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Redação

Técnica
SEST - Serviço Social do Transporte
SENAT - Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte

Qualquer parte dessa obra poderá ser reproduzida,


desde que citada a fonte.

Curso online – Redação Técnica – Brasília: SEST/SENAT, 2016.

164 p. : il. – (EaD)

1. Redação técnica - língua portuguesa. 2. Linguagem


formal. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço Nacional
de Aprendizagem do Transporte.
CDU 001.81

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Sumário
Apresentação 8

Unidade 1 | A Importância da Expressão Escrita 10

1. Sobre a Comunicação Escrita 12

1.1. A Importância de Escrever Bem 13

1.2. A Importância da Leitura para a Expressão Escrita 15

1.2.1. Alguns Tipos de Leitura de Texto 16

1.2.1.1. Exercício de Leitura de Texto 16

1.2.1.2. Exemplos de Leitura a Partir do Texto 17

1.2.2. Outros Tipos de Leitura (Decodificação de Mensagens) 18

Glossário 19

Atividades 20

Referências 22

Unidade 2 | Redação Discursiva 23

1. Tipos de Redação 25

2. Como Apresentar uma Redação Técnica Discursiva 26

3. Qualidades Fundamentais de uma Redação Técnica 27

3.1. Comparando Redação Técnica e Redação Literária 27

3.1.1. Exemplo de Texto Literário 28

4. Tipologia Textual 28

4.1. Tipos de Descrição 29

Atividades 30

Glossário 32

Referências 33

Unidade 3 | Redação Discursiva / Argumentação 34

1. O Que é Redação Discursiva 36

1.1. Redação Discursiva Objetiva (Dissertação) 36

2. Argumentação 37

2.1. Tipos de Argumentação 37

2.1.1. Argumento Baseado na Estrutura da Realidade 37

2.1.2. Argumento Baseado no Consenso 38

3
2.1.3. Argumento Baseado em Fatos 39

2.1.4. Argumento Lógico 39

2.2. Exercício para Mentalizar os Tipos de Argumentação 40

Atividades 41

Glossário 43

Referências 44

Unidade 4 | Progressão Discursiva / Dicas e Técnicas de Redação 45

1. Progressão Discursiva 47

1.1. Exemplos 47

2. Sugestões para Escrever Bem uma Dissertação 48

3. Técnica de Redação 49

Glossário 52

Atividades 52

Referências 54

Unidade 5 | Correspondência / Redação oficial 55

1. Correspondência 57

1.1. Correspondência Oficial 57

1.1.1. Tipos de Correspondência Oficial 58

2. Características da Redação Oficial 61

2.1. Sobre a Impessoalidade 62

2. 2. Padrão Culto da Linguagem 63

2.3. Clareza e Concisão 64

Glossário 66

Atividades 67

Referências 68

Unidade 6 | Formalidade e Padronização na Redação Oficial 69

1. Formalidade e Padronização 71

1.1. Pronomes de Tratamento 71

1.1.1. Concordância dos Pronomes de Tratamento 72

1.1.2. Emprego dos Pronomes de Tratamento 72

1.1.2.1. O Pronome de Tratamento Vossa Excelência 72

4
1.1.2.2. O Pronome de Tratamento Vossa Senhoria 75

1.1.2.3. O Pronome de Tratamento Vossa Magnificência 76

1.1.2.4. Os Pronomes de Tratamento para a Hierarquia Eclesiástica 76

Glossário 77

Atividades 78

Referências 79

Unidade 7 | O Padrão Ofício 80

1. Manual de Redação da Presidência da República e sua Revisão 82

2. O Padrão Ofício 83

2.1. Partes dos Documentos no Padrão Ofício 83

2.1.1. Tipo do Documento 84

2.1.2. Local e Data 84

2.1.3. Destinatário 84

2.1.4. Assunto 85

2.1.5. Texto 85

2.1.6. Fecho 86

2.1.7. Assinatura e Identificação do Signatário 87

Glossário 88

Atividades 89

Referências 91

Unidade 8 | Diagramação de Documentos e Comunicações Oficiais 92

1. Diagramação de Documentos no Padrão Ofício 94

2. Comunicações Oficiais 95

2.1. Apostila 95

2.1.1. Partes 96

2.2. Ata 96

2.2.1. Partes 98

Glossário 99

Atividades 100

Referências 102

Unidade 9 | Comunicações Oficiais: Aviso e Certidão 103

5
1. Aviso 105

2. Certidão 106

2.1 Características 106

2.2. Finalidade 106

2.3. Tipos 107

2.4. Forma 107

Glossário 108

Atividades 109

Referências 111

Unidade 10 | Comunicações Oficiais: Circular, Correio Eletrônico e Declaração 112

1. Circular 114

2. Correio Eletrônico em Comunicações Oficiais 114

2.1. Forma e Estrutura 114

2.2. Valor Documental 115

3. Declaração 115

Glossário 116

Atividades 117

Referências 119

Unidade 11 | Comunicações Oficiais: Edital e Exposição de Motivos 120

1. Edital 122

1.1. Objetivo 122

1.2. Partes do Documento 122

2. Exposição de Motivos 123

2.1. Partes do Documento 123

2.2. Forma e Estrutura 124

Glossário 125

Atividades 126

Referências 127

Unidade 12 | Comunicações Oficiais: Fax, Memorando e Mensagem 128

1. Fax 130

2. Memorando 130

6
3. Mensagem 131

Glossário 132

Atividades 133

Referências 134

Unidade 13 | Comunicações Oficiais: Ofício, Parecer e Requerimento 135

1. Ofício 137

2. Parecer 138

3. Requerimento 139

Glossário 140

Atividades 141

Referências 142

Unidade 14 | Comunicações Oficiais : Portaria, Ordem de Serviço, Procuração, Relatório e Telegrama 143

1. Portaria 145

2. Ordem de Serviço 146

3. Procuração 147

4. Relatório 148

5. Telegrama 149

Glossário 151

Atividades 152

Referências 153

Unidade 15 | Diploma, Certificado e Currículo 154

1. Diploma 156

2. Certificado 156

3. Currículo 156

3.1. Exemplo de Currículo 157

Glossário 160

Atividades 161

Referências 162

7
Apresentação

Prezado aluno,

Desejamos boas-vindas ao Curso Redação Técnica! Vamos trabalhar juntos para


desenvolver novos conhecimentos e aprofundar as competências que você já possui!

No início de cada unidade, você será informado sobre o conteúdo que será abordado e
os objetivos que se pretende alcançar.

O texto contém ícones com a finalidade de orientar o estudo, estruturar o texto e


ajudá-lo na compreensão do conteúdo. Você encontrará também situações extraídas
do cotidiano, conceitos e, ao final da unidade, você encontrará exercícios propostos
para a consolidação dos conteúdos.

O curso Redação Técnica contém 15 unidades de 4 horas-aula cada, estruturadas


conforme a tabela a seguir:

Unidade 1 A importância da expressão escrita


Unidade 2 Redação Discursiva
Unidade 3 Redação Discursiva
Progressão Discursiva/ Dicas e Técnicas
Unidade 4
de Redação
Unidade 5 Correspondência Oficial e seus Tipos
Formalidade e padronização na redação
Unidade 6
oficial
Unidade 7 O Padrão-Ofício
Diagramação de Documentos /
Unidade 8
Comunicações Oficiais: Apostila e Ata
Unidade 9 Comunicações Oficiais: Aviso e Certidão
Comunicações Oficiais: Circular, Correio
Unidade 10
Eletrônico e Declaração
Comunicações Oficiais: Edital e
Unidade 11
Exposição de Motivos
Comunicações Oficiais: Fax, Memorando
Unidade 12
e Mensagem

8
Comunicações Oficiais: Ofício, Parecer e
Unidade 13
Requerimento
Comunicações Oficiais: Portaria, Ordem
Unidade 14 de Serviço, Procuração, Relatório e
Telegrama
Unidade 15 Diploma / Certificado / Currículo

Esperamos que este Curso seja muito proveitoso para você! Nosso intuito maior é
o de lhe apresentar dicas, conceitos e soluções práticas para ajudá-lo a resolver os
problemas encontrados no seu dia a dia de trabalho.

Bom trabalho!

9
UNIDADE 1 | A IMPORTÂNCIA DA
EXPRESSÃO ESCRITA

10
Unidade 1 | A Importância da Expressão Escrita

Fonte: www.shutterstock.com

ff
Discuta com seus colegas:

O que você entende por comunicação? Você se comunica pela


escrita? Que tipo de escrita você normalmente pratica? Há
momentos em que você precisa escrever formalmente? Que
tipos de escritas formais você conhece?

Prepare-se para aproveitar bem esta unidade do curso! É certo que você terá ganhos,
sejam em seus relacionamentos cotidianos, sejam na ampliação das oportunidades
profissionais.

Nesta primeira parte, vamos ressaltar a importância da escrita como ferramenta


indispensável de comunicação, relacionando-a com os processos de leitura. Ainda,
apresentaremos alguns dos diversos tipos de leitura possíveis para um mesmo produto
textual e a forma de utilizá-los na criação de um texto próprio.

11
1. Sobre a Comunicação Escrita

Se entendermos o termo sociedade como um agrupamento de pessoas que vivem em


estado gregário (em bando) e de colaboração mútua, concluímos que o viver social
só existe quando há comunicação entre os integrantes do grupo. Isso porque só
ficamos juntos se há possibilidades de compartilhamento, seja de informações, ideias,
conhecimentos, ou de anseios, emoções e outros sentimentos e propósitos.

bb
Assista a este vídeo sobre comunicação e discuta sobre
o poder das palavras: https://www.youtube.com/
watch?v=lkoH3IKPWyA

A todo momento nosso cérebro cria pensamentos que vagam pelas lembranças e pela
imaginação e, evidentemente, também se fixam nas situações e acontecimentos do
presente. E mais: o cérebro permanece em contínua elaboração de pensamentos que
julgam, fazem reflexões ou compõem raciocínios lógicos.

Comunicação é um processo que envolve a transmissão e


recepção de mensagens entre uma fonte emissora e um
destinatário receptor, no qual as informações, transmitidas por
intermédio de recursos físicos (fala, audição, visão, etc.) ou de
aparelhos ou dispositivos técnicos, são codificadas na fonte e
decodificadas no destino com o uso de sistemas convencionados
de signos ou símbolos sonoros, escritos, iconográficos, gestuais,
etc. (Houaiss, 2009)

12
aa
O ser humano, abastecido pela ininterrupta atividade mental,
interage com seu semelhante utilizando várias formas de
comunicação, sendo a escrita — conjunto de caracteres
composto por letras, algarismos, sinais de pontuação e outros
símbolos — um desses canais de expressão.

1.1 A Importância de Escrever Bem

A facilidade ou disposição de comunicar é uma habilidade bastante valorizada no


convívio social. Ser bastante comunicativo na linguagem falada, ou mesmo na escrita,
pode indicar personalidade extrovertida, temperamento afável e convidativo.

O falar bem é qualidade especialmente percebida em pessoas carismáticas, envolventes,


comunicadores capazes de receber atenção, de obter boa vontade e simpatia por parte
dos ouvintes.

A necessidade da expressão escrita tomou proporções inéditas em nossas atuais


ações cotidianas devido à intensificação das trocas de mensagem via celulares e
outros equipamentos eletrônicos, e-mails, redes sociais, etc. Todo mundo recebe ou
lê mensagens e quer ou precisa respondê-las por escrito. Como consequência, nosso
nível de instrução, nossos conhecimentos adquiridos e nossa formação cultural ficam,
a todo momento e lugar, francamente expostos.

aa
Então, como causar boa impressão ao escrever? A resposta
está em cultivar o hábito cotidiano de leitura e uma prática
constante de escrita — essas atitudes, aliadas a estudos sobre
regras e normas que estruturam a língua, garantem uma
interpretação correta de textos e a eficiência na expressão
escrita.

13
Passando ao mundo dos negócios — empresarial e profissional —, é fácil constatar
que as melhores posições e cargos estão com bons comunicadores. Falar e escrever
bem são requisitos básicos nos indivíduos que se sobressaem como líderes, pessoas
capazes de comandar e coordenar, que influenciam comportamentos e apresentam
proposições na busca dos objetivos.

Mas, embora escrever corretamente e com clareza seja muito relevante para a eficiência
produtiva e, portanto, bastante apreciado em entrevistas de trabalho, tal habilidade
não é facilmente encontrada nem mesmo entre executivos, conforme comprovam
pesquisadores americanos.

aa
Em ambientes de trabalho, usar corretamente e com
adequação tanto a linguagem escrita quanto a oral, e mesmo
a visual e gestual, constituem diferenciais positivos nos
relacionamentos com chefes, colegas e clientes.

Em qualquer área, sendo estudante ou profissional, você deve ser um bom conhecedor
de seu idioma e das respectivas normas de escrita, habilitando-se para produzir textos
concisos e bem elaborados, textos que exponham de forma clara seus objetivos,
pensamentos e intenções.

Sabe-se que muitos vestibulandos apresentam performance

gg
insuficiente em questões dissertativas ainda que tenham
consideráveis conhecimentos sobre determinada matéria.
E as faculdades mais concorridas do país aplicam provas
escritas além da redação, esta exigida também no Enem. A
redação pode, facilmente, ser o motivo para uma aprovação
ou reprovação.

14
aa
Quanto mais preparado você estiver para transferir suas
ideias e seu conhecimento para o papel, melhores chances de
sucesso você terá em qualquer área de atuação pessoal ou
profissional.

1.2. A Importância da Leitura para a Expressão Escrita

“Como ler é um hábito raro entre nós, e a meninada chega ao


colégio achando o livro uma coisa quase esquisita, e a leitura
uma chatice, talvez ela precise ser seduzida: percebendo que ler
pode ser divertido, interessante, pode entusiasmar, distrair, dar
prazer. Eu sugiro crônicas, pois temos grandes cronistas no Brasil,
a começar por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, além dos
vivos como Veríssimo e tantos outros. Além disso, cada um deve
descobrir o que gosta de ler, e vai gostar, talvez, pela vida afora.
Não é preciso que todos amem os clássicos nem apreciem romance
ou poesia. Há quem goste de ler sobre esportes, explorações,
viagens, astronáutica ou astronomia, história, artes, computação,
seja o que for.” (Lya Luft, revista Veja, ed. 2125, 2009)

Essa admirável colunista da revista Veja, Lya Luft, ainda nesse artigo, ressalta que a
leitura exercita nosso cérebro, deixando-nos poderosos e fortes como indivíduos,
curiosos e integrados com o mundo. Vamos seguir seus conselhos: ler muito, aprender
a gostar de ler — assim chegaremos à compreensão e leitura correta do entorno e
do contexto em que vivemos. Só então estaremos aptos a refletir, analisar, propor
mudanças, inovar, contribuir.

A expansão dos limites da leitura não favorece apenas o desempenho profissional do


indivíduo. Conduz também à compreensão de temas de interesse social, favorecendo
a análise e formação de opiniões críticas sobre os mais variados assuntos. Ainda, serve

15
de base e estímulo a atuações voltadas ao bem-estar coletivo e a melhorias do habitat.
Também, e principalmente para alguns, o prazer da leitura possibilita o usufruto das
preciosas e perenes obras de arte literárias.

1.2.1. Alguns Tipos de Leitura de Textos

Ao estudarmos um texto, praticamos vários tipos de leitura, dentre eles:

• Leitura exploratória — quando apreendemos informações específicas.

• Leitura analítica — quando comparamos e identificamos estilos, posições,


argumentos.

• Leitura hierarquizadora — quando classificamos os aspectos relevantes por


ordem de importância.

• Leitura de extrapolação — quando, com base no texto, concebemos nossas


próprias ideias.

Com base no exposto, fica evidente a importância da leitura como facilitadora da


produção textual, pois, a partir de anotações referentes a uma leitura, podemos
interpretar informações, analisar argumentos e posições, atentar a aspectos relevantes,
articular pensamentos e ideias, comparar conhecimentos, exercitar nossa capacidade
de síntese.

1.2.1.1 Exercício de Leitura de Texto

Texto — “A travessia mais perigosa da capital

A Avenida Marechal Tito, em São Miguel Paulista, na Zona Leste, detém


um título sinistro. Trata-se do local mais letal para pedestres na capital,
em relação ao número de mortos no trânsito. Segundo a CET, em 2014,
ocorreram onze mortes por atropelamento na via de 7,6 quilômetros, ou

16
73% dos óbitos por acidentes de trânsito registrados ali. O índice médio
da cidade é de 30% a 50%. Na esquina com a Rua Valdomiro Gonzaga
Silva, a pavimentação está destruída e não há sinalização. “Aqui foi
sempre assim” reclama a dona de casa Verônica Jesus, moradora do
lugar há treze anos. “Para atravessar, só correndo, porque vem carro
de um lado e ônibus do outro”, conta a vendedora Cristielaine Lucarelli,
que diz socorrer acidentados toda semana. A prefeitura afirma que vem
realizando intervenções de recuperação asfáltica e fará vistoria para a
implantação de faixas de pedestres. No mês passado, parte da avenida
teve a velocidade máxima reduzida de 50 para 40 quilômetros.”

(Adriana Farias e Bárbara Öberg, Encruzilhada Perigosa, Veja,


São Paulo, 2015)

1.2.1.2 Exemplos de leituras a partir do texto:

— Exploratória: onze mortes por atropelamento em 2014 / via de 7,6 km / representa


73% dos óbitos por acidentes de trânsito no local / o índice médio desse tipo de óbito
é de 30% a 50% na cidade.

— Analítica: a reportagem organiza os fatos em etapas sucessivas, logicamente


encadeadas, o que caracteriza uma redação discursiva; a reportagem, em primeiro lugar,
esclarece a qual travessia faz referência, depois justifica o título por meio de dados
estatísticos e depoimentos e, por último, transmite as respostas, dos responsáveis
pela situação, sobre as ações em curso para uma possível solução do problema.

— Hierarquizadora: a Avenida Marechal Tito, em São Miguel Paulista, na Zona Leste,


detém o título de local mais letal para pedestres da cidade de São Paulo.

— De extrapolação: as intervenções generalizadas da prefeitura chegarão a esse local


específico?

17
1.2.2 Outros tipos de leitura (decodificação de mensagens)

São ainda possíveis outros e diferentes tipos de “leitura”, como:

a) de um ambiente: antigo ou novo, claro ou escuro, agradável ou sinistro;

b) de uma situação: harmoniosa ou estressante, esperada ou não, conhecida ou


inédita;

c) de uma imagem: descuidada ou perfeita, surpreendente ou comum, sutil ou


grosseira;

d) de uma pessoa: pela observação atenta de detalhes em suas maneiras de vestir,


agir, escolher.

Essas leituras poderão ser mais ou menos corretas a depender da acuidade e da


sensibilidade do observador.

Aprender a escrever não é só aprender a pensar, como se tem

cc
dito e redito; mas também — e principalmente — aprender a
dizer bem o que foi pensado. E isso pode ensinar-se — mas ainda
assim com renúncia a qualquer dogmatismo e sem a camisa
de força de fórmulas e receitas fabricadas, que antes inibem,
cerceiam e até anulam a livre afirmação da personalidade
do estudante. Mais propriamente sugerir, estimular, apontar
caminhos — numa palavra: guiar.

bb
Acesse:

<http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pol_l.php?t=001>

e aprecie ótimos textos sobre leitura e literatura.

18
Resumindo

A comunicação é um processo que envolve a transmissão e recepção de


mensagens, em que as informações são codificadas na fonte e decodificadas
no destino.

Usar corretamente as linguagens escrita e oral constitui diferenciais


positivos nos relacionamentos profissionais.

Os principais tipos de leitura de texto que devemos praticar são:


exploratória, analítica, hierarquizadora e de extrapolação.

Glossário

Cotidiano: que acontece diariamente; que é comum a todos os dias; diário.

Iconógrafos: Define o estudo dos assuntos representados por imagens artísticas,


obras de arte, relacionando com as suas fontes e significados.

Habitat: conjunto de circunstâncias físicas e geográficas que oferece condições


favoráveis à vida e ao desenvolvimento de determinada espécie animal ou vegetal.

19
1) Classifique as afirmações a seguir como verdadeiras (V) ou

dd
falsas (F):

( ) Quem não gostava de ler quando criança nunca conseguirá


escrever nem mesmo a mais simples poesia..

( ) O profissional que lê pouco escreve melhor, pois tem mais


tempo para praticar a escrita.

( ) Boas leituras são transformadoras — podem diminuir


atitudes conformistas e incentivar ações voltadas ao bem-estar
da coletividade.

( ) Não existe sociedade sem algum tipo de comunicação


entre seus integrantes.

2) Assinale “V” para as afirmações verdadeiras ou “F” para


as falsas:

( ) Um curso técnico nunca vai demandar habilidades em


leitura porque só lida com conhecimentos e ações práticas.

( ) A um mecânico de carros, por exemplo, nunca é necessário


ler ou entender um manual de instruções, pois seu trabalho se
limita a percepções sonoras e visuais.

( ) Expandir os limites de leitura gera crescimento pessoal e


profissional ao trabalhador.

( ) Vivemos em um mercado muito competitivo, em que falar


e escrever bem constituem diferenciais muito valorizados.

3) Com base no trecho extraído do artigo “Ler e escrever;


pensar e existir” (Gustavo Iochpe, Folha de S.Paulo, 1999):

“Ler é fundamental não só por razões práticas — aumenta o


vocabulário, seu conhecimento geral, a capacidade de expressão e
a possibilidade de sucesso com as mulheres —, mas especialmente
por despertar áreas adormecidas de seu cérebro. Ler a boa
leitura, assim como entrar em contato com as artes plásticas ou

20
a música, ativa a imaginação, a capacidade de abstração. Mas,
mais importante, ler desenvolve a única capacidade realmente
importante nessa vida, que é a de pensar.”

Classifique as afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F):

( ) Ler é fundamental, principalmente, porque desperta


áreas adormecidas do cérebro.

( ) Ler a boa literatura ativa a imaginação e a capacidade de


abstração.

( ) Ler desenvolve a capacidade de pensar.

( ) Ler não melhora a nossa capacidade de expressão.

4) A respeito das leituras do texto “A travessia mais


perigosa da capital”, já transcrito nesta unidade, complete
com os seguintes tipos de leitura: exploratória, analítica,
hierarquizadora, de extrapolação.

a) A Avenida Marechal Tito é o local mais letal para pedestres na


capital: leitura ........................................

b) Em 2013, ocorreram onze mortes por atropelamento na via:


leitura ........................................

c) O texto começa explicando por meio de estatísticas o porquê


do título, depois expõe a situação vivida pelos usuários e, por
fim, narra o que foi dito pela prefeitura, revelando uma sucessão
e um encadeamento lógico de ideias: leitura ...................................

d) A referida área urbana recebe poucos cuidados por parte da


prefeitura: leitura ........................................

21
Referências

BELTRÃO, Mariúsa; BELTRÃO, Odacir. Correspondência: linguagem & comunicação:


oficial, comercial, bancária, particular. 19. Ed. São Paulo: Ática, 2004 (Série Princípios).

CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Linguística. 9. Ed. Ver. Atualizada. Brasília,


2002.

CASTRO, Cláudio de Moura. A Grande Heresia do Simples. Revista Veja, ed. 2448, a. 48,
n. 42. São Paulo: Abril, 2015.

CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagem,


gramática e redação, v. 1. 2. ed. São Paulo: Atual, 1994.

CRE Mario Covas – Centro de Referência em Educação. Leitura e Literatura. Portal da


internet, 2016. Disponível em: <http://www.crmariocovas.sp.gov.br/lei_l.php?t=001>.
Acesso em: 31 ago. 2016.

FARIAS, Adriana; ÖBERG, Bárbara. Encruzilhada Perigosa. Revista Veja, São Paulo, a.
48, n. 43, p. 42. São Paulo: Abril, 2015.

FERREIRA, Reinaldo M. Correspondência comercial e oficial. São Paulo: Ática, 1984.

LIMA, Rocha; NETO, Raimundo Barbadinho. Manual de Redação. Rio de Janeiro: Fae,
1988.

LUFT, Lya. Brasileiro não gosta de ler? Portal da internet Educar para Crescer, 2009.
Disponível em:<http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/brasileiro-nao-gosta-
ler-495455.shtml>. Acesso em: 2 de setembro de 2016.

ONU – Organização das Nações Unidas. Declaração Universal Dos Direitos Humanos.
Paris, 1948. Disponível em: <http://www.dudh.org.br/wp-content/uploads/2014/12/
dudh.pdf>. Acesso em: 31 ago. 2016.

WIKICIONÁRIO. Comunicação. Portal da internet, 2016. Disponível em: <https://


pt.wiktionary.org/wiki/comunica%C3%A7%C3%A3o>. Acesso em: 31 ago. 2016.

22
UNIDADE 2 | REDAÇÃO
DISCURSIVA

23
Unidade 2 | Redação Discursiva

Fonte: www.shutterstock.com

ff
Muitas vezes, na produção de um texto que vai ser avaliado,
surgem algumas dúvidas básicas, como:

É preciso colocar o título? / Como posso corrigir meu erro se


não existem chances de refazer o trabalho? / Que aspectos
são analisados em uma redação? / Que tipo de texto deve ser
apresentado? / Quais desacertos são considerados “fatais”?

Discuta essas questões com seus colegas.

Nesta unidade, teremos como missão fornecer-lhe dicas sobre a forma de apresentar sua
redação, bem como trazer esclarecimentos a respeito das características textuais a serem
avaliadas pelo examinador ou professor. Vamos conceituar redação, suas variantes, e
comentar tipologias textuais.

24
1. Tipos de Redação

aa
Redação é a expressão por meio da escrita daquilo que
concebemos e queremos externar.

Seus tipos são:

• Redação técnica é redigir com observância a um conjunto de procedimentos,


ordens e métodos estabelecidos.

Vamos entender:

• Redação técnica é redigir com observância a um conjunto de procedimentos,


ordem e métodos estabelecidos.

• Redação técnica discursiva é uma dissertação em que escrevemos e argumentamos


a respeito de um tema específico.

• Redação oficial é uma redação técnica com observância rigorosa às regras


instituídas pelo Poder Público para a redação dos atos normativos e outras
comunicações oficiais.

• Redação literária é redigir sem as limitações da objetividade, franquear-se o uso


de figuras de linguagem, aspectos estéticos e tom emotivo ou pessoal.

bb
Assista a uma excelente aula de redação e aproveite para
relembrar ou aprender um pouco mais sobre os tipos de textos
de redação:

https://www.youtube.com/watch?v=BwO_AHktkiw

25
2. Como Apresentar uma Redação Técnica Discursiva

Vamos dirimir algumas dúvidas do aluno ou candidato a vagas e cargos a respeito da


apresentação de uma redação ou texto discursivo:

• Título: Não coloque título, a menos que haja uma solicitação expressa. Se for
pedido, somente sua 1ª letra deve ser maiúscula, exceto em casos de nomes
próprios que iniciam sempre em maiúscula. Não destaque o título com traços
mais grossos nem o sublinhe. Evite títulos longos.

• Letra: Deve-se utilizar apenas um tipo de letra em cada texto, já que em textos
técnicos não se pode misturar tipos de letras. Lembrar que a legibilidade é fator
importante.

• Linha: Não pule linha ao mudar de parágrafo.

• Correção: Se cometer algum erro ao passar sua redação a limpo, faça somente
um traço simples sobre o erro ou a palavra, a frase ou o parágrafo errado e, na
sequência, coloque a forma certa.

• Escrever fora: Nunca escreva fora do espaço apropriado como, por exemplo,
dentro da margem da folha. Sempre obedeça aos números mínimo e máximo de
linhas estipuladas.

• Parágrafo: Todos os parágrafos devem ser marcados com espaço, e sempre com
o mesmo alinhamento. Caso precise dividir uma palavra e não haja espaço para
o hífen, você deve sublinhar a última sílaba da palavra a ser dividida. Exemplo:
mecâni
co

26
3. Qualidades Fundamentais de uma Redação Técnica

aa
Clareza, concisão e correção são as qualidades indispensáveis
a qualquer texto técnico.

• CLAREZA: propicia que se comunique o pensamento, finalidade primeira da


linguagem. Quanto mais nítida for a mensagem, mais eficiente ela será.

• CONCISÃO: é a qualidade que faz diminuir a quantidade de palavras, sem prejuízo


da comunicação eficiente.

• CORREÇÃO: é adotar a norma culta de linguagem, com sua correção gramatical,


como instrumento geral de comunicação, de forma a estabelecer um padrão
único de linguagem diante da diversidade decorrente de fatores individuais,
sociais, temporais e geográficos.

3.1 Comparando Redação Técnica e Redação Literária

a) Quanto à CLAREZA

• Redação técnica: usa a linguagem denotativa (palavras utilizadas em seu sentido


original), com um vocabulário preciso.

• Redação literária: seu vocabulário pode ser subjetivo e possibilitar uma


multiplicidade de interpretações.

b) Quanto à CONCISÃO

• A redação técnica caracteriza-se pela objetividade, fundamentando-se em dados


concretos.

27
• A redação literária demonstra apego a aspectos estéticos da linguagem,
podendo empregar as funções poética, metalinguística (descrevendo ou falando
sobre uma outra linguagem) e emotiva, e revelar a subjetividade por parte do
emissor.

c) Quanto à CORREÇÃO

• Ambas se pautam pela observância às regras vigentes da norma culta de


linguagem.

3.1.1. Exemplo de Texto Literário

... “Se aquela de quem tanto gostava o rapaz estaria no baile; se


lhe concederia a contradança predileta, a quarta, que se reserva
para o escolhido, pela razão não somente de ser a infalível, como
de dançar-se no momento da maior animação; se o Fernandinho
conseguiria enfim dar-lhe a entender sua paixão, e como receberia
a moça essa declaração; tais eram as graves preocupações dessas
três criaturas, que privadas de toda a distração, trabalhavam à
luz da candeia para ganhar uma parte do necessário.” ...

(Trecho do romance Senhora, de José de Alencar)

4. Tipologias Textuais

aa
São três os tipos básicos de textos: descritivo, narrativo,
dissertativo.

28
• DESCRIÇÃO: relata o que vemos, sentimos e pensamos.

• NARRAÇÃO: relata acontecimentos, situando personagens no tempo e no


espaço.

• DISSERTAÇÃO: expõe ideias, pontos de vista, proposições, por meio de


argumentos e raciocínios baseados em leituras, abstrações e outras experiências.

4.1. Tipos de Descrição

A descrição pode ser:

a) objetiva

ex.: Meu cãozinho é peludo.

b) subjetiva

ex.: Meu cãozinho é fofo.

A redação técnica discursiva ou dissertação — texto temático


é a tipologia mais solicitada em concursos, outras provas e
testes. Isso porque possibilita avaliar a habilidade, por parte do
aluno ou candidato, em organizar ideias em torno do assunto
proposto.

bb
<https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/
texto-cientificotexto-tecnico/14204> para expandir seus
conhecimentos sobre o assunto.

29
Resumindo

Redigir com eficiência pressupõe habilidades, como o conhecimento das


características exigidas quanto à estruturação dos textos e formas de
apresentação, além do uso do padrão culto da linguagem.

Redação é a expressão por meio da escrita daquilo que concebemos e


queremos externar.

Clareza, concisão e correção são as qualidades indispensáveis a qualquer


texto técnico.

1) O seguinte texto foi extraído de um manual de instruções

dd
para uso de panela de pressão, na parte sobre cuidados e
advertências.

“Nunca efetue modificações ou adaptações nas válvulas de


segurança e nos demais componentes e sempre utilize peças de
reposição originais correspondentes ao modelo de sua panela. O
uso de peças não originais poderá ocasionar mau funcionamento
do produto, além de acarretar a perda da garantia contratual.
Essa orientação é extremamente importante para que acidentes
sejam evitados.”

Assinale as qualidades que você encontrou no texto do manual:

( ) Clareza

( ) Subjetividade

( ) Correção de linguagem

( ) Concisão

30
2) Sobre o mesmo texto da questão anterior, classifique as
afirmações como corretas (C) ou incorretas (I):

( ) Trata-se de um texto técnico.

( ) É uma narração porque conta uma história.

( ) É uma dissertação porque expõe ideias (instruções) e


argumentos baseados em experiências.

( ) É uma descrição porque descreve um acidente sério com


a panela.

3) Ainda sobre o texto do manual de uso da panela de pressão,


classifique as afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F):

( ) O texto é uma redação literária, assim como poesias e


romances.

( ) O texto é uma redação técnica que usa uma linguagem


denotativa.

( ) O texto é uma redação porque transmite, por meio da


expressão escrita, a mensagem que um emissor (fabricante)
deseja passar ao receptor (cliente).

( ) O texto é uma dissertação que tem as qualidades


essenciais a uma redação técnica: clareza, concisão e correção.

4) Classifique como as afirmações como verdadeiras (V) ou


falsas (F):

( ) Uma redação técnica discursiva eficiente deve apresentar


introdução, desenvolvimento e conclusão.

( ) As mensagens transmitidas entre órgãos governamentais


são redações técnicas oficiais.

( ) Qualquer formato é aceitável nas correspondências


oficiais, desde que sem erros de ortografia.

( ) Histórias infantis devem ser escritas somente no formato


de dissertação.

31
Glossário

Conceituar: tomar e/ou emitir um conceito ou uma opinião sobre; julgar, avaliar.

Conceber: formar uma ideia exata de (alguma coisa), compreender, perceber.

Externar: expor, tornar público toda e qualquer notícia ou informação.

Tipologia: que estuda os tipos, diferenças.

32
Referências

BELTRÃO, Mariúsa; BELTRÃO, Odacir. Correspondência: linguagem & comunicação:


oficial, comercial, bancária, particular. 19. Ed. São Paulo: Ática, 2004 (Série Princípios).

CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Linguística. 9. Ed. Ver. Atualizada. Brasília,


2002.

CASTRO, Cláudio de Moura. A Grande Heresia do Simples. Revista Veja, ed. 2448, a. 48,
n. 42. São Paulo: Abril, 2015.

CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagem,


gramática e redação, v. 1. 2. ed. São Paulo: Atual, 1994.

CRE Mario Covas – Centro de Referência em Educação. Leitura e Literatura. Portal da


internet, 2016. Disponível em: <http://www.crmariocovas.sp.gov.br/lei_l.php?t=001>.
Acesso em: 31 ago. 2016.

ONU – Organização das Nações Unidas. Declaração Universal Dos Direitos Humanos.
Paris, 1948. Disponível em: <http://www.dudh.org.br/wp-content/uploads/2014/12/
dudh.pdf>. Acesso em: 31 ago. 2016.

FARIAS, Adriana; ÖBERG, Bárbara. Encruzilhada Perigosa. Revista Veja, São Paulo, a.
48, n. 43, p. 42. São Paulo: Abril, 2015.

FERREIRA, Reinaldo M. Correspondência comercial e oficial. São Paulo: Ática, 1984.

33
UNIDADE 3 | REDAÇÃO
DISCURSIVA / ARGUMENTAÇÃO

34
Unidade 3 | Redação Discursiva / Argumentação

Fonte: www.shutterstock.com

ff
Discuta com seus colegas:

Como escrever de modo a persuadir o leitor a favor de minhas


ideias? Quais as características necessárias ao texto que tem
como propósito o convencimento? Como provar que minhas
sugestões são boas para uma empresa, por exemplo?

É comum surgirem as dúvidas aqui colocadas, mesmo por parte de pessoas muito
autoconfiantes e cujos anseios são reconhecidamente dignos de aprovação e
merecimento.

Nesta unidade, vamos tornar claros os recursos argumentativos que podem ser utilizados
em uma redação para atingir sua finalidade. O conhecimento sobre o tema facilitará a
produção de textos com estrutura organizada, argumentos eficientes e proposições bem-
sucedidas.

35
1 Definição de redação discursiva

Segundo o Portal Educação, um texto ou uma redação discursiva é caracterizado


por sua informalidade ao explanar sobre um assunto discutível, onde o escritor deve
mostrar os dois lados desse determinado assunto e, claro, tomar um lado para si e
defendê-lo com argumentos válidos. Um texto discursivo não é tão extenso como um
texto dissertativo e, além do mais, é um ótimo modo para aprender como desenvolver
argumentos de forma direta sem perder a coerência.

(https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/pedagogia/tecnica-de-
redacao-discursiva/48496)

aa
A redação discursiva, ou dissertativa, compõe-se de três partes
— introdução, desenvolvimento e conclusão —, nas quais se
expõem os conhecimentos adquiridos sobre certo assunto
proposto. Normalmente se usam argumentos em favor de
uma tese a fim de se buscar o convencimento do leitor. O
sucesso da empreitada será facilitado se o texto se mostrar
claro, fundamentado e coeso.

1.1 Redação discursiva (dissertação) objetiva

Podemos expressar uma ideia:

a) de modo objetivo: com a intenção de convencer o leitor;

b) de modo subjetivo: sem nenhuma intenção.

Uma dissertação objetiva tem o propósito de fazer com que o leitor aceite as ideias
do escritor. Vale-se de recursos argumentativos, como a exposição de provas, para
convencer ou persuadir o leitor.

36
2. Argumentação

Argumentar é apresentar fatos, ideias, razões lógicas, provas,


entre outras, que comprovem uma afirmação, uma tese.
(Houaiss, 2009)

A palavra argumentação vem do latim argumentum. Trata-se do raciocínio que se


utiliza para demonstrar ou comprovar uma proposição ou para convenção outra pessoa
daquilo que se afirma ou se nega. Então, argumento é tudo aquilo que ressalta, em um
procedimento linguístico que tem o intuito de fazer aceitar, persuadir, levar a crer uma
ideia.

aa
As bases da argumentação podem estar:

a) na estrutura da realidade;

b) no consenso;

c) em fatos; e

d) no raciocínio lógico.

2.1 Tipos de Argumentação

2.1.1. Argumento Baseado na Estrutura da Realidade

— Usam-se as relações “de causa e efeito” ou “de pessoa e ato”.

Em relações “de causa e efeito”, empregamos argumentos trazidos da estrutura da


realidade.

Em relações “de pessoa e ato”, os argumentos são de autoridade. Aqui se utilizam


a reputação ou o prestígio de um indivíduo em dado domínio. Citam-se pontos de
vista de um autor reconhecido, em artigos de revista ou jornal ou em certo campo da
experiência, como meio de prova para alguma tese.

37
Exemplos:

• Um esforço concentrado por parte dos atletas pode levar a equipe às medalhas
de ouro do campeonato (causa e efeito).

• As linhas e cores do mapa mostravam a realização dos grandes sonhos épicos,


disse G. H. Grosvenor, da National Geographic, em 1888 (pessoa e ato).

• A ANS prorrogou o prazo de portabilidade para os clientes da Unimed Paulistana


para atender às reclamações, conforme noticiou a Folha de S.Paulo (pessoa e
ato).

2.1.2. Argumento Baseado no Consenso

É o argumento que todo mundo aceita, ou como verdade universal ou como axioma.

Axiomas são verdades inquestionáveis e universalmente


válidas, muitas vezes utilizadas como princípios na construção
de uma teoria ou como base para uma argumentação.

Exemplos:

• Criança que estuda pode ter um futuro promissor.

• Para voar é preciso vencer a força de gravidade.

38
2.1.3. Argumento Baseado em Fatos

É o argumento apoiado em elementos da realidade.

Exemplo: A professora Joana deve ser muito competente, pois todos os seus alunos
foram aprovados com notas acima da média.

Podemos trabalhar com:

• um exemplo (1) — do fato particular para uma tese geral; ou

• uma ilustração (2) — do geral para um caso particular.

Exemplos:

(1) Sempre que vamos à feira de domingo perto do meio-dia, logo antes do término,
encontramos muitas frutas e verduras baratas. Final de feira é bom para economizar.

(2) Sem estrutura sanitária não há saúde. Marlene vive doente, tem febre e dores de
garganta com frequência, moradora que é daquela área próxima ao lixão.

2.1.4. Argumento Lógico

Utiliza a estrutura dos raciocínios lógicos formais.

Exemplo:

Gosto de crianças, tenho disposição para lidar com elas, interesso-me pelos seus
assuntos, trato-as com atenção e carinho, logo, tenho o respeito das mães como
professora da escolinha.

39
2.2 Exercício para Mentalizar os Tipos de Argumentação

a) Leia o texto A Grande Heresia do Simples, de Cláudio de Moura Castro.

bb
Para ler o texto indicado, acesse:

http://tinyurl.com/j9esm3c

b) Sobre o texto A Grande Heresia do Simples:

Trata-se de uma dissertação objetiva, em que se abundam argumentos de todo tipo


para convencimento do leitor. Podemos classificar alguns argumentos (numerados no
texto).

(1) Argumento baseado no consenso

(2) Argumento baseado em fatos (exemplo)

(3) Argumento baseado em fatos (ilustração)

(4) Argumento baseado na estrutura da realidade

(5) Argumento lógico

bb
Acesse

<http://oblogderedacao.blogspot.com.br/2012/11/exemplo-
de-dissertacao-argumentativa.html> para conhecer outro
texto interessante para análise de argumentos.

40
Resumindo

Uma dissertação constitui-se de três partes: introdução, desenvolvimento


e conclusão.

Quando se tem como objetivo convencer o leitor a aceitar determinada


tese, utilizam-se métodos argumentativos que podem ser identificados e
classificados.

Para ser bem-sucedida, além de apresentar bons argumentos, a redação


técnica discursiva não pode prescindir de clareza e coesão.

Atividades

1) Assinale a única afirmativa INCORRETA:

dd ( ) A dissertação subjetiva não tem a intenção de persuadir o


leitor.

( ) A dissertação objetiva utiliza argumentos para convencer


ou persuadir o leitor.

( ) Argumentar é apresentar fatos, provas, ideias, razões


lógicas, entre outros, que comprovem uma afirmação, uma tese.

( ) Basta que o texto traga pelo menos dois argumentos para


o leitor ser convencido. A clareza e a correção não influenciam
nesse processo.

2) Assinale a única afirmativa CORRETA:

( ) Todos os argumentos devem ser baseados em


acontecimentos vividos pelo autor.

( ) Argumento baseado no consenso é aquele que utiliza


raciocínio lógico.

( ) Argumentar é fornecer razões para o leitor aceitar a tese


ou a visão do escritor sobre um tema.

( ) A finalidade da argumentação é levar o autor à fama a


qualquer custo.

41
3) Sobre o texto A Grande Heresia do Simples, assinale a única
afirmativa INCORRETA:

( ) No texto, o significado de heresia é “tolice”.

( ) O texto é uma dissertação objetiva, pois tem a intenção


de convencer o leitor sobre a opinião do autor.

( ) A tese do autor é: a adoção de metas e processos de


ensino e educação simples, benfeitos e racionais é o melhor
caminho para o Brasil.

( ) O autor pensa que o sistema educacional brasileiro


deve proporcionar, prioritariamente, conhecimentos sobre
navegações intergalácticas.

4) Assinale a afirmativa INCORRETA a respeito do texto A


Grande Heresia do Simples:

( ) “Fazer bem o ‘feijão com arroz’ já seria uma revolução no


nosso ensino. Mas, para muitos, o Simples é a Grande Heresia”
— essa é a síntese da tese do autor.

( ) Nenhum argumento do autor se baseia em estruturas da


realidade.

42
Glossário

Coeso: que apresenta harmonia; ajustado, concorde.

Axiomas: é digno ou válido. Em muitos contextos, axioma é sinónimo de postulado,


lei ou princípio.

Arrostar: olhar (-se) de frente, encarar (-se) sem medo; defrontar (-se), afrontar (-se).

Alhures: em outro lugar, em outra parte.

Vertiginoso: que tem ou é sujeito a sofrer vertigem.

43
Referências

BELTRÃO, Mariúsa; BELTRÃO, Odacir. Correspondência: linguagem & comunicação:


oficial, comercial, bancária, particular. 19. Ed. São Paulo: Ática, 2004 (Série Princípios).

CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Linguística. 9. Ed. Ver. Atualizada. Brasília,


2002.

CASTRO, Cláudio de Moura. A Grande Heresia do Simples. Revista Veja, ed. 2448, a. 48,
n. 42. São Paulo: Abril, 2015.

CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagem,


gramática e redação, v. 1. 2. ed. São Paulo: Atual, 1994.

CRE Mario Covas – Centro de Referência em Educação. Leitura e Literatura. Portal da


internet, 2016. Disponível em: <http://www.crmariocovas.sp.gov.br/lei_l.php?t=001>.
Acesso em: 31 ago. 2016.

ONU – Organização das Nações Unidas. Declaração Universal Dos Direitos Humanos.
Paris, 1948. Disponível em: <http://www.dudh.org.br/wp-content/uploads/2014/12/
dudh.pdf>. Acesso em: 31 ago. 2016.

FARIAS, Adriana; ÖBERG, Bárbara. Encruzilhada Perigosa. Revista Veja, São Paulo, a.
48, n. 43, p. 42. São Paulo: Abril, 2015.

FERREIRA, Reinaldo M. Correspondência comercial e oficial. São Paulo: Ática, 1984.

44
UNIDADE 4 | PROGRESSÃO
DISCURSIVA / DICAS E
TÉCNICAS DE REDAÇÃO

45
Unidade 4 | Progressão Discursiva / Dicas e Técnicas
de Redação

Fonte: www.shutterstock.com

ff
Discuta com seu colega:

Você sabe identificar coerência em uma dissertação? Qual a


importância dessa qualidade para a progressão de um discurso?
Já recebeu dicas para escrever bem? Quais? Que técnicas para
escrever bem você conhece?

As qualidades básicas de um bom texto são a continuidade semântica e a progressão


de ideias. A primeira é obtida pela unidade temática e, a segunda, pelo acréscimo de
informação nova. Na Unidade 4, vamos tratar de regras sobre o assunto, dar dicas sobre
como escrever bem, e apresentar os passos necessários para chegar à produção de textos
exitosos.

46
1. Progressão Discursiva

Coerência é ligação, nexo, harmonia entre dois ou mais fatos


ou ideias.

Continuidade semântica: a continuidade semântica é a coerência. É ela que mantém a


unidade, que dá sentido ao texto.

Progressão de ideias: como não se devem repetir ideias, cada segmento precisa somar
uma informação nova à informação dada.

O texto resulta da organização de partes distintas que produzem um conjunto uniforme.

1.1 Exemplos

a) Texto não recomendável, em que se repetem as ideias:

Morreu cedo aquele sujeito que só comia coisas não saudáveis, as que fazem mal,
que os médicos não recomendam, que todos sabem que são prejudiciais. Por ingerir
alimentos prejudiciais à saúde, impróprios em qualquer idade, que fazem mal a crianças,
jovens e adultos, morreu sem atingir a idade média a que as pessoas costumam chegar.
Teve morte prematura porque não seguiu os conselhos médicos, não tinha o hábito de
comer os alimentos bons para a saúde.

b) Exemplo de texto coeso no trecho retirado de uma obra literária — nota-se uma
sucessão de informações novas a descreverem o cenário e a expressarem as emoções
que vão tomando conta do personagem.

47
... “Mas, no mesmo dia em que chegou ao vale, quase na
mesma hora, cheio daquela luz, mais viva e animada agora pela
proximidade do foco donde saía... nessa mesma hora, ir encontrar
ali, naquela solidão, entre aquelas árvores, à tíbia e sedutora
claridade do crepúsculo... a quem, santo deus! Não já a mesma
Joaninha de há três anos, não a mesma imagem que ele trazia,
como a levara, no coração; mas uma gentil e airosa donzela, uma
mulher feita e perfeita, e que nada perdera, contudo, da graça,
do encanto, do suave e delicioso perfume da inocência infantil em
que a deixara!”...

(Almeida Garrett, Viagens na Minha Terra)

Almeida Garret foi um português típico da 1ª metade do século XIX e influente escritor
do Portugal liberal e romântico.

2. Sugestões para escrever bem uma dissertação

Escrever não é um ato simples. Temos que nos preocupar com muitos detalhes para
que o texto saia coeso e correto. Veja, a seguir, algumas dicas que podem ajudá-lo
durante o processo.

aa
• Evite abreviaturas.
• Evite textos rebuscados.
• Evite o uso abusivo de fonemas idênticos ou parecidos no início de
várias palavras de uma mesma frase (aliteração: Parti para participar
da paixão pelo pai de santo.).
• Utilize letras maiúsculas conforme as normas ortográficas vigentes.
• Evite chavões, isto é, frase ou dito ou ideia, banal, sem originalidade.
• Evite estrangeirismos.
• Não use gírias.

48
• Não use palavras de baixo calão.
• Evite generalizar.
• Evite repetir palavras.
• Não abuse de citações.
• Complete todas as frases.
• Não fique repetindo a mesma ideia (redundância).
• Seja específico.
• Evite frases com uma só palavra.
• Use corretamente a pontuação.
• Evite um estilo afetado (retórico).
• Não use siglas desconhecidas.
• Não seja exagerado quando citar quantitativos para dar ênfase
(trilhões).
• Evite mesóclises (ex.: dá-las-ei).
• Não explore analogias, isto é, o uso de relações de semelhança
entre coisas ou fatos distintos.
• Não abuse das exclamações.
• Evite frases longas.
• Seja cuidadoso com a ortografia.
• Seja coerente.

3 Técnica de Redação

Redigir exige planejamento. Siga dez passos:

1º) Defina o tema e seu posicionamento em relação a ele.

Em primeiro lugar, identifique o tema ou a ideia central do texto motivador.

49
Antes de começar a escrever, tome partido sobre a questão em pauta, trace uma linha
de raciocínio e defina um ponto de chegada.

2º) Relacione, em forma de tópicos, todos os assuntos ligados ao tema.

Simplesmente anote-os, sem nenhuma preocupação, censura, e sem o modo de


desenvolvimento.

3º) Corte alguns dos assuntos relacionados no passo anterior.

Reflita, censure e use o bom senso.

Pergunte-se: Sei falar disso? Isso é importante? Isso vai consumir muito tempo? Isso é
coerente com meu posicionamento? Isso não me tira do tema?

4º) Agrupe os assuntos que se relacionam em blocos de ideias.

Cada bloco de itens representará um parágrafo.

5º) Organize os blocos em sequência lógico-progressiva.

Veja o que vem antes e o que pode ser consequência. Essa maneira linear de desenvolver
a escrita evita riscos e é boa para qualquer redação.

De forma sintética, o desenvolvimento de sua redação estará pronto e organizado.

6º) Crie o parágrafo de introdução.

A introdução deve ser clara, concisa e objetiva. Deve somente apresentar o seu
posicionamento, sem divagações nem apresentação de provas.

7º) Trabalhe com os parágrafos de desenvolvimento.

Cada argumento introduzido no primeiro parágrafo, que é o de introdução, deverá servir


de tema central para diferentes parágrafos nesta fase de desenvolvimento. Então, por
exemplo, se você introduziu três ideias diferentes no primeiro parágrafo, cada uma
dessas ideias se transformará em um parágrafo diferente aqui no desenvolvimento.
Transforme os blocos de ideias em frases, orações e períodos. Acrescente verbos,
adjetivos, advérbios.

Transforme cada ideia em períodos simples ou compostos.

50
8º) Escreva a conclusão.

Retome as ideias mencionadas na introdução, mas com outras palavras. Em algumas


dissertações, torna-se necessário criar soluções para os problemas levantados e
apontar os agentes que devem estar envolvidos em resolver essas questões. Também
deve-se estabelecer prazos para a conclusão dessas questões. E, muito importante:
não utilize frases clichês nas conclusões. Exemplo de frases clichês: abrir com chave de
ouro, descascar o abacaxi, cair de maduro, pisar na bola, etc.

9º) Revise

Por meio da releitura do texto pronto, faça uma revisão gramatical quanto a: ortografia,
acentuação, pontuação, concordância, regência, crase, colocação pronominal. Verifique
a organização das frases para não haver ambiguidades (duplo sentido). Substitua
palavras exageradamente repetidas. Lembramos que há casos em que a repetição de
palavras é uma boa maneira de retomar ideias para lembrar o leitor do tema, muito
embora essa forma de coesão deve ser evitada. Corte rimas, ecos, aliterações.

10º) Passe a limpo.

A estética é importante. Faça a marcação adequada dos parágrafos, respeite as


margens, utilize letras legíveis e evite rasuras.

Resumindo

As qualidades básicas de um bom texto são a continuidade semântica e a


progressão de ideias.

A continuidade semântica e a progressão de ideias são objetivos alcançáveis


pela prática e pelo uso das técnicas de redação.

A continuidade temática de um texto demonstra a sua coerência. É ela que


mantém a unidade, que dá sentido ao texto.

51
Glossário

Semântica: estudo sincrônico ou diacrônico da significação como parte dos sistemas


das línguas naturais.

Divagações: significa fazer digreções, falando ou escrevendo. Devanear. Fugir do


assunto. Um passeio no campo mental e dissertativo sobre as possibilidades a serem
esclarecidas. Andar sem rumo.
Atividades
Rasuras: emendas que são feitas sobre a escrita.

1) Assinale a única afirmativa INCORRETA.

dd ( ) A continuidade semântica é o encadeamento de ideias de


modo a dar sentido ao texto.

( ) A progressão de ideias significa acrescentar informações


novas ao desenvolvimento do texto.

( ) Em geral, os textos revelam uma progressão de ideias,


exceto quando são textos dissertativos.

( ) Utilizar técnicas de redação facilita a produção de bons


textos.

2) Ao escrever um texto, devemos:

( ) Usar generalizações do tipo “Criança chora por qualquer


coisa”.

( ) Usar estrangeirismos para tornar o texto mais sofisticado.

( ) Em qualquer hipótese, somente deve-se usar letras


maiúsculas no início dos parágrafos.

( ) Evitar mesóclises.

52
3) Em relação à redação discursiva, assinale a única alternativa
INCORRETA:

( ) Ser redundante é ficar repetindo a mesma ideia.

( ) Não exagere no uso das exclamações.

( ) Não se deve utilizar palavras de baixo calão.

( ) Quanto mais citações, melhor é o texto.

4) Enumere utilizando 1º, 2º, 3º e 4º para fazer a sequência


correta de passos referentes à técnica para elaborar uma
dissertação:

( ) Criar a introdução / Escrever os parágrafos do


desenvolvimento / Escrever a conclusão.

( ) Cortar assuntos preparados / Agrupar os assuntos em


blocos / Organizar os blocos em sequência lógico-progressiva.

( ) Fazer a revisão do texto por meio da releitura do texto


pronto / Passar a limpo lembrando que a estética é importante.

( ) Definir o tema / Posicionar-se perante o tema / Relacionar


assuntos ligados ao tema.

53
Referências

BELTRÃO, Mariúsa; BELTRÃO, Odacir. Correspondência: linguagem & comunicação:


oficial, comercial, bancária, particular. 19. Ed. São Paulo: Ática, 2004 (Série Princípios).

CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Linguística. 9. Ed. Ver. Atualizada. Brasília,


2002.

CASTRO, Cláudio de Moura. A Grande Heresia do Simples. Revista Veja, ed. 2448, a. 48,
n. 42. São Paulo: Abril, 2015.

CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagem,


gramática e redação, v. 1. 2. ed. São Paulo: Atual, 1994.

CRE Mario Covas – Centro de Referência em Educação. Leitura e Literatura. Portal da


internet, 2016. Disponível em: <http://www.crmariocovas.sp.gov.br/lei_l.php?t=001>.
Acesso em: 31 ago. 2016.

FARIAS, Adriana; ÖBERG, Bárbara. Encruzilhada Perigosa. Revista Veja, São Paulo, a.
48, n. 43, p. 42. São Paulo: Abril, 2015.

FERREIRA, Reinaldo M. Correspondência comercial e oficial. São Paulo: Ática, 1984.

GARRETT, Almeida. Viagens na Minha Terra. São Paulo: Nova Alexandria, 2012.

ONU – Organização das Nações Unidas. Declaração Universal Dos Direitos Humanos.
Paris, 1948. Disponível em: <http://www.dudh.org.br/wp-content/uploads/2014/12/
dudh.pdf>. Acesso em: 31 ago. 2016.

54
UNIDADE 5 |
CORRESPONDÊNCIA / REDAÇÃO
OFICIAL

55
Unidade 5 | Correspondência / Redação oficial

Fonte: www.shutterstock.com

ff
Discuta com seus colegas:

Discuta com seus colegas: O que vem a ser uma correspondência


oficial? Toda correspondência é oficial? O que caracteriza uma
redação oficial? Preciso ter bons conhecimentos de gramática
para esse tipo de redação?

Em nosso dia a dia, enviamos diversas correspondências, até mesmo sem percebermos.
Tanto um simples bilhete informal e íntimo enviado a um amigo ou familiar, quanto um
ofício formal e sóbrio, constituem uma correspondência. Pela sua importância em nossas
atividades profissionais e pessoais, vamos conhecer nesta unidade as correspondências
oficiais, seus tipos e suas características. Também abordaremos as razões que justificam o
cumprimento de determinados requisitos na redação oficial.

56
1. Correspondência

Correspondência é qualquer forma de comunicação, pela


expressão escrita, entre duas pessoas ou duas entidades.

Podemos destacar três tipos de correspondência como sendo os mais utilizados: a


correspondência oficial, a comercial e a particular.

1.1 Correspondência Oficial

Acontece entre:

a) órgãos públicos; e

b) pessoas/empresas e órgãos públicos.

A correspondência oficial inclui textos que têm caráter documental e jurídico, mesmo
quando tramitam somente entre pessoas. Exemplos: declaração, ata, atestado,
parecer, etc.

57
1.1.1 Tipos de Correspondência Oficial

Os principais tipos são:

Tipo Descrição
Documento que, por conter a assinatura
de várias pessoas, expressa a opinião de
Abaixo-assinado um grupo, representando seus interesses.
Normalmente, tem caráter público e de
protesto.
A última sentença ou decisão final que,
atribuída por uma instância superior,
Acórdão começa a valer como modelo para
resolver casos, questões e/ou situações
análogas. É o mesmo que aresto.
Documento de autorização. Documento
que, emitido por uma autoridade judicial
Alvará ou administrativa, dá autorização para a
prática de certos atos: alvará de soltura;
alvará judiciário.
Documento público em que se acham
Ato expressas as decisões da autoridade: ato
de anistia.
Termo ou narração circunstanciada
de determinada diligência judicial ou
administrativa, escrita e autenticada
Auto
por tabelião ou escrivão, passando a
constituir prova, registro ou evidência de
uma ocorrência.
Texto breve para circulação interna
Boletim ou divulgação ao público: boletim
informativo.
Documento oficial assinado por
autoridade competente, que atesta um
Certificado
fato. Ex.: um certificado de conclusão de
curso, por exemplo.

58
Intimação de alguém, numa data
determinada, para que essa pessoa
Citação compareça e responda por suas ações
diante de um juiz ou de uma autoridade.
A ausência da citação anula a sentença.
Aviso ou notificação que se envia a
Comunicação
alguém. Ex.: comunicação de casamento.
Parecer ou ponto de vista especializado.
Consulta
Ex.: consulta jurídica.
Acordo, pacto, contrato, convenção
Convenção
verbal.
Resolução que se toma após deliberação.
Decisão
Ex.: sentença ou juízo.
Documento pelo qual se reconhece ou se
Diploma confere oficialmente um privilégio, um
título, uma dignidade, um poder.
Síntese. Texto curto e resumido que
contém o essencial. Ex.: ementa do curso.
Ementa
Texto que resume o conteúdo de uma lei,
colocado em seu início.
Lei orgânica ou regulamento de um
Estado, uma associação, etc. Ex.: o
estatuto dos servidores públicos.
Estatuto
Texto que regulamenta o funcionamento
de uma associação: os estatutos de um
clube, de um grêmio.
Preceito estabelecido para regular
qualquer ato.

Fórmula
Modelo que contém os termos formais
por que um ato deve ser concebido:
fórmula legal.

59
Documento que acompanha a
correspondência oficial.
Guia
Formulário usado em repartições públicas
para pagamentos, notificações, etc.
Documento legislativo que tem como
objetivo sugerir a outro Poder que adote
Indicação providências, ou sugerir que uma ou
mais Comissões se manifestem sobre
determinado assunto.
Declaração formal que, geralmente
escrita, transmite intenções, opiniões,
Manifesto decisões ou ideias políticas, particulares
a uma pessoa ou a um grupo de pessoas.
Ex: manifesto de apoio ao presidente.
Exposição escrita, dirigida a autoridade
pública, na qual se pleiteia alguma coisa.
Memorial
Memória ou nota para a instrução de uma
questão diplomática.
Documento cuja proposta ou proposição
é feita numa assembleia, e cujo teor deve
Moção
ser submetido a votação para que seja
aprovada.
Norma Princípio que serve de regra, de lei.
Documento pelo qual se notifica alguém
Notificação
sobre algo.
Documento de autorização. Poder que
uma pessoa atribui a outra de agir em
Procuração seu nome, assumindo responsabilidades,
tomando providências ou tratando de
assuntos que são de seu interesse.
Documento contendo propostas que
Proposição
serão submetidas a análise e aprovação.

60
Ata, nota ou registro dos documentos
governamentais, dos atos oficiais, da
correspondência de um governo ou
tribunal, de uma empresa, universidade,
Protocolo etc.

Recibo que registra o número e a data


em que um processo ou requerimento foi
catalogado e registrado.
Documento oficial administrativo por
meio do qual o chefe de Estado atribui
Provisão
ofício, cargo — autorizando o exercício
de uma profissão ou emitindo instruções.
Documento que exprime um conselho ou
Recomendação que se usa para advertir, para avisar. Ex.:
seguir recomendações médicas.
Transcrição, em livro próprio, de
documentos, nomes, títulos, etc.,
Registro
públicos ou privados, como prova de
autenticidade.
Pedido, exigência legal. Ex.: fazer
Requisição
requisição de material, de força armada.

Fonte: adaptado de Dicionário Online Português (2015), Michaelis (2015), Houaiss (2015).

São classificados como comunicações oficiais: apostila, ata, aviso, certidão, circular,
contrato, convênio, declaração, decreto, edital, exposição de motivos, instrução,
lei, memorando, mensagem, ofício, ordem de serviço ou instrução, parecer, petição,
portaria, relatório, requerimento, resolução, telegrama.

2. Características da Redação Oficial

“Art.37 A administração pública direta e indireta de qualquer dos


Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,

61
moralidade, publicidade e eficiência (...).” (BRASIL. Constituição
Federal de 1988)

O Manual de Redação da Presidência da República estabelece que na administração


pública, direta, indireta ou fundacional, uma redação técnica oficial deve apresentar as
seguintes características:

a) impessoalidade

b) uso do padrão-culto da linguagem

c) clareza

d) concisão

e) formalidade

f) padronização

2.1 Sobre a Impessoalidade

aa
Uma comunicação se realiza envolvendo três elementos:

a) emissor – quem comunica.

b) mensagem – aquilo que se comunica.

c) receptor – quem recebe a comunicação.

• Em uma redação oficial:

a) O emissor é sempre o Serviço Público – pode ser um Ministério, Secretaria,


Departamento, Divisão, Serviço, Seção etc.

b) A mensagem relaciona-se com as atribuições do órgão que comunica.

62
c) O receptor é o público, o conjunto de cidadãos, ou outro órgão público.

• A impessoalidade decorre:

a) da ausência de impressões individuais de quem comunica. Dessa forma, os


diferentes setores da Administração vão elaborar comunicações padronizadas
(uniformidade).

b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação. A comunicação é concebida


de forma homogênea e impessoal para um cidadão (público) ou outro órgão
público.

c) do caráter impessoal do assunto. O tema das comunicações oficiais se restringe


a questões de interesse público.

2. 2 Padrão Culto da Linguagem

aa
No padrão culto:

a) as regras da gramática formal são observadas;

b) emprega-se um vocabulário comum ao conjunto de usuários


do idioma.

A necessidade do emprego de uma linguagem padrão na redação oficial decorre dos


seguintes fatores:

a) Os atos oficiais estabelecem regras para a conduta dos cidadãos e regulam o


funcionamento dos órgãos públicos sendo, portanto, de caráter normativo.

b)Os expedientes oficiais têm como finalidade principal a transmissão de


informações de modo claro e objetivo.

63
Os documentodocumentos de caráter normativo são aqueles que têm força de regra
ou norma. Ou, ou seja, devem obrigatoriamente ser seguidos.

A obrigatoriedade do uso do padrão culto da língua proporciona


o caráter impessoal necessário e cumpre a finalidade de
informar com clareza e concisão nos textos oficiais.

O padrão culto da língua se sobrepõe às diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas


regionais, aos modismos vocabulares e às idiossincrasias linguísticas, permitindo que
se atinja a compreensão de todos os cidadãos.

A idiossincrasia é uma particularidade comportamental própria


de um indivíduo ou de um grupo de pessoas. Nesse sentido,
uma idiossincrasia linguística está relacionada a aspectos
linguísticos que podem ser atribuídos especificamente a um
grupo de pessoas que adotam uma maneira diferenciada de se
comunicar.

Como as comunicações emitidas por um órgão público devem ser compreendidas por
todo e qualquer cidadão brasileiro, fica proibido o emprego de gírias, regionalismos
vocabulares, jargões técnicos ou qualquer outro tipo de linguagem própria a um
grupo específico.

2.3. Clareza e Concisão

• A clareza é qualidade essencial a todo texto oficial. Um texto claro possibilita


imediata compreensão por parte do leitor. A clareza depende das demais
características da redação oficial.

64
aa
Um texto com clareza apresenta:

a) impessoalidade;

b) uso do padrão culto da linguagem;

c) formalidade e padronização;

d) concisão.

• A concisão em um texto é a qualidade de transmitir um máximo de informações


por meio de um mínimo de palavras.

Essa observância ao princípio de economia linguística consiste em cortar as palavras


inúteis ou redundantes e as passagens que nada acrescentam ao conteúdo.

Resumindo

Na redação oficial não há lugar para impressões pessoais.

A clareza é a qualidade fundamental de uma redação oficial. No entanto,


ela depende das demais características necessárias a esse tipo de redação:
impessoalidade, uso do padrão culto da língua, formalidade, padronização
e concisão.

A redação oficial não precisa ser dura, fria, árida, e nem rejeitar a evolução da
língua. Acontece que a sua finalidade básica – comunicar com impessoalidade
e máxima clareza – faz com que se adotem certos parâmetros no uso da
língua, diferentemente do que acontece na correspondência particular, no
texto jornalístico e na literatura, por exemplo.

65
Glossário

Tramitam: verbo tramitar, encaminhar ou enviar algo.

Impessoalidade: qualidade, caráter ou condição de impessoal;

Jargões técnicos: significa uma linguagem pouco compreensível, em muitos casos por
ser específica de determinado grupo profissional ou sociocultural.

66
Atividades

1. Um e-mail enviado para um parente próximo, normalmente,

dd
é uma correspondência do tipo:

( ) Oficial.

( ) Particular.

( ) Comercial.

( ) Governamental.

2. A comunicação conhecida por correspondência oficial


usualmente acontece:

( ) Entre amigos.

( ) Entre casais de namorados.

( ) Entre dois órgãos públicos.

( ) Entre uma prefeitura e o cidadão.

3. Na redação oficial não pode haver:

( ) Opiniões pessoais sobre o assunto.

( ) Gírias.

( ) Erros de gramática.

( ) Clareza nas informações.

4. Concisão é:

( ) Transmitir o mínimo de informações com o máximo de


palavras.

( ) Dividir a ideia central de um texto em duas partes.

( ) Transmitir as informações necessárias com o mínimo de


palavras.

( ) Deixar o texto bonito, não importando como.

67
Referências

BELTRÃO, Mariúsa; BELTRÃO, Odacir. Correspondência: linguagem & comunicação:


oficial, comercial, bancária, particular. 19. Ed. São Paulo: Ática, 2004 (Série Princípios).

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília,


1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 6 set. 2016.

CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Linguística. 9. Ed. Ver. Atualizada. Brasília,


2002.

CASTRO, Cláudio de Moura. A Grande Heresia do Simples. Revista Veja, ed. 2448, a. 48,
n. 42. São Paulo: Abril, 2015.

CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagem,


gramática e redação, v. 1. 2. ed. São Paulo: Atual, 1994.

CRE Mario Covas – Centro de Referência em Educação. Leitura e Literatura. Portal da


internet, 2016. Disponível em: <http://www.crmariocovas.sp.gov.br/lei_l.php?t=001>.
Acesso em: 31 ago. 2016.

ONU – Organização das Nações Unidas. Declaração Universal Dos Direitos Humanos.
Paris, 1948. Disponível em: <http://www.dudh.org.br/wp-content/uploads/2014/12/
dudh.pdf>. Acesso em: 31 ago. 2016.

FARIAS, Adriana; ÖBERG, Bárbara. Encruzilhada Perigosa. Revista Veja, São Paulo, a.
48, n. 43, p. 42. São Paulo: Abril, 2015.

FERREIRA, Reinaldo M. Correspondência comercial e oficial. São Paulo: Ática, 1984.

68
UNIDADE 6 | FORMALIDADE E
PADRONIZAÇÃO NA REDAÇÃO
OFICIAL

69
Unidade 6 | Formalidade e Padronização na Redação
Oficial

Fonte: www.shutterstock.com

ff
Discuta com seu colega:

Você já escreveu para alguma autoridade? Se sim, quais


palavras e termos usou? Quando escrevemos a um vereador,
a um juiz, a um cardeal, quais tratamentos devemos utilizar?
Quais outros pronomes de tratamento você conhece e a quem
dirigi-los?

Existem pronomes de tratamento específicos para cada grupo de autoridade. Até


mesmo as regras de concordância verbal, nominal e pronominal são peculiares a cada
autoridade. Apesar de alguns soarem estranhos atualmente, o tratamento especial devido
às autoridades ainda é norma a ser seguida por todos, bem como as demonstrações de
cortesia e polidez no trato de assuntos públicos.

70
1. Formalidade e Padronização

• Nas comunicações oficiais é necessário certa formalidade. Isso significa:

a) usar os pronomes de tratamento adequados a cada autoridade;

b) manifestar polidez;

c) demonstrar civilidade no enfoque do assunto a que se refere a comunicação.

• A formalidade de tratamento vincula-se à ideia de que a administração federal,


sendo única, deve trabalhar com padrões estabelecidos de comunicação.

• A padronização do texto oficial remete-se:

a) clareza gráfica (impressão);

b) uso de papéis uniformes;

c) diagramação correta do texto.

1.1 Pronomes de Tratamento

aa
Usamos os pronomes de tratamento para tratarmos de forma
respeitosa as autoridades civis, militares e eclesiásticas.

71
1.1.1 Concordância dos Pronomes de Tratamento

Os pronomes de tratamento apresentam peculiaridades nas concordâncias verbal,


nominal e pronominal. Referem-se à segunda pessoa gramatical, isto é, à pessoa com
quem se fala, ou a quem se dirige a comunicação, mas devem concordar com a terceira
pessoa, isto é, com aquele de quem se fala.

Dessa forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são


sempre os da terceira pessoa.

Exemplo: Vossa Senhoria gostaria de carregar seu celular?

Vossas Senhorias receberão advogados em seus apartamentos?

Vossas Excelências se manifestaram de acordo com suas consciências.

Os adjetivos que se referem aos pronomes de tratamento concordam com o sexo da


pessoa a quem a comunicação é dirigida.

Exemplo: Vossa Senhoria continua muito dedicado aos trabalhos. (frase destinada
a um interlocutor do sexo masculino)

Vossa Excelência anda preocupada com seu pai. (frase dedicada a uma interlocutora)

1.1.2 Emprego dos Pronomes de Tratamento

1.1.2.1 O Pronome de Tratamento Vossa Excelência

A seguir vamos conhecer as maneiras corretas de utilizar o pronome de tratamento


Vossa Excelência, conforme estabelece o Manual de Redação da Presidência da
República (BRASIL, 2002).

a) É usado para as seguintes autoridades:

72
Do Poder Executivo Presidente da República

Vice-Presidente da República

Ministros de Estado

Governadores (e Vices) de Estado e do


Distrito Federal

Oficiais-Generais das Forças Armadas

Embaixadores

Secretários-Executivos de Ministérios

Secretários de Estado dos Governos


Estaduais

Prefeitos Municipais
Do Poder Judiciário Deputados Federais

Senadores

Ministro do Tribunal de Contas da União

Deputados Estaduais e Distritais

Conselheiros dos Tribunais de Contas


Estaduais

Presidentes das Câmaras Legislativas


Municipais
Do Poder Judiciário Ministros dos Tribunais Superiores

Membros de Tribunais

Juízes

Auditores da Justiça Militar


Fonte: Brasil (2002)

73
b) Os vocativos

Para Chefes de Poder: Excelentíssimo Senhor Presidente da


República
Excelentíssimo Senhor ...
Excelentíssimo Senhor Presidente do
Congresso Nacional

Excelentíssimo Senhor Presidente do


Supremo Tribunal Federal
Para as demais autoridades tratadas Senhor Senador
com esse pronome: Senhor ...
Senhor Juiz

Senhor Ministro

Senhor Governador
Fonte: Brasil (2002)

c) Endereçamento nos envelopes

Exemplos:

A Sua Excelência o Senhor

Horácio ...

Ministro de Estado da ...

70064-900 — Brasília-DF

A Sua Excelência o Senhor

Senador Bruno ...

Senado Federal

70165-900 — Brasília-DF

74
A Sua Excelência o Senhor

Joviano ...

Juiz de Direito da 9ª Vara Cível

Rua Samuel ..., nº 523

01219-012 — São Paulo-SP

1.1.2.2 Pronome de Tratamento Vossa Senhoria

A seguir vamos conhecer as maneiras corretas de utilizar o pronome de tratamento


Vossa Senhoria, conforme estabelece o Manual de Redação da Presidência da República
(BRASIL, 2002).

a) É usado para:

• As demais autoridades não referidas no quadro relativo às autoridades


merecedoras do tratamento Vossa Excelência (exemplos: chefes de
departamento, diretores, coordenadores); e

• Particulares (pessoas em geral).

b) Vocativos

Para autoridades: Senhor... Senhor Chefe da Divisão de


Serviços Gerais Etc.
Para particulares: Senhor fulano de tal Senhor Francisco
Soares Etc.
Fonte: Brasil (2002)

Segundo o Manual de Redação da Presidência da República (BRASIL, 2002), o título


acadêmico doutor somente é utilizado para destinatários que tenham concluído o
curso universitário de doutorado.

c) Endereçamento nos envelopes

75
Exemplo:

Ao Senhor

José de Andrade Ferraz

Rua Vitória, nº 17

06743-010 – São Paulo. SP

1.1.2.3 Pronome de Tratamento Vossa Magnificência

a) Utilizado para reitores de universidade.

b) Vocativo: Magnífico Reitor

1.1.2.4 Pronomes de Tratamento para a Hierarquia


Eclesiástica

Autoridade eclesiástica Pronome de tratamento Vocativo


Papa Vossa Santidade Santíssimo Padre
Cardeal Vossa Eminência; Eminentíssimo Senhor
Cardeal;
Vossa Eminência
Reverendíssimo Senhor
Reverendíssima Cardeal

Arcebispo e Bispo Vossa Excelência

Reverendíssima

76
Monsenhores, Cônegos e Vossa Reverendíssima;
superiores religiosos
Vossa Senhoria

Reverendíssima

Sacerdotes, clérigos e Vossa Reverência


demais religiosos

Conhecer as particularidades da redação oficial é importante

gg
para todos os profissionais, e crucial para aqueles que
pretendem prestar concursos e seguir carreiras públicas.

Resumindo

Nas comunicações oficiais é necessária certa formalidade. Isso significa: usar


os pronomes de tratamento adequados, manifestar polidez e demonstrar
civilidade.

A padronização do texto oficial remete-se a: clareza gráfica, uso de papéis


uniformes e diagramação correta do texto.

O título acadêmico doutor somente é utilizado para destinatários que


tenham concluído o curso universitário de doutorado.

Glossário

Peculiaridade: característica de alguém ou de algo que se distingue por traços


particulares; originalidade, singularidade, particularidade.

Crucial: de opção inevitável; decisivo.

77
Atividades

1. Classifique as afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F):

dd (

(
) Toda correspondência precisa ser formal.

) Normatizar o uso dos pronomes de tratamento facilita a


padronização das comunicações oficiais.

( ) O uso dos pronomes de tratamento é uma forma respeitosa de


nos dirigirmos às autoridades.

( ) Polidez e civilidade são qualidades desejáveis no trato dos


assuntos públicos.

2. Assinale a única alternativa escrita corretamente.

( ) Vossa Excelência sempre foi, também, um bom professor.

( ) Vossa Excelência estais estudando há horas.

( ) Vossas Senhorias deveis descansar antes das palestras.

( ) Vossa Senhoria, justamente por ser mulher, não poderia ser


contrário a essa nova proposta.

3. O pronome de tratamento Vossa Excelência é utilizado para:

( ) Prefeitos Municipais

( ) Engenheiros

( ) Deputados Estaduais

( ) Juízes

4. Assinale certo (C) ou errado (E):

( ) Senhor Senador

( ) Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal

( ) Excelentíssimo Senhor Governador

( ) Senhor Deputado Federal

78
Referências

BELTRÃO, Mariúsa; BELTRÃO, Odacir. Correspondência: linguagem & comunicação:


oficial, comercial, bancária, particular. 19. Ed. São Paulo: Ática, 2004 (Série Princípios).

BRASIL. Manual de Redação da Presidência da República. Brasília, 2002. Disponível


em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm>. Acesso em: 8 set.
2016.

CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Linguística. 9. Ed. Ver. Atualizada. Brasília,


2002.

CASTRO, Cláudio de Moura. A Grande Heresia do Simples. Revista Veja, ed. 2448, a. 48,
n. 42. São Paulo: Abril, 2015.

CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagem,


gramática e redação, v. 1. 2. ed. São Paulo: Atual, 1994.

CRE Mario Covas – Centro de Referência em Educação. Leitura e Literatura. Portal da


internet, 2016. Disponível em: <http://www.crmariocovas.sp.gov.br/lei_l.php?t=001>.
Acesso em: 31 ago. 2016.

ONU – Organização das Nações Unidas. Declaração Universal Dos Direitos Humanos.
Paris, 1948. Disponível em: <http://www.dudh.org.br/wp-content/uploads/2014/12/
dudh.pdf>. Acesso em: 31 ago. 2016.

FARIAS, Adriana; ÖBERG, Bárbara. Encruzilhada Perigosa. Revista Veja, São Paulo, a.
48, n. 43, p. 42. São Paulo: Abril, 2015.

FERREIRA, Reinaldo M. Correspondência comercial e oficial. São Paulo: Ática, 1984.

79
UNIDADE 7 | O PADRÃO OFÍCIO

80
Unidade 7 | O Padrão Ofício

Fonte: www.shutterstock.com

ff
Discuta com seus colegas:

Quais as dimensões de um papel-ofício? / Como diagramar


uma mensagem pelo padrão ofício? / Se você já leu algum
documento oficial, diga quais são as suas características. /
Se você precisar redigir um documento oficial, onde pode
procurar esclarecimentos sobre o assunto? O que você entende
por “padrão ofício”?

Esta unidade é voltada ao estudo das normas relativas à redação oficial e tem a finalidade
de trazer os esclarecimentos necessários a quem vai redigir um texto oficial.

Em 1991, foi criada uma comissão para simplificar, uniformizar e atualizar os critérios
adotados desde 1937 para a redação dos atos e comunicações oficiais. Como resultado dos
trabalhos, foi elaborado o Manual de Redação da Presidência da República, constituído
por duas partes:

1ª) comunicações oficiais;

2ª) atos normativos no âmbito Executivo.

81
1. Manual de Redação da Presidência da República e sua
Revisão

A primeira parte do manual foi elaborada sob a responsabilidade do


diplomata Nestor Forster Jr. Versa sobre as comunicações oficiais,
sistematiza seus aspectos essenciais, padroniza a diagramação
dos expedientes, exibe modelos, simplifica os fechos, suprime
arcaísmos, e apresenta uma súmula gramatical a ser aplicada à
redação oficial. [...]

A segunda parte, a cargo do Ministro Gilmar Mendes, ocupou-


se da elaboração e redação dos atos normativos no âmbito do
executivo, da conceituação e exemplificação desses atos e do
procedimento legislativo. [...]

(Em 2002, foi realizada uma revisão e atualização do texto,


preservando as linhas principais do trabalho original.)

Na primeira parte, a mudança importante foi uma adequação


às formas de comunicação, que passaram a ser usadas na
administração devido aos avanços da informática.

Na segunda parte, foram feitas adaptações no texto para


harmonizar-se com a evolução legislativa na matéria, em especial
à Lei Complementar nº 95, de 26 de fevereiro de 1998, ao Decreto
nº 4.176, de 28 de março de 2002, e às alterações constitucionais
ocorridas no período.”

(Pedro Parente, Chefe da Casa Civil da Presidência da República,


Manual de Redação da Presidência da República, 2002)

82
INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 4/92

ee Em 9 de março de 1992:

— O Presidente da República publicou no Diário Oficial da


União o Decreto nº 468, de 6 de março de 1992, estabelecendo
regras para a redação de atos normativos do Poder Executivo.

— A Secretaria de Administração Federal baixou a Instrução


Normativa nº 4, tornando obrigatória, nos órgãos da
administração federal, a observação das modalidades de
comunicação oficial constantes no Manual de Redação da
Presidência da República.

2. O Padrão Ofício

Nas repartições públicas, três tipos de expediente seguem uma diagramação única,
chamada de padrão ofício:

a) ofício;

b) aviso;

c) memorando.

2.1 Partes dos Documentos no Padrão Ofício

Os três documentos que seguem o padrão ofício (ofício, aviso, memorando) devem
conter as seguintes partes:

83
2.1.1 Tipo do Documento

A identificação do documento deve conter: tipo (pode ser abreviado), número do


documento, sigla do órgão expedidor.

Exemplos:

Aviso 782/SRF

Mem. 875/INSS

Of. 347/SSP-SP

2.1.2 Local e Data

Deve ser escrito por extenso, alinhado à direita.

Exemplo:

Araçatuba, 28 de novembro de 2015.

2.1.3 Destinatário

Deve ter o nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida à comunicação. Quando o


documento for um ofício, deve ter também o endereço.

84
2.1.4 Assunto

É o resumo do teor do documento.

Exemplos:

Assunto: Recursos orçamentários para 2016.

Assunto: Novo organograma interno.

2.1.5 Texto

O expediente deve conter a seguinte estrutura:

a)Introdução – em que deve ser apresentado o assunto que motiva a comunicação,


de forma direta.

b)Desenvolvimento – no qual o assunto é detalhado. Para conferir maior clareza,


se forem dois ou mais os assuntos tratados, eles devem estar em parágrafos
distintos.

c)Conclusão – em que é reafirmada ou representada a posição recomendada


para o assunto.

Os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto se estiverem organizados em


itens ou títulos e subtítulos.

85
Em casos de mero encaminhamento de documentos:

a) A introdução deve ser iniciada com referência ao expediente que solicitou o


encaminhamento.

b) Se a solicitação e o encaminhamento não existiram, a introdução deve ser iniciada


com o seguinte andamento: esclarecer que se trata de um encaminhamento,
explicitar os dados completos do documento encaminhado (tipo, data, origem
ou signatário, assunto tratado), explicar a razão pela qual o documento está
sendo encaminhado.

Exemplos:

“Em resposta ao Aviso nº 17, de 2 de outubro de 1998, encaminho


anexa cópia do Ofício nº 75, de 30 de setembro de 1997, do
Departamento Geral de Administração, que trata da requisição
do servidor Edson Faria da Silva.”

“Encaminho anexa, para exame e pronunciamento, cópia do


telegrama nº 17, de 1º de fevereiro de 1999, do presidente da
Confederação Nacional da Agricultura, a respeito de projeto de
modernização de técnicas agrícolas na região Centro-Oeste.”

c) Se a pessoa que encaminha o documento quiser fazer algum comentário, poderá


acrescentar parágrafos de desenvolvimento.

2.1.6 Fecho

Tem as seguintes finalidades: arrematar o texto; saudar o destinatário.

Por meio da Instrução Normativa nº 4, foi estabelecido o emprego de dois modelos:

a) Respeitosamente, para autoridades superiores;

b) Atenciosamente, para autoridades de mesma hierarquia ou subordinadas.

86
2.1.7 Assinatura e Identificação do Signatário

Todas as comunicações oficiais, exceto aquelas assinadas pelo Presidente da República,


devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local da
assinatura.

Exemplo:

(espaço para assinatura)

Juvenal ...

Ministro de Relações Internacionais

“Espera-se que esta nova edição do manual contribua, tal como

cc
a primeira, para a consolidação de uma cultura administrativa
de profissionalização dos servidores públicos e de respeito
aos princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência, com a consequente
melhoria dos serviços prestados à sociedade.”

(Pedro Parente, Chefe da Casa Civil da Presidência da


República, 2002)

bb
Acesse o site

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm

e conheça na íntegra a edição revisada do Manual de Redação


da Presidência da República.

87
Resumindo

O Manual de Redação da Presidência da República propiciou a criação de um


sistema de controle sobre a edição de atos normativos do Poder Executivo.
Como consequência, evitou a edição de normas repetitivas, redundantes
ou desnecessárias.

O Manual buscou e possibilitou trazer maior eficiência aos processos de


elaboração de atos normativos.

O padrão ofício é adotado nos expedientes conhecidos como: ofício, aviso


e memorando. Esses documentos devem conter: identificação, local, data,
destinatário, assunto, texto, fecho, assinatura e identificação do signatário.

Glossário

Súmula gramatical: resumo; síntese clara que contém o essencial de alguma coisa;
breve sinopse: o orador leu a súmula do congresso.

Signatário: Aquele que assina ou subscreve um texto, um documento etc.

88
Atividades

1. Assinale a única afirmativa incorreta.

dd ( ) A obra Manual de Redação da Presidência da República


compõe-se de duas partes: Comunicações oficiais e Atos
normativos no âmbito Executivo.

( ) Em 2002, foi realizada uma revisão que adequou o Manual


aos avanços da informática.

( ) Os órgãos da administração federal são obrigados a


observar as modalidades de comunicação oficial constantes no
Manual de Redação da Presidência da República.

( ) O padrão ofício só deve ser observado nos documentos


que tramitem dentro do Palácio da Alvorada.

2. Assinale a única afirmativa correta.

( ) O ofício e o memorando são os únicos documentos oficiais


que são elaborados em obediência às rígidas normas do Manual
de Redação.

( ) Um servidor público graduado não precisa conhecer nada


sobre as normas do Manual de Redação, pois ele tem autoridade
para mandar mensagens oficiais do jeito que lhe convir.

( ) É melhor usar a criatividade do que seguir normas – esse


pensamento deve nortear a redação de todos os documentos
oficiais.

( ) As partes que compõem um documento padrão ofício são:


identificação do documento, local e data, destinatário, assunto,
texto, fecho, identificação do destinatário.

89
3. Classifique como certo (C) ou errado (E), em relação ao
padrão ofício.

( ) Deve trazer a identificação do número do documento.

( ) A data e o local podem ser abreviados.

( ) No campo destinatário, é preciso colocar o nome e o


cargo da pessoa que vai receber a comunicação.

( ) O campo assunto deve trazer longa explanação sobre o


tema em vez de ser um simples resumo.

4. Sobre o elemento “texto” dos documentos do padrão


ofício, classifique como certo (C) ou errado (E):

( ) Na introdução, o assunto deve ser apresentado de forma


simples e direta.

( ) O assunto deve ser detalhado no desenvolvimento do


texto.

( ) Os parágrafos devem ser numerados.

( ) Nos casos de simples encaminhamento de um documento


oficial, a introdução deve iniciar-se com referências ao
expediente que vai ser encaminhado.

90
Referências

ABL – ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Vocabulário Ortográfico da Língua


Portuguesa. 5. ed. Rio de Janeiro: Global, 2009.

ALENCAR, José de. Senhora. São Paulo: KlicK editora / para o jornal O Estado de São
Paulo, julho de 1997. (Coleção “Ler é Aprender”, v. 12).

ANTUNES, Irandé. Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo: Parábola
Editorial, 2005 (Coleção Na ponta da língua, v. 13).

BECHARA, Evanildo. O que muda com o novo Acordo Ortográfico. Rio de Janeiro:
Lucerna, 2004.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília,


1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 31 ago. 2016.

_______. Manual de redação da Presidência da República. 2. ed. rev. e atual. Brasília,


2002. Disponível em: <http://www4.planalto.gov.br/centrodeestudos/assuntos/
manual-de-redacao-da-presidencia-da-republica/manual-de-redacao.pdf>. Acesso em:
31 ago. 2016.

91
UNIDADE 8 | DIAGRAMAÇÃO
DE DOCUMENTOS E
COMUNICAÇÕES OFICIAIS

92
Unidade 8 | Diagramação de Documentos e
Comunicações Oficiais

Fonte: www.shutterstock.com

ff
Discuta com seus colegas:

Se você fosse aprovado em um concurso público e pedissem


para diagramar um texto no padrão ofício, como faria? O
que é uma ata? Essa área de conhecimento interessa a quais
profissionais?

A correspondência oficial, como vimo na unidade anterior, não tramita apenas entre
órgãos públicos, também é comum entre pessoas/empresas e órgãos públicos. Portanto,
os assuntos abordados nesta unidade são úteis não somente a servidores públicos, mas
também a funcionários de empresas privadas e profissionais autônomos em geral, que se
relacionam com os órgãos públicos.

Além do mais, há documentos oficiais que podem tramitar entre as pessoas físicas,
abrangendo textos que têm caráter documental e jurídico.

93
1. Diagramação de Documentos no Padrão Ofício

A apresentação dos documentos no Padrão Ofício deve obedecer ao seguinte formato:

a) A fonte deve ser a Times New Roman, tamanho 12 no texto em geral, 11 nas
citações e 10 nas notas de rodapé;

b) Para símbolos não existentes na citada fonte, poderão ser usadas as fontes
Symbol e Wingdings;

c) A partir da segunda página é obrigatório constar a numeração de página;

d) Todo início de parágrafo deve estar a 2,5 cm do campo destinado à margem


esquerda;

e) O campo destinado à margem lateral esquerda terá no mínimo 3,0 cm de


largura;

f) O campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm;

g) Entre linhas, será utilizado o espaçamento simples; após cada parágrafo o


espaçamento será de 6 pontos ou de uma linha em branco;

h) Evitar abuso de negrito, itálico, sublinhado, letras maiúsculas, sombreado,


relevo, bordas ou qualquer outra forma de formatação que afete a elegância e a
sobriedade do documento;

i) Os textos devem ser impressos na cor preta em papel branco; a impressão


colorida deverá ser usada somente para gráficos e ilustrações;

j) O papel para impressão dos documentos do padrão ofício será sempre de


tamanho A4, ou seja, de 29,7 x 21,0 cm;

l) Para consulta posterior ou aproveitamento de trechos para casos análogos,


dentro do possível todos os documentos devem ter o arquivo de texto preservado
[Arquivo (de computador): Armazenamento]; e

m) Para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser formados da


seguinte maneira: tipo do documento + número do documento + palavras-chaves
do conteúdo.

94
Exemplo:

“Of. 133 – relatório produtividade ano 2010”

2. Comunicações Oficiais

Vamos conhecer as particularidades de cada uma das principais modalidades de


comunicações oficiais.

2.1 Apostila

Aditar significa adicionar, fazer acréscimo.

Apostilar significa emendar, corrigir.

Apostila é o aditamento a um ato administrativo anterior, para fins de retificação ou


atualização.

O objetivo da apostila é a correção de dados constantes em atos administrativos


anteriores ou o registro de alterações na vida funcional de um servidor, tais como
promoções, lotação em outro setor, majoração de vencimentos, aposentadoria,
reversão à atividade, entre outros.

Geralmente a apostila é feita no verso do documento a que se refere. Pode, no entanto,


ser feita em folha separada, com timbre oficial, e anexada ao documento principal. É
lavrada como um termo (uma formalização) e publicada em órgão oficial.

95
2.1.1 Partes

a) Título – denominação do documento;

b) Texto – desenvolvimento do assunto;

c) Data – às vezes precedida da sigla do órgão;

d) Assinatura – identificação do destinatário –, nome e cargo ou função da


autoridade.

2.2 Ata

Ata é o documento em que se registram, de forma exata e


metódica, as ocorrências, resoluções e decisões das assembleias,
reuniões ou sessões realizadas por comissões, conselhos,
congregações, corporações ou outras entidades semelhantes.

Sendo um documento de valor jurídico, é preciso que seja redigido de modo a não
possibilitar alterações.

A ata é geralmente lançada em livros próprios para tal fim, devidamente autenticados.
Suas páginas são rubricadas por quem redigiu os termos de abertura e encerramento
do documento, dando-lhe cunho oficial.

Os livros podem ser substituídos por folhas soltas, o que confere certa praticidade
ao processo. No entanto, isso traz inconvenientes como a facilidade de extravio e a
facilitação de ações fraudulentas como acréscimos ou modificações posteriores.

96
aa
Em atas não se separa o texto em parágrafos ou alíneas.
Escreve-se tudo seguidamente para evitar acréscimos nos
espaços em branco.

Mas, em casos de registro de atos rotineiros e de procedimento padronizado, é comum


o lançamento de atas em formulários a serem preenchidos. Deve-se, então, ocupar
os eventuais espaços em branco com pontos ou outros sinais convencionados, para
prevenir fraudes.

Não se admite rasuras. Para corrigir algum erro cometido durante a redação, usa-se a
palavra “digo” seguida da palavra ou expressão correta.

Exemplo:

“Aos quinze dias do mês de junho, digo, do mês de julho de dois mil
e quinze, reuniu-se o... ”

Quando o erro ou omissão for constatado após a redação, usa-se a expressão “em
tempo” após o escrito, seguida da emenda ou do acréscimo.

Exemplo:

“Em tempo: Na linha onde se lê concebido, leia-se concedido.”

Se houver contestações ou emendas ao texto apresentado, a ata só poderá ser


assinada depois de aprovadas as correções. Geralmente todas as pessoas presentes à
reunião assinam a ata. Se for assinada somente pelas pessoas que presidiram a sessão,
presidente e secretário e/ou outros, o seu conteúdo será dado à publicidade para
conhecimento dos interessados ou para fins de legalização.

As partes do texto que compõem uma ata variam de acordo com a natureza das
reuniões.

97
2.2.1 Partes

As partes mais importantes de uma ata são:

a) Título do documento;

b) Dia, mês, ano e hora da reunião, por extenso;

c) Local da reunião;

d) Pessoas presentes, devidamente qualificadas: professor, conselheiro, delegado


etc.;

e) Presidente e secretário dos trabalhos;

f) Ordem do dia; discussão, votação, deliberação etc.;

g) Fecho; e

h) Assinatura(s).

De acordo com o site

cc http://www4.planalto.gov.br/centrodeestudos/assuntos/
manual-de-redacao-da-presidencia-da-republica,
em 7 de novembro de 2015, uma atualização do Manual de
acessado

Redação editado em 2002 está sendo discutida e elaborada


pela Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, tendo em
vista a reforma ortográfica da língua portuguesa e os desafios
da Governança Eletrônica.

98
Resumindo

Atos de caráter normativo não só regulam o funcionamento dos órgãos


públicos, como também estabelecem regras para a conduta dos cidadãos.
Sua elaboração necessita do emprego de linguagem e apresentação
adequadas.

Apostila é a complementação de um ato administrativo anterior, referente


ao serviço público, registrada por escrito em documento oficial. Ata é um
registro de reuniões, resoluções e outras ocorrências, com valor jurídico.

Glossário

Abrangendo: abranger, Abarcar em si; abraçar, cingir, conter.

Análogos: o que é semelhante ou se parece com; o que contém ou se baseia numa


analogia: trabalho análogo ao livro.

Majoração: aumentar.

Extravio: ação ou efeito de extraviar; perda. Que se perdeu.

99
Atividades

1. Quanto à apresentação de documentos no padrão ofício,

dd
complete:

a) No texto, deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman


de corpo... .

b) É obrigatório constar numeração a partir da página... .

c) O início de cada parágrafo deve distar do espaço destinado à


margem esquerda em ____ cm.

d) A largura do campo destinado à margem direita terá ____ cm.

2. Quanto à apresentação de documentos no padrão ofício,


classifique como certo (C) ou errado (E):

( ) Entre linhas deve ser utilizado espaçamento simples.

( ) A impressão deve ser feita com tinta preta em papel


branco.

( ) Usar o máximo de recursos como negrito, sublinhado e


letras maiúsculas para reforçar as ideias.

( ) Todos os documentos devem ser impressos em papel no


tamanho A4.

3. Assinale a única afirmativa INCORRETA:

( ) Apostila é o aditamento a um ato administrativo posterior.

( ) A apostila tem como um dos seus fins a retificação e a


atualização de um ato administrativo anterior.

( ) A apostila pode ser feita no verso do documento a que se


refere.

( ) A apostila pode ser o registro de alterações na vida


funcional de um servidor.

100
4) Classifique as alternativas como certo (C) ou errado (E):

( ) Ata é o documento em que se registram de forma exata


e metódica as resoluções, decisões e outras ocorrências em
assembleias, reuniões ou sessões realizadas por conselhos,
congregações, corporações ou outras entidades.

( ) Na ata não se fazem parágrafos ou alíneas.

( ) Na ata não se admitem rasuras.

( ) As atas resultantes de ações rotineiras e de procedimentos


padronizados podem ser lançadas em formulários a serem
preenchidos, ao invés de haver o lançamento em livros próprios
devidamente autenticados.

101
Referências

ABL – ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Vocabulário Ortográfico da Língua


Portuguesa. 5. ed. Rio de Janeiro: Global, 2009.

ALENCAR, José de. Senhora. São Paulo: KlicK editora / para o jornal O Estado de São
Paulo, julho de 1997. (Coleção “Ler é Aprender”, v. 12).

ANTUNES, Irandé. Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo: Parábola
Editorial, 2005 (Coleção Na ponta da língua, v. 13).

BECHARA, Evanildo. O que muda com o novo Acordo Ortográfico. Rio de Janeiro:
Lucerna, 2004.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília,


1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 31 ago. 2016.

_______. Manual de redação da Presidência da República. 2. ed. rev. e atual. Brasília,


2002. Disponível em: <http://www4.planalto.gov.br/centrodeestudos/assuntos/
manual-de-redacao-da-presidencia-da-republica/manual-de-redacao.pdf>. Acesso em:
31 ago. 2016.

102
UNIDADE 9 | COMUNICAÇÕES
OFICIAIS: AVISO E CERTIDÃO

103
Unidade 9 | Comunicações Oficiais: Aviso e Certidão

Fonte: www.shutterstock.com

ff
Discuta com seus colegas:

O que é um aviso? Quais são suas características? Quem


normalmente expede um aviso? O que é uma certidão? Que
certidões você tem ou teve e quem as emitiu? Quem pode
fornecer certidões?

Vamos aqui descrever as características e finalidades destes documentos – aviso e certidão


–, bem como seus modelos de redação. Caso você seja solicitado a produzir algum desses
textos, seu trabalho será facilitado pelo conteúdo que apresentaremos nesta unidade.

104
1. Aviso

aa
O aviso é expedido exclusivamente por e para Ministros de
Estado e autoridades de mesma hierarquia. Portanto, sua
finalidade é tratar de assuntos da Administração Pública.

As autoridades com nível hierárquico equivalente ao de Ministros de Estado e que


podem se utilizar do aviso para troca de comunicações oficiais são:

• Secretário-Geral da Presidência da República;

• Consultor-Geral da República;

• Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas;

• Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República;

• Secretários da Presidência da República.

Quanto à forma, segue o modelo do padrão ofício com acréscimo do vocativo que
invoca o destinatário, seguido de vírgula.

Exemplos:

Senhora Ministra,...

Senhor Chefe de Gabinete,...

105
2. Certidão

2.1 Características

• É revestida por formalidades legais.

• É fornecida por autoridade competente a pedido do interessado.

• É solicitada ou requisitada ex officio por autoridades administrativas ou judiciais.

• É destinada a:

a) fazer certa a existência de registro (em livro, processo ou documento qualquer em


poder do expedidor) referente a determinado ato ou fato; ou

b) dar forma à inexistência de tal registro.

2.2 Finalidade

• Serve de prova em ato jurídico.

• As certidões negativas da Fazenda Nacional, Estadual ou Municipal, em caso de


escritura de transferência de imóveis, exoneram o imóvel e isentam o adquirente
de qualquer responsabilidade relativa a pendências tributárias.

106
2.3 Tipos

• De inteiro teor: é a transcrição integral verbum ad verbum, também chamada de


translado, do documento original em que se baseia a certidão; e

• Resumida: embora não seja uma transcrição integral, deve exprimir fielmente o
conteúdo do documento original referente à ação ou ao fato da certidão.

2.4 Forma

É escrita em linhas corridas, sem emendas ou rasuras. Quaisquer espaços em branco


devem ser preenchidos com pontos ou outros sinais convencionais.

Partes:

a) título: nome do documento, muitas vezes já impresso em papel próprio;

b) preâmbulo: alusão ao ato que determinou a expedição do documento. Quando


for o caso, será mencionado o documento ou livro de origem;

c) texto: teor da certidão – transcrição do documento original ou descrição do


que foi encontrado;

d) fecho: termo do encerramento e assinatura dos funcionários que intervieram


no ato (quem lavrou e quem conferiu);

e) local e data (da expedição do ato);

f) visto da autoridade que autorizou a lavratura da certidão – representa o ato de


aprovação e reconhecimento da autoridade, a fim de que a certidão produza os
efeitos legais desejados.

107
Resumindo

O aviso é o meio de comunicação utilizado entre Ministros de Estado e


autoridades de mesmo nível hierárquico dentro da administração pública,
para o tratamento de assuntos oficiais.

A certidão é um documento público fornecido por autoridade competente,


sendo o interessado uma pessoa física ou jurídica.

A certidão deve ser escrita em linhas corridas, sem emendas ou rasuras.

Glossário

Adquirente: que se torna proprietário de um bem, móvel ou imóvel, através de venda,


troca, herança, doação ou qualquer outro meio legal.

Transcrição: escrita de dados para estudo linguístico, procurando registrar a pronúncia


real do informante (ger. feita em alfabeto criado esp. para esse fim).

108
Atividades

1. Assinale a única afirmativa incorreta, relativa ao aviso

dd
como documento de comunicação oficial.

( ) O aviso só pode ser expedido por um Ministro de Estado


ou outra autoridade de mesmo nível hierárquico dentro da
administração pública.

( ) O Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas pode


expedir um aviso.

( ) O aviso segue o padrão ofício das comunicações oficiais,


com acréscimo do vocativo.

( ) Um Secretário-Geral da Presidência da República não


pode expedir um aviso para o Ministro da Fazenda.

2. Sobre a certidão, assinale a única afirmativa incorreta.

( ) Reveste-se de formalidades legais.

( ) É fornecido por uma autoridade competente.

( ) O interessado não precisa solicitá-lo, pois a sua emissão é


sempre automática.

( ) Certifica a existência ou inexistência de registro, em


livro, processo ou documento qualquer em poder do expedidor,
referente a determinado ato ou fato.

3. Assinale as afirmativas corretas.

( ) A certidão pode servir de prova em um ato jurídico.

( ) As certidões negativas expedidas pelas Fazendas


Nacional, Estadual e Municipal exoneram o imóvel e isentam o
comprador de qualquer responsabilidade referente a pendências
tributárias, quando da escritura de transferência de imóveis.

( ) As certidões podem ser de inteiro teor ou resumidas.

( ) Transcrição verbum ad verbum significa transcrição


integral do texto original.

109
4. Assinale as afirmativas incorretas sobre certidão.

( ) Deve conter variados espaços em branco para posterior


preenchimento.

( ) O preâmbulo deve vir no fim da certidão.

( ) O texto deve ser criativo e isso significa que nunca é


desejável a transcrição fiel do documento original que dá
sustentação aos termos da certidão.

( ) A data de expedição da certidão deve ser seguida de um


prazo de validade que seja de no mínimo seis meses.

110
Referências

ABL – ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Vocabulário Ortográfico da Língua


Portuguesa. 5. ed. Rio de Janeiro: Global, 2009.

ALENCAR, José de. Senhora. São Paulo: KlicK editora / para o jornal O Estado de São
Paulo, julho de 1997. (Coleção “Ler é Aprender”, v. 12).

ANTUNES, Irandé. Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo: Parábola
Editorial, 2005 (Coleção Na ponta da língua, v. 13).

BECHARA, Evanildo. O que muda com o novo Acordo Ortográfico. Rio de Janeiro:
Lucerna, 2004.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília,


1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 31 ago. 2016.

_______. Manual de redação da Presidência da República. 2. ed. rev. e atual. Brasília,


2002. Disponível em: <http://www4.planalto.gov.br/centrodeestudos/assuntos/
manual-de-redacao-da-presidencia-da-republica/manual-de-redacao.pdf>. Acesso em:
31 ago. 2016.

111
UNIDADE 10 | COMUNICAÇÕES
OFICIAIS: CIRCULAR, CORREIO
ELETRÔNICO E DECLARAÇÃO

112
Unidade 10 | Comunicações Oficiais: Circular,
Correio Eletrônico e Declaração

Fonte: www.shutterstock.com

ff
Discuta com seus colegas:

Quais as características de uma circular e por onde ela


tramita? A mensagem por correio eletrônico (e-mail) tem valor
documental? De quais assuntos trata uma declaração? Você já
escreveu ou já requisitou uma declaração?

Nesta unidade conheceremos as características e finalidades de uma circular, um


correio eletrônico – mais conhecido como e-mail – e uma declaração, assim como serão
apresentados alguns de seus modelos.

113
1. Circular

Circular é uma comunicação escrita de interesse comum que é


reproduzida em vários exemplares e transmitida a diferentes
pessoas, órgãos ou entidades.

Como documento oficial, trata-se de mensagem endereçada simultaneamente a


diversos destinatários, com a finalidade de transmitir ordens ou instruções.

2. Correio Eletrônico em Comunicações Oficiais

Nos dias atuais, o correio eletrônico, popularmente conhecido como e-mail,


transformou-se no principal meio de comunicação para transmissão de documentos.
Seu uso se popularizou graças ao baixo custo e à celeridade que proporciona.

2.1 Forma e Estrutura

• Evitar o uso de linguagem incompatível com uma comunicação oficial.

• Nos e-mails, o campo assunto deve ser preenchido de modo a facilitar a


organização tanto de quem envia quanto de quem recebe a correspondência.

• A mensagem que encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas


sobre seu conteúdo. “Arquivo (de computador): Envio pela Internet.”

• Utilizar recurso de confirmação de leitura ou fazer constar mensagem de pedido


de confirmação de recebimento.

114
2.2 Valor Documental

aa
Segundo o Manual de Redação da Presidência da República
(BRASIL, 2002), para que um e-mail (e seu conteúdo) tenha
valor documental, isto é, que seja aceito como documento
original, é necessário haver certificação digital que ateste a
identidade do remetente, na forma estabelecida em lei.

3. Declaração

Declaração é a afirmação da existência de um fato, ou a existência ou não de um direito.

A depender das circunstâncias e da finalidade, recebe variadas denominações:


declaração de direito, de vontade, de ausência, de crédito, de guerra, de falência, de
interdição, de renda, de princípios etc.

Pode iniciar-se dos seguintes modos:

• Declaro, para fins de prova junto ao órgão, que ...

• Declaro, para os devidos fins, que...

• Declaro, a pedido verbal de...

115
Resumindo

A circular é uma mensagem endereçada simultaneamente a diversos


destinatários.

O correio eletrônico é a principal forma de transmissão de documentos


oficiais.

A declaração pode prestar-se a várias finalidades.

Glossário

Incompatível: que não pode coexistir com outra coisa; inconciliável, incombinável.

Circunstâncias: caracteriza um fato, uma situação e, além disso, aquilo que os


acompanham.

116
Atividades

1. Assinale a única alternativa INCORRETA:

dd ( ) Circular é uma comunicação reproduzida em cópias de


igual teor.

( ) Circular é um documento endereçado simultaneamente a


vários destinatários.

( ) A circular transmite avisos, ordens ou instruções.

( ) A circular, como documento oficial, tem como única


finalidade a transmissão de informações entre pessoas de um
mesmo círculo familiar.

2. Classifique como certo (C) ou errado (E):

( ) Correio eletrônico é utilizado para passar mensagens por


e-mail.

( ) Transmitir mensagens por e-mail tem custo baixo, mas é


muito demorado.

( ) Podemos usar gírias à vontade nos e-mails, porque é um


meio moderno e atual de mandar mensagens oficiais.

( ) O correio eletrônico é um meio de transmissão de


documentos oficiais que jamais carece de confirmação, por ser
extremamente confiável.

3) Assinale a única afirmativa incorreta.

( ) Para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor


documental é preciso conter a certificação digital do remetente.

( ) A certificação digital atesta a identificação do remetente


da mensagem eletrônica.

( ) O campo “assunto” da mensagem por correio eletrônico


deve ser elaborada de modo a facilitar sua organização
documental.

( ) Qualquer e-mail, automaticamente, transforma-se em


documento válido como original mesmo sem certificação digital.

117
4) Assinale a única alternativa correta.

( ) A declaração só pode ser emitida por autoridades do


primeiro escalão do governo federal.

( ) A declaração só pode referir-se a assuntos relativos a


pagamentos em dinheiro ou cheque.

( ) A declaração significa a afirmação da existência de um


fato, ou a existência ou não de um direito.

( ) Não existe um documento conhecido como “Declaração


Universal dos Direitos Humanos”.

118
Referências

ABL – ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Vocabulário Ortográfico da Língua


Portuguesa. 5. ed. Rio de Janeiro: Global, 2009.

ALENCAR, José de. Senhora. São Paulo: KlicK editora / para o jornal O Estado de São
Paulo, julho de 1997. (Coleção “Ler é Aprender”, v. 12).

ANTUNES, Irandé. Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo: Parábola
Editorial, 2005 (Coleção Na ponta da língua, v. 13).

BECHARA, Evanildo. O que muda com o novo Acordo Ortográfico. Rio de Janeiro:
Lucerna, 2004.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília,


1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 31 ago. 2016.

_______. Manual de redação da Presidência da República. 2. ed. rev. e atual. Brasília,


2002. Disponível em: <http://www4.planalto.gov.br/centrodeestudos/assuntos/
manual-de-redacao-da-presidencia-da-republica/manual-de-redacao.pdf>. Acesso em:
31 ago. 2016.

119
UNIDADE 11 | COMUNICAÇÕES
OFICIAIS: EDITAL E EXPOSIÇÃO
DE MOTIVOS

120
Unidade 11 | Comunicações Oficiais: Edital e
Exposição de Motivos

Fonte: www.shutterstock.com

ff
Discuta com seus colegas:

O que é um edital? Discuta com os colegas os editais que você


já leu e quais são suas características. Onde se publicam os
editais? E quanto à exposição de motivos, o que vêm a ser?

Mesmo que você saiba pouco sobre editais e exposição de motivos, é praticamente certo
que já tenha ouvido falar deles. Nesta unidade, trataremos de esclarecer seus conteúdos
e suas finalidades.

121
1 Edital

Edital:

• é um ato escrito oficial;


• contém aviso, determinação ou citação;
• é publicado por determinação de autoridade competente;
• é publicado no órgão oficial ou em outros órgãos da imprensa;
• pode também ser afixado, para divulgação, em lugares
públicos.

1.1 Objetivos

São objetos de editais conforme a legislação vigente:

• Concorrências administrativas para aquisição, alienação, ou recuperação de


materiais;

• Abertura de concursos para provimento de cargos públicos; e

• Intimações, notificações, convocações e demais avisos que devam ter ampla


divulgação.

1.2 Partes do Documento

a) Título: denominação do ato, muitas vezes seguido de número de ordem e data


de expedição;

b) Ementa: resumo do assunto do edital;

c) Texto: desenvolvimento do assunto; e

d) Assinatura: nome da autoridade competente, com cargo e função.

122
aa
Os editais de licitação devem seguir a Lei Federal nº 8.666, de
21 de junho de 1993.

2 Exposição de Motivos

Exposição de Motivos é o expediente dirigido ao Presidente da


República ou ao Vice-Presidente, ou ao Governador de Estado
ou Prefeito Municipal para informá-lo de determinado assunto;
propor alguma medida; submeter um projeto de ato normativo
à sua consideração.

2.1 Partes do Documento

São elas:

a) resumo do texto;

b) síntese das alegações, argumentos ou fundamentos oferecidos;

c) apreciação do assunto, razões e esclarecimentos que o ilustrem;

d) transcrição da legislação citada; e

e) parecer conclusivo.

123
2.2 Forma e Estrutura

A exposição de motivos tem a mesma apresentação do padrão ofício.

bb
Acesse e veja neste blog um exemplo de uma Exposição de
Motivos:

<http://www.ibahia.com/a/blogs/portugues/2015/07/13/
exposicao-de-motivos/>.

De acordo com a finalidade, a exposição de motivos pode ser de dois tipos:

• De caráter exclusivamente informativo: sua estrutura segue o modelo do


padrão ofício;

• Quando propõe alguma medida ou submete à consideração um projeto de ato


normativo, deve apontar:

a) na introdução – o problema que está a reclamar e a adoção da medida ou do


ato normativo proposto;

b) no desenvolvimento – o porquê de ser aquela medida ou aquele ato normativo


o ideal para se solucionar o problema, e eventuais alternativas existentes para
equacioná-lo;

c) na conclusão – novamente, mencionar qual medida deve ser tomada, ou qual


ato normativo deve ser editado para solucionar o problema.

A exposição de motivos deve conter a assinatura de todas as autoridades envolvidas.


Deve, ainda, trazer apenso o formulário de anexo à exposição de motivos devidamente
preenchido, de acordo com o modelo previsto no Anexo II do Decreto nº 4.176, de 28
de março de 2002.

124
Resumindo

Os editais têm como objetos: as concorrências públicas referentes


à compra, alienação ou recuperação de materiais; os concursos para
contratar servidores públicos; quaisquer outros avisos que devam ter
ampla divulgação, conforme estabelece a legislação vigente.

Os editais de licitação devem seguir a Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho


de 1993.

Exposição de motivos é o documento no qual uma ou mais autoridades


justificam a necessidade de ser tomada alguma providência.

Glossário

Apenso: que se juntou, que se acrescentoua; apensado.

125
Atividades

1. Complete as alternativas a seguir com as palavras cabíveis.

dd a) Edital é um ato escrito oficial que deve ser afixado em lugares


_________ .

b) É objeto de edital a abertura de concurso para provimento de


_________ públicos.

c) A exposição de motivos tem a apresentação do padrão


_________ .

d) A exposição de motivos: pode ter caráter exclusivamente


_________ ; ou pode propor alguma medida ou submeter a
apreciação algum projeto de ato normativo.

126
Referências

ABL – ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Vocabulário Ortográfico da Língua


Portuguesa. 5. ed. Rio de Janeiro: Global, 2009.

ALENCAR, José de. Senhora. São Paulo: KlicK editora / para o jornal O Estado de São
Paulo, julho de 1997. (Coleção “Ler é Aprender”, v. 12).

ANTUNES, Irandé. Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo: Parábola
Editorial, 2005 (Coleção Na ponta da língua, v. 13).

BECHARA, Evanildo. O que muda com o novo Acordo Ortográfico. Rio de Janeiro:
Lucerna, 2004.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília,


1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 31 ago. 2016.

_______. Manual de redação da Presidência da República. 2. ed. rev. e atual. Brasília,


2002. Disponível em: <http://www4.planalto.gov.br/centrodeestudos/assuntos/
manual-de-redacao-da-presidencia-da-republica/manual-de-redacao.pdf>. Acesso em:
31 ago. 2016.

127
UNIDADE 12 | COMUNICAÇÕES
OFICIAIS: FAX, MEMORANDO E
MENSAGEM

128
Unidade 12 | Comunicações Oficiais: Fax,
Memorando e Mensagem

Fonte: www.shutterstock.com

ff
Discuta com seus colegas:

Você sabe o que é um fax? Para que ele serve? O fax ainda é
usado na atualidade? O que é um memorando? Quais são suas
características? Qual a diferença entre um memorando e uma
mensagem? Ambos são utilizados na administração pública?

O fax é uma forma de comunicação que vem sendo menos utilizada devido ao
desenvolvimento da internet. Já o memorando e a mensagem continuam cumprindo
papel importante nas comunicações oficiais.

129
1 Fax

A palavra fax é uma forma abreviada de fac-simile e sua utilização tem o intuito de
transmitir mensagens urgentes, bem como o envio antecipado de documentos, de
cujo conhecimento há premência, quando não há condições de enviá-los por meio
eletrônico.

Como o papel de fax pode deteriorar-se rapidamente, caso seja necessário


arquivamento, deve-se fazê-lo com sua cópia.

Ao enviar um fax, é conveniente enviar uma folha de rosto (um pequeno formulário)
com os dados de identificação do documento.

Fac-símile (do latim fac símile, faz igual) é toda cópia ou


reprodução de letra, gravura, desenho, composição tipográfica
etc. Um fac-símile (ou edição fac-similar) é uma edição nova,
frequentemente de um livro antigo, que apresenta uma
reprodução exata da edição original, incluindo fontes de letras,
escala, ilustrações, diagramação e paginação. A palavra é usada
atualmente no contexto da tecnologia das telecomunicações
por fax.

Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Facsimile >.

2 Memorando

É uma forma de comunicação eminentemente interna, entre unidades administrativas


de um mesmo órgão, sendo as unidades de mesma ou de diferentes hierarquias.

130
A hierarquia é uma organização fundada sobre uma ordem de
prioridade entre os elementos de um conjunto, ou sobre relações
de subordinação entre os membros de um grupo, com graus
sucessivos de poderes, de situação e de responsabilidades. Ele
pode ter caráter meramente administrativo ou ser empregado
para a exposição de projetos, ideias, diretrizes, etc.

Suas características principais são: agilidade, concisão e clareza. E sua tramitação deve
pautar-se pela rapidez e simplicidade de procedimentos burocráticos.

Os despachos devem ser dados no próprio memorando ou, na falta de espaço, em


folha de continuação. Quanto à forma, segue o padrão ofício, com a diferença de que
o destinatário deve ser mencionado pelo cargo que ocupa.

Exemplos:

(1) Ao Senhor Chefe do Departamento de Administração:

(2) Ao Senhor Subchefe para Assuntos Jurídicos:

3 Mensagem

Mensagem é o instrumento de comunicação oficial entre os


Chefes de Poderes, notadamente enviado pelo Chefe do Poder
Executivo para o do Poder Legislativo, para informar sobre fato
da Administração Pública.

131
Por esse instrumento:

a) expõe-se o plano de governo por ocasião da abertura de sessão legislativa;

b) submetem-se, ao Congresso Nacional, matérias que dependem de deliberação


das duas Casas;

c) apresenta-se veto;

d) fazem-se comunicações ou se agradece sobre assuntos dos poderes públicos e


da nação.

A Constituição Federal de 1988, as Constituições dos Estados, e as Leis Orgânicas dos


Municípios preveem diversos casos em que cabe ao Chefe do Poder Executivo dirigir-
se ao Poder Legislativo por meio de mensagem.

Resumindo

Fax é utilizado para transmissão de mensagens urgentes e envio antecipado


de documentos quando não se pode contar com os meios eletrônicos.

Memorando é a modalidade de comunicação entre unidades administrativas


de um mesmo órgão.

Mensagem é o instrumento de comunicação oficial entre os Chefes dos


Poderes, notadamente enviado pelo Chefe do Poder Executivo para o
Chefe do Poder Legislativo.

Glossário

Eminentimente: em alto grau; acima de tudo.

Concisão: exposição de ideias em poucas palavras, precisão, exatidão.

132
Atividades

1. Classifique as afirmações como certas (C) ou erradas (E):

dd ( ) O fax só é utilizado para a transmissão de mensagens que não


têm nem importância e nem urgência.

( ) Como o papel do fax é facilmente deteriorável, usa-se sua cópia


para o necessário arquivamento.

( ) A tramitação dos memorandos deve pautar-se pela rapidez e


pela simplicidade de procedimentos burocráticos.

( ) As comunicações internas conhecidas por “mensagem” podem


ser utilizadas entre quaisquer funcionários públicos, desde que seu
conteúdo seja urgente.

133
Referências

ABL – ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Vocabulário Ortográfico da Língua


Portuguesa. 5. ed. Rio de Janeiro: Global, 2009.

ALENCAR, José de. Senhora. São Paulo: KlicK editora / para o jornal O Estado de São
Paulo, julho de 1997. (Coleção “Ler é Aprender”, v. 12).

ANTUNES, Irandé. Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo: Parábola
Editorial, 2005 (Coleção Na ponta da língua, v. 13).

BECHARA, Evanildo. O que muda com o novo Acordo Ortográfico. Rio de Janeiro:
Lucerna, 2004.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília,


1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 31 ago. 2016.

_______. Manual de redação da Presidência da República. 2. ed. rev. e atual. Brasília,


2002. Disponível em: <http://www4.planalto.gov.br/centrodeestudos/assuntos/
manual-de-redacao-da-presidencia-da-republica/manual-de-redacao.pdf>. Acesso em:
31 ago. 2016.

134
UNIDADE 13 | COMUNICAÇÕES
OFICIAIS: OFÍCIO, PARECER E
REQUERIMENTO

135
Unidade 13 | Comunicações Oficiais: Ofício, Parecer
e Requerimento

Fonte: www.shutterstock.com

ff
Discuta com seus colegas:

O que é um ofício? A quem compete expedir o ofício e


quem pode ser seu destinatário? O que os verbos “parecer”
e “requerer” significam? Então, do que você acha que as
comunicações oficiais chamadas “parecer” e “requerimento”
tratam? E a mensagem, como uma das Comunicações Oficiais,
que características ela apresenta?

A Comunicação Oficial estabeleceu-se como maneira de registrar, analisar, avaliar,


controlar e colocar em ação diferentes processos e procedimentos da Administração
Pública, de maneira que diferentes divisões ou seções atuem de forma harmoniosa, dando
continuidade a seus planos e projetos, assim como mantendo a memória das organizações.

O emissor de Comunicações Oficiais é o Serviço Público, representado por vários setores.


Essas Comunicações podem se dar entre Órgãos Públicos ou entre o Serviço Público e o
público (conjunto de cidadãos ou instituições).

136
Tem como característica a neutralidade, já que as mensagens são emitidas em nome do
Serviço Público, porém, a padronização não deve enrijecê-las.

1 Ofício

Ofício é a comunicação oficial utilizada por autoridades públicas


que não têm status de Ministro de Estado ou equivalente.

• Pelo ofício são tratados assuntos oficiais de órgãos públicos, entre si ou com
particulares.

• Em sua forma, segue o modelo do padrão ofício, com vocativo invocando o


destinatário, seguido de vírgula.

Exemplos:

(1) Senhora Senadora,

(2) Senhora Vereadora,

• Devem constar no cabeçalho ou no rodapé do ofício as seguintes informações do


remetente:

a) nome do órgão ou setor;

b) endereço postal;

c) telefone e endereço de correio eletrônico.

137
2 Parecer

Parecer é a opinião de um especialista, em resposta a uma


consulta.

Na Administração Pública, o parecer:

• é geralmente parte integrante de um processo;

• apresenta uma opinião favorável ou desfavorável relativa a algum caso ou


matéria específica;

• indica e fundamenta uma solução para o caso ou matéria específica;

• tem justificativa baseada em dispositivos legais, jurisprudência e informações;

Tipos de parecer:

a) administrativo – quando se refere a um caso burocrático;

b) científico ou técnico – quando se relaciona com matéria específica.

Partes de um parecer:

a) número – do respectivo processo, no centro do papel, ao alto;

b) título – tem a palavra “parecer” seguida do número de ordem, dia, mês e ano;

c) ementa – é o resumo do assunto, devendo ser sintética, digitada em espaço


simples a dois espaços do título;

d) texto – com introdução (histórico), esclarecimentos (análise do fato) e


conclusão clara e objetiva do assunto;

e) fecho – com o local e ou denominação do órgão (em geral em forma de sigla),


data e assinatura (nome e cargo ou função de quem emite o parecer).

138
3 Requerimento

• É uma solicitação por escrito, seguindo formalidades legais, dirigida a uma


autoridade de instituição pública ou privada.

• Deve ser escrito na 3ª pessoa.

• Só admite fechos próprios.

bb
Pesquise no site da TV Escola sobre como fazer um
requerimento. Acesse:

http://brasilescola.uol.com.br/redacao/requerimento.htm

Exemplos:

(1) Nestes termos, aguarda deferimento.

(2) Nestes termos, espera deferimento.

(3) Nestes termos, pede deferimento.

aa
A petição é um tipo de requerimento fundado no direito da
pessoa, na qual se pleiteiam direitos, sendo feita perante o juiz
competente ou que preside ao feito.

Abaixo-assinado é um requerimento coletivo, de caráter


público ou restrito, que torna manifesta a opinião de grupo e/
ou comunidade, ou representa interesse dos que o assinam.

139
bb
Assista ao seguinte vídeo sobre como formatar uma petição
em Word:

https://www.youtube.com/watch?v=SbimsH0uQqI

Resumindo

O ofício é um instrumento de comunicação utilizado por autoridades


de hierarquia inferior à de um Ministro de Estado, que trata de assuntos
oficiais de órgãos da Administração Pública, entre si e com particulares.

Parecer é um documento em que seu emissor indica e fundamenta


uma opinião e solução referente a algum caso burocrático ou a matéria
específica.

Requerimento é o instrumento utilizado para a solicitação de alguma


coisa, feito por escrito e dirigido a uma autoridade de instituição pública
ou privada.

Glossário

Harmoniosa: estar em harmonia, é agradável, calmo, tranquilo ou combinando.

Parecer: opinião especializada sobre alguma coisa.

140
Atividades

1. Relacione as seguintes palavras com as afirmativas

dd
correspondentes:

(O) ofício

(P) parecer

(R) requerimento

(A) abaixo-assinado

a) ( ) É um requerimento coletivo.

b) ( ) O emitente faz constar uma opinião favorável ou não a


respeito de algum fato ou assunto, administrativo ou específico.

c) ( ) É utilizado por autoridades da Administração Pública para


tratar de assuntos oficiais entre órgãos públicos e também com
particulares.

d) ( ) É uma solicitação por escrito sobre alguma coisa, dirigida


a autoridade de instituição pública ou privada.

141
Referências

ABL – ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Vocabulário Ortográfico da Língua


Portuguesa. 5. ed. Rio de Janeiro: Global, 2009.

ALENCAR, José de. Senhora. São Paulo: KlicK editora / para o jornal O Estado de São
Paulo, julho de 1997. (Coleção “Ler é Aprender”, v. 12).

ANTUNES, Irandé. Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo: Parábola
Editorial, 2005 (Coleção Na ponta da língua, v. 13).

BECHARA, Evanildo. O que muda com o novo Acordo Ortográfico. Rio de Janeiro:
Lucerna, 2004.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília,


1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 31 ago. 2016.

_______. Manual de redação da Presidência da República. 2. ed. rev. e atual. Brasília,


2002. Disponível em: <http://www4.planalto.gov.br/centrodeestudos/assuntos/
manual-de-redacao-da-presidencia-da-republica/manual-de-redacao.pdf>. Acesso em:
31 ago. 2016.

142
UNIDADE 14 | COMUNICAÇÕES
OFICIAIS : PORTARIA, ORDEM
DE SERVIÇO, PROCURAÇÃO,
RELATÓRIO E TELEGRAMA

143
Unidade 14 | Comunicações Oficiais : Portaria,
Ordem de Serviço, Procuração, Relatório e
Telegrama

Fonte: www.shutterstock.com

ff
Discuta com seus colega:

Você sabe o que é uma procuração, um relatório e um


telegrama? Como fazer uma procuração? Você já recebeu
algum telegrama?

A formalidade e a padronização são elementos fundamentais para a uniformização


das Comunicações Oficiais. Com o objetivo de facilitar a comunicação administrativa,
foram estabelecidos parâmetros de formatação, critérios de hierarquia e definição de
trâmites para serem seguidos. Um dos grandes desafios da atualidade é programar
uma prática consciente e apropriada, em que formatos e padrões representem apenas
um dos lados da questão. O outro desafio vai ser delinear, paralelamente, uma visão
crítica capaz de compor ideias, propor soluções e atingir resultados que estejam além
das uniformizações.

Fonte: <http://www.faetec.rj.gov.br/divrh/index.php/11-comunicacao>.

144
Uma ordem de serviço é um documento que tem o objetivo de emitir comunicações
internas em uma empresa sobre um serviço ou trabalho que precisa ser efetuado.
Discuta com seus colegas as características de uma ordem de serviço.

bb
Leia esta manchete:

Portaria Interministerial MEC/MF nº 8, de 5 de novembro de


2015

(http://w w w.fnde.gov.br/fnde/legislacao/portarias/
item/7698-portaria-interministerial-mec-mf-n%C2%BA-8,-de-
5-de-novembro-de-2015).

Essa Portaria dispõe sobre o valor anual mínimo nacional por


aluno.

Discuta com seu colega sobre o que você entende por Portaria.

1 Portaria

Portaria é o documento oficial emanado de uma autoridade

ee
para transmitir aos subordinados ordens de serviço de sua
competência.

• Assegura direitos de remuneração.

Partes:

a) Numeração – número e data de expedição;

145
b) Título – denominação da autoridade que expede o ato (caso não venha em
papel próprio, já impresso com essa informação);

c) fundamentação – citação da legislação básica, seguida da palavra “RESOLVE”;

d) Texto;

e) Assinatura – nome da autoridade competente e cargo (se já não vierem


impressos no alto da página).

2 Ordem de Serviço

Ordem de Serviço se trata de um documento que regula


procedimentos a serem seguidos por um servidor ou órgão.

• A chefia toma conhecimento de orientações para execução de serviços ou


desempenho de encargos; ou

• O órgão subordinado recebe determinações a serem cumpridas.

Pode ser:

a) Instrução de serviço – fixa normas para execução de atos; disciplina a execução


de serviços;

b) Orientação de serviço – estabelece normas administrativas no âmbito de


setores subordinados.

Regula procedimentos internos em geral, tais como substituições nos encargos, sem
necessariamente assegurar remunerações.

146
Tem estrutura variável, sendo comum a seguinte composição:

a) Título – identificação, número e data da expedição do ato (a data pode vir


após o texto, antes da assinatura);

b) Texto – desenvolvimento do assunto. Pode ter vários parágrafos, sendo o


primeiro não numerado. Os demais são numerados com algarismos cardinais
desdobráveis em alíneas;

c) Identificação – nome da autoridade e indicação do cargo ou função que exerce.

3 Procuração

Procuração é um documento pelo qual uma pessoa dá a outra


o poder de agir em seu nome.

A procuração pode ser:

• por instrumento público – lavrada em cartório;

• por instrumento particular – redigida pelo outorgante, com firma reconhecida.

147
4 Relatório

Do ponto de vista da administração pública, o relatório é um


documento oficial em que uma autoridade expõe as atividades
de sua repartição, ou presta conta de seus atos a uma autoridade
de nível superior.

Partes:

a) Título – denominação do documento (“relatório”);

b) Invocação – tratamento e cargo da autoridade receptora;

c) Texto – exposição do assunto.

Sequência a ser observada no texto:

a) Introdução: referência à disposição legal ou à ordem superior que determinou


a apresentação do relatório, e breve menção ao assunto ou objeto;

b) Análise: apreciação do assunto, com informações e esclarecimentos que se


façam necessários à sua perfeita compreensão;

c) Conclusão: tiram-se as conclusões, logicamente deduzidas da argumentação


que as precede;

d) Sugestões ou recomendação: apresentação de sugestões ou recomendações


sobre medidas a serem tomadas.

• Fecho: fórmula de cortesia;

• Local e data:

Exemplo:

(1) Belo Horizonte, _______ de _______ de _______.

148
• Assinatura: nome e cargo ou função da(s) autoridade(s) ou servidor(es) que
apresenta(m) o relatório.

bb
Assista a uma aula que ensina a fazer um relatório:

https://www.youtube.com/watch?v=y6hWUDYwMSo

5 Telegrama

Na administração pública, toda comunicação oficial expedida


por meio de telegrafia, telex etc. recebe o título de telegrama.

• Seu uso se restringe àquelas situações de urgência em que não é possível o uso
do correio eletrônico ou fax.

• É uma forma de comunicação tecnologicamente superada que, dispendiosa,


deve pautar-se pela concisão.

• Não tem padrão rígido de forma e estrutura, devendo seguir o prescrito nos
formulários disponíveis em agências dos Correios e em seu portal na internet.

Características da linguagem telegráfica tradicional:

a) texto conciso, claro e objetivo;

b) preferência por formas simples (“adotou” em vez de “tinha adotado”);

c) supressão de expressão de cortesia;

149
d) uso de letras maiúsculas, com dois espaços entre palavras;

e) supressão dos hifens;

f) dispensa de acentos gráficos;

g) números inteiros em algarismos arábicos (240; 1270);

h) se for necessário e em razão da importância, escreva os números por extenso,


aglutinados (CENTO VINTEQUATRO; CINQUENTAMIL);

i) recurso para datas: 21042003 (21 de abril de 2003);

j) os sinais de pontuação podem ser substituídos por sua abreviatura (“.” ou “PT”)

Exemplo:

SOLICITO IMEDIATO COMPARECIMENTO A ESTA SECRETARIA


ASSUNTO LICENÇA PRÊMIO PT

bb
Assista ao vídeo disponível no link a segui, em que a história do
telégrafo é contada.

http://tinyurl.com/h95nqvs

Resumindo

Portaria é um documento oficial pelo qual uma autoridade transmite aos


subordinados ordens de serviço de sua competência.

Ordem de serviço é a instrução dada a um servidor ou a um órgão


administrativo.

Procuração é o instrumento legal usado por uma pessoa para dar a outra o
poder de representá-la.

Relatório é uma exposição ou narração de atividades ou fatos passados,


com a discriminação de todos os seus aspectos ou elementos.

150
Telegrama é toda comunicação oficial expedida por meio de telegrafia,
telex etc., de uso restrito a situações de emergência, e quando não há
possibilidade de comunicação por correio eletrônico ou fax.

Glossário

Remuneração: retribuição por serviço ou favor prestado; recompensa, prêmio.

Estrutura: organização, disposição e ordem dos elementos essenciais que compõem


um corpo (concreto ou abstrato).

Menção: alusão, referência (a alguém ou algo); citação.

Dispendiosa: que demanda dispêndio, caro, custoso, oneroso; trabalhoso.

151
Atividades

1) Complete com uma das seguintes palavras: portaria, ordem

dd
de serviço, procuração, relatório, telegrama.

a) Na fundamentação de uma ____________________ faz-se a


citação da legislação básica, seguida da palavra “RESOLVE”.

b) O ____________________ é uma descrição de fatos passados,


analisados com o objetivo de orientar o servidor interessado ou
o superior imediato, para determinada ação.

2) Complete com uma das seguintes palavras: portaria, ordem


de serviço, procuração, relatório, telegrama.

a) Todas as comunicações oficiais realizadas por telegrafia ou


telex são chamadas de ____________________.

b) A concisão e a clareza, qualidades bem-vindas em qualquer


texto oficial, são especialmente importantes em um
____________________.

3) Complete com uma das seguintes palavras: portaria, ordem


de serviço, procuração, relatório, telegrama.

a) Um ____________________ pode ser de caráter administrativo


ou científico/técnico.

b) A comunicação oficial conhecida por ____________________


pode ser: uma instrução – em que se fixam normas ou se
disciplina a execução de serviços; ou uma orientação – em que
se estabelecem normas administrativas no âmbito de setores
subordinados.

4) Complete com uma das seguintes palavras: portaria, ordem


de serviço, procuração, relatório, telegrama.

a) É pelo documento conhecido por ____________________ que


uma pessoa dá a outra o poder de agir em seu nome.

b) O documento denominado ____________________ por


instrumento público é lavrado em cartório.

152
Referências

ABL – ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Vocabulário Ortográfico da Língua


Portuguesa. 5. ed. Rio de Janeiro: Global, 2009.

ALENCAR, José de. Senhora. São Paulo: KlicK editora / para o jornal O Estado de São
Paulo, julho de 1997. (Coleção “Ler é Aprender”, v. 12).

ANTUNES, Irandé. Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo: Parábola
Editorial, 2005 (Coleção Na ponta da língua, v. 13).

BECHARA, Evanildo. O que muda com o novo Acordo Ortográfico. Rio de Janeiro:
Lucerna, 2004.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília,


1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 31 ago. 2016.

_______. Manual de redação da Presidência da República. 2. ed. rev. e atual. Brasília,


2002. Disponível em: <http://www4.planalto.gov.br/centrodeestudos/assuntos/
manual-de-redacao-da-presidencia-da-republica/manual-de-redacao.pdf>. Acesso em:
31 ago. 2016.

153
UNIDADE 15 | DIPLOMA,
CERTIFICADO E CURRÍCULO

154
Unidade 15 | Diploma, Certificado e Currículo

Fonte: www.shutterstock.com

ff
Discuta com seus colegas:

Qual a diferença entre um diploma e um certificado? Sabe


elaborar um currículo eficaz? Como se preparar para uma
entrevista de emprego?

Nesta última unidade do curso, mais do que nunca estaremos juntos para participar da
expansão de seus conhecimentos, rumo à sua realização profissional. Durante a aula,
apresentaremos um modelo de currículo, na certeza de que você já está pronto para
ingressar no mercado de trabalho, ou para nele ascender. Sucesso!

155
1 Diploma

• É um documento formal fornecido por escolas, faculdades, universidades e


outras instituições de ensino.

• Deve ser registrado em um órgão competente e reconhecido pelo MEC (Ministério


da Educação).

2 Certificado

• É o comprovante de participação em algum curso de extensão cultural ou


profissional, ou outro evento, curso não incluso como parte integrante ou
obrigatório do sistema de ensino formal de graduação ou pós-graduação.

• É válido para comprovação curricular.

gg
Assista a um programa da TV Futura sobre Mercado de
Trabalho no Brasil, disponível no link a seguir.

http://tinyurl.com/j24qw6z

3 Currículo

Se você estiver procurando emprego, se está solicitando uma promoção, ou mesmo


se vai pleitear uma vaga ou trabalho autônomo mais adequado às suas habilidades e/
ou necessidades, certamente precisará redigir um bom currículo, também chamado de
“curriculum vitae”.

156
Essa expressão latina significa “trajetória da vida” e deve retratar sua vivência pessoal
e profissional, de forma a transmitir boas impressões junto aos responsáveis pela
seleção e recrutamento de pessoal.

3.1 Exemplo de Currículo

CURRICULUM VITAE

RENATO SOARES PEREIRA

Cargo pretendido: Analista/ Supervisor/Gerente na área de RH

DADOS PESSOAIS:

Idade: 35

Sexo: masculino

Estado civil: solteiro

Endereço residencial: Rua Almirante Barroso, 1273 – Casa 13

Bairro: Bela Vista

Cidade: São Paulo – SP

País: Brasil

CEP: 01564-084

Telefone: 3821-8639

E-mail: renatosp@zzm.com.br

ESCOLARIDADE:

Superior completo

157
Especialidade: Administração de Empresas

Curso 1: Cargos e salários

Local 1: SENAC

Curso 2: Recrutamento e Seleção

Local 2: SENAC

Curso 3: Treinamento / Depto Pessoal

Local 3: Senac

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL:

Empresa 1: Soluções RH Assessoria Empresarial

Cargo 1: Sócio-Diretor

Admissão 1: 15/6/2002

Saída 1: 20/12/2004

Empresa 2: Indústrias São Miguel

Cargo 2: Supervisor de Recrutamento

Admissão 2: 1º/2/2005

Saída 2: 2/10/2007

Função 2: Supervisão de equipes; desenvolvimento, coordenação, implantação


e manutenção de projetos; administração de rotinas; análise e elaboração de
relatórios estatísticos.

Empresa 3: Sucos do Brasil S/A

Cargo 3: Analista – Recursos Humanos

Admissão 3: 15/1/2008

158
Saída 3: 20/10/2015

Função: Elaboração e execução de rotinas de pessoal; folha de pagamento;


análise e descrição de cargos; recrutamento e seleção.

Pretensão salarial: a negociar.

Informações complementares:

Ao longo da minha vida profissional, elaborei diversos modelos de formulários


de acompanhamento e avaliação, todos utilizados com sucesso por superiores
e subordinados. Gosto de fazer análises para apresentar soluções práticas e
funcionais para assuntos de gerenciamento de pessoal. Tenho como meta dar
contribuições que sejam úteis ao crescimento da organização na qual esteja
trabalhando.

bb
Através do link a seguir, assista a um vídeo da Série Primeiro
Emprego: Como fazer um currículo.

https://www.youtube.com/watch?v=rGA-8veSNg4

Resumindo

Diploma é um documento concedido por uma instituição que comprova


que o portador possui as habilitações e cumpriu as exigências necessárias à
obtenção de um grau ou título.

Certificado é um documento que atesta a participação em um curso de


extensão cultural ou profissional, que não faz parte do currículo instituído
pelo sistema de educação formal de graduação ou pós-graduação.

Currículo é um documento que reúne dados pessoais e de formação, além


de experiências profissionais de um candidato a emprego, cargo específico
ou atividade profissional autônoma.

159
Glossário

Pleitear: manifestar-se a favor de; defender, requerer.

Curso de extensão: é toda atividade acadêmica, técnica ou cultural que não está inclusa
como parte integrante e obrigatório do ensino de graduação e da pós-graduação.

160
Atividades

1. Classifique as afirmações como certas (C) ou erradas (E):

dd a) Informações falsas colocadas em um currículo podem


prejudicar muito o candidato na hora da entrevista pessoal.

( ) Certo ( ) Errado

b) Um diploma só é válido se fornecido por instituição


reconhecida pelo MEC.

( ) Certo ( ) Errado

c) É importante ter os certificados correspondentes aos cursos


de extensão cultural ou profissional, pois eles servem de
comprovação às citações do currículo.

( ) Certo ( ) Errado

d) Reler o currículo antes da entrevista de emprego é importante


para responder a eventuais perguntas de confirmação de dados.

( ) Certo ( ) Errado

161
Referências

ABL – ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Vocabulário Ortográfico da Língua


Portuguesa. 5. ed. Rio de Janeiro: Global, 2009.

ALENCAR, José de. Senhora. São Paulo: KlicK editora / para o jornal O Estado de São
Paulo, julho de 1997. (Coleção “Ler é Aprender”, v. 12).

ANTUNES, Irandé. Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo: Parábola
Editorial, 2005 (Coleção Na ponta da língua, v. 13).

BECHARA, Evanildo. O que muda com o novo Acordo Ortográfico. Rio de Janeiro:
Lucerna, 2004.

BELTRÃO, Mariúsa; BELTRÃO, Odacir. Correspondência: linguagem & comunicação:


oficial, comercial, bancária, particular. 19 ed. São Paulo: Ática, 2004 (Série Princípios).

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília,


1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
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_______. Manual de redação da Presidência da República. 2. ed. rev. e atual. Brasília,


2002. Disponível em: <http://www4.planalto.gov.br/centrodeestudos/assuntos/
manual-de-redacao-da-presidencia-da-republica/manual-de-redacao.pdf>. Acesso em:
31 ago. 2016.

CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Linguística. 9 ed. Ver. Atualizada. Brasília, 2002.

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CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagem,


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CRE Mario Covas – Centro de Referência em Educação. Leitura e Literatura. Portal da


internet, 2016. Disponível em: <http://www.crmariocovas.sp.gov.br/lei_l.php?t=001>.
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LUFT, L. Brasileiro não gosta de ler? Revista Veja, ed. 2125. São Paulo: Editora Abril,
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MARTINO, A. Português Esquematizado: gramática, interpretação de texto, redação


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