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PERIGOSAS

Doce Tentação
Tati Dias

1ª Edição
2017
São Paulo / Brasil

NACIONAIS-ACHERON
PERIGOSAS

NACIONAIS-ACHERON
PERIGOSAS

Os direitos autorais dessa história pertencem à autora.


Esta é uma obra de ficção.
Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

O trabalho Doce Tentação de Tati Dias está licenciado com uma Licença
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Internacional.
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qualquer parte dessa obra, através de quaisquer meios sem autorização prévia
escrita da autora.
Criado no Brasil.

ATENÇÃO: CONTEÚDO ADULTO, LINGUAGEM SEXUAL


EXPLÍCITA.

***

Sinopse
“Com todo cuidado, ela o pegou entre os dedos, girou algumas vezes,
então colocou a língua pra fora e lambeu a cobertura, fechando os olhos e
gemendo extasiada...”

Vocês se lembram do Mark e da Noelle? Então com certeza lembram do


Adan também...

Desde que Adan se tornou sócio de Mark, ele se viu cada vez com menos
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tempo de estar diante das câmeras, o que o deixava longe da diversão, mas
ele ainda podia sair com as garotas que queriam virar atrizes, e muitas o
procuravam, dispostas a qualquer coisa por um papel.
Seus problemas começaram quando surgiu o projeto Pandora, eles iriam
produzir uma série de filmes baseados nos livros quentes que estavam
ganhando o mercado literário feminino, seriam filmes eróticos de qualidade,
voltados para as mulheres e o elenco estava sendo escolhido a dedo.
Mas faltava uma pessoa, nem ele e nem ninguém estava encontrando a
mulher sexy e voluptuosa, estilo pinup que faltava para fechar o elenco.

NACIONAIS-ACHERON
PERIGOSAS

Índice

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Penúltimo Capítulo
Capítulo final
Epílogo

NACIONAIS-ACHERON
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Capítulo 1
Adan

Quando entrei no escritório do Mark aquela manhã, eu já sabia que ele


iria reclamar. Desde que me tornei sócio na sua empresa de entretenimento
adulto, as responsabilidades aumentaram, as filmagens diminuíram e as dores
de cabeça triplicaram.
Tínhamos um prazo a cumprir e até agora eu não havia encontrado a atriz
ideal para um enorme projeto em que nos envolvemos com outra empresa.
O projeto Pandora.
Os filmes nem estavam prontos e todo mundo estava falando neles,
esperando por eles ou querendo estar neles.
E agora, Mark iria se afastar por alguns dias para curtir o nascimento do
filho que estava para chegar a qualquer momento e o elenco tinha que estar
fechado.
Só que não estava, faltava uma pessoa e eu estava encarregado de
encontrá-la.
—Pela sua cara, já vi que não achou. – Mark falou quando entrei.
—Nada cara, essa mulher não existe. – resmunguei me jogando na cadeira
em frente à sua mesa.
—Sim, ela existe, o nosso problema é que talvez ela não seja desse meio.
—O que deixa tudo pior. – retruquei.
—Se tivermos sorte, ela pode estar precisando de dinheiro. – ele falou, me
olhando.
—E eu vou ter que convencer uma mulher que não atua no nosso ramo a
fazer um filme pornô, acenando com um monte de dinheiro para ela?
—Exatamente. – ele concordou rindo.
—Vou me sentir um gigolô. – resmunguei.
—Adan, essa série de filmes é de ótimo gosto, os filmes estão ficando
perfeitos.

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—Ainda assim eu vou propor a ela que faça sexo por dinheiro. – lembrei.
—Que tal você encontrar essa mulher, primeiro? Depois nos preocupamos
com isso.
Ele tinha razão, um problema por vez.
—O ator já está fechado? – perguntei.
—Sim, essa parte é fácil, a única exigência era que fosse forte, um
lenhador deve ter músculos. – ele respondeu rindo.

Deixamos o escritório juntos, era final do dia e ele estava correndo para
casa, como sempre.
—Mande um beijo para Noelle. – falei, enquanto assistia ele acenar para
um táxi.
—Pode deixar que digo a ela que mandou lembranças. – ele respondeu
me olhando torto, enquanto entrava no carro, me fazendo rir.
Olhei ao redor e o frio do inverno chegou até os meus ossos, só então
lembrei que minhas luvas ficaram na minha sala.
Escondendo as mãos nos bolsos do sobretudo, eu atravessei a rua
correndo e entrei no meu carro, o frio era demais e depois de rodar algumas
quadras eu vi um café muito charmoso que me chamou a atenção, estacionei
o carro próximo a ele e entrei, pensando em tomar um café bem quente para
me aquecer.
O ambiente aconchegante me abraçou como um cobertor.
—Boa tarde, está muito frio lá fora?
Um rapaz me saudou de trás do balcão.
—Demais. – respondi tentando me aquecer.
—Droga, estou saindo daqui a pouco. – ele lamentou.
—Torça para que fique só no frio, porque parece que vai chover.
Na mesma hora um raio cortou o céu e a chuva começou.
—Tarde demais, o que vai querer? – ele perguntou olhando para fora.
—Um expresso, bem quente. – pedi.
O lugar estava tranquilo, com poucas pessoas sentadas nas mesas.
Peguei minha xícara e me sentei em uma mesa perto das grandes janelas
de vidro, olhando a chuva cair, foi quando vi uma pessoa lutando para manter
o guarda chuva aberto com uma das mãos e carregando o que parecia ser uma
caixa de plástico com a outra, ela atravessou a rua em direção ao café.
Logo em seguida a porta foi aberta e o frio entrou em uma lufada de
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vento, enquanto a pessoa lutava para fechar o guarda chuva.


—Lucy! Finalmente! Achei que você não fosse trazer suas belezinhas
hoje. – o atendente a saudou feliz.
—Deixe de ser bajulador Erick e me ajude aqui. – sua voz encheu o
ambiente de calor e meu pau esticou dentro da calça.
Ela puxou o capuz fora da cabeça, deixando seus cabelos loiros cair sobre
seus ombros.
—Essa chuva não podia ter esperado mais cinco minutos? – ela reclamou,
mas sua voz ainda era alegre, de onde estava eu só conseguia ver o seu
cabelo, mais nada.
O rapaz apanhou sua caixa e entrou atrás do balcão.
—O que temos hoje? – ele perguntou abrindo a tal caixa.
—Os tradicionais. – ela respondeu andando atrás dele, enquanto
arrancava o sobretudo.
Sua bunda tampou minha visão, era grande e redonda e eu me vi perdido
nela.
—Seus cupcakes são tudo, menos tradicionais, darling. – o rapaz
continuou conversando com ela.
Fiquei prestando a atenção no que eles falavam, pareciam íntimos e isso
me incomodou de uma forma que não entendi.
—São seus olhos querido. – ela respondeu rindo.
—Sente esse bundão aqui e me conte as novidades, vou pegar um café
para você. Meu Deus, Lucy, esse é um daqueles de limão? – ele falou,
olhando dentro da caixa, quando voltou com o café dela.
—Sim. – ela parecia deliciada em vê-lo babando em seus doces.
—Eu preciso de um desses. – ele falou apanhando um doce e gemendo
enquanto mordia.
Ele entregou o café dela, enquanto mastigava.
—Menina, isso é maravilhoso, agora me conta, como anda nossa casa de
pães?
Pela primeira vez, senti a voz dela se apagar um pouco.
—Não me pergunte. – ela respondeu desanimada.
—Claro que pergunto, desembucha logo mulher, o que aconteceu?
—Vou ter que adiar.
—Por quê?
—Eu fiz o depósito para o ponto que eu estava de olho, deixei um cheque
para a segunda parcela e daria a última em dinheiro, só que agora eu não vou
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conseguir pagar o resto e pior, não sei nem se vou conseguir cobrir o cheque.
– ela explicou.
—O da galeria da praia?
—Ele mesmo, bem na entrada.
—Como assim não vai poder pagar o resto? Você tinha quase todo o
dinheiro já. – ele parecia estarrecido.
—Vou ter que usar ele em outra coisa e ainda vou perder o que já dei,
porque já passou do prazo para desistir do negócio.
—Não faça isso mulher, há meses que vejo você planejando isso, o que
aconteceu?
Ela deu um suspiro pesaroso antes de voltar a falar.
—Esquece.
—Não acredito, eu já estava pronto para ir trabalhar pra você, fala a
verdade, foi seu irmão?
—Você está me deixando para baixo, sua borboleta, eu não vou me deixar
abater, juntei dinheiro uma vez, posso juntar de novo.
—Eu sei querida. – ele falou juntando as mãos dela entre as suas. — Você
é maravilhosa, gostosa, vitaminada, guerreira e eu sei que você vai conseguir.
—Acho que vou fazer programa, o que você acha? – ela brincou e meu
coração disparou.
Ele gargalhou alto.
—Querida, eu já falei que se eu fosse hetero, seria o primeiro, mas
falando sério, o que houve?
—Ele passou em casa hoje cedo, chorando que estava cheio de dívidas, a
empresa está quebrando, minha cunhada só sabe gastar e ele não estava
vendo saída.
—Lucy, querida, eu te amo, você sabe disso, mas esse seu irmão e a sua
cunhada perderam totalmente a noção. Se ele não tem a capacidade de
gerenciar a empresa dele, que deixe você em paz para abrir a sua, eu sei que a
maior parte do dinheiro é o que sua tia deixou para você, eu não esqueci isso.
—Usei quase todo no depósito, ele não se conformou dela não ter deixado
nada para ele.
—E porque deixaria? Ela era sua parenta, não dele, ou a criatura esqueceu
que vocês têm pais diferentes? Lucy, sua tia nunca te perdoaria se você desse
dinheiro para ele e desistisse do seu sonho.
—Eu não vou desistir.
Nesse momento a sineta da porta tocou, indicando que alguém entrava,
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olhei e vi que um bando de estudantes entrou para se proteger do frio e foram


direto para o balcão.
Ela desceu da banqueta que ocupava e pegando seu café, deixou o balcão.
—Ei, rainha, aonde vai?
—Vou sentar em uma das mesas, enquanto a chuva não diminui.
—Tome, leve um desses com você. – ele falou empurrando um cupcake
rosa para ela.
—Você sabe que não posso.
—Sim, sim, eu sei, ele vai direto para a sua bunda, deixa de reclamar e
pega logo, não sei como você aguenta fazer essas maravilhas e não comer
nenhum.
—Eu encaro como penitência por meus pecados. – ela falou rindo.
Seu riso rouco me acendeu mais ainda.
—Que pecado pelo amor de Deus? – ele perguntou rindo.
—Os que eu ainda vou cometer. – ela respondeu e ele gargalhou do outro
lado do balcão.
Ela pegou o cupcake e se afastou do balcão, andando em minha direção,
sem me notar, até parar na mesa ao lado da minha. Ela se sentou de frente
para mim, colocou o sobretudo na cadeira ao lado e em seguida abriu o
agasalho, fiquei sem ar com o belo par de seios que quase saltavam fora do
decote.
Eles eram grandes, cheios, pareciam melões, me imaginei fazendo uma
bela espanhola, com meu pau escuro contra sua pela branca como a neve.
O frio fez com que o bico esticasse, marcando a blusa.
Seu amigo continuava ocupado atendendo os estudantes e eu me vi
babando como o lobo mau, diante da “chapeuzinho vermelho”.
Ela ajeitou a blusa distraidamente, em seguida provou seu café e então
ficou olhando o bolinho na sua frente, ela ficou encarando ele um tempo e
por fim foi vencida.
Com todo cuidado, ela o pegou entre os dedos, girou algumas vezes,
então colocou a língua pra fora e lambeu a cobertura, fechando os olhos e
gemendo extasiada.
E eu quase gozei na minha calça.
Era ela, eu tinha encontrado a nossa Rose, a mulher que precisávamos
para a filmagem e ela precisava de dinheiro, tudo se encaixava.
O único problema era que eu a queria na minha cama e sem nenhuma
câmera de vídeo gravando.
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A chuva diminuía finalmente e percebi que ela se apressava em acabar


seu café, com certeza para aproveitar a trégua.
Rapidamente me levantei e deixei o lugar, parando perto da porta, para
esperar sua saída.

Lucy

A chuva havia praticamente parado, me levantei para deixar logo o café,


talvez eu conseguisse chegar ao metrô antes que a ela voltasse.
—Erick querido, vou correr, a chuva diminuiu. – avisei vestindo meu
agasalho.
—Não senhora, venha aqui,é rápido.
O balcão estava vazio novamente e ele se debruçou para falar baixo.
—Diz pra mim que você notou aquele deus de ébano que estava te
comendo com os olhos. – Erick cochichou.
—Quem? – perguntei olhando em nossa volta.
—Não acredito mulher, um cara maravilhoso estava quase pulando em
cima de você e a tapada não notou?
—Isso é sério? – perguntei.
—Sim, muito sério, você definitivamente não tem jeito.
—Idiota. – respondi, rindo dele.
—Lucy, o cara era lindo, até eu estava ovulando aqui e ele só tinha olhos
para você. Ele quase saltou sobre a mesa quando você começou a comer seu
bendito bolinho.
—Erick, eu estava de costas para você, como você...
—Querida, eu já te vi comendo esses cupcakes, daqui eu podia ouvir seus
gemidos, o coitado deve ter gozado na calça.
Senti meu rosto esquentar, sinal de que eu estava vermelha.
Tentando disfarçar, eu vesti meu sobretudo novamente, me preparando
para encarar o frio.
—Bem, de qualquer modo, ele foi embora, então esqueça. – falei
desconversando.
—Fazer o que, se Deus não dá asa a cobra?
Fiz uma careta para sua provocação.
— Até mais docinho e só um conselho, não entregue todo o seu dinheiro
para aquele imbecil. – ele falou, piscando para mim.
—Eu já prometi a ele.
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—Então dê só uma parte, não é justo e ele vai gastar e vir atrás de mais,
vai por mim.
Com um sorriso, eu deixei o café, talvez eu conseguisse guardar uma
parte do dinheiro para cobrir o cheque pelo menos, começar do zero seria um
desastre e me deixaria mais longe da promessa que fiz a minha tia.
Assim que abri a porta, senti o frio bater contra o meu rosto, minha
vontade era voltar para dentro, mas eu precisava voltar logo para casa, ou
ficaria presa na chuva.
Não notei o homem parado na porta e bati contra o seu corpo na pressa de
sair do frio.
—Me desculpe. – falei de cabeça baixa, protegendo o rosto do frio.
—Não foi nada, eu que estava no caminho. – a voz que chegou até mim
me fez levantar a cabeça imediatamente.
Só podia ser o cara que o Erick falou.
Sorri para ele e virei para seguir meu caminho.
Frio. Frio. Frio. Eu só conseguia pensar em chegar em casa.
—Espere.
Ouvi a voz quente vindo de trás de mim e sem pensar, me virei, ficando
de frente com o dono daquela voz.
—Algum problema? – perguntei.
—Sim, eu preciso muito falar com você, mas... – ele parou olhando para
minha boca.
—Mas?
—Eu preciso fazer uma coisa antes, espero que me desculpe. – ele disse
chegando mais perto.
—Desculpar você pelo quê? – perguntei quase sem voz.
Seus olhos escuros prenderam os meus.
—Por isso.
Ele me puxou e me prendeu contra a parede, enquanto seus lábios grossos
e macios cobriam os meus.
Meu sutiã pareceu apertado e minha calcinha se tornou um incômodo, que
eu queria me livrar de qualquer modo.
As mãos dele se infiltraram por dentro do meu casaco, viajando pelo meu
corpo até os meus seios.
Ele segurou os dois, firme e os apertou, minha calcinha estava tão
molhada que eu podia sentir contra minha pele.
Abandonando minha boca, ele desceu os lábios pelo meu pescoço e então
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mordiscou minha pele sensível, me fazendo derreter.


—Oh... – o gemido escapou de meus lábios antes que eu pudesse impedi–
lo de sair.
E teve um efeito surpreendente sobre ele, o homem parecia querer entrar
dentro de mim, senti seu pau se apertar contra minha barriga e seu tamanho
me pareceu surpreendente.
Um carro passou buzinando.
—Ei, vão para um hotel. – o motorista gritou.
Abri os olhos assustada e o empurrei.
—Que...
Eu não consegui terminar, precisei respirar fundo, para recuperar o
fôlego.
—Que porra é essa, quem diabos é você?
Ele me olhou aturdido e sacudiu a cabeça.
Fechei meu casaco, o frio parecia maior agora, com ele longe do meu
corpo.
—Adan. – foi tudo o que ele disse.
—Como? – perguntei perdida.
—Meu nome é Adan.
—Bem,Adan, isso realmente foi estranho, adeus. – falei firme e me
afastei.
Meu corpo todo tremia, mas eu não o deixei saber o quanto estava
abalada.

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Capítulo 2
Adan

Ela saiu andando.


Simples assim.
Me deixando plantando na calçada.
—Lucy, espere, por favor, eu preciso muito falar com você. – chamei.
Ela parou no meio da calçada e se virou em minha direção, mas sua cara
não era nem um pouco amigável.
—Como sabe o meu nome? – ela perguntou, parecendo irritada.
—Sem querer eu ouvi sua conversa com seu amigo lá dentro. – falei
indicando o café com a cabeça.
Ela deu um passo para trás e eu levantei a mão em sinal de rendição.
—Espere, por favor? – pedi, eu não podia deixá– la ir embora.
—Eu preciso ir. – ela sussurrou olhando para o céu.
A chuva parecia que iria voltar a qualquer momento.
—Será que podemos conversar outra hora? É importante, eu tenho uma
proposta para te fazer. – pedi a ela.
—Eu acho que...
—Por favor, olhe, fique com o meu cartão, eu ouvi que precisa de
dinheiro, talvez essa proposta possa resolver seus problemas. – falei, tirando
um cartão do bolso e entregando a ela.
Relutante, ela o apanhou e sem ler, já colocou na bolsa.
—Do que se trata? – finalmente ela pareceu curiosa.
—Se você me ligar, então ficará sabendo, eu posso te tirar de seus
problemas.
—Ok, eu realmente preciso ir. – ela falou olhando o céu de novo.
—Tudo bem, até mais Lucy. – me despedi.
—Até, Adan.
Ela virou e sumiu na noite fria.
Corri até o meu carro que estava a alguns metros de distância e segui pela
rua, na direção em que ela sumiu, mas não vi sinal dela.
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Meu coração batia acelerado, meu pau estava latejando, inferno, como eu
deixei que ela fosse embora estando duro assim?
O acariciei por cima da calça, enquanto dirigia para casa. Meu celular
começou a tocar e na tela apareceu o nome do Mark.
Atendi no viva voz e ele me pareceu quase histérico.
—Nasceu cara, meu menino nasceu, é um bebezão. – ele falava e ria ao
mesmo tempo.
—Parabéns Mark, dê os meus parabéns para a Noelle também, assim que
ela estiver em casa eu vou visitar vocês.
—Falou cara. – ele agradeceu.
—Ei, aproveitando, eu a achei. – avisei.
—Quem?
—Nossa pinup.
—Fantástico cara, sabia que você resolveria isso, assine o contrato e pode
rodar, você dirige esse.
—Tenho alguns contratempos.
—Tipo?
—Eu não consegui conversar com ela, mas deixei meu cartão e sei que ela
está precisando de dinheiro.
—Você acha que é ela?
—Com certeza. – respondi.
—Confio em você, fale com ela, só falta esse filme para ser iniciado.
—Eu vou, pode deixar.
Entrei em casa esperando ter um pouco de paz e encontrei meu irmão no
sofá com duas mulheres. Uma estava cavalgando em seu pau, que de tão
melado ecoava no ambiente o barulho molhado, cada vez que a buceta da
mulher o engolia, a outra estava no chão, sentada no meio das pernas dele,
lambendo seu saco.
Eu já havia pedido milhares de vezes para que não fizesse isso na sala,
depois daria o maior trabalho deixar tudo limpo, e no dia seguinte, era a folga
da minha assistente do lar.
Deixei a porta bater, chamando a atenção deles, Alan sorriu quando me
viu, o filho da puta estava fora há um mês e quando chegou, ao invés de ir
para sua casa ver a namorada, ele pegou duas mulheres e trouxe para a minha
casa.
—Ei, cara, olha o que estava te esperando quando cheguei aqui. – ele
falou rindo.
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As duas pararam na mesma hora e me olharam.


—Qual de vocês é o Adan? – uma delas perguntou.
—Elas sabem que o elenco dos filmes da Pandora está quase fechado e
vieram tentar uma vaga. – meu irmão avisou.
Eu me tornei o executivo da empresa, meu irmão não quis saber de ficar
preso em um escritório, e resolveu voltar a estudar, nós raramente estávamos
diante das câmeras agora e atuar juntos não acontecia há muito tempo.
As mulheres se levantaram e nos olharam confusas.
—Vocês pegaram o irmão errado princesas, ele é o executivo, eu sou só
um estudante. – meu irmão avisou, sorrindo.
—E solteiro se a Tarah souber disso. – completei.
Seu sorriso sumiu imediatamente.
—Nem brinque cara, ela me mata. – ele finalmente pareceu preocupado.
—Não acredito, porque não avisou a gente? – uma das mulheres
perguntou a ele.
—Vocês me deram tempo? Antes que eu fechasse a porta,vocês já
estavam em cima de mim, me amarrando.
Só então notei a mão do idiota amarrada.
—Garotas, melhor irem embora. – falei para elas.
—Mas o papel? – uma delas perguntou.
—Esqueçam, já fechamos todo o elenco. – respondi.
Contrafeitas, elas se vestiram e foram embora, assim que elas fecharam a
porta, eu olhei para o meu irmão, nu e amarrado no meu sofá.
Seu sorriso sacana me irritou e sai andando em direção ao corredor onde
ficavam os quartos.
—Ei cara, me solta aqui. – ele gritou.
—Boa noite, Alan. – gritei da porta do meu quarto.
—Seu idiota, me solta, senão vou gritar a noite toda.
Não resistindo, eu voltei à sala e tirei uma foto dele com o celular.
—Experimente gritar e a próxima pessoa que você vai ver na sua frente, é
a mulher que você estava pensando em pedir em casamento. – avisei.
Ele parou quieto na hora, ficando pálido.
—Eu não sou o papai para ficar te dando sermão, mas eu lembro muito
bem quando ela disse que até engolia as filmagens, mas se você a traísse...
—Cara, eu realmente não tive culpa, essas loucas chegaram aqui dispostas
a tudo para entrar nesse projeto. – ele tentou se justificar.
Cansado, eu me sentei em uma poltrona bem distante dele, eu já havia
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visto o pau do meu irmão o suficiente por várias vidas


—Esse elenco está sendo escolhido a dedo, elas nunca conseguiriam. –
expliquei.
—O que tem demais nesse projeto?
—Serão filmes curtos voltados para as mulheres.
—Dá pra ser mais claro?
—Pegue esses livros que a mulherada gosta, tipo 50 tons, imagine o filme
sendo feito com as cenas de sexo exatamente como está no livro.
—Haaaa, entendi.
—Temos dez roteiros feitos em cima de livros assim, e estamos escalando
o elenco o mais parecido possível com que está descrito nos livros.
—Caramba, isso vai ser uma bomba no mercado.
—Já está sendo, o cachê é alto, principalmente porque em alguns casos,
buscamos gente de fora do meio.
—Isso é sério?
—Sim, muito, e eu estou morto por isso.
—Eu imagino, agora será que você pode me soltar?
Eu segurei o riso enquanto o desamarrava.

Lucy

Nem todo o frio do mundo seria capaz de apagar o fogo que aquele
homem acendeu, meu corpo estava avermelhado e suado quando tirei a roupa
e me enfiei na ducha fria.
Meus seios pareciam ter o dobro do peso, e os mamilos estavam tão
doloridos, que eu mal podia tocá-los.
Respirei fundo tentando controlar meu corpo, mas sabia que era uma
batalha perdida, eu havia passado do ponto de retorno e precisava gozar.
Merda.
Inferno de homem... gostoso, puta que pariu.
Saí do box com o corpo molhado e fui para a cama já pegando o
“George” da gaveta, me deitei fechando os olhos e imaginando aquele
homem metendo forte dentro de mim, ele me deixou tão ligada que em
segundos eu estava gozando.
Esgotada, eu cai dormindo ali mesmo, sem me lembrar do frio que fazia.

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Capítulo 3
Lucy
Manhã seguinte

Um calafrio sacudiu meu corpo, acordei gelada por ter dormido nua e
descoberta, uma loucura, já que estávamos em pleno inverno.
Puxei a colcha e me enrolei nela, tentando me aquecer, o que foi
praticamente inútil. Foi quando comecei a espirrar, que me dei conta da
merda que fiz, eu consegui um belo resfriado.
Meu celular começou a tocar e atendi sem olhar quem era.
—Que horas você pode me encontrar? Preciso do dinheiro agora de
manhã na minha conta. – meu irmão sequer disse oi.
—Peter, eu só posso dispor de metade do que me pediu, não tenho como
te emprestar todo aquele valor. – expliquei entre espirros.
—Como assim? Eu entendi que você me daria tudo o que tem.
—Porque eu faria isso? Eu estou começando um negócio, já vou ter que
cobrir o que vou te emprestar.
—Para que você quer abrir essa doceria de merda,Lucy? Você deveria
parar de sonhar com o impossível e arrumar um emprego, venha trabalhar
comigo, tenho vaga de auxiliar administrativo.
Senti meu coração doer, por vê– lo menosprezar meu sonho.
Uma nova sessão de espirro começou, e só pude voltar ao telefone quando
passou.
—Estou doente Peter, não vou sair na friagem hoje, amanhã eu encontro
com você e empresto a metade do que me pediu, nem um tostão a mais.
—Eu preciso disso hoje, faça a transferência pelo computador. – ele
exigiu.
—O valor é alto e você não é burro, sabe que preciso ir à agência
pessoalmente.
—Eu andei me informando, aquele dinheiro que a titia te deixou, você
pode mexer pelo computador.
—Isso não vai acontecer Peter, esse dinheiro já foi usado.
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—Você não podia ter feito isso, você sabe que metade desse dinheiro é
meu.
—Porque ele é seu? Ela não era sua tia. – respondi irritada.
Minha garganta estava doendo, a cabeça explodindo e eu ainda tinha que
ficar ouvindo desaforo.
Na verdade eu não tinha.
—Mas eu a considerava como se fosse, imagina como fiquei quando
descobri que ela não me deixou nada.
—Peter, procure um psiquiatra, já que a justiça desconsiderou o seu
processo para conseguir parte desse dinheiro.
—Eu tenho direito, sim senhora.
—Tá, tá, fique repetindo isso até cansar, tenha um bom dia.
—Espera. – ele gritou.
—O que foi agora?
—E se eu for te buscar e levar ao banco?
Desliguei na cara dele, senti que estava febril e puxei uma coberta sobre a
colcha, a próxima coisa que me lembro é do meu celular tocar de novo.
Dessa vez era o Erick, aprendi a lição da última vez e olhei antes de
atender.
—Oi. – eu praticamente não tinha voz.
—Cruuuzes, o que aconteceu com a sua voz? – ele perguntou preocupado,
graças a Deus eu tinha ele na minha vida, para se preocupar comigo.
—Tô gripada. – respondi afundando a cabeça no travesseiro.
—Na verdade você parece estar morrendo, vou passar aí antes de ir
trabalhar.
—Me avise, senão não vou abrir a porta. – pedi.
—O que houve?
—O Peter quer me arrastar para o banco assim, nesse estado.
—Não abra mesmo, pensou no que falei?
—Sim, você tem razão, não vou dar todo o dinheiro a ele.
—Tá bom querida, daqui a pouco eu passo aí.
—Beijo. – me despedi, desligando o celular.
Virei para o outro lado e voltei a dormir, acordei um tempo depois com
um baque alto, sem ter a menor noção das horas, cheguei à conclusão que
eram as crianças do vizinho e continuei dormindo.

Adan
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Lucy estava deitada na cama, suas pernas abertas me davam uma visão
perfeita de sua buceta rosa, eu ainda sentia o seu gosto enquanto afundava
meu pau inteiro dentro dela, e ela me recebia com gemidos que me levavam a
borda.
Por causa do meu tamanho, poucas mulheres conseguiam me receber
inteiro dentro delas, mas minha Lucy conseguia, era como ser recebido em
casa, uma casa quente, úmida e apertada. Ela era perfeita.
Seu corpo começou a tremer, anunciando que um orgasmo estava vindo,
logo depois ela gritou meu nome enquanto pulsava ao meu redor, um calafrio
correu minha coluna e me vi gozando dentro de sua buceta gostosa.
Quando eu senti algo quente batendo eu meu abdômen, abri os olhos.
—Inferno. – resmunguei pulado da cama.
Eu havia gozado só de sonhar com aquela mulher, imagina quando
estivesse de verdade com ela?
Aproveitei para tomar banho, eu iria passar o dia no café se fosse
necessário, quem sabe o amigo dela pudesse me ajudar.
Uma hora depois, eu parava o carro na esquina e andava até o café, eu ia
entrar, quando o rapaz saiu.
—Oras, se não é o bonitão de ontem. – ele falou sorrindo, na mão ele
trazia um saquinho pardo com o logo da loja.
—Preciso da sua ajuda.
—Deixa eu adivinhar, você está atrás da Lucy.
—Como posso falar com ela?
—Sinto muito amor, hoje ela não vai aparecer aqui.
—Eu ouvi sem querer a conversa de ontem, eu posso ajudá-la, mas para
isso ela precisa ouvir minha proposta.
—Huummm, isso é algum tipo de proposta indecente?
—Eu não tenho um milhão de dólares, mas se ela aceitar minha proposta
vai receber o suficiente para abrir a doceria...
—Casa de pães. – ele me corrigiu.
—Casa de pães que ela sonha. – completei.
Ele parou para pensar um pouco.
—Olha, ela tem o dinheiro, mas ela também tem um irmão incompetente
que vai acabar conseguindo tirar o dinheiro dela, pelo menos eu consegui
convencer ela a só dar metade. – ele explicou.
—Ainda posso ajudar.
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—Ela vai me matar, mas estou indo em seu apartamento agora, ela
amanheceu gripada e totalmente sem voz, deve ser por causa do frio de
ontem à noite, venha comigo. – ele ofereceu.
—Obrigado, você vai de carro? – perguntei, tentando disfarçar a euforia.
—Quem me dera, vou de metrô mesmo.
—Eu estou de carro, chegamos mais rápido lá.
—Perfeito.
Rapidamente nos colocamos a caminho.
—A propósito, eu vi como você olhava para ela ontem. – ele falou
sorrindo.
Não resisti e comecei a rir.
—Cara, você já deve ter visto ela comendo cupcake.
—Mais vezes do que eu gostaria, é como se a mulher estivesse tendo
orgasmos múltiplos na nossa frente.
—Exato.
—Aqui, vire à esquerda e pare na frente do terceiro prédio, vou mandar
uma mensagem avisando que cheguei.

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Capítulo 4
Lucy

Acordei com a voz o Erick me chamando de dentro do meu apartamento,


perdida, olhei em volta tentando entender o que estava acontecendo.
—Lucy, estou ficando preocupado, onde você está? Porque a porta estava
aberta? – ele falava da sala.
Pulei da cama na mesma hora, como assim aberta?
Prendi o cabelo em um coque, puxei meu roupão de trás da porta e,
tremendo de frio, joguei uma coberta sobre os ombros.
Abri a porta do quarto e dei de cara com o Erick parado no meio da sala, e
então notei o deus de ébano da noite anterior, parado atrás dele.
Dei um grito, ou o que deveria ser um grito, e voltei para o quarto
fechando a porta.
—Pare de frescura e volte aqui, agora ele já te viu. – Erick falou rindo.
E o pior é que ele tinha razão, com um suspiro eu abri a porta e saí, os
dois estavam no mesmo lugar.
—Querida, porque a porta estava aberta? – Erick perguntou.
—Eu tenho certeza de ter trancado quando cheguei. – respondi.
Parei tentando refazer meus passos.
—Eu cheguei, tranquei a porta, coloquei minha bolsa na mesa e os
casacos no sofá.
Olhei para a mesa.
—Essa porta foi arrombada. – o deus de ébano avisou, examinando a
porta.
—Levaram minha bolsa. – falei com a pouca voz que saia.
—Você sabe que isso deve ser coisa do seu irmão, né? – Erick lembrou.
—Peter? – falei olhando para ele.
—Ligue para o banco imediatamente, chame o gerente de sua conta. –
Adan tomou a frente, me entregando o telefone.

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Sentei no sofá e fiz a ligação.


—Ele não tem como pegar esse dinheiro, eu tenho que ir até lá. – falei.
—Só por garantia, querida. – Adan falou carinhoso.
Fiquei sem chão conforme falava com o banco, as lágrimas corriam sem
que eu pudesse controlar.
Os dois me olhavam ansiosos quando desliguei.
—Ele limpou minha poupança e tentou pegar o dinheiro aplicado, mas
não conseguiu. – expliquei.
—Você sabe que precisa chamar a polícia, querida. – Erick tentou me
chamar à razão.
—Mas ele é meu irmão. – falei totalmente perdida. —Eu concordei em
emprestar o dinheiro, só disse que hoje não podia. – continuei.
Adan se sentou ao meu lado e segurou minha mão.
—A polícia darling, agora. – Erick falou.
—Ele tem razão,Lucy, principalmente por causa do arrombamento.
Desanimada eu concordei com eles e liguei.
—Daqui a pouco eles estão aqui, vocês podem ir, está quase na hora de
você entrar no café Erick.
—De jeito nenhum, eu não vou te deixar sozinha. – Erick respondeu.
—Eu fico com ela. – Adan avisou.
—Ótimo, o deus de ébano vai ficar de olho em você. – Erick falou,
sorrindo.
—Eu não sou responsabilidade dele. – respondi para a borboleta
intrometida.
—Pois eu duvido que você consiga tirar ele daqui. – ele ainda sorria.
—Ei, eu estou aqui, sabem? E a propósito, meu nome é Adan.
Na mesma hora o Erick olhou para ele e semicerrou os olhos.
—Eu conheço você de algum lugar. – Erick falou, examinando ele.
Adan pareceu sem jeito.
—Talvez do café mesmo. – ele sugeriu.
—É, pode ser. Quanto a você dona Lucy, não vai ficar aqui sozinha,
depois que a polícia sair, dê um jeito de arrumar a porta e vá para a minha
casa, ok? – Erick pediu.
—Não precisa.
—Ele pode vir atrás de você, pelo resto do dinheiro. – ele me lembrou.
Acabei concordando e assim que ele saiu, eu me vi finalmente
processando a enormidade do que tinha acontecido.
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Voltei a chorar e prontamente Adan me puxou para os seus braços.


Ali eu fiquei, até a polícia chegar.
Eu me senti tonta quando levantei e depois que a polícia foi embora, eu só
queria minha cama, recostei no sofá e senti o sono me vencendo.

Adan

Ela dormiu e eu me vi as voltas com o concerto da sua porta, só quando


estava resolvido foi que a chamei.
—Lucy, eu vim aqui para conversar com você sobre a proposta que falei,
lembra?
—Sim, eu lembro. – ela balbuciou e me vi colocando a mão em sua testa.
—Você está ardendo em febre.
—Eu vou ficar bem.
—Não, não vou te deixar sozinha, você vem comigo.
—Pra onde?
—Minha casa.
—A porta? – ela sussurrou.
—Já foi arrumada, agora você precisa ser mimada um pouco.
Falando isso, eu a peguei no colo e deixamos o apartamento.

Do jeito que a peguei nos braços em seu apartamento, enrolada na


coberta, eu a deitei em minha cama, dei remédio para a febre e a deixei
dormir.
Eu precisava fazer alguma coisa para ajudá-la, o imprestável do irmão não
podia levar a melhor.
Lembrei do advogado da empresa, talvez ele pudesse me dar uma noção
do que fazer.
—Adan, eu estava esperando sua ligação, o Mark me disse que você
conseguiu a última pessoa.
—Sim, mas não fiz a proposta ainda, entrei em contato por outro motivo,
será que você pode me dar algumas orientações?
—Claro, do que se trata?
—Uma amiga teve o apartamento arrombado e o ladrão limpou sua
poupança, a algo que ela possa fazer?
—Só se ela souber quem foi. – ele falou rindo.
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—Ela sabe.
Ele ficou sério novamente.
—É alguém próximo a ela?
—Sim, o irmão.
—Ela falou com a polícia?
—Sim e fizemos com que ela contasse que foi ele.
—Fizemos?
—Havia mais um amigo dela quando descobrimos o arrombamento.
—Certo, Adan, alguma possibilidade dele devolver?
—Pouco provável, pelo que ela falou, ele tem estado há dias atrás dela,
pedindo o dinheiro, ela concordou em dar só uma parte, ele então tentou
pegar tudo ele mesmo, mas a maior parte está presa em aplicações.
—Olha, normalmente a pessoa desiste de levar adiante quando descobre
que foi um familiar, se ela quiser tocar o processo ele terá que devolver.
—Ok, obrigado cara.
—Sobre o contrato?
—Eu resolvo isso hoje.
—Certo, até mais.
Andei de volta ao quarto e parei ao lado da cama, extasiado com o que vi.
Ela deve ter sentido calor e se desfez do cobertor, mas não era só isso, o
roupão estava aberto e eu tinha uma visão perfeita de um par de seios
brancos, gorduchos, redondos e apetitosos.
Meu pau endureceu, eu me imaginei abocanhando aquelas delícias,
enquanto afundava em sua suculenta buceta.
Pensando nisso, eu abaixei os olhos e descobri que também estava
descoberta, poucos pelos a cobriam e me peguei imaginando minha boca
devorando ela.
Ela gemeria da mesma forma que gemeu comendo o cupcake?
A curiosidade... foda-se a curiosidade, o tesão estava me matando, nunca
estive com uma mulher assim e minha mão coçava para apertar toda aquela
carne.
Sou um homem grande e, muitas vezes, precisei ser cuidadoso para não
machucar as mulheres com quem transei.
Mas Lucy, ela parecia ser perfeita para mim e assim que eu a provasse,
ela não iria mais embora.
Recuei um passo, ela estava doente e precisava de repouso. Fechei a porta
e voltei para a sala, eu não queria deixar ela sozinha, mas também não podia
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ficar parado, sem fazer nada.


Erick, ele poderia me ajudar, peguei o celular dela e localizei seu número,
ligando em seguida.
—Erick.
—Quem é? – ele perguntou.
—O Adan.
—Ah sim, o deus de...
—Pare.
—Ok, eu paro, tem notícias da Lucy? Porque está usando o celular dela?
—Ela está comigo, eu não podia deixar ela sozinha naquele estado.
—Ela piorou?
—Sim, teve febre, está medicada e dormindo, Erick, me ajude a entender,
como é a relação dela com o irmão?
—Meio irmão, pra começar, olha, eu sei que deveria deixar ela te contar,
afinal é a vida dela, mas sei que ela vai encontrar várias desculpas para as
coisas que ele faz.
—Então por favor, me conte o que puder.
—Aquele ser é irmão dela apenas por parte de mãe, a família do pai dela
não é rica, mas conseguem levar uma vida mais confortável, enquanto que o
pai dele não tinha um tostão.
Ele parou e eu fiquei em silêncio, esperando ele continuar.
—Quando o pai dele morreu, a mãe conseguiu fisgar o também viúvo pai
da Lucy, eles se casaram, tiveram ela e viveram muito bem, a mãe dela era
incrível.
—Era?
—Sim, era, há uns 8 anos atrás, os dois morreram em um acidente de
carro, Lucy então com 17 anos, ficou sob a tutela do irmão recém casado.
—O que ele aprontou? – perguntei.
—Vendeu tudo o que o pai deixou para ela, inclusive a casa e abriu uma
transportadora.
—E ela?
—Foi obrigada a morar com o jovem casal, ela suportou por um ano,
então caiu fora, sendo acolhida por uma tia, irmã do pai.
—Onde entra o sonho da casa de pães?
—Ela sempre foi muito boa na cozinha e brincava sobre isso, só que na
tia, ela descobriu que realmente amava fazer isso e começou a criar esses
maravilhosos cupcakes, ela fornece para vários cafés no centro da cidade.
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—Ainda não provei.


—Pois não sabe o que está perdendo, enfim, a tia faleceu ano passado e
deixou um dinheiro para ela, é parte desse dinheiro que está aplicado.
—O que aconteceu com a empresa do irmão?
—Vive a beira da falência e ele quer que a Lucy de o dinheiro dela para
ele. Essa poupança que ele limpou estava todo o dinheiro que ela juntou com
os doces, agora finalmente ela poderia realizar o sonho dela.
—Entendo.
—Só que ela voltou ao meio do caminho, se não conseguir recuperar o
dinheiro, na verdade ela ia dar tudo para ele, eu que peguei no pé dela, a
herança é dela, ele não tem direito nenhum, mas acredita que até na justiça
ele entrou? Claro que perdeu de cara.
Fiquei mudo, eu tinha a solução para ela e ela era a minha solução, mas
me senti péssimo por me aproveitar de seus problemas.
—Erick, você pode trazer algumas roupas para ela? A Lucy estava tão
mal que não pegou nada e não quero que ela fique sozinha ainda.
—Tudo bem, mas como vou entrar?
—Vou mandar a chave por um motoboy no café, tudo bem?
—Tá ok, me mande seu endereço, no início da noite eu passo por aí.
—Obrigado.
—Até mais deus de ébano. – ele desligou antes que eu pudesse responder.
Mandei meu endereço por mensagem, liguei o notebook na sala e passei a
trabalhar ali mesmo, eu queria ficar de olho nela.

Lucy

Abri os olhos e descobri que não fazia ideia de onde estava.


A cama era enorme, na verdade o quarto era enorme, havia um abajur ao
lado da cama que iluminava o quarto levemente.
Sentei e senti o corpo molhado de suor, meu roupão estava entreaberto e
minha colcha de retalhos... o que minha colcha fazia ali?
Fechei o roupão e desci da cama, meu pé sumiu no tapete fofo, branco
como algodão, tudo era branco, desde os móveis até a decoração.
Abri a porta devagar e descobri que era noite, encolhida dentro do roupão,
eu andei até a sala que também estava mal iluminada e me deparei com um
casal... transando.
Ele me pareceu conhecido, mas eu não lembrava de onde.
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Da entrada da sala, onde eu estava, dava para ver seu grosso e negro pau
sumindo dentro da mulher, que cavalgava em seu colo.
O ritmo dos dois aumentava, era possível ouvir o barulho de seus corpos
batendo um no outro.
Ela estava de costas para ele, e abriu os olhos dando de cara comigo,
esperei uma reação que demonstrasse que ela estivesse com vergonha, mas
ela me surpreendeu sorrindo enquanto segurava os próprios seios.
O homem atrás dela jogou a cabeça para trás e então eu o reconheci.
Adan.
Era ele.

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Capítulo 5
Lucy

Senti uma enorme decepção dentro de mim, mas na mesma hora me


lembrei de tudo e dei um passo para trás, eu precisava sair dali, eu estava
invadindo sua privacidade.
Dei outro passo para trás na esperança de sair logo, mas tropecei na ponta
do roupão, me estatelando no chão.
Céus, que humilhação.
Rapidamente duas mãos me ergueram do chão.
—Você está melhor? Não sabia que tinha acordado. – meu salvador falou,
parecendo preocupado.
—Tudo bem, eu estou bem, volte... pode voltar para o que estava fazendo.
– falei de cabeça baixa, sem querer olhar seu corpo nu, eu tive uma boa noção
do seu tamanho a distância, era melhor não ver de perto.
—Está tudo bem aí?
Na mesma hora a luz da sala foi acesa.
—Filho da puta, inferno Alan, eu vou ter que trocar a fechadura?
Alan e não Adan?
Levantei a cabeça confusa, o homem na minha frente estava totalmente
vestido, então olhei na direção onde o casal transava.
Eles nos olhavam com ar de riso e continuaram a transa.
Ele segurou a mulher pela cintura e a levantou até estar totalmente fora
dela, então a abaixou, sumindo dentro de sua buceta.
Engoli em seco e olhei para o Adan, ainda parado na minha frente,
percebi que o volume em sua calça era grande.
—Adan. – sussurrei.
—Agora não, pequena, você esteve mal o dia inteiro, venha comigo, você
precisa de um banho.
Ele segurou minha mão e andou em direção ao corredor por onde vim.

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—Alan e Tarah, nunca mais façam isso. – ele gritou sobre o ombro.
—Ah cara, relaxa, a mãe dela está lá em casa. – Alan tentou se justificar.
—Como se ela achasse que vocês não transam, eu estou avisando, acabem
com isso e sumam.
Então entramos no quarto onde eu estive dormindo.
—Desculpe querida, meu irmão pensa que minha casa é motel, deixei eles
5 minutos para tomar um banho e olha no que deu. – ele se explicava.
—Não tem que se desculpar, a casa é sua, eu gostaria de ir agora.
—Você teve muita febre todo o dia, o seu amigo pegou algumas roupas
para você, não quer tomar um banho e depois conversamos?
Lembrei então do meu corpo molhado de suor.
—Na verdade eu preciso mesmo de um banho. – concordei.
Ele entregou minha mochila e entrei no banheiro, um banho rápido era
tudo o que eu me permitiria fazer, entrei embaixo da ducha morna, eu
precisava voltar para a tranquilidade do meu lar e da minha cozinha.
Cozinha.
Oh céus! Minhas encomendas, o bolo da senhora Adams.
Sai do box na mesma hora, me sequei correndo e abri a mochila para
pegar uma muda de roupa.
—Mas o que? – parei boquiaberta.
Calcinha fio dental, liga, espartilho, meia arrastão, um sutiã que não
cobria nada, uma camisola de renda.
—Que porra é essa? – falei passada com o que estava vendo.
—Tudo bem aí, Lucy? – Adan perguntou do quarto.
Percebi que falei alto demais.
—Sim, sim, tudo certo. – respondi, continuando minha exploração.
Abri os bolsos laterais à procura do meu celular.
—Adan, foi o Erick quem buscou essas roupas? – perguntei, gritando
através da porta.
—Sim, querida, por quê?
—Ele falou algo sobre o meu celular?
—Está aqui, carregando.
—Ok, obrigado.
Voltei a fuçar a mochila, tinha que ter alguma coisa que eu pudesse usar.
Achei uma legging no fundo, por baixo de toda a roupa, mas calcinha, eu
não tinha muita escolha, e qualquer uma delas iria entrar toda na minha
bunda.
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Peguei uma calcinha escura e ela realmente foi engolida por minha
enorme bunda, mas pelo menos apertava a barriga, vesti a legging e comecei
a procurar alguma coisa para a parte de cima.
Os dois sutiãs empurravam meus seios, deixando eles juntos e empinados.
—Inferno, Erick. –dessa vez eu resmunguei.
Escolhi o que tinha um pouco mais de tecido, pelo menos cobria meus
mamilos.
Faltava a blusa.
Nada iria funcionar.
Só havia tops ali.
Com um suspiro de derrota, fui até a porta.
—Adan? – chamei.
—Sim, pequena.
—Será que você teria alguma camisa para me emprestar?
—Claro, mas será que te serve?
—Mesmo que fique justa, é melhor do que o que tenho aqui.
Ouvi sua gargalhada do outro lado da porta.
—Querida, ela vai ficar grande em você, pegue, tente essa de botão,
qualquer coisa você pode amarrar ela embaixo.
Ele falou batendo na porta.
Abri e a fechei correndo, morta de vergonha.
Vesti a camisa dele e acabei amarrando como ele sugeriu, mas um pouco
abaixo da cintura.
Peguei o roupão e joguei dentro da mochila, escovei os dentes e saí do
banheiro.
Ele me esperava no quarto e sorrindo, veio em minha direção.
—Ficou ótima.
Só que ele falou isso soltando o nó que dei, em seguida e abriu a botão
imediatamente acima do nó e amarrou novamente, dessa vez na minha
cintura.
—Agora sim. – ele falou se afastando.
Seus olhos me comeram, quase que literalmente.
—Você tem ideia do quanto está...
—Gostosa? – falei brincando.
—Eu ia dizer fodível, mas serve isso. – ele respondeu, sorrindo de lado.
Olhei para ele com os olhos arregalados.
—Agora seja uma boa menina e dê a volta para que eu possa ver o
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resultado.
—É sério isso? – perguntei, sem acreditar.
—Claro que sim, vamos, gire.
Eu girei o corpo devagar e quando olhei de novo para ele, eu me senti a
chapéuzinho vermelho prestes a ser comida pelo lenhador, digo, pelo lobo.
—Adan?
Com duas passadas ele estava junto a mim.
—Você está usando alguma calcinha? – ele perguntou com voz rouca.
—S– sim, estou. – respondi em um fio de voz.
Ele me fez girar de costas para ele.
—Onde,Lucy? Eu não vejo nada.
Oh céus! Senti que corava até a raiz do cabelo.
—É fio dental, foi o que o Erick pegou para mim. – sussurrei
envergonhada.
Com um gemido, ele caiu ajoelhado atrás de mim.
—Adan?
—Eu,... eu preciso ver isso querida, posso? – ele pediu rouco.
Como você vai dizer não em uma situação dessas, quando você sente que
sua calcinha já está molhada?
Fechei os olhos, pedindo um pouco de sanidade.
—Lucy?
—Ssssim. – sussurrei.
Senti suas mãos apertando minha bunda.
Então elas alcançaram o elástico da calça e a desceram, devagar.

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Capítulo 6
Adan

Desci a calça até o início de suas pernas, a tira da calcinha marcava sua
pela, ela passava na cintura e descia, sumindo entre suas nádegas. Arfei
buscando ar, enquanto as apertava entre meus dedos e separei as duas bandas,
enxergando a tira da calcinha contra seu botão rosado.
Sem pensar no que fazia, eu afundei o rosto ali, até tocar ele com a ponta
da língua.
—Oh céus! – ela falou sem fôlego.
—Se segure nos pés da cama, querida. – falei contra a sua pele.
Dando uma dentada leve em sua bunda, aproveitei que ela abaixou o
corpo para se segurar na cama e segurei a calcinha, puxando de lado.
Ela estava molhada, assim como sua buceta, que reluziu de tão excitada
que ela estava.
Fechei a boca sobre ela, me deliciando com seu gosto.
—Oh, oh, oh... – ela gritou e tentou fugir de mim subindo na cama.
Seu corpo começou a tremer, abracei suas pernas com um dos braços e
coloquei um dedo dentro dela.
Seu gemido encher o ar.
—Adan... ohhh!
Testei um segundo dedo, ela precisaria ainda de mais do que isso para me
levar dentro dela.
Tirei o dedo e deslizei minha língua em toda sua deliciosa e gorducha
buceta.
—A...oh... ohhh...
Ela jogou metade do corpo sobre a cama, se agarrando aos lençóis, com
os olhos fechados.
Coloquei os dois dedos dentro dela de novo e ela rebolou neles, então
testei colocar mais um, ela estava me apertando agora, mas eu precisava dela

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preparada para mim.


—Adan... – ela gemeu meu nome mais uma vez.
—Calma, querida, só mais um pouco.
Eu tirei os três dedos e empurrei de novo, socando eles dentro dela,
enquanto a outra mão buscava seu clitóris.
E foi então que ouvi de novo, os gemidos que ela soltou lambendo a
cobertura do doce.
Eram iguais, só que melhor, eu estava fazendo isso com ela, ela gemia e
rebolava nos meus dedos, implorando por mais.
E eu daria a ela, mas não agora.
Retirei os dedos e lambi cada pedacinho de sua buceta, ela era minha
agora, só não sabia disso... ainda.
Coloquei sua calcinha e sua calça no lugar, dando um beijo em sua bunda
eu me levantei.
—Você está bem pequena?
—Hunrrum. – ela concordou sem abrir os olhos.
—Quer comer alguma coisa? Você não se alimenta há muito tempo.
—Fome. – ela sussurrou contra a cama.
Sorrindo eu a virei na cama.
—Ei. – ela sussurrou me olhando.
—Ei. – respondi.
—Isso é estranho, você é um estranho.
—Porque é estranho?
—Ontem pela manhã, eu nem conhecia você.
—Pois agora conhece e vai conhecer muito mais.
Sorrindo, ela levantou a mão e secou a volta da minha boca, ainda úmida
por causa dela.
—Você acaba de se fartar com a minha buceta e não me deu sequer um
beijo.
—Eu beijei você sim, muito, e de várias formas.
—Não a minha boca.
—Não, não a sua boca. – sussurrei.
Ela levantou uma das sobrancelhas e ficou me olhando.
Sorrindo, eu me inclinei sobre ela e cobri sua boca com a minha,
compartilhando seu gosto com ela, sua mão subiu pelo meu rosto até a nuca,
me acariciando enquanto sua língua brincava com a minha.
Apoiado em um dos cotovelos eu continuei me deliciando com seus
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lábios enquanto minha mão acariciava seus seios.


Senti quando sua outra mão deslizou por minha calça jeans, até encontrar
meu pau, ele estava tão duro que parecia pedra.
Seus dedos se fecharam ao seu redor, apertando ele duro, como eu
gostava.
Gostava tanto que pulei longe da cama.
Ela abriu os olhos confusa, eles estavam enevoados, escuros de desejo.
—O que foi? – ela perguntou.
—Ainda não, temos muitas coisas para resolver antes. – expliquei.
—Que coisas?
—Muita coisa, carinho, agora venha, você precisa se alimentar. – falei
esticando a mão.
Deixamos o quarto de mãos dadas, eu precisava apresentar minha casa a
ela, se dependesse de mim, ela passaria muito tempo lá, a partir de agora.

Eu a tinha comendo uma sopa, sentada em minha cozinha, quando o


telefone tocou.
—Alô. – atendi.
—Temos um problema, estou preso em casa e me esqueci de deixar
alguns documentos assinados no escritório, você pode pegar aqui? Eles tem
que estar no malote que vai para a WSet amanhã cedo.
Lembrei que o malote saía às seis da manhã.
—Tudo bem, eu pego, como está a Nelle? – perguntei.
Percebi a mudança de postura da Lucy.
—Está ótima, pronta para outra. – Mark respondeu.
—Ei. – ele gritou perto do aparelho. — Pare de me bater, claro que me
lembro que foram 12 horas de trabalho de parto, dá pra parar mulher?
Comecei a rir, sem poder me segurar.
—Daqui à uma hora estarei aí. – garanti.
—Certo cara, obrigado.
Desliguei o telefone e me virei para a Lucy.
—Eu vou precisar dar uma saída, quer vir comigo? – perguntei.
—Você pode me deixar em casa? – ela pediu.
Olhei frustrado.
—Eu preciso ir, tenho encomendas a entregar, preciso falar com os
clientes que deixei na mão hoje e colocar uma roupa normal.
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—Você teve febre o dia todo, não deveria ficar sozinha.


Ela pareceu considerar.
—Posso pedir para o Erick ficar comigo.
—Lucy, nós precisamos conversar. – voltei a lembrar.
—Você já falou, o que é?
—A proposta que te falei.
—E que proposta é essa?
—Eu gostaria de te explicar com calma, mas você pode ganhar mais do
que o suficiente para sua casa de pães.
—Eu só preciso repor o que o Peter me roubou.
—Sobre isso, eu falei com advogado...
—Não. – ela me cortou.
—Você prefere deixar por isso mesmo? – perguntei, perplexo.
—Eu não quero fazer nada contra ele.
—Você tem certeza? Porque ele não pensaria duas vezes se fosse o
contrário.
—Você andou conversando com o Erick. – ela concluiu.
—Sim.
—Ele não tinha esse direito. – ela parecia zangada.
—Ele só está preocupado com você e eu também.
Muda, ela ficou olhando para o prato.
—Por quê?
—Porque o quê, querida?
—Porque você se preocupa comigo?
Ela me pegou de jeito, nem eu sabia essa resposta.
—Eu gostaria de saber. – falei baixinho.
Ela acenou com a cabeça, aceitando minha resposta.
—Preciso sair agora, tem certeza de que não quer ficar comigo?
—Eu preciso trabalhar, tenho um bolo importante para amanhã.
—O que você precisa?
—Minha cozinha, pra começar. – ela respondeu rindo.
—Olhe a sua volta, você tem tudo isso ao seu dispor, e 90% do que tem
aqui nunca foi sequer usado, olha o desperdício.
Lucy girou os calcanhares e pareceu maravilhada.
—Tudo moderno e para você fazer uso, o que acha? – perguntei
esperançoso.
Ela então me olhou e vi que não consegui convencê-la a ficar.
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A verdade era que eu estava misturando tudo.


Lucy era nossa Rose, ela era perfeita para o papel, mas... eu a queria na
minha cama e não nos nossos sets de filmagem.
—Tudo bem, ligue para o Erick, vou trocar de roupa para sairmos.
Quando voltei, ela me esperava sentada no sofá com sua mochila do lado.
Prontamente ela se levantou e foi em direção a porta, ela parecia...
estranha.
—O que houve querida? Ele não pode ir?
Ela me olhou e parecia confusa.
—Como?
—O Erick?
—Oh sim, ele já está a caminho, nos encontrará lá.
Eu não podia deixar que ela fosse embora daquele jeito. Cheguei perto e a
encurralei contra a porta, seu olhar preso ao meu.
Sem pensar duas vezes eu cobri sua boca com a minha, seus lábios se
abriram para me receber e ela se derreteu contra o meu corpo, ouvi o barulho
de sua mochila caindo no chão e suas mãos enlaçaram minha cintura.
Ela não era uma mulher baixa, tinha mais de 1,70 tranquilamente, mas era
tão baixinha perto de mim que precisou ficar nas pontas dos pés.
Apoiei o antebraço na porta, sobre sua cabeça e segurei seu rosto com a
mão livre.
Mordisquei seus lábios que ficaram vermelhos e inchados, eu só
conseguia pensar que queria estar dentro dela.
E ela sentiu o quanto, pois empurrei meu corpo contra o dela,
imprensando mais ela contra a porta.
Ela arfou quando sentiu o meu pau contra sua barriga.
Afastei minha boca, mordiscando seu pescoço.
—Nós ainda não terminamos o que começamos no quarto, docinho, tenha
certeza disso.
Me afastei dela e a mulher confusa tinha desaparecido.

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Capítulo 7
Lucy

Erick estava na portaria nos esperando, por estar descalça, Adan estava
me carregando no colo.
—Pensei que ela estivesse melhor.
—Está sim, mas eu acho que deveria descansar mais, só que ela bateu o
pé que tinha trabalho a fazer.
—Ah, ela é assim mesmo, teimosa feito uma mula, mas por que a
princesa está de colo?
—Não levamos calçado ontem.
—Vocês sabem que eu estou aqui e ouvindo vocês, né? – perguntei de
saco cheio.
Estávamos no elevador e Adan se recusava a me colocar no chão.
—Claro que sabemos, flor. – Erick respondeu beijando meu cabelo.
—Pode deixar que eu fico de olho nela e ajudo no que puder.
—Obrigado.
O elevador parou e rapidamente estávamos na minha porta, assim que ela
foi aberta eu fui colocada no chão.
—Idiotas.– entrei resmungando.
Os dois ficaram parados, sem entrar, me virei sem entender o que
acontecia e me deparei com os dois rindo.
—Idiotas. – repeti.
—Você já falou isso, darling. – Erick entrou rindo, com Adan logo atrás.
—Eu estou indo. – ele pegou a carteira do bolso e retirou um cartão, que
entregou ao Erick.
—Qualquer coisa me chame.
—Pode deixar deus de eb...
—Adan.
—Adan. – Erick repetiu piscando para ele.

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Ele veio até mim e beijou levemente meus lábios.


—Amanhã eu venho aqui para conversarmos, ok?
Acenei com a cabeça e ele se foi.
Erick estava parado no lugar, olhando o cartão que o Adan tinha dado a
ele. Fui até a porta, tranquei, passei a trava de segurança, voltei para onde
estava e a criatura não tinha se mexido do lugar.
—Erick, pare de palhaçada. – reclamei.
Ele continuou imóvel.
—Ei, o que houve?
Finalmente ganhei sua atenção.
Erick levantou o cartão e me mostrou.
—Eu sabia que conhecia ele de algum lugar, você já viu o cartão dele?
—Ele me deu um ontem, mas não olhei, por quê?
—Lucy, você sabe quem ele é?
—Diga logo, você está me matando.
—Oh, pelo amor de Deus, você não costuma ser tão tapada. – ele falou
abrindo meu notebook.
—Olha o respeito. – briguei com ele.
—Voilá. – ele falou virando a tela para mim.
Não acreditei no que vi, eram fotos dele nu, em algumas ele estava com o
irmão.
—Ele faz fotos pelado. – comentei.
—Aff, preguiiiça de gente tonta. Fala sério, Lucy, nós mesmos já
trocamos vídeo dele, você só não ligou o nome à pessoa ou a jibóia, com nós
apelidamos na época...
E ele abriu uma página de vídeos pornôs.
—Seu negão querida, é ator pornô, e tem um pau do tamanho do mundo.
– ele falou rindo.
Sentei para não cair, o que um ator pornô queria comigo?
—Não pode ser... Erick, o que ele pode querer comigo?
—Mona do céu, pelo amor de Deus, um homem lindo, com um
"currículo" desses, sabe com certeza todos os botões certos para apertas em
uma mulher, e está atrás de você, o que tem para entender?
Quando ele falou em botão certo, meu rosto ficou quente e ele deu um de
seus sorrisos debochados.
—Esse vermelhão significa o que estou pensando?
—Não, não sei, sei lá... não leio pensamento.
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Bati a mão fechando no notebook.


—Venha, eu tenho que olhar minha agenda e dar alguns telefonemas.
—Mas... mas...
—Agora, Erick.
Falei indo para a cozinha, eu o conhecia a tempo suficiente para saber que
ele não deixaria o assunto morrer ali.
Mas na verdade, quem deixaria?
—Tenho bolinhos aqui. – gritei da cozinha e ele me seguiu.

Dez minutos.
Foram os dez minutos mais preciosos da minha vida, esse foi o tempo que
ele levou para devorar 5 cupcakes e se dizer cheio.
E então ele voltou a falar.
—Você deu pra ele? – Erick perguntou na lata.
Ignorei e continuei separando as anotações das encomendas do dia
seguinte.
—Como foi mulher? Você não pode me esconder isso. A pegada dele é
tão boa como parece?
Continuei muda.
—Gente, o pau dele é enooorme, deve ter acabado com a coitada da sua
perseguida, imagina sexo anal com ele?
Fechei a agenda e olhei para ele.
—Chega.
—O queeee?
—Pode parar com isso, seu ...sua ... sua borboleta atrevida.
—Então me diga se ele te comeu, e não adianta mentir que não aconteceu
nada, você chegou aqui descabelada e com a boca inchada, a verdade e calo a
boca.
—Eu não dei pra ele, ok? Eu dormi o dia todo, quando acordei eu tomei
um banho e ...fui pegar um roupa na mochila. – completei entre dentes.
—Ahhh, quanto a isso, de nada, foi uma inspiração de última hora. – a
criatura teve a capacidade de sorri nessa hora.
—Você está louco?
—Porque, você já se olhou no espelho? Você está quente como o inferno
querida e tenho certeza que seja lá o que for que você está me escondendo,
foi depois que você se vestiu assim, aliás, essa camisa não estava na bolsa.
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—É dele. – expliquei.
—Yes.
—Oouh, pare com isso já. Você sabe o que é ter uma calcinha enfiada no
rabo?
—Na verdade. – ele falou se levantando e abrindo o cinto da calça.
—Me poupe do que não posso "desver" Erick, me poupe.
Deixei ele na cozinha e voltei para a sala, trabalhar estava fora de
cogitação agora.
Ele veio atrás de mim, parou na porta com um copo de vinho na mão e
ficou me olhando.
Com um suspiro eu me rendi.
—Certo, o que você quer saber?
Com um sorriso enorme, ele veio se sentar ao meu lado.
—Você pegou o meu vinho que uso para cozinhar? – só então me toquei
que era o único vinho que havia na casa.
—Foi só um copo, agora me diga o que aconteceu.
—Abusado e nem adianta chorar que não vou dar detalhes, ganhei eu
quente seção de sexo oral.
—Aposto que foi a calcinha. Obrigada! De nada! – ele sorria, contente.
—Na verdade eu ficou louco quando percebeu ela, ou a falta dela.
—E como ele notou isso hein safadinha?
—Oooo bicha, você já viu o tamanho da minha bunda? Ela numa legging
é a própria lua.
—Hummm então se prepara, porque ele vai querer comer a sua bunda e
duvido que você diga não.
—Com aquela jibóia? – perguntei arregalando os olhos e finalmente
relaxei gargalhando com ele.
—Será que agora podemos olhar alguns vídeos dele?
—Pegue um pouco de vinho para mim, eu vou escolhendo um aqui.
Quando ele voltou, eu estava com vários vídeos listados na tela.
—Nossa, já pensou transar com ele e o irmão ao mesmo tempo, deu até
calor. – ele falou se abanando.
Fiquei muda, procurando algum vídeo para abrir.
—Você sabe se ele faz pornô gay? – Erick continuou.—Se bem que
nunca vi nada dele, só com mulheres.
Ignorei o que ele falava.
—Eu vi o irmão dele. – falei olhando para a tela.
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—Eles são tão parecidos mesmo?


—Idênticos, eu mesmo o confundi com o Adan. – respondi sentindo o
rosto esquentar de novo.
—Você está ficando vermelha de novo, sua vaca, não me diga que
agarrou o gêmeo errado.
—Você tá inspirada hoje, hein, criatura? Claro que não, eu acordei e fui
até a sala, dei de cara com o Alan transando com uma mulher.
—Nãããooo ...é sério isso, você ficou olhando? Foi quente, não foi?
Viaaado, e eu presa naquele café, tô passada aqui.
—Chega. – falei abrindo um vídeo.
—Mas...
—Xiiii... você está impossível hoje.
Ficamos em silêncio, assistindo.
—É querida, realmente é uma jibóia.
Quem pode com uma criatura dessas?
—Cala a boca. – falei rindo.
Era estranho ver um cara que eu estava beijando há pouco tempo atrás
transando com outra mulher.
Percebi o Erick apanhar o celular, mas continuei olhando o vídeo.
—Seu cavaleiro negro queria saber se você está melhor.
Olhei para o vinho.
—Tomei remédio para a febre, eu não deveria estar bebendo. – falei,
olhando o copo.
—Então pare, agora.
Soltei a taça e voltei aos vídeos.
Eu estava ficando excitada com tudo aquilo, Adan era uma delícia,
quente, gostoso, um chocolate pronto para ser devorado.
Então percebi uma diferença quando ele estava fazendo sexo oral no
vídeo.
Era uma coisa leve, delicada, ele tinha cuidado, totalmente ao contrário do
que fez comigo, que parecia querer me comer, literalmente.
Troquei o vídeo para confirmar e é claro que a mariposa reclamou.
—Ei, eu tava vendo. – claro que o Erick reclamou.
—Me deixa ver uma coisa.
Abri outro vídeo aleatoriamente, e vi a mesma coisa acontecer, a pergunta
era se isso era bom ou ruim.
—Lu, vamos pesquisar um pouco sobre ele?
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—Procurar o quê?
—Sei lá, o que achar.
—Tá procura aí. – falei me deitando no sofá.

Fui acordada um tempo depois por um Erick com uma cara muito
estranha.
—Lucy, querida, acorde.
—Hum?
—Lucy, é sério darling, acorda e foca em mim. – ele falou me sacudindo.
Com muito sacrifício eu me sentei, o sono era absurdo.
—Não consigo ficar acordada.
—É porque misturou o remédio com o vinho, provavelmente nem se
lembrará dessa conversa amanhã.
—Hum.
—Lucy. – ele estalou os dedos em frente meu rosto.
—Fala, cacete. – reclamei.
—Lucy, o Adan falou qual a proposta que tem para você?
—Não.
—Você já ouviu falar do projeto Pandora?
—Não.
—Lucy, preste a atenção, acho que ele vai te convidar para fazer um
filme.
—O quê? – falei arregalando os olhos.
—É isso querida, e se for, com o cachê você quita a dívida do ponto para
a loja.
—Você tá louco? Você realmente acha que eu seria capaz de fazer algo
assim Erick? Seja sincero.
—Eu espero que sim doce, assim você resolve sua vida.
Neguei com a cabeça.
—Você sabe que eu nunca conseguiria, mas eu não entendo uma coisa, se
é isso, porque todo o circo de fingir querer entrar dentro das minhas calças?
—Talvez ele queira isso realmente.
—Querido, você viu o tipo de mulher a jibóia andou visitando?
Erick gargalhou.
—Talvez ela queira conhecer novas pastagem.
—Fala sério.
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Me joguei deitada de novo no sofá, ainda com sono. Erick estava em


silêncio, olhando o celular.
—Será que eu me daria bem como ator pornô? Os caras são deliciosos
nos vídeos.
—Oh, pelo amooorrrr... – falei jogando uma almofada nele.

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Capítulo 8
Adan

Eu queria voltar correndo para o apartamento da Lucy assim que saí de lá,
meu pau estava doendo, duro e a ponto de explodir.
Literalmente, caralho, eu só conseguia pensar naquela buceta rosada,
molhada de seu gozo.
Dez minutos depois eu estava na porta do Mark e subindo.
—Obrigado cara, esqueci esse envelope na pasta, isso tem que estar no
malote que sai as seis.
—Eu entendi da primeira vez cara, não se preocupe, como está a Noelle e
o bebê?
—Estão bem, já estão dormindo, volte amanhã para conhecer meu filho.
—Claro. Qual o nome dele?
—Thomas, isso depois de muita briga e um monte de nome estranho. –
ele falou fazendo careta.
—Eu imagino. – respondi já me dirigindo a porta, Mark parecia cansado
também.
Peguei o envelope, já me despedindo dele.
—Estou indo direto até a empresa agora, para não termos problemas.
—Ótimo, só confirme o nome no malote.
Ele abriu a porta e eu saí.
—A propósito, Mark, o menino não saiu meio moreninho não, né? –
provoquei.
—Seu filho da puta.
Por pouco não escapei de levar um belo de um soco na cara.
Me afastei dele rindo.
—Imbecil. – ele rosnou.
—Você me ama cara, admita. – gritei entrando no elevador.
—Me traga o contrato da maldita mulher. – ouvi ele gritando enquanto o

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elevador se fechava.
Fui direto para o escritório, como prometi, naquele horário só havia os
vigias noturnos e a turma da limpeza.
Rapidamente, eu deixei o prédio e voltei para o carro, mandei uma
mensagem para o Erick, perguntando pela Lucy. Minha vontade era voltar ao
seu apartamento, mas eu e o hulk teríamos que esperar, antes de foder aquela
mulher que nem louco, eu precisava conversar sobre o filme.
Se eu não soubesse que ela era perfeita para o papel da doce Rose e de sua
falta de dinheiro, eu a manteria bem longe da empresa.
A não ser que eu.... será que ela aceitaria um empréstimo?
Erick respondeu que ela estava bem, então segui para casa.
Um banho gelado era o que me restava.
Quando abri a porta do quarto, seu cheiro ainda estava no ar e tive que me
ajeitar dentro da calça.
Inferno, eu queria comer aquela mulher até me fartar, aquela bunda era
minha e de ninguém mais.
Aquela bunda.
Fechei os olhos lembrando dela empinada na minha cara.
Inferno, sem pensar direito, me vi arrancando toda a roupa, até estar nu,
no meio do quarto, com meu pau na mão.
Ele estava duro, minhas bolas pesavam, entrei no banheiro e fui direto
para o box, abri a ducha e me apoiei na parede.
A água fria não diminuía meu estado, enchi minha mão de sabão e tomei
meu pau na mão, eu estava tão duro que a pele deslizava fácil entre meus
dedos.
Eu estava de costas para a porta do box, apoiando uma das mãos na
parede, tinha a outra mão trabalhando em meu pau, cada vez mais rápido, eu
sentia meu corpo cada vez mais tenso, fechei os olhos e apertei mais a mão,
me imaginei dentro da sua apertada buceta, que me engolia inteiro, senti sua
mão sobre a minha e me perdi do mundo, gozando enquanto gritava seu
nome.
"Lucy".
Minha Lucy.
Abri os olhos procurando recuperar o fôlego, eu estava ficando louco já,
imaginando ela ali comigo, precisava resolver isso.
Eu me sentia um idiota por essa fixação em uma mulher que conheci há
apenas dois dias, mas minha mãe sempre me disse que quando eu conhecesse
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a MINHA garota, eu saberia na hora que era ela.


—Quem diabos é Lucy?
O grito me arrancou do estado em que eu estava, mas quem...?
Abri a porta do box e dei de cara com Cloe, indignada, como se pudesse
me cobrar algo.
—Que porra é essa? Saia. – exigi.
—Antes você...
—Saia, agora, me espere lá fora se quiser falar alguma coisa ou então
simplesmente vá embora, por mim não temos o que conversar.
Falei puxando uma toalha diante do meu corpo.
—Escute aqui...
—Saia. – rosnei, dando um passo em sua direção.
Ela arregalou os olhos e saiu rapidamente do banheiro.
Estava virando piada essa história de ser surpreendido em minha própria
casa.
Deixei o banheiro e a encontrei no quarto, parada de braços cruzados ao
lado da cama.
O doce perfume da Lucy havia sido substituído por seu perfume forte e
adocicado, me senti roubado.
—Me espere na sala, vou me vestir e já te encontro lá.
—Você não tem nada aí que eu já não tenha visto, aliás, eu e milhares de
pessoas.
—Cloe, estou no meu limite, me espere na sala, por favor.
Bufando, ela deixou o quarto, o que me deu alguma privacidade para me
vestir.
Colocando um moletom qualquer e puxando uma camiseta do guarda–
roupa, deixei meu quarto querendo descobrir o que aquela filha da puta ainda
podia querer e como diabos entrou, se mandei devolver sua chave quando foi
embora.
Mandei, mas não chequei se devolveu.
Erro meu.
Eu a encontrei sentada na sala, de pernas cruzadas e batendo os dedos nos
braços da poltrona, um sinal de que estava puta, foda-se.
—O que quer,Cloe? – perguntei de cara.
—Juro que quando resolvi te procurar, esperava uma recepção melhor.
Me joguei no sofá, do outro lado da sala, bem longe do seu perfume.
—Porque sentou tão longe?
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—Eu estou muito bem aqui, obrigado.


—Quem é Lucy?
—O que quer?
—Me responda primeiro, droga. – toda sua pose estava desmoronando.
—Eu não tenho que te dar satisfação, Cloe, o que você quer aqui?
—Eu pensei se você podia.... – ela parou de falar e olhou em direção a
porta, onde havia duas malas.
Comecei a rir, nem em sonhos ela voltaria a morar sob o mesmo teto que
eu.
—Não vai rolar Cloe, sinto muito, eu não tenho noticias suas há quase um
ano, você terminou tudo e foi para a Europa por causa de uma proposta
irrecusável, não foi?
—Sim, mas não era o que pensei, então eu fiquei sabendo dos filmes...
—Devia ter se informado antes de se despencar aqui, o elenco está
fechado.
—Eu posso ficar por aqui alguns dias?
—Não, eu tenho alguém agora e ela não vai gostar de ver minha ex por
aqui.
—Lucy.
—Sim, Lucy.
—Eu não tenho para onde ir, Adan.
—Procure suas amigas, alguém vai te receber e, por favor, entregue
minhas chaves, vou deixar ordem na portaria para que não te deixem subir.
Ela me olhou surpresa.
—Não há necessidade disso.
—Sim, há, não quero ser pego de surpresa fodendo minha mulher no sofá.
Ela se levantou com minhas palavras.
—Sua mulher?
—Sim Cloe, minha mulher, eu pretendo me casar em breve.
—Você sempre disse que nunca iria se casar.
—Eu sempre disse que nunca iria me casar, enquanto não encontrasse
minha metade da laranja.
—E encontrou?
—Sim Cloe, encontrei e ao invés de surtar, deseje– me sorte, pode ser?
Ela suspirou e caminhou em direção a porta, apanhando suas malas.
—Ok, Adan, eu vou embora. – ela falou.
—Eu agradeço.
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Assisti ela andar até a porta e abrir.


—Quer saber, Adan? Foda-se! – ela falou saindo e batendo a porta.
Levantei e corri até a porta, saindo atrás dela.
—Cloe? – chamei seu nome.
Ela parou e virou com um enorme sorriso no rosto e ficou esperando que
eu caminhasse até ela.
—Minha chave. – falei estendendo a mão.
Ela respirou profundamente, me olhando com ódio, então enfiou a mão na
bolsa e puxou o chaveiro com as minhas chaves.
Ouvi o barulho da porta do elevador abrindo.
Ela colocou o chaveiro em minha mão e entrou no elevador.
—Imbecil. – ela falou entre dentes enquanto a porta se fechava.
Arremessando a chave no ar e pegando de novo, eu entrei em meu
apartamento, pronto para voltar a pensar na Lucy.

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Capítulo 9
Lucy

Ele era ainda maior do que parecia no vídeo.


Sentado em meu sofá, Adan tinha a calça aberta e os olhos fixos em mim.
Seu sexo pulsava entre os meus dedos, minhas duas mãos estavam
fechadas sobre ele e ainda tinha muita carne para que eu colocasse na boca.
Olhando em seu rosto, eu passei a língua por sua cabeça, onde uma gota
perolada parecia implorar para ser lambida.
Ele arfou e eu repeti o movimento, sentindo seu quadril balançar contra
meu corpo.
—Lucy... – ele gemeu.
Então abrindo a boca eu o abocanhei, eu queria sentir o máximo que
pudesse dele em minha boca, e ganhei novos gemidos.
—Lucy, Lucy, Lucy... – ele repetia, empurrando o quadril contra minha
boca, me fazendo gemer.
—Caralho,Lucy, acorda, porra.
Senti vários tapinhas em meu rosto e acordei assustada.
—O que ...
—Nem vem, você fica tendo sonhos molhados com seu ator pornô e eu
tenho que te aguentar gemendo? – Erick reclamou.
Sentei tentando acordar, para poder xingar ele direito.
Mas minha cabeça doía, a luz do sol entrava pela janela e parecia que ía
me cegar, ou me fazer virar pó, talvez até brilhar.
—Quem vai brilhar,Lucy? Pelo amor de Deus, você vai acordar ou não?
Esqueça crepúsculo, você não é uma vampira, criatura.
—Eu falei em voz alta? – perguntei confusa.
—Sim, falou,darling. – ele respondeu rindo finalmente.
—Estava pensando em voz alta, porque me acordou? Você fez café? Que
horas são?

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—Quase oito, preciso ir trabalhar, troquei com a Lana hoje.


—Eu tenho um monte de coisa pra fazer.
—Eu preciso ir, tome um banho pra despertar, mais tarde te ligo.
Mandando um beijo de longe, Erick saiu feito uma borboleta... que era.
Tranquei a porta e pegando um pouco de café, fui para o chuveiro, uma
ducha rápida teria que resolver.
Eu estava saindo do banheiro, quando ouvi a campainha tocar
insistentemente.
—Diabos! – resmunguei correndo até a porta e abrindo sem olhar.
—Ei, não sabe onde enfiar o de...
Parei muda quando percebi o Adan parado ali, me olhando com um
sorriso sacana.
—Sei sim querida, e não vejo a hora de estar com ele lá outra vez, os três.
Senti uma fisgada entre as pernas, então senti seus olhos me queimarem.
—Algum problema? – perguntei.
—Eu... – ele me olhava sem concluir.
Abaixei os olhos e finalmente percebi que estava enrolada na toalha de
banho, toda molhada.
—Oh! – arregalei os olhos e virei de costas para ele.
Só ouvi a porta batendo e senti o corpo dele me prendendo de frente para
a parede do corredor.
—Adan. – sussurrei.
Sua mão abriu o nó que mantinha a toalha presa sobre meus seios e seus
dedos se fecharam sobre eles, prendendo os mamilos entre dois dedos.
Senti o corpo em chamas, seus dedos brincavam com meus seios,
apertando como se quisesse marcar território.
Uma de suas mãos desceu através do meu estomago, até chegar ao meu
sexo que pulsava e seus dedos me acariciaram.
—Tão molhada, tão quente, você não imagina como eu fiquei, só de
imaginar essa buceta toda molhada me engolindo.
Seus dedos me acariciavam e de repente, as imagens do sonho que estava
tendo com ele, me vieram à mente.
Seu corpo estava totalmente colado as minhas costas, levei uma mão para
trás, e segurei seu pau por cima da calça.
Ele era realmente grande e engoli em seco, me perguntando se seria capaz
de receber tudo aquilo dentro de mim.
—Princesa, não provoque o hulk desse jeito. – ele falou se afastando de
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mim.
O que fez com que a toalha caísse no chão, me deixando nua em sua
frente.
—Oh céus! – exclamei me abaixando para pegá-la e me enrolei
novamente nela, me virando de frente para ele.
Ele tinha a respiração pesada, as mãos apertadas em punho.
—Nós precisamos conversar, eu agradeceria se você parasse de me
provocar.
Olhei espantada para ele.
—Eu não estou tentando te provocar. – respondi irritada.
—Não? Me recebendo enrolada em uma toalha?
—Escute aqui, seu idiota, eu não sabia que era você.
—Pior ainda, porra, como você vem atender a porta assim? E se fosse o
mesmo cara da outra noite.
Senti o sangue fugir do meu rosto.
—É melhor você ir embora.
—Eu não vou a lugar nenhum, agora vá se vestir.
—Você não manda em mim.
—Vá se vestir,Lucy, agora.
Irritada como estava, eu não pensei no que fazia, eu apenas afastei ele da
minha frente e puxei a toalha, caminhando em direção ao quarto, nua
novamente.
Eu estava atravessando a porta quando ele me alcançou.
Não tive tempo de ter qualquer reação, em segundos eu estava deitada na
cama, com Adan deitado sobre mim.
Sua boca devorava a minha, enquanto ele se encaixava entre minhas
pernas, me abrindo para ele.
E eu queria isso, muito.
Seus lábios deixaram os meus e desceram para os meus seios,
mordicando, enquanto uma de suas mãos provocava minha buceta.
Senti quando dois dedos entraram dentro de mim, enquanto o dedão
provocava meu clitóris.
Meu quadril deu um pulo em sua direção.
Puxei sua camisa fora de meu caminho e tentava empurrar sua calça sem
nem abrir, eu parecia uma gata no cio.
Voltando a capturar minha boca, senti sua mão deixar meu corpo, para
poucos segundos seu pau duro tocar minha buceta, se encaixando entre os
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lábios, deslizando sobre eles.


De olhos fechados, eu toquei meus seios, apertando eles.
—Lucy, olhe pra mim. – ele pediu.
Abri os olhos e foquei nele.
—Eu vou te comer agora meu bem, abra bem essas pernas, ok?
Apenas concordei com a cabeça, olhando para ele.
Senti a cabeça encaixar e me preocupei com o seu tamanho,
involuntariamente eu franzi o cenho, tensa.
—Ei, não se preocupe. – ele falou enquanto deslizava pouco a pouco
dentro de mim.
Senti a pressão e retive a respiração, ele estava suado, seu suor corria por
seu braço.
Ele bombeou algumas vezes sem forçar mais, apenas o tanto que já havia
entrado, até eu me acostumar com a invasão.
—Vou continuar. – ele avisou e mordendo os lábios, concordei com a
cabeça.
A pressão começou de novo, eu recebia cada vez mais ele dentro de mim,
novamente ele parou e bombeou algumas vezes, entrando e saindo.
—Olhe para baixo, querida, olhe como você me recebe perfeitamente,
olhe como meu pau está molhado, isso é você, molhada para mim. – ele
sussurrou.
Fiz o que ele mandou e descobri que tinha ele quase todo dentro de mim,
e vi também minha umidade envolta dele.
—Olhe pra mim agora doçura.
Levantei os olhos, respirando fundo
—Estou no seu limite ou você aguenta o resto?
Concordei mais uma vez e vi um sorriso nascer em seus lábios.
—Eu preciso ouvir você responder o que quer carinho.
Responder?
Com que voz?
Olhei para baixo de novo, olhei ele se afundando em minha buceta, sem
querer me contrai em volta dele, provocando um gemido.
—Querida, você vai me matar... – ele falou com a voz grossa.
—Mais, eu quero mais de você, eu preciso de mais, eu quero tudo. –
finalmente eu consegui falar.
Ele cobriu minha boca com a sua mais uma vez, enquanto empurrava
dentro de mim o que faltava de seu pau.
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Fiquei sem ar, era muito, mas eu sabia que só precisava me acostumar, e
ele também, pois ficou parado, me beijando e acariciando meu clitóris.
Isso durou até que eu senti um espasmo e mais uma vez apertei ele dentro
de mim.
Sua boca deixou a minha, enquanto ele arfava.
—Caralho, eu sabia que seria incrível estar dentro de você, mas está
superando as expectativas, você é gostosa demais.
Rebolei embaixo dele e em seguida cruzei as pernas ao seu redor, fazendo
com que ele se encaixasse melhor.
Ele respirou fundo e sorriu.
—Gostosa. Pra. Caralho. – ele falou rindo.
A pressão agora era diferente, meu corpo inteiro pulsava e eu sentia o
suor cobrindo minha pele também.
—Adan... – chamei rouca.
—O que, querida?
—Me fode logo de uma vez...
Ele me olhou com um sorriso sacana e se afastou ficando de joelhos.
—Se segura, delícia.
Ele foi retirando seu pau e sem que eu esperasse, enterrou com força
novamente, em seguida ele passou a bombear seu grande pau dentro de mim.
Cada vez mais forte.
Cada vez mais rápido.
Eu já estava tão no limite que logo sentia meu corpo tremular, enquanto
eu rebolava pedindo mais.
Estrelas explodiam no teto do meu quarto, e ele continuava incansável.
A pressão cresceu novamente em mim e sem acreditar, percebi que estava
gozando de novo.
Dessa vez ele me acompanhou e só quando senti sua porra batendo sobre
minha barriga, que percebi que não usamos proteção.
Fechei os olhos, retendo um gemido.
“Grande! Eu acabei de foder um ator pornô sem qualquer proteção.”
Ele se afastou de mim rapidamente, abri os olhos e descobri que ele
estava se vestindo.
Olhei para ele sem entender.
—Não se preocupe, todos os meus exames estão em dia, estou limpo, se
lave e venha conversar comigo na sala, vestida se possível. – ele falou e saiu.
Merda. Merda. Merda.
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Inferno de mania de pensar em voz alta.

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Capítulo 10
Adan

Foi como levar um tapa na cara, eu estava fazendo amor e ela fodendo um
ator pornô.
Bem feito para mim.
Cinco minutos depois, ela entrou na sala, devidamente vestida e com o
cabelo preso.
—Me desculpe. – ela falou.
—Esqueça, eu vim aqui para tratarmos de negócio, te foder foi um bônus.
– revidei sem pensar, eu me sentia chateado.
Pela primeira vez, alguém me fez ter vergonha da minha profissão, e eu
não gostei da sensação.
—Oh! – ela exclamou pálida.
Peguei a pasta com o contrato e me sentei, ela fez o mesmo, se sentando
na poltrona a minha frente.
—Já que você sabe quem eu sou, me poupa algumas explicações. Eu sei
que está precisando de dinheiro, ainda mais com o que seu irmão fez, eu
tenho procurado há meses o elenco para uma série de filmes que minha
produtora está encarregada de realizar, serão filmes baseados em livros
eróticos, voltados para o público feminino. – falei estendendo os documentos
para ela.
—Onde eu entro nisso? – ela perguntou sem expressão.
—Falta apenas uma pessoa para fecharmos o elenco e ninguém estava
encontrando, até que encontrei você no café e vi que se encaixa perfeitamente
no papel.
Puxei o papel com o valor do contrato e entreguei a ela, que arregalou os
olhos quando viu.
—Mas...
—O projeto é grande e os salários também. – expliquei.

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—Eu não sei...


—Leia o contrato, consulte um advogado, se você resolver aceitar, seus
problemas estarão resolvidos, serão alguns dias de filmagem e você poderá
esquecer o que aconteceu.
—Adan...
Levantei, interrompendo ela, eu ainda me sentia ferido e precisava ficar
longe dela um pouco, antes que fizesse mais alguma besteira.
—Preciso de sua resposta até depois de amanhã, no final do dia. – falei
me afastando.
—Adan... – ela chamou de novo.
Parei na porta e olhei para trás, sua cara de choro quase quebrou meu
coração.
—Eu aguardo um contato seu, se tiver alguma dúvida mande seu
advogado ligar. – respondi firme e saí do apartamento.
Eu sabia que ela iria chorar, diabos, eu queria chorar, decepção me varria
por dentro.
Talvez fosse melhor voltar a procurar nossa pinup, se ela pensava mesmo
daquela forma, o preconceito não a deixaria aceitar a proposta.

Lucy

Senti a primeira lágrima correr assim que ele fechou a porta.


Me mexi na poltrona e me senti toda dolorida, era como se ele ainda
estivesse dentro de mim.
Inferno, como puder ser tão idiota e falar aquilo? Não era meu modo de
pensar, nunca fui preconceituosa.
Olhei para os papéis que ele me entregou, o valor que eu receberia era
absurdo.
Me sentindo péssima, eu larguei toda a papelada sobre a mesa de centro
da sala e fui para a cozinha, ainda fungando, eu tomei um gole de café e me
afundei no trabalho acumulado.
Passei o resto do dia focada nas encomendas, conversei com os clientes
que deixei de atender por ter estado doente. Chamei o serviço de entrega e
despachei todas as encomendas do dia e adiantei as do dia seguinte. Não
atendi ao telefone, desliguei a internet depois de avisar ao Erick que ficaria
ocupada todo o dia e só parei no início da madrugada.
Sem coragem de me deitar em minha cama, desabei no sofá.
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Acordei na manhã seguinte ainda dolorida, parecia que a tromba de um


elefante tinha estado dentro de mim, olhei o contrato sobre a mesa e resolvi
ler ele direito.
Fiz um café fresco, apanhei meus óculos e sentei com toda a papelada na
mão. Li tudo e entendi metade, eu realmente precisava de um advogado.
Peguei o celular e descobri que estava sem carga, depois de colocar ele
para carregar, eu liguei para o Erick.
—Eu preciso de um advogado de confiança, tem algum para indicar? –
perguntei séria.
—Olá para você também, gentil criatura. – ele respondeu.
—Desculpe, estou concentrada aqui, você conhece alguém?
—É sobre o que desconfiei ontem?
—Sim.
—Paga bem?
—Muito bem, bem até demais, Erick ...eu não sei se serei capaz de fazer
isso.
—Calma, querida, venha aqui no café, vou chamar uma pessoa que pode
te ajudar, o que o Adan falou sobre isso?
—Que tenho até depois de amanhã para resolver e que qualquer dúvida é
só mandar meu advogado ligar para ele.
Fiquei em silêncio e ele entendeu que algo estava errado.
—Desembucha, o que aconteceu?
—Nós brigamos, ele foi embora e fim.
—Eu te conheço e sei pelo seu tom de voz agora, que você está quase
chorando.
—Aaaaah Erick, essa minha mania horrorosa de pensar alto, eu falei uma
coisa que deixou ele magoado comigo, ele rebateu com algo que me chateou,
foi isso.
—Como eu sei que isso é o máximo que vou conseguir agora, depois
voltamos ao assunto, vá adiantando as entregas de hoje, daqui a pouco eu ligo
dando notícias do advogado.
—Ok.
Desliguei e fui para a cozinha, eu tinha pouca coisa para entregar, então
finalizei tudo e despachei, foi o tempo do Erick ligar me pedindo para estar
no café em uma hora.

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—Olha, esse contrato é irrecusável, não tem nada nas entrelinhas, você
faz o filme, eles prevêem de duas a quatro semanas de filmagem e recebe
essa bolada. – o amigo do Erick, Fred, havia passado a última hora lendo o
contrato. Estávamos em uma mesa discreta, nos fundos do café.
Mordi os lábios, indecisa, eu tinha uma dívida que liquidaria com esse
dinheiro e poderia montar minha casa de pães.
—Olha, isso não irá transformar você em uma estrela pornô, o contrato é
apenas para esse filme, pense bem em como você irá lidar com tudo isso.
Você irá se expor na frente de toda uma equipe técnica, mas... caramba... é
muito dinheiro,Lucy, você nunca terá outra oportunidade dessas.
Erick havia acabado de se sentar a mesa conosco.
—Você tem um tempo para pensar, analise os prós e os contras, essa
decisão você tem que tomar sozinha, querida. – Erick falou.
—Tem uma coisa Lucy, uma vez que assine o contrato, não poderá mais
voltar atrás, a multa é o dobro do que vai receber.
Engoli em seco.
Eu poderia fazer isso? Transar diante de várias pessoas? E depois ter
outro tanto assistindo essa transa em vídeo?
—Fala alguma coisa sobre o ator que irá atuar com ela? – Erick
perguntou.
—Não, só que será apenas essa pessoa em cena com ela.
—Caramba, sem ménage ou sexo grupal para você, doce. – Erick falou
para mim.
Soquei seu ombro, boquiaberta.
—Cala a boca. – falei para ele, que ria.
—Meu conselho, vá para casa, pense em tudo o que eu disse e se resolva,
mas tenha certeza do que está fazendo. – Fred sugeriu.
—Ok, obrigada, quanto eu devo pela consulta?
—Não se preocupe com isso, seu amigo aí ficou me devendo um jantar. –
Fred respondeu, piscando para o Erick.
Entendi o grau de "amizade" deles.
Me despedi e voltei para casa com a cabeça a mil, infelizmente, dei de
cara com o meu irmão na portaria do meu prédio.
—Vá embora, Peter. – rosnei, tentando passar por ele.
—A polícia me procurou hoje. – ele avisou.
—Você deveria ter pensado nisso antes de me roubar. – falei encarando
ele.
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—Retire a queixa Lucy, você não tem nada contra mim.


—Você aparece nas filmagens do banco, seu idiota, vá embora.
—Retire a queixa sua vagabunda, ou vai se arrepender.
—Suma da minha vida e eu retiro.
—Eu sou seu irmão, o dinheiro da tia...
—Ela não era sua tia, o seu pai era outro homem, você não tinha qualquer
direito sobre esse dinheiro. – gritei com ele.
—Olha aqui sua...
—Olha aqui você, pra mim chega, você roubou tudo o que meu pai me
deixou, nada daqueles bens te pertenciam para você fazer o que fez, chega
Peter, agora chega. – gritei novamente.
—Eu precisava sustentar você.– ele tentou se justificar.
—Suma, ou eu abro um processo contra você por causa desse dinheiro,
entendeu?
Ele ficou branco.
—Você não...
—SUMA! – gritei, colocando pra fora toda a frustração do dia.
—Tudo bem aqui moça?
Olhei para o lado e dois caras enormes olhavam para o meu irmão.
—Sim, ele está indo embora.
—Lucy... – ele ainda tentou falar.
—Adeus, Peter, esqueça que tem uma irmã.
Ele deu um passo em minha direção e os dois homens me cercaram.
Covarde como era, Peter recuou e foi embora.
—Obrigado. – agradeci aos dois e subi.
O que eu só descobri tempos depois, foi que os dois saíram atrás do meu
irmão e deram um pequeno susto nele, o que lhe rendeu alguns roxos e uma
costela trincada, mas ele entendeu o recado.
Passei a noite olhando o contrato e pensando no Adan, eu precisava falar
com ele.

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Capítulo 11
Lucy

—Eu não consigo falar com ele, Erick, o celular vai direto pra caixa
postal. – reclamei angustiada ao telefone.
—Vai até lá. – ele sugeriu.
—Eu não sei onde é, eu estava dormindo quando ele me levou lá e na
volta, bem, você sabe como é o meu senso de direção.
—Docinho, esqueceu que levei suas roupas lá? Eu tenho o endereço dele.
—É por isso que eu te amo. – falei aliviada.
—Falsa, esteja aqui quando eu sair, te levo até lá.
—Me leva como, na vassoura? – perguntei rindo, finalmente me sentindo
melhor.
—Vaca, se vira. – ele respondeu mal humorado.
—NÃÃÃOOO, espera, desculpa. – continuei rindo.
—Esteja aqui e você paga o táxi.

Na hora marcada eu estava na porta do café esperando por ele, pegamos o


táxi, a bicha disse que estava com preguiça de andar e em vinte minutos eu
estava de pé na frente do prédio dele.
—Cobertura? Sério? – perguntei boquiaberta, olhando para o alto.
—Pois é meu bem, parece que esse ramo dá dinheiro. – ele falou rindo.
Fiquei parada olhando para cima.
—Parece que está tudo escuro, talvez ele não esteja. – eu falei
fraquejando, sem saber mais o que falar.
—Você só vai saber se chamar.
—Eu sei. – respondi, mas não saí do lugar.
—Criatura, tá um frio dos infernos, meu saco congelou, se você vai
desistir me avisa logo que eu quero ir embora.
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Suspirei fundo e abri a porta, pedindo para o porteiro chamar no


apartamento dele.

Adan

—Parabéns cara, você conseguiu.


Acordei com o telefonema do Mark e não fazia ideia do que ele estava
falando.
—Você me acordou, então seja um bom amigo e me explique do que você
está falando. – resmunguei, morrendo de dor de cabeça.
—Do contrato oras, ele acaba de ser entregue aqui, devidamente assinado,
ela aceitou fazer o filme.
Lucy.
Ela concordou.
Estive na casa do meu irmão, bebendo, desde que saí de sua casa, e
desabei desacordado no meio dessa madrugada.
Ele foi um santo por me aguentar.
E agora minha cabeça estava explodindo, parecia que eu tinha engolido
um par de meias usadas e eu não fazia ideia de como fui parar na minha
cama.
—Eu vou tomar um banho, daqui a pouco estarei aí. – avisei.
—Ok, estou te aguardando.
Desliguei tentando processar o que estava acontecendo, depois do que ela
falou, eu tinha certeza de que ela não iria aceitar.

Uma hora depois eu entrava na sala do Mark, ele estava ficando poucas
horas na empresa, por causa do filho tinha acabado de nascer.
—Você está horrível. – Mark falou assim que entrei.
—Obrigado.
—Sério, o que está acontecendo? Você sumiu há dois dias.
Suspirei alto, procurando uma explicação.
Não encontrei.
—Ela assinou mesmo?
—Sim. – ele respondeu me empurrando o contrato.
Estava tudo certo, com assinatura de testemunhas e tudo.
—Quem vai contracenar com ela?
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—Dave está escalado para esse filme.


Senti o maxilar apertar, enquanto eu cruzava os braços sobre o peito.
—Algum problema? – Mark perguntou, me olhando.
—Não. – grunhi.
Eu não queria aquele imbecil tocando ela, na verdade, nenhum imbecil
tocando minha mulher.
—Tem algum serviço para mim agora? – perguntei.
—Me conta o que está acontecendo, Adan.
Neguei com a cabeça.
—Nada importante, quando começam as filmagens?
—Em algumas semanas, ela vai receber o script, tem os exames para
fazer, devemos marcar alguns testes com ela, para ver como atua, e vamos
rezar para que seja boa nisso, depois teremos que explicar como tudo
funciona. Você pode fazer isso?
—Eu preciso de um tempo fora, peça a Harmony, ela tem feito um ótimo
trabalho como relações públicas, além de ser boa com os novatos, eu vou
visitar meus pais.
—Adan, você estava muito empolgado com essa mulher, o que
aconteceu?
—Não deu certo, só isso, preciso de duas semanas fora, tudo bem?
—Tudo cara, pode ir, quando quiser falar, estou aqui.
—Obrigado cara.
—Sabe do Alan?
—Estive com ele esses dois dias.
—Entendi, vou tentar localizá-lo, agora vá, recarregue as baterias e volte
para encarar essas filmagens, você lembra que estará na direção?
—Pode deixar, até mais cara.
Deixei sua sala e sem sequer chegar perto da minha, deixei a empresa e
peguei a estrada imediatamente, não me preocupei nem em pegar alguma
roupa em casa.
Eu precisava dos conselhos de dona Sarah.
Foram três horas e meia dirigindo, eu queria chegar pelo menos no meio
da tarde.
Fui recebido pelo cheiro do café moído na hora e sendo coado. Meus pais
mostraram toda à alegria por me ver em casa, eles não me julgavam pela
minha profissão e me vi recebendo o carinho que estava precisando.
Meu pai saiu para ir ao mercado, me deixando sozinho com minha mãe.
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—Vai me dizer o que está acontecendo?


Dei um longo suspiro, antes de continuar.
—Eu a encontrei.
—E?
—Ela me disse algo que me chateou bastante, então me afastei.
—Vai desistir dela?
—Mãe, como é para você lidar com o que eu e o Alan fazemos?
Enxugando as mãos, ela se sentou a minha frente na mesa e sorriu.
—Bem, você sabe que não é algo que me orgulho, nem uma coisa que eu
vá subir no púlpito durante a missa e compartilhar com a comunidade, mas eu
aprendi a não ligar e você e seu irmão nunca pareceram se importar com a
opinião dos outros. – foi o que ela falou.
Abaixei minha cabeça, olhando para minhas mãos.
—Sim, pela primeira vez eu senti vergonha do que faço.
—Fazia, você disse que não faria mais filmes.
—Sim, sim, eu parei, mas... eu fiz uma besteira e agora não estou sabendo
lidar.
—Filho, se você veio atrás de conselhos é melhor falar tudo de uma vez.
Ela tinha razão.
—Certo, eu estava atrás de alguém para fechar o elenco de um grande
trabalho e ninguém do nosso meio estava se encaixando, foi quando
resolvemos tentar alguém de fora.
Ela ficou em silêncio me ouvindo.
—Eu a encontrei por acaso e ela era perfeita para o papel, e para mim. Eu
não conseguia mais resistir a ela, e mesmo tendo que fazer a proposta do
filme eu me envolvi.Ela estava precisando de dinheiro, tem um sangue suga
inútil como irmão e ele a roubou, um dinheiro que ela contava para abrir um
negócio, o filme resolveria isso.Mas eu estava resolvido a não contratá– la, eu
ia dar o dinheiro para ela, só que ela falou algo que me magoou e eu
entreguei o contrato e fui embora.
—E ela assinou. – minha mãe concluiu.
—Sim, passei dois dias inteiros bebendo sem falar com ninguém, e hoje o
Mark me chamou para avisar que ela assinou o contrato.
—Certo, agora me diga, o que vai fazer?
—Eu vim até aqui para pensar, eu precisava me afastar.
—Entendo, então faça isso filho, e depois vá resolver sua vida.
—Pode deixar. – respondi me levantando da mesa.
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E parando em frente à janela.


—Vou caminhar um pouco.
—Tudo bem, mas me diga: o que ela falou afinal?
—Que ela havia acabado de foder um ator pornô sem usar proteção.
Surpreendentemente minha mãe caiu na gargalhada.
—Mãe?
—Desculpe filho, me diga, ela estava brigando com você?
Pensei um pouco para responder.
—Não, ela parecia estar divagando.
—Ou seja, escapou?
—Sim.
—E você vai perdê-la por isso? Vá, vá caminhar e pense sobre isso.
—Tá bem.
—E filho?
—O quê?
—Já parou para pensar que você pode ter um bebê a caminho?
Saí e fechei a porta, não, eu não pensei nisso, fui andando pela rua, sem
rumo.

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Capítulo 12
Lucy

Três dias sem notícias do Adan, foi viagem perdida nossa ida ao seu
apartamento.
Ele não só não estava em casa, como o porteiro disse que ele não aparecia
lá desde o dia anterior, ou seja, desde que saiu da minha casa, temi que ele
estivesse com outra mulher.
Erick reclamou todo o caminho da volta, falando no meu ouvido por
causa do frio e das suas bolas congeladas.
A última coisa em que eu queria pensar era em suas bolas congeladas.
—Se você calar a boca, te dou os cupcakes que tenho em casa. – prometi
quando não aguentei mais.
Ele me olhou com um sorriso enorme, esquecendo de suas benditas bolas.
—Quer que eu durma em seu apartamento hoje, anjo?
—Por favor, Erick, eu não quero ficar sozinha. – respondi deitando a
cabeça em seu ombro.
Ele suspirou, apertando minha mão carinhosamente.
—Vai dar tudo certo querida, nós vamos achar seu deus de ébano e você
só precisa explicar que é louca e tem o péssimo habito de pensar alto.
—Se eu não estivesse não chateada, te dava um soco.
—Como se eu estivesse falando algum absurdo.
—Preciso controlar isso. – falei suspirando.
—Sim querida, você precisa mesmo, metade uma vida de mal–
entendidos por causa disso já foi o suficiente.
Concordando com ele, eu passei a olhar a noite pela janela do táxi,
enquanto voltávamos para casa.
No quarto dia sem Adan dar sinal de vida, um tal de Mark entrou em
contato comigo e marcou uma reunião para o dia seguinte, onde eu iria
conhecer as outras pessoas envolvidas no projeto.

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Às 10 da manhã em ponto, eu entrei na empresa com o coração a mil,


uma secretária me levou até a sala de reuniões e me vi diante de todo o elenco
dos filmes da série que eu faria parte. A reunião era para me dar às boas–
vindas, as filmagens já estavam acontecendo e só faltava o filme que eu iria
participar ser iniciado. Descobri que eu não era a única "civil", como me
chamaram por brincadeira, e que eu teria duas semanas para me preparar.
Finalmente conheci o Mark e soube que ele era sócio do Adan.

Quando ele chamou a atenção de todos para me apresentar, achei que meu
coração iria sair pela boca.
—Lucy, nós sabemos que isso é novo para você, queremos te dar boas–
vindas ao projeto. Esteja à vontade para fazer perguntas a qualquer um aqui.
– Mark falou.
Eu devia estar mais vermelha do que um pimentão, pois sentia o rosto
quente.
—Obrigada a todos. – respondi nervosa.
—Harmony ficou encarregada de te apresentar tudo aqui e explicar como
é feita a preparação para vocês entrarem em cena, infelizmente seu colega de
cena está preso em uma filmagem e não pôde estar aqui. – Mark me
esclarece.
Uma linda morena se postou ao meu lado, sorrindo, ela se identificou
como sendo a Harmony.
—Temos um café da manhã preparado para vocês, seja bem– vinda,
Lucy.
Todos bateram palmas e foram se servir, Harmony me pareceu muito
simpática e me explicou que iríamos seguir um cronograma para minha
preparação.
Estávamos no meio de nossa conversa quando seu celular tocou, ela olhou
o visor, fez uma cara triste e, pedindo licença, deixou a sala, atendendo a
ligação.
Olhei para a porta e vi uma moça entrando na sala com um bebê no colo e
todas as mulheres a rodearam.
—Essa é minha esposa. – Mark explicou ainda parado ao meu lado.
—Ela também é...
—Não, não, mas já namorei uma atriz, só que não deu certo, então eu
conheci a mulher da minha vida.
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Ela veio até nós com o bebê, e Mark o pegou de seu colo.
—Esse é meu filho Thomas e minha esposa Noelle. Nelle, essa é a Lucy,
a atriz que faltava para fechar o elenco.
—Que maravilha, muito prazer Lucy, eu estou tão empolgada com esse
projeto. – a mulher me cumprimentou sorridente.
—O prazer é meu, eu confesso que estou assustada. – respondi sorrindo.
—Vai dar tudo certo. – ela falou.
Olhei para a porta e vi o Adan entrar de mãos dadas com uma mulher.
Senti meu coração afundar enquanto eles andavam até nós, até que reconheci
a mulher.
Eu a tinha visto com menos roupa da última vez, na verdade nenhuma.
—Alan, Tarah, que bom ver vocês. – a mulher do Mark falou contente.

Pedi licença e me afastei, minha vontade era ir embora, eu queria saber


onde o Adan estava, esperava encontrá-lo nessa reunião para podermos
conversar. Me servi de um pouco de suco e olhei a minha volta, eram pessoas
normais, amigos de trabalho em uma hora de descontração e eu me belisquei
mentalmente, afinal o que eu esperava encontrar? Uma orgia? Todos eram
extremamente profissionais ali e estavam empolgados com o projeto.
Um homem entrou na sala e caminhou até onde o Mark estava.
Eles conversaram alguns minutos e Mark o trouxe até onde eu estava.
Tremi por dentro, o rapaz era lindo, mas o terno cinza lhe dava um ar
extremamente sério, ele não parecia estar à vontade ali, o que afastou minha
dúvida se aquele seria meu parceiro de cena.
—Lucy, deixa eu te apresentar o Tony, ele é um dos produtores, na
verdade a empresa dele foi quem surgiu com o projeto.
Forçando um sorriso tão falso quando o do tal Tony, eu o cumprimentei e,
antes que pudesse dizer qualquer coisa, ele se desculpou e pediu ao Mark
para conversar com ele.
—Claro, se quiser me espere na minha sala que já conversamos, só
preciso falar uma coisa com a Lucy e já vou.
—Eu te espero lá, então.
O homem se afastou e Mark me olhou sério.
—Ele viajou, Lucy.
Olhei para ele, seu filho ainda estava em seu colo e chupava uma enorme
chupeta enquanto me olhava.
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—Eu preciso falar com ele. – falei.


—Adan pediu alguns dias de folga, foi visitar os pais.
—Você sabe quando ele volta? – perguntei chateada.
—Não, ele não disse.
Senti um desânimo enorme.
—Mark, você ainda precisa mim?
—Não Lucy, pode ir, amanhã você começa a trabalhar com a Harmony e
qualquer problema que tenha, venha direto a mim.
Frustrada, com uma saudade que eu não entendia, deixei o prédio me
xingando. Eu estava praticamente sem serviço, deixei de aceitar encomendas
para poder me dedicar à preparação para as filmagens.

—Ei, o que você está fazendo aqui? – Erick perguntou quando me viu
entrando no café.
—Fugi, ele não estava lá. – expliquei.
—Gente do céu, esse bofe tem que estar em algum lugar.
—E está, mas longe, viajou para visitar os pais.
—E o que você vai fazer?
—Agora? Me preparar para as filmagens, e aguardar ele voltar. – falei
debruçada no balcão.
—Quando começa?
—Em duas semanas, estão atrasados, todos os outros filmes já estão
sendo rodados.
Um casal entrou e Erick foi atendê-los, me deixando sozinha.
Desanimada, olhei os cupcakes que eu havia entregue mais cedo e puxei um,
logo uma xícara fumegante de café foi colocada em minha frente.
—Mas vem cá, o cara que vai fazer a cena com você, é gostoso? – Erick
perguntou.
—Erick...cala a boca. – resmunguei, até porque, eu não tinha visto o cara
ainda.

Adan

Eu estava parado no trânsito, quando vi Lucy deixar o prédio e atravessar


a rua correndo. Eu queria ir atrás dela, falar com ela, mas os carros
começaram a andar e me vi entrando no estacionamento da empresa.
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Não retornei suas ligações porque tínhamos que conversar pessoalmente,


frustrado mais uma vez, eu subi para o andar onde ficava nossa empresa.
—Ei, eu não esperava você de volta tão cedo. – Mark falou quando entrei
na sala de reuniões.
—Eu tenho um assunto a resolver. – respondi olhando em volta.
—Se esse assunto é a Lucy, ela acabou de sair. – Mark avisou.
—Eu a vi, Mark, podemos conversar?
—Claro, vamos até minha sala, o Tony está lá me esperando.
—Algum problema? – perguntei estranhando a presença do Tony lá.
—Espero que não, mas o Tony se despencar até aqui é no mínimo
estranho, sempre foi o David que tratou com a gente.
—Sim, também acho estranho.
Eu o segui preocupado com o que poderia estar acontecendo.

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Penúltimo Capítulo
Lucy
Duas semanas depois

Durante a preparação fiz teste de atuação e agradeci as aulas de teatro do


colégio.
Harmony me explicou sobre os testes médicos, higienização, depilação,
como se posicionar e uma série de outras coisas.
Inclusive sugeriu que eu me masturbasse diante do espelho em casa para
tentar quebrar qualquer inibição.
Morri só de imaginar.
Tive a oportunidade de assistir a uma cena de sexo sendo gravada, para
ver como funcionava na verdade e descobri que não havia glamour nenhum.
Sim, com uma autorização do Mark, levei minha borboleta particular
comigo e sofri para controlar a pessoa.
A atriz em cena era minha xará, e senti um soco no estômago quando
descobri por acaso que ela já havia contracenado com o Adan algumas vezes.

E finalmente chegou meu dia.


Eu já tinha algumas cenas gravadas, cenas em que minha personagem
interagia com a família rica e poderosa e se sentia sufocada pela mãe, que
criticava tudo o que ela fazia, mas hoje era a primeira cena de sexo, eu estava
uma pilha de nervos. Mark assumiu a direção do filme e nessas duas semanas
de preparação e início de filmagem, eu não consegui conhecer o tal de Dave,
ator que contracenaria comigo.
O script era lindo, apesar de não conhecer o livro, eu corri comprar para
ler depois.
Mas quando recebi o cronograma das filmagens, eu entrei em pânico
quando vi que a primeira cena do casal, era deles transando. Descobri que as
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cenas eram gravadas fora de ordem.


Ou seja, eu teria que transar e fingir estar excitada com um cara que
nunca vi. Até a Harmony estranhou, porque o normal era haver um contato
entre os atores antes das cenas.
Tudo bem, eu entendi que a premissa da história era essa, o homem
morava isolado nas montanhas e uma estranha batia em sua porta no meio de
uma tempestade de neve.
Eles ficariam uma semana isolados do mundo e estariam apaixonados no
final desse tempo. Dispostos a enfrentar o mundo para ficarem juntos, eles
teriam que encarar a sociedade por esse amor.
A locação era no meio do nada, mas pelo menos estávamos perto de casa,
havia um caminhão com equipamento e um ônibus para a equipe usar, ambos
estacionados ao redor da cabana, Mark escalou poucas pessoas para gravar
essas cenas, por minha causa.
Olhei no espelho e tremi. Eu estava maquiada, depilada, meu cabelo era
ruivo agora, e eu olhava assustada para mim mesma no espelho.
Fechei os olhos e respirei fundo, eu me dispus a enfrentar aquilo, então
tinha que encarar.
—Lucy, preciso de você aqui. – Mark me chamou do quarto.
Vestindo apenas uma camisa de botões, que seria do homem que me
acolheu da tempestade, eu deveria me deitar na cama e fingir dormir.
—Deite e tente relaxar, lembre– se que vocês se sentiram atraídos um
pelo outro no momento em que se viram.
—Ok.
—Certo, ele vai entrar no quarto e ver você dormindo, sem resistir, ele vai
acariciar seu corpo e você vai gemer chamando o nome dele, pois está
sonhando com ele. Na sequência ele deita ao seu lado e começa a ação, ok?
—Certo.
—Vamos lá então, deite– se e durma.
—Atenção pessoal, AÇÃO.
Eu ouvi a porta sendo aberta e meu estômago tremulou.
Ouvi seus passos e senti ele sentar na cama, então suas mãos estavam em
minhas pernas, eu deveria me revirar na cama, como se estivesse tendo um
sonho quente e gemer seu nome.
Seu toque me deixou excitada, como se houvesse um reconhecimento,
meu corpo acordou e meus mamilos endureceram.
Eu não podia abrir os olhos, mas... eu estava ficando doida.
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—David. – sussurrei o nome do personagem, a deixa para ele se deitar ao


meu lado.
Ouvi o barulho dele tirando a roupa, e então ele estava na cama comigo.
Seu perfume chegou ao meu nariz, era ele, tinha que ser, mas eu não
podia abrir os olhos.
Sua mão afastou a camisa, expondo minha buceta lisa, totalmente sem
pelos, ouvi ele arfar.
Em seguida os botões da camisa foram abertos e sua boca tomou meu
seio.
Inferno, era o Adan, tinha que ser, eu queria chorar, rir, gritar...
Seus dedos me invadiram e eu perdi o fôlego.
Ele mordiscou meu pescoço até chegar perto do meu ouvido.
—Eu não podia deixar outro homem fazer isso, querida. – ele sussurrou e
cobriu meus lábios.
Sim. Sim. Sim. Mil vezes sim.
Minha buceta estava encharcada, eu podia ouvir o barulho que seus dedos
faziam dentro de mim.
—Abra os olhos princesa. – ele falou a fala do personagem.
Automaticamente eu tinha meus olhos fixos nos dele.
Adan.
Depois de tantos dias, era ele.
Eu não conseguia falar nada, fazer nada, pensar em nada.
Fala? Cena? Filme?
Eu só conseguia processar que era ele ali comigo, cruzando os braços em
sua nuca, eu puxei sua boca em minha direção.
Foda-se script, eu precisava dele, minha personagem deveria se assustar
ao acordar, mas eu só conseguia sorrir e me abrir para ele, esquecendo
totalmente que tinha outras pessoas no quarto.
Rebolei em seus dedos, que ainda estavam em mim, o personagem dele
era meio tipo ogro, e suas falas nessa cena, chegavam a ser grosseiras.
De costas para as câmeras, ele piscou para mim e se afastou.
—Eu só consigo pensar em comer essa buceta, desde que você apareceu.
Voltei ao personagem e me fingi chocada, tentando me sentar.
—Quietinha aí, querida, não adianta fingir, você está tão molhada que
meu pau vai escorrer sozinho nessa delícia.
—David, eu...
Ele se inclinou na cama e sua língua me tocou.
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—Até seu gosto é doce, eu queria saber quem diabos é você, princesa.
—Eu...
Ele abocanhou meu sexo, me devorando, meu quadril parecendo ter vida
própria se mexia contra ele, empurrando sua língua dentro de mim, fechei os
dedos sobre os lençóis e gritei enquanto gozava alucinada.
Mas ele não parava, meu corpo pedia uma pausa, mas ele se mantinha
firme, me chupando, me devorando.
Senti um novo gozo chegar e explodir através do meu corpo.
Finalmente ele se afastou e em seguida deitou sobre mim, beijando meus
lábios levemente.
—Se prepare querida, essa vai ser a melhor foda da sua vida.
Eu tinha uma fala, eu tinha uma fala, merda, meu cérebro tinha derretido.
—Não se preocupe com meu tamanho. – Adan falou, tentando me ajudar.
Fazendo cara de assustada, eu lembrei o que devia dizer.
—Você... você é tão grande. – falei olhando para ele.
—Mas vai caber direitinho dentro dessa buceta gulosa.
Fiz “argh” em pensamento.
Abaixei a mão tocando meu clitóris, meu corpo pulou com o toque, de tão
sensível que ele estava.
—Abra bem essas pernas, querida, o lobo mal vai te comer agora.
Olhei para baixo, assistindo enquanto ele se afundava dentro de mim com
facilidade, agora entendi porque recebi um kit de consolos para praticar, meu
corpo estava preparado para ele quando ele se afundou inteiro dentro de mim.
Me senti totalmente preenchida, meu corpo fazia pressão contra ele,
apertando ele, mexi o quadril e ele gemeu.
—Espere, fique parada, não se mova. – ele pediu.
Respirei fundo, aquilo era loucura, a porra da tromba do elefante estava
toda dentro de mim dessa vez e eu só queria me mexer, porque cada vez mais
meu corpo queria libertação.
Porra, parecia que eu ia explodir.
Devagar, ele começou a se mover, mas suas mãos seguravam meu
quadril, me prendendo no lugar.
Ele estava ajoelhado no meio das minhas pernas, bombeando cada vez
mais rápido dentro de mim.
Novamente prendendo os lençóis entre os dedos, eu vi o mundo explodir
em mil cores, seu gozo correu dentro de mim, ele deveria sair e a câmera
pegar sua porra saindo, essa era a tomada, mas quem se lembrou?
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Ele cobriu minha boca com a sua e me deu um beijo que me tirou o ar.

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Capítulo final
Adan

Olhei para a porta a tempo de ver o Mark saindo silenciosamente com a


equipe, estávamos sozinhos no quarto agora.
Eles tinham feito a parte deles e agora eu tinha que fazer a minha e
conquistar minha mulher definitivamente.
—Porque esconderam isso de mim? – ela perguntou.
—Porque eu ia dirigir e não atuar. Deu trabalho retirar o Dave do filme
para entrar no lugar dele.
—Por que fez isso? – ela sussurrou.
—Porque você é minha e eu não quero outro homem te tocando.
Ela ficou em silêncio me olhando.
—Me perdoe. – falei por fim.
—Não, me perdoe você, eu não falei aquilo por mal, na verdade foi mais
uma piada em minha cabeça. Eu faço isso Adan, com mais frequência do que
gostaria, eu penso alto e já me meti em muita encrenca por isso.
Beijei seus lábios mais uma vez.
—Eu posso viver com isso, vamos sair daqui. – falei, piscando para ela.
—As filmagens...
—Olhe a nossa volta.
Só então ela percebeu que estávamos sozinhos.
—Eu nem vi quando eles saíram.
—Você estava em outro planeta. – falei rindo e ela ficou vermelha.
—Precisamos sair daqui, Mark tem que recolher o equipamento e colocar
na cozinha, lembra da cena de amanhã?
—Sim. – ela miou, ficando mais vermelha.
Eu tinha que me banquetear dela sobre a mesa da cozinha na próxima
cena e depois haveria uma na sala, em frente à lareira.
—Estamos de folga hoje, vamos para minha casa, temos que conversar. –

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avisei.
Entreguei um roupão para ela que correu se trocar, assim que estávamos
prontos, deixamos o quarto e fui ao encontro do Mark.
—Estejam cedo aqui amanhã, vamos tentar fazer umas das cenas e as
externas, depois fazemos a outra e voltamos para o estúdio. – ele nos
lembrou.
—Ok, chefe, até amanhã. – respondi sorrindo.
Nos despedimos e entramos no meu carro correndo, fazia muito frio lá
fora e começava a nevar.

Lucy

Eu tinha novamente a sensação de que ele ainda estava dentro de mim.


Olhei sobre o seu ombro, para o painel do elevador e parecia que ele não
chegaria nunca na cobertura.
Suspirei encostando a cabeça em seu peito, seus braços estavam ao redor
da minha cintura e sua boca mordiscava meu pescoço, provocando calafrios
em meu corpo.
—Você vem morar comigo. – ouvi ele dizer.
Levei um susto.
—Como é?
—Ou você vem, ou eu vou para o seu apartamento, você decide.
—Você está doido? Estamos nos conhecendo ainda, nem temos certeza...
—Eu tenho, entendeu? Eu tenho certeza absoluta. – ele falou sério, seus
olhos fixos nos meus.
—Adan... – sussurrei.
A porta do elevador se abriu e, segurando em minha mão, andamos até a
porta do seu apartamento.
Ele abriu a porta e sorrindo, fez um gesto me mandando entrar.
Me lembrei do irmão dele com a noiva no sofá e parei olhando naquela
direção.
—Não se preocupe, já troquei a fechadura, quando nos casarmos podemos
mudar para uma casa se você preferir.
Casar?
—Adan, você estava falando em morarmos juntos e já pulou para
casamento?
Sorrindo, ele segurou minha mão novamente e me levou em direção ao
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seu quarto.
—Nós moramos juntos esperando você ter certeza, quando tiver, nós
casamos.
Ele falou me parando ao lado da cama e começou a me despir.
—Podemos falar nisso mais tarde? – perguntei com a voz rouca.
Sem deixar de sorrir, ele olhou para mim e concordou com a cabeça, em
seguida sua boca estava sobre a minha e toda a minha roupa no chão.
—Isso vai ser rápido, querida, preciso de você outra vez. – ele falou se
despindo.
Em questão me segundos ele estava dentro de mim, empurrando se sexo
duro e me levando para outro mundo, meu corpo todo tremia, era uma
sensação indescritível, parecia que uma grande tensão crescia dentro de mim.
E então ele parou.
—Venha morar aqui comigo. – Adan falou, sem fôlego.
—Hum? – perguntei totalmente fora do ar.
Ele buscou minha boca mais uma vez, mordiscando meus lábios e
fazendo o meu corpo ondular embaixo dele.
—Adan?
—Venha morar comigo Lucy, eu não posso mais ficar longe de você.
Como eu poderia responder isso com ele enterrado fundo dentro de mim,
me roubando a capacidade de raciocinar?
Meu corpo estava tremendo, necessitando de liberação e ele não se movia.
—Adan, por favor... – gemi.
—Já é mais tarde, querida.
Senti ele se mexer, aos poucos ele estava saindo.
—Adan...
E então ele empurrou fundo novamente, me tirando todo o ar. Balancei o
quadril contra ele, o que provocou uma nova estocada.
—Mais... – gemi de olhos fechados.
Sua boca cobriu meu seio direito, enquanto sua mão provocava o outro
seio.
Fechei meus dedos sobre seus ombros, senti as unhas entrarem em sua
carne, mas eu tinha perdido o controle do meu corpo, a tensão dentro de mim
era cada vez mais forte.
Ele ajoelhou entre as minhas pernas e repetiu o movimento, me
deslocando da cama com sua força.
—Vamos meu bem, você quer libertação? É só me responder.
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Mais uma vez eu senti que ele escorregava lentamente para fora.
—Sim. Sim. Sim. – gritei, olhando para ele.
—Boa garota, agora se prepare querida. – ele avisou e segurou em meu
quadril, me mantendo no lugar, enquanto investia cada vez mais rápido
dentro de mim.
Senti meu ventre tremer enquanto me agarrava a ele e pulsava em torno
do seu pau, um orgasmo me levava para fora do planeta e ele continuava
investindo com força dentro de mim.
O barulho de nossos corpos batendo um contra o outro foi acompanhado
pelo barulho molhado que ele fazia cada vez que investia dentro de mim.
—Adan....
—Estou quase lá, querida. – ele disse entre dentes.
Sua mão apertava minha cintura com força, o suor banhava nossos
corpos, senti que um novo orgasmo crescia dentro de mim.
Uma de suas mãos tocou minha buceta, buscando o clitóris hiper sensível.
Meu corpo pulou ao seu toque, me fazendo arregalar os olhos, surpresa.
—Mais uma baby, você vem comigo.
Neguei com a cabeça, achando que não seria capaz.
Ele sorriu e me tocou de novo, me estimulando, sem deixar de investir
dentro de mim.
Sem que eu esperasse, me vi explodindo de novo em um orgasmo
alucinante e dessa vez sendo acompanhada por ele, que gozou dentro de mim.
Adan caiu sobre meu corpo e rolou para o lado, me segurando nos braços.
—Isso foi... – ele tentou falar sem fôlego.
—Foi... – falei concordando.
Me apertando contra seu corpo, ele beijou meus cabelos e senti que ele
ainda estava duro.
—Você acabou de gozar, como pode ainda estar assim? – perguntei
sorrindo.
—Porque eu quero sempre mais de você. – ele respondeu rindo e em
seguida procurou minha boca.
Meu corpo estava sobre o dele, suas mãos desceram até minha bunda,
apertando ela.
Senti quando seus dedos alcançaram minha buceta e afundaram dentro
dela, em seguida começaram a tatear minha bunda.
Perdi o fôlego em pânico e parei de beijá-lo.
—Adan... eu não acho que possa...
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—Calma, querida, tudo ao seu tempo, eu só quero me apresentar ao seu...


Coloquei um dedo sobre sua boca, impedindo que ele terminasse.
—Eu entendi. – avisei.
Ele girou nossos corpos na cama e de repente ele estava sobre mim
novamente.
Rindo ele se ajoelhou entre minhas pernas.
—Que foi? Você não gosta que fale a palavra...
—Oh, pare, eu fico com vergonha.
—Deixa eu ver se entendi, eu posso usar a palavra buceta, dizer que você
tem uma buceta gostosa, buceta gulosa, buceta apertada, mas não posso
dizer... a outra palavra? – ele perguntou rindo.
Eu senti o rosto cada vez mais quente.
—Oh, deixe de ser idiota, mais uma palavra e você não vai chegar perto
dele. – falei tentando sair da cama.
Ele me segurou pela cintura, me mantendo sentada na cama.
—Ei, ei, ei, ok, você venceu, não se faz esse tipo de ameaça a um homem.
Rindo dele, eu virei para olhá-lo.
—Não me importa como devo chamar, essa bunda é minha e eu pretendo
comer ela, muito.
Olhei desanimada.
—Não se preocupe minha linda, eu vou preparar você para me receber,
ok? Quero que você também tenha prazer com sexo anal.
Concordei com a cabeça.
—Agora fique de quatro aqui pra mim, querida, vou apenas me apresentar
para essa bunda apetitosa.
—Você me acha apetitosa? – perguntei sorrindo.
—Muito, tanto que quero te comer o tempo todo, por mim eu passaria o
resto dos meus dias enterrado em você.
Rindo, eu dei um tapa em seu braço.
—Exagerado.
—Não é exagero, é a verdade. – ele falou beijando meus lábios
rapidamente.
Me deitei de novo, ele me fez ficar de costas para ele e se deitou atrás de
mim, encaixando o pau duro entre as minhas pernas.
—Imagina quando você mudar pra cá. – ele sussurrou contra o meu
ouvido.
Só então me lembrei do que ele me fez aceitar.
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—Sobre isso...
Ele moveu o quadril, fazendo seu pau deslizar sobre minha buceta, ainda
úmida e sensível.
—Você não vai mudar de ideia, você deu sua palavra.
—Mas eu...
—Não senhora, eu tenho tudo o que você precisa bem aqui. – ele falou
entrando em mim outra vez.
—Oh... convencido. – respondi arfando.
Logo estávamos suados e satisfeitos outra vez, adormeci em seus braços,
exausta e só acordei algum tempo depois, com ele me olhando.
—Ei. – falei tocando seu rosto.
—Ei. – ele respondeu.
—Eu venho morar com você. – falei sem nem parar para pensar.
—Ótimo, você tem uma cozinha completa a sua disposição, além de mim
é claro.
Sorri para ele, completamente apaixonada.
—Sabe, é por essas coisas que eu acho que te amo. – falei sorrindo.
—Você acha? Pois eu tenho certeza de que te amo, querida. – ele falou e
me beijou mais uma vez.

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Epílogo
Lucy
Seis meses depois

Adan dormia pesado quando acordei e fiquei olhando seu corpo relaxado
contra os lençóis. Nunca, nem em meus sonhos mais loucos, imaginei que um
dia dividiria a cama com um cara que me daria tanto prazer.
Me arrastei para fora da cama e para longe da tentação, pois o dia seria
longo.
Senti as pernas bambas quando as firmei no chão, ele realmente acabou
comigo na noite anterior, na verdade, em todas as noites desde que me mudei
para o seu apartamento.
Andei devagar até o banheiro, para um banho rápido e fui até a cozinha
separar o que faltava levar para o café. Eu tinha muita coisa para fazer,
finalmente chegou o dia, meu café seria inaugurado no início da tarde.
A partir de agora, a cozinha do apartamento seria apenas meu laboratório,
eu só precisava achar a merda da cesta tão linda que comprei para levar meus
últimos bebês para lá.
Me ajoelhei para olhar no armário embaixo da ilha no meio da cozinha,
quando ouvi passos atrás de mim.
—Se um dia eu te convencer a cozinhar nua... – a voz rouca do Adan
ecoou a cozinha.
—Eu vou acabar em cima da bancada com você no meio das minhas
pernas, eu tenho plena consciência disso, meu amor. – completei sorrindo,
enquanto me levantava do chão.
—Repita isso, por favor. – Adan pediu, se aproximando e me enlaçando
pela cintura.
—O quê? – me fiz de desentendida.
—Me chame de meu amor de novo. – ele pediu com a voz rouca.
—Meu amor. – falei e dei um beijo em sua boca.

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Seus braços me apertaram contra seu corpo, enquanto minha boca era
coberta pela dele, senti a fisgada no ventre, cada vez que ele me tocava a
reação do meu corpo era imediata.
E cada beijo era como se fosse o primeiro, seus lábios grossos pareciam
exigir tudo de mim e eu estava disposta a dar tudo o que ele pedisse.
Bem, na verdade, quase tudo, havia uma coisa que ele ainda não tinha
conseguido.
Levantei as mãos apertando os músculos de seus braços, enquanto sua
mão apertava minha bunda.
E o telefone começou a tocar, nos interrompendo.
Sua boca deixou a minha e um longo suspiro escapou de meus lábios.
—Merda. – ele rosnou.
—Deve ser o Erick. –comentei, me soltando de seus braços.
—O que essa borboleta quer logo cedo? – Adan brincou, se afastando de
mim.
—Deve estar nos esperando no café.
—Casa de pães. – ele me corrigiu.
—Casa de pães. – me corrigi, sorrindo.
—Ele não tem a chave? É só entrar.
—Me deixe atender, só assim vamos saber.
Corri até a bancada e peguei o aparelho, completando a ligação.
—É o deus de ébano ou sua consorte? – Erick perguntou.
—Fala, abusado. – respondi rindo.
—Ah, é você, grande deusa da bunda enorme?
—Bunda essa muito bem servida, fui clara?
Adan parou do meu lado e apertou o botão do viva voz, a tempo de ouvir
sua resposta.
—Não acredito que finalmente liberou o...
—Ohhh! Cale a boca, sua borboleta. – eu cortei seu escândalo, sentindo o
rosto queimar.
—Papo dela Erick, ela ainda tem medo da jibóia. – Adan falou do meu
lado.
—AAAAAHHH ... PÁÁÁÁRA TUDO ...sério que você descobriu isso?
– Erick gritou do outro lado da linha.
—O quê? Que vocês chamam meu pau de jibóia? Sim, ouvi vocês
conversando, mas juro que foi sem querer.
—E agora vive me infernizando Erick, tenho que ouvir coisas absurdas o
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tempo todo. – entrei na conversa.


—Tipo o quê? – ele perguntou curioso, como sempre.
—Esquece. E então, já chegou à casa de pães? – eu não ia entrar em
detalhes.
—Ei, nada de mudar de assunto, pode ir contando. – Erick reclamou.
—É frescura dela, Erick.
—Frescura? Mesmo? E ouvir coisas tipo "minha jibóia vai te comer", ou
"minha jibóia precisa entrar na caverna para dormir", ou ainda a melhor de
todas, " minha jibóia vai pular na sua boca", não é motivo pra reclamar? –
deixei escapar sem querer.
Erick engasgou de tanto rir e o Adan também ria tanto que estava quase
caindo no chão.
—Não sei onde está a graça. – falei mal– humorada.
—Sério, querida? Então você perdeu o senso de humor, porque isso é
engraçado pra cacete. – Erick falou do outro lado da linha, ainda engasgando
com o riso.
—Idiotas. – falei me afastando deles.
—Admita,honey, isso é hilário. – Erick falou.
—Não quero papo com vocês. – respondi, já fazendo charminho para eles,
tentando deixá-los com a consciência pesada.
—Adan, ela está com humor de mulher mal comida.
Arregalei os olhos, olhando para o aparelho.
—Ei! – gritei para ele.
—Tá, tá... desculpa, exagerei, sei que esse problema você não tem, mas
admita que você estava fazendo charme.
O filha da puta me conhecia bem demais para o meu gosto.
Adan me olhava rindo.
—O quê? – perguntei a ele.
—Admita que é engraçado. – ele falou, cruzando os braços, ressaltando os
músculos.
—Tudo bem, é engraçado, algum problema por aí, Erick? – falei
mudando de assunto.
—Sim, vocês ainda não estão aqui.
—Já estamos indo, eu só preciso achar aquela cesta linda que comprei
ontem, não sei onde deixei. – lamentei.
—Aquela rosa, com fitas e babados? Que você comprou para colocar os
cupcakes de morango? Porque a cor combinava e ficaria linda na vitrine? –
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ele perguntou com voz monótona, repetindo o que eu disse quando vi a cesta.
—Essa mesma. Não faço idéia de onde deixei.
—Mas eu sei onde ela está. – ele avisou.
Senti um alívio enorme na hora.
—Graças a Deus, você viu onde eu guardei?
—Na verdade eu estou olhando para ela agora mesmo, ela está em cima
do balcão da loja.
—Não acredito.
—Pois pode acreditar, agora é melhor você se colocar a caminho, tem
gente parada na porta, Lorenzo já está assando algumas massas e eu não
respondo por mim se ficar muito tempo trancado sozinho com aquele
homem.
—Estou chegando, deixe o homem em paz, ou eu amarro você.
—Pode ser na cama dele? – ele perguntou animado.
—Cala a boca, Erick, você precisa de um namorado.
—Se for o nosso padeiro, por mim tudo bem.
—Vou ignorar isso, estou a caminho.
Encerrei a ligação e fui procurar uma das antigas caixas que eu usava nas
entregas para levar minhas últimas obras de arte, fiz aqueles na noite anterior
justamente para a inauguração.
Em poucos minutos nós estávamos chegando à loja, entramos pela lateral
e me surpreendi quando olhei para fora, através da vitrine, realmente havia
algumas pessoas paradas ali, aparentemente esperando o horário de abrir.
Senti as lágrimas molharem o meu rosto, finalmente meu sonho estava
para se concretizar, em menos de meia hora eu teria clientes comprando meus
doces na minha loja, só faltou a minha tia comigo.
—Como está se sentindo, darling? – Erick perguntou, parando do meu
lado.
—Está acontecendo mesmo, não está? – perguntei ainda olhando para
fora.
—Sim querida, está, e tenho certeza de que será um sucesso.
Olhei para o outro lado da loja e o Adan estava falando no celular, perto
do caixa.
—Parece tão surreal.
—Que parte? O seu homem gostoso ou a inauguração da casa de pães?
—Tudo, Erick. – respondi.
—Ei querida, vamos combinar que você deu duro para chegar até aqui.
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Literalmente. Várias vezes. – ele falou segurando o riso, enquanto olhava


para o Adan.
—Oh, pelo amor de Deus, você perdeu a capacidade de falar sério? – falei
dando um soco em seu braço.
—Ei, delicadeza, assim você me desmonta. – ele reclamou, alisando o
braço.
—Não é pra tanto, vai. – respondi revirando os olhos.
—Sério, isso vai ficar roxo, vou dar queixa contra você por maus tratos.
—Onde está o Lorenzo, está vivo ainda ou você já devorou o pobre?
—Ele me tocou para fora da cozinha. – Erick reclamou, fazendo cara de
vítima.
—Imagino o que você andou aprontando.
—Nada demais, só perguntei se ele era comprometido e ele disse que sim,
logo depois me tocou para fora, disse que eu estava atrapalhando.
—Sei. – falei, não acreditando.
—É sééério, juro. – ele falou levantando os ombros.
Adan veio até nós, colocando o celular no bolso.
—Mark está vindo para cá, e então, tudo pronto? – ele perguntou.
Suspirei olhando ao nosso redor.
—Sim, tudo pronto. – respondi olhando no relógio.
Faltava quinze minutos, minha mão estava úmida, minha boca estava
seca, meu avental...
—Droga, os aventais, onde ficaram? – perguntei, olhando a nossa volta.
—Estão atrás do balcão, se acalme Lucy, tudo está pronto, porque não vai
até a cozinha, ver se tudo está certo com o Lorenzo? – Adan sugeriu.
—Sim, vamos até lá. – Erick falou, pegando em minhas costas.
—Você fica, Erick! – Adan falou, categórico.
—Mas... – ele começou.
—Mas?
—Tá bom, vou olhar lá fora de novo. – ele falou, fazendo cara feia.
—Balcão Erick, veja se está tudo certo lá, já já estaremos funcionando e
seremos um sucesso.
—Se Deus quiser. – Erick respondeu, sorrindo.
—Já volto. – falei, já andando em direção a cozinha.

Dez minutos depois, a casa de pães Village tinha suas portas abertas pela
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primeira vez.
Surpresa, vi dezenas de pessoas entrando, inclusive alguns funcionários
da produtora, entre eles Mark e Noelle, que vieram falar comigo.
Mark trazia uma caixa de presente na mão, que me entregou.
—Trouxe essa surpresa comigo, para vocês assistirem mais tarde. – ele
falou sorrindo.
—É o que estou pensando? – perguntei.
—Acho que sim e espero que goste, na minha opinião, vocês
arrebentaram.
—Oh Deus! – falei sentindo o rosto esquentar.
—Hoje à noite o filme começa a ser comercializado em nosso site.
Senti os braços do Adan nos meus ombros.
—Nós vamos assistir juntos, assim que chegarmos em casa. – ele avisou.
Mark sorriu e olhou em volta, enquanto Noelle se afastava.
—Agora eu quero provar essas suas maravilhas, o que recomendam?
—Prove o de limão, é fantástico. – Adan indicou.
Noelle voltou para junto de nós, ela já tinha um cupcake de chocolate nas
mãos e se deliciava.
—Isso está maravilhoso. – ela falou, parando ao nosso lado.
O movimento foi intenso durante toda à tarde, e várias pessoas deixaram
encomendas para os próximos dias.

Passava das oito da noite quando trancamos as portas, encerrando nosso


primeiro dia de trabalho, até que tudo estivesse limpo e arrumado para o dia
seguinte, já passava das nove quando entramos em casa.
—Estou morta. – falei me jogando no sofá.
—Eu também, porque não toma um banho, enquanto adianto alguma
coisa pra gente comer.
Olhei para ele sem coragem de me mover.
—Tenho mesmo? – perguntei, fazendo cara de vitima.
—Não está curiosa para ver o filme?
Sentei na mesma hora.
—Certo, estou morta de curiosidade, pegue alguma coisa no freezer, eu já
volto.
Corri com o banho, para sair antes que ele viesse atrás de mim no
banheiro, se isso acontecesse, eu não veria o filme tão cedo.
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—Ei, eu estava indo te encontrar. – ele reclamou, quando entrei na


cozinha.
—Quero ver o filme, vá tomar seu banho que eu acabo aqui. – falei
assumindo nosso jantar.
Com um beijo rápido, ele me deixou sozinha, terminando nosso jantar.
Ele também foi rápido e enquanto o jantar ficava pronto, nós fomos para a
sala ligar a TV.
—Quer um pouco de vinho? – ele perguntou.
—Quero sim.
—Vai colocando o filme enquanto pego.
Adan tinha uma adega climatizada na cozinha e uma coleção de vinhos
deliciosos.
Liguei o resto dos aparelhos, tranquei a porta bem trancada e me sentei
esperando por ele.
—Aqui está. – ele falou voltando com duas taças e a garrafa.
—Eu não liguei o Home Theatre. – avisei, pensando em nossos gemidos
amplificados pelo aparelho.
—Não senhora, eu quero ouvir você. – ele respondeu ligando o bendito.
Adan se sentou ao meu lado e me abraçou, nosso jantar estava no micro
ondas ainda, então ele apertou o play.
Novamente minha boca estava seca, nervosa, eu puxei minhas pernas para
cima do sofá e me apertei contra ele.
As cenas começaram a se desenrolar na tela, ansiosa, eu esperava pelas
nossas cenas juntos.
Então elas começaram, se assistir filme pornô pode excitar uma pessoa,
assistir uma cena em que você está nela é algo totalmente... sem palavras.
Meu corpo todo estava quente em minutos, minha buceta latejou e senti a
calcinha molhada.
Era a nossa cena no quarto, eu via ele se afundar dentro de mim, o
barulho molhado ecoava em toda a sala.
Meus seios começaram a doer, enquanto o vinho esquentava na taça que
eu tinha nas mãos.
Droga, nós éramos gasolina pura, a química parecia que ia sair através da
TV.
Sem uma posição cômoda, eu me mexi no sofá e percebi o quando o
Adan estava excitado.
Sua mão desceu pela minha costa e parou no quadril, a verdade era que eu
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queria mais do que isso, até a droga da minha calcinha estava incomodando.
Sem aguentar mais, toquei seu pau por cima da bermuda, provocando um
gemido.
Na TV passava outra cena nossa, eu tinha seu pau na boca, na verdade só
a cabeça, porque ele não cabia em minha boca.
Senti que salivava e apertei ele entre os dedos.
—Oh, droga baby, tire ele para fora logo. – Adan falou rouco.
Ele não precisou falar duas vezes, puxei o crepe da bermuda e peguei seu
pau entre os dedos.
—Lucy... – ele arfou sem fôlego.
Enquanto eu colocava a cabeça de seu pau na boca e escorregava para
fora do sofá, me encaixando entre suas pernas.
—Olha pra mim, querida, me mostra que gosta do que está fazendo. – ele
pediu.
Levantei os olhos para ele, tentando colocar mais um pouco da sua carne
dura em minha boca, o homem era grosso demais, era quase impossível levá-
lo na boca.
—Não force demais, meu anjo...
Tirei da boca e passei a língua de cima a baixo.
—A blusa, tire a blusa, querida, quero ver seus peitos.
Puxei ela por cima da cabeça, jogando longe.
Adan levantou seu pau, e olhou para os meus seios, mordendo os lábios.
—Aqui doçura, encaixe ele bem no meio dessas duas maravilhas.
Sorrindo, eu segurei meus seios ao redor do seu pau, apertando ele no
meio.
—Foda, isso é do outro mundo, você já sabe o que fazer, querida.
Mantendo ele preso entre meus seios, eu voltei a abocanhá-lo, chupando
só a cabeça.
—Porra, espera, pare amor... – ele pediu sem fôlego.
Parei de sugá-lo, mas não o soltei.
—Essa imagem vai ficar gravada pra sempre, vem aqui mulher. – ele
falou se sentando direito.
Com o movimento, seu pau escapou e ele segurou o meu cabelo com um
das mãos, olhando para minha boca, então tocando meus seios, ele devorou
meus lábios.
Meus mamilos estavam duros, e se retesaram mais contra seus dedos, que
os excitava.
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—Minha vez. – sua voz estava rouca.


Ele me fez sentar no sofá e quando percebi o short e a calcinha já estavam
descendo pelas minhas pernas.
—Se abre pra mim, baby. – Adan pediu.
Firmei os pés na borda do sofá, mantendo minhas pernas abertas.
—Você está calada hoje. – ele falou olhando minha buceta.
Senti ela se contrair sob seu olhar e sorri.
—É comigo que você está falando?
Ele me olhou, levantando a sobrancelha.
—Com que mais seria?
—Bem, não era para mim que você estava olhando. – respondi rindo.
—Engraçadinha. – ele falou e senti seus dedos me tocando.
—Era com você mesma, com ela eu prefiro linguagem de sinais.
Seus dedos afundaram dentro de mim, enquanto sua boca desceu sobre o
meu pobre e indefeso clitóris.
—Oh céus! – gritei sentindo sua língua batendo sem parar sobre mim.
Tentei fechar as pernas.
Tentei sair de perto dele.
Tentei puxar ele para mais perto.
Eu queria tudo ao mesmo tempo e parecia estar recebendo tudo ao mesmo
tempo, um terceiro dedo entrou dentro do meu corpo e eu senti que começava
a tremer, em seis meses juntos, ele sabia exatamente os botões que devia
apertar.
—Adan... – gemi, arranhando seus ombros.
Ele se tornou mais intenso em suas carícias e o mundo pareceu desabar ao
meu redor, enquanto eu fechava os olhos.

Adan

Ela pulsava ao redor dos meus dedos, como se os ordenhasse, meu pau
doeu por não estar recebendo essa carícia, eu nunca conseguia me segurar
quando ela gozava comigo afundado em seu corpo.
Era como se ela realmente estivesse me sugando depois de gozar e
segundos depois eu a seguia.
Sentei sobre meus pés, assistindo ela se recuperar, a noite estava só
começando.
Foi quando percebi que havia algo diferente, apalpando sua bunda eu
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descobri que ela estava com um dilatador anal.


Perdi o poder de raciocinar, ela esteve se preparando para mim.
—Você passou o dia com isso? – perguntei tocando nele e ela estremeceu.
Finalmente, Lucy abriu os olhos e sorriu para mim.
—Coloquei de tarde.
—Isso quer dizer o que acho que quer dizer?
—Que vou deixar você comer minha bunda? – ela perguntou rindo.
—Isso.
—Então sim, se você quiser, é claro. – ela ficou vermelha quando
respondeu.
—Você está brincando?
Sorrindo, ela segurou minha mão, que descansava sobre sua barriga e
entrelaçou nossos dedos.
—Adan, foi coincidência o filme chegar hoje?
—Não, eu pedi para o Mark lançar no mesmo dia, para termos uma
comemoração dupla.
Ela olhou para a TV, o filme ainda estava passando, a cena agora
mostrava sua personagem brigando com a mãe, pois ela não aprovava nosso
romance e eu, ou melhor, meu personagem, ouvia a briga e resolvia partir, na
sequência, ela iria romper com a família e ir embora, para viver seu amor.
—Acho tão lindo o amor deles. – ela comentou emocionada.
—E o nosso?
—O nosso? É um sonho e eu quero continuar esse sonho para sempre.
—Ótimo, me lembre de nunca acordar você, então.
Ela tentou se mexer e não conseguiu.
—Me ajude a descer minhas pernas. – sua risada acompanhou o pedido.
—Pra que? Tenho uma visão incrível daqui de onde estou.
—Tem certeza? Eu tinha outra coisa em mente para o resto da noite.
Na mesma hora eu me levantei e a peguei no colo.
—Ei, o que está fazendo?
—Quarto. Agora. – respondi enquanto andava pelo corredor.
Eu a coloquei sobre a cama e fiquei olhando para ela.
—Pois bem, como faremos isso? – perguntei.
Ela se ajoelhou no meu da cama e pareceu sem jeito.
—O que foi querida?
Ela apontou para uma caixa que havia sobre o criado mudo.
Abri e lá havia óleo, vibrador, dildo, outro dilatador, até bolinhas
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tailandesas.
—Uau! – brinquei.
Olhei para ela e ela estava tensa, não ia dar certo daquele jeito, deixei o
caixa de lado e me ajoelhei na sua frente.
Toquei seu rosto levemente, deslizando os dedos por sua pele e descendo
pela garganta até seus seios.
Seus mamilos apontavam para mim, pedindo minha atenção, abaixei e
lambi um deles, sentindo que ela ofegava.
—Não é como se fosse nossa primeira vez, querida, relaxe.
—Eu estou...
—Não linda, não está. – beijei seus lábios.
—Deite– se de bruços, amor.
Ainda tensa, ela fez o que pedi e eu me arrastei para ficar no meio de suas
pernas, forçando elas a ficarem mais afastadas.
Ela estava molhada, muito molhada.
Meus dedos deslizavam para dentro dela com facilidade.
—Empine essa bunda pra mim querida, vou tirar esse brinquedinho de
você, vamos ver o que acha de um pau de verdade no lugar dele.
Ela ofegou e fechou os dedos sobre os lençóis, enquanto fazia o que pedi.
Quem perdeu o fôlego fui eu, quando toquei sua pele branca, que
contrastava contra a minha mão e puxei o dilatador devagar.
—Linda. – falei com a voz rouca, eu queria me afundar dentro dela de
uma vez só.
Parecia que meu pau tinha dobrado de tamanho, tive que segurar ele forte
ou eu iria pagar o mico da minha vida, gozando nas pernas da minha mulher
só pela expectativa de comer a sua bunda.
—Toque sua buceta, querida, me deixe ver você. – falei pegando o óleo
de dentro da caixa.
Assisti as pontas de seus dedos com esmaltes vermelhos, dedilhando seu
clitóris, essa era uma visão que eu adorava ter.
Afundei dois dedos dentro dela, repetindo o movimento de tirar e colocar
de novo, várias vezes, até ela se fechar sobre eles, pulsando e tremendo.
—Se segure doce, daqui a pouco eu deixo você gozar.
Peguei o óleo e espirrei em sua bunda, espalhando por ela toda, depois
passei no meu pau e finalmente encostei no objeto de desejo.
Ela ficou tensa outra vez e eu me abaixei, beijando suas costas.
—Relaxa querida, preciso de você bem relaxada.
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Mais uma vez toquei sua buceta e levei a mais um orgasmo, ela ainda
tremia sem fôlego quando forcei a cabeça dentro dela, e senti ela se encaixar
e escorregar devagar para dentro.
Ela era apertada, apesar da pressão eu continuei empurrando e sendo
engolido pouco a pouco.
—Adan... – ela falou rouca, com o rosto apertado contra os lençóis.
Parei onde estava e respirei fundo, me preparando para tirar meu pau, mas
quando comecei a me afastar ela me surpreendeu me mandando parar.
—Só espere um pouco, amor. – ela pediu.
—Eu estou te machucando?
—Não, eu só preciso me acostumar. – ela respondeu.
Então ela inclinou mais o corpo e vi seus dedos em sua buceta, se
afundando dentro dela.
Um gemido soou no quarto, não sei dizer se era meu ou dela.
Mas a pressão sobre o meu pau diminuiu e eu voltei a empurrar, só
parando quando me vi todo engolido por ela.
O suor corria pelo meu corpo, ela estava toda vermelha, mas o mais difícil
já estava feito.
Beijei novamente suas costas, acariciando seu corpo, enquanto esperava
ela se acostumar com a invasão, foi só quando ela começou a rebolar
embaixo de mim é que voltei a me mexer.
Firmando de joelhos na cama, eu comecei a bombear dentro dela, devagar
a princípio, mas aumentando o ritmo aos poucos.
Logo o barulho dos nossos corpos batendo um no outro ecoava no quarto,
eu senti que poderia explodir a qualquer momento, o mundo ao meu redor
estava ruindo.
Até que ela gritou, relaxando o corpo contra a cama, eu segurei firme em
sua cintura e investi mais duas vezes antes de gozar como nunca aconteceu
antes.
Desabei ao seu lado, ofegante, meu cérebro parecia ter derretido.
—Eu aceito. – ouvi sua voz rouca e baixa.
—Como?
—Me casar com você, eu aceito.
Ela finalmente disse sim, em um momento em que eu era incapaz de me
mover.
—Você se importaria de dizer isso de novo mais tarde, querida? – falei
segurando sua mão.
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—Porque mais tarde?


—Eu tenho um champagne e um anel guardado há meses para esse
momento, mas no momento eu não posso me mover.
Ouvi seu riso.
Senti seus dedos apertando os meus.
E seus lábios em meus ombros.
—Eu acho que posso fazer isso, porque nesse momento, eu preciso
dormir um pouco.
—Ótimo, amor. – respondi e a ouvi ressonando.
Sorri, deixando o sono me vencer.

Já era madrugada quando coloquei a aliança em seu dedo e brindamos na


cozinha, com ela finalmente andando nua pela casa.

FIM

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