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Caderno de Ciências Sociais PDF
Caderno de Ciências Sociais PDF
SOCIAIS APLICADAS
UNIVERSIDADE estadual do sudoeste da bahia
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Revista indexada na seguinte base de dados:
1. Sumários de Revistas Brasileiras - http://www.sumarios.org/
Catalogação na publicação: Biblioteca Central da Uesb
C129c Cadernos de Ciências Sociais Aplicadas. Revista do Núcleo de Estudos e Pesquisas
em Ciências Sociais (Nepaad). Departamento de Ciências Sociais Aplicadas (DCSA).
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Ano 4, n. 5/6, jan./dez. 2006. - Vitória
da Conquista: Edições UESB, 2009.
CADERNOS DE CIÊNCIAS
SOCIAIS APLICADAS
ISSN 1808-3102
Cadernos de Ciências Sociais Aplicadas Vitória da Conquista-BA n. 5/6 3-316 2006
Copyright © 2009 by Edições Uesb
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Editorial ........................................................................................................9
Nº 5, jan./jun. 2006
Direito
Administração
Ciências Contábeis
Comunicação
Nº 6, jul./dez. 2006
Direito
Administração
Economia
Comunicação
Comissão Administrativa
número 5
jan./jun. 2006
O sincretismo do processo civil brasileiro: uma análise
da viabilidade de um sistema processual único e
multifuncional
Introdução
273 nos leva a concluir que não está permitida a fungibilidade ‘progressiva’:
de providência cautelar para medida antecipatória, esta mais rigorosa do que
aquela” (RODRIGUES; JORGE; DIDIER JR., 2003, p. 90).
É que, a tutela antecipada é incidental, seja no “processo” de
conhecimento, seja no de execução, ao passo que a cautelar se dá em
“processo” autônomo. Então, por que instituir um novo “processo”
(com todos os ônus a ele inerentes5), se o objeto pleiteado pode
ser efetivamente desenvolvido no próprio bojo do principal? Seria
consideravelmente desnecessário.
É neste contexto que surgem os seguintes questionamentos:
“Processo Cautelar: ainda é útil?” (DIDIER JR., 2005); “é o fim do
processo cautelar?” (RODRIGUES; JORGE; DIDIER JR., 2003, p. 87).
Analisando o ordenamento jurídico brasileiro vigente poder-se-ia afirmar
que, se não é o fim, é ao menos um grande indicativo; uma verdadeira
demonstração de que é viável a sobrevivência do Processo Civil Brasileiro
sem a necessidade de um “processo” cautelar autônomo.
Mas, há doutrinadores brasileiros que entendem que ainda
restaram alguns resquícios da autonomia do “processo” cautelar:
Considerações finais
Referências
1
Pós-graduada em Direito Civil pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC–MG).
Professora da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb). E-mail: claudiaof@uesb.br
Cadernos de Ciências Sociais Aplicadas Vitória da Conquista-BA n. 5/6 p. 33-42 2009
34 Claudia de Oliveira Fonseca
Introdução
casar; mas a segunda parte do artigo 1.723 da legislação civil afirma ser
possível uma pessoa casada constituir união estável, desde que esteja
separada judicialmente ou de fato do seu cônjuge. São, portanto, duas
hipóteses contempladas pela legislação em que, apesar de estar presente
um impedimento matrimonial, não se encontra impedimento para a
constituição da união estável.
Fica, portanto, evidente que para uma pessoa casada habilitar-se
para novo casamento e contrair novo matrimônio terá que primeiro
divorciar-se, ou invalidar o casamento anterior. Mas para que
estabeleça uma união estável, não precisará agir da mesma forma; basta
transcorrer o prazo de dois anos da separação de fato do casal – em
analogia ao prazo previsto no texto constitucional para a cessação do
vínculo matrimonial pelo divórcio – que a nova união será considerada
estável. Contudo, vale ressaltar, o código civil não estabeleceu tempo
de separação de fato entre os cônjuges a partir de quando cessaria o
impedimento para a constituição da união estável. Esse entendimento
emana da doutrina.
É inegável que houve grande avanço da legislação civil nesse
assunto, mas não se pode esquecer que o legislador criou grande
dificuldade para o julgador quando lhe for apresentado o caso concreto.
Imaginemos, por exemplo, a situação de coexistência de regime de bens
do casamento e da união estável, enquanto não dissolvida a sociedade
conjugal. Adverte Baptista (2005) que ficará extremamente difícil
identificar o momento da separação de fato do casal e o começo da nova
relação, a união estável. Nesse caso, será o julgador que, analisando a
situação fática, verificará se o período de convivência é suficiente para
que a união seja considerada estável e estabelecerá as consequências
patrimoniais daí advindas para os protagonistas dessa história da vida
real, de forma que não gere injustiça e locupletamento ilícito a desfavor
do direito de qualquer dos envolvidos no conflito.
A possibilidade de a pessoa casada constituir união estável 41
Considerações finais
Referências
DINIZ, Maria Helena. Código civil anotado. 8. ed. São Paulo: Saraiva,
2002.
RODRIGUES, Silvio. Direito civil: parte geral. 32. ed. São Paulo:
Saraiva, 2002.
SILVA, Regina Beatriz Tavares da. Comentários aos arts. 1.565 a 1.727
do Código Civil de 2002. In: FIÚZA, Ricardo (Coord.). Novo Código
Civil comentado. São Paulo: Saraiva, 2002.
Introdução
O que é a criminalística?
As origens da criminalística
ferimento por arma de fogo em 1560, os quais foram seguidos por estudos
de Paolo Zachias em 1651, este último, sendo considerado o Pai da
Medicina Legal (CODEÇO, 1991; DOREA; STUMVOLL; QUINTELA,
2006). Na realidade, as diferentes disciplinas que atualmente compõem
a Ciência Forense tiveram origem, na maioria das vezes, independente e,
em alguns casos, até incidental como podemos vislumbrar nos exemplos
da Papiloscopia e da Balística forense que seguem:
Em 1563, João de Barros, publicava em Portugal suas observações
sobre a obtenção de impressões palmares e plantares nos contratos na
China. Entretanto, as primeiras referências sobre as papilas epidérmicas
foram descritas no século XVII por Malpighi, na Itália, e por Nehemidr
Crew, na Inglaterra. As impressões papilares e datilares também foram
alvos do estudo de Purkinje, na Alemanha (CODEÇO, 1991; DOREA;
STUMVOLL; QUINTELA, 2006). A real sistematização de conhecimentos
no campo da identificação humana surgiu com Bertillon e seu método
antropométrico que dominou o século XIX (CODEÇO, 1991).
Deve ficar claro que no início da Revolução Científica, cabia
à Medicina Legal toda pesquisa, busca e interpretação de elementos
relacionados à materialidade do fato penal e não só o exame do corpo
humano (CAVALCANTI, 1995). Posteriormente, com o advento dos
inúmeros ramos da ciência, a Criminalística foi ganhando terreno, criando
seus próprios métodos e maneiras de correlacionar esses conhecimentos
em prol da investigação criminal (GARRIDO, 2002).
De acordo com Codeço (1991), a Criminalística é filha da
Medicina Legal. No entanto, para Dorea (1995), não seria possível
distinguir a precedência da Medicina Legal, uma vez que as origens
se confundem. Isto se deveria à indeterminação temporal do desejo
humano de conhecer a verdade dos fatos quando seu semelhante é vítima
de uma morte violenta, por exemplo. Apesar de alguns insistirem que
a Criminalística faz parte da Medicina Legal, segundo Porto (1969) a
própria Medicina Legal faz parte da Criminalística que seria um sistema
no qual se reúnem diversos conhecimentos oriundos de várias ciências
e algumas artes.
Criminalística: origens, evolução e descaminhos 49
Posteriormente, este instituto foi dirigido por Flaminio Fávero por 32 anos.
Entretanto, nesta época já funcionava o serviço Médico Legal oficial de
São Paulo, o qual havia sido oficializado em 1886 (FÁVERO, 1975).
No Rio de Janeiro, a Medicina Legal oficial foi transferida da
autoridade judiciária para a Polícia, em 1856. Para isso, criou-se uma
assessoria médica junto à Secretaria de Polícia da Corte. A assessoria era
composta por dois médicos efetivos, ligados à Polícia, e dois consultantes,
professores universitários de Medicina Legal, responsáveis principalmente
pelos exames toxicológicos (ALDÉ, 2003). Segundo Aldé, em 1900, a
assessoria médica foi transformada em Gabinete Médico-Legal e dois
anos depois, Afrânio Peixoto, renomado pesquisador acadêmico da
época, apresentou um plano de reformulação do Gabinete Médico-Legal
da Polícia para implantar as mais avançadas práticas de Medicina Legal
utilizadas na Alemanha. Posteriormente, o Gabinete é transformado em
Serviço Médico-Legal através de decreto de 1907.
Todavia, segundo Ribeiro (1967), as relações entre a Medicina
Legal acadêmica e a oficial logo desandaram, surgindo uma grande
resistência dos Peritos oficiais em dividir o espaço do IML com as
aulas públicas da Faculdade de Medicina. Alguns diretores chegaram
inclusive a proibir as aulas da faculdade no IML do Rio de Janeiro,
levando à cisão entre o conhecimento produzido nas faculdades e a
atuação dos profissionais oficiais. Em 1949, foi inaugurado o novo
“Instituto Médico-Legal Afrânio Peixoto”. Esse prédio abrigaria na
década de 50 as melhores tecnologias em Medicina Legal do mundo.
E seu prestígio ainda estaria relacionado ao intenso intercâmbio com a
academia (ALDÉ, 2003).
Como exposto, no início do séc. XX, as funções do Perito Legista
e Perito Criminal ainda se confundiam. Por exemplo, Gomes (1944),
dá instruções sobre o exame de local para legistas, inclusive de coleta
de vestígios (manchas, objetos, pegadas e impressões digitais), além de
fotografias e custódia de evidências. Ferreira (1962) menciona como
pesquisadores pioneiros da datiloscopia os seguintes nomes: Felix
Pacheco, Afrânio peixoto, Elísio de Carvalho, Manoel Viotti e Leonídio
Ribeiro, todos legistas.
Criminalística: origens, evolução e descaminhos 55
Conclusões
Agradecimentos
Os autores são gratos à Profa. Dra. Fabíola de S. R. G. Garrido
pela leitura atenta dos manuscritos e à Profa. Dra. Raquel de Souza pela
discussão proveitosa.
Referências
1
Especialista em Gestão Empresarial e Marketing pela Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC).
Professora da Status – Núcleo de Desenvolvimento e Capacitação Profissional. E-mail: bittencourt.
marcelle@gmail.com
2
Doutorando em Planejamento Territorial e Gestão Ambiental pela Universidade de Barcelona.
Professor da UESB e da FTC. E-mail: carvalho@uesb.br
3
Mestre em Agronomia pela UESB. Professor do Centro Federal de Educação Tecnológica
(CEFET) e da UESB. E-mail: carlsongusmao@hotmail.com
4
Especialista em Gestão de Negócios e Empreendimentos pela Universidade Federal de Juiz de
Fora. Professor da UESB e da FTC. E-mail. adriano.rezende01@gmail.com
5
Doutorando em Planejamento Territorial e Gestão Ambiental pela Universidade de Barcelona.
Professor da UESB. E-mail: mlonguinhos@gmail.com
Cadernos de Ciências Sociais Aplicadas Vitória da Conquista-BA n. 5/6 p. 61-78 2009
62 Marcelle Bittencourt Xavier et al.
Introdução
Procedimentos metodológicos
Resultados da pesquisa
Perfil dos pesquisados
Conclusão
Referências
Abstract: The reform of the State in the decade of 1990 tried to print a modern
model of management that objectified to surpass a bureaucratic and patrimonial
state machine. The result was the rationalization conducted for fiscal beddings.
This modernizante diffusion obeyed a functionality that moved away from the
State its social character and politician, as well as weakened the democracy and
the public space, leaving the State without organic bond with the civil society
and without project for the economic-social development.
42 e 43). O autor mostra ainda que a reforma não poderia se dar pelo
modo segundo o qual o mercado seria o referencial para a organização
do aparelho estatal. Dessa forma, “nos anos 90, não havia e nem há hoje
qualquer motivo justificável para que a reforma do aparelho de Estado
seja ‘orientada pelo mercado’ em vez de se concentrar na recuperação
e na atualização das capacidades burocráticas” (p. 43).
Se os critérios da reforma, além de serem administrativos, fossem
ético-políticos, inevitavelmente as suas proposições estariam em torno da
democratização das organizações públicas. Nogueira salienta o cuidado
que se deve ter ao analisar os elementos fundantes de sustentação do
processo de democratização da administração pública. Para esse autor,
a relação entre democracia e burocracia tem
do mercado. A tese era, então, fazer do Estado uma esfera em que todos
pudessem interferir e cooperar para o seu controle e funcionalidade. Essa
“socialização” do Estado traduziu-se numa conversão da participação
em procedimentos cooperativos das tomadas de decisão. A reforma
apontava para a complexidade do processo de deliberação e, com isso,
o imperativo do aprimoramento das instituições organizacionais para
aprofundar e ampliar o controle dos processos, das demandas e dos
resultados.
Contudo, a participação democrática, imprimida no discurso
da reforma, deveria ser dobrada aos ditames do neoliberalismo e às
práticas mercantilistas. As medidas de abertura, no processo decisional,
enquadravam-se na linearidade do mercado. O que se pretendia com
essa disposição era expandir mais ainda a idéia de competição e de
concorrência; a gestão se comporia das próprias estruturas de cooperação
e socialização das responsabilidades estatais junto com a sociedade. A
democracia, nesses moldes, evitaria movimentos conflitivos e a abertura
do Estado se aferia com seus preceitos de despolitização.
A defesa da reforma era movida pelo argumento de neutralidade,
uma vez que a eminência do reformismo se fazia em suas modalidades
técnico-administrativas, portanto sem poder haver nenhuma influência
das vicissitudes políticas. E mais, o bom governo se valia pela boa gestão
da economia. O bem comum da res publica deveria prevalecer para que
o êxito do “governar bem” fosse norteado e arranjado pela abertura de
participação societal. Esse empreendimento interpretou e reformulou
algumas categorias conceituais, que custaram caro para a construção
do ethos político e social em sua radicalidade. O próprio conceito de
democracia foi desvirtuado para justificar uma reforma que tentou
difundir a imagem negativa do Estado e se firmar como mecanismo
de compressão do Estado, em vez de dinamizá-lo e incorporar uma
abertura democrática marcada pelo seu valor ético-político coletivo e
pelo crescimento e coesão do controle social do Estado por parte da
sociedade civil.
Um olhar sobre a reforma do Estado brasileiro nos anos de 1990 95
Considerações finais
Referências
Introdução
Vale ressaltar ainda que “a qualidade de vida não pode ser estudada
apenas no seu caráter normativo. Também deve-se levar em conta as
percepções individuais, que sofrem influência da cultura e educação dos
indivíduos” (SILVA, 1996 apud MARGARETE; KEINERT; KARRUZ,
2002, p. 42). Essa perspectiva exige a formatação de indicadores de
qualidade de vida, que pode vir a ser
Metodologia
Área de Estudo
Método analítico
(1)
(2)
Onde:
IQVJN = Índice de Qualidade de Vida do Perímetro Urbano de Juazeiro
do Norte;
eij = escore do i-ésimo indicador, obtido pelo j-ésimo residente;
pij = peso do i-ésimo indicador, definido pelo j-ésimo residente;
i = 1, 2, 3, ... , m;
j = 1, 2, 3, ..., n;
Pij = peso máximo do i-ésimo indicador;
Eij = escore máximo do i-ésimo indicador;
Ii = contribuição do indicador i no Índice de Qualidade de Vida;
n = número de residentes;
m = número de indicadores.
O Índice de Qualidade de Vida das famílias residentes na cidade de
Juazeiro do Norte (IQVJN) varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1,
melhor o nível de qualidade de vida que o residente apresenta. Portanto,
o valor 1 representa o nível ótimo de qualidade de vida. Dentro desses
limites, optou-se por estabelecer os seguintes critérios:
a) Baixa qualidade de vida.......................................0 < IQVJN ≤ 0,33;
b) Média qualidade de vida .......................... ..........0,33 < IQVJN ≤ 0,66;
c) Alta qualidade de vida ........................................0,66 < IQVJN ≤ 1.
104 Wellton Cardoso Pereira et al.
Tamanho da amostra
(3)
Onde:
n = tamanho da amostra;
Z = abscissa da normal padrão;
p = estimativa da proporção da característica pesquisada no universo;
q = 1 – p;
d = erro amostral.
Resultados e Discussões
Tamanho da família
Faixa de renda
Qualidade de Vida
Considerações finais
Referências
Abstract: This article deals with the technological change process aimed at the
sheep and goat farming industry in the northeast, considering the predominantly
peasant character of this productive activity in the northeastern region. Bibliographic
1
Economista graduado pela Universidade Regional do Cariri (URCA). Assessor de Planejamento
da Pró-Reitoria de Planejamento e Avaliação da URCA. E-mail: netocorde@bol.com.br
Cadernos de Ciências Sociais Aplicadas Vitória da Conquista-BA n. 5/6 p. 113-130 2009
114 José Raimundo Cordeiro Neto
research is used to approach specific needs for this activity in the incorporation of
new productive proceedings and the strategies to conciliate the new technological
base with the particular socioeconomic organization of peasantry. Innovations
generated for sheep and goat farming are related to the dynamics inherent to
peasant units and the processes that involve new technologies.
Introdução
O Nordeste brasileiro assume relevo no campo das estratégias
nacionais de desenvolvimento rural, em decorrência da elevada
participação que detém essa região na pobreza rural do país. Conforme
estudo de Rocha (2003), a proporção de pobres rurais nordestinos em
relação ao total de pobres rurais brasileiros era de 68,17% em 1999.
As demandas sociais acentuadas por essa situação têm promovido
considerável surgimento de inovações técnicas para algumas atividades
agropecuárias nordestinas tradicionais, como é o caso da ovinocaprinocultura2.
Segmentos produtivos como esse são caracterizados pela presença
predominante da pequena produção familiar, quanto à quantidade de
unidades produtivas. Esse é um aspecto condizente com o fato de que a
região nordestina concentra o maior número de estabelecimentos agrícolas
familiares do Brasil (INCRA, 2000). Semelhantemente, 68,8% dos caprinos
e 65,9% dos ovinos são criados, no Nordeste, em propriedades com área
inferior a 100 ha (CORREIA et al., 2001).
Ao gerar tecnologias que possam ser internalizadas pelas unidades
produtoras de ovinos e caprinos no Nordeste, as instituições de pesquisa
agropecuária indicam seguir a idéia de que a elevação da produtividade daí
esperada possibilitará elevar o padrão de vida no meio rural, contribuindo
para superar a condição predominante de pobreza nesse espaço.
2
Pressupõe-se que o Nordeste possui vantagens competitivas em setores como esse. Na ovi-
nocaprinocultura, sabe-se que, atualmente, 93,7% dos caprinos e 48,1% dos ovinos do rebanho
brasileiro são criados no Nordeste (CORREIA, et al., 2001). Nesse contexto, têm grande im-
portância as características da região Semi-Árida, que se apresentam apropriadas às necessidades
desses animais, especialmente no que diz respeito às temperaturas e à vegetação (a caatinga) que
lhes serve de alimento.
As inovações tecnológicas na ovinocaprinocultura e o contexto econômico camponês ... 115
Tecnologia e campesinato
Tecnologia
4
Os impactos desse tipo de investimento podem ser visualizados pelos conceitos de efeito traba-
lhador (direto) e efeito alocativo (indireto), relacionados aos retornos da educação na produção
agropecuária. “O aumento da educação permite ao trabalhador produzir mais com os recursos em
mãos – esse é o efeito trabalhador. Mas o aumento da educação pode aumentar, também, a habilidade
do trabalhador em adquirir e decodificar informações sobre características produtivas e custos de
outros insumos, o que constitui o chamado efeito alocativo” (FIORI; ARAÚJO, 2002, p. 646).
118 José Raimundo Cordeiro Neto
Campesinato
A Embrapa
Considerações finais
Referências
Abstract: The article presents the Accounting Professors’ point of view about
the discipline College Teaching Methodology (MTC) offered in specialization
courses. It tries to characterize the discipline MTC, by surveying the
characteristics of the Accounting professionals who teach. It’s also mentioned
1
Mestre em Contabilidade (Gestão Pública) pela Fundação Visconde de Cairu. Professora da Uni-
versidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). E-mail: periciacontroladoria@yahoo.com.br
Cadernos de Ciências Sociais Aplicadas Vitória da Conquista-BA n. 5/6 p. 131-149 2009
132 Márcia Mineiro de Oliveira
Introdução
Subsídios teóricos
A relação ensino-aprendizagem
Planejamento
Avaliação
• Conhecer a realidade;
• Compará-la com o que “deveria ser”;
• Tomar conhecimento rápido das divergências e suas origens; e
• Tomar atitudes para sua correção
Didática
Metodologia
Análise de dados
Considerações finais
Referências
Abstract: The present article rescues the notion of the responsibility. Jonas’
meaning of balance while organic system, this allows an approach among
Philosophy, Medicine (techne ietriké), Ethics and Bioethics. Hans Jonas believes
that technological developments are in fact so hostile to our deepest needs,
indeed to our future, that we must completely rethink our etchics and etchical
responsibilities.
1
Doutorando em Filosofia pela Universidade Federal de Pernambuco. Atualmente é professor da
UFS. E-mail: fflaviano@hotmail.com
Cadernos de Ciências Sociais Aplicadas Vitória da Conquista-BA n. 5/6 p. 151-168 2009
152 Flaviano Oliveira Fonseca
Preâmbulo
que o ainda não existente (JONAS, 2006, p. 89) ganha direito de existir,
pois enquanto totalmente outro, e mais ainda, enquanto materialmente
“ausente”, mas ao mesmo tempo ele se torna presente sob o ícone da
alteridade que reclama o seu direito de “via-a-ser23”, de existir. Aqui
se insere o “primeiro princípio de uma ‘ética para o futuro’, no qual
se pode notar uma metafísica a dar suporte, e não sobrecarregando o
próprio princípio como doutrina do fazer (à qual pertencem todos os
deveres para com as gerações futuras), mas radicando sua base numa
instância ôntica, como doutrina do Ser, da qual faz parte a idéia de
homem” (JONAS, 2006, p. 95). Com essa grade de entendimento, a
ética da responsabilidade de Jonas fundada na assimetria das relações,
encontra no recém-nascido o paradigma ôntico de um “Dever-Ser”. O
recém-nascido, portanto se nos impõe como um “apelo do Ser” que
nos comove os sentimentos e nos arrebata em direção a um dever, ele
é quem nos impulsiona para que assumamos a afirmação do ser, em
vez de condená-lo à condição de “não-ser”. A criança aqui é tomada
como expressão de uma fragilidade sem par e que urge tomar os
cuidados fundamentais como condição necessária para que se afirme
como ser-existente; a sua indefensável condição se me impõe um
dever, que forçosamente se converte em um irrecusável fazer. A ética
da responsabilidade, portanto, reveste-se da prerrogativa de caminhar
em direção ao “Dever-fazer”, e elegeu como imperativo fundamental
o dever de tomar para si responsabilidade pelo que ainda estar por vir
expresso na fórmula: “Age de tal forma que as consequências de tua ação
não interrompam a possibilidade de a vida continuar se manifestando
em todas as suas expressões como hoje nós a percebemos”.
Considerações finais
Referências
The creation of the self by the other: the paper of the subjectivities in
the enunciative paths of the communication.
Abstract: The present work discusses the central point of the human
“communicative action”: the dialogue process. Taking into consideration the
understanding that the communication is born of a dialectic relationship between
different alterities and contexts, the work intends to establish a way that helps
to understand the paper of the subjectivities and its enunciation procedures in
the construction of the human communication.
Introdução
Somos o “outro” por essência. Em todos os momentos,
procuramos nos afirmar na imagem de uma alteridade. Ao olharmos para
uma parede ou para o pôr do sol, mesmo sozinhos estamos colocando
nossas subjetividades para duelar com o “outro”, que se encarna em
todo o contexto que nos cerca. O mundo que não nos é traz em si esta
figura da alteridade. O “eu”, pois, dialoga, a cada instante, com o “tu”.
Muito mais do que uma teoria comunicacional ou psicanalítica, essa
afirmação já é a própria explicação da nossa essência humana. Nascemos
para sermos seres da comunicação. Em nenhuma circunstância deixamos
de comunicar. Nunca perderemos essa essência. E isso se dá justamente
porque em nenhum tempo da existência humana os sujeitos deixaram
de buscar a si mesmos. Olhando percebemos sentidos. E, encadeando
esses sentidos, conversamos com os universos significativos presentes no
mundo, e esses universos de significação nos dizem a todo instante que
a objetividade do mundo nada mais é do que uma busca eminentemente
subjetiva. Uma busca por perfeição, uma busca por deuses estranhos.
Mas quem são esses deuses da nossa busca? Justamente na pergunta
é que se esconde a resposta: no enigma do “outro” é que buscamos
nossas divindades do entendimento. As imagens dos outros sujeitos,
das outras coisas, das outras sombras, guardam a essência do poder que
nos faz chegar à compreensão da materialidade do nosso próprio corpo
e da nossa própria vontade. Para que busquemos o palpável, temos
que dominar o diálogo com a alteridade. E a alteridade é um espectro
indefinido que se encarna em todas as coisas, sob diversos momentos
e angulações. O transeunte na rua, com suas roupas extravagantes,
é uma alteridade que conosco dialoga. A palmeira que se arvora na
janela e que nos impressiona com aquele verde inconfundível também
o é. Assim, pode-se dizer que o cerne de toda a nossa existência é um
embate constante com todos estes “outros” que em nós se amontoam
para formar o entendimento. Com essas alteridades dialogamos para
construir a nossa consciência.
A criação do eu pelo tu: o papel das subjetividades nos trâmites enunciativos da comunicação 171
O sujeito e a enunciação
Conclusão
Referências
1 Introdução
A cobiça pela liderança reside nas regalias que lhe são permitidas
e, principalmente, na possibilidade de obter ganhos monetários na
função através da venda de diversos produtos e mercadorias que não
estão disponíveis facilmente nos pavilhões. Dentro dos pactos informais
estabelecidos, ao líder é permitido, por exemplo, ter uma lista de visitantes
própria, fora dos procedimentos normais de controle; ter direito ao
“sereno”, isto é, ficar até mais tarde no pátio; ficar em cela individual; ter
fácil acesso à Segurança e à Direção; não pegar fila da refeição; cobrar
valores por serviços feitos, dentre outros. É o líder quem determina,
inclusive, quem pode ou não comercializar no pavilhão. O líder, pode,
ainda, receber parte do que é comercializado pelos demais internos.
Notamos, também, nesse trecho, como os líderes podem ser
preparados dentro do Sistema. Normalmente são recrutados entre os que
apresentam características de assertividade, lealdade e agressividade.
Diante dessa organização e dos pactos existentes, cabe, agora,
pensar qual a percepção que o staff tem em relação ao seu papel dentro de
uma unidade prisional. Os internos se auto-gerenciam e delimitam, como
já dito, os papéis de cada grupo de atores; as políticas de controle não são
formalizadas e nem sempre estão claras e, além disso, nem sempre se
sabe ao certo com quem está o poder naquele momento. Dentro de uma
unidade prisional como essa o poder circula diuturnamente a depender
dos acontecimentos intra e extra-muros. Um servidor compartilha seu
sentimento:
5 Conclusão
Referências
Introdução
a atuação dos agentes políticos eleitos e aos quais o Poder (que emana
do povo) foi delegado, fazer valer direitos, utilizar-se dos mecanismos
constitucionais como o mandado de segurança e a ação popular, enfim,
agir politicamente. É deste modo que o cidadão efetiva seu dever cívico
e contribui na condução dos rumos políticos do país.
Entretanto, quando a pauta dos debates e ações é a segurança
pública, esta não é compreendida pela população com a amplitude que
lhe cabe, posto que o seu julgamento já está condicionado por certos
fatores. Quando se associam violência, criminalidade e (in) segurança
pública, a impunidade é o primeiro fator apontado como causa daqueles.
É a partir deste raciocínio que se exige do Poder Público, especialmente
do Poder Legislativo, um rigor maior para com o delinquente, retomando
idéias ultrapassadas, datadas do nascedouro da Criminologia, as quais se
encontram superadas teoricamente. Isto porque a Criminologia moderna
e todas as suas ramificações teóricas entendem que o fenômeno criminoso
implica não apenas em se avaliar (culpar?) a pessoa do delinquente, mas
também a sociedade criminógena, elementos intrínsecos e extrínsecos
ao crime, fatores ambientais e sociais, bem como a reação do Estado
e o funcionamento de seu aparato (policial, judiciário e penitenciário)
como co-responsável pela delinquência.
Perceptível é a contribuição da mídia para a consolidação da
cultura e da industrialização do medo. Basta sejam observadas as
manchetes diárias e os apresentadores de telejornais induzindo o
homem médio a temer mais e mais. O caso Daniela Perez fez com
que a população pressionasse o Legislativo para o encrudecimento da
lei de crimes hediondos; o caso João Hélio tenta forçar o Legislativo a
inconstitucionalmente reduzir a maioridade penal. É de se notar que
boa parte da expansão do Direito Penal é causada pelo emocionalismo
excessivamente aumentado pelo sensacionalismo midiático e pela
opção política equivocada em fundamentar o sistema penal em bases
de tendências autoritárias, demagógicas e expansivas. Essa exacerbada
intervenção penal é, entretanto, uma ilusão repressiva alimentada por
essa mídia de massa que tenta colocar o sistema penal como instrumento
226 Carolina Porto Nunes
Considerações finais
Referências
Abstract: This article concentrates in some aspects about urban violence that in
present o nove quatidian. The understanding of this subject may help us make
some critique, because it is necessary to reflect and tell politicions haw important
is to make public politics that devases the violence rortes. Finally it is a fact present
in new Millennium, the people is afraid and something must be done.
Introdução
Referências
Resumo: Este artigo faz uma reflexão crítica sobre os possíveis limites e desafios
de se promover a Economia Solidária no âmbito de políticas públicas nos marcos
do capitalismo neoliberal. A análise busca confrontar o conceito de Economia
Solidária com a realidade ora observada, entendendo as atividades econômicas e
sociais como uma totalidade complexa, portanto, não particularizada e dissociada
da lógica que rege a totalidade do sistema. Em razão da abrangência do tema
e de sua problemática, define-se como objeto de estudo as teorias e conceitos
desenvolvidos pelos autores França Filho, Laville e Gaiger.
Abstract: This article makes a critical reflection on the possible limits and
challenges of promoting the Solidary Economy in the extent of public politics
in the marks of the neoliberal capitalism. The analysis looks for to confront the
1
Mestranda em Políticas Públicas, Gestão do Conhecimento Social e Desenvolvimento Regional
pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Técnica Universitária da Universidade Estadual
do Sudoeste da Bahia (UESB). E-mail: maristelamvo@gmail.com
Cadernos de Ciências Sociais Aplicadas Vitória da Conquista-BA n. 5/6 p. 251-263 2009
252 Maristela Miranda Vieira de Oliveira
Introdução
A economia solidária
2
Palestra apresentada por Paul Singer durante o “Seminário de Economia Solidária” realizado pela
Secretaria de Infra-estrutura do Estado da Bahia (SEINFRA), Salvador, abril de 2007.
O neoliberalismo enquanto marco das relações de mercado no sistema capitalista... 255
3
FRANÇA FILHO; LAVILLE, op. cit., 2004. Baseado no estudo de Karl Polaniy (1983) sobre
a origem política e econômica do nosso tempo (domesticidade, reciprocidade, redistribuição e
mercado).
256 Maristela Miranda Vieira de Oliveira
Relações de mercado
Políticas públicas
Conclusão
Referências
Abtract: The planted forests, together with the native forests, they are responsible
for the provisioning of the section of base forest Brazilian. This work analyzes
1
Graduado em Administração pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). E-mail:
jf-neto@hotmail.com
2
Doutor em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professor adjunto
do Departamento de Geografia da UESB. E-mail: renatoleda@uol.com.br
Cadernos de Ciências Sociais Aplicadas Vitória da Conquista-BA n. 5/6 p. 265-278 2009
266 João Ferreira Gomes Neto e Renato Leone Miranda Léda
Introdução
Resultados e discussão
Considerações finais
Referências
1
Jornalista. Especialista em Meio Ambiente e Desenvolvimento pela Universidade Estadual do
Sudoeste da Bahia (UESB)/Itapetinga. Mestrando em Cultura e Turismo pela Universidade Estadual
de Santa Cruz (UESC). Professor Auxiliar UESB/Itapetinga. E-mail: tutmosh@gmail.com
2
Pedagoga. Mestranda em Educação e Contemporaneidade pela Universidade do Estado da Bahia
(UNEB). E-mail: luciagferreira@hotmail.com
3
Graduanda em Matemática pela UESC. E-mail: drylguerra@bol.com.br
4
Doutora em Ciências pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). Professora Titular da UESB/
Itapetinga. E-mail: cunhasl@hotmail.com
Cadernos de Ciências Sociais Aplicadas Vitória da Conquista-BA n. 5/6 p. 279-296 2009
280 Moisés dos Santos Viana et al.
Introdução
Discurso científico
Reelaboração
Conclusão
Referências
1
Jornalista. Especialista em Meio Ambiente e Desenvolvimento pela Universidade Estadual
do Sudoeste da Bahia (UESB), campus de Itapetinga. Mestrando em Cultura e Turismo pela
Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Professor Auxiliar da UESB/Itapetinga. E-mail:
tutmosh@gmail.com
2
Mestre em Educação. Professor do Curso de Especialização em Meio Ambiente e Desenvolvi-
mento pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), campus de Itapetinga. Professor
Assistente da UESB/Itapetinga. E-mail: zeveraldo9@yahoo.com.br.
Cadernos de Ciências Sociais Aplicadas Vitória da Conquista-BA n. 5/6 p. 297-312 2009
298 Moises dos Santos Viana e José Everaldo Oliveira Santos
Introdução
3
Para Karl Marx (1818-1883), filósofo alemão, a realidade deve ser entendido do ponto de vista
material e econômico-social. Ora, a realidade histórica, segundo o marxismo, baseando-se em Hegel,
interpreta a história como o palco da luta entre classes opostas (escravos X senhores, burgueses X
proletários). A realidade social é fruto dos meios de produção e de sua distribuição. Constituindo
a realidade do materialismo histórico: “Marx, por su parte, encargará de hacer una lectura materi-
alista de la realidad donde Hegal había hecho una lectura idealista. [...] la historia es el producto de
condiciones materiales tanto de la naturaleza como de la historia” (ELLACURÍA, 1991, p. 23).
300 Moises dos Santos Viana e José Everaldo Oliveira Santos
Discurso jornalístico
A palavra ecologia vem dos vocábulos gregos: eco casa, lar e logia,
que significa estudo. Ecologia é o estudo da casa, do meio onde os
seres vivem, onde se constrói o bem-estar, o habitat. O cientista alemão
Ernest Haechel, cunhou o termo na biologia em 1866 (morfologia
geral dos organismos). Depois disso o conceito se amplia e se torna
multidisciplinar: “Através da Ecologia, por fim, valores filosóficos de
unidade da vida e integração homem/natureza, presentes em várias
culturas tradicionais da humanidade estão renascendo numa linguagem
prática e acessível ao homem moderno” (LAGO; PÁDOA, 1984, p. 11).
Ecologia envolve o cuidado da casa que se relaciona de forma íntima com
a mente, a sociedade e o cosmos. Desse modo, pode-se falar de ecologia
em três níveis: ecologia mental, ecologia social e ecologia ambiental.
A ecologia mental é a ecologia da pessoa. Ela nasce do desejo de
autoconhecimento, desenvolvendo ações emocionais positivas que se
desdobram num processo de interação intrapessoal e interpessoal. Faz-se
mister construir valores de integração humana para bem-viver, de boa
saúde corporal e espiritual. A violência do ser humano contra si mesmo
é a imagem real da ação contra a natureza. Disso, busca-se o cultivo da
paz e a transmissão desta num nível coletivo (GUATTARI, 1990).
As guerras, o capitalismo no seu modelo mais grotesco
(neoliberalismo) desacredita a sociedade e a justiça social. Há uma
degeneração das pessoas, uma agressividade gerada num meio desumano
e miserável, onde qualquer tipo de valor ético se desfaz na luta da lei do
mais rico, mais forte ou do mais armado (GUATTARI, 1990).
304 Moises dos Santos Viana e José Everaldo Oliveira Santos
Conclusão
Referências
Capa
Marcelo Costa Lopes
Reformulação: Luiz Evandro de Souza Ribeiro
DRT-BA 2535
Editoração eletrônica
Ana Cristina Novais Menezes
DRT-BA 1613
OBS.: Os demais artigos que não constam dessa relação, a revisão de linguagem
é de responsabilidade dos próprios autores.