Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
colcção
História
Bssencial da
Filosofia
l\rrs Se{n c Sant0 Toinás de Á."inn
^uhII
frn'Ollvo dc Carvatho
(l)lcçao l lis(órja llsscnoinl da t-itôvnia
Edilo
Fldson N{anocl dc Oiilcíâ Fitho
,n / \.â.d,q
o.o,i,
IL...! Jo ,.,1,. 0., t,, i.l
0,rt,ci i i ., +.t,r/.
Duns Scot e
Santo Tomás de Aquino
Aula l1
coleção
História
Essencial da
Filosofia
&
20t3
Coleçáo História Essenciâl da Filosofia
Duns Scot e Santo Tomás de Aquino - Ar a 11
poÍ Olavo de Carvalho
Arisióielcs h.ivia dito qiic todâ í realidade. tu.lo aquilo que existe
eletivanlenre, exisle conro sràrl.incia. c nâo como qualidâdc. ná., como
alribüb, nao conro prcdicado Ecledclines ásr?,rcr, comoaquiloquc
ncDr é partc dc outro, ncm ó prcdicâdo dc ou1tu; dito de outro modo: é
rlgo quc ó algo clr si mcsmo c por si mesüo. A substiircia, ncsse câso,
cvidclicmcntc. lcrn âs caracicristicas dc nrdividualidade. ou melhor. só
Lxistc subslânciâ singula! não podc |âvcr ulllâ "subsLància gclarica' :
aquilo quc lbr gcnórico scrá urn airibulo dos eutes iodividuais nos quaÀ
clc sc anifcsta. l,or outrc lado. toda a ciôncia arislolélicii é nontada
dc 1al l1x)do quc se va quc só sc obtóur conlrêcinrcnto cicniilico dâquil(l
quc a gcDérico ou cspccUico
t']ârc.c, cn(áo. quc a rcalidad( sc cstrüiura de un1 jeiio c o co hcci
nento humano sc estrulura dc outro, havc do, porlant(J. unra tcnsãor I
rcâlidàdc aparecc senrprc sob a tornra da cnlid dc shgulâr ou da subs
tirncia sifgulâr c nosso (on hecimcnl o, rosso odus t:oN oscctltli busca
senrpÍe os gêncros. as cspé.ies e as lci§ gerais por tftis do acontccer
Dilo iío. Aris((ilelcs nx)rrcu. Nadâ rrais disse rlcln lhc loi pcrgün
S{)bra ertâo cssc prohlcrna, c, a fàrlir dàí. orldc !Ucr quc sc busquc
unr conhccinrclllo cicntílico no Ocidcnic. sc prc halcirl cssa tcnsáo.
l'\, ,, ,u.1,, g,., ,ui(.,,, , , , ,
didâdc Iln oulro lado. lravia (lislirgujdo crn todos os sercr
^risióiclcs
existenles uur.rspeí1í) /rdrc,'i.rl, isto ó. aquelc dc quc elcs se compõern,
c úr1L1spc(1o íon ol.q|rc ó suâ litnrLrla espccilica, a coffposict«) esptl
cÍfica qüc ó drda a essa matériâ pârâ disiinguir esscs c]rtes dc ouirl)s
8
lss,) qucr dizcr quc o col],ceito tlc ildkiia t Íotna ainda coDtinuit
\ hoic lU s se lodos os cnics cram esiruturados corno nràtória e
rl( ,tr|o
,'IrLiL, scfdo n natóriâ o lado gerórico c a l'oflra o clcnrc[to especíii
1,, slr) 4. i) elenrcnlo quc os dilcrcnclava: sc iftlos os cntcs eranl assinl
L,' ,srituí(tos, resiavr o següinlc problcnrâ o quc é (tue det.rmina. n:io
,, (lilrrerrÇâ espccílica. mas a {liliren(a individuâl'l Esse problenü é
1lr'r vissirrx), pois. sc tllclo o que exisLe s(, c\is1c sob â lbrma individuâl.
rih cristcexislênciagertórica, cntào nào sc podc irnaginâr, por cxemplo.
irr lcrôlrcrlo "vida", r1o serlldo l)i(r(igico, scnão manjlcstado ent Lr ra
,,(li!idualidâde vivertc c(mcrcta
Sc os entcs sc compôcrn.le matéria e l.,mâ. cntáo sLrrge o pro
ln.nra dâqüilo quc os cscolísiicos chturariam de t)rit1c+ia indiTri'
tllttkrtis, o princípio (tuc irdividualiza .lenlro da rrcsnrâ cspécie
s.us vtirios rrcrnbros. Sânto lirnrás dc AqLrino. trrbalhando enr urna
linlrà quc lhc parecia nl is oriodo-lamcnte arislolélica, dá a scguir'
rc soluçáo: clc diz qrc â tirmâ é scnlpre cspccílicâ. qucr dizer, é.r
i,)ira Llc uma cspécie. Se a li)flrra ó dâ cspécie, isto signilica quc a
(lilcrcnça nurérica enlrc (,s váÍios iodividuos s(', pocle êsiar dctcrni-
fir(lir pch nrâtóÍiâ. É como sc unla nrcsrnx âróriâ lossc coriacla enl
\xrios pcdaços segunclo o rrcsrlm llnrdc Usan.io ulna inr.rgcrn fiuiio
|rosscira. .liganros qúe vocô tcnl uDra tornrinha, c co r cssâ lornriflha
r(ü)rla dentro da nrcsma maiória várnrs individLros. várias entidâdcs
illdividuâis. segundo a Ircsma Íbrn1â. I']orlanlo, enlre dois lcrcs da
,rcsnra espócie rão havcria diÍêrcnçil loflIal, âpcnas urateriiLl. Por
.\cnrplo. c|lrc cu e vocrl. olr de você pâra você mesnlo, a diferençtt
lr)flnal cslaria apcnns nos caraclcrcs quc dclincllr à cspócic hulnana
rlcnlro.lc urtr rnatcrial (lue é constiluíLlo pclâ arilnalidade cln gerall
rrrssa rtilcrcltça individual scria apcnâs que, dcntro dessa rratéria
jrcial. cla.rninrrlidadc crr Êcrâ1. câda unr de Dós loi tccortado erI uln
hssa srnuçao lilrecia nruilo corre(a nrcsnro porque Srrto Tirmás d.
cxplicava quc a rnâtória a quc clc csiava sc rclcrirldo nalo era
^quino
rrfra nraléri genarica, o que Íria a mâtéria prinrâ inicial, (tuer di7cr.
a nrâlaria scnr !uris{lucr caildere$. a maiórií ir ilcrcrclâdâ, nras iá
unra nlaiéria cspccitica difcrcnlc dc ouiras. Hssa nralória seria o !ue
clc chrnra dc ;nalcrir iá assirialld.r pela !uanti.la.lc' â /xall,la
sig/ntd (tua titate: oLt scja, náo sc lrata da mâtória crr gcrâ1, r âs dc
urrr nraléria espccíljca (luc é sLrh.lividlcla enr pcdaços para lonrar os
várkrs indi!duos. porarr stlbdividida scgundo o nrcsm., rtoldc quc dá
âs carâclcrÍsticâs da espacic.
Àparcft cntão um sujcito chatrra.lo l)uns Sc(Í c diz qLrc isto náo
podc suJ assiln, pois â Bibliâ diz quc a alnri indilidual a inloriâl. e. sc a
alnla individual é imolal. enialo ela nio pode dcsaparccer no instanlr
cnr qrc sc dcsiaz o conrposto loflna c nrâtória, no insianlc Llâ nrorte.
Se a diierencâ individual estivcsse (ladâ na maiéria. etâ tcria dc cLcsa
-..<_
t,ropria cssancia !lâ cspécie, nao é unr segundo principio, náo ó Lrmâ
t,,isiL dilcrulte da essência da cspécic. O priucípjo dc individuàção
t'sir ilado nit lbnÍa, isto é, na essênciâ, e não na matéria. E cLc náo ó
tl !ririo dà cssônciê dll espécie, é a pr(jpria nraneira pelfl quâl a espécic
,,( franili5ta: essc é o lcgurrdo ponkr.
IL
Nào cxislc unra respostâ unívoca à qucstiro doprir.it)i.) ifidi?rtrttntio is.
pois {)s s(!cs nâo sdo igu.rlnrcfllc irxlividuâliza.los NahoraonqucDUrs
Scot diz isso. elc pcrcehc quc Arislótcles já trrvia insinuado âtgurna
c{)isa dcssc 1ipo. lsso qucr dizcr quc rinhir alguo]a noçao
^ristijlclcs
dcsià dillculcladc. dcsic prchlc|ul de qtlc d ildjvi.tualizacaí) Lidvcz
tivcssealsoav(J c(,n a li,rna e lalvcz iivessc algoavercoDr anrârcriir.
, ,,u, ,.'l\c,/, \,iri.r', rd,'.. l, iIJi\iLJu"l:/.h,,,, ...i\ r,i,, prn\ r,j,,\
da nrâ1ória. outros nrâis pl')ximos da lornrâ
I cvi(lcntc.tue a jrlividurliT4rio rnats ibmal quc c\isrc c â do
ur,it''i,i l \'.. 1,, r. l r . .,. rJ. rj||t',,, rn, Ld, I r,.t1.. . v. " i, .lu,
iá é ncccssariànrentc ull cssência cxislente E Etc icnr dn Si ntsnn)
scu própiio pri|cipn, dc irldividuacao: Dcus a o principio de indivi
duâ]izâÇao dclc urcsuro. c, dcsccndo havcria,rlras nr.,dâridrctes dc
illdividualizâçáo que sáo cada vcz mcnos indivi(tuatizadas t:tctar., quc.
dcrr{ro clo rcino dà Ia(urezâ. à ildividUalizaçar) (lo scr lturnano crisrc
cnr seniido enrinertc, p(rque sc rcnr rIar) apenas âs djtercnciacoes quc
cstã{) já no nascl rcnlo (lo indi!iduo, mâs lll.rbérr acluctas quc etc i|r
pôs â si alravós dâ âquisiciio dc harbilos, c qLrc lao li) ar, no tinr, sua
.lileicnciação hir)gúlica. Orâ. o quc conlrcccDos p(,r iidjvjduaiiílaLtc
hunrínâ. aquilo quc dcsignarros pclo rorlrc dà pcs§oa a iá csia iidivi,
(lualizâÇão biográlica que o brnâ âbír!ta ncriic inconllndnct r rril)
pcnas . i|dÀ,idualizâcáo lísica.
Quâodo cLr csiâva cxpondo a lilosolia do pcrn)&) hcLenisrjco, as
sinalci c.nr)o uma dc suâs caractcrÍsti.às nr is.stftIhls o taio LIc os
lill-rsolos sc prcocuparern ianio (rnn a i .lilidu tirlldc trunrana. pois
liaviam pcrdi&) o sriniido d{, clrcair. oÍgâni(r, do i rtivíduo na socic
dadc na pólis. c quo ialrr cnttn) crxr)|trâr uIr princípjo ou unra la,clricâ
.lrLâlqucr quc lhc pcnrriiisse sc ionrar indcpclldorlc do nrcto soci t t,or
(NIro la.lo. clcs havianr (lc lilo pcrdido o sdrlido da ildiv ualidadc
hünrrnr. c só lhcs í)hrava o scirtido.la indi!irtuirtidadc Iisica thlào.
l2
., \, 1, ! (r!rccl,iam.L indcpcndalci:L lru rânâ colno independência
lL., ir (tu! a urn:L coisâ iolalnlcntc Lrtóplca. pois ó lisic nrcntc quc
,, ., hurrrarro rrais clcpencle !lo seu mcior mcsmo o individuo mais
,l, turlcnlc, nrâis autínlnno. rrais irdivnluâlizâ(lo, nuis criativo. aindt'
'
.,,,ir (lc prccisa conrcr hcbcr, dormir, conro iodo murrdo.
\t ü(,s, cnlâo. por Lrnr lado. quc havia naquclc pcríodo uora ôntâse
lL t\ rl!,lica nir ;n.liviLlualid.rdc c, por oLrtro. unra pcrda qualiiaiiva Lla
.1
Duns Scot. somos dcccriomodo novâmente o brigâdos, talcomo fizemos
conl os pré+ocráticos, a quebrara ordcm cronológicada narativa pârâ
cxpor as transformâçoes que este problcma lcve enr seguida
t.t
,Írlrir, s(l quo cstâ formâ está recortàda ncsic pcdâço de matéria, e a
[tr,s r iin,Inâ está ali recorladâ em ouiro pedaço de mêtéÍia. Usando
rrL inragcnr grosscira. você poderia representar a forma como uma
i,,rLrinlra oofl a qual você recorta vários pedaços de massinha ou de
l,rLn1,. Quat é a dilêrença cotre um e outro? À dilerenaa é só matcrial,
l5
Biblia;segundo, elaiem de ser, porianlo, naforma, entâo o principio de
individualizaQáo é lblmal;ierceirc, esse FincÍpio de individuâlizaçâo náo
édiferente da essência da esÉcie. pois na pÍópria éspécie estácontidô seu
principio individuant€, umâ vez que ela só iem exisiência individu. izadâ;
quârto, nen1 todos os seres sâo igualnente individualizados. existindo
gaus de individuâ1izaEão, os quâis devem ir desde a matéria pura,
supondo casos eÍtremos. até a pura lolma - portantq se chegarmos
nii pura forma, teÍemos o indivíduo dos inalividuos, que é Deus; e do
ouiro lado teíamos a matéria-prina, que por nâo ter caÍacterísticas.
por nâo têr qualjdades, pode ser eÍpressâ corno um nada. Quândo se
diz que Deus criou o mundoef, /7ilrilo, esse "nada" o que é? Éa própria
matóriâ-prima. ou seja, é umâ mera potencialidêde vazia de qualidâdés,
na qual a forma imprime entâo suas qualidades.
rInrlrinaLmente.
base d e uma ciência da individualidade humana já eslava lançada,
^
r.rlrio, por Duns Scot. E note bem: tudo o que Scot fez ó depois Íeex'
tn0s§o de uma maneim muito mais exata e muito mâis completa por
Itrrrcisco Suarcz, queiá é um escolásiico tardio, pois enquanto â Esco_
lflslica cstava ierninando em Õutros lugares, na Espanhâ e em Portugal
rntinuava Aparece entáo Frãncisco Suarez, já em um período que
r I r c(
t7
quc p.,nsa c qüc sc cxamina ar o prinei() piincipio
lilosofia: o.1,sir)
dx
e tlo ru/,7 ar o lundrrirerio dc iolla sua lilosolia. À4as noic qu. cssc aq i
VrLr rcproduzir âqui rur irccho de unr (1(,s rrcllxnts li!ros quc cxi§1enr
à rcspcih dcsra lasc. sru dt inli lrl o. t1c ,\l.tir ltcnaui,r p ra vocês
^ (,
vcron ondc ó quc vai chcsâr isso .. 1slo a |)llrr nr)§lrrr e cstti Duns
Scoi par n(is hoic
Eln t(xla uDra liaLliÇào quc, pa[indo dc Hcidcggo, lcva larrro â
Harna Arcndi quânio a Claudc Lclon. o ltrônrcro totâlitário loi inter
prctado alravés de suir rclaçtn) com o rcilÍ) da subielividadc. conl.nmc
ufr rr(n)cÍrn) nr{) dcspro!ido dc scduqão O tolillirarisnÍ). com toda a
rÂrii'r rriiN^lrl:1rnrr,r,r,rnhn) Lutt)tL rt ttrtut túr Ir:üntr lt tth
is /ra rrnrrl. L-nrr r,!(r .]t)r)o
, !tr1!I(ir, sc dclinc c(,n1) â tentirtiva dc LIrrâ poliiica dc dominaÇao {ot l
( )ir. u tâl projeio niro podc scr concebido sen.t(, 1á orrdc sc representa
, , .n Lll t)o sa)c io his tíirico corito suscdivel clc s. r intcgralnrenle con ll.)iado
,lLrflida(lcs. c rlu. cad.r nranrada tcm Nfr si nrcsrra todas âs (lilircn(âs quc
.r (isilruuenr das dcrrais. Isio signilica quc ctlda Drôna.la 1cn1. (lc ccrto
, ,,\l). o univcrso irtciro, ni]o dertro dclâ, mas c(nno qur cnr súa volta.
,r)({)niunlodcsuasdilcrtnças oque(anrl)anrcrplicâriaâposslhilidrde
, r'urrra inürad conhccer de clrlo rrx)do o Lrnivcrso iflciro, sabcndo
nr qtrcr . i..,. ur !i,,.rtr,r,!, hsniiÚ ri ritr rfr,!f Lr,. v :í. llrdc !tr'
(11'lr(L (r11trrlr,
qüris as dilcrcrças cnlrc elâ própria c ludo âquilo qxc a rodela.
Ucvidcllcquc.rlonlcdessa idéialeihnizial dànrônâdaóopÍ;prn)
Uuns S(rn, nâ nrc.licll eDr quc o irrircÍrio dc jndiliduaÇao pcrpassa rodâ
a rriaÇio, quc nâo hai nalla qUc csrcia lora (lelc. Dc ccrio rnollo, cn1ão
rcaliiladc c individua(ao sáo crairnrente amcsn)a c{)isa. raciociDrindo,sc
scgur&) l)rurs Scoi Rnciocinan(lo sc scgundi) Heidcggcr esic princípio
d.:indiv uÀlizâcào dc Du alicnr Dcsc ites.
s Scot estariâ ràdicalizado
o lcria se 1rânsli)nnado {rnr urna lilosolia inicgral da indivi(tualidaLlc
c]n LcibniT. llndanlc]]trtrrdr) cntao a idóiâ Llc ufr tJnivcNo que tossc
rolalncntc irarsparcnlc a !Irâ individualidâdc lssa jndividuâlidade
podcria. cn1âo, atravós Llo conhecinrcnto universâl (tuc icrÍ. adnrinistra.
lambó|r o rnundo; dai. dontÍ) dcsla pcrspccrivâ hci.leggeriana. o tíriali
Laiislno apârcccril c\aiirnrclric ooino o últinro lrut(,.1o individUalis ro
c do suhiclivisllro modcí o
Z\)
, ,,lrÍrsirnlr tornado Àionrjslicamenle na!uclc rúurcrrn) crr quc clc icrl
, ,,rr Laricià dc si. O r\r pcnsantc cartesinno nào é unr eu real, rao é unr
llriaiamcntc. Porque cle não lem aperês suil clilerenqa individual. tenr
L,{la a clitererça clà espécie, ou sciâ. o ser hü.'ano pàriicipa dc iodàs
,,\,nodalidadcs de nrdivLclualizaqih, dcsde ê nrais nraterial alé.t majs
,,rnâI. tsso qucr diz(i que n!)ssa lndividu lizaçao a em pÀr(c lcira pela
rillaria. qur tarrból|r c-\istc cssc lado crr llós Sonros iodividuâliza.los
,,rirtcrialmente. ou não? Cl ro quc sonros. nao ocupar osonrcsmoluBar
r,, cspt'ço. Só osic laio iá basta para dcnx)irslrar quc târIbóÍr cxislc â
irtrlivi.lualiraçro rnâlcri:Ll crn âós. Entáo, lrós tâmbórn pariicipadx)s
(]o rível LIais hrixo dc ildividualizaç.tr) cl. nao basla. leDr de
^penas
ravcr nrais iridi!idualizâção Erisic cm scguidâ â indi!iduâlizaçao rc|r
poral: vocô cslá ent Unr ouir{) lenlpo hist(iric{), re(:ebe outras irlluanciirs
crlLur is. csiá cnr unr ou(ro Dreio. E\iste irrdivr([ralizaçáo gcnética. dc
sua lanrilia Ii cxisic a i .lividuâlização oblid ao loneo da vida pek)
proccss(, biográlico. por suâs cscoihas inclusiye escolhas o)orais !ue
dcicnÍinar.lo scu dcstino cterno no Cóu ou no lnttnro. Siglilica que o
scr hunrâno tenr derúo (lc si todos os grârs dc ildividuâiizaçâo c ir)Ltas
as lcnsócs cntrc csses graus.
lsro qücr dizer qUc a individualidârl. c(nrsi(lerâda por Uuns Scor
iamais podcyia scr loralmcntctrâ|spàrcnte a si mcsrlrâccapaz deaprccn
dcr Írcnrralmentc â t(Íalidadc do nrul.lo a por1lo dc podcr a.lnrinistrá-lo.
lbrquê? Porquea pcnâs urI ser huüano. A individualidadc caÍtcsiana
a ioiainrcnie ila sparcnte a si lncsnra por quêi,Porque eta nào ó urn
indivíduo hunràno, é urn cr liloíiíico crusiderado apcnns na!uctc seu
nromcnio justanrcnLc dc auloconsciência, o runncnlo dc rr ansparôncjà
a si rresrlo individuali.ladc considerada por Dcscarics é uma indi"
viduâlidâdc ^ ó âbsLrâLa, na vcrdadc, mas a de Duns Scoi n,o
suposta.
A dcle é umâ indn,idlali.ladc (oocrcia c quc. portarrro. jàmais podc scr
tolahrcnie lrafsparcnic l si nresma, pois lrrnsparenrc â si mc§nro só o
ipicc do proccssr) irdividuantc, quc a o próprio D.us. tlcus é o arri.o
quc a 1{)lalnrcntc irdivi(lualiTado. nós an)
t2
., ,r,r(Lusâo cle qlre. se é urn nrconsciefte. nao pode ser pesírâ|, quc
trssoâ|" a cxclusivamc,ric âquilo quc i.,i indnidualizâdo por nrinha
', .1,,,,,, r, irrr.rt u t'c.rú(...,, n ri n rrr. rrruiunu cu r'ir t. nr t,,
rrinha pafte impcssonl. Ncnhunl cle rós é {ill) personulizâdo ou táo
(lL!idraLizâdo qu lo gosiâria dc scricaflcganús o inconsciente social,
) irconsciente Lriológico. o inconscicnte hislórico. l-ulLur:11, iarniliâr,
Ir||rI Nn porLâ de ludo isso lon.r parle quc l(is rncsllros indi!iduâli
,,,,t'cln, n,io,L ,1íô.,1 i,,Ji\i,IuJl ,,. !JU ,, . !ujr,.r.r,,,,..,
, !( r)lha consciente corn toda a drairÀLicidadc quc cla irrpóc Eâciônciâ
, t ssr in.lividuàlidade concrctâ qüc Duns Scor cstava ânunciando. Veja
,r ]]cfialjdade absoluiê Lleste suicitol
l1..l]\to: Sirl., mas é diÍercn le de " it\Ílil1íduo bioLó'ico ' ptlla eLe mes
no (...), dpatece rlL umn Íotn dilercnte. indioitluaLizdlla. tanbétll.)
Veja. úa individualidadc biolósica há nrüiias coisas quc podem se
pcrder no iempo. Por exemplo. todas as células do seu cl,rpo podem
ser troca.lasi sc elas lbsseln â suâ individualidâdc, você sumiria quando
ILlrno: Mas o pattimô io 4enético, biolólico deLo{la um, tanbém
t, tiJerc te. Lxisten peculiaticlades...l
fio topo, es í Deus. E a questdo fiatetial? Quet dizer qae Ele lem uma
intliúida.tlizaçao maíetial? De s tem ufid ifidioid.ualiztlçào fitletial
Í,Ünbén , além da lotm a I?)
Não, porque quando você pega por um lado Deüs e por oütro o naala...
É evidenle que toda essas distiníióes que estamos fazendo de indiüduali_
zaçáo só se rcferem âos seres iniermedifuios. Os dois €xtremos da cscala
náo fazem parte, Deus náo pode ser explicado em tcrmos de lonna
V)cô mesmo. na verdade, não tem, é Deus que tenr, é Ele que vai
lx,sir.lrpara vocô. lsso quer dizer que a individualidadc humanajamais
tr cseriotâl irânspârênciaa simesma. Eoego cadesiano é apenâs um
r,r \.ipoclo. em que. pôr aquele br(ve in.ranle. o eu {e imâgina cúmo 'e
losse o próprio Deus, isto é. tolalmente trênspârente a si mesmo.
2t'
análise elc já esteve baseado na idéia da continuidade temporal desse
eu, entáo náo provou lrada, já deu por provado anieriormeni€, pois o
tempo iodo acreditou que o sujeito que estava Iazendo aquele exame
era o rnesmo. Ele náo provou que o eu exisie, iá acreditavaque existiâ;e
csse outro eu que eie quis provar quc exi§ie, e§se iusiamente náo exiíe,
pois é memmente hipotético. Orâ. âcontcce que a mônada de Leibniz
náo é o eu cartesiano. é â mônada de Duns Scot,
O fato é que podemos traqar uma linha que vem da filosofiâ clássica,
lunde se com o crisúanismo de SantoAgostinho, até os escolásticos, €
28
e lxrs§ll por Leibniz. Ma§ ctisie uma outra linha que aomeça com René
o l)cscârlcs e que náo te
nada a ver com esta (denlro destâ linha Hei
e rbfllcr coloca indevidamentc â Íigura de Leibniz).
e ()rÂ, quando Heidegger
volta contra essatadiçâo de subietiú§mo
se
Llu Duns Scot, o de Leibniz. Esse é o nosso ego, aquele que tem uma
rrt..r.que lau e.colna'eque. no lim. rera julgadoporsudsobÍa5 f i§ro
e qrc nos sobra. Mas acontecê que, para Heidegger, tüdo isso ó amesl1ra
29
lÀluno: NLulco pediü desc lpa, fida é?l
PioÍ ainda: todo cssc movincnto revolucionário mllnclial de hoie,
incluindo os pâÍscs islânicos. é tlrdo inspirado em Ileidegger
30
Ll) ro o úllimo sujeito que teve nas máos toclos os dados do problcma
A rrarlir dai, só aparccc metade parâ um lado e melade para o outro.
dr entou |afibém?)
Srarez. mas cle náo leve influênciâ. Era espanhol, náo é? Vcia, o
LI r ico que lcu a Escolásticâ cspanhola e pottLrguesa loi Lcibniz. Isso quer
tlizcr que Heidegger dá ulna inteÍprciaçào cariesiânâ dc Leibniz
3l
conceito. Mas a únicâ ur dadc snnpics quc cristc é Dcus, todâs âs ou-
lrâs sáo complêxâs E quando se diz que siio conlplexas signitica qlre
só são rnidâdcs secr,rdrl/? qllld, ou scia, sob ccÍto âspecto, soh outro
rão o são. Elâs não são, então, unidadcs pcrfeitas, dai a grâdaçâo do
ptincipio itldi iduationrs êm toda a escala dâ criaçao. São unidades
criadas, porianto, rão sâo perfeitamente unidades: prirüciro, porqucsua
unidade é parcial; segurdo, porque é problemáiica. Mas vào subindo
cm dircção à tlnidâdc pcIIcila.
l)Llns Scoi esiava na pisia de urna ciéncia da nldividualidade e da
individuacáo humara, nras como tinha enl visia a questáo da salvaçao.
ó evidentc quc tinha ali a perspectiva bio$áficâ já cmbutidâ, pois o in-
dividuo vai se individualizando através de suas escolhas e de seus atos.
qu. seÍáo iLrlgados no Jüízo Iinâl Conr isso, êle iinha saltado o abiÍno
aristotélico quelicara entre a reàlidade individuale a ciência do seral, e
criou ê ciência do individual; segundo, ele criíianizou delidlivaDrente
â lilosoiia, pois â filosofia sc torna ar'a ciôncia dâ sâlvâÇão A ciência
da irdividualizaçao o quc é? [ a ciência dâ salvâçio.
.12
nreses, porquc ó tudo muito compactado). Sua obra nào é tão grande
quanto a de Sanlo Tomás. e é muilo mais técnica. Já quando vocÔ 1ô
Suarez, nele cstá tudo muiio bem cxplicado. n1a! estit ião bcm explica
do que parâ uma menlalidade modcrna aquilo 5e lornâ sulbcânte, pelo
caráier técnico da coisa
Acho qnc é justamente esse suprassumo de pertciçáo da ciência
cscolástica que a torna repugnanie aos novos tilósofos que conreçan
a aparecer nâ classe aristocrírtica. Queriam chegâr mêis rápido a al'
guma soluçâo, e iodos eles guardam n1ás recordâçôcs dc seus estudos
cscolásticos. Desoaries diz que os jesuílas com quem ele estudoli lhc
derarn uma grande disciplina inlelcctual, e âté os elogia por isso, mas
só os admira pelo lado iócnico. Ao mesmo tempo. elc náo absorve essa
tócnicâ, nenr mesmo tcm essa disciplinâ c csse domínio. [le admirava
(,s icsuÍtas, como Antônio Gramsci os admirava: apcnas pelo lado da
torça física, por assim dizc! pela capacidade dc âçâo.
lAlnna: l\las isso nao é iulgado... Ele não considetat)a que isso seria
iullado fio luízo I,i al, somenle aquib qtrc a Scnte lefi consciência
... l
Não, porque isto só é parciaLmente individuâli mâs ó unl dado coln
(tuc você tcm que contar o que você fcz conl isso tânrbérn Por cxcm-
plo, suas inclinaçôes genéticas. Vocé nasceu oon elast náo sâo indivi
duâlmcnie suas, mas eslão cm vocé individuallnentc, você as cârrega.
coisa vai icrque fâzercom €lâs. Você nâo serájLIlgado porclas,
^lsuma
rom base nelas, mas com basc no que você fez coÍn isso. Eniáo, âciDa
ll
da jndividualizaçáo genêticatem quc ter uma segunda individLralizaçâo
pelo livÍe arbÍtrio. para quc você possa ser iulgado.
náo se cncaixan bem, mas nâo têm altcrnativas pârâ ela. À alternativa
está dada claramenie. poÍén1. no próprio Leibniz e. poÍtanto, também
em l)uns Scot. O que esioo dizendo àqüi é que essa intcrpretaçáo quc
Heidcsser dá de Leibniz étotâlmentc incomprecnsivel, ele sinplcsmente
náo o conprcend€u. A mônada de que elc fala, a rnônâda de iato i€m
em si todas as diferenças que a separam de todas ês demais, lÍas isso
não quet dizeÍ que todos os dcmais seres lhc sejam transparentes. [la
esiá de oerto modo conectada conl todo o Universo. e de algum modo
todos os códigos do Universo estáo cm cada umi serâo não poderian
cxistir Mas náÕ esttu) sob a forma de transparência Muitos estao sob
forna de individuaüzaçáo material, que náo é 1Íansparente a nós. Só
será transpârentc a individualizâçâo qüe lor conquistada por neios
huflanos. Isto signilica que, em Leibnlz, há lodos os elementos que
havia em Duns Scot para fazer todâ a gradaçao, desdc aindividuâlizaEào
material até o livre-arbítrio. Tudo isso há em Lcibniz.
lAll:üro: tlxiste uma peryunta que Íaqo há muito tempo e não otlsiqo
rcsolzrer (...) é ditícil tle expressar, el1tAo me perdoe se eu nào pudet
set muito cLdro. É a st2luifite: essa qucsuloda iruliüiduaLização, ttlfito
mateÍialquanto lormal, ou seia, a 8e ética (.. ), a bioStáÍica do suieito,
e len o li?)rc-aÍbítio (...). O Í1 e úocê Íaz tanlo com utnl coisa quanta
com oubd? (...) n{io s1o detetminadas Íarúa poÍ unctcoisa qua to pela
3l
oü1ru? Se o suieito lem lais caructerísticas Ee éticas fiAo aai... Íazet
detefininadas escoLhas? Cn tt as caructetísticas e ioqat pelo-..]
Náo querc discuiir a questâo do livre-arbítrio agora, n1as o lato é o
scguinle: tender a fazer uma coisa náo quer dizer que você vá fazer.,
E nresmo que você faça, isso náo quer dizer quc você aceiiâ. Freqüen
temente, estamos contra nós mesmos. E sobretudo âquelas tendênciâs
mais lort€s, que você nAo consegue vencer, vooê pode âié odiá_las, náo
âceiiâ aquilo.
lAlunoi Pois é, fiít.s issa ndo tem iusülmefite do lato íle hazret
crltacterísticas ou qenéticas ou sociais? (...)l
Domesnonrodoqueexistemcertasiendênciasquevêmdaherança
genética, o ser humano tende â individuâlizar suas escolhas, mesmo
quando ele não o conscgue. Senáo ele náo se a humano, senáo nâo
lcria esse conÍ1ito. Por exemplo, qualqucr animal, a iendéncia que ele
iom vâi manifestar, Íão vai ter nada conira, não vai tü problema de
consciência poÍ causa disso.
37
implicadê totâl reduçáo de unl ente aos outros eÚes que o deteÍm;
a
puramente naturâl e
nam, Isso quff dizer quc nem mesmo na esiera
pois ele é uma
puramente tisica você pode ialar de iotal determinismo,
geral, quando as pessoas
noqáo autocontraditóÍiâ. Masaconteceque, em
de que aquilo
falam em alciemlinismo, elas náo captam esta nuançar
não
que losse deteÍminaalo pot complelo desde o oütro simple§mente
pedra é algo'
exisiiriâ, pois nâo seria nada em si mesmo' Mâs até uma
afé um á1omo é also em si me§mo, s€não ele seria sempre os outro§
outo§
átomos E os outros? (Js outros também seriam os outros' os
e
se aplica nem â
seriam os outros, entáo não existiÍia nada' Se isso não
sei humano?
um átomo ou a umâ pedra, como é que vai se aplicâr ao
Deiermir snlo quer alizer I1áo ser causa, ser apenas eleito' lmaginc'
de nada Se
entáo, se é possível âlgo ser apenas efeito e nDncâ cau§a
náo foÍ causa de nada, náo age, então náo existe'
determinâdo inteiÍamcnie desde fora náo pode eriisiir, porque náo é nada
cm si mesmo, só em lunçáo doÕuiro. E o outro que o detemrinou? E1e
tanbém seria assjm. E o outro tambÉm seriaassim, entào nada existiria.
lsto significa que, quando \'tcê expressa o termo "dctcminismo". no
próprio conceiio já estádizcndo que é de aplicaçáo limitada, que é por
êssim dizer umâ ligum de linguagem e nâo um conceito rigoroso.
DeÍerninismo e liwe atbíirio sâo figuras de linguagem, evidenie_
menie. Náo sào conceitos filosóficos estritos, pois qualquer conceito
iilosóficq tem que admitir sua universaiizâçâo. Porexemplo, o conce;to
de indiüdualidade: tudo o que existe, existc indiüdualizâdanentei o
lonceiio de ser: tudo o que existe é sêrl
Mas sáo qrlotas. Pode havcr algo que §eja determjnístico? Náo'
Pode haver algo que sejalivre? lhmbém náo, é olaro que nâo
Entào 5áo
pode ser universalizado. Se ele não pode ser universalizado, náo o é'
+0
Áh, Deus cndureceu o coração do fâraó contra a voniade do faraó?
e
O laÍaó disse para Deusr "Quero com preendsr tudo que eíe suieito está
falando", e Deus disse: "Náo, nao deixo"? Foi isso? Nao, clajo quenáo!
Deus 1êz pam o farâó o que o tàraó estava pedindo pala Ele fazerl Vamos
dizer: "Deus endureceu o corâçao do laraó" ou "o farâó endureceü seu
próprio coraçáo"? É exatamente a mesmâ exprcssão!
+1
-=r--,-_
-<rt-
__________'!
c:r'opcrr,trr,l.t , r, , L, '.1r,'r'i,
r,, ' r, t1,.,.i,j,,:. I
[^luno: í.. J .]ssd parl? /ndete tlitldda denlto Llo sc]' hu lxtlo ntio
iusíilicú Ltn meio dc ctisl, n1tdlnld (...)'a Naa eúi d.elernl inado. pot
exenryLo, en ma curld Nulili&, d.igunlas |ttislotu ali ldd( )?l
Náo, a alma ó a própria li)rrra.Lâ individualid.ldc A àlrna não ó
ü|ra coisa distinta da indiviclualidade. ncln nrcsmo da indivi.iualidadc
tisica. Íi que. ianibóm. a Bcntc pcirsâ muitas vcrcs cnr aLIu crrno sc
lbsse unra coisa csiran|a à c{istôrcia nraicriâi. mas rLlo ó isto. Sc vocô
iivesse somcnie a in.livl.lualizacilo nral(I ial. nilo poderia scr disl;nio.lc
unrâ pedra. crtão nao podcriâ lcr cssc aspccto biogálico. Nao tcria uma
vid:L própri:L c náo podcriâ scr julsado e o qne vai scr julgado é sua
vi.lâ. O quc ó a almal' ]] cxàtrnr.nic csLà !ida rlo scntido hunrxrú Isio
quc. dizcr q co cspiriiual náo é dilcrcnie do malcrial ncsse scnLido. O
cspiriiualé apenas o quc scria o krlalnicrllc individualizado. portirnlo,
1:l
-
lvlas como distítl,uit isso de um pdnteísmo?)
l\t.úno:
Nopanteísmo Deus se identiticâ co m o Universo' é o próprio Univer
L$'rno: você tefi qtrc se sepdmt cLas coisas a qüe ílá a)Iot" 'l
individuali_
Náo, as coisas a que você dá valor fazem parte de sua
que é mais
zaçáo mateÍial. No tundo, o que diz a doutrina vedaniina'
individualizaçao
clara. é que você se identifica com elcmenios íle sua
e chama â
material que realmente não são você' Se você se identiflca
reu
r:ro Llc ssu cu enrír, rcrn quc iugdr e'\c eu Inra' \44\ e\se nao é o
1+
ÍAIlJl1a: Nao, naa é você se despedir do meio esse sentido que ele
está lalando. é í)ocê passat por um prccesso de conscie llz.tçAo pav
se Íundi ít ufia cofisciência que lhe tÍansce de.l
Essa consciência, quâniâs delas existem? Uma. Entáo é o único elr
que existc. Só Deus pode dizer mesmo que Ele é Eu, tanto é assim que
Ele se define nâ Bíblia: "Eu sou aquele que é". Só Ele é.
l{lrno: Mas se tátias pessoas üao deiiear seus eus lefipotários paÍa
ticat mctís üó;aimds de DeL6, pan se idizlid alizttr fiais, eLas tio
che\ar a set mesma coísa ou aLSo parccido, üão ser mekos tliterentes
umas dís oulrus.l
Quem Iàlou? Al é que serâo diferentes I Porque ai é como diz Sanlo
Tomás deAquino: "Como é que estaÍemos no Céu? Estaremos fundidos,
mâs não conlundidos".
santos
tlilercllCd claru que etiste enlru os
lAh)n(): Bast| peyaÍ a
eútrc os sanlos é l
c|ls;aos e os t11üçu1111(!nas' A dilercnçu
ün'a ciar r\o\áo' qu<
Bam niô cci .. Lu e'r.r\ a (1pli' rndo apenr'
é a fórnrLrla da incliv;dual idaáe'o
ptitlcipio intli?tidaal;o is' Pal1indo
para se làzer todas
U"i" ,oo" * uo.o"r"t um grancle núnero' mas
hindus isso vai
t."."ttõ* *"" t"t(), por exemplo' e as
'lÔutrinas
"" Claro que dá paÍa fazer' mas
dar um enorme lrabâlhol Não é a§sim
assirn''
i""n. t""" pronto, no bolso clo colete para dizcr: "É
"4" quc nioguém está apto a
Ninguéin iem, na verala'le lsio significa
entre uma doutrina e
tazet a qualqu instante unla comparação
annlise' estão convcrgindo
nrr,O*.*,* Sabc_se quc, em ílltima tossc lotal' as doutrinas
á" ag-, -.a.. v.l^ q,e, se a conveÍgênciâ
aí um ceÍio mistério de que
scriair inaiscerniveis. rUas que exisic
é um Processo de individuação'
o processo dc "absoÍçao em Deus'
pÍocesso de absorçáo em Deus ' é claro
nr" *u*4"*- U
" 'm
"
cnigma' eu digo que nâo
você me pcrgunta qual â soluçáo ilesse
Se
+7
disso?
próprio ltndameDto da reaiidâde' Você quer a explicaçáo
esse é o
gsta é uma arhitrariellade divina' uma
Isso náo pode ter cxplicaçâo
arbitraricdadc do amor divino Ou scia: nós não precisamos existir
aqui por um ato
absolutamente e. náo obstante, cstamos aqui, estamos
da grâçâ, entáo, de graqa.
4rJ
Alrtno: A salúaqda é stllüacdo du alma.l
Da alma jndividual. claro. E a realizaçào metafísica, o que é? É sim-
plcsmcnte a absorçáo cognitiva da alma naquito que a lundârnenta.
Tudo isto é paravocôs vcrcm como ó csrâ ligura chamâda Duns Scoi,
que é a figurâ ccntral da filosofia universal. Tudo o que tem para trás e
lJdu u qu( .ern pJrd üdià1rr c a r que e\rê n ên(ar\c
Lameniei passar iáo brcvcmcnte por Santo Tomás dc Aquino, mas
isto âqui era tâo iDrportante, pois, dlinal de corltas. isto é sonente a
,]
i
-7
7
Leituras sugeridas