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RESUMO DO TEXTO

GODOY, Scarlett O’Phelan. “Señor de sus cédulas” Los indios capitanes de las mitas de
Huancavelica e Potosí, siglo XVIII. In: PAIVA, Eduardo França; ANASTASIA, Carla Maria
Junho. O trabalho mestiço: maneiras de pensar e formas de viver, séculos XVI a XIX. São Paulo:
Annablume: PPGH/UFMG, 2002. p. 229 – 244.

Função dos “capitães de mita” (p. 229): agrupar, transportar e vigiar os mitayos que operavam
nos determinados centros mineiros.
A escolha dos capitães (p. 229): No início, eram selecionados a partir da elite indígena, mas com
o tempo escolhas passaram a ser mais locais, a partir de índios com boa condição financeira
próxima as áreas de funcionamento da mita.
Seleção de mitayos (p.230): Eram a sétima parte da população indígena masculina tributária (18
– 50 anos) procedentes das vinte oito províncias do sul andino. Caso os capitães não se atentassem
a esses limites de idade poderiam ser punidos, e até perderem seu cargo.
A carga de trabalho (p. 230): Os mitayos deviam trabalhar EM TEORIA entre seis y doze meses
e, em seguida, podiam retornar a suas comunidades para permaneceram de dois a três anos antes
que novamente fossem chamados.
Tipos de capitães (p. 231): Generales de província (Caciques) ou enteradores (Índios principais).
No séc. XVIII, divisão não era muito nítida: haviam caciques enteradores de la mita, por exemplo.
Viajem para a mita (p. 233): A viagem movia famílias inteiras, uma vez que ficariam um longo
período fora. Havia o sentimento de mudança (com festividades de despedidas). Além de mães e
filhos, eram transportados também lhamas de carga, que ajudavam a carregar os suprimentos do
trajeto.
El Fuero de Mitayos (p. 233): Do dia que saíram de sua província de origem até a volta, os
capitães deveriam velar para que os mitayos não cometessem nenhuma falha de religião, de
governo e de polícia.
União de Tribos (p. 234): De uma ótima mais positiva, a união de povos diferentes na região
mineira foi essencial para a melhoria dos laços entre as comunidades, onde mesclaram-se as etnias.
Remuneração e pagamentos (p. 235): Os mitayos eram isentos do pagamento de impostos
durante o período em que estavam na região mineira. Além disso, recebiam um pagamento
semanal, nem sempre estável e por vezes injusto, pelos trabalhos realizados. Deviam receber
também, previamente, o “leguaje”, uma espécie de pagamento feito visando as despesas no
deslocamento dessas famílias até as regiões de mita.
Os mingas (p. 237 – 238): Eram os antigos mitayos que, por perceber na atividade mineradora
uma chance de mudar de vida (a maioria era advinda de províncias mais pobres) continuava os
serviços de forma fixa após o tempo de trabalho estabelecido. Ganhava um pouco mais e, embora
não fosse muito, percebeu-se ao longo do tempo um aumento nos interessados.
Fim da autoridade indígena e da mita (p. 238 – 239): Com o tempo, e principalmente a partir
do fim do séc. XVIII, houve o enfraquecimento e remodelação das atividades indígenas,
juntamente com a queda da mineração. Assim, começou-se o desaparecimento da mita e seus
capitães.

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