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SANGUE, SUOR, ESPUMA E MUITA EMOÇÃO

E mais... Confira duas páginas da Caóctica e ainda a volta


de "Tirando do Formol" e do nosso O m b u d s m a n !
São Paulo, Março de 2011

EDITORIAL
a
Confetes!
P a s s o u o Carnaval, entãofinalmenteo trar sua face mais sórdida. C o m o descrito nos 20 anos da m e s m a política de transportes, saúde" - termo usado e m sentido genérico,
Brasil começa a funcionar... E falando textos da edição, além de desrespeitarem não parece que estejam pensando e m mudar e que é motivada e m grande parte pela
nisso, março também se iniciou e m os alunos desta casa, esses ainda geraram alguma coisa. m á qualidade dos serviços de saúde e m
clima festivo na faculdade: a chegada dos grandes dúvidas sobre o seu desejo de par- Outro movimento promete chamar unidades que recentemente passaram a ser
calouros renovou o espirito daqueles que ticipação de outros estudantes e de outros atenção no mês próximo: é a paralisação administradas por Organizações Sociais de
os acompanharam e m seus primeiros mo- centros acadêmicos na entidade nacional dos dos atendimentos médicos petos planos de Saúde (OSS). Claro que o H C é muito b o m e
mentos. Durante u m a rápida semana, tudo estudantes de medicina. Talvez achem que saúde e m todo o Brasil no dia 07 de Abril, é admistrado por u m a OSS (a FFM), e claro
foi motivo para comemorar e fazer novas nossas fantasias não são tão bonitas quanto Dia Mundial da Saúde. E m São Paulo, ainda que outros locais administrados diretamente
amizades. Conhecendo seus colegas, seus as deles, e por isso não queiram nos deixar haverá u m a grande passeata organizada por pelo Estado também têm muitos problemas,
veteranos, e n u m período relativamente entrar na dança, vai saber... entidades médicas do estado. Esses protestos mas as queixas naquele sentido são recorren-
curto, os Caçulas de Arnaldo agora já dizem A folia acabou, verdade, mas a gente querem por e m evidência para a sociedade as tes e merecem atenção e u m a análise mais
se sentir e m casa, seja no Porão, seja na aqui e todo o povo ainda têm que se agitar interferências dos planos de saúde no traba- aprofundada. Por hora, o C A O C deposita sua
Atlética. Mas o que acaba por contrastar pra conseguir o pão [amassado] de cada dia. lho do médico, além da baixa remuneração confiança e m nosso Diretor Giovanni C e m na
c o m essa passagem quase fantástica na Na cidade que não pára, o estudante que paga pelos atendimentos. C o m u m enfoque condução da Secretaria do Estado de Saúde,
vida de nossos pupilos é a dura realidade tenta chegar à aula no horário fica parado no diferente, o Fórum Popular de Saúde de São juntamente c o m toda a equipe da FMUSP.
das escolas de nível superior brasileiras, nas tráfego. Contraditório, sim! Mas o que não é Paulo t a m b é m puxará u m a manifestação Ah! Se o SUS fosse feito de HC's... Faça sua
quais estudantes também de nível "superior" contraditório quando se fala de transporte na m e s m a data, contra a "privatização na mágica, professor!
humilham e abusam sistematicamente de e m São Pauto? Apesar disso, boa parte dos
seus novos colegas, n u m show de exaltação nossos alunos ainda quer e pode ter u m carro
do ego e prepotência chamado trote. Pelo prórprio - pelo menos por aqui é c o m u m se
que se vê nos comportamentos desses estu- dar carona. Já para os que não têm a m e s m a
dantes, infelizmente a educação no Brasil "sorte" dos colegas motorizados, a coisa
não tem sido efetiva para formar, além de
profissionais, bons cidadãos. Que nossa festa
geral sirva de b o m exemplo.
está feia: com o ônibus a R$ 3,00 e a nova
estação/shopping de metrô que só funciona
das 8:00 às 15:00, talvez o jeito agora seja
PERFUMARIA DO CAOC
E depois das cinzas já terem se esfria- parar a Av. Reboucase ir desfilando e m bloco NATURA / AVON À PRONTA ENTREGA
do, parece que certos ex-foliões resolveram até a Cidade Universitária. Contra o aumento
enfim tirar suas máscaras. Porque foi n u m das tarifas, manifestações v ê m ocorrendo VÁRIAS PROMOÇÕES
evento da OENEM sediado e organizado pelo no centro da cidade semanalmente. T e m
CAOC, com grande esforço dos diretores para gente já malhando boneco d o prefeito,
DESCONTO À VISTA E NO BOLETO
receber muito b e m os seus visitantes, que al- pedindo satisfações, mas será que adianta?
DE ATÉ 20%
gumas das pessoas que se dizem "militantes Tomara que sim, porque depois de 20 anos
do movimento estudantil" resolveram mos- de governo do estado do m e s m o partido, de

PRESENTES EM GERAL
OMBUDSMAN!
E s s a esquerda saiu de moda mesmo, Faculdade. Não é do Centro Acadêmico.
HIGIENE E TOUCADOR
DO PARA O SEU BEM ESTAR

hoje quem chama os outros pra luta Mas é u m diretor que vai pra reunião da
é a direita. DENEM. Será que o CAOC está precisando
Tem muita gente que entra, se toma m e s m o economizar, ou será que ele não
Filho de Arnaldo, vira doutor, não lê O Bisturi quer que apareça nas Contas que a gente
e nunca ouviu falar da OENEM. Da mesma ainda gasta com isso, apesar de o CAOC
forma que esse doutor nunca ouviu falar da não ser mais "de esquerda"?
DENEM, a DENEM nunca ouviu ele falar nada. Ver u m processo eleitoral fraudulen-
O máximo que a DENEM ouve é u m coitado to desmotiva, dá vontade de nem partici- JORNAL DOS ESTUDANTES
de u m diretor do Centro Acadêmico que vai par. Qual era a minha motivação? Eu devo
lá, tímido, nesses lugares que "direita" quer ter u m a motivação, porque o m e u Centro
DE MEDICINA DA USP
o mal e "esquerda" quer o bem, e tenta Acadêmico serviu até de alojamento. Qual Departamento de Imprensa Acadêmica
falar "pelos Filhos de Arnaldo" será que é? Acho que no fundo o que eu Centro Acadêmico Oswaldo Cruz
Nessas horas a gente é filho de Arnal- quero é usar melhor os recursos da DE-
NEM, pra fortalecer essa instituição, pras EDÍTORES-CHEFES
do. Mas se na Casa de Arnaldo você quer
André Ruiz de Oliveira (98) e Leonardo dos Reis G a m a (98)
ser de esquerda, o seu pai te vira as costas faculdades se ajudarem e prós estudantes
e corta a sua mesada. Por que será que conseguirem expressar direito a minha, COLABORADORES
o Arnaldo tem tanta raiva da esquerda? quer dizer, a nossa voz. A voz de todos. Prof. André Mota • Arthur Hrschfetd Danüa (94) • Caio Seiti Tokashiki (99) • Camila Rebeque
Se o filho pergunta pro pai, a res- E o que tem de ruim na DENEM são esses Dágola (99) • Dkjgo Haruo Kogiso (96) • Edetvan Gabana (97) • Felipe Duarte Silva (95) • Fernan-
posta é pronta. Quando o CAOC era de centros Acadêmicos pequenos, corruptos, da Leal Dias Ribeiro Santos (99) • Gabriel Eufrásio da Silva (99) • Geovanne Pedro Mauro (95) •
esquerda, m e u filho, esse Porão era uma de esquerda. Ai, desculpa. Não é pra falar Htório de Sousa Francelino (98) • lóri Rodrigues Junqueira (97) • Prof.* Izabel Cristina Rios • Prof.
baderna, ninguém resolvia nada, o dinhei- de esquerda, nunca vi "esquerda" escrito Joaquim Edson Vieira • Leandro Ryuchi luamoto (99) • Mariana Faccini Teixeira (97) • Manana
ro já era pouco e ainda sumia, ninguém aqui no Bisturi, é pra falar "partidários". Herig (98) • Marianna Almeida HoBaender (98) • Marina Fortran Cela (99) • Nathália Macerox (97) •
escutava os estudantes, ninguém resolvia Eu também não sou de direita, eu sou Ornbudsman (??) • Renata Harumi Gobbato Yamashita (99) • Rogério Augusto de Castro Neves
os problemas da graduação. Já hoje, as "apartidário" Difícil fazer política sem (97) • Thais Raffo Pereda (98) • Thaís Renata Hoüanders dos Santos (98)
coisas mudaram. tomar partido, né?
DlAGRAMAÇÀO E ILUSTRAÇÕES
IMPRESSÃO TIRAGEM
E mudaram mesmo. Por que? Foi a DE- É mais fácil fazer festa, que a gente Volpe Artes Gráficas Ponto a Ponto 3.000
NEM que melhorou o CAOC? Acho que não. sabe explicar, apesar de às vezes não saber TeJ: (11)3654.2306
O que você, filho de Arnaldo, já bem como terminou. Por isso O Bisturi fala
ganhou c o m a DENEM? E quanto você já bem alto da festa dos calouros, dos novos Este jornal não se responsabiliza pelos textos assinados. O s textos assinados não. _
necessariamente a posição da gestão. O Bisturi se disponibiliza a publicar cartas-resposta
gastou com a DENEM? Isso não aparece nas Filhos de Arnaldo! Bem-vindos sejam! Mas
aos textos aqui publicados, mediante envio destes até a data limite para diagramação.
"Contas do Mês". Parece que é dinheiro da olha, psiu: só não vai virar de esquerda! Envie textos, dúvidas e criticas para caocOcaoc.org.br.
São Paulo, Março de 2011

o- -O
FINANCEIRO

Parecer do Conselho Fiscal sobre a Gestão C A O C 2010


Administração financeira do CAOC, superavitária em 2010, foi marcada por organização e eficiênci
Arthur Danilo (94) e "CAOC" e do logotipo do Centro Acadêmico, do 6° ano, de cerca de R$ 20.000. Apesar de administrativo com bons olhos, e acreditamos
como forma de proteção da propriedade in- grande, esse gasto já é previsto e m todas as que isso deixa um cenário bastante confortável
Dio$o Koçiso (96)
telectual. Esse investimento é benéfico para gestões, e o consideramos justificável, dada a para o inicio da próxima gestão.
a entidade no sentido de proteger o nome importância da tradicional celebração. Parabenizamos os Tesoureiros e o restante
E m 2008, o CAOC modernizou o seu Esta- do nosso Centro Acadêmico, evitando seu uso da Gestão pelo excelente trabalho.
tuto para adequá-lo ao novo Código Civil indevido por terceiros. GESTÃO SUPERAVITÁRIA Dessa forma, a prestação de contas e as
Brasileiro. Dentre as requisições desse A Gestão do CAOC de 2010 se encerra demonstrações financeiras do ano de 2010 estão
novo Código, exigia-se a criação de um Conselho PREJUÍZO EM FESTAS com u m superávit de aproximadamente R$ e m condições de serem submetidas à avaliação e
Fiscal, com o objetivo de analisar e fiscalizar a E m junho houve u m déficit importante 30.000. Tal resultado mostra a preocupação aprovação dos estudantes de Medicina da FMUSP.
movimentação financeira da entidade. decorrente da Festa G4, que deu ao CAOC da Tesouraria do CAOC de 2010 com o Centro
Dessa forma, o artigo 21* do Estatuto do u m prejuízo vultoso de aproximadamente Acadêmico: por u m lado, foi cautelosa, evi- Arthur Hirschfeld Danila (94) eDiogo
Centro Acadêmico Oswaldo Cruz determina a R$ 10.000. Ressaltamos a importância de se tando gastos desnecessários, e por outro, não Haruo Koejso (96) são estudantes da
existência do Conselho Fiscal, que é o órgão organizar festas que não onerem o orçamento deixou de investir nas diversas ocasiões e m FMUSP e membros do Conselho
fiscalizador do CAOC e é constituído por três do nosso Centro Acadêmico. Eventos sociais que a entidade necessitou. Vemos esse modelo Fiscal da Gestão CAOC 2010.
membros eleitos e m sufrágio universal e direto são importantes, agregam pessoas, mas sob
para o prazo de u m ano. Para o ano de 2010, nenhuma hipóteses devem proporcionar
foram eleitos os estudantes Arthur Hirschfeld prejuízos. Ainda assim, ficamos satisfeitos Despesas - Dezembro de 2010
Danila, Arthur Vicentim da Costa Luiz e Dfogo por esse prejuízo ter sido coberto antes do R$ 174,87
15/12/2010 Registro da Ata de Posse
Haruo Kogiso para compor o referido Conselho. término da Gestão 2010.
15/12/2010 Serviços advocatíceos R$ 2.012,43
Segundo o mesmo Estatuto, dentre as
várias competências do Conselho Fiscal está o 7* CONGRESSO PAULISTA 15/12/2010 Seguro do Porão R$230,11
dever de: reunir-se para emitir pareceres sobre DE EDUCAÇÃO MÉDICA 16/12/2010 Transporte secretária do C A O C R$ 146,55
os balancetes das gestões do CAOC; fiscalizar O Congresso Paulista de Educação Médica 17/12/2010 Reembolso ao departamento de Relações Externas
livros contábeis e a movimentação do patrimô- (CPEM) do ano de 2010 foi realizado na Facul-
referente ao pagamento de u m a passagem para ROEX R$ 958,84
nio do CAOC; emitir pareceres sobre projetos de dade de Medicina da USP. O CAOC fez parte
venda, alienação, doação ou oneração de bens da realização e organização, oferecendo seu 20/12/2010 Papelaria R$ 289,00
patrimoniais do CAOC, e sobre contratação de espaço (porão) e a criando uma conta bancária 20/12/2010 Guia de Previdência Social dos funcionários R$ 2.077,20
dívidas insolventes no prazo de uma gestão; exclusiva para a movimentação financeira do 20/12/2010 o
Segunda parcela do pagamento do 13 da secretária
apurar denúncias e irregularidades. Congresso. Em contrapartida, o CAOC recebeu
do C A O C R$ 450,55
O ano de 2010 foi marcado por uma ad- parte do superávit do CPEM, que foi repartido
entre as várias entidades organizadoras do 20/12/2010 Comissão Rosmary Henrique referente a loja do C A O C R$ 200,00
ministração financeira organizada e eficiente.
Priorizando a regularização da escrituração evento. A injeção de R$ 17.000,00 ao CAOC, 21/12/2010 Gastos c o m chaveiro R$ 620,00
contábil oficial do CAOC, toda a movimentação proveniente dos lucros do Congresso, contribuiu 22/12/2010 Papelaria R$4,00
financeira precisou ser enviada aos contadores para balizar a situação financeira do CAOC após Chaveiro R$121,00
22/12/2010
credenciados pelo governo, para análise. E m o prejuízo da Festa G4, e para o superávit final
23/12/2010 Impressão 0'Bisturi R$2.010,00
função disso, por diversos meses o balancete era da Gestão CAOC de 2010.
feito para o Bisturi, mas todos os comprovantes 30/12/2010 Salário da secretária do C A O C R$1.000,00
de pagamentos eram enviados aos contadores, FURTOS NO PORÃO DO CAOC Total despesas R$ 10.294,55
inviabilizando o parecer do Conselho Fiscal. Para passar os jogos da Copa do Mundo de
Ao final da gestão, a Tesouraria do CAOC Futebol, foi necessário comprar um codificador
abriu seu livro contábil - organizado de forma de alta resolução para a televisão do CAOC. Receitas - Dezembro de 2010
louvável - para pudesse ser realizada a análise Entretanto, o mesmo foi furtado. Sugerimos
e conferência das contas do ano de 2010 pelo à gestão de 2011 u m cuidado maior com o Venda de cerveja para Enfermagem R$2.340,00
Conselho Fiscal. patrimônio do nosso Centro Acadêmico, princi- Aluguel da perfumaria e propaganda no'Bisturi R$ 1.350,00
Antes de iniciar o parecer, gostaríamos de palmente após a reforma das salas, com novos Entrada da loja do C A O C R$465,13
elogiar a Tesouraria do CAOC pela organização aparelhos e mobiliário, como mesas e cadeiras.
R$ 4.155,13
dos livros contábeis e da movimentação patri-
monial, a qual facilitou bastante o trabalho do APOIO AOS PROJETOS DE EXTENSÃO
Conselho, proporcionando uma maior transpa- Em 2010, o CAOC disponibilizou verba Saldo do período (6.139,42)
rência á instituição. para auxiliar os Projetos de Extensão do CAOC: Saldo anterior 0
Foram observados os extratos bancários comprou de material médico para EMA (Exten- Saldo Total da Gestão (6.139,42)
e os registros de fluxo financeiro, os quais são Médica Acadêmica), forneceu cota de xerox
foram exaustivamente documentados através para o Cursinho pré-vestibular MedEnsina, entre
de recibos, comprovantes, notas fiscais, e outras ações que salientam o papel social do
notas explicativas. CAOC e m apoiar Projetos de Extensão vincula-
No ano de 2010 foram feitos alguns inves- dos ao Centro Acadêmico.
timentos que julgamos dignos de nota.

REESTRUTURAÇÃO JURÍDICA DO
DEPARTAMENTO CCNTfnCO
SEGURO DO PORÃO DO CAOC
Oporão do CAOC, maior patrimônio físico
de nosso Centro Acadêmico, estava resguardado
SAPATARIA
O Departamento Científico, que há muito por um seguro cujos custos da apólice pareciam
tempo vem usando o CNPJ do CAOC, o que vem
causando alguns problemas e desconfortos para
ambas as instituições, está e m vias de ter seu
elevados. Foi realizada a troca de seguradora,
o que permitiu reduzir os gastos significativa-
mente pela metade do que se vinha pagando
FUTURO
próprio CNPJ. Algum dtaheiro foi gasto nesse pro- até então, mantendo-se a mesma cobertura. SAPATARIA E
cesso, mas cremos que a independência do DCe a Uma realrzacão louvável desta Gestão. ENGRAXATAMA
trarMMftlaúedoCAOCjustirkamotwestimento.
CERVEJADAD0 6*ANO
VALORIZAÇÃO DO NOME E MARCA CAOC Em novembro, como ocorre todo ano,
Foi usiij adu o registro do nome e marca houve u m gasto importante com a Cervejada
São Paulo, Março de 2011
São Paulo, Março de 2011

o-
EXTENSÃO

"Eles são Médicos de Brinquedo!"


Etapa do projeto de alunos concorre a premiação no 11o Congresso Brasileiro
iro
de Medicina de Família e Comunidade

André Ruiz (98) elaborar u m Projeto de Intervenção e m


Saúde! A idéia se resume e m identificar
u m problema recorrente na região e
D u r a n t e todo o primeiro ano do elaborar uma solução, vinculada à UBS.
curso de Medicina na FMUSP, Durante o ano de 2010, na UBS
os calouros têm u m a disciplina Jardim Boa Vista, u m grupo de alunos
chamada Atenção Primária à Saúde acabou decidindo por trabalhar com
I, na qual as turmas são divididas e m crianças, pois, quando estavam co-
três Unidades Básicas de Saúde (UBS) nhecendo a região que a UBS atende,
vinculadas ao Projeto Zona Oeste da visitaram uma Escola de Ensino Funda-
FMUSP. Ao longo de todo esse período mental (EMEF) e, e m conversa com a
do curso, os professores, médicos do coordenação da mesma, percebeu-se
posto, Agentes Comunitários de Saúde uma necessidade do público infantil E m meio a tantas programações, elaborar u m a apresentação sobre seu
(ACS) e outros profissionais da área e m receber algumas informações surgiu o n o m e do projeto, até então Projeto de Intervenção e m Saúde para
colocam os alunos a refletirem sobre relacionadas à saúde. inexistente. Ele apareceu numa con- os demais colegas e professores. Des-
a importância do SUS, do papel dos Os integrantes do grupo, sob versa entre duas crianças da EMEI se modo, asfilmagense fotos feitas
Profissionais de Saúde e da atenção pri- a orientação do Prof. Rubens Kon, que discutiam se os estudantes de se tornaram material de base para a
mária nos atendimentos à população. assumiram a seguinte justificati- Medicina eram ou não 'médicos de elaboração de u m vídeo que resumiria
U m dos objetivos propostos pela va para o trabalho: "Este público verdade', então u m a delas soltou a todas as atividades do projeto.
disciplina é: "Propiciar ao aluno a for- muitas vezes é subestimado, pois frase que se tornou conhecida por to- Neste m ê s de Março, a Dra. Ma-
mação de u m a mentalidade na prática a maioria das pessoas não acredita dos os integrantes do projeto e acabou riana Sato, preceptora da disciplina
assistencial pautada nos princípios da e m sua capacidade de aprender e por solidar o nome da equipe: "Não, na UBS Jd. Boa Vista, entrou e m
cidadania, no reconhecimento da auto- entender as coisas, por isso, muitas eles não são médicos de verdade... contato c o m os integrantes do grupo
nomia dos usuários, na interação com vezes eles não obedecem a certas Eles são médicos de brinquedo!!!". E m para inscrever o vídeo do projeto
a população e com a equipe de saúde ordens dos pais, pois não entendem meio a tantas risadas e discussões, o na III Mostra de Vídeos da Saúde da
ria busca de soluções para os problemas o porquê de obedecê-las, já que nin- grupo e os orientadores tomaram esse Família, programação integrante
identificados e no envolvimento com os guém lhes explicou os motivos mui- n o m e como sendo oficial para eles. do 11° Congresso Brasileiro de Me-
resultados da assistência" tas vezes por achá-los incapazes de As professoras da escola comen- dicina de Família e Comunidade, 4 o
Portanto, no primeiro semestre, entenderem. Quando u m ser humano tam que as crianças contavam os dias Encontro Luso-Brasileiro de Medicina
os alunos têm a chance de conhecer entende melhor o que está fazendo, pelo retorno das atividades. O traba- Geral, Familiar e Comunitária. Sob o
todos os serviços oferecidos pelo ele realiza a tarefa c o m mais prazer lho foi rendendo cada vez mais frutos, tema, "Medicina de Família e Comu-
Posto de Saúde, acompanhar a rotina e c o m menor relutância'" dentro da própria escola, onde as nidade: Agora Mais do que Nunca", a
de profissionais da área de medicina, E foi assim que, ao longo de cinco crianças cuidavam sempre da higiene mostra deste ano será realizada e m
enfermagem, odontologia, adminis- semanas, o grupo desenvolveu ativi- pessoal, ao lavar as mãos, até m e s m o Brasília-DF, de 23 a 26 de junho de
tração, entre tantos outros. Além das dades educacionais, lúdicas e recrea- nas casas, onde alguns pais afirmaram 2011. O vídeo dos alunos ainda será
atividades teóricas e práticas dentro tivas com as duas turmas do terceiro que seusfilhosestavam pedindo por submetido a u m a pré-seleção, rea-
das instalações das UBS's, todos os estágio da Escola de Educação Infantil mais frutas e "alimentos coloridos" lizada por u m grupo de jurados c o m
alunos têm a chance de conhecer (EMEI) Professor Benedicto Castrucci. nos pratos do dia-a-dia. Desse modo, expertise na área. Os trabalhos se-
a região de abrangência da UBS, a Os assuntos abordados nessas se- foi alcançada a idéia de extrapolar lecionados serão exibidos durante o
entender suas instalações (creches, manas rodaram e m torno da definição os muros da escola no ensino de prá- evento na capital, sendo submetidos
escolas, quadras, centros esportivos, da Organização Mundial da Saúde de ticas saudáveis, utilizando-se, para a u m júri popular logo e m seguida
educandários, bibliotecas, etc) e que "Saúde é o estado de completo isso, dos pequenos embaixadores e para a premiação.
também realizam Visitas Domiciliares bem-estar físico, mental e social e representantes das boas práticas para Os alunos responsáveis pelo pro-
junto com os ACS's para conhecer as não apenas a ausência de doença ou alcançar familiares e conhecidos. jeto ainda buscam profissionais da
verdadeiras necessidades da popu- enfermidade", portanto temas como O sucesso serviu t a m b é m para área da saúde para que possam dar
lação local, quais os casos de maior Relacionamentos, Bons Modos e Res- crescimento pessoal e profissional dos continuidade ao m e s m o . Se quiser
prevalência e como atuam esses pro- peito estavam aliados ao combate de próprios integrantes do grupo. "Acredi- entrar e m contato com os alunos res-
fissionais (até então desconhecidos cáries e gripe. tamos que é tarefa do médico ensinar ponsáveis, basta contatar os editores
para grande parte dos alunos). Falar sobre anticorpos e células ao paciente como se cuidar e fornecer d'0 Bisturi, que eles repassaram as
Muitos alunos saem de férias e m de defesa, chamando-os de "soldadi- explicações para convencê-lo. Essa informações. Quer ter u m a prévia
Julho pensando "De que adiantou nhos brancos", dizendo como eles fi- linguagem é diferente com crianças e do vídeo que foi inscrito? Acesse o
acordar cedo todos aqueles dias, pe- cam "fortes" quando se c o m e comida o médico deve dominar esta técnica. Youtube e procure por "FMUSP Turma
gar o ônibus para a UBS, se eu Ia ficar saudável ou como ficam "fraquinhos" Nós aprendemos multo, e o retorno foi 98 - Projeto com crianças"
passeando pela Zona Oeste?". Mas a quando se anda descalço ou não se grande" declara Bruna P. Rusig (98),
resposta para todo esse processo de faz a higienização correta das mãos, aluna participante do projeto. André Ruiz de Oliveira (98) i
ambientação aparece logo no primeiro serviram de base para muitas brinca- Encerradas as atividades, cabe a estudante da FMUSP e Diretor de
dia de aula do 2° período: todos têm que deiras, teatros, músicas e lições. cada equipe entregar u m relatório e Imprensa Acadêmica do CAOC.
São Paulo, Março de 2011

a a
TIRANDO DO FORMOL

Humanidades Médicas - Para quê?


Prof. André Mota e
Prof.* Izabel Rios necessariamente, pela aquisição de • O acréscimo devido ao seu disseram não ter qualquer relevância
conhecimentos sobre a condição hu- ensino é subjetivo e de difícil men- para o ser médico.
D e s d e a década de 1970, discute- mana (de pessoas e coletivos) e m ação suracão, o que poderia causar a falsa • A carga horária, para 25% foi
se mudanças curriculares que no tempo e espaço, o modo como se impressão de que tais ensinamentos considerada muito extensa, suficiente
integrem aos conteúdos técni- fundamenta e opera a comunicação e a não produzem efeitos. para 56%, e para 10% insuficiente.
cos e tecnológicos conhecimentos e construção de vínculos, o aprendizado Esse descontentamento geral • No que se referia aos méto-
habilidades das humanidades conside- de habilidades interativas, e de atitu- acabou levando, e m 2005, à criação dos didáticos, 73% das respostas (n=
rados fundamentais para as práticas de des sustentadas pela reflexão ética. de u m grupo de professores e alunos, 1184) apontou o dia-a-dia da prática
saúde de pessoas e grupos humanos, Ou seja, ninguém nasce sabendo, e a coordenado pelo CEDEM, para a tarefa médica e 6 4 % as discussões de caso
indo além do tão presente recorte bio- maioria não obteve tais conhecimentos de integrar e aprimorar essas disci- clínico c o m o os métodos de escolha,
lógico das ciências da saúde. Na FMUSP, durante o ensino fundamental e médio. plinas, com resultados positivos que indicando outro aspecto importante a
esta discussão tomou forma no seu Poucas pessoas envolvidas c o m apareceram já no ano seguinte tanto se considerar, a formação humanística
projeto pedagógico e nas mudanças Educação Médica discordam disso, no Programa de Avaliação Curricular não se dá apenas pelas disciplinas de
curriculares de 1998, com a introdução atualmente. Entretanto, o ensino de (PAC) quanto nos fóruns. humanidades, mas pelo conjunto da
das disciplinas de humanidades. humanidades na medicina, aqui e e m Ainda assim, e m 2006, o Bisturi obra: disciplinas de humanidades,
Logo depois, t a m b é m nas di- vários lugares no mundo, é tarefa publicou matéria que dizia que u m a temas humanísticos dentro da prática
retrizes curriculares do Ministério difícil que encontra resistências e m determinada disciplina de humanida- médica e m diversos cenários, e cultu-
da Educação colocou-se que a for- alunos e professores. Por quê? des 'desumanizava' o ensino. O aluno ra institucional.
mação dos alunos para o trabalho A resposta que os alunos da FMUSP que assinava o artigo questionava cer- • E finalmente, quando inquiri-
médico envolve, necessariamente, nos deram nos encontros e fóruns rea- tas práticas educacionais e, mais que dos sobre os temas mais relevantes,
o desenvolvimento de competências lizados no CEDEM e m 2004 apontavam isso, a postura de certos 'professores' apareceu na frente a ética (74%) e
biomédicas, éticas, comunicacionais os seguintes problemas: e m relação à humanização, usando os relacionamentos (71%), ou seja,
e conhecimentos humanísticos e m u m • A maioria dos alunos concordava argumentos muito b e m ancorados mais u m a vez, e agora pela voz dos
processo integrado com a aprendiza- alunos, a competência ética e rela-
gem de conteúdos e práticas clínicas. cionai de que falamos.
Mas o que pensam nossos alunos Curiosamente, embora os resul-
a esse respeito? tados dessa pesquisa fossem bastante
Todos os anos, quando conver- favoráveis ao °nsino de humanidades
samos c o m os alunos que entram nesta faculdade, reforçando o trabalho
nesta faculdade, percebemos grandes do Grupo de Humanidades do CEDEM,
expectativas e m relação a u m ideal para o autor do tal artigo, haveria na
c o m u m : ser u m b o m médico. E pode- literatura (por eie escolhida) e nessa pes-
ríamos dizer que há certo consenso de quisa (por ele conduzida) fortes evidên-
que ser u m b o m médico é, cada vez cias contrárias. Posicionamento que nos
mais, e não exatamente com estas pa- pareceu compreensível não pelos dados
lavras, dominar técnicas e tecnologias apresentados, mas pelo reconhecirnento
e ter competência ética e relacionai. das questões político-institucionais sub-
Percebemos também que um núme- jacentes ao seu discurso.
ro considerável de alunos entra na facul- quanto à importância da área para a e m conceitos das humanidades. Era De qualquer maneira, a história
dade com a ilusão de que competência formação médica, mas poucos se in- u m a voz destoante das estatísticas do ensino de humanidades nesta fa-
ética e relacionai (que envolve aspectos teressam (verdadeiramente) por ela; que alertava para problemas que não culdade, debatida também no Bisturi,
humanísticos do saber médico) corres- • O desinteresse era maior quan- podiam ser simplesmente ignorados, está mostrando que expor opiniões se-
ponde a tendências inatas, educação do os temas eram apresentados de m e s m o que não refletisse a opinião da jam elas consensuais ou polêmicas, a
familiar e 'jeito' para lidar com pessoas. forma excessivamente teórica e pouco maioria dos alunos. favor ou contra, é sempre bom, pois se
Claro que o mínimo que se espera de u m ligados à prática médica; E m 2009, o Bisturi retornou trata de u m a área que quer derrubar
bom médico é que ele tenha u m pouco • Os alunos t a m b é m admitiam sobre as humanidades. E m matéria dogmas e provocar crítica e reflexão.
de tudo isso, mas quando falamos e m preconceitos à área por não a consi- assinada por outro aluno, apresen- Todos (instituição, professores
competência ética e relacionai estamos derarem parte efetiva da medicina; tava pesquisa de opinião realizada e alunos) temos parcelas de res-
falando de algo mais complexo. • No conjunto dos professores pelo Bisturi junto a 358 alunos do ponsabilidade no estado de coisas
Foi-se o tempo e m que se acre- das disciplinas de humanidades, havia primeiro ao sexto ano que, mais u m a atual... E futuro!
ditava que para a boa relação médico bons professores e professores sem vez, reiterava avaliações feitas no Do nosso ponto de vista, con-
paciente bastava a expressão espontâ- preparo para o trabalho nessa área; CEDEM e dados de literatura nacional cordamos c o m tudo que foi apon-
nea da arte medica como uma parte da • A dissociação entre o que se e internacional sobre a necessidade tado nas pesquisas c o m os alunos,
medicina que não é ciência, que deriva discutia nessas disciplinas e m sala da formação humanística do aluno principalmente quando enfatizam
da vocação, da bagagem cultural, do de aula e o que se observava na de medicina e seus problemas: que a construção da postura ética
sexto sentido, da aura que envolve o prática dos serviços de saúde desa- • A apreciação geral das disci- se desenvolve e m sala de aula e
médico e seu paciente e m ato. Sem creditava seu ensino; plinas de humanidades pelos alunos laboratórios, m a s essencialmente
menosprezar esse universo intimista • Embora no discurso institucio- mostrava que 10% gostava muito, 53% pela observação dos mestres e m
da vivência profissional, o que se busca nal se enfatizasse a importância da suportava/aceitava, 31% não gostava. ação cotidiana. Opinião que v e m ao
atualmente é o desenvolvimento de área, na prática cotidiana, não havia • A importância da área foi re- encontro do que diz a literatura e os
u m a competência médica que passa, tal valorização; conhecida por 8 5 % contra 10% que nossos estudos na área.
São Paulo, Março de 2011

TIRANDO DO FORMOL
o-
Muitas disciplinas do currículo mé- Há m e s m o muito o quê fazer para a algum ganho particular, de forma radigma este que desconstrói o mito da
dico têm pontos e m comum com a área o aprimoramento do ensino de huma- superficial, pouco compromissada^com sabedoria inata sobre as humanidades
de humanidades e na FMUSP, hoje, várias nidades e m Medicina. Lembremos que o legítimo interesse pelo bem coletivo. e, no seu lugar, busca conhecimentos
disciplinas do currículo nuclear já estão u m aspecto fundamental reconhecido Mas por outro lado, u m mundo no para o bom exercício da medicina no
inserindo tais temas dentro de sua área na análise dos alunos sobre seu estado qual cada vez mais se fala e se busca âmbito das relações humanas (parte
específica de abrangência educacional. atual na nossa faculdade é o preconcei- fazer valer os direitos e o respeito às essencial de sua prática) e dos proble-
É para esse caminho que convergem to de alunos e professores e m relação à pessoas junto ao compartilhar res- mas de saúde da atualidade.
importantes experiências de ensino de área, o que coloca outra questão (não ponsabilidades, e à necessidade de Recolocando o problema nestes
humanidades. Experiências que também menos relevante que os problemas já se criar condições institucionais para termos, talvez possamos tratar do
mostram a necessidade de desenvol- citados), e envolve mudança de cultura que tudo isso se realize. assunto 'Humanidades Médicas' de
vimento de professores tanto no que institucional e de comportamento das Assim, os estudos e as pesquisas, forma menos apaixonada ou odiosa,
se refere aos temas que conversam pessoas. Mudar cultura não é coisa fá- inclusive a do Bisturi e m 2009, mostram como freqüentemente acontece, e nos
com sua disciplina específica, quanto cil, nem rápida, ainda mais consideran- que está ultrapassada a questão de se voltarmos para u m a perspectiva mais
à criação de metodologias capazes do os valores que compartilhamos no gostar ou não, ou se é necessário ou lúcida e consistente, como desejamos.
de estimular a produção de sentido mundo e m que vivemos... U m mundo não investir na formação humanística
subjetivo para o aluno (sem o qual ele mergulhado numa Cultura Narctsica, do aluno de medicina. O que se coloca André Mota e Izabel Cristina Rios
pode até decorar a matéria, mas não e m que a maioria das pessoas se re- hoje como desafio é a construção de são professor de humanidades
vai incorporá-la no seu modo de agir). laciona u m a c o m as outras visando outro paradigma para a profissão. Pa- da FMUSP.

Cartas à Redação quer ser médico; outros dão razões as


mais infantis. Quasi todos, para não
dizer todos, sentem-se abandonados
sua experiência adquirida na rua,
pois, não aprendeu na faculda-
de, como fazê-lo! Vai ensiná-lo a
Publicação original: Março de 1956 e desorientados pela mudança brusca "depender-se" esquecendo-se que
de aprendizado a que são submetidos. seu "conselhoMpode causar a Infe-
R e c e b e m o s do Dr. José da Acadêmico de Medicina''. O regime de apostilhas sem a assistên- licidade de u m a rapariga ingênua e
Conceição Ferraz de Saltes Neste trabalho o autor defende cia contínua e individual dos mestres pode levar o rapaz, a tomar-se pai
u m a carta e u m a separata, a necessidade dos testes psicológicos (as excepções são poucas ainda, in- de u m a criança "sem pai".
que mostra a receptividade que nos concursos de habilitação das Fa- felizmente); a influência maléfica de Genética e Estatística são
causa o nosso jornal fora do âm- culdades de Medicina, sendo u m dos veteranos desiludidos; a raridade de disciplinas novas. C o m o se o Ho-
bito da nossa faculdade. organizadores de tais testes na Fac. u m professor amigo, que por ser b o m m e m fosse apenas u m amontoado
Dr. Ferraz de Salles é psi- de Med. de Sorocaba. e humano, não dá conta dos que o de células, que pode ser dirigido
quiatra do Manicômio judiciário O artigo que recebemos, endos- procuram; tudo isso leva o estudante segundo o último achado estatísti-
do Estado, Membro do Conselho samos e agradecemos é o seguinte: a pensar, mais e m "passar nos exames co... Por que não ensinar também
Social de Menores e autor de vários para conseguir o diploma", que e m Filosofia Moral e Psicologia Médica?
trabalhos de psiquiatria referen- VOCÊ E O SEU DOENTE "aprender medicina para ser médico". Mas se essas cousas não ensi-
tes aos acadêmicos de Medicina. A reforma do ensino médico na Fa- Desiludidos, é presa fácil da me- nam-me na Faculdade, pelo menos
Recebemos u m a separata dos culdade não trouxe, lamentavelmente, dicina mercenária e busca c o m afã que cada u m sopre forte a brasa
"Anais do 1 o Congresso Brasileiro as medidas que mais se faziam necessá- o aprendizado empírico das técnicas sempre acesa no coração da juven-
de Medicina Legal e Criminologia" rias: a aplicação de métodos psicológicos tabeladas e que rendam bastante. tude: a brasa do ideal altruístico
da Sociedade de Medicina Legal e de seleção (além dos já existentes) e a Já diplomada, ao verse deante que deseja fazer bem ao próximo.
Criminologia de S. Paulo, do ultimo assistência psicológica, ética e social aos de u m a situação médica que requer Só assim Você não esquecerá, ao
trabalho deste ilustre psiquiatra alunos durante o curso todo. u m conselho ético-psicológico, como auscultar o pulmão do seu doente,
cujo título é: "Necessidade da B o m número de alunos entra por exemplo a orientação sexual de pertencer esse pulmão a u m H o m e m
Orientação Ético-Psicoló$ica do nesta escola sem saber b e m porque u m jovem, vai aconselhar segundo que pensa, sofre e a m a como nós.

A importância de se tirar do formol


Arthur Hirschfeld Danila (94) É impossível viver sem o formol. Recentemente o Formol foi substi- jornal reflita esses momentos e adap-
Ele faz parte do aprendizado, é peça tuído por glicerína nos laboratórios de te sua editoração aos novos passos da
Formol é aquela substância de fundamental na aquisição do b o m Anatomia do Instituto de Ciências Bio- imprensa moderna.
fragrância inigualável. Toma- conhecimento médico. médicas. A introdução desta técnica de Que a seção "Tirando do Formol"
m o s contato já no primeiro dia Há tempos, n'0 Bisturi há u m a conservação cadavérica na USP mostra permaneça atual e perene enquan-
letivo do curso médico, logo após seção intitulada "Tirando do For- a importância de atentarmos à evolu- to seção deste distinto periódico,
a tradicional apresentação sobre a mol". Ela se destina a recuperar ção tecnológica, que caminha junto à transportando os leitores a épocas
importância do respeito ao cadáver, artigos ou imagens já escritos no aquisição de novos conhecimentos na longínquas, mas muitas vezes ainda
na disciplina de Anatomia. referido periódico, e que, por algum nossa tão estudada Medicina. atuais, resgatando-se assim a história
A o longo do curso, nos labo- motivo, quer retratam momentos, Assim c o m o a glicerína substituiu de nossa A m a d a Casa de Arnaldo.
ratórios, aquele a r o m a sublime confrontos e discussões distintas dos o Formol, muitas foram as alterações
i m p o n e n t e m e n t e percorre a via vividos atualmente, quer ilustram na confecção do nosso querido Bisturi. Arthur Hirschfeld Danila (94) é
nasal, e logo contagia a todos. U m a situações passadas que muito se Nada mais natural, e m u m ambiente estudante da FMUSP e foi editor-
c o m o ç ã o generalizada. assemelham às presentes. e m constantes mudanças, que o nosso -chefe d'0 Bisturi no ano de 2007
São Paulo, Março de 2011
0- o-
ACONTECEU NA FMUSP
participar de tudo, mas aos poucos foi A preparação começa semanas antes,

Semana de Recepção 2011 aprendendo a ser mais seletivo.


As atividades seguintes, Espu-
com a escolha da cor das canecas,
reserva dos espaços para os eventos,
Relatos de veteranos e calouros sobre a chegada mada na AAAOC, Pizzada do CAOC, negociações c o m as confecções de
FOrróFITO, Canecada do DC e todos camisetas, e continua durante a sema-
da 99a turma os outros eventos sociais visaram, na, garantindo que os calouros, saibam
Mariana Herie (98) e Os artigos personalizados, que iam principalmente, promover u m a in- aproveitar tudo o que foi preparado
Thais Pereda (98) de adesivos a roupas e jalecos, com teração maior entre os membros da para eles. O esforço, no entanto, é
os nomes e tradicionais símbolos da turma 99 e deles com os veteranos. compensado pela satisfação de saber
Casa,fizerama satisfação dos calou- Para os calouros, conhecer melhor que a cada ano a tradição de receber
T o d o ano, fevereiro começa com ros e pais orgulhosos. No ambiente seus futuros colegas antes de entrar bem os calouros é reforçada, não só
muita expectativa na Casa de decorado e festivo do Porão, os ca- da pesada rotina de estudos foi funda- pela AAAOC, CAOC, DC e MedJr, mas por
Arnaldo. Depois de passada a for- louros descobriram que nunca foi tão mental, como afirma Diogo Carvalho: todos os alunos e até ex-alunos da casa.
matura do (antigo) sexto ano, o começo fácil convencer seus pais a "abrir a "A semana de recepção possibilitou A sensação de receber os novos
do intemato e as aulas, todos esperam a carteira"! Mais do que mera exaltação conhecer o pessoal da minha turma calouros é u m misto de nostalgia,
chegada dos caçulas da família. Para o do ego, a apropriação do n o m e da n u m a situação mais descontraída, satisfação e impaciência para os ve-
segundo e o sexto anos, a espera é ainda Faculdade para si foi u m momento no trocar experiências com os veteranos teranos. A nostalgia vem da lembrança
maior: enquanto os segundoanistas aca- qual eles puderam, simbolicamente, e tirar dúvidas sobre o curso, a facul- dos velhos (ou não tão velhos) tempos
bam de oficialmente receber o título de se integrar à grande família da qual dade, os esportes, etc. Além disso, o de não conhecer ninguém e querer ser
veteranos e recepcionam seus primeiros fariam parte dali e m diante. clima bom de recepção nos faz curtir conhecido por todos os veteranos, de
calouros com curiosidade e ansiedade, No almoço na Atlética, todos pu- ainda mais a faculdade" ser o centro das atenções e, claro, da
para o sexto ano é a concretização de deram conversar com veteranos, se Na terça e na quarta-feira, os inesquecível semana de recepção. A
que essa primeira etapa da vida médica tranqüilizar quanto ao trote ("Mas não calouros puderam se familiarizar frase "no m e u ano não era assim" é a
está quase chegando ao fim. tem trote mesmo?") e ouvir as músicas u m pouco mais com os espaços onde mais ouvida, com conotações tanto po-
A lista mal tinha saído e todos já cantadas ao som da bateria - os pais praticamente vão morar nos próximos sitivas, quanto negativas, mas sempre
estavam na frente do computador:. assustados com o "espírito rivalista" seis anos. Na visita e m grupos ao com u m a pitada de saudade. Ao vê-los
enquanto os calouros procuravam de algumas delas e os calouros dividi- complexo HC-FMUSP, quem não teve perdidos no Porão perguntando onde é
seus nomes, os veteranos procuravam dos entre alegria e constrangimento a oportunidade de ver a faculdade do o CAOC, na Cidade Universitária sem
conhecidos, nomes diferentes e xarás com os pais. Mas tudo foi relevado: 23° andar do ICESP, sentiu a emoção saber ondeficao "ICB do Cassola" ou
e corriam para parabenizar e adicionar era u m dia de festa - e u m a prévia do do heliporto do IC ou ainda se surpre- m e s m o pagando R$ 7,20 para almoçar
os calouros nas redes sociais. Os calou- que os esperava. endeu com todas as inovações do IOT, no Palheta como funcionário, a tarefa
ros respondiam, alguns tímidos, outros Na primeira atividade da Sema- Ipq e InCor. Na USP, depois de u m tour de ser veterano pode ser encarada
ansiosos, porém todos explodindo de na de Recepção, a tradicional aula pelo CEPEUSP, IQ e ICB, os calouros tanto com bom humor quanto com im-
alegria com a conquista, e receosos do inaugural, professores e veteranos curtiram u m churrasco no H U para dar paciência invariavelmente acompa-
que encontrariam pela frente. No dia revezavam-se para parabenizar os continuidade à festança. nhada de u m suspiro 'calouros...'. Ao
da matrícula, depois de conferir vá- calouros pelo ingresso na faculdade e Além das atividades de integra- m e s m o tempo, olhar para os calouros
rias(!) vezes que todos os documentos apresentá-los à vida universitária. Eles ção, a semana de recepção contou e perceber o quanto já aprendemos
necessários estavam e m mãos, calou- foram introduzidos às extensões da também com a campanha de doação e evoluímos nessa jornada nada fácil
ros e pais tiveram a comprovação que faculdade, descobriram a importância de sangue. Na quinta-feira, a turma que é a medicina jornada essa e m
não era ilusão, que a lista divulgada do CAOC na vida acadêmica, conhece- 99 foi convidada a doar sangue e de- que eles se encontram agora b e m no
no site da Fuvest não estava errada e ram o EMA (um dos únicos lugares onde pois, durante o pedágio, distribuíram comecinho - é muito gratificante.
que de fato estavam matriculados na poderão ter contato com pacientes panfletos da Fundação Pró-Sangue A partir do momento que a Fuvest
Faculdade de Medicina da Universidade e fugir da rotina extremamente teó- com informações sobre a campanha. divulga a tão esperada Lista de Apro-
de São Paulo (sempre acompanhada de rica do primeiro ano), participaram "Participar da campanha de doação vados, veteranos e calouros só pensam
muitos adjetivos grandiosos). da dinâmica do MedJr, entraram e m de sangue e do pedágio com os demais e m u m a coisa: a Semana de Recepção.
E de que adianta essa alegria e contato com o JUS através de fotos e calouros foi muito interessante, já Para os calouros, ela representa o
grandiosidade todas se o calouro não depoimentos, decidiram participar de que, além de ter divertido e integra- primeiro contato com a Faculdade e
pode sair c o m u m "Medicina USP" umas 17 ligas do DC (afinal todas pare- do a turma, serviu para a divulgação com as pessoas que provavelmente se
b e m grande estampado no peito? Para cem interessantes!), eficarampilhados de u m a campanha tão importante. tornarão as mais importantes nas suas
suprir esse mais que justo desejo, com os vídeos da AAAOC. Os veteranos É animador e gratificante saber que vidas. Para os veteranos, é a chance de
a Atlética e o Centro Acadêmico já olham esse momento com a nostalgia muitas pessoas já têm consciência socializar com os caçulas da família e
estavam preparados há muito tempo. de quem se lembra de quando queria da importância da doação de sangue curtir as festas e atividades promovi-
(um senhor abordado tinha acabado das. A semana passa, todos se divertem
de sair do H C e de doar sangue) e que e, infelizmente, ela acaba. O sexto ano
nossa atuação conscientizará muitas começa a se despedir de tudo aquilo
outras", disse a caloura Bárbara Gar- que eles viveram intensamente nes-
cia. O dinheiro arrecadado no pedágio ses anos. Aos que trabalharam muito
foi dividido entre as Instituições par- para que tudo corresse bem, fica a
ticipantes da Comissão de Integração sensação de missão cumprida. E para
(Coln), a fim de cobrir alguns dos os calouros,ficaa alegria de ter sido
gastos com a semana de recepção. aprovado na Faculdade de Medicina da
Para os organizadores, a semana USP e de realmente se sentir acolhido
de recepção é muito agitada. Para que por essa nova família.
tudo saia perfeito, são infinitos telefo-
nemas, discussões com fornecedores Mariana Heh% (98) e
de pizza, bebida, caneca, camisetas, ThaH Raffo Pereda (98)
muita burocracia e noites mal dormidas. tão estudantes da FMUSP.
São Paulo, Março de 2011

ACONTECEU NA FMUSP
a *>

D e "bixo" a "porco"
se faça de espertinho, mantenha-se e m absolutamente nada! Engano m e u .
seu devido canto." É claro que no começo todos ficam
Foi então que se deu início a perdidos; mas dentro de duas sema-
famosa "Semana de Recepção", que nas, com a ajuda de veteranos para
incluía e m sua programação: churras- nos orientar, professores auxiliando e
co e palestra para os pais e alunos, tirando dúvidas ao término das aulas e
festas de diversas modalidades (dentre as inúmeras bibliotecas à nossa dispo-
elas, a mais marcante com certeza sição, consegui m e adaptar ao ritmo
foi a famosa "Espumada"), gincanas universitário, totalmente diferente do
e outras inúmeras atividades. Arrisco ritmo "cursinho" a que estava acostu-
dizer que essa semana é comparável mado. A verdade é: tudo se arranja.
à viagem colegial para Porto Seguro, Agora, posso dizer que estou
com a diferença de estar com a mente aproveitando ao máximo o que todos
tranqüila, porque o pior já passou. Foi os departamentos da FMUSP têm a ofe-
a primeira quebra de expectativa sobre recer. Ora, como nunca provei do mel
a faculdade: não há trote. C o m u m a antes, agora é hora de m e lambuzar... A
estrutura invejável (atlética própria, questão é: como se adaptar a esse ritmo
u m porão da faculdade que, além de frenético que envolve ligas, extensões
Leandro luamoto (99) talvez pelo fato de tratar-se de uma fa- abrigar diversos departamentos, serve médicas, atlética e outras atividades? A
culdade pública, que, de acordo com o de local para diversas festas) e u m a resposta eu ainda não tenho, mas posso
P a s s e i ! Nova escola, novos ami- m e u ignorante preconceito, seria u m a recepção calorosa de docentes e vete- dizer que é muito gratificante fazer
gos, novos professores, enfim: estrutura abandonada. Já e m relação ranos, a FMUSP conseguiu mudar meus parte de todos esses grupos. Afinal, não
vida nova. às relações sociais, pensava que o trote paradigmas sobre faculdades públicas. sou "bixo" como antigamente; agora,
Confesso que de primeira vista seria violento: veteranos abusariam Depois da "Semana de Recepção" tenho orgulho de dizer que sou porco!
a FMUSP m e surpreendeu tanto pelos dos seus futuros "bixos", os quais veio o que eu mais temia: as aulas...
aspectos estruturais, quanto pelas re- seriam obrigados a se submeterem a C o m o seriam? Esperava que fosse Leandro Ryuchi luamoto (99>
lações sociais. E m relação à estrutura, brincadeiras de mau gosto. Lembro até u m caos total, ninguém entendendo é estudante da FMUSP.
subestimava a Casa de Arnaldo, talvez hoje do dia e m que meus pais e tios m e
por pensar que a faculdade de medi- alertaram: "Tome cuidado com os tro-
cina fosse algo como u m apêndice do tes, ouvi dizer que o trote da medicina
complexo da Cidade Universitária; ou é u m dos mais pesados do Brasil! E não

Primeiras impressões
Gabriel Eufrásio (99) provavelmente daria u m a página
inteira do Bisturi. Porém, toda essa
Aqui quem fala é um calouro exaustão nãotirade nós, calouros, o
deslumbrado. Por isso, já gosto da vitória por termos entrado
adianto que serei pouco ob- na melhor faculdade de medicina
jetivo ao descrever as minhas pri- "da galáxia", nem a empolgação de
meiras impressões sobre a Faculdade vestir o jaleco pela primeira vez.
de Medicina, nesse primeiro m ê s E m suma, esse primeiro mês,
que se passou. Ora, o que mais eu antes de mais nada, foi extremamen-
poderia dizer além da exaustão que te cansativo. Porém proporcionou
eu e meus colegas estamos sentin- u m cansaço diferente do usual, u m
do? Não, eu não estou fazendo aqui cansaço positivo, no mínimo gratifi-
u m a crítica à carga horária do curso cante, que nos completa, que nos dá ••
ou qualquer coisa parecida. Estou vontade de continuar dia após dia.
evidenciando algo que, na minha Acredito que a maior parte da turma
opinião, dá mais gosto aos nossos 99 tem a mesma impressão.
dias aqui na FMUSP: a participação Professores, veteranos, ob-
das atividades proporcionadas pela servem os olhos de seus calouros,
faculdade até à exaustão. m e s m o fatigados, eles ainda bri-
São diversas as atividades que lham quando avistam o busto do Dr.
exigem toda a nossa dedicação: au- Arnaldo ao longe.
las (poise), treinos, ligas, extensões,
ensaios, reuniões, etc. Se fossem Oabriei Eufrásio da SHva
listadas todas, espedffcadamente, (99) é acadêmico da FMUSP.
São Paulo, Março de 2011
<& O- S&toCusU
RELAÇÕES EXTERNAS

Contexto e Pretexto de u m a classificação que não funciona


muito bem), estes retiraram o direito
garantido por estatuto (e até m e s m o
Até onde um grupo político pode ir para se perpetuar no poder? pelo Código Civil) de voto dos demais
CAs não presentes naquele instante.
Edelvan Gabaria (97) meios de comunicação, várias artima- tornando ao início desse texto, vemos Essa situação está melhor descrita na
nhas elaboradas por partidos políticos que a Reunião da Regional da D E N E M Carta Aberta aos estudantes de medicina
para se perpetuarem na liderança de foi realizada nos espaços do C A O C e da do Brasil, que está a seguir e assinada
Filhos de Arnaldo, alguma esfera de poder. E, na maioria FMUSP, de forma que os rumos para o por vários outros CAs que repudiam esse
C o m o foi possível perceber, o dessas ações escusas e antiéticas, Movimento Estudantil de Medicina de fato ocorrido na Reunião. Agora, o que
Centro de Vivências do C A O C esteve quase nunca os verdadeiros interesses São Paulo e Paraná para o ano de 2011 nos resta é refletir u m pouco. O que leva
u m pouco diferente d o dia 18 d e são demonstrados. Pensar que isso foram "decididos" neste evento. centros acadêmicos tão tradicionais, que
março até o dia 20 do m e s m o mês. não interfere nas nossas vidas seria Para tentar deixar mais clara a se dizem "representantes dos estudantes
Esse espaço foi preparado de forma u m grande erro, pois são nas esferas linha de raciocínio desse texto, u m b o m de medicina da sua faculdade", retira-
especial para receber os participantes legislativas que as leis e diretrizes que início seria retomar a dialética referen- rem de forma antiética o direito dos
da 2* Reunião da Regional Sul-2 da regem o andar da sociedade são modi- te ao que os partidos políticos fazem demais CAs que deveriam ser vistos como
D E N E M (Direção Executiva Nacional ficas e guiadas, teoricamente, c o m o para se manter no poder, exatamente "irmãos", já que nofimtodos seremos
dos Estudantes de Mediana), forne- objetivo de melhorar as condições de isso foi realizado por alguns centros aca- médicos ao concluir a graduação?
cendo a eles u m a infraestrutura de vida das pessoas de u m a forma geral, dêmicos (CAs) de medicina nofinalde U m a das possíveis respostas seria:
conforto muito pouco observado nos desde educação e saúde até o lazer. semana do dia 20 de março. A situação tentativa de continuar difundindo seus
espaços dessa entidade (que se diz Você, leitor atento, deve estar se transcorreu da seguinte forma: diante ideais revolucionários utópicos c o m a
"representativa dos estudantes de perguntando: qual a relação entre o da existência de u m a maioria numérica utilização da "máquina da entidade es-
medicina do Brasil"). que está sendo dito aqui e sua vida de de CAs com ideologia política semelhan- tudantil", além de ser u m a boa forma
Muitas vezes acompanhados, pelos acadêmico de medicina? Pois então, re- te (chamada de "esquerda" - por meio de se projetar politicamente dentro

Carta aberta aos estudantes de medicina


Repudio aos tatos ocorridos na Reunião da Regional Sul-2 da DENEM em Sao Paulo
a chapa "Devagar não se vai longe" e
O relatado a seguir se refere aos Estudantil. No período noturno do dia 19 viriam à reunião e acatada por 8 (oito) os CAs simpatizantes iniciaram, por si
acontecimentos da 2 a Reunião de março (sábado), ocorreria u m debate votos a favor, 6 (seis) contra e 6 (seis) sós, a "eleição" da nova Coordenação
da Regional Sul-2 (centros aca- entre as chapas pretendentes à Coorde- abstenções além dos representantes Regional para o ano de 2011, a qual
dêmicos de medicina de São Paulo e nação, e na manhã do dia 20 (domingo) do CAER e do DAST que se retiraram do contou c o m a presença de apenas 13
Paraná) da DENEM (Direção Executiva ocorreria a eleição e m si. local antes do início da votação, como Centros Acadêmico?. Nesse fato, vale
Nacional dos Estudantes de Medicina) Ao horário do debate, quatro m e m - forma de protesto. relatar a presença de última hora do
no ano de 2011, organizada pelo Cen- bros da chapa "Independentes", residen- Agindo dessa maneira, os centros D A M U - UNIARA que compôs o quorum,
tro Acadêmico Oswaldo Cruz (CAOC) tes no Paraná, ainda não haviam chegado acadêmicos votantes a favor infringiram mínimo necessário para a realização
e realizada entre os dias 18 e 20 de ao espaço por motivos de força maior. o próprio estatuto da instituição a que da eleição, mas não teve seu direito
março, nas dependências da Faculda- Entretanto, dois desses já estavam e m pertencem, cuja redação é o resultado de voto assegurado. Tal façanha foi
de de Medicina da USP, e m São Paulo. trânsito e se dirigindo a São Paulo com histórico de u m a construção coletiva conseguida a partir de u m a segunda
Os centros acadêmicos aqui as cartas de respaldo de todos eles. Esta dos estudantes de medicina. Por ele, exceção na regra, a qual foi criada pelos
relacionados, CACTI, CAER, CAMF, chapa solicitou então que, apesar disso, o direito ao voto nas eleições para co- próprios CAs simpatizantes à situação
CAOC, CAMMA/DCE-PUCPR, CAMPEÃ, houvesse o debate (correndo o risco ordenadores regionais é garantido aos atual da DENEM - o que mais u m a vez se
DAAVC, DABM, DAME, DASP e DAST, de não obter u m a boa "imagem" pela CAs sem ressalvas, e pode ser conferido caracteriza como u m procedimento de
repudiam veementemente os fatos ausência de membros nesse momento) nos artigos 37 e 40 de seu texto. Con- ajustes às suas necessidades e demons-
ocorridos durante o processo eleitoral para não entravar o processo eleitoral. juntamente a isso, infringiram o Código tra sua total incoerência.
para escolha da Coordenação Regional Houve u m a movimentação de es- Civil Brasileiro e m seu artigo 58, que diz Os Centros Acadêmicos que assinam
Sul-2 da DENEM 2011, representados tudantes e foi levantada u m a proposta que dentro de u m a associação (caso da esta carta se retiraram da "eleição" e m
na condução polarizada e permissiva para a retirada do direito ao voto dos DENEM) "nenhum associado poderá ser protesto à forma antidemocrática com
do processo eleitoral, feita pela Coor- representantes dos CAs que não tivessem impedido de exercer direito ou função que esta estava sendo conduzida. Além
denação Regional 2010, e na atitude participado das atividades do evento no que lhe tenha sido legitimamente con- disso, este conjunto entende que a retira-
dos CAs (centros acadêmicos) que período diurno de sábado (19), as quais ferido, a não ser nos casos e pela forma da do direito ao voto de u m centro acadê-
votaram a favor da retirada do direito não tinham relação direta com a eleição. previstos na lei ou no estatuto." mico, representante legal dos estudantes
de voto de outros CAs sob critérios Por esta proposta, ficariam impedidos Continuando o relato, diante dessas de u m curso de medicina, não poderia
totalmente arbitrários, fatos direta- de votar no dia seguinte (domingo, 20) circunstâncias, a chapa "Independen- e m hipótese alguma se consistir e m u m a
mente contrários à democracia e à qualquer membro que chegasse após tes" decidiu retirar sua candidatura, proposta de votação e muito menos ser
representatividade estudantil. aquele momento. Ainda foi aberta u m a recusando-se a se submeter a u m pro- aceita pelos demais, já que dessa forma
A eleição contava inicialmente exceção para o CAMF- UNIMES, que es- cesso eleitoral deturpado e claramente u m centro acadêmico retira o direito dos
com duas chapas: "Devagar não se vai tava presente no momento, porém não viciado, o qual favorecia propositalmen- seus pares, o que é inadimisstvel.
longe" e "Independentes", claramente havia participado durante o dia. te a chapa de situação ("Devagar não se Os fatos supracitados são c o m cer-
distintas quanto aos planos de atuação Foi votada a proposta de não per- vai longe") e constituía u m a afronta aos teza deletérios para o Movimento Estu-
e ideologia política para o Movimento mitir o direito de voto aos CAs que ainda direitos da democracia. dantil. Mas, além dos acontecimentos
São Paulo, Março de 2011

RELAÇÕES EXTERNAS
o- ACONTECEU NA FMUSP
< *

de u m contexto de partidos políticos


lançando sempre seus tentáculos sobre
essa nação e m beneficio próprio).
Sem mais delongas, reflita bastan-
Caçulas de Arnaldo
as associações estudantis. Ademais, te sobre os assuntos tratados acima,
essas atitudes são totalmente deleté- pense no quanto quer que seus interes- Camila (99), Fernanda (99), perdidos. Cada aula e m u m prédio
rias, u m a vez que aqueles que foram ses acadêmicos sejam defendidos por Marina (99) e Renata (99) da C.U. (sigla b e m apropriada!!) c o m
eleitos para lutar pela melhoria do En- atores antiéticos e e m que no futuro isso pessoas da Odonto nos xingando.
sino Médico, da formação médica, sem pode darfim,principalmente quando Mesmo depois de ver o nome Após u m a semana, acabamos nos
esquecer de ser agente transformador alguns desses agentes já se associam a na lista, a sensação de ser acostumando a sofrer, e já sabemos
da sociedade, não o fazem. partidos políticos. Diante dessas situa- u m verdadeiro filho de Ar- para que lado virar nas milhares de
Agora pergunto a você, caro leitor, ções, o que nos resta a fazer é lutar para naldo surge semanas depois, quando rotatórias que existem lá e m baixo.
qual a sua confiança e m uma Coordena- que os direitos sejam respeitados e que subimos da escada rolante do metro Quando passa essa sensação de "per-
ção eleita dessa forma tão antidemocrá- as pessoas lutem pelos reais interesses clínicas, enfrentamos o totem " Fa- didos no espaço", aparecem outros
tica e antiética? Seria essas as pessoas pelos quais foram escolhidos para re- culdade de Medicina da USP" e apre- medos e dúvidas. Será que vamos
que gostaria que lhe representassem? presentá-los. .. Não deixe de ler a Carta, sentamos a carteirinha provisória de dar conta de tantas matérias? Ainda
Pessoas que deveriam representar uma ela esclarece várias questões e fomenta estudante de medicina. temos espaço livre no nosso cérebro,
totalidade, m a s que se utilizam dos ainda mais a discussão crítica... A partir daí c o m e ç a m as re- ou ocupamos tudo com matérias para
mais variados meios para impor sua Por u m Movimento Estudantil cepções e a confusão. Primeira o vestibular? O qUe são créditos?
posição unilateralista sobre os assuntos, livre de interesses partidários, repre- palestra: teatrão. O n d e fica isso Onde é e como funciona essa tal de
de forma a manipular estatutos e leis sentativo, ético e democrático! mesmo? Ninguém tem u m mapa? Aí tutoria? Ligas, extensões, atlética,
de acordo com seus próprios interesses. Abraços. aparece u m veterano bonzinho, nos CAOC: do que participar?
Acredito não ser esse o modelo de Co- vê andando para lá e para cá, c o m o Conversando c o m os colegas e
ordenadores que gostaríamos (parece Edelvan Gabana (97) é estudante da umas baratas tontas, e nos indica o c o m veteranos, no entanto, perce-
haver u m a boa semelhança c o m os FMUSP, 2o Vice-presidente do CAOC caminho. Depois da palestra: u m a bemos que todas essas sensações,
políticos corruptos que tentam destruir e Diretor de Relações Externas. recepção molhada (e muito!), rega- aflições e dúvidas fazem parte de
da ao som da bateria e empanada ser u m caçula de Arnaldo. Mas que
com farinha. Durante toda a sema- tudo vale a pena! Principalmente
na, passeios e muita comida para porque podemos chamar essa fa-

d o Brasil mimar os recém nascidos.


A semana de recepção passa a
culdade de nossa; vestir a camisa
"MedUSP"; e ,a partir de agora, fa-
impressão de que tudo será fácil e zer parte de sua história, compondo
nosso profundo descontentamento com e ético. Acontecimentos como esse que teríamos sempre alguém para a turma 99 da melhor faculdade de
o amadorismo, oportunismo e unilate- somente nos motivam a trabalhar de nos guiar. Mentira! A semana de au- medicina da galáxia.
ralismo com que e m geral estão sendo forma mais incessante na busca de las começa aqui e m cima: fácil de
conduzidos os espaços deliberativos da trazer transparência ao Movimento chegar, lugar acolhedor. Mas, no fim Camila Dásola (99), Fernanda Leal
DENEM. Essas características derivam, Estudantil de Medicina. do dia, vamos láaaaa para a cidade f99>, Marina Cela (99) e
e m grande parte, das intermináveis Por uma DENEM apartidária, re- universitária! Longe, enorme, sem Renata Yamashita (99) são
brechas presentes no estatuto da presentativa, transparente, coerente circular, sem metrô, ou seja, ficamos estudantes da FMUSP.
associação, que permitem que cada com seus propósitos, democrática e
reunião se torne u m festival de "casos ética,
omissos" que são extenuantemente
debatidos até serem resolvidos na
conveniência do momento.
• Centro Acadêmico César Timo-
-Laria (CACTI) - UNINOVE;
Depoimento
Além de vergonhoso para o Movi- • Centro Acadêmico Emílio Rib
Caio Tokashiki (99) Durante u m mês, experimentar
mento Estudantil, as atitudes que aqui (CAER) - FAMECA;
repudiamos apenas reiteram a persperc- • Centro Acadêmico Martins Fontes as diversas atividades da F M U S P
tiva de que esses estudantes favoráveis (CAMF) - UNIMES; P a r t i c i p a r da mais nova turma c o m p õ e a singularidade do curso.
à lastimável situação da Regional Sul-2 • Centro Acadêmico Oswaldo Cruz da Faculdade de Medicina da Participar do MedEnsina - cursinho
não poderão realizar u m a atuação (CAOC) - USP - SP; Universidade São Paulo é u m voluntariado, d o E M A (Extensão
transformadora da sociedade. Porque, • Centro Acadêmico de Medicina privilegio do qual sentirei orgulho para Médica Acadêmica) e de Ligas Aca-
se a sociedade pretendida por esse Mário de Abreu (CAMMA) PUCPR; o resto da minha vida. C o m apenas dêmicas são experiências ímpares.
grupo de alunos não é pautada sobre • Centro Acadêmico Prof. Elias u m m ê s de aula, a rotina tomou-se Agora, c o m o colaborador do C A O C ,
preceitos éticos (o que foi demonstrado Abraão (CAMPEÃ) - UNIOESTE; acelerada diante de aulas, trabalhos e posso integrar-me mais intimamen-
e m suas atitudes nessa reunião), ela • Diretório Acadêmico Arnaldo Viei- seminários. No entanto, juntamente às te a FMUSP.
praticamente e m nada difere da atual ra de Carvalho (DAAVC) - UNILUS; extensões acadêmicas, ter contato com Receber u m "Parabéns!",
sociedade repressora e desigual. Enten- • Diretório Acadêmico Benedicto o ensino médico transforma o cotidiano tanto por familiares quanto por ve-
demos que a atitude tomada por esse Montenegro (DABM) - UNITAU; prazeroso (principalmente depois de teranos, por conseguir ingressar na
grupo demonstra sua ânsia e m se manter • Diretório Acadêmico de Medicina muito estudo para ingressar na FMUSP). FMUSP é u m estímulo para continuar
como situação à frente do Movimento (DAME) - UNOESTE; Primeiramente, a semana de recepção absorver tudo que a faculdade pode
Estudantil de Medicina a qualquer custo, • Diretório Acadêmico Samuel é somente u m dos aspectos diferencia- oferecer. Nesse primeiro m ê s de aula,
mesmo utilizando da falta de ética e de Pessoa (DASP) PUCCamp; dores da FMUSP, já que nós, calouros, pude notar que organização, atenção,
atitudes antidemocráticas, e m u m cená- • Diretório Acadêmico Sérgio Ti não somos submetidos a nenhum tipo empenho e, principalmente, orgulho
rio político recentemente pluralizado. merman (DAST) UAM; de coação; ao contrário, as festas são são alicerces essenciais da FMUSP.
Portanto, lutaremos ainda mais • Diretório Central dos Estudantes de integral união entre alunos das mais
para tornar a DENEM u m espaço real- (DCE) PUCPR. variadas turmas e os nossos veteranos Caio Seiti Tokashiki (99) é
são muito atenciosos e receptivos. estudante da FMUSP.
São Paulo, Março de 2011
&

EDUCAÇÃO MÉDICA
o-
Espaço dos RD's
CEDEM: O Q U E E? DEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICA sidente da Comissão de Graduação, o
que gerou necessidade de u m a nova
DE O N D E SURGIU? C o m a indicação do Prof. Dr. Milton
de Arruda Martins para a Secre-
taria de Gestão do Trabalho e da
eleição. O Prof. Dr. Edmundo Chada
Baracat, professor titular da disciplina
Educação na Saúde, houve necessidade de ginecologia, era candidato único
E O Q U E FAZ? de se eleger u m novo representante da
Clínica Médica na Comissão de Gradua-
e foi eleito por unanimidade como
presidente da comissão. O cargo de
Conheça um pouco mais desta assessoria da ção. C o m isso houve eleição, e a Prof a. vice-presidente ainda é ocupado pela
Dra. Rosa Maria Rodrigues Pereira, foi Profa. Dra. Haydée Fiszbein Wertzner,
Comissão de Graduação e órgão da FMUSP eleita para o cargo. Ela é coordena- do Departamento de Fonoaudiologia,
dora do curso de Reunatologia do 4 o Fisioterapia e Terapia Ocupacional,
Nathália Macerox (97) e também o GRAPAL) se vincula tanto
ano. Como suplente foi eleita a Profa. que tem validade até maio/2011.
Prof. Dr. Joaquim Vieira à Comissão de Graduação quanto
Dra. Maria Lúcia Bueno Garcia, que dá RD Felipe Duarte Silva (95)
à Diretoria da FMUSP. O CEDEM
algumas discussões de Patologia Geral
recebeu o nome do Professor Edu-
para o 2 o ano. COMISSÃO COORDENADORA
A Faculdade de Medicina da ardo Marcondes e m 2005, após o
RD Geovanne Pedro Mauro (95) DE CURSOS
/ \ USP possui hoje o Centro de falecimento de seu idealizador e
A nova versão do INCLUSP não foi
f \)esenvolvimento de Educação primeiro secretário. O Prof. Eduar-
COMISSÃO DE GRADUAÇÃO aprovada pela comissão.
Médica "Prof. Eduardo Marcondes" do Marcondes fora também Titular
O Prof. Dr. Milton de Arruda Mar- RD Felipe Duarte Silva (95) e RD
(CEDEM), que é u m centro avançado e m Pediatria da FMUSP.
tins também deixou o cargo de pre- Geovanne Pedro Mauro (95)
de avaliação, pesquisa e desenvol- Hoje o C E D E M conta c o m
vimento de idéias pioneiras para a pesquisadores/funcionários nas
melhoria da graduação (pós? Resi- áreas de Estatística, Matemática,
dência?...) e m mediana.
Mas essa história não começa
aqui. No ano de 1983 a FMUSP de-
Psicologia, Engenharia de Sistemas,
Biomedicina e Medicina, além
de funcionários administrativos.
Sexta Insana
senvolveu u m projeto de reorien- Tudo isso a fim de estudar o nosso
Um começo em grande estilo
tação curricular, composto por 60 currículo e promover melhorias na Rogério Neves (97) sugestões pras nossas próximas festas
docentes e alunos de medicina. Isso nossa graduação e pós-graduação. nos procurem no CAOC.
gerou u m a reformulação do nosso O C E D E M t a m b é m participa da N a última sexta-feira, foi dado
currículo. Para assessorar a Comis- organização de Congressos que início ao calendário de festas Rofério Castro Neves (97) é
são de Graduação na implantação visem a troca de experiências e o da nossa faculdade. E m con- estudante da FMUSP e Diretor
de tantas mudanças, surgiram 2 aprimoramento do ensino nas esco- junto com Nutrição, Enfermagem e Socil do CAOC.
órgãos de assessoria. O primeiro las médicas, como o VII Congresso FOFITO, o CAOC organizou a primeira
fW o Grupo de Assessoria Peda- Paulista de Educação Médica, e m "Sexta Insana", no Porão da nossa
gógica (GRAPED), que tinha como maio de 2010, e o Congresso Bra- gloriosa FMUSP.
ftmção fazer u m a análise crítica do sileiro de Educação Médica, que C o m o organizador, posso afirmar
ensino após cada disciplina, entre será e m outubro de 2012, com sede que tudo correu muito próximo ao
outras coisas. O segundo órgão foi na FMUSP. Além disso, é o CEDEM planejado. A maioria dos melhora-
o Grupo de Assistência Psicológica quem contabiliza e analisa o PAC mentos que pensamos foi u m sucesso,
ao aluno (GRAPAL), cuja função (Programa de Avaliação Curricular) salvo algumas falhas que procurare-
seria aconselhamento psicológico que preenchemos aofinalde cada mos reparar e m eventos próximos.
destinado aos alunos. disciplina. Os resultados devem Nossa festa foi feita para os alunos
O GRAPED se expandiu e di- ser avaliados pela Comissão de da faculdade, e como a opinião de
versificou suas atividades, o que Graduação e pelos RDs de cada todos que eu conheço - e que compa-
gerou a idéia de u m outro projeto: Departamento, além do próprio receram foi favorável, acredito que
a transfomação do GRAPED num CAOC. No site do CEDEM você pode atingimos nosso objetivo.O trabalho
Centro de Desenvolvimento de
Educação Medica (CEDEM), que foi
aprovado no dia 27 de setembro
acessar o resultado dos últimos
PACs pelo menu PROJETOS- LOGIN
na comunidade FMUSP- PAC.
valeu a pena.
Deixo u m abraço a todos, e peço
que todos que tenham reclamações ou
2S/03
de 1991. Visando a u m a maior Para mais informações, aces-
captação de recursos, o conjun- sem: www.fm.usp.br/cedem ou
to GRAPAL-CEDEM foi inserido dêem u m a passadinha lá: segundo
na estrutura dos Laboratórios de andar, corredor 3, primeiro corre-
Investigação Médica (LIM's), que dor à esquerda.
recebem recursos do Hospital da Fonte: www.fm.usp.br/cedem
Clínicas. Isso porque foi exposto
que desenvolver estudos e projetos MoÊhéttú Macerox (97) é es-
no campo da Educação Medica era tudante da FMUSP e Diretora
tão importante quanto desenvolver de educação Médica do CAOC.
estudos laboratoriais. Essa vlncu- Aevtsoo feita pelo Prof. Dr.
lação deixou de existir no final de JOQQUMn tason rvcira,
2005 e, desde então, o CEDEM (e Secretário do CEDEM.
São Paulo, Março de 2011

Oscar 2011
The Academy Awards
Mariana Faccini (97) foram O Discurso do Rei, c o m 12 indi- George VI (papel de
cações, e Bravura Indômita, c o m 10. Colin Firth, e m exce-
N a noite de domingo, dia 27 de Na indicação a Melhor Filme, chamou lente atuação) procura
fevereiro, aconteceu e m Los atenção a curiosa presença de Toy a ajuda do terapeuta
Angeles a 83a edição do Oscar. O Story 3 (também indicado ao prêmio de fala Lionel Logue
prêmio é entregue anualmente e m uma de Melhor Animação). O m e s m o já (Geoffrey Rush, indicado a Melhor Toy Story 3, vencedor do Oscar de
cerimônia promovida pela Academia havia ocorrido e m 2009 com Up! - Al- Ator Coadjuvante pelo papel), que Melhor Filme de Animação e de Melhor
de Artes e Ciências Cinematográficas, tas Aventuras, provando a crescente com métodos b e m pouco ortodoxos Canção Original, c o m a música " W e
u m a organização fundada e m 1927, na qualidade das animações, antes procura auxiliar o monarca e m sua BelongTogether", de Randy N e w m a n ,
Califórnia, composta por cineastas de voltadas apenas ao público infantil, difícil tarefa de discursar para o povo. que já havia recebido o m e s m o prêmio
diversos países, com o objetivo de pre- mas agora c o m públicofieltambém Ainda entre os vencedores, A e m 2002 pela animação Monstros S.A.
miar os que se destacam na indústria entre os adultos. Ainda entre os in- Origem também levou 4 prêmios, po- Na apresentação da premiação,
cinematográfica. A premiação consta dicados, merece destaque também a rém todos técnicos: Melhores Efeitos os responsáveis foram os atores Anne
de u m a categoria principal (formada presença de u m a produção brasileira, Visuais, Melhor Fotografia, Melhor Hathaway (de O Diabo Veste Prada,
pelos prêmios de Melhor Filme, Melhor o documentário Lixo Extraordinário, Mixagem de S o m e Melhor Edição O Casamento de Rachel, pelo qual
Ator, Melhor Atriz, Melhor Ator Coadju- que acompanhou durante dois anos de Som. Já para o prêmio de Melhor concorreu ao Prêmio de Melhor Atriz
vante, Melhor Atriz Coadjuvante, Me- as observações do artista plástico Atriz, a estatueta foi para Natalie e m 2008, e O Amor e Outras Drogas)
lhor Roteiro Original e Melhor Roteiro Vik Muniz e m u m aterro sanitário do Portman, conforme já era esperado, e James Franco (de Milk e 127 Horas,
Adaptado), uma categoria coadjuvante Rio de Janeiro, mostrando a vida e a por seu papel e m Cisne Negro, do filme pelo qual concorria a Melhor
(com prêmios como Melhor Animação, realidade dos catadores de materiais diretor Darren Aronofsky (de filmes Ator). Segundo os organizadores da
Melhor Documentário, Melhor Filme recicláveis que trabalham e vivem ali. como Pi e Réquiem Para U m Sonho), premiação, a escolha de dois jovens
e m Língua Estrangeira, entre outros) Já entre os ganhadores, não indicado para o prêmio de Melhor atores teria como objetivo renovar o
e u m a categoria técnica (que premia houve muitas surpresas. O favorito Direção. O filme concorreu ainda e m estilo da apresentação. O que se viu
Trilha Sonora, Figurino, Direção de O Discurso do Rei levou 4 estatuetas, outras 3 categorias (Melhor Filme, Me- na realidade não trouxe muitas novi-
Arte, Fotografia, Edição, Maquiagem, todas da categoria principal: Melhor lhor Fotografia e Melhor Montagem), dades, mas sim as tradicionais piadas
Efeitos Visuais, Edição e Mixagem de Filme, Melhor Ator (para Colin Firth), porém sem vencer. Já nos prêmios ensaiadas, danças e inúmeras trocas
Som e Canção Original). Ao todo, são Melhor Direção (para Tom Hooper) e de Melhor Ator Coadjuvante, Melhor defigurino.Ainda assim, o mundo do
25 prêmios na noite mais esperada do Melhor Roteiro Original. O filme conta Atriz Coadjuvante e Melhor Roteiro cinema aguarda ansioso pelo próximo
cinema mundial. a história de Albert Frederick Arthur Adaptado, os prêmios restantes na ano e por mais u m a edição dos Aca-
Na edição de 2011 do evento, George, ou Rei George VI, pai da atual categoria principal da cerimônia, os demy Awards.
alguns filmes se destacaram tanto rainha da Inglaterra, Elizabeth II, que vencedores foram, respectivamente,
e m número de indicações quanto no foi obrigado a assumir o trono após Christian Bale e Melissa Leo (ambos Mariana Faccini Teixeira (97) é
número de prêmios recebidos. Entre a morte de seu pai e a abdicação de por O Vencedor) e A Rede Social. Nas estudante da FMUSP e foi editer*-
os indicados, os principais nomes seu irmão mais velho, Edward. Gago, demais categorias, destaque para -chefe # © &stvri no ano de 2 Ü T 4 L

Hilário Francetino (99) a O N U pode. Não acredito que eu tenha bebi? Ora, só u m pouco. Sei que contra da passarela mal podia com suas idéias.
— ^ ^ — • — — — — — ^ — • • >
fechado a janela. Satisfeito? Não, não janelas não há argumentos, mas insisto Segurando nos ferros enormes, c o m
Dir-se-á que o poeta dorme de ja- lembro a que horas ela saiu. As mazelas que ela saiu pela porta. U m sorriso dis- ferrugem nas pernas e no coração, o
nelas abertas, mas o que não se da humanidade eram as mesmas do creto, o caminhar indiscreto. Vou fazer poeta retirou do bolso u m a caneta e
sabe não se apresenta e m juízo. poeta. Passo apertado: nada detinha o o Grande Poema! Ainda que duvide, u m papel. O Grande B e m é o amor! É
Acordou sobre a mesa o poeta, debru- mestre dos versos. Ruas inexpressivas, esse poema é para instituir o Grande disso que eu e o mundo precisamos. As
çado e sentado, por sobre cartas de carros nervosos. Lixo e bêbado na cal- Bem. Mãos nos bolsos, sem medos, pessoas parece não saberem, é u m a
fim de relacionamento. Assomou-se-lhe çada. Desviando os olhos dos soluços sem ódios, sem os pés no chão. Tanto pena! Ela não estava na passarela,
u m a idéia que levou seus óculos à face, incontidos do mendigo ébrio, o poeta mal no mundo, tanta janela aberta e nem na vida, n e m m e s m o nos planos
e sua camisa ao corpo, e os sapatos aos mudou o olhar para u m h o m e m que coração fechado! As cartas, acho que do sábio poeta. Nunca mais, dizia nas
pés. Lavou as mãos, arrumou o cabelo. era lançado à rua. Quiçá não pagara a voaram. Ele sabia aonde ia. O b e m da cartas. Eu sou o Grande Poema! Jogou
C o m o se entrada pela janela, a idéia conta. Achei que íamosficarjuntos para humanidade é o m e s m o que o meu. Foi sua vida e suas angústias à pressa dos
o possuiu; seus olhos, ofuscados pela sempre. Não, os governantes nem m e onde a conheci, é onde vou encontra- carros lá embaixo.
mente. Saiu às ruas, às pressas, às vol- conhecem; também não podem fazer da. Anarquia não, n e m socialismo. O
tas com a idéia. Tanto mal na sociedade nada. Deus? M e abstenho. Eu m e s m o capitalismo também não resolve. O
nem é justo. Culpa? Não, o governo, só, não m e reconheço! Entregou-me as que falta mais nesse mundo? Parou t f M U S P * Ofertar
não pode liquidar esse mal-estar, nem cartas e não quis conversar comigo. Se para ver os carros. A estrutura antiga
São Paulo, Março de 2011
«r &

ENQUANTO Isso

A SAGA DIÁRIA ATE A CIDADE


UNIVERSITÁRIA
Ônibus lotado prejudica alunos da Faculdade de Medicina,
que se atrasam pra aula
Nathólia Macerox (97) não demora menos do que 15 min (e
segundo alguns relatos, já chegou a
demorar 40 min). Isso faz com que
T o d o dia, às 7h da manhã (ou os alunos cheguem atrasados nas
até antes), nos deparamos aulas, nas provas, e sejam seria-
com o famoso "horário de mente prejudicados.
pico". Nesse período, que está Para os alunos da Medicina,
cada vez maior e mais freqüente assim como para outros cursos inte-
na cidade de São Paulo, muitas grais, o problema se agrava, pois o
pessoas se sujeitam às maiores aluno passa o dia todo na Universida-
loucuras para chegarem a tempo de, vai embora no "horário de pico",
e m seu trabalho, faculdade, e chega tarde e m casa, e ainda tem
outros compromissos usando o todas as tarefas curriculares para
transporte público. E isso não é cumprir. Logo, acordar mais cedo
diferente para os alunos da Medici- para, pelo menos, conseguir entrar linha amarela e seria a mais próxima quem paga por isso é a população,
na, e dos outros cursos da USP, que no ônibus se torna uma tarefa muito pra alguns alunos que moram e m sendo que uma parte dela são os
freqüentam a Cidade Universitária difícil e desgastante. torno da Faculdade, ainda está e m "Filhos de Arnaldo".
que é extremamente precária Apesar de a Estação Butantã obras e pelo tamanho do buraco, Acredito que agora só nos resta
nesse tipo de transporte. da Linha Amarela do Metrô ter sido sem previsão de entrega. torcer para que o plano do Diretor
É nítido que o número de alu- inaugurada no dia 28/03/2011 (ain- E agora, além das dificuldades de disponibilizar ônibus fretado
nos que precisam se deslocar até da e m horários restritos), isso não físicas, espaciais e temporais, temos que nos leve e traga da Cidade
a Cidade Universitária usando o traz muitos benefícios para alguns também as dificuldades financeiras. Universitária consiga sair do papel.
transporte público é muito alto e alunos da Faculdade de Medicina, Está cada vez mais caro usar u m Os custos são altos, mas os alunos
os ônibus que fazem a linha mais pois terão que gastar muito tempo transporte público cada vez mais su- estão pagando u m preço igualmen-
concorrida (viaAv. Rebouças) não e m mudanças de linha dentro do cateado. Se pelo menos esse aumento te alto para conseguirem cumprir
suportam o número de alunos. próprio Metrô antes de chegarem na passagem resultasse e m mais ôni- seus horários e chegar à aula.
Muitos alunos simplesmente não à Estação Butantã e pegarem u m bus e de maior qualidade nas ruas,
conseguem entrar no ônibus e ônibus. Isso porque a Estação Oscar não haveria tantos problemas. Mas Nathália Macerox (97) é
precisam esperar o próximo, que Freire, que também faz parte da o preço sobe e a qualidade desce. E estudante da FMUSP.

Moção de repúdio ao aumento da tarifa


de ônibus de 05 de janeiro de 2011.
Diretoria CAOC 2011 Na visão deste Centro Acadêmi- de mais de 30%, alíquota
co, o transporte público de quali- muito superior à inflação
dade e acessível é imprescindível a do m e s m o período, sendo

O Centro-Acadêmico Oswaldo

Cruz, entidade máxima de


representação e coordena-
toda nação que busca desenvolver-
se de maneira socialmente sus-
tentável. No caso específico dos
estudantes, indispensável c o m o
política de permanência estudantil
totalmente injustificável
e inaceitável para u m
serviço de utilidade pú-
blica e do qual a maioria
da população é dependente.
ção dos estudantes de medicina da serviço prestado à sociedade. Essa
Faculdade de Medicina da Universi- e necessidade básica para o acesso O Centro Acadêmico Oswal- é u m a das maneiras que a cidade
dade de São Paulo (FMUSP), mani- universal à educação. do Cruz defende a suspensão do de São Paulo pode utilizar para
festa total repúdio ao aumento da
O reajuste e m questão é o aumento da tarifa de ônibus e a iniciar a solução de u m problema
tarifa de ônibus ocorrida na cidade
de São Paulo no dia 05 de janeiro segundo e m menos de dois anos, discussão, com a população, tanto tão crônico e danoso c o m o a rede
do presente ano. concretizando u m aumento total dos valores quanto da qualidade do de transporte público ineficiente.
São Paulo, Março de 2011

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