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Estudo do Livro de Provérbios – Parte V

“Para aprender a sabedoria e o ensino; para entender as palavras de inteligência;


para obter o ensino do bom proceder . . .” Provérbios 1: 2 e 3.

No estudo anterior vimos a importância da diligência no nosso dia a dia.


Ela é a responsável pela diferença entre a excelência e a mediocridade. Na
verdade ser diligente é agir dentro da natureza do próprio Deus. Vamos voltar a
sua definição e nos aprofundar mais nela.

Definição – “é uma habilidade adquirida que combina persistência criativa,


esforço inteligente, planejado e executado de forma honesta e sem atrasos, com
competência e eficácia, de modo a alcançar um resultado puro e dentro do mais
alto nível de excelência.” (Steven Scott). Leia novamente e pausadamente e
discuta cada palavra – persistência (concluir o que se começou), criatividade (a
arte de vencer barreiras, a capacidade de encontrar outra forma de fazer as coisas,
usar os insights nos processos), esforço inteligente (e não a força humana),
competência (fazer porque conheço e tenho profundidade), eficácia (fazer o que
precisa ser feito na estação certa, com os recursos certos e da forma certa),
resultados (não qualquer um, mas algo dentro de um prazo determinado e com a
alta excelência – é fazer com qualquer pessoa diga – “Uau!”).

A grande pergunta que fica no ar é: 1. Por que nem todos agem com
diligência sendo ela uma riqueza extraordinária? 2. Sendo a diligência uma
questão de decisão e sendo uma virtude a disposição de cada ser humano por
que são poucos que se destacam em ser diligentes? Vamos tentar responder
essas perguntas!

1. Porque no caminho para a diligência existe um obstáculo a ser


vencido: a preguiça! – Preguiça se não é um demônio, deveria ser! O livro
de Provérbios está repleto de passagens chamando atenção para o perigo
da preguiça. Como ela é prejudicial! O prejuízo que a preguiça traz é
incalculável! A preguiça é a raiz da miséria, da pobreza, da mediocridade,
do desânimo, do endividamento, do caminho fácil, do menor esforço, da
irrealidade. A coisa é seria! Ela é sem sombra de dúvidas o maior
obstáculo para o caminho da diligência. Se formos sinceros a escolha pela
não diligência se esbarra na preguiça. A preguiça é decorrente de três
raízes: ignorância, a pobreza mental e a irresponsabilidade. 1. Ignorância
– “Atravessei o campo do preguiçoso e o vinhedo de um homem sem juízo;
eis que estava cheio de urtigas, sua superfície coberta de espinhos e seu
muro de pedras em ruínas.” Provérbios 24: 30-31. Esse é o retrato da
pessoas preguiçosa. Muitas vezes ela é resultado do desconhecimento das
conseqüências futuras dos nossos atos. É mais fácil agir pela ignorância
do que buscar a aprender. Manter-se ignorante e seguir o caminho que
oferece menor resistência é simples. No entanto, as conseqüências dessa
falta de juízo podem ser devastadoras. 2. Pobreza Mental – “Você,
preguiçoso, olhe para a formiga. Observe-a e aprenda alguma coisa com ela.
Ninguém precisa dizer o que fazer – não tem chefe nem patrão, mas ela
estoca alimento durante o verão e, durante a colheita, armazena provisão. E
você, por quanto tempo vai ficar vadiando, sem fazer nada? Quanto tempo
ainda vai ficar na cama? Um cochilo aqui, uma soneca lá; uma folga aqui,
um descanso lá, sempre encostado em algum lugar – sabe o que você vai
ter? Apenas isto: uma vida pobre e miserável, na qual as necessidades são
permanentes!” Provérbios 6: 6-11 (A Mensagem). Quando lemos o texto
encontramos uma pessoa preguiçosa por uma simples razão: imobilização
mental! A diferença entre o ser humano e os animais irracionais é a
capacidade de pensar, raciocinar, processar, não agir pelo instinto. As
formigas mesmo sendo seres infinitamente inferiores são detentoras de
grandes obras, mesmo sem a capacidade de pensar são focadas em
objetivos claros, são incansáveis no trabalho, elas são capazes de carregar
acima do seu peso algumas dezenas de vezes, elas são realmente uma
inspiração para nós seres humanos! Em síntese, é na forma de pensar que
encontra-se toda a força de quebrar, extirpar, anular, desfazer toda
preguiça que tenazmente age contra nossa vida. Pense bem: por que não
somos mais saudáveis fisicamente? Preguiça mental. Por que não somos
mais prósperos profissionalmente? Preguiça mental. E na vida espiritual?
Preguiça mental. Sejamos honestos, é na nossa incapacidade de mudar o
nosso pensamento que se estabelece a preguiça que tem nos prendido a
mediocridade. 3. Irresponsabilidade – A irresponsabilidade é pior ainda,
porque consiste em saber o que deve ser feito e decidir não fazê-lo. “No
outono o preguiçoso não trabalha, na colheita procura e nada encontra.”
Provérbios 20:4. A preguiça gera mais preguiça, e por fim vira um ciclo
vicioso e demente. A irresponsabilidade é também vista em Provérbios
como insensatez. Ou seja, a falta do bom senso, a ausência de calcular os
prejuízos. A consciência de saber o que deve ser feito e não assumir a
responsabilidade e o pior, transferir a responsabilidade para outros.
Quando analisamos a preguiça vamos encontrar a irresponsabilidade
presente. Seja através da ignorância, seja ela pela pobreza mental. Analise
com sinceridade e veja aonde você se encontra; seja financeiramente,
profissionalmente, emocionalmente, espiritualmente, fisicamente. Será
que não está na hora de dar um “basta” nessa situação? A resposta está
em suas mãos. Deus já nos capacitou com sua Palavra. Seu Espírito. Seu
Filho na cruz. A vida abundante já foi conquistada lá no Calvário. Que essa
preguiça seja destruída em todas as áreas da nossa vida!

Exercício Prático:

1. Analise honestamente em que áreas da sua vida a preguiça tem tomado de


conta através da: Ignorância, pobreza mental ou irresponsabilidade.
2. Você está plenamente satisfeito com a posição que você ocupa na vida
(espiritualmente, fisicamente, financeiramente, emocionalmente,
profissionalmente)? Será que a preguiça não tem sido o obstáculo para
uma vida diligente?

Faça bom proveito e viva a diligência!

Abraço do seu pastor e amigo, Costa Neto.

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