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EDITORIAL
o-
O Bisturi segue ERRATA
Na capa da última edição havia fotos de todas as extensões acadêmicas,
escrevendo textos e outros expondo polêmicos que chamaram a atenção Wagner Machado de Moraes Busato (98)
idéias e diferentes pontos de vistas. da opinião pública no início do ano.
Esperamos que essa reunião se COLABORADORES
Tratam-se das desocupações da Cra-
tome algo fixo e, no futuro, tradicio- colândia e do Pinheirinho. Esperamos Thierry Lodomez Mecchi (98), Allan Brum (100), Flora Goldemberg (99),
nal; e m princípio elas ocorrerão na com esses textos despertar discussões Lucas Lisboa (99), Paula C h o (99), Dr. Bruno H. Machado, Dr. Luiz Alberto
primeira quarta-feira de todo mês. A entre os leitores, levando-se e m conta Chaves de Oliveira, Yan Pagnard (98), Sérgio Brasil Tufik (97), Yuri Botelho
idéia é inserir os alunos interessados a parcialidade dos autores, inerente (97), Carolina Bullara (98), Gabriel Dias (98), Maria Beatriz Lacerda
no processo de edição de forma mais a qualquer texto. de Paula Coelho (98), Bruno Lepri (98), Gabriella Vargas de Marco (100),
oficializada, mas de forma despojada. Vale comunicar que o Dr. Laço, Guilherme Kazuo (100), Thiago Moraes (96), Filipe Palermo (98),
As reuniões não devem visar unicamen- que forneceu vários dados para a Tayrine Mazzoti (97), Ana Sales (97)
te à produção de textos ou debates construção do texto "Cracolândia",
polarizados e sim promover trocas de dispôs-se a participar de u m "CAOC
DlAGRAMAÇÀO E ILUSTRAÇÕES
informações de forma construtiva. Vale convida" a ser marcado e debater IMPRESSÃO TIRAGEM
Volpe Artes Gráficas
lembrar que os encontros estão e m u m com os alunos da Faculdade sobre a Gráfica Taiga 3.000
Tel: (11)3654.2306
contexto maior de aproximação do Cracolândia e políticas de combate ao
CAOC aos alunos, u m dos fundamentos consumo abusivo de drogas. Este jornal nâo se responsabiliza petos textos assinados. O s textos assinados náo refletem
da chapa Juntos Por Mais Cem. Enfim, esperamos que todos apro- necessariamente a posição da gestão. O Bisturi se disponibiliza a publicar cartas-resposta
aos textos aqui publicados, mediante envio destes até a data limite para diagramação.
Os textos aqui presentes vão des- veitem essa edição e que surjam novas Envie textos, dúvidas e críticas para caocOcaoc.org.br.
de u m debate sobre o ato médico até idéias e participações para as próximas!
São Paulo, Março de 2012
&
EDITORIAL
Ombudsman 2011
F o i a pedido da edição atual do Mensalmente, os editores d'0 de que u m artigo de opinião nem sem- do Centro Acadêmico porque isso é de
Bisturi que vim escrever u m pou- Bisturi m e encaminhavam o conteúdo pre é u m artigo da sua opinião. Sei que interesse dos alunos, mas essa não é
co sobre como foi a experiência da edição, discutíamos os artigos, e alguns textos causaram alguma dor de sua finalidade máxima.
de ser Ombudsman no ano de 2011. se alguma coisa saltava aos olhos, cabeça, principalmente no começo, O fato de O Bisturi ter se tornado
Posso dizer e m u m a palavra: meus ou deles, eu m e concentrava quando a ausência de vínculo entre u m departamento do CAOC forneceu
inusitada. T a m b é m fui u m a das edi- e m escrever sobre isso. as opiniões expressas nos textos e a u m a estabilidade que com certeza é
toras d'0 Bisturi no ano de 2010, Logo nos primeiros meses, fiquei posição oficial da diretoria ainda não a principal responsável por ele ser u m
então entendia b e m dos problemas muito satisfeita c o m a repercussão. tinham ficado muito claras. dos periódicos universitários mais tra-
que os editores enfrentam quanto a Alguns leitores, tanto de dentro, Excluídos os mal entendidos, pos- dicionais do país, mas na minha opi-
elaboração da coletânea de textos quanto de fora da faculdade, ficaram so dizer que a confusão toda m e deixou nião também apagou u m pouco do seu
a serem publicados. Sempre gostei simplesmente transtornados c o m o bem contente, e acho que mostrou pra brilho e causou u m "pudor" que u m
muito d'O Bisturi e sempre acreditei conteúdo dos textos, os diretores do muitas pessoas que O Bisturi não é só Centro Acadêmico representativo e
que ele tem u m impacto muito gran- CAOC fizeram u m bolão pra descobrir u m gasto do Centro Acadêmico, n e m responsável pelos alunos da Casa com
de, talvez maior fora da Casa do que q u e m era o O m b d s m a n e diversos uma obrigação dos departamentos. É certeza deve ter, mas u m jornal, não.
entre seus alunos. nomes foram cogitados. Algumas u m meio de comunicação forte e acho Há muitos Ombudsman na história
O Bisturi tem u m passado inves- pessoas reconheceram m e u estilo de que todo mundo precisa pensar duas do jornalismo, e cada u m se desta-
tigativo e responsável que é muito escrever, outras não. Algumas pesso- vezes antes de tentar usá-lo a seu favor cou por u m motivo específico, mas
difícil manter hoje e m dia. Talvez seja as ficaram obcecadas por descobrir ou contra alguém. acredito que poucos tiveram a opor-
u m a característica da nossa geração, quem estava escrevendo aquele tipo O Bisturi não é u m panfleto do tunidade de ser Ombudsman de u m
talvez seja pela quantidade de meios de coisa, porque grande parte dos CAOC, O Bisturi é dos alunos. Não jornal que previamente havia estado
de comunicação que existem hoje, meus textos iam diametralmente é só porque saiu u m texto com u m sob sua responsabilidade. Agradeço a
desprestigiando os meios impressos, contra outros textos da m e s m a edi- posicionamento oficial da diretoria oportunidade que m e foi dada pelos
como u m jornal. ção, obviamente, de propósito. Mas do Centro Acadêmico que não pode editores d'0 Bisturi 2011, e se alguém
Fato é que atualmente são poucas todo mundo falava d'0 Bisturi. ser publicado u m texto (devidamen- for ocupar o cargo de Ombudsman e m
as reportagens d'O Bisturi que geram N e m sempre eu escrevi de acordo te identificado, assumo) na m e s m a 2012, aguardo pela leitura.
algum tipo de polêmica na Casa. Essa com as minhas próprias opiniões. Na edição apresentando argumentos
sempre foi u m a frustração minha verdade, raramente tive a oportunida- opostos. Lógico que o Bisturi deve Tayrine Mazotti de Moraes,
como editora, essa divisão entre o de de fazer isso! Aí entra outro fato, conter posicionamentos da diretoria turma 97.
texto jornalístico e o artigo de opi-
nião que as pessoas tem tanto medo
de explorar. U m artigo de opinião
bem escrito deixa muito claro que é
u m artigo de opinião e não deve ser
temido n e m desmerecido por u m jor-
OMBUDSMAN 2012
nal. U m b o m leitor de u m b o m jornal E a í , qual é a desse novo O m - fevereiro seja meio repetitiva para o nosso porão está precisando...
sabe muito b e m diferenciar quando budsman? Antes de tudo, pessoal das turmas mais velhas, que O texto do Show Medicina
u m texto é jornalístico e quando u m deve-se ressaltar que, em- abre o jornal esperando alguma coisa cumpriu à perfeição a função de
texto é u m artigo de opinião, e sabe bora respeite as opiniões de seu curiosamente semelhante ao que es- não explicar absolutamente nada
pesar o valor de cada um. antecessor, o Sr. O m b u d s m a n tava lá no ano passado... Dessa vez, sobre coisa nenhuma. A coluna,
Q u a n d o os editores de 2011 resolveu não falar sobre C A O C isso não ocorreu. A diretoria do CAOC porém, espremida no cantinho da
entraram e m contato comigo a res- "de esquerda" ou "de direita". As mandou b e m na sua apresentação, página reservada à AAAOC, não
peito do O m b u d s m a n , m e interessei importantes questões políticas da e m u m texto que fez muito mais do foi devidamente separada, o que
justamente por esse motivo. A defi- faculdade e da universidade têm que meramente apresentar o Centro pode ter confundido u m ou outro
nição absoluta de O m b u d s m a n é que seu espaço garantido e m outras Acadêmico aos calouros. Deu aos ve- calouro ainda não familiarizados às
ele deve garantir a imparcialidade. páginas deste jornal, m a s não teranos a oportunidade de comparar a sutis diferenças entre essas duas
Imparcialidade não é não ter u m a vão invadir esta pequena coluna gestão atual com as que vieram antes instituições.
opinião parcial. Todo m u n d o tem aqui no canto da pagina. Não que e entender quais são seus objetivos. Devido a u m erro na arte
u m a opinião a respeito de tudo. o Sr(a). Ombudsman não esteja Longe de se prender aos pontos posi- final, o logo do D C acabou es-
Ninguém que escreve u m b o m texto nem aí pra elas. Pelo contrário. tivos do CAOC, a diretoria reconhece quecido na capa da edição, onde
consegue ler a respeito, se informar Ele apenas resolveu não entrar a falta de aproximação entre o Centro todas as outras nove instituições
e redigir sem formar u m a opinião, nessa. Assim, pode utilizar toda a e os alunos e ressalta o fato de que foram devidamente representa-
por mais que ao escrever a boa arte sua energia (e o seu espaço) para o porão tem sido subutilizado e que, das. Acontece...
floreie essa opinião n u m a disfarça- exercer a sua função: falar o que branco, asséptico e estéril, lembra
da "imparcialidade" Isso não é u m vier na cabeça e, se der tempo, mais u m centro cirúrgico do que u m Na última página, havia u m a
grande problema: u m jornal pode comentar O Bisturi. centro acadêmico. Aparentemente, tirinha de difícil compreensão
ser imparcial por apresentar dois C o m o de costume, e m feverei- não por muito tempo. E m breve, o envolvendo u m paciente com pria-
pontos de vista parciais e opostos a ro 0 Bisturi cede espaço para que CAOC voltará a ter u m bar, e as pare- pismo. Sugiro que O Bisturi baixe
respeito de u m assunto e confiar na cada instituição da faculdade se des do CV serão pintadas. Na humilde o nivel de complexidade de suas
inteligência do leitor para formar apresente aos calouros. Por isso, opinião do Sr. Ombudsman, é de u m tirinhas ou arrume u m Ombudsman
sua própria opinião. Sempre escrevi é de se esperar que a edição de pouquinho de poluição visual que o mais esperto.
meus artigos pensando nisso.
São Paulo, M.MU' de 2012
&
TESOURARIA
Fevereiro de 2012 Janeiro de 2012
Despesas Despesas
Fevereiro Semana de Recepção - Xerox 524,85 Janeiro MedEnsina R$135,35
Fevereiro BIO 60
Fevereiro Honorários Contador 320 Receitas
Fevereiro Semana de Recepção Coffe 4200 Janeiro C O B E M 2011 R$ 1.908,00
Janeiro Vendas da Loja R$1.333,89
Total de Despesas 44707,64 Janeiro Aluguel R$ 900,00
Janeiro Bisturi R$ 150,00
Receitas
Fevereiro Telefone 117,65
Total de Receita 4291,89
Fevereiro Semana de Recepção - Vendas 9162
Fevereiro Adevisos 325
Fevereiro Transferência FFM 25.000,00 Dezembro de 2011
Fevereiro Aluguel 900
Despesas
Fevereiro Loja 8725,74 Dezembro COBEM2011 R$ 1.430,00
Fevereiro Armários Renovação 420,00 Dezembro Suprimentos CAOC R$ 496,73
Fevereiro Cervejada da Saúde 9.030,70
Dezembro Marítima Seguros R$218,22
Dezembro Cartório R$ 275,70
Total de Receita 53.681,09
Dezembro Hospedagem do Site R$130,00
Dezembro Secretária Encargos Trabalhistas R$1.347,36
Dezembro Secretária Salário R$ 967,80
Receitas
Dezembro Venda Loja R$410,21
Dezembro Aluguel Perfumaria R$ 1.200,00
Dezembro Anúncio Bisturi Perfumaria R$150,00
a &
G4
Filhos de Arnaldo,
A diretoria do C A O C alerta,
a festa G 4 está sendo organizada
para ser a melhor, maior, mais
legal, com o melhor O p e n Bar,
mais badalada, com mais gente
bonita, com as melhores atrações...
Enfim, venham para a maior
festa da USP! Prepare-se,
sexta-feira, 25 de Maio.
São Paulo, Março de 2012
& éUs&CCíAÃ,
ENDOWMENT
o 0-
SEMANA DE RECEPÇÃO
Sér$h Brasil Tufik esforçando ao máximo para que nossos U m segundo ponto a ser comenta- favor dos primeiro-anistas de 2012,
irmãos caçulas se sentissem bem, in- do é o crescimento dos recursos utili- a história volta a se repetir com eles
012 é sem dúvida nenhuma u m dependentemente do evento ou local zados para desenvolver as atividades também. A medida que o tempo passa,
/ ano muito especial para todos que estivessem. Não senti desta vez de acolhimento durante a semana de cada vez menos será feito para eles
Â~»-. os alunos, ex-alunos, profes- aquela luta épica na disputa de quem recepção. De quatro anos para cá, e, pelo contrário,cada vez mais eles
sores e funcionários da Faculdade consegue ficar com os calouros para desde quando aproveitei desta mesma terão que fazer para manter o alto
de Medicina da USP. Normalmente, si, sempre menosprezando os colegas mordomia, a verba quadruplicou. As padrão de qualidade que a Faculdade
ser calouro é u m status que propicia de outras agremiações. Senti muito agremiações e a faculdade se empe- de Medicina da USP está acostumada.
muitas mordomias, muita atenção e mais u m a valorização dos hábitos nharam ao máximo para oferecer o Esta é u m a tradição muito im-
muito carinho de todos. Agora, ser que cada u m considera importante, nunca antes visto para a turma 100. portante para o engrandecimento da
calouro da 100a turma é algo indes- respeitando a liberdade que cada ca- Q u e m esteve presente nos últimos FMUSP, pois criamos u m a família na
critível. A semana de recepção que louro tem para se envolver no projeto anos e agora sabe b e m desta diferen- qual todos se importam com todos
acolheu a primeira turma a alcançar que b e m entender. ça. As atividades tradicionais foram e fazem o m á x i m o possível para
os três dígitos na medicina do país e Vejo esta singela mudança de mantidas e ampliadas, as falhas mais criar a melhor instituição de ensi-
prova disso e mostra grande evolução velhos hábitos com bons olhos e acre- graves de organização foram repen- no para seus "familiares". É desta
dentro da Casa de Arnaldo. dito que deva ser intensificada neste e sadas e corrigidas e novos programas forma, criando-se u m vínculo muito
Primeiramente, é válido ressaltar nos próximos anos. N e m a faculdade, foram desenvolvidos. Enfim, u m a grande com a faculdade, que somos
que a semana dedicada à recepção nem os alunos, nem as agremiações... recepção digna de reis. reconhecidos hoje c o m o u m a das
dos calouros de 2012 contou com uma Ninguém tem nada a ganhar com a seg- No entanto, u m a redução no melhores do m u n d o e é c o m este
verdadeira união dos veteranos. Sinto mentação e rivalidade interna. Seremos orçamento deve ser esperada para os espírito que nos desenvolveremos
u m início de mudança de comporta- muito maiores e muito mais fortes à próximas anos. Ao que tudo indica, a ainda mais. Então calouros, sejam
mento se comparado com os últimos medida que mais e mais pessoas se en- centésima turma poderá contar esta mais u m a vez b e m vindos e façam
anos. O que presenciamos foram di- volverem e derem u m pouco de si para vantagem por u m bom tempo. parte desta família. Cresça com ela
retorias de agremiações variadas se cada sonho que dentro de nós existir. Agora, se tudo converge e fala a e a faça crescer também.
São Paulo, Março de 2012
& O
CULTURA
RELATO DE UM CALOURO
SOBRE UMA FESTA
O s Loucos
Allan Brum "Folhinha WQ"
O l á , senhores! Trago, e m mos e m nuvens. Q u e legal! Sem Eu queria entender essas mentes,
primeira m ã o , o relato demora entrei nela para brincar essas mentes que são perturbadas
de u m calouro sobre u m a também. Todos ali pareciam estar e as idéias mais inconseqüentes
das festas que abriram nosso ano aproveitando muito, inclusive
das pessoas mais disparatadas.
letivo. Infelizmente, não poderei dois amigos u m menino e u m a
revelar q u e m é esse calouro, menina -, que andavam juntos,
tampouco qual foi essa festa. divagando, como se procurassem Compreender toda vicissitude}
Acontece que tanto u m quanto o seu espaço naquela festa. Não todos crimes e toda indecência.
outro são tímidos e ambos prefe- deu outra: pararam exatamente Tudo quanto saber amiúde.
rem não se declarar abertamente. embaixo da cachoeira, de modo
Tudo quanto fazer em ciência.
Mas quem sabe algum leitor não que não se viam debaixo da espu-
se identifica na passagem? Enfim, ma. Mas, embora fosse difícil de-
sem mais bostejos! limitar precisamente o contorno Não me falta matéria de estudo.
dos seus traços, era evidente que Nesse mundo há de tudo, de tudo!
Calouro anônimo: se entretinham, porque se ouviam Sobretudo em loucura se faz.
"Foi tudo meio confuso. As- deleitosas risadinhas, dessas que
sim que atravessei os portões, fui se ouvem baixo, quase como sus-
colocado numa fila, onde conheci piros. E esses suspiros se repetiam Venha cá e se a junte a mim
alguns veteranos e beijei o símbolo e se intensificavam, algumas ve- e quem sabe entendamos enfim
duma caveira. Prossegui por u m zes virando gritos agudos, noutras que não somos assim tão normais.
bosque, pisando pela primeira vez se calando e m breves silêncios.
naquela terra viscosa. De alguma Tudo isso, é claro, acompanhado
forma, senti que o solo emanava por u m certo movimento regular
u m a energia jovial, como se os
próprios alunos contribuíssem para
de seus corpos. Aparentemente
faziam cosquinhas u m no outro.
A INDIARADA E O
sua fecundidade. Vai entender. No mundo há dessas coisas que
só as mais íntimas amizades ex- BANDEIRISMO
Chegamos às arquibancadas, plicam. Fato é que eles seguiram
eu e o restante dos calouros. com essa ingênua brincadeira, se Por muito tempo, a imagem que se organizavam e m missões
Todos ainda estávamos receosos, acarinhando e rindo e abraçando dos bandeirantes foi romantiza- jesuíticas.
mas logo chegaram os veteranos, até que, subitamente, a espuma da. Assim, aventava-se a idéia de Mas os tempos passaram se
trazendo cerveja e garrafas de jorrou por sobre todos que es- que supostamente representavam uma vez o maltrato ao índio já foi
outras substâncias. Eu nunca havia tavam ali. Se revelaram, enfim, u m conjunto de homens bravos e malvisto, hoje é francamente acei-
bebido muito e, por isso, preferi ambos molhadinhos, respirando destemidos, heróis da nação bra- tável e, e m muitos casos, até acon-
maneirar no começo. Daí a bateria esse ar alegre de q u e m muito sileira. Felizmente, os avanços da selhável. Falando nisso, aproveito
chegou fazendo barulho. Foi tudo gozara na festa. historiografia desmistificaram, com a oportunidade para fazer u m a
muito divertido. Nesse ponto, u m a sucesso, essa condição idealizante canção e m homenagem á Escola
veterana chamou dois dos meus co- Depois fiquei meio tonto e re- de análise. Por isso, hoje sabemos Paulista de Medicina. Aqui segue:
legas para voltar ao bosque. Tentei solvi ir pra casa. Tentei ainda lavar que o bandeirismo representou
segui-los. Ela não deixou. minhas botas, mas como a terra u m grande prejuízo para a cultura HOMENAGEM Á PAULISTINHA
cismasse e m permanecer grudada, indígena e, por extensão, para a Eu desbravo Santa Rita
Nos chamaram para entrar decidi deixar pra outro dia. Tomei cultura brasileira. e não volto sem m e u ouro
numa quadra, onde havia muito banho e fui dormir." Ainda assim, seria tolice negar -•Mas eu não sou bandeirante
comida. Aproveitei para m e ali- que sobre os bandeirantes repousa -Mas eu não sou bandeirante
mentar u m pouco. Até peguei u m a Ao que parece, a festa foi grande mérito quanto à interioriza- Eu destruo sua história
cerveja, embora ache o gosto ruim. bem sucedida. Agradeço, assim, ção do povoamento das terras que e eu frustro sua missão
Mas, de tudo, aquilo que realmente a participação do calouro que, futuramente viriam a constituir o •Mas eu não sou bandeirante
chamou minha atenção foi u m a embora tímido, não hesitou e m nosso país. Foram, de fato, grupos —Mas eu não sou bandeirante
grande máquina presa n u m canto contribuir para que todos nós que desbravaram matas e serras, Eu derrubo a indiarada
alto da parede, espalhando algo conhecêssemos u m pouco mais e m busca de pedras e metais pre- Eu derrubo a indiarada!
branco por todo canto da quadra. sobre o que foi nossa introdução ciosos (como o ouro) ou á procura ---Mas eu não sou bandeirante
Resolvi olhar de perto. a u m a tuberculosa faculdade de de indígenas para aprisionamento. -Mas eu não sou bandeirante
medicina (tal faculdade também E é justamente neste último ponto
Me aproximei e percebi: era prefere não se revelar).Se alguma e m que se assenta o grande dano
e s p u m a . E ela escorria c o m o dúvida houver restado, perguntem provocado por esses homens. EU SOU M E S M O É DA PORCADA
u m a cascata, espalhando-se pelo aos calouros. Eles sempre sabem Foram, desse modo, responsáveis MUITA GLÓRIA E MUITO C H Ã O
chão. Recobria nossos corpos até fnrln cnhrp todas as rnisas Ha nni- pela dizimação de inúmeros po- TIRO O N D A DA SUA CARA
a cintura. Era c o m o se pisásse- versidade. Até mais! vos indígenas, inclusive daqueles P O R Q U E SOU O CAMPEÃO!!
São Paulo, Março de 2012
© a
E o PROJETO NOVA LUZ
Projeto Cracolândia
• Laço
O Dr. Laçoapresenta
apresentaooProjeto
ProjetoNova
Nova Luz
Luzpor
pordados
dados da
daprefeitura,
prefeitura, complementado
complementado pela
pelaentrevista
entrevistacom
com ooDr.
Dr. Bruno
Bruno
nrique Machado, psiquiatra que trabalha no GREA do Instituto de Psiquiatria do hospital das Clínicas.
às expectativas do senso c o m u m . O
desconhecimento público da situa-
ção da cracolândia foi proporcional Entrevista c o m
Bruno H. Machado
à pressão da sociedade para que u m a
ação incisiva fosse tomada, para que
u m punhado de medidas resolvesse
u m problema c o m origens remotas.
Acreditava-se, e ainda se acredita,
que a cracolândia é u m a questão de Psiquiatra supervisor do ambulatório do G R E A
polícia, simplesmente.
Além da insegurança, passível >• Q,uais são as dificuldades e negativos do projeto Nova Luz? morador de rua, porém de acordo
a todas as pessoas que circulam no no tratamento ao dependente É positiva a intenção de realizar com o último senso da população
centro, essa área representa u m a de crack? u m a iniciativa conjunta entre as áreas de rua quase 30% destes indivíduos
concentração de dificuldades relacio- O tratamento do dependente de de saúde, segurança, serviço social usam crack. Já a dependência por
nadas à saúde pública e à degradação crack é extremamente desafiador, e desenvolvimento urbano, isto é, o álcool atinge cerca de 70%.
social. A população local sofre com uma vez que é necessário abordar os problema começa ser enxergado de
doenças c o m o dependência química, múltiplos fatores implicados, desde maneira multifatorial. >• Como funciona o serviço
tuberculose, pneumonias, DST, AIDS, a presença de comorbidades orgâ- Por outro lado no momento e m do GREA aos dependentes de
inanição, pelagra, entre outras. Existe nicas e psiquiátricas, até aspectos que as ações começaram a ser postas crack?
u m a relação íntima, quase de causa e comportamentais, sociais, familiares e m prática ficaram ainda mais nítidas No m o m e n t o o G R E A ofere-
conseqüência, entre as comorbidades e psicológicos. Do ponto de vista me- as deficiências na saúde mental do ce atendimento multidisciplinar
e a situação de degradação; tanto dicamentoso é importante destacar SUS, c o m o a carência de serviços com ambulatorial e e m regime de
e m habitação quanto nas atividades que não existe u m fármaco específico infraestrutura adequada e a falta de internação no IPQ. O serviço será
exercidas para a manutenção do vício, com evidências científicas de sucesso recursos humanos multiprofissionais expandido com a criação de u m
como prostituição e assaltos. As seis terapêutico. A dificuldade de acesso b e m qualificados. Centro Colaborador, que ampliará
habitações ocupadas não ofereciam ao tratamento muttidisciplinar, a o atendimento ambulatorial e o
os serviços básicos de saneamento e falta de integração entre os serviços )• São comuns os casos de de- número de leitos. T a m b é m con-
recolhimento de lixo e ainda apresen- e a violência são sérios obstáculos. pendentes de crack que passam a tará c o m u m Centro de Atenção
tavam ameaças constantes de desmo- viver na rua? Psicossocial (CAPS) e u m Centro
noramento. U m a situação já habitual >• Quais são, do ponto de vis- Não existem dados sobre a pro- de Referência Especializado de
no centro, m e s m o sem o crack; c o m o ta da saúde, os pontos positivos porção de dependentes que se torna Assistência Social (CREAS).
mostram os edifícios Julia Cristianini,
o Sarajevo, e São Vito, demolido e m
2010, cartões postais de u m a face à tona a dificuldade e m se delimitar o essa questão: estudos de urbanismo capital; como mostram cracolândias na
decadente de São Paulo. poder do Estado e sua interferência na indicam que a cidade de Los Angeles ponte Ceagesp, e m Itaquera e e m várias
A palestra do doutor Laço revelou autonomia dos cidadãos. U m a grande possui 51 mil moradores de rua, sendo outras áreas da cidade.
a dificuldade e m se coordenar u m a fração dos usuários da cracolândia que o acolhimento dos moradores e m Por que então a cracolândia do
transformação e m u m a situação que não possui família, que e m tese res- equipamentos traz u m a economia de centro gera mais polêmica que as
deixou de ser fase e virou realidade. ponderia pelo b e m estar do indivíduo. 80 mil dólares por ano por morador outras, sem falar de áreas reconhe-
U m a mudança efetiva nessa realidade Há quem diga que nessa situação, o de rua. Disse, porém, que não foram cidamente degradadas da periferia?
requer a articulação de vários setores Estado assumiria o papel da família abertas mais vagas e m equipamentos Realmente, o número de usuários
públicos, c o m o saúde, segurança, na tomada das decisões do que seria devido ao custo dos leitos para a é superior ao dos demais focos e o
habitação, planejamento, urbanismo, melhor para o futuro dessas pessoas. A prefeitura; a contratação de u m leito centro representa u m a das áreas mais
zeladoria, comércio, entre outros. questão é: o Estado assumiu esse papel particular varia de 2 mil a 25 mil reais. contrastantes da cidade; haja vista os
Apesar de todos tratarem da coisa anteriormente, quando esse indivíduo A degradação urbana não é u m mendigos que dormem nas portas da
pública, as ações d e m a n d a m atenção se encontrava com dificuldades e usou problema exclusivo do Brasil, c o m o Bovespa. O contraste acompanha u m a
de forças públicas e privadas. o crack como suporte ilusório? acreditam aqueles que negam desigual- disputa territorial de u m a área muito
Os questionamentos do Projeto O Estado e a sociedade necessi- dades sociais e m paísesricos.Contudo, bem localizada tanto para pessoas que
e das demandas da sociedade não se tam de u m olhar mais crítico e ela- deve-se pensar que tal situação não é trabalham e m São Paulo quanto para
limitam à postura rígida da polícia. borado quanto a todo esse quadro. coerente à cidade que conta com mais pessoas de passagem pela cidade, além
Doutor Laço citou a polêmica envolvida Laço ainda revelou u m dado favo- recursos no país. Vale pensar ainda que de ser u m espaço pouco cuidado, u m a
nas internações involuntárias, que traz rável à maior atenção pública para a cracolândia do centro não é a única da possibilidade de abrigo para quem não
tem opção. A desocupação dos mora-
dores de rua do local, porém, é u m a
atitude provisória, ou uma substituição
de locais de conflito, pois esses mora-
dores ocupariam áreas da periferia do
centro, na carência de u m projeto con-
sistente de habitação. Por ora, todas
as mudanças ocorridas com o projeto
Nova Luz, direta ou indiretamente,
valorizam gradativamente o metro
quadrado do centro, tornando-o aos
poucos u m espaço elitizado.
Bira Kourace
São Paulo, Março de 2012
<2 &
O BISTURI
o- <B
ATO MÉDICO
do exercício da medicina?
nutricionais. Já fisioterapeutas e estéticos, incluindo acessos vascu-
fonoaudiólogos querem ser respon- lares profundos, biópsias e endos-
sáveis pelo diagnóstico funcional,
que avalia a capacidade do paciente
copia", o que inclui a "invasão da
pele atingindo o tecido subcutâneo
PARTICIPEM DAS
de realizar movimentos, articular da pele para injeção".
sons, entre outros.
Solução: relator manteve como
Crítica: A norma motivou reação
de acupunturistas e até m e s m o de
REUNIÕES DO CAOC
privativa dos médicos a "formula- tatuadores, que t e m e m enfrentar
ção de diagnóstico nosologico" restrição e m seu campo de atuação
para determinar a doença, m a s
retirou essa exclusividade para
por conta da interpretação de con-
ceito de procedimento invasivo.
As reuniões do CAOC
diagnósticos funcional, psicológico Solução: relator manteve a
e nutricional, além de avaliação norma e m seu relatório, mas reti- ocorrem todas as segundas-
comportamental, sensorial, de ca- rou da lista de atribuições exclu-
pacidade mental e cognitiva.
2. Assistência ventila tona me-
sivas dos médicos a "aplicação de
injeções subcutâneas, intradérmi-
feiras, e m dois horários.
cânica ao paciente: o texto original ca, intramusculares e intraveno-
estabelece como tarefa exclusiva dos
médicos a definição da estratégia para
sas", apesar de a recomendação de
medicamentos a serem aplicados
A primeira ocorre às 12 e
pacientes com dificuldade respiratória por injeção continuar sendo u m a
(intubação acoplada a equipamento prerrogativa médica. são reuniões de caráter
que bombeia ar aos pulmões) e a 5. Direção e chefia: pelo texto
forma de encerrar o procedimento.
Crítica: os fisioterapeutas ques-
e m análise, apenas médicos podem
ocupar cargos de direção e chefia de
consultivo, para discussão
tionaram a norma, alegando que serviços médicos. No entanto, a di-
t a m b é m atuam no atendimento a reção administrativa de serviços de e repasse de tópicos. A
pacientes c o m dificuldade respira- saúde fica aberta também a outros
tória, especialmente nas unidades
de terapia intensiva (UTI).
profissionais.
Críticas: As demais categorias
segunda ocorre às 19 e tem
Solução: relator acolheu emenda que atuam no setor consideram a
da Câmara que atribui aos médicos a norma u m desrespeito aos outros como teto 22 horas. Esta
coordenação da estratégia ventilató- profissionais que atuam nos serviços
ria inicial e do programa de interrup-
ção, assegurando a participação de
de saúde. Eles argumentam que o
atendimento é feito por u m a equipe tem caráter deliberativo,
fisioterapeutas no processo. multidisciplinar, não havendo justifi-
3. Biópsias e citologia: Emenda
aprovada na Câmara limita aos médi-
cativa para que apenas uma catego-
ria tenha a prerrogativa de direção e
sendo mais extensa e com
cos a emissão de diagnósticos de ana- chefia na unidade de saúde.
tomia patológica e de citopatologia, Solução: questão ainda e m dis- discussão de u m maior
que visam identificar doenças pelo cussão.
estudo de parte de órgão ou tecido.
Crítica: biomédicos e farmacêu-
As últimas alterações do texto
foram consideradas estruturais e este
número de pautas. É>
ticos argumentam que a medida fere deve ser votado e m plenário nova-
sua liberdade de atuação profissional, mente. Portanto, quaquer resposta importante lembrar que
u m a vez que análises laboratoriais re- sobre ato médico ainda irá demorar.
querem "interpretação" do material
colhido e não "diagnóstico médico".
Podemos perceber u m a razoável
melhora no último texto sendo quase
todas as reuniões
Solução: relator rejeitou mudan- que por completo condizente com as
ça da Câmara, mas manteve como atividades médicas e com as reivindi-
cações das outras profissões da área
são abertas!
tarefa restrita aos médicos a emissão
de laudos de exames endoscópicos, da saúde. Agora a discussão ocorrerá
de imagem e anatomopatologicos (de ao redor da gerência do serviço de
amostras de tecidos e órgãos). saúde que pode ser motivo de outra CONTAMOS COM A
4. Procedimentos invasivos: o matéria deste jornal.
projeto prevê c o m o exclusivo de
médicos "procedimentos invasivos, Gabriel Dias (98) e Gabriel!a
PARTICIPAÇÃO DE TODOS!!
sejam diagnósticos, terapêuticos ou Vargas de Marco (100)
São Paulo, Março de 2012
©" &
TUTORIA
o-
TUTORIA/BANDEIRA
Bandeira Científica
Querido(a) calouro(a) da 100a também das pessoas que participa- década de 1950 realiza expedições ca, e ainda ser recompensada por
turma da Casa de Arnaldo, ram da sua educação: dos pais, que anuais a cidades carentes. Atualmen- paisagens deslumbrantes da Ama-
dedicaram suor e lágrimas para lhe te envolve vários outros cursos da zônia. De todos esses momentos,
Parabéns pelo esforço e dedi- garantir a oportunidade, dos profes- USP além da medicina, como admi- entendi ainda mais o privilégio e
cação que o trouxeram aqui. sores do primário até o cursinho, que nistração, engenharia, fisioterapia, a responsabilidade que temos por
Acho que já percebeu que é dedicaram noites planejando aulas e fonoaudiologia, jornalismo, nutri- estudar na melhor Universidade da
muito bem-vindo, ainda mais nesse talento para ministrá-las com didá- ção, odontologia, psicologia, entre América Latina.
ano comemorativo do Centenário tica. É também dos amigos que lhe outros. São realizadas atividades Por tudo isso, convido você,
da nossa faculdade. Ao entrar no apoiaram para não desistir, entre mui- de assistência e m Saúde, pesquisas calouro, q u e conheça mais a
saguão e ver a escadaria, talvez tas outras pessoas. O próprio Newton científicas, atividades educativas, u m Bandeira Científica. Agora você é
você não tenha se dado conta, mas reconheceu que suas conquistas não documentário e relatório à Prefeitura parte não só da história da Casa de
começou a fazer parte de u m a tra- foram somente dele quando disse: "se da situação de Saúde da cidade. Arnaldo, mas também da história
dição. Milhares de outros passaram vi mais longe foi por estar de pé sobre E m 2010, participei como bandei- da Medicina no Brasil. Talvez seja
pela mesma experiência e foram ombros de gigantes.' rante do projeto que foi a Inhambupe, muito para perceber agora, então
preparados para construírem a Ainda nesse escopo gostaria de Bahia. No sertão do Nordeste, conheci aproveite c o m intensidade, fes-
história da Medicina no Brasil. salientar que se você, calouro, e todos u m a realidade totalmente nova e teje, se orgulhe, agradeça quem
O nome na lista, o orgulho dos osfilhosde Arnaldo, temos a oportu- pessoas receptivas, e sob a supervisão tiver que agradecer e conheça to-
pais, festa, ansiedade, expectati- nidade de estudar numa faculdade de médicos de várias especialidades, das as atividades. Mas nisso tudo,
vas. Mudanças monstruosas ocor- pública devemos isso à sociedade, atendi meus primeiros pacientes. Tive lembre-se da sua responsabilidade
rerão na sua vida, nada será igual, cujos impostos e doações sustentam contato com alunos de outros cursos, social e continue sonhando, se
nem m e s m o você. E u m pouco de a grande estrutura da USP. Gratidão outras maneiras de pensar, e aprendi possível, c o m u m país melhor.
reflexão é sempre útil, ainda mais é reconhecer que somos devedores sobre importância da Atenção Pri- Finalizo c o m Monteiro Lobato:
e m períodos de muitas mudanças, da educação que recebemos gra- mária, sobre as diferenças sociais no "Loucura? Sonho? Tudo é loucura
e gostaria de lhe lembrar sobre a tuitamente e então encontrar u m a Brasil, sobre interdisdplinaridade, e ou sonho no começo. Nada do que
gratidão. Mas alguém que passou maneira própria de retribuir aquilo claro, sobre medicina. Gostei tanto da o h o m e m fez no mundo teve início
na PI-NHEI-ROS precisa de gratidão? que nos é dado. experiência, que decidi ser diretora. de outra maneira, mas tantos so-
Afinal, passou no vestibular mais Felizmente, é possível já na E m 2011 a expedição foi a Bel- nhos se realizaram que não temos
cobiçado do país, e está adentran- graduação começar a nossa retribui- terra, cidade próxima a Santarém, no o direito de duvidar de nenhum."
do numa faculdade de excelência. ção social através dos projetos de interior do Pará. Foi outra experiência
Contudo, saiba: a conquista, extensão. U m dos mais tradicionais inesquecível trabalhar por pessoas Ana Cantina Saltes, turma 97,
m e s m o incrível, não é só sua. É é a Bandeira Científica, que desde a que raramente tem assistência médi- diretora da Bandeira Científica
São Paulo, Março de 2012
&
HORÓSCOPO
Flora Goldemberg, genes pelo mundo o máximo pos- danet@HOTmail.com coisas importantes, como com
Lucas Lisboa e Pauta Cho. sível. Mulher, liberte-se de tabus Cantada: Me chama de Tarzan, e coisas do dia a dia. Lembre-se
e aproveite suas ultimas semanas segura no meu cipó. de tudo isso, essas afirmações
para conhecer novas línguas. No são essenciais para que você
CÂNCER dia 25 de março, uma ambulância SAGITÁRIO tenha segurança e coragem e,
O movimento re- dirigida por uma mulher sensual- Nas próximas sema- principalmente, que tudo isso
trógrado de Mar- mente loira irá te atropelar e, nas, sua vida ficará se encaixa perfeitamente com a
te e de Plutão posteriormente, te levará para o mais clara. Quando sua realidade, porque você é es-
é somente mais hospital com o dedão do pé que- você se olhar no pecial e essa previsão foi feita,
um sinal de que brado, onde, infelizmente, um espelho e se achar exclusivamente, para coincidir
o seu hobbie du- residente novato de anestesio irá normal, acredite somente com você. Ótimo mo-
rante as incríveis aulas em injetar em você, por engano, as nisso, não importa o quanto os mento para se assumir.
desvendar os mistérios do uni- substâncias que ele mais curte, outros digam que você é diferente. Cantada: Venha para o meu ar-
verso está deixando você mega te causando uma overdose. Im- Quando você se julgar equilibra- mário!
sobrecarregada, (ascendente) portante, não deixe de ler: tudo do e sensato, não escute se te
de câncer. O que é um forte isso só ocorrerá com as pessoas chamarem de louco. Mais cedo do LEÃO
sintoma de depressão, baixa que lêem horóscopo. que você imagina, quando alguém Arranque imediata-
auto-estima e impotência Cantada do dia: Qual a diferença próximo estiver muito precisando mente suas roupas!
sexual. As primeiras semanas entre você e a Cinderela? O encan- de ação e solução imediata, só Não é mais hora de
serão recheadas de bons mo- to dela acaba a meia-noite, o seu você realmente entenderá que se prender a essas
mentos e refeições com seus dura a minha vida inteira. essa pessoa só precisa colocar os tolas regras sociais,
amigos, portanto, não descui- temores para fora. E finalmente, você é um leonino corajoso, ca-
de de seu colesterol, já que a VIRGEM quando disserem que você seria tivante de todas as maneiras,
forte influência de Mercúrio na Você, donzela de um ótimo psiquiatra, não dê ouvi- mostre a sua exuberante juba.
sua vida não favorece seu LDL MH Virgem, terá seus dos, seu universo paralelo e seus Saiba que logo após você tomar
nas próximas semanas. Dica do f : dias contados e amigos imaginários já te trazem a sábia decisão de optar pela
mês: a forte tempestade solar, * J presenteará o ho- preocupações suficientes pra você nudez e atrair todos os olhares
depois de 4 bilhões de anos, in- m e m da sua vida se importar com essas pequenas na rua (e claro que isso não tem
dica certamente que o univer- com seu amor. Prepare-se: você coisas da vida. relação com a sua exposição
so quer que você plante uma conhecerá um h o m e m diferente Cantada: Vamos embora para a corporal, mas ao fato de você
árvore esse mês, vire hippie e de todos os outros. U m médico Pasárgada. Lá sou amigo do rei. ser genuinamente irresistível),
vá vender pulseiras na Praia sério, responsável, compre- cruzará seu caminho o amor de
Grande. Esbanje criatividade ensivo, cuidadoso, romântico, CAPRICÓRNIO sua vida. Essa pessoa especial,
nessa tarefa! fiel, e acima de tudo, nem um f ^ m O universo lhe pro- ao encontrá-lo, sentirá uma po-
Cantada do dia: Helloo, eu peso pouco machista. Quando você mete mudanças nos tente conexão de alma com você
só 170 quilos. assisti-lo pela primeira vez, relacionamentos e e obviamente também abdicará
você ficará impressionada com na vida profissio- das suas vestimentas. Observa
GÊMEOS o tratamento extremamente nal, mas nada que ção: fuja de integrantes da FIG
Sua indecisão delicado que este h o m e m tem você será capaz de e habitantes permanentes das
não lhe causará com seus pacientes. Afinal, sentir. Haverá desafios e muitas ruas de São Paulo que arrancarei
mais problemas, ele é um Ortopedista! Ninguém possibilidades à frente, mas suas roupas no momento em qu<
pois os astros seria tolo a ponto de esperar relaxe você saberá fazer a es- virem você. Não é exatamente o
deixaram claro, qualquer comportamento dis- colha correta. A vida promete Amor que está assumindo o con-
é o seu fim. A tinto. Agarre-o e case o mais surpresas e novidades, cuidado trole desses elementos do grau,
Morte está mais próxima do rápido possível. Você, h o m e m para elas não passarem desper- ajude-os a achar o caminho de
que você pode imaginar. Ainda virgem terá a oportunidade da cebidas. Você irá rever padrões, volta pra casa.
este mês, homem, preocupe-se vida, agarre-a rápido ou então finalmente começar a pensar, e Cantadas: Fique comigo como você
em espalhar seus magníficos aqui esta meu contato: gatinha- aprender a se ocupar tanto com veio ao mundo
São Paulo, Março de 2012
o- áUs&&usu <E
HORÓSCOPO
Sudoku
26849 5
5 4
84 7 1
6 21 4
2 8 n
7 59 1
57 82
1 6
4 16 295
2 9 I L 8 fr
fi6
L tr 9 e 8 6 I 9 2
Z • li z fi * e 9 6
I 9Í2 8 6 9 v e Z
6|E 9 * Z 9 2 I s
V r t!2 e 9 6 9
9 2 e3 S I z 6 > 9
8 6v 9 e 29 L 1
S I* 6 ¥ 8 9 Z £