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CAPÍTULO 01 02.

(FCC) A frase em que a grafia e a acentuação estão


em conformidade com as prescrições da norma
padrão da Língua Portuguesa é:
Exercícios de Língua Portuguesa a) Ao se estender esse viez interpretativo, correm
o risco de por tudo à perder, na medida em que
“A batalha para alimentar a humanidade acabou.
Centenas de milhões vão morrer nas próximas décadas, será alterada a estratégia da pesquisa previamen-
apesar de todos os programas contra a fome”, escreveu te adotada.
Língua Portuguesa

o biólogo americano Paul Ehrlich em seu livro A bomba b) Sua pretenção ao consenso esvaiu-se quase que
populacional, de 1968. Não era à toa. O número de de repente, quando notou que entorno de si as
pessoas no mundo chegava a assustadores 3,5 bilhões pessoas mais pareciam descansar que dispostas
e, de fato, não existia terra suficiente para alimentar à debates.
todas elas. c) Tomou como ultrage a displicência com que foi
Mas Ehrlich errou. Ele não acreditava que um recebido, advinhando que o mal-estar que im-
daqueles programas contra a fome daria certo. Era a pregnava o ambiente era mais que uma questão
Revolução Verde, um movimento que começou nos eminentemente pessoal.
anos 40. O revolucionário ali foi dotar a agricultura d) Estava atrás de um acessório que o despensasse
de duas novidades. A primeira foram os fertilizantes de promover a limpeza do aparelho e sua conse-
de laboratório. Criados no começo do século XX, esses qüente manutenção depois de cada utilização,
compostos químicos permitiam maior crescimento das mas não pôde achá-lo por alí.
plantas, com três nutrientes fundamentais: nitrogênio, e) Quando se considera a par do tema, ajuíza sem
potássio e fósforo. A segunda novidade eram os pestici- medo, mas, ao se compreender insipiente, para
das e herbicidas químicos, capazes de destruir insetos, tudo e pede aos especialistas que o catequizem
fungos e outros inimigos das lavouras com uma eficiên- no assunto para não passar por néscio.
cia inédita. A eterna juventude
E o resultado não poderia ter sido melhor: com essa Conforme a lenda, haveria em algum lugar a Fonte
dupla, a produtividade das lavouras cresceu exponen- da Juventude, cujas águas garantiriam pleno rejuve-
cialmente. Tanto que, hoje, dá para alimentar uma nescimento a quem delas bebesse. A tal fonte nunca
pessoa com o que cresce em 2 mil metros quadrados; foi encontrada, mas os homens estão dando um jeito
antes, eram necessários 20 mil. de promover a expansão dos anos de “juventude” para
A química salvou a humanidade da fome. Mas limites jamais vistos. A adolescência começa mais cedo -
cobrou seu preço. Os restos de fertilizantes, por exemplo, veja-se o comportamento de “mocinhos” e “mocinhas”
tendem a escapar para rios e lagos próximos às planta- de dez ou onze anos – e promete não terminar nunca.
ções e chegar à vegetação aquática. As algas se multipli- Num comercial de TV, uma vovó fala com desenvoltu-
cam a rodo e, quando finalmente morrem, sua decompo- ra a gíria de um surfista. As academias e as clínicas de
sição consome o oxigênio da água, sufocando os peixes. cirurgia plástica nunca fizeram tanto sucesso. Muitos
Com os pesticidas é pior ainda. Eles não são terríveis só velhos fazem questão de se proclamar jovens, e uma
contra os insetos que destroem lavouras, mas também tintura de cabelo é indicada aos homens encanecidos
contra borboletas, pássaros e outras formas de vida. A como um meio de fazer voltar a “cor natural”.
biodiversidade ao redor das fazendas fica minguada Esse obsessivo culto da juventude não se explica
e, quando os agricultores exageram na dose, sobram por uma razão única, mas tem nas leis do mercado
resíduos nos alimentos, toxinas que causam danos à um sólido esteio. Tornou-se um produto rentável, que
saúde das pessoas. Diante disso, muitos consumidores se multiplica incalculavelmente e vai da moda à in-
partiram para uma alternativa: os alimentos orgânicos, dústria química, dos hábitos de consumo à cultura de
que ignoram os pesticidas e fertilizantes químicos em entretenimento, dos salões de beleza à lipoaspiração,
nome de integrar a lavoura à natureza. das editoras às farmácias. Resulta daí uma espécie de
(Adaptado de Ana Gonzaga. Superinteressante, novembro 2006, código comportamental, uma ética subliminar, um
p.90-92) jeito novo de viver. O mercado, sempre oportunista,
torna-se extraordinariamente amplo, quando os con-
01. (FCC) Considerando-se ortografia, acentuação sumidores das mais diferentes idades são abrangidos
gráfica e sinal de crase, a frase inteiramente pelo denominador comum do “ser jovem”. A juventu-
correta é: de não é mais uma fase da vida: é um tempo que se
a) Na agricultura orgânica, os fertilizantes de labo- imagina poder prolongar indefinidamente.
ratório cedem lugar a adubos naturais, tais como
esterco e restos de vegetação. São várias as consequências dessa idolatria: a de-
cantada “experiência dos mais velhos” vai para o baú
b) A agricultura orgânica passou a ser vista como de inutilidades, os que se recusam a aderir ao padrão
algo menos nossivo a natureza, o que condiz com triunfante da mocidade são estigmatizados e excluí-
a atual conciência ecológica. dos, a velhice se torna sinônimo de improdutividade e
c) Ao invez de pesticidas sintéticos no combate à objeto de caricatura. Prefere-se a máscara grotesca do
pragas da lavoura, surgiu a noção de se utilizarem botox às rugas que os anos trouxeram, o motociclista
predadores vivos, como vespas e joaninhas. sessentão se faz passar por jovem, metido no capacete
d) Graças as descobertas biológicas ressentes, é espetacular e na roupa de couro com tachas de metal.
possível controlar as pragas com insétos que É natural que se tenha medo de envelhecer, de
impedem sua disseminação nas plantações. adoecer, de definhar, de morrer. Mas não é natural que
e) Resíduos tóxicos em alimentos produzidos pelo reajamos à lei da natureza com tamanha carga de arti-
método convensional podem provocar, desde um
8 simples mau-estar, até graves doenças.
fícios. Diziam os antigos gregos que uma forma sábia
de vida está na permanente preparação para a morte,
pois só assim se valoriza de fato o presente que se vive. Assim acontece com as histórias de nossas vidas que
Pode-se perguntar se, vivendo nesta ilusão da eterna contamos para os amigos e para o espelho: os inícios
juventude, os homens não estão se esquecendo de ex- estão sempre em função da imagem de nós mesmos de
perimentar a plenitude própria de cada momento de que gostamos e que queremos divulgar. As coisas fun-
sua existência, a dinâmica natural de sua vida interior. cionam do mesmo jeito para os tempos que considera-
(Bráulio Canuto) mos “nossos”, ou seja, para a modernidade.
03. (FCC) Quanto ao emprego e à forma ortográfica Bem antes que tentassem me convencer de que a

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das palavras, a frase inteiramente correta é: data de nascimento da modernidade era um espirro
a) Obsecado pelo mito da eterna juventude, o cartesiano (...), quando era rapaz, se ensinava que a
homem contemporâneo não deixaria de viver as modernidade começou em outubro de 1492. Nos livros
experiências de que cada fase da vida se consti- da escola, o primeiro capítulo dos tempos modernos
tue naturalmente? eram e são as grandes explorações. Entre elas, a viagem
b) Na expressão sólido esteio indica-se o papel que de Colombo ocupa um lugar muito especial. Descidas
se atribue o mercado junto a quem ansia pelo Saara adentro ou intermináveis caravanas por montes
desfrute eterno da juventude. e desertos até a China de nada valiam comparadas com
c) Quem idolatriza a juventude acaba por não viver a aventura do genovês. Precisa ler “Mediterrâneo” de
plenamente os encantos que nos propisciam as Fernand Braudel para conceber o alcance simbólico do
outras fases da nossa vida.
pulo além de Gibraltar, não costeando, mas reto para
d) Quando se vive o que é extemporânio em relação
às experiências determinadas pela natureza, frente. Precisa, em outras palavras, evocar o mar Me-
deixa-se de usufluir os encantos de cada idade. diterrâneo – este pátio comum navegável e navegado
e) Se apraz a um surfista valer-se da linguagem que por milênios, espécie de útero vital compartilhado –
compartilha com outros jovens, por que haveriam para entender por que a viagem de Colombo acabou
as velhinhas de dissimular a que lhes é própria? e continua sendo uma metáfora do fim do mundo
04. (FCC) Está correto o emprego do elemento subli- fechado, do abandono da casa materna e paterna.
nhado em: (Contardo Calligaris, “A Psicanálise e o sujeito colonial”. IN: Psicaná-
lise e colonização: leituras do sintoma social no Brasil.
a) Não há uma razão única porque se explique essa
idolatria. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 1999, p.11-12.)
b) Muitos se perguntam porquê ocorre esse culto 06. “(...) para entender por que a viagem de Colombo
obsessivo. acabou e continua sendo uma metáfora(...)”
c) E esse culto obsessivo da juventude, ocorre por (FCC) No que se refere à grafia, para estar de acordo
quê? com o padrão culto, a frase que deve ser preenchida
d) Diga-me porque ocorre tamanha idolatria dos com forma idêntica à destacada acima é:
jovens. a) Alguém poderá perguntar: − O autor citou
e) O por que desse culto obstinado deve ser buscado Braudel, ___?
nas leis do mercado. b) Gostaria de saber ___ ele se interessou especifi-
05. (FCC) A frase que está integralmente de acordo com camente por essa obra de Braudel acerca do mar
a linguagem formal no que se refere à flexão é: Mediterrâneo.
a) Poucos foram os tabeliões que se insurgiram c) Quem sabe o ___ da citação da obra de Braudel?
contra as novas orientações, mas é possível que d) Referências são sempre interessantes, ___ des-
outros adiram à reação, dado o que se apreende pertam curiosidade acerca da obra.
dos altosfalantes. e) − ___ foi a obra que mais o teria impressiona-
b) Ingiro muitas calorias, por isso, se continuar a do sobre o assunto, respondeu alguém quando
comer todos os alimentos que me aprazerem, se indagado sobre o motivo da citação.
não me abster um pouco, chego a temer de que 07. (FCC) A frase que está totalmente de acordo com
terei problemas. o padrão culto da língua é:
c) Se repensarem e, assim mesmo, manterem a a) Todos reconheceram que Vossa Senhoria, a
disposição de não trabalhar às segundas-feiras, despeito da exigüidade do vosso tempo, sempre
sem considerar os inúmeros pró e contra dessa recebeu os estudiosos do assunto e lhes deu
atitude, serão seriamente combatidos. grande apôio.
d) Sempre que chega a hora de votar a matéria, o b) Sob a rubrica de “As grandes explorações”, o autor
grupo obstrói a votação, e, se tudo continuar a leu muito do que lhe sucitou interesse pelo tema
depender de seus bel-prazeres, logo eles serão e desejo de pôr em discussão algumas questões.
inúmeros ex-colarinho-brancos. c) Certas pessoas consideram ultrage a hesitação
e) Com tantos disse-me-disse acerca do tema, não em associar o início da modernidade à Descartes,
sabemos se eles se abstiveram de dar opinião ou mas a questão não pára por aí: há pontos mais
se se propuseram a assinar alguns dos abaixo-as- complexos em discussão.
sinados que circulavam. d) As reflexões do iminente estudioso, insertas
Quando começa a modernidade? A escolha de uma em texto bastante acessível ao leigo, nada têm
data ou de um evento não é indiferente. O momento daquele teor iracível e tendencioso que se nota
que elegemos como originário depende certamente em algumas obras polêmicas.
da ideia de nós mesmos que preferimos, hoje, con- e) Disse adivinhar o que alguns detratores diriam
templar. E vice-versa: a visão de nosso presente decide acerca de questões polêmicas como a de rever
das origens que confessamos (ou até inventamos). o significado assente de fatos históricos: “é mera 9
questão de querer auferir prestígio”.
08. (FCC) A frase que respeita o padrão culto no que ponto de partida para a boa conduta é o reconhecimen-
se refere à flexão é: to daquilo que não pode ser permitido, daquilo que re-
a) No caso de proporem um diálogo sem pseudo- presenta o limite de nossa vontade e de nossas ações.
dilemas teóricos, o professor visitante diz que Nas sociedades modernas, os textos constitucio-
medeia as sessões. nais e os regulamentos de todo tipo multiplicam-se e
b) Chegam a constituir-se como clãs os grupos que sofisticam-se, mas permanece como sustentação delas
defendem opiniões divergentes, como as que in- a ideia de que os direitos e os deveres dizem respeito
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terviram no último debate público. a todos e têm por finalidade o bem comum. Para
c) Ele era o mais importante testemunha do acalo- garantia do cumprimento dos princípios, instituem-se
rado embate entre opiniões contrárias, de que as sanções para quem os ignore. A penalidade aplicada
adviram os textos de difusão que produziu. ao indivíduo transgressor é a garantia da validade social
da norma transgredida. Por isso, a impunidade, uma
d) Em troca-trocas acalorados de idéias, poucos se vez manifesta, quebra inteiramente a relação de equi-
atêem às questões mais relevantes da temática. líbrio entre direitos e deveres comuns, e passa a consti-
e) Quando aquele grupo de pesquisadores reaver a tuir um exemplo de delito vantajoso: aquele em que o
credibilidade comprometida nos últimos revés, sujeito pode tirar proveito pessoal de uma regra exata-
certamente apresentará com mais tranqüilidade mente por tê-la infringido. Abuso de poder, corrupção,
sua contribuição. tráfico de influências, quando não seguidos de punição
09. (FCC) A frase que respeita inteiramente o padrão exemplar, tornam-se estímulos para uma prática deli-
culto escrito é: tuosa generalizada. Um dos maiores desafios da nossa
a) Nada disso influe no que foi acordado já faz mais sociedade é o de não permitir a proliferação desses
de dez dias, mas eles quizeram que eu reiterasse casos. Se o ideal da civilização é permitir que todos os
a sua disposição de manter o que foi estabelecido. indivíduos vivam e convivam sob os mesmos princípios
b) Gás lacrimogênio foi usado para dispersar os éticos acordados, a quebra desse acordo é a negação
grupos que cultivavam antiga richa, reforçando a mesma desse ideal da humanidade.
convicção de que dali há anos ainda estariam de (Inácio Leal Pontes)
lados opostos. 10. (FCC) Está correta a grafia de todas as palavras
c) Ficou na dependência de ele redigir tudo o que na frase:
os acionistas mais antigos se disporam a oferecer, a) Não constitui uma primasia dos animais a satisfa-
se, e só se, os mais novos não detiverem o curso ção dos impulsos instintivos: também o homem
das negociações. regozija-se em atender a muitos deles.
d) Semeemos a ideia de que tudo será resolvido b) As situações de impunidade infligem sérios danos
de acordo com os itens considerados prioritá- à organização das sociedades que tenham a pre-
rios, nem que para isso precisamos apelar para a tenção da exemplaridade.
decência de todos. c) É difícil atingir uma relação de complementari-
e) Vocês divergem, mas agora é necessário que se dade entre a premênsia dos instintos naturais e a
remedeie a situação; por isso, façam novos con- força da razão.
tratos e provejam o setor de profissionais com- d) Se é impossível chegarmos à abstensão completa
petentes. da satisfação dos instintos, devemos, ao menos,
Da impunidade procurar constringir seu poder sobre nós.
O homem ainda não encontrou uma forma de e) A dissuasão dos contraventores se faz pela exem-
organização social que dispense regras de conduta, plaridade das sanções, de modo que a cada delito
princípios de valor, discriminação objetiva de direitos corresponda uma justa punição.
e deveres comuns. Todos nós reconhecemos que, em O que é a CVM?
qualquer atividade humana, a inexistência de parâme- A CVM – Comissão de Valores Mobiliários – é uma
tros normativos implica o estado de barbárie, no qual entidade autárquica em regime especial, vinculada ao
prevalece a mais dura e irracional das justificativas: a Ministério da Fazenda, com personalidade jurídica e
lei do mais forte, também conhecida, não por acaso, patrimônio próprios, dotada de autoridade administra-
como “a lei da selva”. É nessa condição que vivem os tiva independente, ausência de subordinação hierár-
animais, relacionando-se sob o exclusivo impulso dos
instintos. Mas o homo sapiens afirmou-se como tal quica, mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes,
exatamente quando estabeleceu critérios de controle e autonomia financeira e orçamentária (Redação dada
dos impulsos primitivos. pela Lei nº 10.411, de 26 de fevereiro de 2002).
Variando de cultura para cultura, as regras de A CVM surgiu com vistas ao desenvolvimento
convívio existem para dar base e estabilidade às de uma economia fundamentada na livre iniciativa,
relações entre os homens. Não decorrem, aliás, apenas tendo por princípio básico defender os interesses do
de iniciativas reconhecidas simplesmente como investidor, especialmente o acionista minoritário, e o
humanas: podem apresentar-se como manifestações mercado de valores mobiliários em geral, entendido
da vontade divina, como valores supremos, por vezes como aquele em que são negociados títulos emitidos
apresentados como eternos. Os dez mandamentos pelas empresas para captar, junto ao público, recursos
ditados por Deus a Moisés são um exemplo claro de que destinados ao financiamento de suas atividades.
a religião toma para si a tarefa de orientar a conduta Ao eleger como objetivo básico defender os inves-
humana por meio de princípios fundamentais. No caso tidores, especialmente os acionistas minoritários, a
da lei mosaica, um desses princípios é o da interdição: CVM oferece ao mercado as condições de segurança e
10 “Não matarás”, “Não cobiçarás a mulher do próximo” desenvolvimento capazes de consolidá-lo como instru-
etc. Ou seja: está suposto nesses mandamentos que o mento dinâmico e eficaz na formação de poupanças, de
capitalização das empresas e de dispersão de renda e II. Não há nenhum mau na utilização do Caixa 2. Os
da propriedade, através da participação do público de recursos não contabilizados não são um mau,
uma forma crescente e democrática, assegurando o porque todos os políticos o utilizam.
acesso do público às informações sobre valores mobi- III. É mau apenas lamentar a atitude dos políticos.
liários negociados e sobre quem os tenha emitido. O povo poderá puni-los com o voto nas eleições
(Texto institucional) que se aproximam. Nesse momento, como diz o
ditado popular, eles estarão em mal lençóis.
11. (FCC) Está correta a grafia de todas as palavras

Língua Portuguesa
da frase: O emprego dos termos mal e mau está correto
a) É fundamental que, numa autarquia, haja a pre- APENAS em:
zervação de todos os meios que ensejem o de- a) I.
sempenho de sua real autonomia - sem o quê ela b) I e II.
se arrisca a encobrir os interesses mais excusos. c) II.
b) Os emprendimentos financeiros são, por d) III.
natureza, complexos, exigindo alta capacitação e) I e III.
de todos os que devem propisciar aos investido- 15. (FCC) A frase em que a ortografia está adequada
res o máximo de objetividade nas informações. ao padrão culto escrito é:
c) A mobilização de recursos constitui um processo a) A obra faraônica será uma excressência naquela
que exige descortino, intuição e agilidade de paisagem bucólica, mas ninguém teve hêsito em
quem agencie determinados investimentos - convencer os responsáveis da necessidade de
razão por que um técnico titubeante naufraga revisão do projeto.
nas intempéries do mercado. b) À mínima contrariedade, exarcebava-se de tal
d) Ao se sentirem descriminados, os investidores maneira que seus excessos verbais eram já co-
que dispõem de poupanças consideradas ezíguas, nhecidos de todos.
acabam por depositar suas economias em contas c) A expontaneidade com que se referiu ao local
de remuneração irrizória, já que não mereceram como “impesteado” fez que todo o auditório ex-
a atenção dos especialistas. plodisse em risos.
e) O recrudecimento do pessimismo quanto ao d) Quanto à infraestrutura, será necessário re-
construi-la em prazo curto, mas sem que haja
mercado de ações ocorre em situações que qualquer tipo de displiscência.
os bons profissionais sabem analizar; por isso, e) O docente não viu como retaliação a rasura no
embora se recomende agilidade nas iniciativas, é cartaz que afixara, mas sua intenção era advertir
imperdoável o assodamento nas resoluções. quanto ao desleixo com a coisa pública.
12. (FCC) Empregou-se de acordo com o padrão culto Os modernistas de 1922 nunca se consideraram
escrito a forma grifada em: componentes de uma escola, nem afirmaram ter pos-
a) Quando eu reaver o que me foi cobrado indevi- tulados rigorosos em comum. O que os unificava era
damente, farei uma doação a esse projeto social. um grande desejo de expressão livre e a tendência para
b) Esses papeizinhos amarelos marcam as páginas transmitir, sem os embelezamentos tradicionais do
mais importantes do relatório. academismo, a emoção pessoal e a realidade do país.
c) Ela confirmou que, se lhe convir, ela entrará no Por isso, não se cansaram de afirmar (sobretudo Mário
de Andrade) que a sua contribuição maior foi a liberda-
processo junto com todo o grupo. de de criação e expressão. “Cria o teu ritmo livremen-
d) Os abaixos-assinados que circularam na empresa te”, disse Ronald de Carvalho.
foram entregues à imprensa hoje pela manhã. Este conceito é relativo, pois em arte não há ori-
e) Se, no documento, ele requisesse somente o que ginalidade absoluta. No Brasil, ele significou princi-
lhe era de direito, teria seu pedido deferido. palmente libertação dos modelos acadêmicos, que se
13. (FCC) A frase que está totalmente correta quanto haviam consolidado entre 1890 e 1920. Em relação a
à grafia e acentuação é: eles, os modernistas afirmaram a sua libertação em
a) O excesso de fracassos às vezes leva o governan- vários rumos e setores: vocabulário, sintaxe, escolha de
te de uma nação a por a culpa em pessoas ou temas, a própria maneira de ver o mundo.
sistemas, sem a mínima exitação. Do ponto de vista estilístico, pregaram a rejeição
b) A parte teórica estava sucinta, mas o grande dos padrões portugueses, buscando uma expressão
mais coloquial, próxima do modo de falar brasileiro.
número de notas incertas de modo desorganizado Um renovador como Mário de Andrade começava os
no texto provocou um desequilíbrio desastrozo. períodos pelo pronome oblíquo, abandonava intei-
c) Não se conseguiu reconhecer quem fez as rúbricas, ramente a segunda pessoa do singular, acolhia ex-
por isso ninguém pode, ontem, ser admoestado. pressões e palavras da linguagem corrente, procurava
d) A análise dos obstáculos não pára aí, por isso não incorporar à escrita o ritmo da fala e consagrar literaria-
é mau conselho sugerir que se aceite a colabora- mente o vocabulário usual.
ção espontânea dos especialistas na área. Mesmo quando não procuravam subverter a gra-
e) Alguns contratos foram recindidos porque a as- mática, os modernistas promoveram uma valorização
sessoria considerou certos valores extorsivos, diferente do léxico, paralela à renovação dos assuntos.
chegando à sugerir uma auditoria no setor. O seu desejo principal foi o de serem atuais, exprimir a
vida diária, dar estado de literatura aos fatos da civiliza-
14. (FCC) Nas frases: ção moderna.
I. O mau julgamento político de suas ações não (Trecho adaptado de Antonio Candido e José Aderaldo Castello.
preocupa os deputados corruptos. Para eles, o Presença da literatura brasileira: Modernismo. Rio de Janeiro, 11
mal está na mídia impressa ou televisiva. Bertrand Brasil, 1997, p.11-12)

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