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Índice

1. Introdução...............................................................................................................................3

1.1. Objectivos............................................................................................................................3

2. Os alunos com necessidades educativas especiais intelectuais...............................................4

2.1. Os alunos com atraso no desenvolvimento mental..............................................................4

2.2. Sinais de alerta.....................................................................................................................4

2.3. Causas..................................................................................................................................5

2.4. Classificação........................................................................................................................7

3. Particularidades da atenção aos alunos com NEE intelectuais na escola especial e na escola
inclusiva .....................................................................................................................................7

4. Os alunos Superdotados e talentosos......................................................................................9

4.1. Tipos de alunos superdotados..............................................................................................9

5. Particularidades do aluno com NEE Intelectuais..................................................................11

6.Atenção diferenciada dos alunos nos diferentes contextos (escola, família e comunidade). 11

7. Conclusão..............................................................................................................................13

8. Bibliografia...........................................................................................................................14
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1. Introdução.
O presente trabalho da cadeira de Necessidades Educativas Especiais tem como tema: os
alunos com Necessidades Educativas Especiais intelectuais, dentro dele iremos abordar
aspectos relacionados aos alunos com atraso no desenvolvimento mental, conceito, sinais de
alerta, causas e classificação; as particularidades da atenção aos alunos com Necessidades
Educativas Especiais intelectuais na escola especial e na escola inclusiva; os alunos super
dotados e talentosos; as particularidades do aluno com Necessidades Educativas Especiais e
atenção diferenciada a estes alunos nos diferentes contextos (escola, família e comunidade). O
atraso mental é um fenómeno de desenvolvimento cognitivo disfuncional e deficitário, que
não tem necessariamente que ser acompanhado de fenómenos comportamentais de
personalidade”. FIERRO (1993:237).

1.1. Objectivos.
1.1.2. Geral
 Compreender os alunos com Necessidades Educativas Especiais intelectuais.

1.1.3. Específicos
 Interpretar as particularidades da atenção aos alunos com Necessidades Educativas;
Especiais intelectuais na escola especial e na escola inclusiva;
 Caracterizar os alunos super dotados e talentosos;
 Descrever os alunos com problemas mentais.
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2. Os alunos com necessidades educativas especiais intelectuais.


Uma consideração fundamental no domínio da deficiência intelectual é a da sua
conceptualização. Ao longo do tempo, tem-se procurado elaborar critérios de definição claros,
contudo esta tarefa tem-se revelado particularmente difícil. As dificuldades inerentes à
delimitação deste conceito traduzem a impossibilidade de incluir em definições unitárias todo
o espectro da variabilidade inter-individual. Na realidade, a heterogeneidade da população
habitualmente diagnosticada com deficiência intelectual, em termos de etiologia,
características comportamentais, necessidades educativas, etc., revela que se trata de um
problema teórico-prático complexo, multideterminado e multidimensional.
(ALBURQUERQUE, 1996).

A deficiência intelectual não é considerada uma doença ou um transtorno psiquiátrico, e sim


um ou mais factores que causam prejuízo das funções cognitivas que acompanham o
desenvolvimento diferente do cérebro.

2.1. Os alunos com atraso no desenvolvimento mental.


De acordo com FIERRO (1993:237), “ (...) o Atraso Mental é um fenómeno de
desenvolvimento cognitivo disfuncional e deficitário, que não tem necessariamente que ser
acompanhado de fenómenos comportamentais de personalidade”.

Segundo TORRES & FERNANDEZ (2001: 67), “Deficiência Mental define-se


fundamentalmente através de três (3) correntes: psicológica ou psicométrica, sociológica e
médica ou biológica; comportamentalista”.

O Atraso Mental é caracterizado por um atraso generalizado no desenvolvimento e na


aprendizagem, tem como consequência limitações ao nível do desempenho em todas as áreas
da vida diária.

2.2. Sinais de alerta.


A literatura refere que muitos sinais que não são detectados, antes da entrada para a escola,
podem ser responsáveis pelo insucesso escolar e, concomitantemente, pelo desajuste social,
pelo comprometimento do percurso escolar de uma criança. É, por isso, fundamental aprender
a distinguir os indicadores das dificuldades de aprendizagem (DA) e, dentro destes, os da
dislexia. A sua identificação não constitui um diagnóstico mas esse conhecimento pode ser
crucial para uma correcta avaliação diagnóstica. A formação, neste domínio, permite mais
facilmente distinguir os sinais de vulnerabilidade da criança e atribuir-lhes valor e
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significação. Se, precocemente, não identificamos sinais, estamos a deixar escapar a resolução
de problemas simples que se irão agravar e que se tornarão de difícil resolução. (SILVA, 2011
32).

A identificação precoce deveria de ser feita ao nível da psicomotricidade, das percepções e do


comportamento emocional, alertando assim para estruturas do desenvolvimento da criança
importantes para a aquisição da leitura e da escrita. O mesmo autor afirma que as crianças não
podem continuar a ser vistas como «automóveis», onde não se vê se há ou não gasolina, ou se
a bateria está ou não em condições, mas se começa logo por desmontar o motor e as suas
peças componentes. (FONSECA, 1999: 324).

Na infância, a criança pode apresentar os seguintes sinais ou sintomas: falar tardiamente;


dificuldade para pronunciar alguns fonemas; demorar a incorporar palavras novas ao seu
vocabulário; dificuldade para rimas; dificuldade para aprender cores, formas, números e
escrita do nome; dificuldade para seguir ordens e seguir rotinas; dificuldade na habilidade
motora fina; dificuldade de contar ou recontar uma história na sequência certa; dificuldade
para lembrar nomes e símbolos.

Antes da entrada na escola, TORRES & FERNANDES (2001: 6) descrevem atrasos que
poderão ocasionar dificuldades concretas na aprendizagem da leitura e da escrita. Assim, uma
família que faça um acompanhamento médico regular ao seu filho e que esteja atenta aos
níveis de desempenho apresentados pela criança, terá como indícios os seguintes atrasos:

 Atrasos do desenvolvimento perceptivo-visual;

 Atrasos na aquisição do esquema corporal;

 Atrasos no desenvolvimento da coordenação dinâmica;

 Atrasos no desenvolvimento dos processos psicolinguísticos básicos.

Na verdade, as principais manifestações situam-se na menor eficiência em situações de


aprendizagem, de aquisição de aptidões e de resolução de problemas.

2.3. Causas.
Enquanto as condições que estão na origem da deficiência intelectual são universais, a forma
como esta é conceptualizada, avaliada e categorizada, e as respostas para a mesma, variam
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entre países, culturas e economias. (FELCE, 2006, cit. Por WORLD HEALTH
ORGANIZATION, 2007).

Segundo a ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, nos países em desenvolvimento 5%


da população é portadora de deficiência mental. Apesar de ser difícil definir com precisão as
causas da deficiência mental, podemos agrupá-las em 3 categorias:

2.3.1. Gestação.

Que tem lugar desde a concepção até o início do trabalho de parto. Como exemplos podemos
citar:

 A Desnutrição materna;
 A Má assistência à mãe;
 As Doenças infecciosas como a sífilis, rubéola ou toxoplasmose;
 Toxicidade derivada do alcoolismo, consumo de drogas, efeitos secundários de
medicamentos, poluição ambiental ou tabagismo;
 Motivos genéticos tais como alterações cromossómicas (como o Síndrome de Down e
o Síndrome de Matin Bell) ou alterações genicas (como Síndrome de Williams ou
esclerose tuberosa).

2.3.2. Pré – Natais.

Que tem lugar desde o início do trabalho de parto até o 30º dia de Vida do Bebé; Podem ser:
 A Má assistência e traumas de parto;
 A hipoxia ou anóxia (oxigenação cerebral insuficiente);
 A Prematuridade e baixo peso; O Icterícia grave do recém-nascido – kernicterus
(incompatibilidade RH/ABO).

2.3.3. Pós-Natais.
Que vão incidir desde 30.º dia de vida até o final da adolescência; Podem ser:

 Desnutrição, desidratação grave, carência de estimulação global;


 Infecções como meningoencefalites e sarampo;
 Intoxicações exógenas (envenenamento) por medicamentos, insecticidas ou produtos
químicos como o chumbo ou o mercúrio;
 Acidentes como por exemplo choque eléctrico, asfixia ou quedas;
 Infestações como a neurocisticircose (larva da Taenia Solium);

Nesse caso, a deficiência intelectual é severa; Síndrome de Dawn (mongolismo) com


características como rosto arredondado, fendas palpebrais oblíquas, os membros são mais
curtos, as mãos mais largas, a boca permanece quase sempre entreaberta e a limitação
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intelectual vai de moderado a severa; Síndrome de Klinefelter, afecta somente as pessoas de


sexo masculino, a estatura é mais elevada, o indivíduo pode apresentar pouca barba ou não
apresentar, os órgãos genitais são pouco desenvolvidos, apresenta ginecomastia, ou seja,
ocorre a presença de mamas desenvolvidas, a maioria apresentam inteligência limítrofe e
cerca de 15% deles podem apresentar deficiência intelectual grave. (BAIRRÃO, 1998: 245).

2.4. Classificação.
Existem vários sistemas de classificação para a deficiência intelectual, sistemas esses que
partem nos comportamentais, etiológicos e educacionais.

De acordo com a dependência, que seria o grau de apoio que o indivíduo necessita em um
ambiente particular, o comprometimento pode ser classificado, segundo SANCHES, (2001:
58), como:

 Intermitente: apoios de curto prazo se fazem necessários durante as transições da


vida, como por exemplo, na perda do emprego ou fase aguda de uma doença, esse
apoio pode ser de alta ou de baixa intensidade;

 Limitado: apoio regular durante um período curto. Nesse caso incluem-se deficientes
que necessitam de um apoio mais intensivo e limitado, como por exemplo, o
treinamento do deficiente para o trabalho por tempo limitado ou apoios transitórios
durante o período entre a escola, a instituição e a vida adulta;

 Extensivo: apoio constante, com comprometimento regular; sem limite de tempo.


Nesse caso não existe uma limitação temporal para o apoio, que normalmente se dá
em longo prazo;

 Generalizado: apoio constante e de alta intensidade, possível necessidade de apoio


para a manutenção da vida. Estes apoios generalizados exigem mais pessoal e maior
intromissão que os apoios extensivos ou os de tempo limitado.

3. Particularidades da atenção aos alunos com NEE intelectuais na escola especial e na


escola inclusiva.

3.1. A Inclusão de crianças com Deficiência Intelectual.

Para CORREIA (1997:13) “a escola inclusiva será então aquela que congrega alunos sem
necessidades especiais e alunos com necessidades especiais, entendendo-se por necessidades
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especiais o conjunto de alunos em risco educacional, dotados e sobredotados (talentosos) e


com necessidades educativas especiais”.

Inclusão é uma proposta que condiz com a igualdade de direitos e oportunidades educacionais
para todos em ambientes favoráveis já ‘garantidos’ por ela. Mas, nem sempre esse direito é de
facto uma garantia aos cidadãos.

É ainda tarefa dos professores, manter a paciência e a uniformidade de comportamento e, ao


avaliar a criança deverá evitar fazer comparações com as demais, além de que, não poderá
exigir um rendimento que a criança não poderá oferecer. Sendo assim, ficará mais suave o
trabalho e o compromisso do educador e a escola estará a cumprir com sua autêntica tarefa: a
de educar todos, sem excepção.

A Escola Inclusiva só cumprirá sua missão quando os princípios, política e acções


corresponderem aos critérios que a norteiam e fundamentarem um sistema de ensino que
possa abranger todos os alunos, independente de suas diferenças.

TORRES & FERNANDEZ (2001: 70) “A escola inclusiva tem de ser de todos e para
todos, numa perspectiva de partilha, de interacção, de cooperação e de
responsabilização mútua de cada um em relação à comunidade e da comunidade em
relação a cada um. A escola inclusiva tem de se questionar sobre o seu papel e as suas
funções, sobre o desempenho de cada um dos seus intervenientes e tem de procurar o
percurso adequado, o mesmo será dizer procurar o seu próprio caminho como forma
de resposta para as suas próprias questões”.

O desafio que enfrenta as escolas é o de desenvolver uma pedagogia centrada na criança,


capaz de educar a todos, com sucesso, inclusive os que sofrem deficiências graves. O mérito
dessas escolas não está só na capacidade de dispensar educação de qualidade a todas as
crianças, trata-se também de um passo muito importante para tentar mudar atitudes de
discriminação e criar comunidades acolhedoras e sociedades integradoras.

A verdadeira inclusão deverá ter como alicerce um processo de construção de consensos


(valores, políticas e princípios) proveniente de uma reflexão colectiva sobre o que é a escola,
quais as suas funções, os seus problemas e a maneira de solucioná-los. Deve-se buscar uma
reflexão orientada para o diagnóstico e para a acção, e isso não se limita ao atendimento dos
princípios normativos legais que justificam a inclusão. (SANCHES, 2001:90).
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4. Os alunos Superdotados e talentosos.


A POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL (1994:116)
define como “portadores de altas habilidades / superdotados os educandos que
apresentarem notável desempenho e elevada potencialidade em qualquer dos
seguintes aspectos, isolados ou combinados capacidade intelectual geral; aptidão
académica específica; pensamento criativo ou produtivo; capacidade de liderança;
talento especial para artes e capacidade psicomotora”.

Entre os mitos mais comuns sobre alunos superdotados apresentados por SILVA (2011: 97)
estão:

 A “super dotação” é um fenómeno extremamente raro, independente das condições


ambientais em que a pessoa vive.

 São auto-suficientes e, por apresentarem uma capacidade diferenciada, são capazes de


desenvolver suas habilidades por si sós, não precisando ter serviços diferenciados.

 Sempre apresentarão um desempenho destacado em todos os campos, é “Super-


homem”, e esta imune de falhas e erros.

 Precisam de atendimento exclusivamente na área educativa.

 São pessoas que provêm da classe média, média alta e alta, apenas.

 Pessoas superdotadas, de facto, podem evidenciar sinais de boa saúde física, energia,
disposição, resistência ao stress, podem se destacar em relação ao uso da linguagem ou
socialização, bem como demonstrar um bom desempenho escolar. Todavia,
igualmente há pessoas superdotadas que têm baixo rendimento escolar, necessitando
de atendimento especializado, pois, frequentemente, tendem a manifestar falta de
interesse e motivação para os estudos académicos e rotina escolar, podendo também
apresentar dificuldades de ajustamento ao grupo de colegas, desencadeando problemas
de aprendizagem e de adaptação escolar.

4.1. Tipos de alunos superdotados.


4.1.1. Intelectual.

Apresenta flexibilidade e fluência de pensamento, capacidade de pensamento abstracto para


fazer associações, produção ideativa, rapidez do pensamento, compreensão e memória
elevada, capacidade de resolver e lidar com problemas.
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4.1.2. Académico.

Evidencia aptidão académica específica, atenção, concentração; rapidez de aprendizagem, boa


memória, gosto e motivação pelas disciplinas académicas de seu interesse; habilidade para
avaliar, sintetizar e organizar o conhecimento; capacidade de produção académica.

4.1.3. Criativo.

Relaciona-se às seguintes características: originalidade, imaginação, capacidade para resolver


problemas de forma diferente e inovadora, sensibilidade para as situações ambientais,
podendo reagir e produzir diferentemente e, até de modo extravagante; sentimento de desafio
diante da desordem de fatos; facilidade de auto-expressão, fluência e flexibilidade.

4.1.4. Social.

Revela capacidade de liderança e caracteriza-se por demonstrar sensibilidade interpessoal,


atitude cooperativa, sociabilidade expressiva, habilidade de trato com pessoas diversas e
grupos para estabelecer relações sociais, percepção acurada das situações de grupo,
capacidade para resolver situações sociais complexas, alto poder de persuasão e de influência
no grupo.

4. 1.5. Especial.

Pode-se destacar tanto na área das artes plásticas, musicais, como dramáticas, literárias ou
cénicas, evidenciando habilidades especiais para essas actividades e alto desempenho.

4.1.6. Psicomotor.

Destaca-se por apresentar habilidade e interesse pelas actividades psicomotoras, evidenciando


desempenho fora do comum em velocidade, agilidade de movimentos, força, resistência,
controle e coordenação motora.

Esses tipos são desse modo considerados nas classificações internacionais, podendo haver
várias combinações entre eles e, inclusive, o aparecimento de outros tipos, ligados a outros
talentos e habilidades. Assim, em sala de aula, os alunos podem evidenciar maior facilidade
para linguagem, para socialização, capacidade de conceituação expressiva ou desempenho
escolar superior.
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No desempenho linguístico destacam-se os seguintes aspectos: raciocínio verbal e vocabulário


superior à idade, nível de leitura acima da média do grupo, habilidades de comunicação e
linguagem criativa. A capacidade de conceituação inclui apreensão rápida da relação causa
efeito, observação acurada, domínio dos fatos e manipulação dos símbolos, além de um
raciocínio incomum.

Na área da socialização, tais alunos apresentam facilidade de contacto social, capacidade de


liderança, relacionamento aberto e receptivo, além de sensibilidade aos sentimentos dos
outros.

5. Particularidades do aluno com NEE Intelectuais.


Segundo GROSSMAN (1983) citado por CORREIA (1997), conceptualiza este grupo como
sendo “um dos alunos do funcionamento intelectual geral significativamente abaixo da média
que resulta ou coexiste com problemas no comportamento adaptativo e que ocorre durante o
período de desenvolvimento”.

As limitações do aluno com deficiência intelectual, sejam elas de ordem conceitual, prática ou
social, interferem de maneira substancial na aprendizagem e na execução de determinadas
habilidades da vida diária, no contexto familiar, escolar e social, e quanto mais precoce for
detectado o quadro de deficiência intelectual, maiores serão as possibilidades da pessoa
receber as ajudas e apoio necessários para a sua emancipação social.

6. Atenção diferenciada dos alunos nos diferentes contextos (escola, família e


comunidade).

A escola tem o papel de estar sempre em sintonia com a família para então melhorar e
contribuir da melhor forma possível com o desenvolvimento da criança. Acredita-se que o
objectivo principal da escola, deva ser o da busca por tornar a criança mais autónoma perante
o indivíduo adulto. No entanto, entende-se que essa autonomia só irá ocorrer através do bom
relacionamento com outras pessoas.

Contudo, o “contexto escola” é um agrupamento que não se subordina à livre escolha dos
indivíduos. A escola resulta assim num sistema onde se processa uma ação social específica
que a caracteriza, “ou seja, a educação não é o resultado de uma acção individual entre pais e
filho - educação familiar - ou o professor e o aluno - educação escolar mas entre duas
categorias sociais distintas (…) ". TORRES & FERNANDES, 2001:283.
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Segundo PNEE (1994: 142) “A família é um lugar de grande afecto,


genuinidade, confidencialidade e solidariedade, tornando-se desta forma, um espaço
privilegiado na construção social da realidade, na qual através das interacções entre os
seus membros, os factos do quotidiano individual recebem o seu significado e os
"ligam" pelo sentimento de pertença aquela e não a outra família. A família é o
primeiro núcleo de pessoas onde o indivíduo inicia as suas experiências de
interacção”.

Entende-se que a família deve exercer o importante papel de educar a criança. É através da
família e do comportamento dos seus membros em relação à criança e em relação aos próprios
membros, que a criança com deficiências interioriza a alegria, a satisfação e o amor, ou então
o contrário.
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7. Conclusão.
Depois de um profundo estudo concluímos que o atraso mental é um fenómeno de
desenvolvimento cognitivo disfuncional e deficitário, que não tem necessariamente que ser
acompanhado de fenómenos comportamentais de personalidade, as causa dessa deficiência
podem ser pré natais e pós natais e quanto a inclusão percebemos que a escola inclusiva será
então aquela que congrega alunos sem necessidades especiais e alunos com necessidades
especiais, entendendo-se por necessidades especiais o conjunto de alunos em risco
educacional, dotados e sobredotados (talentosos) e com necessidades educativas especiais”.
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8. Bibliografia.

BAIRRÃO, Joaquim. Subsídio para o Sistema de Educação: os Alunos com Necessidades

Educativas Especiais, Editora Conselho Nacional de Educação, Lisboa, 1998.

CORREIA, L.M. Alunos com Necessidades Educativas Especiais nas Classes Regulares,

Editorial Presença, Porto, 1997.

FONSECA, V. Insucesso Escolar: abordagem psico-pedagógica das dificuldades de

Aprendizagem, 2 ed., Âncora Editora, Lisboa, 1999.

FIERRO, A. As crianças com Atraso Mental: Necessidades Educativas Especiais e

Aprendizagem Escolar, vol. III., Editora Alegre, Porto 1993.

MORATO, P. & Santos, s. (2007). Dificuldade intelectual e desenvolvimento. A mudança de

Paradigma na concepção da deficiência mental. In revista de educação especial e

reabilitação, nº 1. Lisboa: edições FMH.

SANCHES, I. Comportamentos e Estratégias de Actuação na Sala de Aula, Porto Editora,

Porto, 2001.

SILVA, José Manuel Jardim da. Necessidades Educativas Especiais/Dificuldade de

Aprendizagem Especifica/ Dislexia, Lisboa, 2011.

TORRES, R. & FERNANDEZ, P. Dislexia, disortografia e Disgrafia; Editora Mc Graw Hill;

Lisboa, 2001.

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