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RADIOATIVIDADE
Março 2014
Índice ................................................................................................................................................... 2
1. Descoberta da radioatividade ....................................................................................................... 3
2. Fontes de radiação ......................................................................................................................... 4
2.1. Ocorrências naturais .................................................................................................................. 4
2.1.1.Radiação terrestre ................................................................................................................ 4
2.1.2.Radiação cósmica ................................................................................................................ 5
3. Decaimento radioativo ................................................................................................................... 6
3.1. Decaimento α ............................................................................................................................ 6
3.2. Decaimento β- ............................................................................................................................ 7
3.3. Decaimento β+ ........................................................................................................................... 7
3.4. Captura eletrónica ...................................................................................................................... 7
3.2. Emissão γ ................................................................................................................................... 8
4. Lei do decaimento radioativo ........................................................................................................ 8
5. Reações nucleares ........................................................................................................................... 9
5.1. Fissão nuclear ............................................................................................................................ 9
5.2. Fusão nuclear ........................................................................................................................... 10
5.3. Ocorrências artificiais .............................................................................................................. 11
5.3.1 Reatores nucleares. ............................................................................................................ 12
5.3.2.Acidentes em instalações nucleares ................................................................................... 14
6. Perigosidade da radiação ionizante ............................................................................................ 14
7. Aplicações da radiação ionizante ................................................................................................ 15
7.1. Medicina .................................................................................................................................. 15
7.2. Indústria ................................................................................................................................... 17
7.3. Arqueologia ............................................................................................................................. 17
8. Conclusões..................................................................................................................................... 18
9. Referências bibliográficas ........................................................................................................... 19
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1. Descoberta da radioatividade
A 8 de novembro de 1895, W.C. Roentgen estava a trabalhar no laboratório, da
Universidade de Wurzburg, com um tubo de raios catódicos e conseguiu observar que estes raios
atingiam um alvo colocado no interior do tubo que podiam atravessar corpos opacos e excitar uma
tela fluorescente ou um filme fotográfico. Por não saber a proveniência destes raios, Roentgen
batizou-os de raios X. Esta descoberta, abriu as portas à deteção radioativa.
Antoine-Henri Becquerel (1852-1908) descobriu o fenómeno da radioatividade ao
desenvolver experiências com urânio. O seu pai, Edmund Becquerel (1820-1891), já se interessava
pela fluorescência de sais de urânio e em 1880 Henri Becquerel reparou que um composto de
urânio, sulfato de potássio e uranilo, K2UO2(SO4)2.2H2O apresentava fluorescência quando excitado
pela luz U.V. Era um fenómeno idêntico ao dos raios X e concluiu que este composto emitia um
tipo de radiação, capaz de atravessar um papel negro e manchar uma chapa fotográfica. Becquerel
apercebeu-se ainda da capacidade que a radiação proveniente dos sais de urânio, tinha para ionizar
gases e conduzir a corrente elétrica. [1]
Marie Curie nasceu em Varsóvia, a 7 de dezembro de 1867. Ainda jovem mudou-se para
Paris. Licenciou-se em Ciências Matemáticas e Física, na Universidade de Sorbonne. Casou-se em
1895 com Pierre Curie, professor de Física. [2]
Através do incentivo de Henri Becquerel, começou a estudar as radiações emitidas pelos
sais de urânio por ele descobertas. Em conjunto com o seu marido, começou a examinar materiais
que produziam este tipo de radiação e tentou identificar novos elementos, que supostamente
existiam em minerais como a pechblenda, (variedade de uraninita, a partir da qual se extrai o
urânio purificado e concentrado sob a forma de sal amarelado, sendo conhecido como
“yellowcake”). [3]
A decomposição química e o fracionamento da pechblenda, levou à descoberta de um novo
elemento radioativo. Marie Curie afirma, “Cremos que a substância que retiramos da pechblenda
contêm um metal ainda não identificado. Se a existência desse novo elemento for confirmada,
propomos dar-lhe o nome de polónio, nome do país de origem de um de nós”, [4] mais tarde
descobriram um novo elemento o rádio, quimicamente semelhante ao bário que viria a ser
identificado através da espetroscopia. O rádio foi encontrado numa fração de bário separado
quimicamente da pechblenda (uranite) que continha 75% de U3O8 e concluíram que o rádio podia
ser concentrado a partir do bário através da cristalização fracionada.[1]
3
Ernest Rutherford (1871-1937) provou que taxa de emissão de radiação não era constante,
mas diminuía exponencialmente com o tempo e que os processos radioativos eram acompanhados
de mudanças nas propriedades químicas dos átomos. Foi premiado com o Nobel da Química em
1908, devido à sua investigação sobre a desintegração dos elementos radioativos e química das
substâncias radioativas.
2. Fontes de radiação.
2.1. Ocorrências naturais.
Grande parte da radiação a que nos encontramos sujeitos é proveniente de fontes naturais,
como o Espaço, a Terra, o ar que está à nossa volta e a cadeia alimentar.
2.1.1. Radiação terrestre.
Todos os elementos de origem natural cujo número atómico é superior a 83 (Bismuto) são
radioativos. Existem elementos radioativos naturais que não têm isótopos estáveis como, por
exemplo o urânio. Estes elementos têm decaimentos sucessivos, até alcançarem um núcleo estável
mais leve, constituindo uma cadeia ou sequência radioativa.
Há três cadeias que se podem encontrar na natureza, a do urânio, tório e actínio.
Fig.1. Séries radioativas naturais.
Fonte : http://qualidadeonline.wordpress.com/category/radioatividade/
O urânio de número de massa 238 depois de 14 decaimentos (8 emissões α, 6 emissões β)
dá origem a um núcleo estável de Chumbo (Pb) com número de massa 206.
4
O tório de número de massa 232 dá origem a um núcleo estável de Chumbo (Pb) com
número de massa 208.
O actínio de número de massa 227 dá origem a um núcleo estável de chumbo (Pb) com
número de massa 207. [1]
Fig. 2. Raios cósmicos que interagem com núcleos leves e originam novos elementos.
Fonte: https://indico.cern.ch/conferenceDisplay.py?confId=99542
Cosmic Ray detectors for Education
!"
!C + 1p ⟶ !!𝐵𝑒 + !!𝐿𝑖
!"
!N + 1n ⟶ !!𝐵𝑒 + !!𝐿𝑖
!"
!N + 1n ⟶ !!𝐵𝑒 + !"!𝐵𝑒
!"
!𝑁 + 1p ⟶ !!𝐵𝑒 + 2 !!𝐻𝑒2+ [5]
5
3. Decaimento radioativo
A maior parte dos núcleos são combinações estáveis de nucleões, mas algumas das
combinações de protões e neutrões originam núcleos instáveis ou radioativos. Estes núcleos
instáveis, tendem a formar configurações estáveis emitindo partículas e radiação eletromagnética.
6
3.2. Decaimento β-
Os núcleos que tem um número excessivo de neutrões se comparados com os isótopos
estáveis
Se X for o núcleo pai e Y o núcleo filho, o processo de decaimento pode ser expresso por:
!
!𝑋 → !!!!𝑌 ! + β- + ν [6]
A energia disponível no decaimento β- é dada por:
Qβ- = [M (A,Z) – M (A, Z+1)] c2
O !"!𝐶 é um emissor β- e desintegra-se de acordo com o esquema:
!"
!𝐶 → !"!𝑁 ! + 𝛽 ! + ν
ν – antineutrino – partícula neutra e de massa muito pequena.
3.3. Decaimento β+
Os núcleos que tem um número relativamente grande de protões, podem ser instáveis e
emitir positrões (carga +e) .
Se X for o núcleo pai e Y o núcleo filho, o processo de decaimento pode ser expresso por:
!
!𝑋 → !!!!Y ! + 𝛽 ! + ν [6]
A energia disponível no decaimento β+ é dada por:
Qβ+ = [M (A,Z) – M (A, Z-1) – 2me] c2
O !!!𝐶 é um emissor β+ e desintegra-se de acordo com o esquema:
!!
!𝐶 → !!!B ! + 𝛽 ! + ν
ν - neutrino – partícula neutra e de massa muito pequena.
3.4. Captura eletrónica
Um protão no interior do núcleo captura um eletrão das camadas mais interiores, como a
camada K e tem como resultado, a reação nuclear de um protão, segundo a equação :
𝑝 + 𝑒!→ n
Se X for o núcleo pai e Y o núcleo filho, o processo de decaimento pode ser expresso por:
!
!𝑋 + 𝑒 ! → !!!!𝑌 [6]
A energia disponível na captura eletrónica é dada por:
QCE = [M (A,Z) – M (A, Z-1)] c2
Um exemplo de captura eletrónica :
!!
!!𝑁𝑎 + 𝑒 ! → !!
!"𝑁𝑒
7
3.5. Emissão γ
Resulta da libertação de energia em excesso por um núcleo de um átomo emitindo ondas
eletromagnéticas de elevada frequência. A emissão γ esta associado a decaimentos como o α e β
se os nuclídeos filhos estiverem num estado excitado.
Um exemplo de decaimento γ :
!!! ∗ !!!
!"𝑅𝑛 → !"𝑅𝑛 +𝛾
!!! ∗
!"𝑅𝑛 - representa um núcleo de radão no estado excitado. [7]
Para cada nuclídeo há um intervalo de tempo t1/2, tempo de semi transformação durante o
qual o número de núcleos é reduzido a metade do inicial.
8
!!
Substituindo 𝑁 = !
na equação (1) obtém-se :
𝟏
𝟐 𝑵𝟎 = 𝑵𝟎 𝒆!𝝀𝒕𝟏/𝟐 ou 𝑒 !"!/! = 2 ↔ λt1/2 = ln 2 = 0,693
t1/2 = 0,693 / λ
λ– constante de decaimento.
A atividade de uma substância é a taxa de desintegração dos núcleos radioativos e obtém-se
da seguinte maneira:
!"
= - λNo𝒆!𝝀𝒕𝟏/𝟐 = - λ N
!"
A= CλN
A atividade é expressa em curies (Ci) .
O Curie define-se como a atividade de uma substância que se desintegra a um ritmo de
3,70000 x 1010 núcleos por segundo. [6]
A unidade da atividade no S.I. é o Becquerel (Bq) que corresponde a uma d.s-1.
(desintegração *segundo-1) e é igual a 2,7 x 10 -11 Ci.
5. Reações nucleares.
Uma reação nuclear, carateriza-se por ser uma transformação onde ocorrem mudanças nos
núcleos dos átomos. As reações nucleares envolvem alterações no número de nucleões de um
átomo. Estas reações podem originar novos elementos (por alteração do número de protões) ou
novos isótopos (por alteração do número de neutrões).
Núcleos pesados como o urânio e o plutónio colidem com um neutrão, o núcleo fica
instável e divide-se em dois fragmentos. Dependendo da reação podem ser emitido 1, 2 ou 3
neutrões.
Por exemplo:
n + 235U → 236U
236
U → 141Ba + 92Kr + 3n [8]
9
Fig.5. Reação em cadeia.
Fonte: http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/16308/05_teoria.htm
238 235
O urânio que existe na natureza é constituído por 99,3% de U e 0,7% de U para, ser
passível de fissão com neutrões térmicos procede-se ao enriquecimento de urânio aumentando a
percentagem de 235U em relação ao 238U. [8]
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Fig.6 – Representação de um plasma.
Fonte: Fusão nuclear opção energética para o futuro. Manso.M.E., Varandas. C.A.F
http://nautilus.fis.uc.pt/gazeta/
Uma reação possível de produzir é a que ocorre entre o deutério (2H) e o trítio (3H) os quais
se fundem e originam um núcleo de Hélio (4He).
!
!H + !!H → !!𝐻𝑒 + n + 17,6 MeV
Esta reação já foi utilizada em dois dispositivos experimentais de fusão, os tokamaks TFTR
(Tokamak Fusion Test Reactor), nos Estados Unidos e JET (Joint European Torus), na Europa.
A fusão nuclear pode produzir uma energia limpa, segura praticamente inesgotável e é
bastante atrativa economicamente. [9]
5.3. Ocorrências artificiais.
A primeira experiência nuclear, da história foi realizada pelos Estados Unidos em 1945, um
teste de uma bomba de plutónio de implosão, o mesmo tipo de arma que viria a ser usada em
Nagasaki, seguiram-se muitos outros testes nos anos 50 e 60. Estes testes foram a principal fonte, de
emissão de radionuclídeos artificiais para o ambiente.
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A quantidade de gases e partículas que são emitidas para atmosfera, quando se realiza um
ensaio nuclear depende se é feito a céu aberto, no solo, subterrâneo ou subaquático. As maiores
emissões resultam de ensaios atmosféricos, pois liberta-se a quase totalidade de gases e partículas.
Estas emissões diminuem, quando são realizados à superfície do solo e ainda mais quando são
subterrâneas e subaquáticas.
Nos testes nucleares realizados no subsolo, estima-se que são emitidos para a atmosfera
cerca de 5 PBq (1015 Becquerel) de 131
I. Nos testes realizados na atmosfera as emissões são da
ordem de 6,5 x 105 PBq . [10]
Atualmente encontra-se em vigor o Tratado de Proibição Total de Ensaios Nucleares.
Enriquecer urânio implica aumentar a percentagem do isótopo 235U. O baixo enriquecimento
de urânio, tem como finalidade ser usado como combustível para aquecimento de água a estado de
vapor, que vão acionar turbinas nos reatores geradores de energia), a concentração de 235U altera-se
de 0.7% para 3-5%. O 235U enriquecido acima dos 93% é utilizado para fins bélicos.
[ 11]
5.3.1. Reatores nucleares.
Os reatores nucleares são sistemas onde se produz e controla uma reação nuclear em cadeia.
Os reatores térmicos têm todos os mesmos componentes básicos que são:
1. O combustível nuclear pode ser constituído por materiais radioativos como urânio ou
plutónio. O urânio pode estar na forma natural e contêm aproximadamente 0,7% de !"#
!"U ou
1.1. Os elementos combustíveis são tubos metálicos onde foi introduzido combustível sob a
forma de óxido de urânio. O núcleo do reator é constituído por uma série de elementos
combustíveis. Ao utilizar o combustível a quantidade de !"#
!"U diminui pois vai ser convertida
em !"#
!"Pu e em outros isótopos deste elemento. À medida que se utiliza o combustível os
produtos resultantes da fissão nuclear permanecem nos elementos combustíveis e devem ser
substituídos periodicamente.
2. O moderador pode ser água pesada ou grafite e tem como função desacelerar os neutrões do
material combustível e diminuir a sua energia dos neutrões de 1 Mev para 0,1 eV. Os neutrões
são desacelerados através de colisões elásticas com os núcleos do moderador até atingir o
equilíbrio térmico.
3.Varetas de controle. As varetas de controle são constituídas por um material que tem a
capacidade de absorver neutrões (B, Hf, Cd). As varetas são introduzidas ou retiradas do núcleo
para regular o fluxo de neutrões.
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4.Refrigerante. Para evitar que a temperatura no reator suba drasticamente deve-se fazer
circular um fluido através do núcleo e do moderador. Esse fluido deve ter a capacidade de
absorver lentamente os neutrões e pode ser água, água pesada ou um gás (He) ou (CO2).
A energia extraída pelo refrigerante vai ser utilizada para a produção de vapor que irá alimentar
uma turbina e gerar eletricidade. Nos reatores de água em ebulição o vapor de água é gerado no
interior do reator. Nos reatores de água pressurizada o fluido refrigerante flui através de um
permutador de calor. O vapor que alimenta a turbina, flui num circuito externo ao reator. [6]
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5.3.2. Acidentes em instalações nucleares
Os acidentes nucleares que ocorreram em instalações civis e militares libertaram para a
atmosfera elevadas quantidades de radionuclídeos artificiais, nalgumas situações ao nível da
estratosfera promovendo o seu transporte a longas distâncias.
Os acidentes mais graves envolvendo reatores nucleares civis foram o acidente de Three
Mile Island em 1979 nos Estados Unidos, o acidente de Chernobyl em 1986 na Ucrânia, o acidente
de Tokaimura em 1999 no Japão e o de Fukushima em 2011 a 230 quilómetros de Tóquio.
No caso de Three Mile Island libertaram-se para a atmosfera cerca de 370 PBq de gases
nobres (em particular de 133Xe) e 550 GBq de 131I. [10]
No acidente de Chernobyl deu-se uma enorme explosão e o calor associado originou que
uma quantidade elevada, de partículas radioativas alcançassem a estratosfera e fossem transportadas
131 137
a longas distâncias. Foram emitidos para a atmosfera 630 PBq de I, 70 PBq de Cs. Cerca de
34% do 131I e 56% do 137Cs foram transportados e depositados noutros países. Para além destes dois
103,106 125 132 140 144 134,136 140
radionuclídeos outros como Ru, Sb, Te, Ba, Ce, Cs e La foram também
detetados noutros países. [10]
O caso de Fukushima é diferente do de Chernobyl pois trata-se de uma libertação lenta de
radiação, com escoamento para o Oceano Pacífico de águas radioativas.
Relativamente a acidentes nucleares em instalações militares os principais acidentes
conhecidos, ocorreram em Kyshtym na Rússia e o de Windscale na Grã Bretanha ambos em 1957.
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corresponde à quantidade de radiação que deposita 1 J de energia por kg de material que
atravessa.[13]
Como os efeitos da radiação podem variar com o tipo e energia, para uma mesma dose
absorvida, criou-se um conceito que comparasse os efeitos devidos às diferentes caraterísticas da
radiação. Foi introduzida a dose equivalente, HT, (unidade Sievert, Sv).
HT/Sv = WR x (DR/Gy)
DR – dose absorvida média por órgão ou tecido.
WR – equivalente biológico que depende do tipo de radiação e da sua energia
A dose equivalente é expressa em J/kg no S.I.
Os efeitos produzidos pela radiação ionizante nos seres vivos podem ser agudos ou a longo
prazo. Um indivíduo pode apresentar sintomas de síndrome agudo de radiação ao ficar exposto a
radiações durante algumas horas, semanas ou meses e são devidos a altas doses de radiação. Se a
dose absorvida no corpo for:
- 0,25 a 1 Gy o indivíduo pode apresentar náuseas e diarreias.
- 1 a 3 Gy pode contrair infeções causadas por agentes oportunistas.
- 3 a 5 Gy pode ter hemorragias, perda de pelos e esterilidade temporária ou permanente.
- 5 a 10 Gy pode levar á falência do sistema nervoso e cardiovascular e conduzir à morte em
poucos dias. [13]
16
7.2 Indústria
Na indústria, os materiais radioativos são utilizados no controle de processos e produtos,
controle de soldaduras e esterilização.
7.3 Arqueologia
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A arqueologia utiliza material radioativo C para a determinação da idade de fósseis e
datação de objetos e documentos.
A datação por carbono-14 (14C) é um método radiométrico que permite determinar a idade
de objetos que contenham carbono, na sua estrutura molecular.
O (14C) aparece na nossa atmosfera devido ao bombardeamento de átomos 14
N por
neutrões, provenientes de raios cósmicos, segundo a equação:
!"
!𝑁 + !!𝑛 → !"!𝐶 + !!𝑝 [17]
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8. Conclusões
A energia nuclear não deve ser encarada como algo maléfico e destruidor, contudo não nos
podemos esquecer do que aconteceu na segunda Guerra Mundial, com o lançamento das bombas
atómicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki, para que não volte a acontecer. A Humanidade
também não esquece os acidentes de Chernobyl e mais recentemente Fukushima, acidentes graves,
que provocaram morte e destruição. Os cientistas estando alertados para os perigos e podem
minimizar os riscos.
O cancro está a tomar proporções epidémicas e a Humanidade tem a obrigação de orientar
os seus esforços para que os países subdesenvolvidos, disponham de serviços de radioterapia, física
médica, medicina nuclear e imagiologia.
A energia nuclear tem que ser utilizada, para fins pacíficos e para promover a saúde .
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9. Referências bibliográficas:
[1] FRIELANDER, G., KENNEDY, J.W., MILLER,J, M., (1999) 2ª Edition, Nuclear and
Radiochemistry,
[2] http://www.explicatorium.com/Marie-Curie.php
[3] http://pt.wikipedia.org/wiki/Pechblenda
[4]
CURIE, P., CURIE, M.S. Sur une substance nouvelle radio-active, contenue dans la
pechblende. Comptes Rendus, 127, 175-178 (1898).
[5] http://nautilus.fis.uc.pt/gazeta/revistas/30_1/vol30_fasc1_Art07.pdf
[7] http://nautilus.fis.uc.pt/cec/teses/lucia/qnes/dados/hipertextos/01/Decaimento%20gama.htm
[11] http://www.revistamilitar.pt/artigo.php?art_id=81
[12] http://www.sjt.com.br/tecnico/gestao/arquivosportal/file/ENERGIA%20NUCLEAR%20-
%20APLICAÇÕES%20-%20CNEN.pdf
[14] http://www.coladaweb.com/medicina-e-enfermagem/aplicacoes-da-radiacao-na-medicina
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[15] http://pt.wikipedia.org/wiki/Tomografia_computadorizada
[16] http://pt.wikipedia.org/wiki/Tomografia_por_emissão_de_positrões
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