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Escola de Enfermagem
Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica
Disciplina ENC 250
Emergências Diabéticas
(SCHMIDT; DUNCAN; STEVENS et al., 2009; SCHMIDT et al., 2011; ROSA, 2008)
A análise epidemiológica, econômica e social do número crescente
de pessoas que vivem com DM mostra a necessidade da
implantação de políticas públicas de saúde que minimizem as
dificuldades dessas pessoas e de suas famílias, e propiciem a
manutenção da sua qualidade de vida.
(SBD, 2015-2016)
Revisão da anatomia e fisiologia
O PÂNCREAS
HIPERGLICEMIA
(ALFRADIQUE, 2009)
Classificação do DM
• DM gestacional
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Classificação do DM
• Causa:
• Auto-imune (DM Tipo 1 A) - 5 a 10% dos casos de DM - destruição
imunomediada de células betapancreáticas
• Na maioria das vezes, diagnosticada pela presença de auto-anticorpos
circulantes (anti-célula b, anti-descarboxilase do ácido glutâmico (anti-
GAD).
• Esses anticorpos podem ser verificados meses ou anos antes do
diagnóstico clínico, ou seja, na fase pré-clínica da doença, e em até 90%
dos indivíduos quando se detecta hiperglicemia.
• Causa:
• Idiopático - minoria dos casos de DM1. Caracteriza-se pela ausência de
marcadores de autoimunidade contra as células beta
•A taxa de destruição das células beta é variável, sendo, em geral, mais rápida
entre as crianças e adolescentes (pico de incidência entre 10 e 14 anos). A forma
lentamente progressiva ocorre em adultos, a qual se refere como diabetes
autoimune latente do adulto (LADA) ~ 10% dos casos de DM.
• Características:
• defeitos na ação e secreção da insulina e na regulação da produção
hepática de glicose
• resistência insulínica: resistência dos tecidos periféricos às ações da
insulina
A resistência a insulina refere-se a uma sensibilidade diminuída dos tecidos à
insulina. A insulina liga-se a receptores especiais nas superfícies das células e
como resultado ocorre uma série de reações envolvidas no metabolismo de
glicose dentro da célula. A resistência à insulina está associada a uma
diminuição dessas reações intracelulares, assim a insulina torna-se menos
efetiva na estimulação da captação de glicose pelos tecidos.
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Qto à secreção prejudicada, há suficiente insulina presente para evitar a
degradação de gordura e subsequente produção de corpos cetônicos, assim a
cetoacidose é rara.
DM tipo 2 pode evoluir por muitos anos antes de requerer insulina para
controle. Seu uso, nesses casos, não visa evitar a cetoacidose, mas alcançar o
controle do quadro hiperglicêmico. A hiperglicemia desenvolve-se lentamente,
permanecendo assintomática por vários anos.
Hiperglicemia
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DIABETES MELLITUS
Sinais e Sintomas:
– Sede (polidipsia);
– Fome (polifagia);
– Desânimo, fraqueza e cansaço físico
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Emergências
Diabéticas
Diabetes Mellitus
• Hiperglicemia com cetoacidose
HIPERGLICEMIA
Incidência
Diabetes recém-diagnosticado 5-40%
(Grossi, 2006)
Outras causas
Estressores físicos e emocionais:
2015-2016
Ausência de insulina
Metabolismo anormal que causas sinais e sintomas de CAD – extraído de Brunner, 2014
Cetonas
• Poliúria
• Polidipsia
• Polifagia
• Fadiga
• Cãibras musculares
Sinais e sintomas tardios de CAD
Perda de peso
Náuseas e vômitos
Dor abdominal
Desidratação
Hálito acidótico
Hipotensão
Choque
Alteração do nível de consciência
Coma
Sinais e sintomas – Exame físico
• Acidose – hiperpneia
• Progressão:
2015-2016
Metas terapêuticas
• ↓ a glicemia sérica
• Corrigir a cetoacidose
• Bomba de Insulina
A administração de insulina deve ser IV de modo contínuo
a. Insulina R + SF0,9%, EV por BIC
b. Glicemia capilar de 1/1h
Outras medidas
• Reposição eletrolítica: feita após a dosagem de eletrólitos
séricos
• Reposição de Bicarbonato de Sódio
• Restabelecimento da função metabólica
Resposta:
• Pacientes começam a melhorar na fase inicial do tratamento
Tratamento
Risco de Choque
REEUSP, 2006
Emergências Diabéticas
Comum em idosos
EHH - Etiologia
Secundário ao estresse externo associado à doença clínica
grave: AVE, IAM, pancreatite, trauma, sepse, queimadura, PN
Iatrogênica
– Suporte nutricional enteral total: alimentação por CNE
– Diálise peritoneal: soluções hipertônicas de glicose
– Medicação: corticóides, diuréticos tiazídicos, sedativos,
simpatomiméticos = drogas que afetam o metabolismo dos CH e
aumentam a Glc
EHH -Fisiopatologia
Os mecanismos da doença são idênticos aos da CAD, com
exceção da cetoacidose
Reposição
• Corrigir depleção de volume
volêmica
Correção da
• Controlar a hiperglicemia hiperglicemia
Educação
• Identificar e tratar causas subjacentes em Saúde
EHH - Tratamento
Risco de Choque
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• Uso excessivo de insulina
Hipoglicemia
• Bastante comum no DM1
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Neuroglicopenia
• Termo usado para descrever a redução dos níveis de glicose no tecido
cerebral
• IDOSOS
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Hipoglicemia: Sintomas
• Tremor, •Sonolência,
• Palidez, • Confusão mental,
• Taquicardia, • Perda da memória,
• Sudorese fria, • Distúrbios visuais,
• Palpitação; • Anormalidades motoras e
• Irritabilidade, sensitivas,
• Convulsão
• Fome,
• Coma.
• Cefaléia
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Sintomas- podem ser agrupados em:
RESPOSTA:
• Ingesta de açúcar ou suco/refrigerante: resposta em 5-15 min
• Adm endovenosa de glc: resposta em 1-2 min
• As reações insulínicas sempre são revertidas com quantidade suficiente de
glc. Se necessário, estimular a ingesta de glicose ou manter a adm até que
seja recobrada a glicemia
IMPORTANTE!!
Educação em Saúde!!
Educação em saúde
Cuidados na Aplicação
• Aplicar sempre nos mesmos horários
Cuidados na Estocagem
•Estocar o frasco fechado na geladeira a 4ºC (2 a 8ºC). Se congelar, desprezá-la.
•Em viagens ela pode ser carregada em isopor ou caixa térmica sem gelo ou com
gelo seco. Pode também ser levada em bolsa comum, desde que a insulina não
seja exposta à luz solar ou calor excessivo.
• O uso do aplicador é
preferido pelas
crianças e
adolescentes por ser
prático e indolor
Perspectivas
• Insulina Inalada de ação ultra-rápida
• Métodos de monitorização da glicemia não invasivos
• Transplante de ilhotas
• Transplante de células-tronco - regeneração do conjunto de células
produtoras de insulina do pâncreas, usando células-tronco embrionárias
do cordão umbilical e adultas
trabalho que está sendo realizado em grupo de pesquisas de RP utilizando
imunossupressão em altas doses combinada com a infusão de células-
tronco hematopoéticas autólogas em diabete do tipo 1 recém-
diagnosticado (ver artigo)
RADCF/HUAP/UFF
Insulina Inalável
Orientações de enfermagem:
Anamnese:
•Alterações de visão.
•Realiza a autoaplicação? Se não realiza, quem faz? Por que não autoaplica?
• Abordar/orientar sobre:
o Sinais de hipoglicemia e hiperglicemia e orientações sobre como agir diante
dessas situações;
TipoII- que usam hipoglicemiantes orais, o consumo de álcool pode interagir com
alguns medicamentos (diabinese) e o diabético irá apresentar rubor facial, calor,
cefaléia, naúseas, suor ou sede, também pode levar a um ganho excessivo de
peso, hiperlipidemia e hiperglicemia.
Alimentos Diet
Os alimentos dietéticos podem ser recomendados, desde que se conheça sua
composição nutricional.
Produtos diet isentos de sacarose podem ser bastante calóricos, além de conter gordura
trans ou saturada como, por exemplo, os chocolates, sorvetes e biscoitos.
Refrigerantes, sucos e gelatinas dietéticas têm valor calórico próximo de zero, mas
contêm uma grande quantidade de sódio.
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2003; BRASIL, 2006b; SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2007)
Atividade Física
Tanto a atividade física, quanto o exercício físico aumentam a captação de glicose pelo
tecido muscular por mecanismos independentes daqueles mediados pela insulina. O
exercício físico regular melhora o controle glicêmico, diminui os fatores de risco para
doença coronariana, contribui para a perda de peso, melhora o bem-estar, além de
prevenir DM tipo 2 em indivíduos de alto risco.
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2003; BRASIL, 2006b; SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2007)
Atividade Física e uso de insulina, atenção!!
ajustar a dosagem dos medicamentos, pois ocorre uma melhora no controle dos níveis
glicêmicos e na HbA1C
orientar a pessoa a não coincidir o pico de ação da insulina com o horário da atividade,
diminuindo o risco de hipoglicemia;
orientar a pessoa a carregar consigo uma fonte de glicose rápida para ser utilizada
em eventual hipoglicemia (ex.: suco adoçado e balas).
Se a pessoa estiver com a glicemia menor de 100 mg/dl, pode ser orientada a ingerir um
alimento com carboidrato antes de iniciar as atividades
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2003; BRASIL, 2006b; SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2007)
Sinais e sintomas de hipoglicemia
Grossi SAA. O manejo da cetoacidose em pacientes com Diabetes Mellitus : subsídios para a
prática clínica de enfermagem. Rev. esc. enferm. USP [serial on the Internet]. 2006 Dec [cited
2014 Nov 26] ; 40( 4 ): 582-586. Available from:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342006000400019&lng=en.
http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342006000400019
Neto DL, Pires AC. Crises hiperglicêmicas agudas no diabetes mellitus. Aspectos atuais. Rev Bras
Clin Med 2010;8(3):246-53