
Assalariado
Ocupante de cargo
nomeado pelo superior
Mandato indeterminado
Segue carreira
Não possui a propriedade dos meios de produção
Comparando o que estudamos até agora, percebemos que Taylor procurava meios e métodos
científicos para realizar o trabalho, e sua maior contribuição foi para a gerência; Fayol teve sua
maior contribuição para a direção e Weber teve sua maior contribuição para a organização como
um todo. Vemos que, todos os três se preocupavam com os componentes estruturais da
organização.
6 Celso Hamaty
5. Teoria Estruturalista
Surgiu a partir das críticas à rigidez e impessoalidade da Teoria da Burocracia, que tendia a
transformar uma organização num sistema fechado
Os estruturalistas foram precursores da abordagem sistêmica, isto é, visualização como um
sistema aberto, em permanente interação com o ambiente externo no qual está inserida
Procura definir tipos de organizações conforme as atividades executadas
O todo é maior do que a soma das partes
Abordagem múltipla e globalizante: organização formal e informal
Sanções materiais e sociais
Devem ser considerados todos os tipos de organizações
Utilização de tipologia organizacional: simples e unidimensional, baseada nos tipos de controle
Características das organizações:
Divisão do trabalho
Centros de poder
Substituição de pessoal
Celso Hamaty 7
6. Teoria de Sistemas
A teoria dos sistemas foi idealizada pelo biólogo Ludwig von Bertalanffy num esforço para criar
princípios aplicáveis a todos os ramos do conhecimento
A partir dessa teoria, alguns princípios usados em biologia aplicam-se à física, à química e às
organizações sociais, variando a forma de aplicação conforme as características dos sistemas
todo organismo vivo é essencialmente um sistema aberto tendência para a integração nas
várias ciências naturais e sociais
As organizações são sistemas abertos, isto é, estão inseridas num ambiente do qual importam
insumos e para o qual exportam sues outputs decorrência da Teoria Geral de Sistemas teoria
que vê a organização como um todo integrado, constituída de partes que interagem entre si, e
inserida num ambiente com o qual interage permanentemente
Principais características:
Ponto de vista sistêmico – 5 partes básicas: entrada, processo, saída, retroação e
ambiente;
Abordagem dinâmica, multidimensional, multinivelada, multimotivacional, probabilística,
multidisciplinar, descritiva, multivariável e adaptativa
8 Celso Hamaty
Características dos sistemas abertos:
Importação de
1 energia
Eles importam alguma forma de energia do ambiente externo
4 Ciclo de eventos O padrão de atividades de uma troca de energia tem caráter cíclico
Os inputs (ou insumos) para os sistemas vivos não consistem somente em
Input de
informação, materiais contendo energia, os quais se transformam ou são alterados pelo
6 feedback negativo trabalho
e processo de
Os inputs são também de caráter informativo e proporcionam sinais à estrutura
codificação
sobre o ambiente e sobre seu próprio funcionamento em relação a ele
LEMBRE-SE:
Celso Hamaty 9
Burns e Stalker – entendem que há 2 tipos extremos de organização, entre os quais se situam
muitos tipos intermediários:
1. Sistema Mecânico – é adequado a condições relativamente estáveis de
tecnologia e mercado
2. Sistema Orgânico – é apropriado a condições de mudanças que dão
origem constantemente a novos problemas e requisitos imprevistos para ações, que não
podem ser desmembradas e distribuídas automaticamente pelos papéis funcionais
definidos dentro da estrutura hierárquica
Poucas organizações situam-se num dos extremos. As organizações que tendem para o
sistema mecânico acabam sendo menos abertas, mais hierarquizadas, menos flexíveis e
mais difíceis de mudar, por isso só costumas ser apropriadas para ambientes estáveis
Leis da 5ª disciplina:
1. Os problemas de hoje provêm das soluções de ontem
2. Quanto mais você insiste, mais o sistema resiste
3. O comportamento melhora antes de piorar
4. A saída fácil geralmente nos conduz de volta à porta de entrada
5. A cura pode ser pior que a doença
6. Mais rápido significa mais devagar
7. Causa e efeito não estão intimamente relacionadas no tempo e no espaço
8. Pequenas mudanças podem produzir grandes resultados – mas as áreas de
maior alavancagem são geralmente as menos evidentes
9. Você pode assoviar e chupar cana – mas não ao mesmo tempo
10. Dividir um elefante ao meio não produz dois elefantes pequenos
11. Não existem culpados
10 Celso Hamaty
7. Teoria Neoclássica
Teoria Neoclássica ou Escola Operacional ou do Processo Administrativo
Utilização dos conceitos da Teoria Clássica sem os exageros e distorções
Características:
Ênfase na prática da Administração
Reafirmação relativa (e não absoluta) dos postulados clássicos
Ênfase nos princípios clássicos da Administração
Ênfase nos resultados e objetivos
Ecletismo aberto e receptivo
EUA
A APO é um conjunto de procedimentos pelos quais a administração superior e as gerências
identificam as metas de cada unidade, definem a quem cabe a responsabilidade para atingir essas
metas e estabelecem os compromissos que cada um deve assumir para conseguir alcançá-las
Peter F. Drucker – criador
Modelo Administrativo Identificado com a Teoria Neoclássica
Objetivos anuais e de longo prazo
Características:
Estabelecimento conjunto de objetivos entre o executivo e o seu superior
Estabelecimento de objetivos para cada departamento ou posição
Interligação entre os objetivos departamentais
Elaboração de planos táticos e de planos operacionais, com ênfase na mensuração e no controle
Contínua avaliação, revisão e reciclagem dos planos
Participação atuante da chefia
Apoio intenso do staff durante os primeiros períodos
Os objetivos têm que ser: no trabalho e não no homem, detalhado, fácil linguagem, tragam
resultados, específicos, dentro dos princípios da administração, devem ser difíceis mas não
impossíveis
Celso Hamaty 11
8. Teoria Comportamental Maslow, Mc Gregor, Likerk, Argyris, Herzberg e outros
(estudos a serem vistos no próximo capítulo)
EUA
A forma ideal de administrar é a que prioriza a importância de compreender e conhecer os
subordinados e suas necessidades, de modo a motivá-los e a obter melhores resultados por meio
deles
Marca a mais profunda influência das ciências na Administração
Influência do Behaviorismo
O behaviorismo ou comportamentalismo nasceu no início do século XX com os trabalhos do
psicólogo norte-americano J. B. Watson
Essa escola da psicologia científica defende uma maior importância da psicofisiologia e dos
fatores do meio ambiente sobre o comportamento humano do que dos fatores inatos
O ponto focal de seus estudos centra-se nas questões de aprendizagem e em suas formas mais
elementares, tais como o condicionamento
O behaviorismo incorporou à Administração a partir do momento em que passou a se interessar
pelos assuntos pertinentes aos fenômenos da motivação humana
Processo Decisorial – todo indivíduo é um tomador de decisão, embora não tenha condições de
analisar todas as situações integralmente
Princípios gerais:
1) Processo decisório
2) Liderança
3) Autoridade e aceitação de normas
4) Homem administrativo
5) Conflito de objetivos
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Teoria do Desenvolvimento Organizacional (DO)
Origem na Teoria Comportamental
Estratégia desenvolvida no decorrer das décadas de 60 e 70, baseada na experiência, que tem por
finalidade mudar as crenças, atitudes, valores e estrutura das organizações de modo que elas
possam se adaptar melhor aos novos mercados, tecnologias e desafios e ao próprio ritmo
vertiginoso de mudança
Conceito behaviorista
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9. Teoria da Contingência
Teoria segundo a qual não existe uma única maneira certa, mas sim várias alternativas, dependendo
de cada caso eqüifinalidade
Tecnologia
Mediadora
Tecnologia
de Vínculo
Extenso
14 Celso Hamaty
CAPÍTULO 3 – COMPORTAMENTOS NAS ORGANIZAÇÕES
1. Maslow
Teoria da Motivação de Maslow: necessidades humanas dispostas em níveis numa hierarquia de
importância e de influência:
5º Auto Realização
4º Estima
3º Sociais
2º Segurança
1º Fisiológicas
Ouchi: Teoria Z
No final da década de 70, Ouchi estendeu a teoria de Mac Gregor adaptando-a ao modelo
japonês de administrar:
1. Decisão consensual e em grupo
2. Emprego vitalício
3. Participação do empregado na definição de melhorias do próprio trabalho
4. Qualidade de vida
Celso Hamaty 15
3. Rensis Likerk
Lealdade aos
O aumento da lealdade aos colegas tende a aumentar a produtividade nos grupos que aceitam os
colegas objetivos e a diminuí-la nos que não aceitam quanto maior a lealdade entre os colegas, menor é a
tensão no ambiente
Correlação entre O estudo mostrou uma correlação forte entre a eficiência da produção e a percepção dos
comunicação e chefes intermediários em fazer chegar suas idéias à administração superior boa comunicação e
produção bom desempenho caminham juntos
16 Celso Hamaty
4. Chris Argyris
Argyris estudou como as pessoas evoluem de um estágio de imaturidade pessoal e
profissional para um de maturidade o desenvolvimento da maturidade pessoal e
profissional dá-se de forma gradual e contínua, desde uma completa imaturidade até a
maturidade.
Imaturidade Maturidade
Passividade Atividade
Dependência Independência
Comportamento uniforme Comportamento variado conforme a situação
Interesses superficiais Interesses profundos
Perspectiva limitada do tempo visão “míope” Ampla perspectiva do tempo capacidade de planejar
Posição subordinada Posição inferior, igual ou superior
Falta de consciência e de controle do “eu” Consciência e controle do “eu”
Comunicação precária Comunicação eficaz
Percepção sob ponto de vista único (pessoal) Percepção sob vários pontos de vista
O uso satisfatório de deficientes mentais em alguns serviços repetitivos mostra como o trabalho é
planejado, em alguns casos, com nível de exigência muito baixo em termos intelectuais e de
maturidade
Argyris propôs um tipo de organização do trabalho, que ficou conhecido como job enlargement
Job enlargement (ou ampliação horizontal do trabalho): abordagem que amplia o número de
atividades que são alocadas às pessoas para lhes dar participação mais ampla no processo de trabalho
Job enrichment (ou ampliação vertical do trabalho): abordagem que aloca às pessoas atividades
variadas com algum grau de autonomia e de responsabilidade na forma de execução e de controle de
resultados
A tendência atual não é mais no sentido de dividir o trabalho em tarefas muito elementares, pois
isso cria grande necessidade de coordenação e comunicação cada vez mais complexas nas
grandes organizações a ênfase é nos processos, atribuindo a responsabilidade por eles a
uma pessoa ou a uma equipe
Empowerment: teoria que sustenta que a motivação individual e os resultados melhoram quando são
dadas às pessoas oportunidades de participar e poder decisório no seu trabalho e nas metas a ele
pertinentes
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5. Herzberg
Teoria dos 2 fatores de Herzberg: Herzberg estudou de que forma e em que grau diversos fatores
motivam os empregados. Segundo ele, existem 2 tipos de fatores motivacionais:
1. Fatores motivacionais propriamente ditos: relacionados aos aspectos pessoais de
realização profissional e ao conteúdo do trabalho, intrínsecos à pessoa
2. Fatores higiênicos: fatores externos, que dizem respeito ao ambiente de trabalho, como
tipo de supervisão, salário e status
Segundo Herzberg, o que mais contribui para que as pessoas produzam são os fatores
motivacionais
Conclusão de Herzberg: fatores higiênicos têm limites inferiores e superiores; os motivacionais
devem ser proporcionados na maior qde possível
5º Auto Motivacionais
Realização
4º Estima
3º Sociais
Higiênicos
2º Segurança
1º Fisiológicas
18 Celso Hamaty
6. McClelland
Teoria dos Motivos Determinantes – mostra que há certas necessidades que são aprendidas em
função da interação humana com o meio social, as quais seriam as seguintes:
1. de Realização
2. de Poder
3. de Afiliação
Essas necessidades, aprendidas, estão presentes em todos, mas somente uma delas sobressai
na personalidade de cada um
De acordo com a necessidade mais importante de cada um, é possível estabelecer qual o melhor
ambiente de trabalho para cada pessoa
A administração deve ter o cuidado de lotar as pessoas nos ambientes de trabalho mais propícios
ao seu desempenho
7. Lewin
Teoria de Campo de Lewin: assegura que o comportamento humano depende de 2 fatores
fundamentais:
1. O comportamento é derivado da totalidade dos fatos e eventos coexistentes em
determinada situação as pessoas comportam-se em face de uma situação total (Gestalt)
envolvendo fatos e eventos que constituem seu ambiente
2. Esses fatos e eventos apresentam a característica de um campo dinâmico de forças,
no qual cada fato ou evento tem uma inter-relação dinâmica com os demais, influenciando-
os ou sendo influenciado por eles
A teoria de campo explica por que um mesmo objeto, situação ou pessoa podem ser
percebidos e interpretados diferentemente por cada indivíduo
8. Festinger
Teoria da Dissonância Cognitiva – baseia-se na premissa de que toda pessoa se esforça para
estabelecer um estado de consonância ou consistência (coerência) com ela mesma
Se a pessoa tem cognições sobre si mesma e sobre seu ambiente que são inconsistentes entre si
(isto é, uma cognição implica o oposto da outra) então ocorre um estado de dissonância cognitiva
As pessoas não toleram a inconsistência e, quando ela ocorre (por exemplo, quando um indivíduo
acredita em uma coisa e, no entanto, age contrariamente a essa crença), o indivíduo está motivado
para reduzir o conflito a esse conflito ou inconsistência dá-se o nome de dissonância
O elemento cognitivo é uma espécie de crença, conhecimento ou opinião que o indivíduo tem em si
mesmo ou do meio externo
Celso Hamaty 19
Teorias do Reforço, da Expectativa e da Equidade – são teorias que reforçam os
programas de remuneração por desempenho
9. Skinner
Teoria do Reforço – comportamentos reforçados por estímulos positivos tendem a se repetir,
enquanto que comportamentos punidos ou castigados têm grande probabilidade de não ocorrerem
novamente
10. Vroom
Teoria da Expectativa – a administração deve ter o cuidado de vincular as recompensas desejadas
pelo interessado e realmente merecidas, ao desempenho individual do colaborador, para que ele
seja adequadamente motivado
12. Barnard
Definiu as organizações como sistemas cooperativos onde há interação entre duas ou mais
pessoas cooperando para atingir um objetivo comum, desde que haja justificativa para esse esforço
Naturalmente, quando a organização é pequena, os objetivos pessoais se confundem com os
organizacionais
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Conceito de Arbítrio Delimitado – parte do pressuposto que a lista de proposições geradas por
quem decide é restringida por normas sociais, legais e morais
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2. Reddin: a Teoria 3D
A Teoria de Reddin, ou da eficácia gerencial, é chamada Teoria 3D, porque introduz uma 3ª dimensão no
plano cartesiano da grade gerencial visando à obtenção da eficácia
Reddin diz que a principal função do administrador é a obtenção de resultados, isto é, o administrador
deve ser antes de tudo, eficaz
As inovações de Reddin consistem em perceber que esses estilos básicos (dedicado, integrado,
relacionado, separado) se modificam em outros semelhantes e no reconhecimento do fato de que não
existe estilo ideal, o qual depende do ambiente em que atua o gerente
22 Celso Hamaty
Pode-se representar 12 estilos de gestão, incluindo um 3º eixo cartesiano para representar a eficácia:
Os fatores que determinam o estilo mais adequado para cada situação, embora sejam muitos, podem ser
resumidos no tipo de subordinado do gerente, pois há forte correlação entre os fatores a forma
ideal de atuação do gerente pode ser resumida na maneira como ele deve agir em relação aos
subordinados para obter resultados
Celso Hamaty 23
M2 (corresponde ao Integrado). À medida que aumenta o nível de maturidade dos subordinados, não
adianta ordenar, será preciso que os subordinados compreendam a razão das ordens deverá,
portanto, persuadir
Uma vez que a permeabilidade, a flexibilidade e a intimidade com a rede (fornecedores, clientes e
concorrentes) são formas pelas quais as empresas podem aprender e reaprender habilidades
críticas, vejamos como as demais formas se comportam:
Porém, a estrutura de uma organização depende da estratégia, e esta só pode ser implementada
se não se chocar com a cultura organizacional
24 Celso Hamaty
2. Noções sobre Estratégia
Política x estratégia: a política é uma decisão condicionada; a estratégia é uma regra para a
tomada de decisões
A política (universo dos fins objetivos últimos) é a determinante da Estratégia (universo dos
meios recursos)
Condicionantes da estratégia:
1. Tática – universo do esquema
2. Técnica – universo do processo
3. Práxis – universo do estilo
A organização modifica-se para acomodar os novos negócios, processos e pessoas. Estas são algumas
das características:
a) Fronteiras permeáveis
b) Localização virtual
c) Estrutura por matriz de objeto
d) Sistemas de gestão amplos e dinâmicos
Celso Hamaty 25
CAPÍTULO 6 – ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS
A estrutura organizacional pode ser definida como o resultado de um processo através do qual a
autoridade é distribuída, as atividades são especificadas e um sistema de comunicação é
delineado, permitindo que as pessoas realizem as atividades e exerçam a autoridade que lhes
compete para a obtenção dos objetivos organizacionais
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3) Sistema de Comunicação – é a rede através do qual fluem as informações que permitem
o funcionamento da estrutura
Os seguintes pontos precisam ser definidos: o que, como, quando comunicar e de
quem é a comunicação
Tipos de estrutura
Realizam atividades dentro de uma mesma área técnica ou de conhecimento. Ex.: área
financeira, área de produção
A criação deste tipo de estrutura é favorável para organizações que atuam em ambientes
1) Funcional seguros, com pouca variedade de produtos, sem necessidade de mudanças tecnológicas,
favorecendo assim a especialização profissional
Os pontos fortes são a especialização técnica e a eficiente utilização dos recursos em cada área
técnica
Utilizadas por organizações que operam em ambientes mutáveis de média e alta instabilidade
Tem como ponto positivo a adaptação das unidades a diferentes tipos de produtos, regiões e
2) Divisional clientes
Como ponto fraco, tem a duplicação de recursos humanos e materiais pelas divisões,
aumentando os custos da empresa
É utilizada por organizações de grande porte que possuem tanto unidades funcionais quanto
divisionais
Pode operar em ambientes estáveis ou não, porém é mais utilizada em contextos instáveis e
3) Híbrida com tecnologia não-rotineira
Tem como vantagem permitir que a organização obtenha adaptação e coordenação nas divisões
de produto e eficiência nas unidades organizacionais
O ponto fraco é conduzir a conflitos entre divisões e departamentos
4) Matricial
Utilizada em empresas de alta tecnologia e grande especialização do trabalho
Nesta estrutura, existem diversos grupos de pessoas especializadas em determinada função e
estas pessoas são alocadas nos projetos que vão surgindo
Quando estão participando de um projeto, as pessoas respondem ao gerente do projeto no que
se refere ao cronograma (prazos) do trabalho e ao gerente funcional no que respeita aos
aspectos técnicos especializados
Quando o projeto termina, as pessoas voltam aos seus departamentos funcionais de origem,
passando a responder ao chefe desse departamento, agora de forma exclusiva. Ex.: NASA
Celso Hamaty 27
Uma das vantagens dessa estrutura é que se obtém um maior aproveitamento da mão-de-obra
especializada, pois geralmente os projetos necessitam de suporte maior de uma área específica
no início e de outra no final
O maior problema desse tipo de estrutura é que o pessoal envolvido tem 2 chefes; deve-se
definir muito bem o papel, responsabilidade e a autoridade de cada chefe
O chefe do projeto definirá o que deve ser feito e quando, enquanto o chefe da divisão
funcional definirá como fazê-lo
Utilizada para evoluir de uma formação funcional para uma estrutura mais flexível,
coordenada por equipes
5) Orientada
para Pontos positivos: redução do isolamento entre os departamentos e a diminuição do tempo de
Processos resposta
Ponto negativo: dupla subordinação
Henry Mintzberg define a estrutura da organização como sendo a soma total das maneiras pelas
quais o trabalho é dividido em tarefas diferentes e como é feita a coordenação entre essas tarefas
28 Celso Hamaty
É a que fica entre aqueles que executam o trabalho básico e aqueles que
administram a organização
2.
Linha intermediária São os que ficam entre o núcleo operacional e a cúpula estratégica
Ex.: desde gerente até supervisores de 1ª linha
5ª) Sistema de processo decisório ad hoc Fluxo de uma decisão estratégica do início ao fim
Com a junção das 5 abordagens é que se pode compreender a verdadeira complexidade de como a
organização funciona
Ainda, segundo Mintzberg, a organização é estruturada de acordo com uma das configurações:
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4. Forma divisionalizada Linha intermediária Padronização dos resultados
5. Adhocracia Assessoria de apoio Ajustamento mútuo
Características:
i. Estrutura muito orgânica
ii. Pouca formalização do comportamento alta informalidade
iii. Especialização do trabalho elevada horizontalmente
iv. Equipe-tarefa temporária
v. Autoridade descentralizada e menor nº. regras
vi. Utilização importante dos mecanismos de ligação para encorajar o ajustamento
mútuo no interior das equipes e entre elas
vii. Estruturas fluidas e de pequena escala
viii. Direção participativa e democrática
ix. Adequada para ambientes turbulentos
30 Celso Hamaty
A figura “C” representa um tipo de descentralização vertical limitada (paralela) em que
encontramos uma organização que está dividida em unidades de mercado ou
divisões, cujos gerentes recebem delegação (paralelamente) de muito poder formal
para tomar as decisões concernentes a seus mercados
O uso de agrupamento por mercado leva à descentralização vertical limitada de
natureza paralela
CAPÍTULO 8 – PLANEJAMENTO
1. Planejamento
Conceito: determinação da direção a ser seguida para alcançar um resultado desejado
2. Tipos de planejamento
1. Estratégico – planejamento sistêmico das metas de longo prazo e dos meios disponíveis para
alcançá-las, estabelece o rumo a ser seguido pela empresa. De responsabilidade dos níveis mais
altos da empresa
2. Tático – relaciona-se com objetivos de curto prazo, tem por objetivo otimizar determinada área de
resultado e não a empresa com um todo
Celso Hamaty 31
Diferenças entre planos estratégicos e operacionais
Plano Estratégico Plano Operacional
Visa à eficácia Visa à eficiência
Responde à pergunta: o que fazer? Responde à pergunta: como fazer?
Tende a ser de longo prazo Tende a ser de curto ou médio prazo
Visa a resultados finais válidos Visa à otimização dos recursos usados
Abrange o ambiente externo Concentra-se mais no ambiente interno
É indicativo, não desce a detalhes Tende a ser detalhado
É elaborado pelo pessoal de topo É elaborado pelas gerências médias
Pode ter fortes impactos na empresa Não costuma causar fortes impactos
Eficácia – fazer aquilo que efetivamente precisa ser feito para obter resultado, isto é, fazer a coisa
certa
Efetividade – medida da utilidade do produto para a sociedade (o conceito de efetividade permite
separar a validade entre os objetivos da organização e os da sociedade)
A essência da formulação de uma estratégia competitiva é relacionar uma companhia ao seu meio
ambiente
Embora o meio ambiente relevante seja muito amplo, abrangendo tanto forças sociais como
econômicas, o aspecto principal do meio ambiente da empresa é a indústria ou as indústrias em que
ela compete
A estrutura industrial tem uma forte influência na determinação das regras competitivas
32 Celso Hamaty
I. Baixo custo – custo baixo em relação aos concorrentes torna-se o tema central de toda a
estratégia conjunto de políticas funcionais orientadas à perseguição de reduções de
custos
II. Diferenciação – criar algo que seja considerado único ao âmbito da indústria proporciona
isolamento contra a rivalidade competitiva devido à lealdade dos consumidores com relação
à marca
III. Enfoque – enfocar um determinado grupo comprador, um segmento da linha de produtos
ou um mercado geográfico
Vantagem Competitiva
Custo Mais Baixo Diferenciação
Alvo Amplo
Escopo
Competitivo
Alvo Estreito
Custo mais baixo e alvo amplo indica a estratégia genérica da liderança de custo
Custo mais baixo e alvo estreito indica a estratégia genérica do enfoque no custo
CAPÍTULO 10 – GESTÕES
2. Modelos de Gestão
Modelos de gestão são as diferentes formas de administração de negócios que surgiram em épocas
recentes, mais especificamente a partir dos anos 80
Duas correntes:
1) Japão, anos 80, QT
Celso Hamaty 33
2) EUA, anos 90, TI
3. Gestão de Pessoas
Diversos atores podem interpretar diferentemente o mesmo papel organizacional
O papel dos atores não é determinado, mas probabilístico
Ênfase na prevalência do ator sobre o papel
Teoria da Ação-Relação dialética – mudanças são explicadas pelas interações entre os diversos
atores sociais
4. Gestão de Competências
Quem gera o diferencial competitivo são as pessoas
Técnicas utilizadas: entrevistas, diagnósticos e seminários para identificar os potenciais das pessoas
Fundamental considerar Competências Comportamentais e Competências Técnicas
5. Gestão de Conflitos
O conflito é a condição geral do mundo animal
34 Celso Hamaty
Os conflitos mais freqüentes dentro das organizações são:
a) Interpessoais
Hierárquico – o gestor tem a autoridade mas não tem apoio dos seus subordinados
Pessoais – diferenças de personalidade
b) Emocionais – perfil do profissional não está adequado à empresa ou o profissional está perdido
William Bridges desenvolve alguns conceitos na gestão das transições empresariais, profissionais
ou pessoais:
1. Você precisa terminar antes de começar
2. Entre a conclusão e o reinício, existe uma transição
3. O período de transição pode ser criativo
4. Transições são desenvolvimentos
5. Transição também é fonte de renovação
6. Pessoas atravessam a transição em velocidades diferentes – 3 fases do processo de
transição: conclusão, transição e reinício
7. Na maioria das organizações existem “transições em atraso”
7. Gestão da Informação
TI é o conjunto de conhecimentos voltados a estudar as características da informação
Contribuições da TI:
1. Transformação dos negócios – em 3 aspectos:
a) Incorporação de tecnologias revolucionárias aos processos. Ex.: reconhecimento
ótico de textos e imagens, digitalização e sintetização de voz, realidade virtual etc
b) Transformação dos processos. Ex: atendimento a clientes, telecompras, editoração
eletrônica, computação gráfica etc
c) Criação de novos negócios. Ex.: Internet
Celso Hamaty 35
A relação entre organização e informação é bastante estreita
Nas empresas com visão para processos cabe à TI agregar valor ao longo do processo
A da TI tem trazido grandes impactos às empresas os pontos que resumem esses impactos são:
Organização – as redes de computadores estão quebrando as barreiras hierárquicas
Operações – a TI reduz o ciclo produtivo
Pessoal – as redes de computadores estão reduzindo as camadas hierárquicas e as taxas
de emprego burocrático
8. Gestão do Conhecimento
É a área preocupada com a administração do capital intelectual
Trabalho de Sveiby, na Suécia, desenvolveu uma teoria para tratar os ativos intangíveis, os quais
eram classificados em 3 categorias:
1. Capital Consumidor ( do Cliente) ou estrutura externa
2. Capital Estrutural ou estrutura interna ( Capital Organizacional, de Edvinsson)
3. Capital Humano ou competência individual
36 Celso Hamaty
1. Capital organizacional
2. Capital de clientes
3. Capital humano
Nonaka & Takeuchi identificaram 4 modos de conversão entre conhecimento tácito e explícito,
apresentados na tabela abaixo:
Celso Hamaty 37
Portal é o tipo de Sistema de Informação mais utilizado para suportar a Gestão do
Conhecimento
Um portal integra fontes heterogêneas de conhecimento e fornece um único meio de
acesso ao conhecimento (armazenagem, troca ou consulta)
O Portal do Conhecimento tem por objetivos: melhorar decisões, gerar novos
conhecimentos para vantagens competitivas e reduzir custos
Uma mesma informação pode gerar itens de conhecimento diferentes em domínios diferentes
1. Qualidade total
Conceito: é um sistema de administração que visa a obter qualidade em todas as áreas de atuação
Sistema de qualidade total – forma de trabalho operando em toda a empresa a fim de orientar as
ações coordenadas das pessoas, máquinas e informações
Os 14 princípios da QT:
1. Estabeleça constância de propósitos para a melhora do produto e do serviço
2. Adote a nova filosofia. Estamos em nova era econômica. Não podemos tolerar erros que afetem a
qualidade do produto ou do serviço
3. Não dependa só de inspeção para atingir a qualidade. Elimine a necessidade de inspeção em massa,
introduzindo a qualidade no produto desde seu primeiro estágio
4. Não aprove orçamentos com base exclusivamente no preço mais baixo. Procure minimizar o custo
total. Desenvolva um único fornecedor para cada item, num relacionamento de longo prazo
fundamentado na lealdade e confiança
5. Melhore o sistema de produção e prestação de serviços de modo a melhorar a qualidade e a
produtividade e reduzir custos de forma sistemática
6. Institua treinamento no local de trabalho
7. Promova a liderança; a função da administração não é supervisionar e sim liderar
8. Elimine o medo
38 Celso Hamaty
9. Remova as barreiras entre as unidades organizacionais. As pessoas engajadas em pesquisas,
projetos, vendas e produção devem trabalhar em equipe, de modo a preverem problemas de
produção e de utilização do produto ou serviço
10. Acabe com slogans, exortações e metas que exijam nível zero de falhas
11. Não utilize quotas na linha de produção. Substitua-os pela liderança. Elimine o processo de
administração por cifras, por metas numéricas. Substitua-os pela administração por processos por
meio de exemplos de líderes
12. Remova as barreiras que privam os operários, as pessoas da administração e as da engenharia do
seu direito de se orgulharem do seu desempenho
13. Institua forte programa de educação e auto-aprimoramento
14. Engaje todos da empresa no processo de realizar a transformação
No Brasil, são fornecidos pelo Inmetro como órgão certificador oficial, credenciado pela ISO
ISO (Organization for Standardization) – fundada em 1947, é uma federação mundial de órgãos
nacionais de normalização sediada em Genebra, que tem por objetivos preparar e emitir normas
técnicas
ISO 9000 – normas sobre gestão e garantia da qualidade: diretriz para seleção e uso
ISO 14000 – estabelecem padrões visando a gerenciar impactos ambientais que a empresa
gera ou possa a vir gerar
3. Benchmarking
É um padrão ou ponto de referência para a comparação entre produtos, produtividade, serviços e
processos. Indica um referencial de liderança. O objetivo costuma ser descobrir como as
empresas líderes realizam alguma coisa e tentar imitar ou superar o desempenho dessas empresas
4 tipos de benchmarking:
Celso Hamaty 39
1. Interno: comparação entre operações semelhantes da própria organização
2. Competitivo: comparação com os melhores do ramo, em geral competidores, de preferência
líderes do mercado
3. Funcional: comparação de práticas e processos funcionais entre empresas, não
necessariamente competidoras, uma vez que muitas funções se repetem em empresas de
ramos diversos
4. Processo genérico: consiste na comparação de métodos e processos de trabalho com as
de empresas que têm esses processos de forma inovadora, com o objetivo de revelar
as melhores práticas
4. Reengenharia
Surgiu em 1993
É o repensar fundamental e a reestruturação radical dos processos empresariais que visam a
alcançar drásticas melhorias em indicadores críticos de desempenho, como custos, qualidade,
atendimento e velocidade
Redistribuição de poder e controle sobre as atividades
Ênfase na autonomia de decisão de quem está na “linha de frente”
Quebra da departamentalização e da burocratização
Ênfase nos processos que criam valor para o cliente
Deve ser pensada como inovação
A iniciativa deve ocorrer de cima para baixo
O princípio básico da reengenharia é a organização do trabalho em torno dos processos. As
estruturas clássicas que adotam o trabalho especializado e fragmentam os processos são
autoperpetuadoras, pois sufocam a inovação e a criatividade
Um dos pontos mais importantes da reengenharia é o uso de TI
5. Downsizing
É uma redução do tamanho da empresa, especialmente no número de empregados e no número
de níveis hierárquicos na estrutura organizacional, para cortar custos e aumentar a flexibilidade e
adaptabilidade da organização
6. Outsourcing (terceirização)
Não mais realizar todas as tarefas no âmbito da empresa e passar a comprar mais bens e serviços
de terceiros, caso sejam melhores e mais baratos
8. E – commerce
40 Celso Hamaty
Não mais atrair clientes para lojas ou enviar vendedores ao cliente e passar a disponibilizar os
produtos na Internet
9. Alianças
Não mais tentar ganhar sozinho e passar a formar parcerias
10. Parceiros-fornecedores
Não mais utilizar muitos fornecedores; passar a utilizar um menor número de fornecedores ais
confiáveis e que trabalhem estritamente com a empresa em um relacionamento de parceria
Celso Hamaty 41
Microambiente – sistemas próximos à empresa e que interagem com ela de maneira forte e
permanente: consumidores, fornecedores, concorrentes, regulamentadores
2. SWOT
A avaliação global das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças de uma empresa é denominada
análise SWOT (strengths, weaknesses, opportunities, threts)
Fortalezas ou Pontos Fortes Oportunidades
Externos
Internos
Estrutura Inovadora – busca por estruturas mais horizontalizadas, flexíveis e adaptativas; ênfase no
trabalho de equipes interfuncionais; fluxo da informação e do conhecimento como elementos-chave;
valorização do desenvolvimento contínuo das competências e habilidades dos indivíduos
4. Sinergia
É o ato ou esforço coordenado de vários órgãos na realização de uma função
É o acréscimo obtido no resultado pela utilização combinada de duas ou mais estratégias
Existe quando se produz um todo maior que a soma das partes
5. Responsabilidade Corporativa
É a preocupação constante com a qualidade ética; é um processo aberto e contínuo que busca
alcançar um desenvolvimento socialmente responsável, econômico e ambientalmente
sustentável
42 Celso Hamaty
3) Verificar as alternativas e estimar as suas conseqüências
4) Verificar quais as alternativas já utilizadas e os sues resultados
5) Antecipar as reações alheias perante cada opção
6) Selecionar a alternativa capaz de proporcionar os melhores resultados
7. Cultura Organizacional
Cada organização tem seu “cheiro” característico, que influencia tudo inclusive as pessoas
Segundo Ansoff, há 5 grandes épocas evolutivas no mundo:
1ª) Até 1930 – ambiente estável
2ª) 1930/1950 – ambiente relativo
3ª) 1950/1970 – ambiente pro - ativo
4ª) 1970/1990 – ambiente exploratório
5ª) De 1990 em diante – ambiente criativo
Cultura – conjunto complexo de valores, crenças e pressupostos que definem os modos pelos quais
uma empresa conduz seus negócios refere-se a pessoas dentro da organização
8. Percepção Interpessoal
Ocorre em situações informais
Envolve interdependência comunicativa
Evolve troca de mensagens verbais e não-verbais
Existem relações humanas, necessidades interpessoais de relacionamento e de auto-apresentação
9. Administração Participativa
Idéia de parceria e de co-participação nos frutos e resultados obtidos
Reação ativa entre o sujeito da administração e o objeto administrado
Visa a motivação integrativa do trabalhador nas metas da organização
Os trabalhadores podem ser transformados em parceiros aliados
Pode ser utilizada nos campos micro e macro organizacional
Aplicada a qq tipo de organização, inclusive ao Estado
É uma filosofia e uma técnica comportamental
Representação democrática que implicará a escolha de representantes responsáveis perante as
comunidades, tipo voto distrital
Celso Hamaty 43
Permite o estreitamento de intenções entre os objetivos individuais dos trabalhadores e as metas
organizacionais
Há 2 tipos de grupos:
1. Grupos Formais – são criados para alcançar objetivos específicos e realizar tarefas
específicas para a organização. Ex.: os departamentos, os comitês
2. Grupos Informais – nascem de interações não planejadas pela empresa
1. Histórico
1937, com o Golpe de Estado, que se instituiu um modelo coerente e estruturado de administração
(Burocracia); o que passa a caracterizar o Estado Novo é a identificação que ocorre entre a
sociedade e o Estado
1937/1941 – preocupação extrema com a formalização da estrutura e não com os seus propósitos
1942 – com a retomada do crescimento econômico, o governo de Getúlio deixa esta atividade
meramente reguladora das relações econômicas em segundo plano, com o objetivo de voltar-se ao
desenvolvimento, através da participação direta a intervenção da administração pública na vida
econômica e social se deu em 3 níveis:
1. Criação de órgãos formuladores de políticas públicas
2. Expansão de órgãos permanentes da administração direta
3. Consolidação da tendência à expansão empresarial do Estado
44 Celso Hamaty
1956 – início da era das reformas globais, com a criação da COSB – Comissão de Simplificação
Burocrática e da CEPA – Comissão de Estudos e Projetos Administrativos em vez de
desburocratizar, houve foi um acirramento no processo de centralização
1964 – criação de novas entidades estatais levou o gradativo esvaziamento da Adm Dta,
culminando na institucionalização de uma Adm voltada para o desenvolvimento
1967 – edição do Decreto-lei nº. 200 – traria profundas alterações na organização e funcionamento
do Estado administrativo
Meados da década de 70 – nova tentativa de modernização da Adm Pub pela criação da SEMOR –
Secretaria de Modernização e Reforma Administrativa, que promoveria a integração do processo de
reforma ao PND (Plano Nacional de Desenvolvimento)
1988 – CF – houve retrocesso, uma vez que se promoveu o engessamento do aparelho estatal
Governo Collor – adoção do modelo neoliberal de Estado Mínimo – ruptura definitiva com o
modelo de Estado desenvolvimentista ajuste econômico, desregulamentação, desestatização –
abertura comercial
Governo FHC – o Estado deve coordenar e regular a economia – inicia o processo de reforma
seguindo o Modelo Gerencial
Vigente até o final do século XIX, era caracterizada pelo nepotismo e pela corrupção
Celso Hamaty 45
atendimento das demandas dos cidadãos
Características da Burocracia:
11. Caráter legal das normas e regulamentos – exaustivos, por escrito
12. Caráter formal das comunicações – por escrito
13. Caráter racional e divisão do trabalho – cada participante deve saber a sua
tarefa
14. Impessoalidade nas relações
15. Hierarquia de autoridade – reduzir o atrito
16. Rotinas e procedimentos estandartizados – regras e normas regulam a conduta
17. Competência técnica e meritocracia – escolha baseada no mérito
18. Administração separada da propriedade – os administradores não são os donos
19. Completa previsibilidade do funcionamento
20. Profissionalização dos participantes
3º Gerencial ou
Embora Weber tenha concebido a burocracia no sentido de promover
Pós-Burocrático uma organização eficiente por excelência, explicitando antecipadamente, nos mínimos
detalhes e por escrito, a realização das atv da organização, a burocracia é vista por
muitos críticos como disfunção da organização, dado o papelório que se multiplica e se
avoluma, retardando o atendimento rápido das demandas da sociedade
46 Celso Hamaty
d) Pressuposto da confiança limitada e não da desconfiança total
e) Funcionário público: incentivo à criatividade, avaliação sistemática, recompensa
por desempenho, capacitação permanente
f) Controle a posteriori dos resultados, em vez de controle rígido dos processos
adm
g) Administração inspirada na Adm de empresas voltada para o atendimento do
cliente-cidadão o cidadão é aquele que contribui com os impostos
possibilitando a sua atuação e é também o cliente para os sv que oferece
h) O estado deixa de ser o responsável direto para se tornar seu promotor e
regulador
A crise dos anos 80 reduziu a taxa de crescimento dos países e implicou no colapso dos regimes
estadistas do bloco soviético. Teve como causas fundamentais:
a) crise fiscal do Estado: definia-se pela perda de crédito público e pela incapacidade do
Estado de realizar uma poupança pública que lhe permitisse financiar políticas públicas
b) esgotamento das usas formas de intervenção: manisfestou-se de 3 formas principais: 1.
crise do Welfare State, no 1º mundo; 2. esgotamento do PSI nos países em
desenvolvimento; 3. colapso do estadismo nos países comunistas
c) obsolescência da forma burocrática de administrá-lo: revelou-se nos custos freqüentes, na
baixa qualidade e na ineficiência dos sv sociais prestados pelo Estado através do
emprego direto dos burocratas estatais
Globalização pressiona o Estado para que se torne mais barato e alivie o seu custo
Tudo isso agregou a necessidade de reforma do Estado dos anos 90, cujos componentes ou
processos básicos são os seguintes:
Celso Hamaty 47
a) Delimitação das funções do Estado
b) Redução da interferência do Estado
c) Aumento da governança do Estado – condições financeiras e administrativas de
transformar em realidade as decisões que toma
d) Aumento da governabilidade – poder do governo, graças à existência de instituições
políticas que garantam uma melhor intermediação de interesses e tornem mais legítimos e
democráticos os governos apoio político para governar
Sem governabilidade é impossível governança
Outra forma de entender o processo de reforma seria através da transformação das instituições, de
forma a aumentar a governança e a governabilidade:
1. Privatização – transformação da empresa estatal em privada
2. Publicização – transformação da organização estatal em organização de direito privado,
pública não-estatal
3. Terceirização – transferir para o setor privado sv auxiliares
O Welfare State, adotado pelos países desenvolvidos, correspondia à dimensão social do Estado
tinha como principal objetivo a implementação de políticas públicas na área social, tais como
habitação, educação e saúde, visando satisfazer as necessidades básicas da população
Até meados da década de 70, o Estado tinha 3 dimensões interligadas: econômica, social e
administrativa
Os governos, mergulhados numa grave crise fiscal devido aos acontecimentos na década de 70,
não conseguiram retomar os níveis de crescimento dos anos anteriores não tendo, portanto, como
pagar os seus déficits
Além da revolta dos taxpayers (contribuintes), muitos outros setores da sociedade estavam
descontentes com o Estado. Os governos estavam sobrecarregados de atv, chegando a uma
situação de “ingovernabilidade”
A ascensão de teorias extremamente críticas às burocracias estatais, como o Public Choice nos
EUA e o ideário neoliberal hayekiano na Grã-Bretanha, abriu espaço para o modelo gerencial se
tornar referência no setor público. De uma forma avassaladora, no início dos anos 80, a opinião
pública se expandiu contra a burocracia, enxergando-a muito mais como um grupo de interesses
do que como um corpo neutro a sv os cidadãos. Ao sentimento antiburocrático, juntava-se a crença
de boa parte da opinião pública de que, apesar dos escândalos de corrupção e bancarrotas
ocorridos o final da década de 70, o setor privado possuía o modelo ideal de gestão
Tendo sido satisfeitos os requisitos materiais e intelectuais, ainda se fazia necessário um catalisador
político para a implementação e consolidação do managerialism na Adm Pub a vitória dos
conservadores na Grã-Bretanha, em 1979, e dos republicanos nos EUA, em 1980, representou
o início de uma mudança na gestão pública
Num primeiro momento, foi implantado um sistema gerencial puro, no qual prevalecia o ângulo
meramente economicista, ou seja, corte de gastos como fim último, para mais tarde, sofrer um
contínuo processo de transformação. Nos últimos anos, o modelo gerencial se acoplou dentro de
um processo de defesa da modernização do setor público, a conceitos como busca contínua da
qualidade, descentralização e avaliação do sv pub pelos consumidores/cidadãos
Celso Hamaty 49
Portanto, foi nesse contexto de escassez de recursos públicos, enfraquecimento do poder
estatal e de avanço de uma ideologia privatizante que o modelo gerencial foi implantado no setor
público
50 Celso Hamaty
demandas da sociedade
Comparação de resultados com outras organizações que
produzem o mesmo sv
Estruturação de Programa de Qualidade e Participação, e
Programa de Reestruturação e Qualidade dos Ministérios
Alto grau de controle e padronização Ampliação da autonomia decisiva dos dirigentes
Autoridade compartilhada em certo diretos com políticas mais gerais a cargo do poder central
grau, por várias entidades do nível central Descentralização permite moldar o funcionalismo às
Estrutura tripartite: corpo político exigências reais do sv
orientador, agência de supervisão das Implementação de sistemas de informação e de adm
práticas e um órgão específico para financeira tecnologicamente sofisticada, para controle de
controle financeiro custos
Gestão de RH
Clara divisão de trabalho entre os Treinamento para administrar os sistemas e para
órgãos com alguns mecanismos de tomar as decisões que afetam a gestão de RH
coordenação
Gestão de conhecimento e informações
Permite algum grau de
Remuneração por desempenho, carreiras
desconcentração
horizontais, preocupação com a capacitação, realocação
Emprego estável, promoção por de profissionais de acordo com as necessidades do
antiguidade e ingresso por concurso público aparelho do Estado
Estratégico, possibilitando o desenho de novos processos e
Componente instrumental, que busca eficiência
TI e controle
novos modelos de relacionamento entre os governos entre si,
e com os seus clientes, fornecedores e demais agentes
Adm de Sistemas de Informações e Adm dos
Adm de TI Recursos de Informação
Adm de TI na Era da Informação
Celso Hamaty 51
O consumerism, estratégia voltada à satisfação dos consumidores, é reforçada na Grã-
Bretanha por 3 mdd:
1ª) Descentralização
2ª) Opções dentre os equipamentos sociais estímulo à competição entre as
organizações do setor público
3ª) Novo modelo contratual extensão das relações contratuais dentro e fora do sv
pub, e contratos de desempenho
52 Celso Hamaty
se apresenta como uma “nova forma de gestão da coisa pública mais compatível com os avanços
tecnológicos, mais ágil, descentralizada, mais voltada para o controle de resultados do que o
controle de procedimentos, e mais compatível com o avanço da democracia em todo o mundo, que
exige uma participação cada vez mais direta da sociedade na gestão pública”
A EC 19/1998 foi o mais importante instrumento legitimador da almejada reforma da Adm Pub
no Brasil, sendo, por esse motivo, conhecida como Emenda da “Reforma Administrativa”. As
modificações nas relações Estado-agentes públicos, Estado-entidades privadas e Estado-entidades
empresariais têm sido gradualmente implementadas desde então, por meio da edição de leis e atos
infralegais regulamentadores das diretrizes inseridas na Constituição pela Emenda
Os objetivos pretendidos com a implementação das reformas administrativas nos diversos países
em que vêm ocorrendo (pelo Prof. Paulo Modesto) são:
I. Objetivo econômico: diminuir o déficit público, ampliar a poupança pública e a
capacidade financeira do Estado para concentrar recursos em áreas em que é
indispensável a sua intervenção direta
II. Objetivo social: aumentar a eficiência dos serviços sociais oferecidos ou financiados
pelo Estado, atendendo melhor o cidadão a um custo menor, zelando pela interiorização na
prestação dos serviços e ampliação do seu acesso aos mais carentes
III. Objetivo político: ampliar a participação da cidadania na gestão da coisa pública;
estimular a ação social comunitária; desenvolver esforços para a coordenação efetiva das
pessoas políticas no implemento de serviços sociais de forma associada
IV. Objetivo gerencial: aumentar a eficácia e efetividade do núcleo estratégico do Estado,
que edita leis, recolhe tributos e define as políticas públicas; permitir a adequação de
procedimentos e controles formais e substituí-los, gradualmente, porém de forma
sistemática, por mecanismos de controle de resultados
Celso Hamaty 53
No Brasil, as principais alterações decorrentes da Reforma Administrativa, tendentes à adoção do
modelo de administração gerencial propugnado no “Plano Diretor da Reforma do Estado”, já total
ou parcialmente implementadas, podem ser assim sintetizadas:
1. Flexibilização das relações jurídicas funcionais ente a Adm e seus agentes públicos: abolição
da exigência de regime jurídico único (o que possibilitou, na esfera federal, a contratação de
empregados públicos, regidos pela CLT, pela Adm Direta, autarquias e fundações públicas federais),
flexibilização da estabilidade dos servidores estatutários, redução de direitos e vantagens legais dos
servidores públicos etc
2. Possibilidade de ampliação da autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos da
Adm Direta, mediante a celebração de contratos de gestão
3. Previsão de ampliação da autonomia administrativa de autarquias e fundações públicas, que podem
ser qualificadas como agência executiva mediante celebração de contrato de gestão com o
respectivo ministério supervisor, para o fim de cumprir objetivos e metas com estes acertados
4. Parcerias com PJ privadas, sem fins lucrativos, não integrantes da Adm, para a prestação de sv de
utilidade pública e assistenciais, visando à futura transferência ao setor privado dessas atv, com
estímulo (repasse de recursos público) e fiscalização do Estado (celebração de contratos de gestão,
possibilidade de desqualificação etc)
5. Previsão de um estatuto próprio para as empresas públicas e sociedades de economia mista
exploradoras de atividades econômicas, integrantes da Adm Indireta, que poderá prever, entre outras
coisas, regras mais flexíveis para licitações e contratações
6. Alteração na forma de criação das entidades da Adm Indireta, que passa a ser feita diretamente por
lei específica apenas nos casos das autarquias e por ato próprio do Poder Executivo no caso das
demais entidades, após autorização em lei específica
7. Reestruturação de algumas carreiras entendidas como típicas de Estado e instituição de remuneração
por subsídio, em parcela única
8. Acréscimo, ao Caput do art. 37 da Constituição, do Princípio da Eficiência, que passa a ser princípio
expresso, informador de toda a atv administrativa
Reforma Política – a reforma do Estado envolve uma reforma política que lhe garanta
governabilidade busca do apoio da sociedade civil legitimidade do governo
54 Celso Hamaty
8. Plano Diretor da Reforma do Estado
O Plano Diretor da Reforma do Estado, aprovado em Set 95, apresenta 2 programas:
1. Programa de Qualidade e Participação
2. Programa de Reestruturação e qualidade dos Ministérios
Em 98 foi criado o Prêmio de Qualidade do Governo Federal (PBQLB) meta de 10% satisfação
dos usuários ao ano e meta geral de 70% satisfação em 2002
Critérios: foco no usuário-cidadão, gestão por resultados, inovação nos instrumentos gerenciais e o
envolvimento de todos os servidores
2 temas são destacados:
A distribuição de papéis entre União, Estados e Municípios
As transformações organizacionais a serem feitas no aparelho do Estado
Cada órgão deve ter total liberdade para formular seu próprio plano e seus processos de avaliação
9. Redes de Comunicação
A gestão pública, no que diz respeito à redes, precisa desenvolver formas de auto-sustentação para
que o gerente seja o agente de mudança organizacional, destacando o perfil ético desse
administrador público, no compromisso com a comunidade
Uma rede é um conjunto de nós, representados pelos atores que a compõem, sejam eles PF ou PJ
O conceito de rede emerge na literatura associado a novas formas de gestão do trabalho e como
uma alternativa às estruturas burocráticas e hierárquicas
A Rede é uma construção coletiva, onde organizações, sociedade civil, lideranças e
voluntários interagem para otimizar e ampliar os resultados para o conjunto da população
Privilegia a importância da contribuição de cada sujeito para a construção do coletivo
Determinantes que implicam diferentes relacionamentos entre os atores: necessidade, assimetria,
reciprocidade, eficiência, estabilidade, legitimação
Em redes, pode ocorrer todo tipo de troca sem que seus membros fiquem expostos às incertezas
a rede se mostra como a única estrutura de ação capaz de cumprir 2 funções básicas: função
estratégica e a função instrumental
Redes preservam a autonomia dos parceiros e aumentam a capacidade de aprendizagem
Estado-rede – é percebida como resposta aos desafios da era da informação e o seu processo de
construção combina 8 princípios de funcionamento administrativo:
1. Subsidiariedade
Celso Hamaty 55
2. Flexibilidade
3. Coordenação
4. Participação cidadã
5. Transparência administrativa
6. Modernização tecnológica
7. Transformação dos agentes da administração
8. Retroação da gestão
Redes na gestão das políticas sociais – num ambiente de mudança social, a formação de redes é
vista como a possibilidade de intercâmbio, de interação de pessoas, instituições, famílias,
municípios, estados, mobilizados em função de uma idéia abraçada coletivamente
Papéis que as organizações poderão desempenhar com o objetivo de realizar projetos sociais:
a) Provimento (envolvimento menor)
b) Execução
c) Gestão
56 Celso Hamaty