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ARTE E MÍDIA

Carlinda
Gabriela Rodrigues

Resumo

O presente trabalho apresenta a relação entre arte e mídia. A historia da


existencia humana deve ser explicada por uma teoria de transição. Essa teoria é uma
acumulação do desenvolvimento dos simbolos, fala, escrita e comunicação. Esta ultima
iniciou-se no séc XX com a adoção da mídia irradiada. Uma das principais formas e
indícios da arte veio com as sociedades pré-históricas. A música surgiu através de
batidas entre um objeto e outro. Entretanto, foi com a fotografia que a arte deixou de ser
apenas manual e passou a ser também mecânica. De acordo com o dicionário Aurélio,
mídia representa o conjunto dos meios de comunicação social; todo o suporte de difusão
de informação.
Introdução

A palavra “artemídia” tem se generalizado nos últimos anos para designar


formas de expressão artistica que se apropriam de recursos tecnológicos, as mídias e da
indústria do entretenimento em geral; ou intervêm em seus canais de difusão, para
propor alternativas qualitativas.

Incluimos no campo de artemídia não apenas os trabalhos realizados como


mediação tecnológica em áreas mais consolidadas, como artes visuais e audiovisuais,
literatura, música e artes performáticas, mas também aqueles que acontecem em campos
ainda não inteiramente mapeados como a criação colaborativa baseada em redes, as
intervenções em ambientes virtuais ou semivirtuais, a aplicação de recursos de hardware
e software, etc.

Nesse sentido, artemídia engloba expressões mais antigas como “arte e


tecnologia”, “artes eletrônicas”, “arte- comunicação”, etc.

Arte e Mídia- o que fazem eles juntos e que relação tem entre si?

Na concepção de Arlindo Machado- Arte e Mídia (2ª edição), artemídia é algo


mais que a mera utilização de câmeras, computadores e sintetizadores na produção de
arte, ou a simples inserção de arte em circuítos massivos como a televisão e a internet.

“As fronteiras entre os campos da arte e da comunicação são cambiantes:


artistas, artesãos, utilizam linguagens, teorias, cenárias e ícones da cultura
comunicacional. Por outro lado, elementos e experimentações estéticos, antes próprios
do domínio artístico, são incorporados aos discursos midiáticos. O ambiente
tecnocultural suscitado a partir da expansão das tecnologias digitais da comunicação no
cotidiano instiga, desafia e estimula artistas, teóricos e profissionais, transformando o
domínio da criação. As relações entre os meios de comunicação e as artes tomaram
corpo a partir do estabelecimento da comunicação massiva, pós-Revolução Industrial.
Desde então, estamos assistindo a um evidente crescimento das mídias e dos signos que
por elas transitam. Junto com as máquinas físicas, houve o aparecimento de máquinas
de produção simbólica (logo, meios de comunicação em potencial), dentre eles a
expansão da imprensa, o telégrafo, a fotografia e o cinema. Em seguida, vieram o rádio
e a televisão. E todas estas inovações tecnológicas foram sendo absorvidas e
“subvertidas” pelos artistas. Até o século XIX, os objetos de arte eram produzidos
artesanalmente. Porém, a câmera fotográfica - um sintetizador de conhecimentos
químicos, matemáticos, ópticos e mecânicos - foi o estopim não só para a degradação
dos valores artísticos herdados da Renascença, mas também para a confusão do conceito
de Belas-Artes do final do século XVII. O aparecimento da fotografia marca o fim da
exclusividade das artes artesanais e o nascimento das artes tecnológicas (Santaella,
2003, p152). Podemos, a partir de então, apontar linhas de convergência entre esses dois
campos bastante complexos. Um texto seminal e essencial para se compreender esta
relação, é o conhecido. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica, publicado
originalmente em 1936, do filósofo alemão Walter Benjamin (1994). O pensador, ao
identificar a perda da aura do objeto artístico a partir de sua reprodução técnica Através
das novas tecnologias (na época, o cinema e a fotografia), nos mostra que, longe de
provocar uma perda ou morte dos princípios estéticos, o que mudou foi a própria
natureza da arte. ”- Arte e Mídia: Notas sobre as Relações entre Comunicação,
Tecnologias Digitais e Estética- por Maurício Liesen.

Arte e mídia: aproximações e distinções

A arte sempre foi reproduzida com os meios de seu tempo. Ou seja, a arte é
reproduzida de acordo com os meis e as formas de reprodução específica para cada
época. Mas o que épocas diferentes têm em comum é o desafio enfrentado por artistas
em extraír o máximo de possibilidades artisticas recém-inventados que vão ter que
satisfazer as demandas de cada época. Hoje se tornou muito mais fácil a divulgação de
um artista por meio de veículos de comunicação mais rápidos e eficientes como a
internet, onde se consegue quase todo e qualquer tipo de informação.

Em 1500, Michelangelo desenvolveu diversas pinturas, esculturas e


monumentos, porém, as condições eram muito precárias em comparação com hoje em
dia. Ele tinha que fabricar sua própria tinta, o mármore tinha que ser escolhido a dedo
para poder realizar as esculturas, e acima de tudo ele teve que estudar e praticar muito
para conseguir a perfeição em suas obras.

No século XIX, Wolfgang Amadeus Mozart se tornou um dos maiores


compositores de todos os tempos. Porém os recursos de seu tempo também eram
precários, ele precisou estudar muitos anos para conseguir chegar as suas sinfonias. Ele
apresentava suas músicas em anfiteatros e para famílias reais, pois não existia rádio e a
vitrola só veio ser inventada cem anos depois por Thomas Edison.
Hoje em dia, um músico não precisa mais estudar tanto ou passar horas dentro
de um estúdio para gravar a sua música. Com a facilidade que se detêm atualmente, um
computador e um software podem desenvolver tudo com muita perfeição e rapidez, e
com a internet o seu trabalho é facilmente propagado. Porém não existem apenas
vantagens pela facilidade que hoje se tem, pois da mesma forma que a propagação das
músicas é rápida e eficaz, fica mais dificil a venda de CDs diante da pirataria na
internet. E, assim, da mesma forma com um artista plástico, a tecnologia facilita a sua
arte, sua divulgação ou venda.

Formas de expressão de arte e mídia:

As formas de expressão de artemídia hoje são o que um designer desenvolve.


Um folder, por exemplo, não é desenvolvido industrialmente, ele tem que ter um estudo
e ser algo atrativo, que chame a atenção tanto na utilização pela internet como em
outdoors, e, do mesmo modo que no passado, para desenvolver qualquer tipo de arte,
exigia-se conhecimento da área e muita criatividade.

Porém, houve muitas alterações nas formas de atuar no sistema de arte e mídia
na contemporaneidade. As relações do homem com a arte sofreram mudanças drásticas
provocadas pela tecnologia e comunicação em um curto espaço de tempo. A tecnologia
trouxe transformações para as relações interpessoais, encurtou os espaços, o tempo e as
relaões entre as pessoas e comunidades trazendo consequências ao cenário da arte.

Conclusão

O ser humano usa a arte como forma de expressar seus desejos, suas emoções,
sua história e principalmente sua cultura através da música, pintura, cinema, dança,
escultura e outros. Após seu surgimento, a arte permanece em constante evolução e
ocupa um importante e indispensável lugar na sociedade visto que suas representações
são usadas no dia a dia. Um exemplo disso é a musica que tem a capacidade de nos
alegrar. A maneira de se produzir uma obra de arte é feita com os meios de seu tempo e,
se possuímos uma arte eletrônica como criação artística atual, é mérito da avançada
tecnologia e sensibilidade de o homem ver o mundo. A interação entre a arte e a mídia
resulta num conteúdo que é a perspectiva de entendimento de mundo daquele que a
compôs.
Referências

- Hibridações entre Arte e Mídia- Débora Aita Gasparetto/Universidade Federal


de Santa Maria/RS

- Arte e Mídia- Arlindo Machado

- Arte e Mídia: Notas sobre as Relações entre Comunicação, Tecnologias


Digitais e Estética- Maurício Liesen

- Teorias da Comunicação de Massa – Melvin L, DeFleur, Sandra Ball- Rokeach

- http://www.sfbbrasil.org/midia_o_que_e.htm

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