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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA

PROJETO DE SEMEADORA-ADUBADORA PARA PLANTIO DIRETO


VISANDO O PEQUENO AGRICULTOR

AUTOR: DOUGLAS OLIVEIRA NUNES

ORIENTADOR: Prof. WILSON LUCIANO DE SOUZA, Dr. Eng.

São Cristóvão – SE

Janeiro de 2018
Sumário

1. JUSTIFICATIVA .................................................................................................................. 1
2. OBJETIVOS ........................................................................................................................ 2
2.1 Objetivo geral do trabalho ......................................................................................... 2
2.2 Objetivos específicos ................................................................................................. 2
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................. 2
3.1 PLANTIO DIRETO...................................................................................................... 2
3.2 SEMEADORA ............................................................................................................. 3
3.3 COMPONENTES DE UMA SEMEADORA ............................................................ 3
3.3.1 Subsistemas rompedores.................................................................................. 3
3.3.2 Subsistemas acionadores ................................................................................. 3
3.3.3 Subsistemas dosadores .................................................................................... 4
3.3.4 Subsistemas recobridores ................................................................................. 5
3.3.5 Subsistemas compactadores............................................................................ 6
4. METODOLOGIA ................................................................................................................. 6
4.1 CRONOGRAMA ......................................................................................................... 7
5. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................... 8
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Elementos Rompedores ............................................................................... 3


Figura 2 - Subsistemas de acionamento de semeadoras. ............................................. 4
Figura 3 - Concepção básica de um mecanismo dosador de disco horizontal. ............. 5
Figura 4 - Recobridores de sementes. .......................................................................... 5
Figura 5 - Rodas de controle de profundidade e compactação. .................................... 6
Figura 6 – Cronograma ................................................................................................. 7
1. JUSTIFICATIVA

A agricultura familiar é um tipo atividade agrícola elaborada em pequenas


propriedades rurais. O nome por si só já define a atividade, uma vez que o processo
produtivo é compartilhado por todos os membros da família, e a atividade
agropecuária é a principal fonte geradora de renda. A colheita da produção é utilizada
tanto para alimentação quanto para o consumo de parte da população. (Ministério do
Desenvolvimento Agrário - MDA, 2016)

A agricultura familiar desempenha um papel essencial no abastecimento de


alimentos à população brasileira. Segundo o governo do Brasil, a agricultura familiar
contribui com cerca de 70% dos alimentos que chegam à mesa do brasileiro. (Gov.
Brasil, 2015)

O agricultor familiar possui uma relação muito mais respeitosa com a terra, seu
local de trabalho e moradia. A diversidade produtiva também é uma característica
marcante desse setor. A Lei 11.326 de julho de 2006 define as diretrizes para
formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e os critérios para a
identificação desse público. (MDA, 2016)

“Art. 4: “A Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos


Familiares Rurais observará, dentre outros, os seguintes princípios:

I - descentralização;

II - sustentabilidade ambiental, social e econômica;

III - equidade na aplicação das políticas, respeitando os aspectos de


gênero, geração e etnia;

IV - participação dos agricultores familiares na formulação e


implementação da política nacional da agricultura familiar e empreendimentos
familiares rurais.”

De acordo com o estudo citado, segundo os resultados do Censo Agropecuário


de 2006, 84,4% do total dos estabelecimentos agropecuários brasileiros pertencem a
grupos familiares. São aproximadamente 4,4 milhões de estabelecimentos, sendo que
a metade deles está na Região Nordeste. E a ainda segundo esse estudo, a
agricultura familiar constitui como a base econômica de 90% dos municípios
brasileiros como até 20 mil habitantes; responde por 35% do produto interno bruto
nacional; e absorve 40% da população economicamente ativa do país. (MDA, 2016)

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Vislumbrando esse cenário da agricultura familiar, sua importância e seu
impacto na sociedade, a universidade também dever contribuir para que a vida dessas
pessoas sempre venha a melhorar. Visando uma contribuição social, um retorno à
sociedade e a aplicação das técnicas de engenharia mecânica, será elaborado um
projeto de uma semeadora/adubadora direta para o pequeno agricultor.

2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral do trabalho

Esse trabalho visa, como objetivo geral, a elaboração de um novo modelo de


semeadora/adubadora, baseado no Protótipo da Semeadora-Adubadora por Covas
para Plantio Direto desenvolvido pelo Bertapelli, 1995. De modo que a distribuição de
sementes e adubo esteja em uma porcentagem aceitável, e conforme as
recomendações de distância entre a semente e o adubo, e a distancia entre as
sementes. Por fim, servir como referência para trabalhos futuros e talvez uma
prototipagem.

2.2 Objetivos específicos

 Projetar um equipamento que desempenhe as funções de plantar e


adubar simultaneamente;
 Cultivar o milho como padrão conforme as recomendações da
EMBRAPA;
 Dimensionar o mecanismo dosador de sementes;
 Dimensionar o mecanismo dosador de adubo;

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 PLANTIO DIRETO

De acordo com Bertapelli (1995, p. 3 apud Phillips e Young), “o plantio direto


consiste na técnica de deposição de sementes e adubo em solo não preparado,

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através do rompimento de uma estreita fenda, suficientemente larga e profunda, de
modo a propiciar o desenvolvimento da cultura semeada.”

3.2 SEMEADORA

As semeadoras são máquinas que introduzem sementes no solo, podendo


variar de grãos pequenos como os de trigo, aveia, sorgo, ou grãos maiores como de
milho, feijão, soja. De modo que cada semente possui suas próprias características,
esses implementos buscam atender todas as necessidades da cultura e quando
possível atender a mais de um tipo de planta. De modo geral, elas são constituídas de
dois reservatórios por linha de plantio, em um ficam as sementes e o outro guarda os
fertilizantes e nutrientes, na parte inferior do equipamento encontra-se o sistema
rompedor que vai abrir a superfície do solo, a válvula de saída das sementes e
fertilizantes e por ultimo um rolo que vai mover o solo para cobrir a semente. (Silva e
Coelho)

3.3 COMPONENTES DE UMA SEMEADORA

3.3.1 Subsistemas rompedores

Figura 1 - Elementos Rompedores


Fonte: Bertapelli (1995, p. 5 apud Jumil, 1982)

O disco simples é utilizado para o corte da cobertura morta, posicionando o


trem semeador/adubador. O disco duplo ou em V tem por função a abertura de sulcos
para a disposição das sementes e do adubo.

3.3.2 Subsistemas acionadores

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Figura 2 - Subsistemas de acionamento de semeadoras. a) de engrenagens, b) de rodas
dentadas e corrente.
Fonte: Bertapelli (1995, p. 7 apud Balastreire, 1987)

São os mecanismos para o acionamento dos dosadores de adubo e semente,


segundo Bertapelli (1995, p. 6 apud Balastreire), são dos seguintes tipos:

- de engrenagens;

- de engrenagens e correntes;

- de eixo;

- e mistos.

3.3.3 Subsistemas dosadores

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Figura 3 - Concepção básica de um mecanismo dosador de disco horizontal.
Fonte: Bertapelli (1995, p. 8 apud Ogliari, 1990)

São responsáveis pela densidade e distribuição de semeadura. Dosadores de


sementes basicamente são dois os subsistemas dosadores utilizados em maquinas
semeadoras de plantio direto. O os dosadores de disco horizontal e os de disco
vertical. (Bertapelli, 1995)

3.3.4 Subsistemas recobridores

Figura 4 - Recobridores de sementes.


Fonte: Bertapelli (1995, p. 10 Balastreire, 1987)

São os sistemas que fazem a cobertura da semente e do adubo, arrastando as


partes do solo que foi aberto e parte da matéria morta que cobre o solo. Diversos
mecanismos são utilizados para o recobrimento das sementes. Dentre os mais
comuns estão os cobridores de chapa de aço, correntes tracionadas pela semeadora,
ou mesmo pelos próprios compactadores. (Bertapelli, 1995)

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3.3.5 Subsistemas compactadores

Figura 5 - Rodas de controle de profundidade e compactação.


Fonte: Bertapelli (1995, p. 14 apud Balastreire, 1987)

São os equipamentos utilizados na compactação do solo sobre a semente e o


adubo. O controle de compactação é realizado pela roda ou rodas de profundidade
que são construídas em duas seções laterais, deixando um espaço, vazio entres
essas seções, objetivando evitar um excesso de compactação. (Bertapelli, 1995)

4. METODOLOGIA

O método utilizado para esta proposta será disposto em etapas, conforme


listado a seguir. O norteamento do trabalho seguirá uma linha tradicional, onde se
iniciará com uma pesquisa teórica e por fim o trabalho concluído. As etapas listadas
estão visando o auxílio na elaboração do projeto, de modo que a ordem mostrada não
necessariamente será seguida, podendo retornar uma etapa, voltar ou seguir em
paralelo com outra.

i. Revisão Bibliográfica: está atividade será utilizada para a busca de


referências, onde serão revisados livros, leitura de artigos, busca por
conceitos novos, normas e soluções que se aplicam ao problema proposto;
ii. Projeto Conceitual: nessa etapa serão definidas as especificações do
projeto, ou seja, as condições que serão impostas para se alcançar nas
próximas etapas;

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iii. Elaboração dos Mecanismos: está atividade consiste no coração do projeto,
nesta etapa serão elaborados os mecanismos de funcionamento e
acionamentos da maquina;
iv. Cálculos da Estrutura: neste ponto é onde serão feitos os cálculos
estruturais objetivando aperfeiçoar a estrutura e selecionar o material mais
adequado;
v. Modelo em CAD: elaboração do modelo digital a partir dos conceitos e
resultados das etapas anteriores. Desta maneira é possível ter uma visão
bem realista do resultado final;
vi. Simulação Computacional: ao final das etapas serão feitas simulações a fim
de otimizar a proposta;
vii. Conclusão do Trabalho: essa etapa é simultânea ao restante, a cada
atividade concluída são adicionados os resultados até chegar ao final da
proposta. Ou seja, a formalização dos resultados encontrados nas etapas
anteriores.
viii. Revisão e entrega do TCC.

4.1 CRONOGRAMA

Etapa I II III IV V VI VII VIII


Semana
1ª Semana
2ª Semana
3ª Semana
4ª Semana
5ª Semana
6ª Semana
7ª Semana
8ª Semana
9ª Semana
10ª Semana
11ª Semana
12ª Semana
13ª Semana
14ª Semana
15ª Semana
Figura 6 – Cronograma
Fonte: Autor

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5. BIBLIOGRAFIA

BERTAPELLI, M. V. Desenvolvimento do Protótipo da Semeadora-Adubadora por


Covas para o Plantio Direto (1995). Florianópolis-SC.

EMBRAPA, Cultivo de milho. Disponível em:


<https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/27037/1/Plantio.pdf>. Acesso
em: 14 de janeiro de 2018.

GOVERNO DO BRASIL, Agricultura familiar produz 70% dos alimentos consumidos


por brasileiros. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/economia-e-
emprego/2015/07/agricultura-familiar-produz-70-dos-alimentos-consumidos-por-
brasileiro>. Acesso em: 14 de janeiro de 2018.

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO, O que é a agricultura familiar.


Disponível em: <http://www.mda.gov.br/sitemda/noticias/o-que-%C3%A9-agricultura-
familiar>. Acesso em: 14 de janeiro de 2018.

TODA MATÉRIA, Agricultura Familiar. Disponível em:


<https://www.todamateria.com.br/agricultura-familiar/>. Acesso em: 14 de janeiro de
2018.

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TERMO DE COMPROMISSO

O Orientador e o Aluno ao assinarem assumem a responsabilidade no caso


da não execução do trabalho nas condições e prazos acima estipulados.

Douglas Oliveira Nunes

(Aluno)

Prof. Wilson Luciano de Souza, Dr. Eng.

(Orientador)

SÃO CRISTÓVÃO - SE

Janeiro de 2018

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