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1 Freq Constitucional II
1 Freq Constitucional II
Havia a existência das cortes tradicionais do rei – das quais faziam parte os
representantes dos estratos sociais acima referidos.
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A sua composição era não democrata, uma vez que havia estratos lá
representados, no entanto havia também desigualdades na
intervenção dos diferentes estratos;
A eleição fazia-se em sistema não democrático;
As cortes tinham força meramente simbólica.
Por exemplo:
Actas das Cortes de Lamego (XVII XIX) – que se descobriram como sendo
falsas. Eram utilizadas como fim político e celebradas durante a 1ª dinastia.
Lá estava consagrado que nenhum estrangeiro podia ser rei de Portugal –
isto tinha o objectivo de se correr com o rei espanhol para se reconhecer
independência
Textos constitucionais:
Constituição de 1822
Carta Constitucional de 1838
Constituição Republicana de 1911
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Constituição de 1933
Constituição de 1976
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A história política e constituição não podem ser separadas, uma vez que
a segunda provém da primeira.
Constituição de 1822:
Guerras napoleónicas, invasão francesa, fuga da família real para o Brasil.
É neste quadro que surge a revolução de 1820 e a criação da constituição
pela convocação das cortes constituintes (diferentes das constitucionais).
Influenciada pela situação de Espanha.
Após a votação da Constituição, impôs-se o regresso do rei e este foi
obrigado a jurar e aceitar a Constituição. A soberania pertencia à nação.
Sistema de governo: doutrinas de Montesquiu.
Legislativo – cortes que aprovavam legislação, a aprovação era de
competência das cortes, que se impunham ao rei.
Executivo – atribuído aos reis mas não automaticamente, em conjunto
com os ministros nomeados.
Características:
1. Obra pessoal de D.Pedro IV;
2. Concessão de um monarca aos seus súbditos;
3. Muito conservadora;
4. Rejeita soberania popular;
5. Muito aristocrática (cortes divididas em 2 câmaras – a dos pares
(nobres e bispos) e a dos deputados (representantes)).
6. 4º Poder – o rei exercia o poder moderador em função de
distanciamento de política (influência na Bélgica).
A revisão já se faz nos termos comuns, as revisões não são divididas pelo
rei mas sim pelas cortes.
As revisões não se fazem pela modificação mas sim por actos adicionais
crescentes.
Revisões:
52 – Aboliu a eleição indirecta e pena de morte nos crimes políticos.
85 – Suprimiu o pareado hereditário da câmara dos pares, surgindo o
pareado vitalício.
? – Restingiu-se o poder moderador e constitucionalizou-se o direito de
reunião e manifestação.
95/96 – revisão ditatorial/ reforçar poder executivo.
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Data: 3/03/2011
Constituição de 1838
Constituição de 1911
Aprovada na sequência da implementação da República, em 5 de Outubro
de 1910.
Ganha expressão pós ultimato inglês (1891), que ocorreu uma vez que,
Portugal possuía terrenos de África (Angola e Moçambique), e os
britânicos queriam a todos os custos estas duas terras que lhes faltavam
em território de África.
Características:
1. Constituição de ruptura política e social;
2. Forte influência jacobina, anti – clericalismo;
3. Liberalismo democrático;
4. Parlamentarismo exacerbado – instabilidade política governamental.
O parlamento passa a chamar-se congresso da república, o chefe
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Constituição de 1933
Salazar redige esta Constituição que se vem adaptar à nova ditadura
política (Estado Novo).
Características:
1. Procura resolver conflito republicanos/monárquicos;
2. Autoritarismo conservador, anti liberais e anti democratas de
influência europeia;
3. Rejeição do parlamentarismo – não tem poder nem palavra na
condução política do país, já que se rejeitava influência de partidos
políticos;
4. Rejeição do liberalismo – construída uma sociedade que pretende
assentar na base da família e na colectividade de profissão.
Sistema de Governo:
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Órgãos de Soberania:
Chefe de Estado;
Assembleia Nacional;
Governo;
Tribunais.
Revisões:
Competências do governo aumentadas e diminuídas as legislativas do
parlamento;
Supressão da eleição directa do PR por eleição indirecta (eleito agora pelo
parlamento)
Tentativa de resolver o problema colonial, eliminando o nome de colónias
para províncias e depois regiões autónomas.
Data: 15/3/2011
Constituição de 1976
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Revisões:
82 – muito profunda:
eliminou tutela militar;
aboliu Conselho da Revolução;
aboliu auto governação dos militares;
diminuiu poderes do presidente da república, tornando-o menos
interventivo;
manteve as linhas da economia socialista – marxistas.
89 – centrada em aspectos ecnomicos, com base na entrada de Portugal
na CEE:
permite-se reprivatização (privatizando-se o que foi nacionalizado);
aboliu reforma agrária;
aboliu linha marxista:
92 – adequar texto ao tratado de Marshtricht, para não ser
inconstitucional;
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Modelos/Sistemas Constitucionais
Britânico – parlamentarismo;
Americano - presidencialismo;
Francês – semi-presidêncial.
Parlamento – legislativo
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Monarca – executivo
Americano – presidencialismo
Sistema de Governo:
Legislativo – Congresso
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Congresso Bicameral:
Camâra dos deputados – de representação dircta pela população
Senado – camâra com representação igualitária dos Estados (2 senadores
por cada Estado)
O que proporciona um
equilíbrio do sistema federal americano.
Características:
Presidencialismo;
Federalismo;
Aplicação jurisdicional da constituição;
Constituição escrita;
Controlo da constitucionalidade as leis. (Influência global)
Francês– híbrido entre parlamentarismo e presidencialismo:
Semi presidêncial:
Organização do sistema de governo – 3 orgãos –
Parlamento/Governo/PR e também tribunais – sufrágio universal e
directo.
29/03/2011
Orgãos de soberania
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Tipos de órgãos:
Orgãos colegiais:
compostos por mais que um titular - assembleia da república, governo -
tipo especifico de orgão.
Orgãos singulares:
integrado por um único titular - presidente da república.
Orgãos simples:
único titular ou vários titulares - não tem outra característica, pode ser
então um orgão colegial ou simples.
Orgãos complexos:
orgãos que se desdobram em outros orgãos - governo (orgão colegial) -
desdobra-se em outros orgãos - art. 183º - AR (orgão complexo, estrutura
de orgãos) - 230 deputados, no seu seio existem as comissões
parlamentares - art.178 nº1, 180º.
Orgãos electivos:
cuja composição é determinada por via da eleição. Ex: AR - não tem de ser
eleito directamente por cidadãos - TJ - parte de membros eleitos pela AR.
orgão eleito por outro - electivo.
Orgãos representativos:
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Orgão constitucional:
orgãos cuja existência está prevista na Constituição.
Orgãos deliberativos:
dispõem de competências para tomar decisões inovadoras, que
modificam o ordenamento jurídico - AR, PR, Governo...
Orgãos consultivos:
competências para emitir pareceres ou opiniões mas não tem
competência para introduzir modificações no ordenamento jurídico -
Conselho de Estado - 145º
Orgãos princípais:
competentes a título princípal para decidir determinada matéria.
Orgãos auxiliares:
competências instituidas com finalidade de auxiliar orgão princípal -
Conselho de Estado auxilia o PR.
Orgãos centrais:
exercem a sua competência sobre toda a área de actuação da pessoa
jurídica em que estão integrados.
Orgãos periféricos:
exercem a sua competência apenas sobre uma parte da área de actuação
da pessoa jurídica em que estão integrados.
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5/4/2011
Princípio da maioridade
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Excepções:
CRP exige maioria absoluta no 168 nº5 – leis orgânicas;
192 nº4 – rejeição do programa de governo – maioria absoluta dos
membros efectivos nas suas funções
126º - maioria absoluta;
136 n º2 – maioria absoluta;
256 nº1 –instituição ds regiões administrtivas – maioria absoluta;
286º - maioria qualificada (2/3);
163º h) – eleição dos titulares de x órgõs, maioria qualificada (2/3 dos
presentes não inferior à maioria dos efectivos);
284º - maioria superior a 4/5 dos deputados – super qualificada (184 no
caso da AR).
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12 de Abril
Mecanismo de responsabilidade:
Quem se desvia da sua função pode ser por exemplo demitido (195º,
articulado com 133ºalínea g)) pelo PR.
A censura da AR dirigida ao governo - art. 194º - mecanismo
utilizado com frequência.
Dissolução da AR pelo PR - art. 172º (articular com 133º e)). Aqui o
PR tem de ouvir os partidos políticos e o conselho de estado.
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Responsabilidade criminal:
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Excepções:
O exercício da função de juiz não está sujeito a limitação temporal - 216
nº1- os juízes são inamovíveis. Excepção - os juízes do tribunal
constitucional exercem função por nove anos e não é renovável - 223 nº3;
195 nº1 b) - PM
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