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INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA

MECÂNICA DOS FLUIDOS

VERIFICAÇÃO DA EQUAÇÃO DE BERNOULLI

A N O L E C T I V O 2014 / 2015
SEMESTRE DE INVERNO

Nº 39098 - Valentino Ho
Nº 40301 - Daniel Ribeiro
Nº 40849 - Paulo Simão
Grupo 7
TURMA – LM41D

ISEL, 11 de Fevereiro de 2015


ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................... 3
2. DESCRIÇÃO DO EQUIPAMENTO ...................................................... 3
3. ENQUADRAMENTO TEÓRICO ........................................................... 5
3.1. Tubo de Pitot ............................................................................. 5
3.2. Equação de Bernoulli ................................................................ 5
3.3. Equação da Continuidade ......................................................... 6
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL .................................................... 6
5. ANÁLISE E TRATAMENTO DE RESULTADOS ................................. 7
6. OUTRAS APLICAÇÕES .................................................................... 11
7. CONCLUSÕES .................................................................................. 13
8. BIBLIOGRAFIA.................................................................................. 13

2
1. INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objectivo a aplicação da equação de Bernoulli nas


conversões entre pressão estática e pressão dinâmica de um caudal de ar ao longo
de uma conduta convergente-divergente, através da elaboração de um estudo
comparativo entre os valores obtidos experimentalmente e os respectivos valores
teóricos obtidos por aplicação da equação da continuidade.

2. DESCRIÇÃO DO EQUIPAMENTO

No ensaio foi utilizada uma Bancada de Circulação de Ar da Marca TecQuipment,


modelo AF10.

Figura 1 – Bancada de Circulação de Ar

Utilizou-se uma conduta convergente–divergente cuja forma está representada


esquematicamente a seguir com respectivos valores de largura e comprimento em
mm.

3
Figura 2 – Passagem Convergente-Divergente

O Tubo de Pitot é um instrumento de medida de pressão utilizado para medir a


velocidade de fluidos e, mais concretamente, a velocidade dos aviões. Deve o seu
nome ao físico francês do século XVIII Henri Pitot.

Figura 3 – Tubo de Pitot

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3. ENQUADRAMENTO TEÓRICO

3.1. Tubo de Pitot

O primeiro instrumento de medição de velocidade de fluidos data do ano de 1732


tendo sido desenvolvido pelo físico Henri Pitot.
O tubo de Pitot é constituído por dois tubos coaxiais de diâmetros diferentes e é
utilizado para a medição da velocidade local de escoamentos, internos ou
externos, através da diferença entre a pressão total e a pressão estática.
A extremidade do Tubo de Pitot detecta a pressão total, enquanto a pressão
estática é medida através de pequenos orifícios na parede do tubo externo.
A diferença entre a pressão total e a pressão estática dá-nos a pressão dinâmica,
que está associada à energia cinética do fluido em movimento com uma
determinada velocidade 𝑣. Isto é, com a pressão dinâmica é possível obter-se a
velocidade do escoamento em qualquer ponto de medição através da equação de
Bernoulli.

3.2. Equação de Bernoulli

Daniel Bernoulli foi um físico e matemático suíço do século XVIII. Oriundo de uma
notável família ligada à Ciência, particularmente à matemática, nasceu em 1700 e
investigou as forças associadas a um fluido em movimento. Desenvolveu a teoria
cinética dos gases e foi quem pela primeira vez caracterizou a pressão de um gás
através dos choques elásticos das suas partículas numa superfície.
Este eminente físico viria a estabelecer, em 1738, uma das equações mais
utilizadas na mecânica de fluidos conhecida por Equação de Bernoulli.
A Equação de Bernoulli traduz o princípio de conservação de energia para uma
mesma linha de corrente num escoamento estacionário, incompressível e
invíscido, permitindo relacionar de forma simples pressões e velocidades.

A equação de Bernoulli apresenta a forma:

1/2 𝜌𝑣 2 + 𝑝 + 𝜌𝑔𝑧 = 𝑃

Esta equação será utilizada no âmbito do presente ensaio para determinar as


velocidades experimentais a partir das pressões dinâmicas resultantes das
medições efectuadas ao escoamento. Também será utilizada de modo inverso
para determinar pressões estáticas teóricas a partir de velocidades teóricas obtidas
pela equação da continuidade.

5
3.3. Equação da Continuidade

Em circunstâncias de simplificação semelhantes às que se aplicam na dedução da


equação de Bernoulli, ou seja escoamento estacionário, incompressível e invíscido,
a realização de um balanço de massa num tubo de corrente contendo duas
secções (uma de carga e outra de descarga) normais às linhas de corrente desse
tubo, em que A1 é a área secção de entrada e A2 a área da secção saída do
escoamento, resulta em

𝜌2 𝐴2 𝑢2 − 𝜌1 𝐴1 𝑢1 = 0

Ou seja, assumindo o escoamento como estacionário, a variação da massa no


interior do volume de controlo (tubo de corrente), por unidade de tempo, é nula.
Assumir o escoamento como incompressível significa que a massa volúmica é
constante, logo a expressão anterior assume a forma

𝐴2 𝑢2 − 𝐴1 𝑢1 = 0

Esta expressão aplicada ao caso presente, sabendo-se que a profundidade B da


conduta é constante, apenas depende das velocidades e das dimensões da largura
da conduta. Ou seja, a equação da continuidade aplicada ao volume de controlo do
presente trabalho experimental resume-se a

𝑢1 𝑙2
𝑙2 𝑢2 − 𝑙1 𝑢1 = 0 ⟺ =
𝑢2 𝑙1

É esta a equação que será utilizada posteriormente para calcular as velocidades


teóricas do escoamento e compará-las com as velocidades experimentais obtidas
pela aplicação da equação de Bernoulli.

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Medem-se as pressões estáticas e totais ao longo da conduta convergente-divergente


por meio de um tubo de Pitot Estático que se desloca verticalmente, de cima para
baixo, no interior da conduta, ilustrada na secção de Equipamento Experimental.
Realizaram-se 13 medições desde o início, X=0 cm, até aproximadamente ao fim da
conduta, X=30 cm, para dois valores distintos de caudal, inicialmente a 50% do caudal
máximo e, posteriormente, para o caudal máximo.

6
5. ANÁLISE E TRATAMENTO DE RESULTADOS

Na Tabela 1 apresentam-se os valores referentes às medições efectuadas no


laboratório que correspondem às posições X de medição ao longo do comprimento da
conduta, largura da conduta, pressões totais (P), pressões estáticas (Pe) e pressão
atmosférica em cada ponto, para os dois valores de caudal (carga).

x Largura Patm P Pe P Pe
(mm) (mm) (cm) (cm) (cm) (cm) (cm)
0 74,0 49,5 45,7 49,5 39,6 49,5
25 62,6 49,5 45,7 51,0 39,6 54,3
50 51,1 49,5 45,7 53,2 39,6 60,0
75 42,0 49,5 45,7 53,8 39,6 61,6
100 42,0 49,5 45,7 53,6 39,6 60,8
125 43,7 49,5 45,7 52,7 39,6 58,4
150 47,9 49,5 45,7 51,8 39,6 56,1
175 52,1 49,5 45,7 51,2 39,6 54,3
200 56,3 49,5 45,7 50,7 39,6 52,8
225 60,5 49,5 45,7 50,3 39,6 51,7
250 64,7 49,5 45,7 50,0 39,6 50,8
275 68,9 49,5 45,7 49,7 39,6 50,0
300 73,2 49,5 45,7 49,4 39,6 49,4

Tabela 1 – Medições Laboratório

O valor da altura da coluna de líquido correspondente ao zero da pressão atmosférica


é de 49,5 cm, pelo que na Tabela 2 são apresentados os valores de pressão
corrigidos ao zero (pressões relativas), assim como os respectivos valores de pressão
dinâmica calculados de acordo com a expressão Pu = P – Pe .

7
x Largura P Pe Pu P Pe Pu
(mm) (mm) (cm) (cm) (cm) (cm) (cm) (cm)
0 74,0 3,8 0,0 3,8 9,9 0,0 9,9
25 62,6 3,8 -1,5 5,3 9,9 -4,8 14,7
50 51,1 3,8 -3,7 7,5 9,9 -10,5 20,4
75 42,0 3,8 -4,3 8,1 9,9 -12,1 22,0
100 42,0 3,8 -4,1 7,9 9,9 -11,3 21,2
125 43,7 3,8 -3,2 7,0 9,9 -8,9 18,8
150 47,9 3,8 -2,3 6,1 9,9 -6,6 16,5
175 52,1 3,8 -1,7 5,5 9,9 -4,8 14,7
200 56,3 3,8 -1,2 5,0 9,9 -3,3 13,2
225 60,5 3,8 -0,8 4,6 9,9 -2,2 12,1
250 64,7 3,8 -0,5 4,3 9,9 -1,3 11,2
275 68,9 3,8 -0,2 4,0 9,9 -0,5 10,4
300 73,2 3,8 0,1 3,7 9,9 0,1 9,8

Tabela 2 – Pressões Relativas (cm)

De seguida procede-se à conversão dos valores de pressão para unidades do


sistema internacional, Pascal (Pa), através da expressão P = ρLM × g × (hatm − h).
O fluido manométrico usado é um álcool, cuja densidade é de, aproximadamente,
0,784 à temperatura de 20 ºC, o que corresponde a uma massa volúmica de ρ =
782,4 kg/m3.

X Largura P Pe Pu P Pe Pu
(mm) (mm) (Pa) (Pa) (Pa) (Pa) (Pa) (Pa)
0 74,0 291,7 0,0 291,7 759,9 0,0 759,9
25 62,6 291,7 -115,1 406,8 759,9 -368,4 1128,3
50 51,1 291,7 -284,0 575,7 759,9 -805,9 1565,8
75 42,0 291,7 -330,0 621,7 759,9 -928,7 1688,6
100 42,0 291,7 -314,7 606,4 759,9 -867,3 1627,2
125 43,7 291,7 -245,6 537,3 759,9 -683,1 1443,0
150 47,9 291,7 -176,5 468,2 759,9 -506,6 1266,4
175 52,1 291,7 -130,5 422,1 759,9 -368,4 1128,3
200 56,3 291,7 -92,1 383,8 759,9 -253,3 1013,1
225 60,5 291,7 -61,4 353,1 759,9 -168,9 928,7
250 64,7 291,7 -38,4 330,0 759,9 -99,8 859,6
275 68,9 291,7 -15,4 307,0 759,9 -38,4 798,2
300 73,2 291,7 7,7 284,0 759,9 7,7 752,2

Tabela 3 – Pressões Relativas (Pa)

Em função dos valores obtidos representa-se graficamente a evolução das pressões


estáticas e dinâmicas ao longo da conduta. A evolução das curvas está de acordo
com o esperado.

8
Pressões
700.0
600.0
500.0
400.0
Pressão (Pa)

300.0
200.0
P - Pressão Total
100.0
0.0 Pe - Pressão Estática
-100.0
-200.0 Pu - Pressão Dinâmica
-300.0
-400.0
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300
Distância x (mm)

Gráfico 1 – Pressão Estática vs Dinâmica (50% do caudal máximo)

Pressões
2000.0
1750.0
1500.0
1250.0
1000.0
Pressão (Pa)

750.0
500.0
P - Pressão Total
250.0
0.0 Pe - Pressão Estática
-250.0 Pu - Pressão Dinâmica
-500.0
-750.0
-1000.0
-1250.0
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300
Distância x (mm)

Gráfico 2 – Pressão Estática vs Dinâmica (caudal máximo)

A partir dos valores de pressão dinâmica é possível calcular a velocidade do


escoamento, em cada ponto X, por intermédio da equação de Bernoulli.

1 2
𝜌𝑣 + 𝑝 + 𝜌𝑔𝑧 = 𝑃
2

9
Em que
1 2
𝜌𝑣
2

corresponde à pressão dinâmica. Utilizando os valores de Pu apresentados na Tabela


3, e com uma massa volúmica para o ar de ρ = 1,2 kg/m3, obtemos os valores
experimentais da velocidade do escoamento em cada ponto X.

x Largura u Pu u
(mm) (mm) Bt/B Pu (Pa) (m/s) u/ut (Pa) (m/s) u/ut
0 74,0 0,57 291,7 22,0 0,68 759,9 35,6 0,67
25 62,6 0,67 406,8 26,0 0,81 1128,3 43,4 0,82
50 51,1 0,82 575,7 31,0 0,96 1565,8 51,1 0,96
75 42,0 1,00 621,7 32,2 1,00 1688,6 53,0 1,00
100 42,0 1,00 606,4 31,8 0,99 1627,2 52,1 0,98
125 43,7 0,96 537,3 29,9 0,93 1443,0 49,0 0,93
150 47,9 0,88 468,2 27,9 0,87 1266,4 45,9 0,87
175 52,1 0,81 422,1 26,5 0,82 1128,3 43,4 0,82
200 56,3 0,75 383,8 25,3 0,79 1013,1 41,1 0,78
225 60,5 0,69 353,1 24,3 0,75 928,7 39,3 0,74
250 64,7 0,65 330,0 23,5 0,73 859,6 37,9 0,71
275 68,9 0,61 307,0 22,6 0,70 798,2 36,5 0,69
300 73,2 0,57 284,0 21,8 0,68 752,2 35,4 0,67

Tabela 4 – Velocidades

Da Tabela 3 constam também os valores das relações das velocidades, teóricas e


experimentais, do escoamento para cada ponto X. Estes valores foram calculados por
intermédio da equação da continuidade, tal como referido na secção de
Enquadramento Teórico. Os valores de ut e Bt representam, respectivamente, a
velocidade e a largura da conduta na zona de estrangulamento.

Deste modo é possível representar graficamente as velocidades experimentais e


teóricas de escoamento em cada ponto de medição do comprimento da conduta.
O Gráfico 2 mostra uma evolução esperada das curvas das velocidades em função
dos pontos X de medição ao longo do comprimento da conduta que situam o tubo de
Pitot nas diversas secções (convergente, estrangulamento, divergente).

10
Velocidades
1.10
1.00
0.90
0.80
0.70
0.60
u/ug

0.50 Valores Teóricos - Bt/B


0.40
Valores Experimentais - u/ut
0.30
0.20
0.10
0.00
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300
Distância x (mm)

Gráfico 3 – Relações de Velocidade (50% do caudal máximo)

Velocidades
1.10
1.00
0.90
0.80
0.70
0.60
u/ug

0.50 Valores Teóricos - Bt/B


0.40 Valores Experimentais - u/ut
0.30
0.20
0.10
0.00
0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300
Distância x (mm)

Gráfico 4 – Relações de Velocidade (caudal máximo)

6. OUTRAS APLICAÇÕES

Podemos usar a Equação de Bernoulli para determinar a velocidade de um


escoamento recorrendo a um aparelho muito simples conhecido como medidor de
Venturi.

11
O medidor de Venturi é usado para medir a velocidade de escoamento de um fluido
incompressível de massa volúmica ρf numa tubagem. O medidor é constituído por um
tubo de pequeno diâmetro que está ligado à tubagem principal entre duas zonas de
secção diferente.

Figura 4 – Medidor de Venturi


As áreas da secção transversal de entrada e saída são iguais à área da secção
transversal do cano. Entre a entrada e a saída o fluido passa por uma secção mais
estreita. Um manómetro que contém um líquido de massa volúmica ρm, está ligado ao
tubo em zonas de secção diferentes. A velocidade no estrangulamento vai ser
superior à da tubagem.

A equação de Bernoulli apresenta a forma

1 2 1
𝜌𝑣1 + 𝑝1 + 𝜌𝑔𝑧1 = 𝜌𝑣22 + 𝑝2 + 𝜌𝑔𝑧2
2 2

Como Z1=Z2 ficamos com

1 1
𝜌𝑓 𝑣12 + 𝑝1 = 𝜌𝑓 𝑣22 + 𝑝2
2 2

Da equação da continuidade temos

𝐴1 𝑣1 = 𝐴2 𝑣2

Aplicando a equação da hidrostática ao fluido do manómetro, obtemos

𝑝1 − 𝑝2 = 𝜌𝑚 𝑔ℎ

12
Da conjugação destas três equações pode-se tirar a expressão que nos permite
conhecer a velocidade do escoamento na tubagem principal

2𝜌𝑚 𝑔ℎ
𝑣1 =
√ 𝐴1 2
[(𝐴 ) − 1] 𝜌𝑓
2

7. CONCLUSÕES

Os resultados experimentalmente obtidos estão em concordância com os valores


teóricos, verificando-se perfis e evoluções semelhantes ao longo do comprimento da
conduta como demonstrado nos gráficos apresentados.
Os desvios verificados entre as curvas teóricas e experimentais poderão estar
relacionados com algumas dificuldades no decurso do ensaio, nomeadamente: o
posicionamento e a fixação do tubo de Pitot, a tomada de pressão total não ser
coincidente com a tomada de pressão estática, erros de leitura nos meniscos dos
tubos manométricos, erros relacionados com operações de arredondamento,
desgaste do equipamento experimental, etc.
Como previsto na equação de Bernoulli, para a pressão total se manter constante as
pressões estáticas e dinâmicas variam em função da velocidade. Isto é quando existe
um aumento de velocidade a pressão estática diminui e a pressão dinâmica aumenta
e vice-versa.
A velocidade do fluido (ar) aumenta desde a entrada da conduta até à zona de
estrangulamento, desacelerando na situação oposta, isto é quando atravessa o troço
divergente. Verificou-se também que a velocidade mais elevada é registada na zona
de estrangulamento, ou seja, no troço com menor área.
A Equação de Bernoulli é de grande utilidade para situações práticas relacionadas
com a previsão e a quantificação de escoamentos. No entanto, a equação foi
deduzida com base em pressupostos restritivos que introduzem algum erro nos
cálculos visto os escoamentos reais não serem exactamente estacionários,
incompressíveis e invíscidos, mas sim aproximações mais ou menos precisas destes.

8. BIBLIOGRAFIA

 Fluid Mechanis - 4th Ed. - Frank M. White - Mcgraw-Hill


 Sebenta Mecânica de Fluidos – DEM ISEL
 http://en.wikipedia.org/wiki/Venturi_effect - Venturi Effect
 Apontamentos das aulas

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