Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO E SOCIAL
Nos últimos vinte anos, países asiáticos revolucionaram suas economias. Antes
atrasadas tecnologicamente, pobres e voltadas fundamentalmente para a
produção de alimentos, essas economias tornaram-se modernas e
tecnologicamente avançadas.
Por essa razão, a pulverização de especialidades estanques não é uma política profissional
desejável.
Deve-se estabelecer uma nova estrutura para o corpo docente das faculdades de engenharia,
associando a formação acadêmica avançada à experiência prática dos melhores profissionais
do mercado.
Ciência, engenharia e tecnologia estão fortemente interligadas. Precisamos é ter uma melhor
compreensão de como a engenharia converte os novos conhecimentos da ciência em
tecnologia a serviço da modernidade.
Estudos realizados na Inglaterra pela Academia Real de Engenharia estimam que 50% do
Produto Interno Bruto - PIB do Reino Unido depende da engenharia.
Ao fazermos estimativa similar para o Brasil, podemos concluir que cerca de R$ 2 trilhões do
nosso PIB dependem da engenharia. Isto corresponde a 20% do PIB
Exige competências que vão além da formação acadêmica tradicional, garantia oferecida por
padrões internacionais de certificação e acreditação dos diplomas de nível superior.
Ter consciência das implicações sociais, ecológicas e éticas envolvidas nos projetos, falar
mais de um idioma e estar disposto a trabalhar em qualquer parte do mundo.
A INOVAÇÃO NO BRASIL
A grande maioria das inovações no Brasil é nova para a firma, mas não para o
mercado, pois predominam na economia brasileira processos de difusão de
tecnologia:
compra-se a tecnologia inovadora já pronta e repassa-se ao novo mercado, ou
seja, a forma mais frequente de inovação é incentivada por aquisição de novas
máquinas, ou da tecnologia incorporada que está contida em equipamentos
prontos, como bens de capital, matérias primas intermediarias e
componentes.
Entre as duas estratégias possíveis de inovação – inovar em produto, ou inovar em
processo – já está comprovado que a inovação de produto se mostra superior. Isto
permite também gerar mais empregos.
Para uma comparação, é importante citar que, no mundo 60% dos produtos
exportados já eram de média e alta intensidade tecnológica e a participação de
commodities na exportação representava apenas 13%.
A INOVAÇÃO E AS ENGENHARIAS
O Brasil vem se projetando internacionalmente e seu desenvolvimento (e potencial
de crescimento) permitiu que fosse incluído na sigla criada em 2002 em referência
aos quatro maiores mercados emergentes (Brasil, Rússia, Índia e China) que
caracterizou o grupo conhecido como BRIC.
No mundo real, há, no entanto, indicadores de sobra que colocam o Brasil abaixo
da média dos demais países do BRIC, entre eles, o número de novos engenheiros
formados por ano. Essa é uma má notícia diante do inegável fato de que a força da
Engenharia em um país está estreitamente ligada à sua capacidade de inovação
tecnológica e competitividade industrial.