Você está na página 1de 16

ESTADO DO MARANHÃO

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO


PROCURADORIA JUDICIAL

AO JUÍZO DA 5ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DO TERMO JUDICIÁRIO DE


SÃO LUÍS – COMARCA DA ILHA DE SÃO LUÍS/MA

Processo n.º 0828903-63.2017.8.10.0001


Autora: Thais Lara de Jesus Passos
Réu: Estado do Maranhão

ESTADO DO MARANHÃO, pessoa jurídica de direito público interno, com


sua Procuradoria Geral situada na Av. Presidente Juscelino, Lote 25 Quadra 22, Quintas do Calhau,
nesta Capital, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, através da Procuradora que esta
subscreve, nos termos do art. 335 do CPC oferecer a presente

CONTESTAÇÃO

à ação pelo rito comum ajuizada por THAIS LARA DE JESUS PASSOS, já qualificada, pelas
razões de fato e de direito adiante expostas.

I – DA TEMPESTIVIDADE

Inicialmente, deve-se ressaltar a tempestividade da presente contestação.

O Estado do Maranhão deu-se por citado via PJE, no dia 16/02/2018.

Assim, sendo de 30 (trinta) dias o prazo para a apresentação de resposta pela


Fazenda Pública Estadual, nos termos do art. 335 c/c o art. 183, ambos do Código de Processo
Civil, é tempestiva a presente Contestação.

1
PGE - Av. Presidente Juscelino, Lote 25, Quadra 22, Quintasdo Calhau - São Luís/MA
Tel.: 3235-6767 E-mail: pgema@elo.com.br
ESTADO DO MARANHÃO
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
PROCURADORIA JUDICIAL

II – DOS FATOS

Alega a autora que prestou Concurso Público da Polícia Militar/MA, para o


cargo de Soldado Combatente Militar, conforme Edital nº 03/2012 da Secretaria de Estado de
Gestão e Previdência.

Aduz que atingiu coeficiente superior ao mínimo necessário para a aprovação na


prova objetiva, qual seja, 40% (quarenta por cento) de acertos, equivalentes a 24 (vinte e quatro)
questões corretas e 01 (um) acerto em cada disciplina.

Acrescenta que seu nome não figurou na lista de aprovados e convocados para
a segunda fase (Teste de Aptidão Física- TAF) e que candidatas com pontuação inferior à sua foram
convocadas em 2015, na condição sub judice.

Por fim, requereu tutela de urgência para ser convocada para realização do Teste
de Aptidão Física – TAF e prosseguir nas demais etapas do concurso, bem como ser matriculada
de imediato no Curso de Formação de Soldados. No mérito, pediu a confirmação da liminar e a
condenação do Estado em danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais).

A liminar foi indeferida por este D. Juízo (ID 9710630).

Eis a síntese dos fatos.

III – DO MÉRITO

III.1. DA LEGALIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO IMPUGNADO PRINCÍPIOS


CONSTITUCIONAIS DA LEGALIDADE, IMPESSOALIDADE, MORALIDADE E
ISONOMIA (ART.37 DA CF) - PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO AO EDITAL.

Em se tratando de acesso a cargos públicos, mister destacar os princípios que


regem a Administração Pública, previstos no art. 37, caput, da Constituição Federal, sobretudo os
princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, além do princípio da isonomia (art. 5º,
caput, CF).

2
PGE - Av. Presidente Juscelino, Lote 25, Quadra 22, Quintasdo Calhau - São Luís/MA
Tel.: 3235-6767 E-mail: pgema@elo.com.br
ESTADO DO MARANHÃO
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
PROCURADORIA JUDICIAL

Isso porque a investidura em cargos e empregos públicos depende do


preenchimento dos requisitos previstos na legislação, bem como da aprovação prévia em concurso
público, em que se busca a seleção dos melhores e mais qualificados profissionais, razão pela qual
é exigido tratamento igualitário a todos os candidatos e a divulgação prévia das regras via Edital do
certame.

Assim, o Edital consiste no ato normativo publicado pela Administração Pública


para disciplinar o processamento do concurso público, subordinado à lei e com força de vincular
os candidatos e a própria Administração, que não pode se afastar das regras previamente fixadas,
sob pena de violação aos princípios da legalidade e da impessoalidade.

Nesse sentido, cumpre esclarecer que o Edital n.º 03, de 10 de outubro de 2012,
em seu item 9.1.2, estabelece a limitação de convocação de candidatos para a segunda etapa do
certame, o teste de aptidão física - TAF:

9 - DA SEGUNDA ETAPA: TESTE DE APTIDÃO FÍSICA


(TAF) (PARA TODOS OS CARGOS)
9.1 Serão submetidos ao Teste de Aptidão Física, de caráter
eliminatório, somente os candidatos aprovados na Primeira
Etapa, sendo que:
9.1.1 Para os cargos de QPPM – Músico, Soldado Bombeiro Militar
e Soldado Musico Bombeiro serão convocados até 03 (três) vezes o
número de vagas.
9.1.2 Para o cargo de Soldado PM Combatente serão
convocados até 3.000 candidatos, discriminados na tabela a
seguir:

Ao aderir às normas do certame, os candidatos se sujeitaram às exigências do


edital. Não pode a parte autora, portanto, pretender tratamento diferenciado contra disposição
expressa e pública da lei interna a que se obrigou.

Esses parâmetros foram elaborados para todos os candidatos, traçados dentro


dos princípios do Direito Administrativo, e primam pela forma igualitária de tratamento.

3
PGE - Av. Presidente Juscelino, Lote 25, Quadra 22, Quintasdo Calhau - São Luís/MA
Tel.: 3235-6767 E-mail: pgema@elo.com.br
ESTADO DO MARANHÃO
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
PROCURADORIA JUDICIAL

Uma vez estabelecidas as regras do procedimento e anuídas pela candidata no


momento da inscrição, estas devem ser seguidas à risca por todos os envolvidos, não podendo
delas se afastar, sob pena de ofensa direta aos princípios da legalidade e da vinculação ao
instrumento convocatório.

Dessa forma, o acolhimento do pleito da parte autora pode gerar precedente que
inviabilizará a realização de outros certames e inverterá a prioridade normal existente do interesse
público sobre o interesse exclusivo de alguns candidatos.

Muito embora tenha sido considerada aprovada, a candidata não atingiu


a nota de corte para a localidade escolhida, qual seja, São Luís. Sendo assim, não se
classificou dentro do número de vagas para a próxima fase.

Cabe ressaltar que o Supremo Tribunal Federal já decidiu em plenário sobre esse
tema:

Recurso Extraordinário. Repercussão Geral. 2. Concurso


Público. Edital. Cláusulas de Barreira. Alegação de violação
aos arts. 5º, 37, inciso I, da Constituição Federal. 3. Regras
restritivas em editais de concurso público, quando fundadas
em critérios objetivos relacionados ao desempenho meritório
do candidato, não ferem o princípio da isonomia. 4. As
cláusulas de barreira em concurso público, para seleção dos
candidatos mais bem classificados, têm amparo
constitucional. 5. Recurso extraordinário provido.
(STF - RE: 635739 AL, Relator: Min. GILMAR MENDES, Data de
Julgamento: 19/02/2014, Tribunal Pleno, Data de Publicação:
ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-193 DIVULG 02-10-2014
PUBLIC 03-10-2014)

Acerca do assunto, o Egrégio Tribunal do Estado do Maranhão assim se


manifesta:

MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO.


DUPLA ETAPA. CLASSIFICAÇÃO DE CANDIDATOS PARA
A SEGUNDA FASE. No concurso para preenchimento de
cargo público, que se desenvolve em duas etapas, pode o

4
PGE - Av. Presidente Juscelino, Lote 25, Quadra 22, Quintasdo Calhau - São Luís/MA
Tel.: 3235-6767 E-mail: pgema@elo.com.br
ESTADO DO MARANHÃO
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
PROCURADORIA JUDICIAL

edital estabelecer um critério classificatório de modo que só


concorrerão na segunda fase do certame um determinado
número de candidatos, resultando daí que aquele que ficou fora
da classificação estabelecida, não detém direito líquido e certo de
obter vaga no do Curso de Formação Profissional (segunda fase)
previsto no edital; candidato que desfruta de uma mera expectativa
de direito, e que fica dependendo, evidentemente, de eventuais
desistências que venham se verificar dentre os melhor posicionados
na disputa. Segurança denegada (TJ/MA, Des. José Stélio Nunes
Muniz, MS nº 22762/2002, DJ 11/10/2000, CÂMARAS CÍVEIS
REUNIDAS).

CONSTITUCIONAL. CONCURSO PÚBLICO. CONDIÇÕES


PREVISTAS EM EDITAL. HABILITAÇÃO E
CLASSIFICAÇÃO. NÃO OCORRÊNCIA. IMPROVIMENTO. I
- O Edital é instrumento pelo qual a Administração Pública
estabelece termos e critérios dos concursos que promove,
destarte a limitação de vagas para a 2ª etapa de certame inclui-
se no âmbito do poder discricionário, sendo decidida de
acordo com juízo de conveniência e oportunidade; II - não
havendo ilegalidade nas normas do edital, descabe ao Poder
Judiciário controlar a oportunidade e conveniência do ente
organizador do concurso; III - a convocação para a 2ª etapa
possui como pré-requisito a classificação do candidato no
limite de vagas previstas no Edital. Se o candidato, apesar de
ter alcançado a aprovação na primeira fase do concurso, ficou
posicionado além do limite fixado para prosseguir no certame,
razão pela qual se deu sua exclusão, não há falar-se em
qualquer irregularidade praticada pela Administração;III -
apelação improvida (389812005 MA , Relator: CLEONES
CARVALHO CUNHA, Data de Julgamento: 14/01/2008, SAO
LUIS).

Infere-se, portanto, que, para a convocação para o TAF, além do critério de


“nota mínima”, também foi imposto um critério limitativo quanto ao número de candidatos que
seriam convocados, sendo que, como dito anteriormente, seriam convocados os candidatos que
tivessem a maior pontuação.

Verifica-se o julgado recente do egrégio Tribunal de Justiça do Maranhão, que


dispõe:

5
PGE - Av. Presidente Juscelino, Lote 25, Quadra 22, Quintasdo Calhau - São Luís/MA
Tel.: 3235-6767 E-mail: pgema@elo.com.br
ESTADO DO MARANHÃO
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
PROCURADORIA JUDICIAL

MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO.


SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR. AUSÊNCIA DE
COMPROVAÇÃO DE PRETERIÇÃO. CANDIDATO
CONVOCADO EM DECORRÊNCIA DE DECISÃO
JUDICIAL. NOTA DE CORTE.
I - A convocação de candidato com pontuação inferior a do
impetrante, não configura preterição, quando comprovado
nos autos que esta se deu em decorrência de decisão judicial.
II - Havendo no edital do concurso cláusula expressa que
prevê a quantidade de candidatos que seriam convocados para
a segunda etapa, não há que se falar em convocação do
impetrante para o Teste de Aptidão Física, se o mesmo não se
classificou dentro do número de vagas, tendo em vista que
deixou de alcançar a pontuação mínima.
(TJ-MA - MS: 0496942015 MA 0008865-37.2015.8.10.0000,
Relator: JORGE RACHID MUBÁRACK MALUF, Data de
Julgamento: 05/02/2016, PRIMEIRAS CÂMARAS CÍVEIS
REUNIDAS, Data de Publicação: 18/02/2016)

Assim, conforme julgado acima descrito, observa-se que a candidata não atingiu
a nota de corte, logo, não foi convocada para próxima fase, que consiste no TAF - Teste de Aptidão
Física.

E ainda, o Egrégio Tribunal do Estado do Maranhão assim se manifesta:

MANDADO DE SEGURANÇA. DIREITO


CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. CONCURSO
PÚBLICO. DELEGADO DE POLÍCIA. LIMITAÇÃO DE
CANDIDATOS PARA PARTICIPAÇÃO NA SEGUNDA
ETAPA DO TORNEIO. NOTA DE CORTE. LEGALIDADE.
INEXISTÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO.
I - A delimitação feita pelo Edital da concorrência, do número
de candidatos que passariam para a próxima etapa,
estabelecendo também uma nota de corte, não viola qualquer
principio ou regra constitucional, ainda mais quando o
candidato, embora aprovado na prova objetiva, não alcança a
pontuação mínima necessária
na prova dissertativa para prosseguir nas etapas subsequentes.
II - Mandado de Segurança denegado.
ACÓRDÃO

6
PGE - Av. Presidente Juscelino, Lote 25, Quadra 22, Quintasdo Calhau - São Luís/MA
Tel.: 3235-6767 E-mail: pgema@elo.com.br
ESTADO DO MARANHÃO
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
PROCURADORIA JUDICIAL

Dr. LUIZ GONZAGA ALMEIDA FILHO - Relator Substituto-


MANDADO DE SEGURANÇA Nº 009303/2013 - SÃO
LUÍS/MA
NÚMERO DO PROCESSO: Nº 0002052-62.2013.8.10.0000.

MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO.


SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR. DIVULGAÇÃO DA
LISTA DE CLASSIFICADOS PARA A SEGUNDA ETAPA.
OFENSA AOS PRINCÍPIOS DA PUBLICIDADE E DA
ISONOMIA. NÃO OCORRÊNCIA.
I- Quando resta esclarecido no concurso público, através do edital
e de notas publicadas no site da instituição responsável pela
elaboração da prova, os critérios de classificação para a etapa
seguinte do certame, não há que se falar em ofensa ao princípio da
publicidade.
II- É válida a limitação de convocação de candidatos para a
próxima etapa do certame, com base na nota de corte.
(TJMA, Mandado de Segurança n.º 8.556/2013, Rel. Des. Jorge
Rachid MUBÁRACK MALUF, CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS,
julgado em 05.07.2013, DJ 15.07.2013).

MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO.


CONCURSO PÚBLICO. SOLDADO COMBATENTE.
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO MARANHÃO. NOTA
DE CORTE. NÃO ATINGIMENTO. PRETERIÇÃO. NÃO
VERIFICADA. SEGURANÇA DENEGADA.
1. Havendo previsão expressa em edital de concurso público
dispondo que somente serão convocados para uma de suas
etapas os candidatos aprovados e classificados até uma
determinada posição, não há direito líquido e certo de o
candidato prosseguir no certame caso não tenha atingido a
respectiva nota de corte.
2. In casu, a convocação pressupõe a combinação de dois
requisitos, a saber, a aprovação na primeira etapa e a obtenção
de desempenho suficiente para transpor a barreira da nota de
corte, não se afigurando, no entanto, ter sido o último
requisito preenchido pelo impetrante.
3. Não se caracteriza preterição caso o candidato
supostamente prejudicado haja efetivamente obtido
desempenho inferior ao de seus concorrentes e, ademais, não
tenha ultrapassado a nota de corte para o prosseguimento no
certame.
4. Segurança denegada.

7
PGE - Av. Presidente Juscelino, Lote 25, Quadra 22, Quintasdo Calhau - São Luís/MA
Tel.: 3235-6767 E-mail: pgema@elo.com.br
ESTADO DO MARANHÃO
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
PROCURADORIA JUDICIAL

(TJMA, Mandado de Segurança n.º 14.314/2013, Rel. Des. Kleber


COSTA CARVALHO, CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS, julgado
em 05.07.2013, DJ 12.07.2013).

Além disso, a alegação de que outras candidatas com pontuações inferiores à da


autora foram convocadas, não merece prosperar, tendo em vista que se trata de situação diversa,
ou seja, localidades e/ou cargos diferentes, conforme resultado definitivo da prova objetiva, ou
mesmo decorrente de liminar:

 01. Jaqueline Martins De Sousa, 31 pontos: Soldado Combatente –


Interior, CPAI-4 - 8ª CI – ITAPECURU, localidade diferente da escolhida
pela autora, tendo a nota de corte, após a redução, alcançado 31 (trinta e um)
pontos;
 02. Kezia Soares Dos Santos, 31 pontos: Soldado Combatente – São Luís,
cuja convocação se decorreu de decisão judicial;
 03. Kelly Ane Santo De Araújo, 27 pontos: Soldado Combatente –
Interior, 8.10. CPAI-3 - 3º BPM – IMPERATRIZ, localidade diferente,
tendo a convocação se dado por determinação judicial;
 04. Camila Maria Magalhães Barros, 26 pontos: Soldado Bombeiro
Combatente – São Luís, cujo cargo é diferente do escolhido pela autora;
 05. Helem Patrícia Dos Santos Oliveira, 24 pontos: Soldado Combatente
– Interior, CPAI-3 - 3º BPM – IMPERATRIZ, em localidade diferente da
escolhida pela autora, tendo a convocação ocorrido por determinação
judicial;

Diante disso, não é correto dizer que a autora foi prejudicada pela convocação
das candidatas listadas acima, pois a ordem de chamada e consequente nota de corte são específicas
para cada localidade e cargo disputado.

Ainda, mesmo no caso em que coincide o cargo e a localidade, ocorreu a


denominada condição sub judice, pois a convocação foi provocada por decisão judicial, de caráter

8
PGE - Av. Presidente Juscelino, Lote 25, Quadra 22, Quintasdo Calhau - São Luís/MA
Tel.: 3235-6767 E-mail: pgema@elo.com.br
ESTADO DO MARANHÃO
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
PROCURADORIA JUDICIAL

precário e que pode ser revogada ao final do julgamento da ação, logo, a convocação de candidatos
em razão do cumprimento de determinações judiciais não implica preterição.

A Presidência do Tribunal de Justiça do Maranhão já pacificou este


entendimento, em 27 de abril de 2016. O Estado do Maranhão formulou pedido de suspensão
contra infindáveis antecipações de tutela e liminares deferidas em primeiro grau, as quais
determinavam que candidatos ao cargo de soldado combatente não convocados por não superarem
a cláusula de barreira continuassem no concurso. Eis o deferimento da suspensão:

“De plano, verifico que as razões esposadas pelo requerente em relação à


alegada violação à ordem pública merecem guarida, pois a liminar deferida pelo
Juízo de base culmina em uma invasão à esfera de atuação do
Executivo, configurando-se, por tal motivo, a alegada lesão à ordem, abalada
ante a ofensa a um dos princípios basilares da Carta Política Federativa, que é
a independência entre os Poderes.
Compete ao Poder Judiciário, tão somente, o controle da legalidade dos
atos discricionários praticados pelo Poder Executivo, não podendo o controle
judicial invadir o mérito administrativo, consubstanciado nos critérios da
conveniência e oportunidades administrativas. Nesse aspecto, a adoção de
regras classificatórias em certame público, desde que não
infrinjam a legalidade, como ora ocorre, estão excluídas da
seara da atuação do Judiciário.
Sob outro aspecto, ressalte-se a significativa quantidade de outros
candidatos, que pleiteiam o reconhecimento do direito a continuar no certame sem
o alcance da nota de corte, a ensejar o surgimento de inúmeras demandas judiciais
com o mesmo objeto, caracterizando o denominado efeito multiplicador, lesivo à
economia pública, como robustamente comprovado pelo requerente às fls.
72/275, de forma a inviabilizar a continuidade do concurso em tela.
Em suma, na presença de concretização do efeito multiplicador, muito
mais na efetivação deste (demonstrado in casu), tem-se a imobilização de parte
do orçamento com o atendimento de despesas não antevistas para determinada
época, oriundas de decisões judiciais pontuais para acolher interesse individual,
o que retira a discricionariedade do administrador público e termina por
inviabilizar a administração. Tal fato, per si, tem o condão de gerar lesão à
economia pública, ameaçada pelo momento em que vivemos, com graves restrições
orçamentárias a justificar a não assunção de novas despesas, aqui geradas pela
classificação de mais candidatos do que inicialmente previsto no edital do
concurso, de forma a majorar os custos para realização das demais etapas do
certame, o que autoriza a suspensão da decisão objeto deste incidente.
Por tais motivos, alhures elencados, tem-se à lesão à ordem e economia
públicas, de forma a autorizar o acolhimento do pleito suspensivo ora formulado.
9
PGE - Av. Presidente Juscelino, Lote 25, Quadra 22, Quintasdo Calhau - São Luís/MA
Tel.: 3235-6767 E-mail: pgema@elo.com.br
ESTADO DO MARANHÃO
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
PROCURADORIA JUDICIAL

Diante do exposto, DEFIRO o presente pleito, para


suspender a liminar proferida pela MM. Juíza de Direito da 1ª Vara da
Fazenda Pública do Termo Judiciário de São Luís, nesta Comarca, nos autos
da Ação Ordinária, com Pedido de Tutela Antecipada n.º 0802617-
82.2016.8.10.0001”

Nesse sentido, veja-se decisões transcritas a seguir:

DIREITO ADMINISTRATIVO – APELAÇÃO CÍVEL –


CONCURSO PÚBLICO PARA O METRÔ – APROVAÇÃO –
NOMEAÇÃO – EXPECTATIVA DE DIREITO DENTRO DO
NÚMERO DE VAGAS E OBSERVADA A ORDEM DE
CLASSIFICAÇÃO – CANDIDATO CONVOCADO EM
DECORRÊNCIA DE DECISÃO JUDICIAL –
INOCORRÊNCIA DE PRETERIÇÃO – RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO.
1. É pacífico o entendimento de que “os candidatos aprovados
em concurso público não têm o direito à nomeação e à posse no
cargo, mas somente o direito de não serem preteridos na ordem de
classificação pela administração, que deve observar os princípios da
conveniência, oportunidade, legalidade, eixstentes as vagas, o que
não ocorre no caso da nomeação decorrer de determinação judicial,
por não existir ato própria da administração.
2. Não há preterição de candidato aprovado em concurso
público se a nomeação de outros candidatos, ainda que pior
classificados, se deu por força de deicsão judicial. (TJ-DF APC
20130110640535, 2ª Turma Cível, Julgado em 31 de julho de 2013,
DJe 18 de agosto de 2013)

DIREITO ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL.


RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA.
CONCURSO PÚBLICO. ORDEM DE CLASSIFICAÇÃO.
CONVOCAÇÃO. CANDIDATO. CLASSIFICAÇÃO
INFERIOR. PRETERIÇÃO. MAIS BEM COLOCADO. NÃO
CONFIGURAÇÃO. ORIGEM. DECISÃO JUDICIAL.
JURISPRUDÊNCIA. AUSÊNCIA PROVA PRÉ-
CONSTITUÍDA. NOMEAÇÃO. CANDIDATOS SEM ORDEM
JUDICIAL.
1. Em concurso público, a convocação para as etapas
subsequentes de candidato em posição inferior na lista de
classificação não configura preterição de outro candidato mais
bem classificado quando for decorrente do cumprimento de
ordem judicial. Precedentes.

10
PGE - Av. Presidente Juscelino, Lote 25, Quadra 22, Quintasdo Calhau - São Luís/MA
Tel.: 3235-6767 E-mail: pgema@elo.com.br
ESTADO DO MARANHÃO
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
PROCURADORIA JUDICIAL

2. Pretendendo o impetrante configurar a preterição também


pela nomeação de pessoas sem o aludido substrato da ordem
judicial, deve apresentar documentação que sirva de prova pré-
constituída dessa alegação, pena de denegação da ordem.
3. Recurso ordinário em mandado de segurança não provido.
(STJ – RMS 44672 ES 2013/0422888-2, T2 – Segunda Turma,
Julgado em 11 de março de 2014, DJE 17/03/2014).

A convocação de candidatos, ainda que com notas inferiores à alcançada pela


parte autora, estritamente em razão de determinação judicial, não decorre da liberalidade e
conveniência da Administração Pública, uma vez que cabe a esta, tão somente, promover o
cumprimento da ordem mandamental exarada pelo juízo competente.

Dessa forma, entende-se não haver preterição de candidato aprovado em


concurso público se a convocação ou nomeação de outros candidatos deu-se em razão de força de
decisão judicial, uma vez que a coisa julgada não se estende a terceiros estranhos ao processo.

Portanto, demonstrada de forma clara e detalhada a verdade dos fatos


efetivamente ocorrida, bem como a necessidade de que o Poder Judiciário não faça da lei do
concurso uma letra morta, não assiste razão aos argumentos apresentados pela parte demandante,
uma vez que todos os princípios e normas legais foram respeitados, devendo os pedidos
formulados na inicial serem julgados improcedentes.

III.2. NOVA NOTA DE CORTE DECORRENTE DA PORTARIA N.º 128, DE 24 DE


JUNHO DE 2015

Há que mencionar que em razão da portaria n.º 128, de 24 de junho de 2015 ter
convocado 2.294 (dois mil duzentos e noventa e quatro) candidatos para a realização do teste de
aptidão física, a nota de corte, em alguns casos, foi reduzida.

De fato, a nova nota de corte, em CASOS ESPECÍFICOS, chega ao patamar


de 24 pontos. Como exemplo, têm-se os cargos de soldado bombeiro – soldado músico –
percussionista; de soldado PM QPPM Músico Contrabaixista SIB, ambos para a localidade de São
Luís, que tiveram a nota de corte reduzida para 24 pontos, conforme informações prestadas pela

11
PGE - Av. Presidente Juscelino, Lote 25, Quadra 22, Quintasdo Calhau - São Luís/MA
Tel.: 3235-6767 E-mail: pgema@elo.com.br
ESTADO DO MARANHÃO
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
PROCURADORIA JUDICIAL

Secretaria de Estado da Gestão e Previdência - SEGEP (em anexo). Porém, é importante frisar
que a nota de corte tem como base a pontuação do último candidato convocado para cada
cargo/localidade. Dessa forma, a nota de corte de um cargo e localidade não pode ser estendida
aos demais.

Eis julgados recentes deste Tribunal de Justiça:

MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO.


SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR. CONVOCAÇÃO PARA
TESTE DE APTIDÃO FÍSICA. PONTUAÇÃO MÍNIMA NÃO
ATINGIDA. AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO.
DENEGAÇÃO DA ORDEM. I - Em que pese o entendimento
firmado nos julgamentos dos órgãos deste Tribunal, de que a nota
de corte foi reduzida drasticamente, podendo chegar ao patamar
aproximado de 23 (vinte e três) a 24 (vinte e quatro) pontos, após a
convocação de mais 2.294 (dois mil, duzentos e noventa e quatro)
candidatos excedentes do concurso da Polícia Militar, no presente
caso, A LOTAÇÃO PRETENDIDA É PARA A CIDADE de
Chapadinha e, mesmo após a convocação dos excedentes, a
nota de corte não foi reduzida. II - Considerando que a
eliminação do candidato do concurso público para o cargo de
Soldado Combatente se deu em razão de não ter atingido a nota de
corte, não há que se falar em direito líquido e certo à convocação
para prosseguimento no certame.
(TJ-MA - MS: 0329272015 MA 0006012-55.2015.8.10.0000,
Relator: JORGE RACHID MUBÁRACK MALUF, Data de
Julgamento: 06/11/2015, PRIMEIRAS CÂMARAS CÍVEIS
REUNIDAS, Data de Publicação: 16/11/2015)

“… em que pese o entendimento firmado nos julgamentos dos


órgãos deste Tribunal, de que a nota de corte foi reduzida
drasticamente, podendo chegar ao patamar aproximado de 23
(vinte e três) a 24 (vinte e quatro) pontos, baseado no fato
superveniente público e notório de que o atual governo, sob a
administração do Governador Flávio Dino, decidiu convocar dentre
os excedentes, mais 2.294 (dois mil duzentos e noventa e quatro)
candidatos do concurso da Polícia Militar, entendo que no presente

12
PGE - Av. Presidente Juscelino, Lote 25, Quadra 22, Quintasdo Calhau - São Luís/MA
Tel.: 3235-6767 E-mail: pgema@elo.com.br
ESTADO DO MARANHÃO
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
PROCURADORIA JUDICIAL

caso, deve-se ressaltar QUE A LOTAÇÃO PRETENDIDA É


PARA A CIDADE de Pindaré e, mesmo após a convocação
dos excedentes, a nota de corte não foi reduzida.
Isto porque, verifiquei em consulta realizada no site da Fundação
Sousândre, que todos os candidatos constantes da lista de
convocação no Edital n.º 001-3/2015 SEGEP/MA – 3ª
CONVOCAÇÃO – RETIFICADO EM 13/07/2015 (EDITAL
016-3/2015), no cargo de Soldado Combatente da PM/MA, com
lotação em Pindaré, atingiram 31 (trinta e um) pontos, o que afasta
a alegação de ofensa ao princípio da publicidade […]” (TJ-MA - MS:
49.694/2015, Relator: Desembargador JORGE RACHID
MUBÁRACK MALUF, Data de Julgamento: 05/02/2016,
PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL)

Segundo informações fornecidas pela SEGEP (em anexo), a quantidade


de convocados para cada cargo/localidade gerou uma nova nota de corte para a autora:

Nota de Corte Nova nota


Candidato Pontuação Localidade
antes da portaria de Corte
Thais Lara de
Jesus Passos
33 São Luís 38 37

Pode-se depreender pela análise da tabela, que mesmo com a redução da


nota de corte, a pontuação obtida pela candidata não foi suficiente para ensejar sua
convocação, ou seja, deve ser observado o caso concreto para o cargo/localidade
pretendido pela autora.

A candidata em questão atingiu pontuação inferior à pontuação da última


candidata convocada em razão da Portaria citada, ou seja, mesmo com a redução da nova nota de
corte, a candidata não faz jus ao direito que alega ter.

A convocação da autora para a realização do TAF seria um desrespeito ao


princípio da isonomia, visto que uma decisão judicial proferida de forma isolada estaria
privilegiando tal candidata em detrimento de inúmeros outros. Essa convocação também
desrespeitaria o princípio da vinculação ao edital, uma vez que o edital regente do certame traz

13
PGE - Av. Presidente Juscelino, Lote 25, Quadra 22, Quintasdo Calhau - São Luís/MA
Tel.: 3235-6767 E-mail: pgema@elo.com.br
ESTADO DO MARANHÃO
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
PROCURADORIA JUDICIAL

cláusula expressa determinando a quantidade de candidatos a serem convocados para o teste de


aptidão física.

III.3. DO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES (ART. 2º, CF)

Verifica-se, ainda, que eventual julgamento de procedência implicaria na


indevida interferência do Poder Judiciário na seara do mérito administrativo, afrontando
diretamente o princípio da separação dos poderes constante do art. 2.º da Constituição Federal:

Art. 2.º - São Poderes da União, independentes e harmônicos


entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

De acordo com esse comando, é o Poder Executivo, no exercício do seu poder


discricionário, quem verifica, no caso concreto, a conveniência e a oportunidade de serem
realizados atos da Administração, incluindo, especificamente, a definição dos critérios necessários
para o ingresso em cargos públicos, desde que previamente estabelecidos em lei e posteriormente
definidos no Edital devidamente publicado e, portanto, de pleno conhecimento de todos os
candidatos.

Não pode, pois, o Judiciário condenar o Estado a aprovar candidata que


não atingiu a note de corte em concurso público, uma vez que não pode substituir a
Administração Pública no exercício do poder discricionário.

Destaque-se que o Superior Tribunal de Justiça já decidiu que tratando-se de


concurso público, os critérios de avaliação dos candidatos se inserem na seara da conveniência e
oportunidade da Administração, não podendo, pois, o Poder Judiciário substituir-se ao Executivo,
sob pena de comprometer, irreversivelmente, o Estado de Direito, conforme se verificam das
ementas transcritas a seguir:

AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL.


CONCURSO PÚBLICO. CLÁUSULAS EDITALÍCIAS.
REEXAME DE QUESTÕES DE PROVA.
IMPOSSIBILIDADE. - Esta Corte entende que a

14
PGE - Av. Presidente Juscelino, Lote 25, Quadra 22, Quintasdo Calhau - São Luís/MA
Tel.: 3235-6767 E-mail: pgema@elo.com.br
ESTADO DO MARANHÃO
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
PROCURADORIA JUDICIAL

competência do Poder Judiciário, nas ações relacionadas com


concursos públicos, limita-se ao exame da legalidade das
cláusulas editalícias e dos atos praticados por ocasião da
realização do certame, sendo vedada a avaliação dos critérios
de formulação de questões, de correção de provas e de
atribuição de notas aos candidatos, tarefas cuja
responsabilidade é da banca examinadora. Agravo regimental
improvido.
(STJ - AgRg no REsp: 1221807 RJ 2010/0201051-0, Relator:
Ministro CESAR ASFOR ROCHA, Data de Julgamento:
28/02/2012, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe
07/03/2012)

“ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO.


PROCURADOR DO ESTADO DA PARAÍBA. PROVA.
CRITÉRIOS DE CORREÇÃO. APRECIAÇÃO DO PODER
JUDICIÁRIO. IMPOSSIBILIDADE. MATÉRIA PREVISTA
EM EDITAL.
1. Nas demandas em que se discutem concurso público, a
atuação do Poder Judiciário limita-se ao exame da legalidade
do certame, vedada a apreciação dos critérios utilizados pela
banca examinadora para formulação de questões e atribuição
das notas aos candidatos, sob pena de indevida incursão no
mérito administrativo. Precedentes.
2. A aplicação de prova discursiva em concurso público visa
avaliar a apresentação e estrutura textual, conhecimento da norma
culta de gramática, e domínio do conteúdo indicado. Em razão
disso, não raro, a questão exige do candidato conhecimento
multidisciplinar e a capacidade de examinar a matéria sob o prisma
constitucional e de legislação infraconstitucional.
3. O exame atento da questão impugnada, cuja anulação se
objetiva no writ, evidencia que o assunto suscitado -
dissertação sobre os requisitos para a conversão do negócio
jurídico - estava incluso no conteúdo programático previsto
em edital.
4. Recurso ordinário a que se nega provimento.” (RMS
30.473/PB, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO,
Rel. p/ Acórdão Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA,
julgado em 27/11/2012, DJe 04/12/2012)

Assim, não pode o Poder Judiciário substituir o Poder Executivo Estadual no


exercício de suas atribuições, sob pena de grave afronta ao princípio da separação de poderes, visto

15
PGE - Av. Presidente Juscelino, Lote 25, Quadra 22, Quintasdo Calhau - São Luís/MA
Tel.: 3235-6767 E-mail: pgema@elo.com.br
ESTADO DO MARANHÃO
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
PROCURADORIA JUDICIAL

ser de iniciativa exclusiva desse último a aferição dos critérios de oportunidade e conveniência para
a definição de requisitos para o ingresso no serviço público mediante publicação de Edital.

IV – DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer o Estado do Maranhão que Vossa Excelência se digne


em julgar improcedentes os pedidos formulados pela demandante, condenando-a,
consequentemente, na sucumbência.

Protesta, outrossim, pela produção de todos os meios de prova em direito


admitidos.

Por fim, requer que todas as intimações pertinentes à demanda em epígrafe


sejam realizadas exclusivamente em nome da Procuradora do Estado AMANDA PINTO
NEVES (responsável imediata pelo processo), sob pena de nulidade, consoante disposto no art.
272, §5º do Código de Processo Civil.

Nestes termos,
Pede deferimento.

São Luís (MA), 19 de fevereiro de 2018.

AMANDA PINTO NEVES


Procuradora do Estado

16
PGE - Av. Presidente Juscelino, Lote 25, Quadra 22, Quintasdo Calhau - São Luís/MA
Tel.: 3235-6767 E-mail: pgema@elo.com.br

Você também pode gostar