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1. Introdução ........................................................................................................................... 2
3. Conclusão ......................................................................................................................... 12
5. Anexos .............................................................................................................................. 13
1. Introdução
O momento de inércia é uma característica geométrica importante no dimensionamento dos
elementos de construção mecânica, pois fornece noção da resistência da peça. Assim este
capitulo torna se indispensável na área de engenharia devido a sua capital importância. O
presente trabalho tem por objectivo falar de momento de inércia.
Objectivos
Objectivos específicos
Serão abortados no presente trabalho os seguintes temas: Momento de inércia de áreas (ou
superfícies), momento polar de inércia, teorema dos eixos paralelos, momento de inércia de
áreas compostas e eixos principais de inércia.
2. Momento de Inércia
Definição
Considerando um ponto material constituído por uma pequena massa ∆𝑚, o momento de
inércia desse ponto material, em relação a um eixo, é, por definição, o produto da massa do
ponto pelo quadrado da distância ao eixo.
Figura 1: Momento de inércia de um ponto material relativamente a um eixo.
Tendo por base, a figura anterior o momento de inércia do ponto de massa ∆𝑚, que se
encontra à distância 𝑟 do eixo 𝐴𝐴′, é dado por:
𝐼 = 𝑟 2 ∆𝑚 [1.0]
No entanto, não faz muito sentido falar de pontos materiais isolados, mas sim abordar um
conjunto de pontos materiais, ou seja, considerar um sistema constituído por vários pontos
materiais (ainda que independentes, ou descontínuos), nesse caso pode-se definir o momento
de inércia como sendo o devido ao referido conjunto de pontos materiais, dados pela seguinte
expressão:
No entanto, não faz muito sentido falar de pontos materiais isolados, mas sim abordar um
conjunto de pontos materiais, ou seja, considerar um sistema constituído por vários pontos
materiais (ainda que independentes, ou descontínuos), nesse caso pode-se definir o momento
de inércia como sendo o devido ao referido conjunto de pontos materiais, dados pela seguinte
expressão:
𝐼 = ∫𝑀 𝑟 2 𝑑𝑚 [1.1]
2.1.1. Designações correntes
Os momentos de inércia, podem apresentar diferentes designações, dependendo da base de
referência (planos, eixos, ou pontos), relativamente à qual são determinados, assim tem-se
para:
Refira-se porém que o momento de inércia planar não encontra aplicação prática em
engenharia. O momento de inércia axial é o de utilização corrente, sendo usual designar-se
simplesmente por momento de inércia, quando se deseja fazer referência a um momento de
inércia axial.
São sempre grandezas positivas, uma vez que a massa é uma grandeza positiva e o
quadrado de uma distância também;
Só é nulo para pontos sobre a base de referência (plano, eixo, ou ponto);
Nunca é negativo.
Uma outra propriedade dos momentos de inércia é o raio de giração (i), que se define como
a distância, em relação à base de referência, a que se deve concentrar toda a massa para que o
seu momento de inércia, em relação a essa base de referência, permaneça constante. A
aplicação desta propriedade traduz-se pela seguinte expressão :
𝐼
𝑖 = √𝑚 [1.2]
Quando se está perante corpos com material homogéneo ρ = const. , tendo por base a figura
seguinte:
Desta forma a determinação do momento de inércia relativamente ao eixo dos 𝑍𝑍 será dada
por:
𝐼𝑧 = ∫ 𝑟𝑧2 . 𝑑𝑚 [1.4]
De forma análoga obtêm-se os momentos de inércia relativamente aos eixos dos 𝑋𝑋 e dos
𝑌𝑌, que são dadas pelas seguintes expressões:
𝐼𝑋 = ∫ 𝜌𝑦 2 𝑑𝑣 [2.0]
𝐼𝑌 = ∫ 𝜌𝑥 2 𝑑𝑣 [2.1]
Neste caso:
𝐼𝑍 = 𝐼𝑋 + 𝐼𝑍 [2.2]
Pelo que se conclui que, o momento de inércia de um eixo perpendicular a uma placa é dado
pela soma dos momentos de inércia, relativos aos eixos perpendiculares assentes sobre a
placa, Teorema dos Eixos Perpendiculares.
2.3. Teorema de eixos paralelos (ou teorema de Steiner)
O Teorema dos eixos paralelos, mais conhecido por Teorema de Steiner, também relaciona
entre si momentos de inércia, determinados em relação a eixos paralelos, em que pelo menos
um passa pelo baricentro, ou centróide do corpo. Considere-se a figura 4, em que 𝑟𝑖 ,
representa a distância de 𝑚𝑖 ao eixo Z e 𝑟𝑖𝐶 , representa a distância de 𝑚𝑖 ao eixo 𝑍𝑐 , sendo Z
paralelo a 𝑍𝑐 , afastados entre si de 𝑑.
𝑟𝑖2 = 𝑥𝑖𝐶
2
+ (𝑦𝑖𝐶 + 𝑑)2 <=> 𝑟𝑖2 = 𝑥𝑖𝐶
2 2
+ 𝑦𝑖𝐶 2
+ 𝑑 2 + 2𝑦𝑖𝐶 . 𝑑 = 𝑟𝑖𝐶 + 𝑑2 + 2𝑦𝑖𝐶 . 𝑑
Em ∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑖 = 𝑀, uma vez que representa a massa total do corpo e ∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑖 . 𝑦𝑖𝐶 = 0
representa o momento estático do corpo em relação a um eixo baricêntrico, pelo que se
obtém:
𝐼𝑋 = ∫ 𝑦 2 𝑑𝐴 [2.6]
𝐼𝑌 = ∫ 𝑥 2 𝑑𝐴 [2.7]
𝐼𝑋 = ∑𝑛𝑖=1(𝐼𝑋 )𝑖 [2.8]
𝐼𝑌 = ∑𝑛𝑖=1(𝐼𝑌 )𝑖 [2.9]
𝐼
𝑖𝑋 = √ 𝐴𝑋 [3.0]
𝐼
𝑖𝑌 = √ 𝐴𝑌 [3.1]
𝐼𝑜 = 𝐼𝑋 + 𝐼𝑌 [3.2]
𝐼0 = ∫ 𝑟 2 𝑑𝐴 [3.3]
𝐼0 = ∫ 𝑟 2 𝑑𝐴 = ∫(𝑥 2 + 𝑦 2 ) 𝑑𝐴 = 𝑦 2 𝑑𝐴 + 𝑥 2 𝑑𝐴 [3.4]
Para uma superfície plana composta por n subáreas 𝐴𝑖 , cujos produtos de inércia são
conhecidos em relação aos eixos 𝑋 e 𝑌 , o integral é substituído pelo somatório, tem-se então:
O produto de uma secção pode ser positivo ou negativo (conforme a área se situe em relação
aos eixos) ou nulo. É nulo se pelo menos um dos eixos, é um eixo de simetria. Em termos de
unidades, os produtos de inércia representam a quarta potência de uma distância, que em
unidades SI é [𝑚4 ].
2
𝐼𝑚á𝑥 = (𝐼𝑋+𝐼
2
𝑌
) + √(𝐼𝑋−𝐼
2
𝑌
) + (𝐼𝑋𝑌 )2 = 𝐼𝑚é𝑑 + 𝑅 [3.8]
2
𝐼𝑚𝑖𝑛 = (𝐼𝑋+𝐼
2
𝑌
) − √(𝐼𝑋−𝐼
2
𝑌
) + (𝐼𝑋𝑌 )2 = 𝐼𝑚é𝑑 − 𝑅 [3.9]
4. Referências bibliográficas
Beer, F.; Johnston, E. “Mecânica Vectorial para Engenheiros – Estática (sexta edição)”,
MacGrawHill, 1998.
Meriam, J.; Kraige, L. “Engineering Mechanics – Statics (fourth edition)”, John Willey &
Sons, INC, 1998.