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Química Orgânica II
Pré-Vestibular
Teoria e Exercícios Propostos
índice.química 6
H Cl
H C Cl + Cl Cl H C Cl + HCl
Cl Cl
Cl Cl
H C Cl + Cl Cl Cl C Cl + HCl
Cl Cl
Tetracloreto de carbono
Já os alcanos com 3 ou mais átomos de carbono sofrem esta reação fornecendo uma mistura
de compostos e ocorrendo em maior quantidade a reação que aconteceu no carbono mais reativo.
Exemplos
Observação
As reações de halogenação dos alcanos ocorrem através de uma substituição via radical
livre. O mecanismo pode ser representado da seguinte maneira:
Exemplo
Monocloração do nitrobenzeno
II. Oxidação
A utilização de oxidante como 123 −1
4 5 + (KMnO4 / H2SO4 ) ou K2Cr2O7 / H2SO4 a quente
provoca oxidação da cadeia lateral mas nunca afeta o anel benzênico. A oxidação sempre
acontece no carbono ligado ao anel (carbono α). Através dessa reação, podem-se sintetizar
ácidos carboxílicos aromáticos.
Exemplos
3. Adição em Alcenos
Alcenos são hidrocarbonetos alifáticos insaturados por uma dupla-ligação de fórmula
geral CnH2n . São também conhecidos como olefinas.
O alceno mais importante é o etileno:
Os produtos das reações de alcenos com halogênios são de consistência oleosa, daí o nome
olefina dado a esses hidrocarbonetos.
III. Halogenidretos em alcenos
Os alcenos adicionam halogenidretos (HCl, HBr, HI, HF), formando haletos de alquila.
1) Regra de Markovnikov
Nas reações de adição, a porção positiva (H+) a adicionar dirige-se para o carbono mais
hidrogenado da insaturação.
Exemplo
2) Regra de Karash
Na presença de peróxido (O2)2 ocorre inversão da regra de Markovnikov (o halogenidreto
usado deve ser o brometo de hidrogênio HBr).
4.1. Classificação
Os alcadienos são classificados conforme a posição das duplas-ligações.
I. Alcadienos acumulados
Quando as duas duplas estão no mesmo carbono.
Exemplo
H2C = C = CH2 propadieno (aleno)
H2C = C = 1 CH3 butadieno 1,2
2
II. Alcadienos conjugados
Quando as duas duplas estão separadas por uma ligação simples.
Exemplos:
H2C = 1 1 = CH2
2 2
butadieno 1,3 (eritreno)
Aqui surge a novidade: os carbonos (3) e (4) têm um excesso de elétrons que é representado
pela ligação dupla (orbital π). Eles podem, então, ceder esse excesso de elétrons em socorro ao
carbono (2) que ficou positivo (íon de carbônio) e este processo de transferir o elétron denomi-
na-se ressonância.
Com isso, a dupla-ligação pula para o centro da molécula e o carbono (4) fica positivo. Você
poderia perguntar: qual a vantagem disso?
A vantagem é que agora o ônus da carga positiva (que nenhum carbono tolera) está sendo
dividido entre os carbonos (2) e (4) e, deste modo, o conjunto (híbrido de ressonância) fica
mais estável.
5. Adição em Alcinos
Alcinos são hidrocarbonetos alifáticos insaturados por uma única tripla ligação, são também
denominados de hidrocarbonetos acetilênicos. Sua fórmula geral é CnH2n 2.
Os alcinos podem ser obtidos de várias maneiras, sendo a mais importante a partir do
acetileno, que, por sua vez, é preparado do petróleo, do gás natural ou de carvão, calcário e
água. Este último processo (calcário e água) é especialmente importante por se tornar uma
alternativa, dada a dificuldade de se encontrar petróleo.
H C ≡ C C CH3
H2
1butino
Hidrogenação
É a reação com hidrogênio, na presença de catalisadores. Por hidrogenação moderada os
alcinos dão alcenos e em condições mais energéticas dão alcanos.
Halogenação
É a reação com halogênios (F2, Cl2, Br2, I2) que deve ser feita com cuidado, sendo difícil de
controlar.
Adição de Água
Os alcinos reagem com água na presença de H2SO4 e a solução de H+. Essa reação produzirá
enol, que, por tautomerização, produzirá o correspondente composto carbonílico.
Essa reação também obedece à regra de Markovnikov.
⎯→ H 3C − C ≡ C − Na + + 1 2 H 2
H 3C − C ≡ C − H + Na o ⎯
propino metil acetileno de sódio
Por exemplo:
II. Halogenação
6.2. Teoria da Tensão dos Anéis de Existe, portanto, grande tensão no ciclo
Bayer e sua tendência é de abrir; daí a facilidade
Pelas reações anteriores, conclui-se que a com que há reação de adição com ruptura
estabilidade dos ciclanos aumenta do do ciclo.
ciclopropano para o cicloexano. Num ciclo com 4 átomos de carbono, o
Foi em 1885 que Adolf von Bayer propôs ângulo formado entre duas unidades de
uma teoria para explicar o comportamento covalência do carbono no ciclo é de 90°;
diferente dos ciclanos.
O ângulo formado por ligações simples H2C CH2
com duas unidades de covalência do carbo- 90°
no pode ser matematicamente determinado H2C CH2
e seu valor é de 109°28.
neste caso, a tensão é menor e a estabilidade
Ângulo de Estabilidade Total entre as Li-
gações do ciclo é maior que o ciclopropano. Mas a
tensão no ciclobutano continua, portanto, da
109°28' reação de adição com ruptura do ciclo.
C C
Num ciclo com 5 átomos de carbono, o
C ângulo formado entre duas unidades de
Num ciclo de 3 átomos de carbono, o ân- covalência do carbono no ciclo é de 108°;
gulo formado entre duas unidades de
covalência é de 60°.
praticamente não há tensão no ciclo, daí então Hexaciclo em forma de C (ou forma de bar-
sua grande estabilidade. Porém, mesmo com esta co) e hexaciclo em forma de Z (ou forma de
tensão mínima, pode haver reação de adição cadeira).
com ruptura do ciclo em condições enérgicas.
A teoria de Bayer não foi satisfatória para
explicar a grande estabilidade dos ciclos com
seis ou mais átomos de carbono, porque ad-
mitia que os seis ou mais átomos de carbono BARCO
do ciclo estavam num mesmo plano, e, sendo CADEIRA
O cicloexano nas duas formas: barco e cadeira
assim, haveria tensão no ciclo.
Em ambas as formas não existe tensão no
Assim, no cicloexano, se os seis átomos de
ciclo, pois o ângulo de ligação é 109°28.
carbono estivessem num mesmo plano, o
ângulo formado entre duas unidades de Com a teoria de Sasche surgiu o proble-
covalência do carbono no ciclo seria 120o, e ma: deveriam existir dois isômeros do
haveria tensão no ciclo, pois o ângulo normal cicloexano, correspondentes às formas C e Z.
é 109o 28. Na prática, porém, não se verifica este tipo
de isomeria.
A partir do ciclo de 6 átomos de carbono,
à medida que aumentasse o número de áto- Mohr, com auxílio dos modelos de átomos
mos de carbono no ciclo, deveria diminuir a de carbono, demonstrou que, facilmente, a
sua estabilidade, pois aumentaria a tensão, o forma C passa para a forma Z e vice-versa
que está em desacordo com a prática, pois com uma ligeira torção no ciclo. Mohr admi-
estes ciclos são muito estáveis. tiu então que no cicloexano as moléculas com
ciclo na forma C estão continuamente se con-
6.3. Teoria de Sasche-Mohr vertendo em moléculas com ciclo na forma Z
Em 1890, Sasche admitiu que nos e vice-versa, não se podendo isolar uma das
hexaciclos, heptaciclos etc. os átomos de formas, que seria um dos isômeros.
carbono não estão num mesmo plano, e, Portanto, os ciclanos com 6 ou mais de 6
sendo assim, o ciclo pode se formar sem ten- carbonos são estáveis e por isso não existe
são. De fato, com o auxílio dos modelos de ruptura na ligação do seu ciclo, portanto, só
átomos de carbono, podem-se construir os apresentam reação de substituição.
hexaciclos, heptaciclos etc., e verificar que
os átomos de carbono se distribuem em di-
versos planos e o ciclo não apresenta ten-
são alguma. Sasche em sua teoria admitiu
que, num hexaciclo, os seis átomos de car-
bono podem se dispor espacialmente de
duas maneiras diferentes.
R2C = CR2 > R2C = CHR > R2C = CH2 > RCH = CHR > RCH = CH2
Nas situações em que pode ser obtido mais de um alceno, seguimos a regra de Saytzeff. Por
exemplo:
8. Reações de Oxidação
As reações de oxirredução são as que ocorrem com mudança do número de oxidação.
Na oxidação verifica-se a perda de elétrons e conseqüentemente o aumento do número de
oxidação. Para os compostos orgânicos, verifica-se reação com o oxigênio e o aumento do núme-
ro de oxidação do carbono envolvido.
Ozonólise do 2-buteno
O
H2O
CH3 CH CH CH3 + O3 2 CH3 C + H2O2
Zn
H
Ozonólise do 2,3-dimetil-2-buteno
O
H2O
CH3 C C CH3 + O3 2 CH3 C CH3 + H2O2
Zn
CH3 CH3
Observação
Para evitar a oxidação do aldeído pela água oxigenada, deve-se utilizar zinco na reação.
A ozonólise caracteriza-se pela sua seletividade de não produzir ácidos carboxílicos.
Aplicação da Ozonólise
1) Método de obtenção de aldeídos e cetonas .
2) Determinação da posição da dupla ligação na molécula. Para isso proceder da seguinte
maneira: eliminar os átomos de oxigênio das duas moléculas resultantes e unir por dupla
ligação os carbonos do radical funcional.
Exemplo
Um alceno forneceu por ozonólise aldeído acético e propanona. Qual é o alceno?
O
Ozonólise
Alceno H3C C + O C CH3 + H2O2
H CH3
O alceno é, portanto:
Importante!!
Em função da cor violeta da solução de KMnO4, a reação de Bayer pode ser aplicada para
se distinguir um alceno do ciclano isômero; com KMnO4 em meio alcalino o ciclano não reage.
Quando o alceno apresentar ramificações nos carbonos da dupla ligação, obteremos cetona
ao invés de ácido carboxílico.
Alceno é:
3-metil-hexeno-3
Observação
A reação de um composto orgânico com oxigênio atômico ou molecular é uma reação de
oxidação do composto orgânico, pois o número de oxidação ou Nox do carbono aumenta. O
permanganato de potássio é chamado de agente oxidante. Outro agente oxidante muito em-
pregado em Química Orgânica é o dicromato de potássio (K2Cr2O7).
Um dos métodos para oxidar álcool primário a aldeído e depois a ácido carboxílico consis-
te em usar solução de dicromato de potássio, K2Cr2O7 , como agente oxidante.
Essa solução que possui o íon dicromato 121 3 2−1 tem coloração vermelho-alaranjada. Quan-
do esse íon oxida o álcool, o cromo sofre redução, passando a Cr2O3 de coloração verde (esta reação
é a que acontece nos bafômetros).
Exemplo Exemplo
Caso Especial
Oxidação do Metanol
(Possui 3 ligações com hidrogênio e, portan-
to, 3 pontos a serem oxidados na molécula.)
8.5. Diferenciação Prática
de Aldeídos e Cetonas
Em laboratórios, faz-se a diferenciação
entre aldeído e cetona com base no fato de
que os aldeídos são facilmente oxidados e as
cetonas não o são.
Para isso, usam-se reativos especiais que,
ao provocarem a oxidação do aldeído e, con-
seqüentemente, ao sofrerem redução, produ-
zem um sinal físico facilmente identificável
como, por exemplo, uma mudança de cor.
Uma vez que a cetona não sofre oxidação,
seu contato com esses reativos não produz
sinal algum e assim verifica-se, experimen-
II. Álcool Secundário talmente, se determinado composto é um
Os álcoois secundários são oxidados a aldeído ou uma cetona.
cetonas, pois o carbono do grupo OH, neste
caso, possui apenas 1 ligação com hidrogênio. I. Reativo de Tollens
Solução Amoniacal de Nitrato de Prata
Os aldeídos produzem um precipitado de
prata metálica nas paredes do frasco, forman-
do um espelho de prata.
Exemplo
Combustão Completa
a) CH4 + 2 O2 → CO2 + 2 H2O
4
b) 1 1 2 1 + 3 1 → 5 13 1 + 2 1 3
5
c) C2H5OH + 3 O2 → 2 CO2 + 3 H2O
Observe que o balanceamento da equação
As cetonas não reagem com reativo de deve ser feito considerando-se a combustão
(queima) de um mol do composto orgânico,
Tollens.
iniciando-se pelo carbono, em seguida hidro-
II. Reativo de Fehling gênio e finalmente oxigênio, se for o caso.
Mistura de solução alcalina de tartarato Combustão Incompleta
duplo de sódio e potássio (sal de seignette) e a)
solução de CuSO4 .
A mistura é um líquido de cor azul escuro 4
b) 12 1 + 3 2 → 13 + 5 2 2 3
que contém o íon cobre II. 5
Os aldeídos, quando tratados pelo licor de Na combustão incompleta nota-se a pre-
sença de fuligem (carbono) e monóxido de car-
Fehling, dão um precipitado vermelho-mar-
bono; isto se deve à quantidade insuficiente
rom de óxido cuproso. de oxigênio molecular (O2) para realizar a
combustão total.
9. Reação de Esterificação
Esta reação é a reação reversível de álcool
com um ácido na formação de éster e água.
Esta reação é utilizada na indústria para ob-
tenção das essências de frutas (que são ésteres).
8.6. Combustão
É uma reação que corresponde à queima
de um composto que é alimentada pelo gás
oxigênio, que recebe o nome de comburente. Pode-se deslocar o equilíbrio para o lado
A combustão completa de compostos orgâ- do éster, por exemplo, retirando-se a água do
nicos, geralmente hidrocarbonetos e álcoois, equilíbrio, isto é, juntando-se um desidratante.
produz dióxido de carbono (CO2) e água na Foi provado, experimentalmente, que na rea-
forma de vapor. ção de esterificação o oxigênio do grupo OH do
álcool permanece na molécula do éster e o oxi-
Se a combustão for incompleta, além de gênio do grupo OH do ácido é eliminado sob a
água pode haver a formação de carbono ou forma de H2O. Assim, fazendo a reação de um
monóxido de carbono. álcool marcado
131 2
2 + 1
21 Na química orgânica, a fração mais im-
portante obtida da destilação seca da hulha é
1 1 2 21 ⎯→ 2
⎯ ⎯⎯
31 2 2
+ 1
2
o alcatrão, que representa a fonte natural
331 2
34567489
2 + 12
+ 1
2
+ 1 mais importante para a obtenção dos com-
41 21 2 + 32
postos aromáticos.
As principais frações obtidas pela desti-
5. Hulha lação fracionada do alcatrão da hulha são as
seguintes:
O carvão mineral é formado por materi-
a) Óleos Leves
ais ricos em carbono que ocorrem na crosta
terrestre em forma de depósitos e que resul- até 150 °C: Benzeno, Tolueno, Xileno.
tam da fossilização da madeira. Observe o b) Óleos Médios
teor de carbono encontrado em diferentes
de 150 °C a 220 °C: Fenol, Naftaleno.
fontes:
madeira 40% de carbono c) Óleos Pesados
turfa 60% de carbono de 220 °C a 270 °C: Cresóis, Anilina.
linhito 70% de carbono d) Óleos Verdes
hulha 80% de carbono de 270 °C a 400 °C: Antraceno, Fenantreno.
antracito 90% de carbono e) Resíduos ou Piche
1. Classificação
Os polímeros podem ser classificados pelo
método de preparação: A característica do teflon é a sua extrema
Polímeros por Adição inércia química, resistindo ao ataque de to-
Copolímeros dos os reativos com exceção dos materiais
Polímeros por Condensação alcalinos fundidos. Como apresenta a super-
fície extremamente lisa e resiste à alta tem-
2. Polímeros por Adição peratura sem fundir, o teflon é usado no re-
São os polímeros formados a partir de um vestimento de panelas, frigideiras etc...
monômero que deve ser um composto
insaturado. A polimerização se dá por meio 2.3. PVC
de reação de adição. Observe os exemplos: O cloreto de vinila é um gás que
2.1. Polietileno polimeriza rapidamente em presença de
Os polímeros do etileno chamam-se peróxido, resultando em uma resina chama-
polietilenos. Os polímeros de massa da cloreto de polivinila (PVC).
molecular relativamente baixa são ótimos
óleos lubrificantes. Os de massa molecular
média assemelham-se às ceras. Os de cadeia
maior são duros e resistentes à temperatura.
Empregando-se catalisadores especiais, con-
segue-se a polimerização em uma pressão
próxima a da atmosfera.
É usado em toalhas de mesa, garrafas
dágua, cortina para banheiros, tubos, couro
artificial para estofamento etc.
O polietileno é insolúvel, isolante elétrico
e inatacável por ácido ou base. É usado no
2.4 Benzeno
recobrimento de cabos para velas de ignição, Uma polimerização importante é a
em fios telefônicos, na fabricação de tubos trimerização do acetileno na obtenção do
plásticos, recipientes domésticos etc... benzeno.
3.2. Buna-n
É obtido pela copolimerização do 1,3
butadieno com o propeno-nitrilo, sendo o
sódio metálico usado como catalisador.
3.1. Buna-s
É obtido pela copolimerização do 4.1. Baquelite (Polifenol)
butadieno 1,3 com o vinil benzeno, sendo o É preparada por condensação de aldeído
sódio metálico usado como catalisador. fórmico com fenol comum. A baquelite é mui-
to usada como isolante na fabricação de ma-
teriais elétricos (pinos, tomadas, plugues etc).
Como o grupo é uma ligação amídica, diz-se que o náilon é uma poliamida.
5. Silicones
São polímeros com silício e são obtidos pela condensação do dimetilsiloxana.
1.1. Céridos
São ésteres formados a partir de um ácido
graxo e um álcool superior.
Os céridos são conhecidos como ceras e
podem ser de origem animal ou vegetal. São
usados na fabricação de ceras de assoalhos,
graxa de sapato, cosméticos, velas, etc.
Exemplo
33 3234
39824
12345233
8549353852234
354
C = C + H2 → C C
H H H2 H2 33 33234
3
óleo insaturado gordura saturada
33 4
937
489
12
óleo comestível + H2 ⎯ ⎯⎯⎯⎯→ gordu-
3456° 7
3333
8553
845124234
3287
234 34888
ras (margarinas)
43
A hidrogenação modifica não só as propri- 2. Proteínas
edades físicas como também as propriedades
São polímeros de até 20 aminoácidos na-
químicas. As gorduras hidrogenadas tornam-
turais que se diferenciam pelas cadeias late-
se rançosas com menos facilidade do que as
não hidrogenadas. A rancidez deve-se à pre- rais. Uma única molécula de proteína pode
sença de ácidos e aldeídos voláteis, de mau conter milhares de unidades de aminoácidos.
odor, obtidos através da reação do oxigênio Os aminoácidos são ácidos 2 amino
do ar com carbonos próximos das duplas li- carboxílicos.
gações, na cadeia carbônica. A hidrogenação
reduz o número de insaturações na cadeia
carbônica, o que retarda o desenvolvimento
do ranço.
Fisicamente, os óleos se apresentam no
estado líquido à temperatura e pressão am- Esta característica comum confere aos
bientes (25 °C e 1 atm) enquanto as gorduras aminoácidos a capacidade de formar lon-
se apresentam no estado sólido. gas cadeias de poliamida que constituem
as proteínas.
Gorduras e óleos podem derivar tanto de
animais como de vegetais. Uma molécula formada a partir de dois
ou mais aminoácidos é chamada de
13 1369
6 peptídio e a ligação entre eles é denomina-
3389
6
732
da de ligação peptídica. Cada aminoácido
presente em um peptídio é chamado de re-
123453672
3 33696 síduo. Conforme o número de resíduos, as
33 47
2 peptidas recebem o nome de dipeptidas,
33
6
71269
64
665
tripeptidas, etc. Para as proteínas (cadeia
polipeptídica), encontramos mais de cem
4 4 69
64
22 resíduos unidos por ligações peptídicas.
OH OH O
H2C C C
H H
A denaturação corresponde à precipita-
ção irreversível de uma proteína, causada
OH O OH
pela ação do calor, ácidos ou bases fortes. são representadas por
Observação O termo denaturação tam- H2C C CH2
bém é encontrado como desnaturação.
3. Carboidratos
São compostos de função mista poliálcool-
aldeído ou poliálcool-cetona, assim como to-
dos os compostos que, por hidrólise, produ-
zem os referidos compostos de função mista.
Os carboidratos são assim chamados por-
que freqüentemente apresentam fórmula míni- II. Osídeos
ma CH2O, que sugere um hidrato de carbono.
Açúcares que hidrolisam produzindo
3.1. Classificação oses. Classificam-se em:
1232 4565227879
352
1275232 Holosídeos: osídeos que, por hidrólise,
fornecem somente oses.
383
5232 Subdividem-se em:
1234562
12
7686234562
Dissacarídeos
37595
6234562 Açúcares que se hidrolisam, fornecendo
I. Oses duas moléculas de monossacarídeos.
Açúcares que não se hidrolisam. Ex.:
Ex.: glicose, frutose, galactose. 123
1
2 3
+ 2 3 ⎯ ⎯→ 1 2
3 + 1 2
3
Aldoses: apresentam o grupo aldeído. De 456 1 7 89
37
acordo com o número de átomos de car- Polissacarídeos
bono, classificam-se em aldotriose (3C);
aldotetrose (4C); aldohexose (6C)... Açúcares que se hidrolisam, formando
Cetoses: apresentam o grupo cetônico, mais de duas moléculas de monossacarídios.
classificam-se também em cetotriose (3C); Ex.:
cetohexose (6C)...
Costuma-se representar as fórmulas das 11 2
3 21 + 4 2 3 789
→ 4 1 2
3
∆
94 6
aldoses e cetoses na vertical. Nestas fórmu- 23456
las, um círculo representa o grupo aldeído, o Heterosídeos: Osídeos que, por hidrólise,
sinal representa o grupo cetona e um tra- fornecem outros compostos além das oses.
ço, o grupo hidroxila.
OH OH O
H2C C* C
H H
Outros exemplos
IV. Celulose
(C6H10O5)n ⇒ ocorre em todos os vegetais.
3.6. Estudo Geral das Oses e Osídeos O algodão é praticamente celulose (95%).
I. Glicose A sua massa molecular média é de 400.000.
C6H12O6 ⇒ glucose dextrogira, açúcar da uva A celulose praticamente não é digerível
Ocorre no mel e frutos doces; é obtida pela pelo organismo humano.
hidrólise do amido em meio ácido. Sua aplicação é na fabricação do papel e
no tecido de algodão.