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Rendimento
Um motor elétrico é um dispositivo que transforma energia elétrica em energia
mecânica de movimento, no entanto, observa-se que a energia consumida pelo
mesmo é maior que a energia fornecida na ponta do eixo. Então o que significa essa
energia consumida a mais?
Vejamos, o motor em funcionamento mesmo que bem dimensionado apresenta
um leve aquecimento, mas você pode se perguntar, “mas a função do motor não é
transformar energia elétrica em mecânica?”.
Exatamente! Assim como qualquer equipamento elétrico a energia consumida é maior
que a transformada, em função de perdas por atrito, aquecimento etc.
A relação, que permite observarmos o quanto da energia consumida é
transformada em energia útil, chama-se Rendimento. É dada pela fórmula:
η= P saída / Pent
Exercício resolvido:
Um motor de corrente contínua de 1500W apresenta um rendimento N de 85%.
Calcule a Potência Elétrica absorvida do circuito ao qual está ligado.
Solução:
η (%) = (Psaída / Pentrada).100
85 = (1500 / Pentrada)100
85 = 150000 / Pentrada
Pentrada = 1764,70W
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P = S · cos φ
Triângulo de Potências
Sabemos que a potência ativa P é função do cosseno do ângulo de defasagem
(cosΦ) e da potência aparente S. Já a potência reativa Q é função do seno do ângulo
de defasagem (senΦ) e da potência aparente S. Com isso encontramos a relação do
Teorema de Pitágoras:
S² = P² + Q²
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Observações:
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Sabendo que 1CV = 736W, o motor disponibiliza em seu eixo uma potência
mecânica de:
O fator de potência é cosΦ = 0,75. Portanto a potência aparente pode ser dada
por:
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Figura 4 – Triângulo de potências do exemplo: (a) situação inicial; (b) sistema compensado.
O capacitor que deverá ser conectado para compensar o fator de potência
deverá fornecer uma potência reativa de:
Como é uma capacitância elevada, talvez mais de um capacitor deva ser ligado
em paralelo para que se obtenha esse valor.
A corrente inicial, antes da compensação, pode ser dada por:
A corrente final, após a correção do fator de potência, pode ser dada por:
CIRCUITOS TRIFÁSICOS
O estudo dos circuitos trifásicos é um caso particular dos circuitos polifásicos.
Por razões técnicas e econômicas o sistema trifásico tornou-se padrão em geração,
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Onde:
VM = Tensão de pico ou máxima
ω = Velocidade angular
q = Ângulo de referência
Vetorialmente podemos demonstrar da seguinte maneira:
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Tensão de linha: É a tensão medida entre dois terminais (com exceção do centro da
estrela) do gerador ou da carga.
Corrente de fase: corrente que percorre cada uma das bobinas do gerador ou
impedância da carga.
Corrente de linha: Corrente que percorre os condutores entre o gerador e a carga
(com exceção do neutro).
Tensão
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Corrente
Como a corrente que passa pela bobina é a mesma que passa pela linha. Portanto:
Tensão
A tensão sobre a bobina é a mesma tensão entre os terminais do gerador. Portanto:
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Corrente
Resumindo:
Estrela
Como geralmente não dispomos do valor Vf, vamos referenciar a equação para
valores de linha (geralmente possíveis de medição):
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Substituindo:
Concluímos então que, tanto para ligação em triângulo e estrela a potência dos
sistemas trifásicos deve ser calculada assim:
CONDUTORES E TUBULAÇÕES
Os condutores fazem parte de qualquer instalação elétrica. O dimensionamento
correto, assim como as proteções requerida, são fatores que influenciam diretamente
na vida útil e na operação segura da instalação. A maneira de instalar, a quantidade
de circuitos carregados o tipo proteção mecânica são significantes por ocasião da
especificação do condutor.
A seguir, apresentamos algumas proteções mecânicas mais usuais.
Figura 5 - Eletrocalha
Figura 6 - Canaleta
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TIPOS DE CONDUTORES:
TIPOS DE ISOLAMENTO:
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MOTORES ELÉTRICOS
Motor Elétrico é a máquina destinada a transformar energia elétrica em energia
mecânica.
MOTORES TRIFÁSICOS
(CA)
MOTORES UNIVERSAIS
de indução CA-CC
MOTORES
ou assíncrono MONOFÁSICOS
- síncrono
- de indução
ou assíncrono
- série
- repulsão
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MOTOR SÍNCRONO - Funciona com velocidade fixa; utilizado somente para grandes
potências (devido ao seu alto custo) ou quando se necessita de velocidade invariável.
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
Existe um conjunto de bobinas no estator alimentadas por uma rede trifásica e
que produzem um campo magnético girante*. Imerso neste campo está o rotor, que
é constituído por enrolamento em curto-circuito. O movimento de rotação do fluxo
induz sobre os condutores de enrolamento do rotor uma tensão. Como o enrolamento
em gaiola é em curto-circuito haverá, portanto, um fluxo de corrente. Devido à
indutãncia natural do enrolamento, essa corrente induzida está atrasada da tensão. A
interação da corrente do rotor e do fluxo do estator resulta em torque (no rotor) na
mesma direção do campo grande.
O rotor sempre irá girar com rotação abaixo da síncrona (rotação do campo
girante) e, portanto, haverá corrente e torque induzidos. A relação entre velocidade do
rotor e a velocidade síncrona do fluxo do estator é conhecida como escorregamento e
representada por:
N sinc N rotor
S
Equação 01
N sinc
Se examinarmos a característica torque x velocidade de um motor de indução
para diferentes freqüências fixas, deveremos observar efeitos diferentes em cada uma
delas.
Em qualquer circuito magnético a tensão induzida é proporcional ao nível de
fluxo e de freqüência; portanto, para se manter o nível de fluxo da máquina deve ser
respeitada a condição:
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Tensão
Constante Equação 02
Frequência
* Campo girante
Quando uma bobina é percorrida por uma corrente elétrica, é criado um campo
magnético dirigido conforme o eixo da bobina e de valor proporcional à corrente.
Quando um enrolamento trifásico é alimentado por correntes trifásicas, cria-se um
“campo girante”, como se houvesse um único par de pólos girantes de intensidade constante.
Este campo girante, criado pelo enrolamento trifásico do estator, induz tensões nas barras do
rotor as quais geram correntes, e consequentemente, um campo no rotor, de polaridade oposta
á do campo girante.
Como campos opostos se atraem e como o campo do estator é rotativo, o rotor tende a
acompanhar a rotação deste campo. Desenvolve-se, então, no rotor, um torque motor que faz
com que ele gire, acionando a carga.
CATEGORIAS
Conforme as suas características de conjugado em relação à velocidade e
corrente de partida, os motores de indução trifásicos com rotor de gaiola, são
classificados em categorias, cada uma adequada a um tipo de carga. Estas categorias
são definidas em normas (NBR 7094) e são as seguintes:
Figura 8 - Categorias
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MOD HZ
CV rpm
Δ /Y V Δ Y A
FS ISOL IP/IN
REG.S CAT IP
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POTÊNCIA NOMINAL (CV) - É a potência que o motor pode fornecer, dentro de suas
características nominais, em regime contínuo de serviço.
TENSÃO NOMINAL (V) - É a tensão da rede para a qual o motor foi projetado.
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FATOR DE SERVIÇO (FS) - É o fator que aplicado a potência nominal, indica a carga
permissível que pode ser aplicada continuamente ao motor.
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CARACTERÍSTICAS DO REGIME EM
TIPO DE CÓDIGO RELAÇÃO À CARGA
REGIME
Funcionamento a carga constante, de duração
Regime contínuo S1
suficiente para que alcance o equilíbrio térmico.
Funcionamento a carga constante, durante um
Regime de tempo certo tempo, inferior ao necessário para atingir o
S2
limitado equilíbrio térmico, para restabelecer a igualdade
de temperatura com meio refrigerante
Seqüência de ciclos idênticos, cada qual
incluindo um período de funcionamento a carga
constante e um período de repouso, sendo tais
Regime intermitente
S3 períodos muito curtos para que se atinja o
periódico
equilíbrio térmico durante um ciclo de regime e
no qual a corrente de partida não afeta de modo
significante a elevação de temperatura
Seqüência de ciclos de regime idênticos, cada
qual consistindo de um período de partida, um
Regime intermitente período de funcionamento a carga constante e
S4
periódico com partidas um período de repouso, sendo tais períodos
muito curtos, para que se atinja o equilíbrio
térmico
Seqüência de ciclos de regime idênticos, cada
Regime qual consistindo de um período de partida, um
Com frenagem por interm. período de funcionamento a carga constante,
contracorrente periódico um período de frenagem elétrica rápida e um
S5 período de repouso sendo tais períodos curtos
para que se atinja o equilíbrio térmico
Seqüência de ciclos de regime idênticos, cada
Regime de qual consistindo de um período de
funcionamento contínuo S6 funcionamento a carga constante e de um
com carga intermitente período de funcionamento vazio, não existindo o
período de repouso
Seqüência de ciclos de regime idênticos, cada
Regime de
qual consistindo de um período de partida, de
funcionamento contínuo
S período de funcionamento a carga constante e
com frenagem por 7
um período frenagem elétrica, não existindo o
contracorrente
período de repouso
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1° ALGARISMO
2° ALGARISMO
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inclinação de 15°
com a vertical
toque acidental corpos estranhos pingos de água na
com a mão sólidos de dimensões vertical
acima de 50mm
pingos de água até
IP 11
uma inclinação de
IP 12
15° com a vertical
IP 13
água de chuva até
uma inclinação de
60° com a vertical
toque com os corpos estranhos pingos de água na
dedos sólidos de dimensões vertical
acima de 12mm
pingos de água até
IP 21
uma inclinação de
IP 22
15° com a vertical
IP 23
água de chuva até
uma inclinação de
60° com a vertical
toque com corpos estranhos respingos de todas
IP 44 ferramentas sólidos acima de as direções
1mm
proteção proteção contra respingos de todas
completa contra cúmulo de poeiras as direções
IP 54
choque nocivas
IP 55 jatos de água de
todas as direções
OBSERVAÇÃO: A letra Código de Partida pode ser definida como a relação entre a
corrente do rotor bloqueado (corrente de partida) e a corrente nominal, ou seja, IP/IN –
NBR 7094.
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DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
FUSÍVEIS
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