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Uma vez que a curiosidade é usada para colocar o espectador no filme, existirá uma chance
de alimentar a exposição com uma história prévia, respondendo as perguntas cruciais para
que a história consiga começar.
Resumo da sequência:
Apresentação de Bligh, Christian e Byam
Cristian recruta pessoas para a empreitada, Byam é levado pelo pai para a expedição.
Cristian é apresentado como um comandante bondoso porém disciplinado. Bligh é sempre
retratado como uma pessoa ruim. Byam e Christian se conhecem. Personagens
secundários são apresentados. Bligh aparece. Bligh manda açoitar uma pessoa morta.
(caracterização do personagem). Byam desmaia. Bligh assume o comando
autoritariamente para o barco zarpar (incidente incitante, a história começa a partir daqui).
Bligh mostra quem que manda.
SEQUÊNCIA B
00h17m22s - 00h31m00
Bligh e Christian discutem sobre os métodos de bligh. Bligh começa a criticar o trabalho dos
marinheiros. Um grupo de marinheiros entra em uma competição e Christian aparta a briga.
(Bligh é autoritário, Christian é moderador). O grupo de marinheiros que discute finge ter
terminado a briga, mas continuam no convés. Bligh vê e castiga Byam por dar um murro no
colega, enviando ao topo do mastro. Byam segue as ordens de Bligh. Uma tempestade
ocorre e Byam corre perigo no mastro. Christian o salva. Bligh manda ele voltar ao mastro.
Christian cumpre as ordens de Bligh contra sua vontade, Byam percebe isso. Christian
deixa claro que está fazendo isso contra a sua vontade Christian acena feliz para Byam,
que está em cima do mastro, enquanto Bligh está com raiva.
SEQUENCIA C
00h31m00 - 48m00
Bligh relembra a todos que ele é autoridade máxima do navio. Bligh chama Birkit de ladrão
e dá meia ração aos tripulantes. Um dos tripulantes se revolta. Bligh manda açoitá-lo.
Christian se opõe. Bligh põe várias punições a diversos tripulantes. Bligh mata um dos
tripulantes. Os tripulantes ficam cansados e mal alimentados. Não há vento no mar há muito
tempo. Bligh recruta os tripulantes a remarem, mesmo exausto. Dois queijos somem, Bligh
proíbe o fornecimento de queijo do navio. Explicam à Bligh que ele ordenou desembarcar os
queijos antes da viagem. Bligh diz que ele é mentiroso e o pune. O vento aparece, Bligh
pede a ajuda de Christian para comandar os tripulantes que estão remando o barco.
Christian os encoraja através de palavras motivadoras, como FORÇA. Bligh os obriga a
remar através do chicote. Os tripulantes conseguem colocar o navio no fluxo do vento.
(Christian consegue isso, pela moderação, pequena vitória de christian) Bligh continuar a
maltratar os tripulantes. A alta classe do barco janta, Bligh oferece queijo, ninguém aceita.
Bligh acusa Christian de estar do lado dos demais tripulantes. Eles discutem, Christian não
pede desculpas. Bligh expulsa todos da sala de jantar. Um grupo de tripulantes reclama da
comida, Christian apazigua. O grupo pega um peixe para alimentação, eles brigam pela
comida. (a briga de Christian com Bligh também foi pelo queijo). Bligh vê os tripulantes e os
pune. Bligh vence, apesar da pequena vitória de Christian. Bligh e Byam conversam. Byam
diz que Christian também tem o temperamento ruim como Bligh (é a primeira vez que
christian é colocado com um aspecto ruim ou próximo a Bligh).
Análise: Christian se opõe à Bligh, mas sempre obedecendo suas ordens. Ao fim da briga
de comida, Bligh continua a tratar os outros com violência.
SEQUENCIA D
Bligh chama Christian para assinar o relatório de viagem. Bligh mente no relatório e
Christian resolve não assiná-lo. Bligh o obriga a assinar. Christian assina e diz que irá
recorrer na corte inglesa. Terra é encontrada. Bligh ameaça christian. Bligh trata com o
mestre tahiti. Bligh engana o mestre. Bligh proíbe Christian de sair ao barco e diz que os
tripulantes continuam sobre sua jurisdição e que devem trabalhar. Os tripulantes arrancam
as arvores e passam a se relacionar com os nativos. Byam passa a viver com os nativos.
Christian vai à procura de Byam, com permissão de bligh (isso não é mostrado, só citado).
Ao encontrar Byam, Christian encontra também uma nativa pela qual se apaixona. Eles
tomam banho pelados. Um nativo diz que Bligh está chamando Christian. CHristian vai indo
embora, mas quando vê o bote e a ilha, ele resolve ficar, ele vê a nativa e se beijam.
Análise: apesar de nunca ter desobedecido Bligh, Christian é posto em castigo por
enfrentá-lo (derrota). Porém, Christian vai até à ilha posteriormente. Lá, ele encontra uma
paixão (sua vitória), o que demonstra que desobedecer Bligh traz recompensas e vale a
pena. Dessa forma, Christian rompe com o pacto de obediência e autoridade posto até
então, mudando a sua postura perante Bligh. (ponto médio)
Resposta ou vislumbre: christian não vai mais ceder aos abusos de bligh e irá desobecê-lo.
Sequencia E
Sequencia e:
o adeus aos nativos
01h09m00 - 01h18m10
Christian e a nativa vivem um romance. Ele volta ao barco para encontrar Bligh. Bligh o
ameaça de denunciá-lo e Christian o ameaça de denunciá-lo por assassinato. Bligh vai levar
as plantas para a coroa. Para aguá-las, ele corta o suprimento de água da tripulação. BYam
se despede de uma nativa. Personagens secundários se despedem dos nativos. Byam se
despede de Tahiti (o mestre). Christian se despede da nativa maimiti que o presenteia com
pérolas. Bligh pune desertores e manda o barco zarpar.
Análise: aqui temos uma quinta sequência meramente para costruir e encerrar subtramas,
os relacionamentos e plots dos tripulantes com os nativos. Christian aceita voltar com Bligh,
mas não sem antes se despedir de Maimiti. O barco zarpa e isso inicia uma nova história.
SEQUENCIA F
Durante essa, a última sequência do segundo ato, o personagem, tendo eliminado todos as
potenciais soluções fáceis e encontrando o caminho mais difícil, trabalha para uma última
solução do problema final, e a questão dramática vai ser respondida. O fim da sexta
sequência também marca o fim do segundo ato, também conhecido como Segunda
culminação (ou Plot Point 2, em tradução minha.) Assim, ela dá à audiência um outro
vislumbre de um possível resultado do filme. A segunda culminação (ou plot point 2), assim
como a primeira culminação (ou ponto médio), pode ser um vislumbre da real resolução da
questão dramática, ou mais comumente, seu oposto extremo. É uma concepção
comumente equivocada que o fim do segundo ato precisa ser um ponto baixo na história.
No desenvolvimento de uma história, eu descobri que é mais funcional para o escritor
conceber esse momento na história em relação à tensão principal de alguma forma
profunda - ou completamente resolvendo-a ou reformulando-a significativamente. Vendo
isso como um 'ponto baixo' inibe o escritor de várias possibilidades incríveis.
Sequência - o motim.
01h18m10 - 01h34m05
O barco zarpa. Bligh reclama do trabalho de todos e acusa Christian (pela primeira vez,
antes eram só ameaças) de ter roubado 10 cocos. Bligh o acusa de roubo por ficar com as
pérolas da nativa, que segundo ele seriam da coroa. Bligh pede pela presença do cirurgião
que está doente. Byam chama o cirurgião, que não consegue se levantar. Byam, então
também desobece pela primeira Bligh (Bligh está se enfraquecendo, e as pessoas
começam a desobedece-lo, pondo em risco sua autoridade). CHristian discute com Bligh. O
cirurgião comparece, não aguenta e morre. Christian o socorre. Os tripulantes começam a
se revoltar com Bligh. Christian conversa sobre Byam que talvez não aguente mais a
violência de Bligh. Bligh os ve conversando. Os tripulantes tentam convencer Christian a
fazerem um motim. Os desertores são tratados sem água por Bligh e ficam para morrer.
Christian os vê nessa situação e resolve fazer o motim (a tensão dramática está resolvida já
que Christian agora resolveu enfrentar Bligh desobecendo-o e com radicalismo, pela força
bruta, abandonando a moderação e o pacifismo). O motim acontece, os tripulantes querem
matar Bligh, mas Christian não deixa, ele ordena que ponham Bligh em um bote e os
deixam ao mar. (Dessa forma, Christian entra em embate com Bligh sem no entanto se
equiparar com Bligh na violência, ele toma o barco, sem assassinar Bligh, mas deixa Bligh
em um bote à sua própria sorte. Como Bligh é um excelente marinheiro, ele irá se salvar, o
que faz com que Christian se configure como um personagem que não matou ninguém, o
que o tornaria um personagem malvado). Bligh fica no bote. Byam é contra o motim, mas
não tem como colocá-lo mais no bote. Bligh ordena que voltem à ilha de Tahiti.
Sequência G
A sobrevivência ao mar
01h34m05 - 01h48m
Christian e Byam conversam. Christian pede desculpas a Byam por ter feito o motim. Byam
diz que não irá dedurá-los, mas que irá tentar fugir da ilha. Bligh tenta sobreviver no mar,
ele reza e se mostra como um excelente navegador. Uma tempestade muito forte os assola.
Bligh divide igualmente a comida para todos os tripulantes. Passam vários dias. Bligh
assume o comando. Nas dificuldades, ele aprende a ser igualitário. Eles chegam à Timor. A
familia de Byam o sente falta no Natal. Os tripulantes, na ilha de Tahiti, sentem falta da
Inglaterra, no Natal. Apesar das saudades, os tripulantes comemoram o Natal. Byam e
Christian retornam a ficarem amigos. Um barco aparece na costa. Byam resolve ir com o
barco inglês. Christian junta uma parte da tripulação e resolve fugir.
Sequência H
A oitava e final sequência quase sempre contem a resolução do filme. - o ponto no qual,
para melhor ou para pior, a instabilidade criada no ponto de ataque (ou plot point 1) é
finalizada. Tendo sido dado um vislumbre da resolução na primeira (ponto médio) ou na
segunda culminação (plot point 2) e de uma forma mais sutil no fim de cada sequência,
tensão é finalmente completamente resolvida. Sequência H também quase sempre contém
um epílogo, ou coda, uma cena ou uma séria de cenas atando qualquer nó, fechando
quaisquer causas ou tramas remanescentes, e geralmente dando à audiência a chance de
respirarem fundo e se acalmarem emocionalmente da intensa experiência do filme.
O julgamento