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1. Disputa sobre a definição: o problema básico é que as definições são tão latas que
permitem a inclusão de uma grande variedade de crianças no grupo designado por
DAE, dificultando, deste modo, a comparação entre estudos realizados por
diferentes investigadores— adoptar definições mais restritas
“as DAE dizem respeito à forma como um individuo processa a informação – a recebe, a
integra, a retém e a exprime -, tendo em conta as suas capacidades e o conjunto das
suas realizações. As dificuldades de apz específicas podem, assim, manifestar-se nas
áreas da fala, da leitura, da escrita, da matemática e /ou resolução de problemas,
envolvendo défices que implicam problemas de memória, perceptivos , motoros, de
linguagem, de pensamento e/ou metacognitivos. Estas dificuldades não resultam de
privações sensoriais. DM, DMtr, défice de atenção, perturbações emocionais e sociais,
embora exista a possibilidade de estes ocorrerem concomitantemente com eles, podem
ainda, alterar o modo como o indivíduo interage com o meio envolvente”.
Défices de memória
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Linguagem interior
Para que uma palavra tenha significado, é necessário que ela represente uma
determinada unidade de experiencia e que esta seja transformada em símbolos (
verbais ou não), através dos processos de linguagem interna.
Ou seja, apenas depois de o indivíduo ter manipulado e experimentado o mundo que o
rodeia, é que este assume alguma significação, pois, se por um lado, o individuo
interioriza o envolvimento, tanto através da utilização inteligível dos objectos, como da
sua organização espacial significativa, por outro, começa a compreender os símbolos
auditivo-verbais (palavras).
A linguagem, como sistema simbólico complexo, assenta numa compreensão
interiorizada da experiência, que começa por ser corporal e não verbal, para depois se
transformar em intelectual e verbal, como diz wallon uma evolução do acto ao
pensamento do gesto á palavra. Podem então surgir problemas a este nível: a disgnosia
(dificuldade no reconhecimento das formas, cores, objectos, espaços, sons,
movimentos e símbolos) dispraxia (dificuldade em planificar e executar um gesto
intencional, tendo em vista a obtenção de um fim integrado simbolicamente), afasia
(deficiência na capacidade de transformar a experiencia em símbolos verbais).
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De acordo com world health organization, a dislexia é uma desordem que se manifesta
pela dificuldade em aprender e ler, apesar de a instrução ser a convencional, a
inteligência ser adequada e das oportunidades socioculturais. Resultam de
discapacidades cognitivas que têm, frequentemente, uma origem estrutural
(neurológica).
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Dificuldades na Escrita
1) Disgrafia
É uma desordem resultante de um distúrbio da integração visuo – motora, em que,
embora o indivíduo não tenha um defeito visual ou motor, ele não consegue transmitir
as informações visuais ao sistema motor. Ou seja, o individuo vê o que quer escrever
mas não consegue recordar ou idealizar o plano motor e, em consequência, é incapaz
de escrever ou copiar letras, palavras e números.
2) Disortografia
Ocorre quando o individuo apresenta perturbações nas operações cognitivas de
formulação e sintaxe, em que o individuo, apesar de comunicar oralmente, de poder
copiar e revisualizar palavras e de conseguir escreve-las quando ditadas, não consegue
organizar nem expressar os seus pensamentos segundo regras gramaticais.
Para realizar as operações, a criança deve ser capaz de analisar e verbalizar uma serie
de factos que decorrem no tempo e no espaço, para depois, os traduzir
simbolicamente, isto é, na realização de operações, torna-se necessária a além de ser
necessária a consciência da reversibilidade das mesmas.
Resolução de problemas
Aqui é necessário que sejam postas em prática as habilidades de memória e atenção,
assim com de estruturação temporal.
Sugere que a resolução de problemas implica o raciocínio matemático, ainda que
também sejam importantes a rapidez e a precisão de cálculo. Deste modo, na resolução
de problemas verbais, intervêm, tanto conhecimento linguístico, como conhecimentos
matemáticos, tendo-se, inclusivamente, comprovado que, em muitas ocasiões, a
dificuldade e o fracasso, na resolução dos problemas, provém mais de uma inadequada
compreensão do texto do problema do que de dificuldades nas operações matemáticas
propriamente ditas.
Apesar de também ser importante ter as estratégias adequadas para a sua resolução,
quando se esta perante um problema, o que é verdadeiramente importante é a
compreensão da sua estrutura lógica.
A compreensão adequada de um problema implica conhecimentos do tipo linguístico,
de tipo factual e conhecimentos prévios, que são os que ajudarão a traduzir o problema
numa representação interna adequada.
Dificuldades na aritmética – Discalculia
As dificuldades mais frequentes encontradas são: