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Índice

1. Introdução ........................................................................................................................... 2

2. Momento de Inércia ............................................................................................................ 2

2.1.1. Designações correntes ................................................................................................. 4

2.1.2. Propriedades dos momentos de Inércia ....................................................................... 4

2.2. Teorema de eixos perpendiculares .................................................................................. 6

2.3. Teorema de eixos paralelos (ou teorema de Steiner) ...................................................... 7

2.4. Momento de Inércia de superfícies planas ...................................................................... 8

2.4.1. Raio de giração ............................................................................................................ 9

2.5. Momento polar de Inércia ............................................................................................... 9

2.5.1. Produto da inércia...................................................................................................... 10

2.5.2. Teorema de Steiner aplicando a produto de Inércia .................................................. 10

2.6. Eixos principais de inércia ............................................................................................ 11

2.7. Momento de Inércia de superfícies compostas ............................................................. 11

3. Conclusão ......................................................................................................................... 12

4. Referências bibliográficas ................................................................................................ 12

5. Anexos .............................................................................................................................. 13
1. Introdução
O momento de inércia é uma característica geométrica importante no dimensionamento dos
elementos de construção mecânica, pois fornece noção da resistência da peça. Assim este
capitulo torna se indispensável na área de engenharia devido a sua capital importância. O
presente trabalho tem por objectivo falar de momento de inércia.

 Objectivos
 Objectivos específicos

Serão abortados no presente trabalho os seguintes temas: Momento de inércia de áreas (ou
superfícies), momento polar de inércia, teorema dos eixos paralelos, momento de inércia de
áreas compostas e eixos principais de inércia.

2. Momento de Inércia
Definição

Em termos gerais, pode-se definir momento de inércia, como a resistência que um


determinado elemento oferece ao movimento de rotação. Considerando um ponto material
constituído por uma pequena massa ∆𝑚 , o momento de inércia desse ponto material, em
relação a um eixo, é, por definição, o produto da massa do ponto pelo quadrado da distância
ao eixo.

Considerando um ponto material constituído por uma pequena massa ∆𝑚, o momento de
inércia desse ponto material, em relação a um eixo, é, por definição, o produto da massa do
ponto pelo quadrado da distância ao eixo.
Figura 1: Momento de inércia de um ponto material relativamente a um eixo.

Tendo por base, a figura anterior o momento de inércia do ponto de massa ∆𝑚, que se
encontra à distância 𝑟 do eixo 𝐴𝐴′, é dado por:

𝐼 = 𝑟 2 ∆𝑚 [1.0]

No entanto, não faz muito sentido falar de pontos materiais isolados, mas sim abordar um
conjunto de pontos materiais, ou seja, considerar um sistema constituído por vários pontos
materiais (ainda que independentes, ou descontínuos), nesse caso pode-se definir o momento
de inércia como sendo o devido ao referido conjunto de pontos materiais, dados pela seguinte
expressão:

𝐼 = ∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑖 𝑟𝑖2 [1.1]

No entanto, não faz muito sentido falar de pontos materiais isolados, mas sim abordar um
conjunto de pontos materiais, ou seja, considerar um sistema constituído por vários pontos
materiais (ainda que independentes, ou descontínuos), nesse caso pode-se definir o momento
de inércia como sendo o devido ao referido conjunto de pontos materiais, dados pela seguinte
expressão:

𝐼 = ∫𝑀 𝑟 2 𝑑𝑚 [1.1]
2.1.1. Designações correntes
Os momentos de inércia, podem apresentar diferentes designações, dependendo da base de
referência (planos, eixos, ou pontos), relativamente à qual são determinados, assim tem-se
para:

 Planos – momentos de inércia planares;


 Eixos – momentos de inércia axiais;
 Pontos – momentos de inércia polares.

Refira-se porém que o momento de inércia planar não encontra aplicação prática em
engenharia. O momento de inércia axial é o de utilização corrente, sendo usual designar-se
simplesmente por momento de inércia, quando se deseja fazer referência a um momento de
inércia axial.

2.1.2. Propriedades dos momentos de Inércia


Os momentos de inércia têm as seguintes propriedades:

 São sempre grandezas positivas, uma vez que a massa é uma grandeza positiva e o
quadrado de uma distância também;
 Só é nulo para pontos sobre a base de referência (plano, eixo, ou ponto);
 Nunca é negativo.

Assim definidos os momentos de inércia, têm como unidades 𝑘𝑔. 𝑚2.

Uma outra propriedade dos momentos de inércia é o raio de giração (i), que se define como
a distância, em relação à base de referência, a que se deve concentrar toda a massa para que o
seu momento de inércia, em relação a essa base de referência, permaneça constante. A
aplicação desta propriedade traduz-se pela seguinte expressão :

𝐼
𝑖 = √𝑚 [1.2]

 Representação dos momentos de inércia num sistema de eixos coordenados

Recorrendo à definição de sistemas materiais contínuos, apresentado pela expressão 1.1, em


que 𝑟, representa a distância do elemento de massa 𝑑𝑚, ao eixo de referência. No entanto, os
elementos de massa podem passar para elementos de volume, pelo conceito de massa
volúmica 𝜌 , em que:
𝑑𝑚
𝜌= ↔ 𝑑𝑚 = 𝜌𝑑𝑣 [1.3]
𝑑𝑣

Quando se está perante corpos com material homogéneo ρ = const. , tendo por base a figura
seguinte:

Figura 2: Representação no espaço de um elemento de volume.

Desta forma a determinação do momento de inércia relativamente ao eixo dos 𝑍𝑍 será dada
por:

𝐼𝑧 = ∫ 𝑟𝑧2 . 𝑑𝑚 [1.4]

Em que 𝑟𝑧2 = 𝑥 2 + 𝑦 2 e 𝑑𝑚 = 𝜌𝑑𝑣, tem-se

𝐼𝑧 = ∫(𝑥 2 + 𝑦 2 )𝜌𝑑𝑣 [1.5]

De forma análoga obtêm-se os momentos de inércia relativamente aos eixos dos 𝑋𝑋 e dos
𝑌𝑌, que são dadas pelas seguintes expressões:

𝐼𝑋 = ∫(𝑦 2 + 𝑧 2 )𝜌𝑑𝑣 [1.6]

𝐼𝑌 = ∫(𝑥 2 + 𝑧 2 )𝜌𝑑𝑣 [1.7]


2.2. Teorema de eixos perpendiculares
Este teorema também é conhecido pelo teorema das placas finas. Considere-se um elemento
(ou corpo) com duas direcções bastante desenvolvidas comparativamente com uma terceira, a
qual apresenta um desenvolvimento muito reduzido. A um elemento com estas características
dá-se a designação de placa fina.

Figura 3: Exemplo de uma placa fina.

Para a placa representada na figura 3, o momento de inércia relativamente ao eixo 𝑍 é:

𝐼𝑍 = ∫ 𝜌(𝑥 2 + 𝑦 2 )𝑑𝑣 [1.9]

Já relativamente aos eixos X e Y, uma vez que a espessura na direcção Z é desprezável, os


momentos de inércia representam-se da seguinte forma:

𝐼𝑋 = ∫ 𝜌𝑦 2 𝑑𝑣 [2.0]

𝐼𝑌 = ∫ 𝜌𝑥 2 𝑑𝑣 [2.1]

Neste caso:

𝐼𝑍 = 𝐼𝑋 + 𝐼𝑍 [2.2]

Pelo que se conclui que, o momento de inércia de um eixo perpendicular a uma placa é dado
pela soma dos momentos de inércia, relativos aos eixos perpendiculares assentes sobre a
placa, Teorema dos Eixos Perpendiculares.
2.3. Teorema de eixos paralelos (ou teorema de Steiner)
O Teorema dos eixos paralelos, mais conhecido por Teorema de Steiner, também relaciona
entre si momentos de inércia, determinados em relação a eixos paralelos, em que pelo menos
um passa pelo baricentro, ou centróide do corpo. Considere-se a figura 4, em que 𝑟𝑖 ,
representa a distância de 𝑚𝑖 ao eixo Z e 𝑟𝑖𝐶 , representa a distância de 𝑚𝑖 ao eixo 𝑍𝑐 , sendo Z
paralelo a 𝑍𝑐 , afastados entre si de 𝑑.

Figura 4: Aplicação do Teorema de Steiner.

Geometricamente, verifica-se que:

𝑟𝑖2 = 𝑥𝑖2 + 𝑦𝑖2 e 𝑟𝑖𝐶


2 2
= 𝑟𝑖𝐶 , em 𝑥𝑖 = 𝑥𝑖𝐶 e 𝑦𝑖 = 𝑦𝑖𝐶 + 𝑑.

Por definição, os momentos de inércia, relativamente a 𝑍 𝑒 𝑍𝐶 , são:

𝐼𝑍 = ∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑖 𝑟𝑖2 [2.3]

𝐼𝑍𝐶 = ∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑖 𝑟𝑖𝐶


2
[2.4]

Para os relacionar, basta estabelecer uma relação entre 𝑟𝑖2 e 𝑟𝑖𝐶


2
, pode-se então escrever :

𝑟𝑖2 = 𝑥𝑖𝐶
2
+ (𝑦𝑖𝐶 + 𝑑)2 <=> 𝑟𝑖2 = 𝑥𝑖𝐶
2 2
+ 𝑦𝑖𝐶 2
+ 𝑑 2 + 2𝑦𝑖𝐶 . 𝑑 = 𝑟𝑖𝐶 + 𝑑2 + 2𝑦𝑖𝐶 . 𝑑

Multiplicando os dois termos por ∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑖 vem,


∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑖 𝑟𝑖2 = ∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑖 𝑟𝑖𝐶
2
+ 𝑑2 ∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑖 + 2d ∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑖 𝑦𝑖𝐶

Em ∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑖 = 𝑀, uma vez que representa a massa total do corpo e ∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑖 . 𝑦𝑖𝐶 = 0
representa o momento estático do corpo em relação a um eixo baricêntrico, pelo que se
obtém:

𝐼𝑍 = 𝐼𝑍𝐶 + 𝑀𝑑2 [2.5]

Desta forma, a definição do Teorema de Steiner consiste, no seguinte: o momento de inércia


relativo a um eixo qualquer 𝑍 , é dado pela soma do momento de inércia relativo a um eixo
baricêntrico paralelo 𝑍𝐶 , com o produto da massa total do corpo, pelo quadrado da distância
entre os dois eixos.

2.4. Momento de Inércia de superfícies planas


Em termos conceptuais, o momento de inércia, também é conhecido como momento de
segunda ordem. Considerando uma superfície finita em relação a um eixo arbitrário no plano
da área, o momento de inércia é dado pelo somatório dos momentos de inércia em relação a
esse mesmo eixo de todos os elementos de área contidos na superfície finita. Quando
determinado por integração assume a seguinte forma:

𝐼𝑋 = ∫ 𝑦 2 𝑑𝐴 [2.6]

𝐼𝑌 = ∫ 𝑥 2 𝑑𝐴 [2.7]

Figura 5: Superficie finite.


Quando se considera uma superfície plana composta por 𝑛 subáreas 𝐴𝑖 , o integral é
substituído por um somatório:

𝐼𝑋 = ∑𝑛𝑖=1(𝐼𝑋 )𝑖 [2.8]

𝐼𝑌 = ∑𝑛𝑖=1(𝐼𝑌 )𝑖 [2.9]

Em termos de unidades, os momentos de inércia representam a quarta potência de uma


distância, que em unidades 𝑆𝐼 é [𝑚4 ].

2.4.1. Raio de giração


Apesar de não possuir qualquer significado físico, é frequentemente utilizado para fins
comparativos, é definido por:

𝐼
𝑖𝑋 = √ 𝐴𝑋 [3.0]

𝐼
𝑖𝑌 = √ 𝐴𝑌 [3.1]

Dado que as unidades de 𝐼 , representam a quarta potência de uma distância e 𝐴 é o quadrado


de uma distância, o raio de giração tem unidades de comprimento, em unidades SI é [𝑚].

2.5. Momento polar de Inércia


O momento de inércia polar, ou momento polar de inércia, é dado pela soma dos momentos
de inércia de uma dada superfície plana, em relação a dois eixos perpendiculares quaisquer,
centrados no ponto de referência. Tendo por exemplo a figura 5, o momento de inércia
relativamente à origem é dado por:

𝐼𝑜 = 𝐼𝑋 + 𝐼𝑌 [3.2]

Os problemas que tratam da rotação de placa e os problemas concernentes a torção de eixos


cilíndricos partilham uma integral de grande importância, que é expressa pela seguinte
fórmula.

𝐼0 = ∫ 𝑟 2 𝑑𝐴 [3.3]

Onde r é a distância entre 𝑂 e o elemento de área𝑑𝐴. Essa integral é o momento de inércia


polar da superfície 𝐴 em relação ao pólo 𝑂.
O momento de Inércia polar de uma superfície pode ser calculado a partir dos momentos de
Inércia rectangulares 𝐼𝑥 e 𝐼𝑦 da superfície se essas grandezas ja forem conhecidas. Contudo,
notando que 𝑟 2 = 𝑥 2 + 𝑦 2 , tem-se:

𝐼0 = ∫ 𝑟 2 𝑑𝐴 = ∫(𝑥 2 + 𝑦 2 ) 𝑑𝐴 = 𝑦 2 𝑑𝐴 + 𝑥 2 𝑑𝐴 [3.4]

A equação 3.2, equivale a equação 3.4

2.5.1. Produto da inércia


Considere-se a superfície finita representada na figura 5, o produto de inércia em relação aos
eixos 𝑋 e 𝑌 , no plano da área é dado pela soma dos produtos de inércia em relação a esses
mesmos eixos de todos os elementos de área contidos na superfície finita. Tem-se então por
integração:

𝐼𝑥𝑦 = ∫ 𝑥𝑦𝑑𝐴 [3.5]

Para uma superfície plana composta por n subáreas 𝐴𝑖 , cujos produtos de inércia são
conhecidos em relação aos eixos 𝑋 e 𝑌 , o integral é substituído pelo somatório, tem-se então:

𝐼𝑋𝑌 = ∑𝑛𝑖=1(𝐼𝑋𝑌 )𝑖 [3.6]

O produto de uma secção pode ser positivo ou negativo (conforme a área se situe em relação
aos eixos) ou nulo. É nulo se pelo menos um dos eixos, é um eixo de simetria. Em termos de
unidades, os produtos de inércia representam a quarta potência de uma distância, que em
unidades SI é [𝑚4 ].

2.5.2. Teorema de Steiner aplicando a produto de Inércia


Considerando a figura 6, o teorema de Steiner para produtos de inércia de uma superfície
finita mostra que o produto de inércia de uma superfície em relação aos eixos X e Y é igual à
soma do produto de inércia em relação aos eixos no baricentro da superfície e são paralelos a
𝑋 e 𝑌 , com o produto da área pelas duas distâncias medidas na perpendicular ao baricentro
da superfície. Os eixos X G e YG passam no baricentro da superfície plana. Os eixos 𝑋 e 𝑌 ,
são eixos paralelos localizados às distâncias x1 e y1 dos eixos baricêntricos. Considerando
𝐴 , como a área total da figura, tem-se então que:

𝐼𝑋𝑌 = 𝐼𝑋𝐺𝑌𝐺 + 𝐴𝑥1 𝑦1 [3.7]


Em que 𝐼𝑋𝐺𝑌𝐺 representa o produto de inércia em relação aos eixos baricêntricos e 𝐼𝑋𝑌 , o
produto de inércia em relação aos eixos 𝑋 e 𝑌.

2.6. Eixos principais de inércia


Para qualquer ponto genérico situado no plano de uma superfície existem sempre dois eixos
perpendiculares, que se cruzam nesse ponto, em relação aos quais os momentos de inércia da
superfície são denominados momentos principais de inércia, um deles máximo e o outro
mínimo dadas por:

2
𝐼𝑚á𝑥 = (𝐼𝑋+𝐼
2
𝑌
) + √(𝐼𝑋−𝐼
2
𝑌
) + (𝐼𝑋𝑌 )2 = 𝐼𝑚é𝑑 + 𝑅 [3.8]

2
𝐼𝑚𝑖𝑛 = (𝐼𝑋+𝐼
2
𝑌
) − √(𝐼𝑋−𝐼
2
𝑌
) + (𝐼𝑋𝑌 )2 = 𝐼𝑚é𝑑 − 𝑅 [3.9]

2.7. Momento de Inércia de superfícies compostas


Para um corpo constituído de vários formatos simples (alguns mostrados nos anexos), pode-
se obter o momento de inércia em relação a um dado eixo calculando-se primeiro os
momentos de inércia de suas partes componentes em relação ao eixo desejado e adicionando-
os em seguida. Tal como no caso de superfícies, o raio de giração de um corpo composto não
pode ser obtido pela adição dos raios de giração das suas partes componentes.

Figura 6: Divisão de um corpo composto em formatos simples.


3. Conclusão
Do trabalho conclui-se que, o momento de inércia oferece a resistência que um determinado
elemento oferece ao movimento de rotação, dependendo assim de geometria que cada
material apresenta. E que em caso de o material apresentar um formato complexo, este é
dividido em formatos simples e calcula-se o momento de inércia de cada formato e de
seguida somam-se. Em caso de superfícies infinitas, seus momentos de inércia são calculados
aplicando o integral. O momento de inércia tem dois eixos principais que são o mínimo e o
máximo. O memento de inércia pode ser determina pelo teorema de eixos perpendiculares e
também pode se determinado na forma polar.

4. Referências bibliográficas
Beer, F.; Johnston, E. “Mecânica Vectorial para Engenheiros – Estática (sexta edição)”,
MacGrawHill, 1998.

Brazão Farinha, J. “Tabelas Técnicas”, Edições Técnicas E. T. L. L.da, 1998.

Meriam, J.; Kraige, L. “Engineering Mechanics – Statics (fourth edition)”, John Willey &
Sons, INC, 1998.

www.wikpedia.co.br acessado a 30/05/2018, às 14h 37min.


5. Anexos

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