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Rio de Janeiro
2011
TAYNÁ DALCI NICOLAU DE FREITAS
Aluna do Curso de Tecnologia em Construção Naval
Matrícula 0713800085
Rio de Janeiro
Janeiro 2011
ii
Grau: ..............
Prof. Erico Vinicius Haller dos Santos Silva, Tecnólogo em Petróleo e Gás
Presidente
JANEIRO 2011
iii
AGRADECIMENTOS
Ao meu Professor Orientador Bruno Sampaio pela grande ajuda e por acreditar em meu
trabalho;
Ao Chefe de Máquinas Rodrigo Cintra, que atuou de forma muito colaborativa. Agradeço-
lhe pela boa vontade em ajudar e pelas dicas sempre coerentes, bem como as fotos e
principalmente por acreditar em mim;
Aos Professores Masetti e Ana Paula por sempre lutarem pelo crescimento do curso e da
Instituição;
DEDICATÓRIA
EPÍGRAFE
Fernando Sabino
vi
Resumo
LISTA DE FIGURAS
SUMÁRIO
Resumo....................................................................................................................................... vi
LISTA DE FIGURAS.......................................................................................................... vii
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 1
2. DESENVOLVIMENTO ................................................................................................ 3
2.1 A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA NA VIDA HUMANA ......................................... 3
2.1.1 Características físicas, químicas e biológicas da água ..................................... 4
2.1.2 Usos da água .................................................................................................... 4
2.1.3 Distribuição de água no mundo .......................................................................... 5
2.2 TIPOS DE PROCESSOS UTILIZADOS ............................................................... 7
2.2.1 Destilação ........................................................................................................ 7
2.2.2 Osmose Reversa .............................................................................................. 8
2.2.2.1 Termos Mencionas no Trabalho .................................................................. 8
2.2.2.2 Osmose ......................................................................................................... 8
2.2.2.3 Osmose Reversa ......................................................................................... 10
2.2.2.4 Considerações básicas do processo ............................................................ 11
2.3 USOS NA INDÚSTRIA NAVAL / OFFSHORE ................................................. 14
2.3.1 Água utilizada em plataformas ofsshore ........................................................ 14
2.3.2 Água utilizada em navios e outras embarcações ........................................... 15
2.4 DESCRIÇÃO DE UM SISTEMA DE OSMOSE REVERSA TÍPICO PARA
USO EM EMBARCAÇÕES............................................................................................ 18
2.5 VANTAGENS E DESVANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DA
DESSALINIZAÇÃO ....................................................................................................... 26
2.5.1 Vantagens ...................................................................................................... 26
ix
3. CONCLUSÃO ............................................................................................................. 32
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 33
1. INTRODUÇÃO
Além da necessidade natural de água potável das pessoas que habitam, operando e
mantendo as plataformas para sua higiene pessoal e ingestão, alguns processos industriais
utilizados num navio ou plataforma exigem para um bom funcionamento que se utilize
água com um teor muito baixo ou sem teores de sais dissolvidos.
Devido à sua importância em plantas navais o presente trabalho tem como objetivo
descrever as formas de produzir água a bordo de navios e plataformas, explicar a utilização
e a importância desses processos e descrever um sistema de osmose reversa utilizado em
embarcações, plataformas offshore e navios transoceânicos.
3
2. DESENVOLVIMENTO
A água é um dos elementos vitais na vida do ser humano. Sem ela seria
impossível manter a biodiversidade e garantir a sobrevivência de nossa espécie.
Utilizamos recursos hídricos constantemente em nosso dia a dia, sem nos darmos
conta de sua importância.
Por mais de 2000 anos acreditava-se que a água era um elemento químico único,
somente mais tarde, no século XVIII, devido a experimentos, descobriu-se que água era
um composto formado por dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio.
a) Usos domésticos
Água utilizada para preparar alimentos e para ingestão;
Água utilizada na manutenção da higiene do ambiente;
Água utilizada para regar hortaliças;
b) Usos Industriais
Alguns desses processos que são utilizados na indústria naval serão observados no
próximo item.
7
2.2.1 Destilação
então numa câmara de vácuo que reduz a temperatura de ebulição da água. A água, então,
evapora. O vapor que se forma é condensado e retirado como água pura.
2.2.2.2 Osmose
de uma célula viva) para uma solução com maior concentração de soluto. Este movimento
tem como objetivo balancear a concentração de soluto nos dois lados da membrana".
A osmose ocorre quando duas soluções salinas com concentrações diferentes estão
dispostas num meio que contenha uma membrana semipermeável, (ou seja, uma membrana
que retém a passagem de soluto deixando livre a passagem de solvente, essa retenção de
partículas de soluto acontecem devido ao diâmetro dos poros da membrana. Nenhuma
partícula em suspensão ou contaminantes dissolvidos pode fluir através da
membrana.),ocorre a movimentação de partículas de solvente da solução hipotônica para a
solução hipertônica. Como acontece a migração das moléculas de água através da
membrana semipermeável os valores das concentrações das soluções tornam-se desiguais
resultando em diferença das pressões e o processo cessa.
No esquema abaixo, pode-se verificar um sistema de osmose contendo dois
compartimentos separados por membranas semipermeáveis, onde se encontra uma solução
hipotônica em um dos compartimentos e água salobra no outro. Imediatamente, observa-
se, um fluxo preferencial da solução hipotônica difundindo-se através da membrana,
reduzindo a concentração salina da água, encontrada no outro compartimento.
montante fica para trás como rejeito. Os rejeitos são encaminhados para descarte enquanto
a água do produto é encaminhada para a seção de pós-tratamento.
O pós-tratamento é a seção que trata a água oriunda do processo. Esta seção remove o
dióxido de carbono e acrescenta produtos químicos e/ou biológicos, necessários para o uso
industrial da água do produto. Nesta seção também é realizada a remoção de
mocroorganismos como bactérias e salmonelas através do sistema de tratamento por raios
ultravioleta. Abordaremos este assunto mais detalhadamente no item 2.4. (CAIRD E
CLARK, 1999)
14
A produção de água neste setor vem ganhando força por transformar um recurso
abundante e não utilizável em um produto final de extrema importância.
Devido ao isolamento nos locais das plataformas, navios de apoio garantem seu
abastecimento com suprimentos.
abastecer banheiros e acomodações e a água industrial, que é a água utilizada para produzir
vapor em caldeiras que abastecem as turbinas. (SATAMINNI, 2010)
Devido a essa grande quantidade torna-se mais viável para a plataforma produzir
sua própria água, além da questão de transformar um recurso não utilizável em um recurso
utilizável.
Para o uso em turbinas, o vapor de água tem que ser isento de impurezas, ou seja,
totalmente destilado. Com a utilização de processos de dessalinização é possível obter água
nessas condições que aumentam a eficiência e durabilidade da turbina.
Diferente das plataformas os navios não dispões de outros navios para lhes
fornecerem suprimentos. Com isso o abastecimento de água é realizado através de
armazenamento em tanques.
Com a produção de água a bordo nos navios, consegue-se manter uma maior
autonomia em tempo de viagem no mar e reduzir paradas em portos para realizar
abastecimento com água.
16
Figura. 2.6 - Painel do Grupo de Osmose Reversa da Corveta Barroso integrante da frota
da marinha brasileira. Fonte: www.alide.com.br, acessado em: 16/11/2010
As quatro unidades de destilação podem produzir, cada uma, 100 mil galões (378
mil litros) de água doce por dia.( MCKINLEY BILL, oficial responsável pelo navio)
2.4.1 Instalação
2.4.2 Operação
Maiores moléculas são retidas pela membrana. Segundo a GEA Filtration, empresa
do ramo de filtragem, a maior parte das aplicações da tecnologia de Osmose Reversa
utiliza o sistema “cross flow”. Esse sistema é definido como um “Método de filtração onde
o escoamento do produto é paralelo à superfície do filtro para minimizar entupimentos e
maximizar a eficiência” permitindo assim a utilização contínua das membranas
autolimpantes. Como parte do fluido atravessa as membranas e o restante permanece do
lado da alimentação, os sais rejeitados são varridos para fora da membrana.
Nos sistemas de Osmose Reversa para usos industriais e comerciais, onde grandes
volumes de água são tratados requerendo-se alto nível de pureza, as pressões típicas de
operação ficam entre 100 e 1.000 psig, dependendo da membrana selecionada e da
qualidade da água que está sendo tratada. A maior parte dos sistemas comerciais e
21
industriais utiliza múltiplas membranas em série. A água processada pelo primeiro estágio
de tratamento pode ser passada por módulos de membranas adicionais para atingir níveis
superiores de tratamento. A água de rejeito também pode ser direcionada para sucessivos
módulos de membranas para aumento da eficiência, apesar de a descarga ainda ser
necessária em concentrações maiores onde a incrustação tem maior tendência de ocorrer.
O sistema de osmose reversa pode ser projetado para operação totalmente manual
ou automatizada.
2.4.2.1 Pré-filtragem
2.4.2.2 Filtragem
Nesta seção utiliza-se uma bomba de alta pressão que eleva potencialmente a
pressão da água, de aproximadamente 2.5 bar, para uma pressão em geral da ordem de 50
bar. (MANUTENÇÃO OFFSHORE, 2010)
água sem que haja ruptura, e seus orifícios devem ter o menor tamanho possível para
bloquear a passagem das impurezas permitindo assim somente a passagem da água.
No arranjo em espiral, duas folhas de membranas são unidas com uma tela em seu
interior e suas laterais coladas. A partir daí são enroladas ao redor de um tubo e separadas
externamente por mais uma tela. Uma das telas forma o canal de coleta de permeado, a
outra, o canal de alimentação. O arranjo em espiral torna o sistema mais compacto e
facilita a operação a altas pressões em virtude do formato cilíndrico dos
módulos.(ORISTANIO, PEIG E SARTORI, 2006)
As membranas de osmose reversa específicas para água do mar, têm três tipos de
diâmetros: 2.5”, 4” e 8”. O que se traduz num intervalo máximo de fluxo de permeado1 de
1.4 a 37.9 m3/d. Por isso é sempre necessário saber o fluxo de permeado desejado para
escolher o tipo diâmetro membranar.
1
Permeado: Os produtos não-concentrados resultantes da filtração. Produto que passou pela
membrana (GEA FILTRATION, 2010)
25
Nessa seção é realizada uma filtragem final. Após a filtragem são realizados os
ajustes de ph e reposição de sais minerais através de um filtro mineralizador. Produtos
químicos são adicionados com o objetivo de combater a corrosão. Esses tipos de produtos
possuem dentre outros componentes, o dióxido de carbono.
A utilização dos sistemas de dessalinização é uma realidade cada vez mais presente
no campo naval/offshore.
2.5.1 Vantagens
mais. Esse aumento parece ser pequeno, porém se tratando de aumento de eficiência de
uma turbina a vapor de um navio ou uma plataforma é considerado bastante expressivo.
2.5.2 Desvantagens
Estão sendo investidas pesquisas para utilização de energia solar e energia eólica
para a redução do consumo de energia. Nos navios da Marinha essa preocupação com o
gasto de energia é mais acentuada, pois com a redução do gasto de energia obtemos uma
redução do gasto de combustível. Originando então um navio mais eficiente e com maior
capacidade de combate.
Ao pensar em água dessalinizada associamos o custo como fator decisivo para estes
sistemas.
Porém ao longo dos anos pode-se observar que o custo destas tecnologias vêm
caindo muito, devido ao avanço tecnológico e também a produção em maiores escalas.
mensal ou por metro cúbico de água produzida, mais conveniente. (SATTAMINI, LUCIO,
2010)
Ao somar estas duas parcelas de custo obtemos o custo total mensal, ou por volume
de água produzida.
3. CONCLUSÃO
Visto que vários países já enfrentam problemas de escassez de água, sua utilização
só tende a crescer já que a falta de recursos hídricos é um problema iminente.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
<http://www.blogmercante.com/2010/10/seakettle-um-bote-salva-vidas-com-
dessalinizador-incorporado/>. Acesso em 02 nov. 2010.
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mar.html>. Acesso em: 05 mar. 2010.
CAIRD E CLARK. The Brazilian Naval Commission : RO30 Reverse Osmosis Plant.
1999, 66p.
<http://ecoviagem.uol.com.br/fique-por-dentro/artigos/meio-ambiente/dessalinizacao-da-
agua-682.asp>. Acesso em: 05 mar. 2010
<http://www.geafiltration.com/Portuguese/glossario_de_terminologias_em_filtracao.asp>.
Acesso em: 28 set. 2010
MUSTAFA G.. Efluentes líquidos zero na indústria química. Salvador. 2005. 61p.
<http://www.naval.com.br/blog/2010/01/18/carl-vinson-comeca-a-fornecer-agua-
produzida-a-bordo-para-os-haitianos/>. Acesso em : 10 ago. 2010
<http://labvirtual.eq.uc.pt/siteJoomla/index.php?Itemid=413&id=223&option=com_conten
t&task=view>. Acesso em: 22 jun. 2010.
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Acesso em: 03 mar. 2010.
<http://www.prominent.com.br/desktopdefault.aspx/tabid-8595/242_read-3905/>. Acesso
em: 07 mar. 2010.
<http://www.prominent.com.br/desktopdefault.aspx/tabid-8586/227_read-3539/>. Acesso
em: 07 mar. 2010.
<http://rascunhogeo.wordpress.com/2009/09/26/a-tecnologia-de-dessalinizacao-aumenta-
a-capacidade-naval/ >. Acesso em: 07 mar. 2010.
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sua-distribuicao-espacial>. Acesso em 15 set. 2010.
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WATER ON LINE. Siemens To Provide Seawater Reverse Osmosis Packages For Oil
Fields. Disponível em:
<http://www.wateronline.com/article.mvc/Siemens-To-Provide-Seawater-Reverse-
Osmosis-0001>. Acesso em: 09 out. 2010.