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O Jogo Lúdico

Texto: Cristina Tolenttino

O homem primitivo era uma criatura dada às práticas lúdicas. Desde o início foi
um imitador, trazendo dentro de si uma incontida ânsia de "ser outro". Ele
partilhava esse atributo com os animais, mas ultrapassava-os na flexibilidade
de seu corpo e voz, na desenvolvida consciência de sua vontade e na
capacidade de ordenar seu cérebro. Também brincava com seus irmãos
animais, descarregando não só sua vitalidade física, mas preparando-se para
ações significativas, como a luta pela sobrevivência, pela vida.
Essa luta pela existência forçou o homem primitivo a uma visão
declaradamente prática e utilitária: queria comer regularmente, conquistar seus
inimigos e pôr-se a salvo de ataques.
Assim, logo aprendeu que podia realizar seus desejos, simbolizando-os através
dos ritos. E o jogo teatral, a noção de representação, nasce essencialmente
vinculada ao ritual mágico e religioso primitivo.

O Homem Caçador
O homem caçador, antes de iniciar a caça, realizava rituais que o ajudaria na
sua missão. Os atuantes meio dançavam, meio representavam (movimentos de
corpo, pulos, saltos), cobriam-se com máscaras, peles e folhagens para
identificar-se com o espírito animal. Dessa maneira, o homem primitivo
começava a aguçar sua consciência da natureza e intensificava seu
ajustamento a ela. Representava uma caçada e seu sucesso nela, tentando
torná-la realidade.

O Homem Agricultor
Quando este homem caçador (bastante nômade) passa a estabelecer-se em
comunidades (devido ao desenvolvimento da agricultura), começa a desvendar
a relação entre seu suprimento de alimentos e a fértil estação das chuvas ou
do máximo calor solar. Seu maior terror era a colheita arruinada e um inverno
rigoroso. Toda sua concentração estava focada no medo do inverno
(relacionado com a morte) e na esperança da primavera (relacionada com a
vida). Neste momento, começa a incluir efetivamente algo de pensamento
científico em seu rito dramático. Uma série de rituais se desenvolve em
determinados períodos do ano: a morte era expulsa no solstício de inverno e
durante o equinócio vernal, as tribos celebravam o ritual da primavera.

Evolução dos Ritos


Gradualmente os ritos assumem maior complexidade: ritmo de dança, símbolos
mais sutis e representações mais dinâmicas. A dança pantomima se torna a
mais acabada das primitivas formas de drama. O sacerdote que conduz estes
ritos, vai assumindo diversas funções dentro dessa complexidade: torna-se um
coreógrafo (enquanto condutor de danças mais elaboradas), um inventor
(criando os primeiros "adereços" teatrais, quando por exemplo, emprega
pedaços de galho em ziguezague para imitar o trovão e o relâmpago que
surgem durante a estação chuvosa), um poeta (em virtude da imaginação que
o capacita a animar a natureza ou personificar suas forças como espíritos), um
cientista (desde que é um fazedor de milagres, um feiticeiro que exorciza
doenças - antecipando o poder curativo ou purgativo do drama - e um
proponente da idéia de que a humanidade pode obter o domínio da natureza),
um filósofo social (pois é quem organiza a representação como atividade
comunitária e amplia a realidade da comuna primitiva. Sob sua liderança a
natureza não está sendo dominada para o indivíduo, mas para a tribo).
Outros ritos diretamente relacionados com a organização social primitiva,
desenvolveram-se sob sua tutela - a iniciação dos jovens na tribo e as diversas
maneiras de adorar os ancestrais que cristalizam o conceito da sociedade
primitiva.
Com toda probabilidade esse herói, o sacerdote, é o primeiro deus - a
personagem sobre cuja imagem são criados os espíritos da natureza e seres
divinos. Muito antes que o homem primitivo pudesse conceber a idéia abstrata
de um poderoso agente sobrenatural, tinha que competir com um ser humano
todo-poderoso.
Assim, se essa figura foi potente enquanto estava viva, poderia ser igualmente
potente após sua morte. Ela poderia voltar como um fantasma cuja ira deveria
ser prevenida ou apaziguada com ritos tumulares.
As boas razões para essa ira: poderia ter sido assassinado por filhos ciosos de
seu autocrático controle das propriedades e mulheres da comunidade; poderia
ter sido chacinado pela tribo num ato de rebelião; poderia também ter sido
morto, porque a tribo julgou oportuno transferir sua alma mágica e doadora de
força para o corpo mais jovem e vigoroso de um novo rei sacerdote; até mesmo
sua morte natural poderia encher os descendentes de sentimentos de culpa,
por algum desejo inexpresso de vê-lo destruído. Ao lado disso, a potência do
morto também poderia ser de natureza benéfica, pois ele foi um guia e zelador
de seu povo.
Assim, o principal assunto da tragédia, a MORTE, ingressa no teatro. O homem
primitivo nega a morte trazendo de volta o falecido sob a forma de espírito, e o
rito do ancestral ou adoração do espírito converte-se em uma representação
gráfica dessa ressurreição, nascendo assim, os Ritos Tumulares.
O túmulo torna-se o palco e os atores representam fantasmas.
TEATRO - evocação dos mortos, algo de ressurreição. Espaço da morte e do
crivo da vida. Quando, nessa longínqua data, a MORTE entrou no palco, a
TRAGÉDIA havia nascido.

Orgia Báquica
Uma outra forma de negar a mortalidade era aumentar o índice de nascimentos
e este era da maior importância para tribos rivais. Daí, vieram representações
que interpretavam e induziam à procriação: os ritos de fertilidade. Os RITOS
FÁLICOS ou SEXUAIS eram caracterizados por muitos festins e tendiam a
reproduzir elementos eróticos do ato sexual. Permitia-se uma total liberação da
libido reprimida. Dessas pantomimas é que nasceu a COMÉDIA, com sua
imensa alegria e com o riso que silencia muitas ansiedades ou dores do
coração do espectador.
A vida era também afirmada pela adoração da potência de um animal. Era
costume sacrificar um touro, cavalo, bode ou outra criatura e incorporar seu
"mana" ou poder mágico, através da partilha da carne e do sangue. Assim, a
morte do animal sagrado era simbolicamente "desfeita" de diversas formas. Se,
por exemplo, o sacerdote vestisse a pele de um animal e dançasse, ele podia
provar que o animal ainda estava vivo e na realidade era indestrutível.
Um feiticeiro do Cameron usando uma máscara de leão. Ele não finge ser um
leão; está convencido de que é um leão. Ele partilha uma "identidade psíquica"
com o animal - identidade existente no reino do mito e do simbolismo. O
homem "racional" moderno tentou livrar-se deste tipo de associação psíquica
(que no entanto subsiste no seu inconsciente); para ele, uma espada é uma
espada e um leão é apenas o que o dicionário define.
Os ritos de passagem também eram de fundamental importância para a
organização da vida em comunidade: o ingresso de novos adultos na tribo
requeria ritos de iniciação e a cerimônia mostrava o adolescente morrendo
como criança e renascendo como homem.

Iniciação de circuncisão entre os aborígenes


Nos primitivos rituais de iniciação, o menino é arrancado da infância, e seu
corpo é marcado com cicatrizes. Então ele passa a ter o corpo de um homem.
Não há como voltar à infância, depois de um espetáculo desses.
Nessa complexidade de rituais podemos perceber o conteúdo do teatro
ampliando-se e sua estrutura tomando forma. Ação e imitação no início,
amplia-se para uma luta central - a batalha entre a boa e a má estação, entre a
vida e a morte.
Esta luta vai se traduzir no teatro como o princípio dinâmico do drama - O
CONFLITO. Apenas um elemento é necessário para completar os requisitos
mínimos do drama - a TRAMA - que já estava presente de maneira muito
simples nos ritos mais antigos: "meu caminho cruzou com o de um animal
feroz, ele rosnou e me atacou, agachei-me, joguei minha lança, disparei minha
flecha, matei-o e trouxe-o para casa."
A TRAMA foi ampliada pela lembrança dos feitos das pessoas que eram objeto
dos ritos tumulares e adquiriu maravilha e estatura quando os espíritos da
vegetação e os espíritos ancestrais foram dotados de notáveis características.
Nasce, neste momento, a MITOLOGIA. O MITO, que suplementado pelo
material da SAGA, tornou-se o assunto do drama: um deus e a personificação
de um poder motivador ou de um sistema de valores que funcionam para a vida
humana e para o universo - os poderes do seu próprio corpo e da natureza.
Como disse Joseph Campbell: "os mitos são metáforas (imagem que sugere
alguma outra coisa) da potencialidade espiritual do ser humano, e os mesmos
poderes que animam nossa vida animam a vida no mundo. O mito nos ensina a
penetrar no labirinto da vida de modo que os nossos valores espirituais se
manifestem" (...) "a fonte da vida temporal é a eternidade. A eternidade se
derrama a si mesma no mundo.. e a idéia mítica, do deus que se torna múltiplo
em nós. Identificar-se com esse aspecto divino, imortal, de você mesmo, é
identificar-se com a divindade."
Na sua evolução, a história dramatizada passa a compreender personalidades
individualizadas que viveram, trabalharam, atingiram a grandeza, sofreram e
morreram ou, de algum modo, triunfaram sobre a morte. O deus ou herói
deificado entrou no teatro com segurança e sua personalidade e importância
eram exaltadas e honradas por todos os recursos que o teatro primitivo
conseguia concentrar. As peças que assim se materializaram eram chamadas
de "PAIXÔES" e surgiram inicialmente no Egito e na Mesopotâmia.
O herói do drama egípcio era Osíris, herói deificado, deus do cereal, espírito
das árvores, patrono da fertilidade e senhor da vida e da morte.
Nas "PAIXÕES" representadas em honra de Osíris, os detalhes dos lamentos
por sua morte, do encontro do corpo, de sua devolução à vida e das jubilosas
saudações ao deus ressuscitado, eram tratados com grande pompa.
A peça converteu-se em parte de um festival grandioso e esfuziante que
durava dezoito dias e iniciava-se com uma cerimônia de aradura e semeadura.
Os dramas sírios giravam em torno da figura de Tamuz ou Adônis, deus das
águas e das colheitas, que deviam sua abundância aos rios da Mesopotâmia.
As "Paixões" de Osíris e Tamuz promoveram progressos fantásticos no teatro:
o RITUAL mais elaborado do deus introduziu cortejos e procissões, imagens,
quadros e objetos de cena (como o barco de Osíris que era atacado por seus
inimigos).
A dura tarefa de organizar a "PAIXÃO" tornou-se cada vez mais uma
especialidade e finalmente acabou por passar dos sacerdotes para os LAICOS.
E desde que os heróis dessas "Paixões" eram indivíduos definidos, o teatro
deu um passo rumo a INTERPRETAÇÃO INDIVIDUAL.
Depois das "Paixões", houve mais dois acréscimos a fim de preparar o drama
para a importante posição que ocuparia em tempos posteriores: heróis
completamente humanos e diálogos, que se desenvolveriam na Grécia.
Tal como seus companheiros no Egito e na Síria, o grego primitivo estava
mergulhado na magia e no ritual. O retorno da primavera era antecipado e
celebrado de inúmeras formas: uma delas era a representação do
levantamento do espírito da terra - Perséfone - que no mito familiar é arrastada
para o mundo subterrâneo por um tremendo amante - Plutão - ou a morte. Em
Delfos, para propiciar a chegada da estação fértil, os gregos queimavam uma
boneca - "Charila" - a Virgem da Primavera e doadora de graças.
Mas possivelmente a mais importante influência ritual sobre o teatro
subseqüente estaria centrada na figura de Dionísio, que era reconhecido sob
diversos nomes: Espírito da Primavera, Deus do Renascimento, Deus Touro,
Deus Bode... Como deus do vinho, o mais comum de seus títulos, apenas
exprimia um aspecto simbólico de sua divindade energética.
Seu rito, conhecido como o ditirambo, era uma "dança de saltos" ou dança de
abandono, acompanhada por movimentos dramáticos e dotada de hinos
apropriados. O sacrifício de um animal, provavelmente um bode, e muita
pantomima executada pelo coro de dançarinos vestidos com peles de bode
(simbolizando assim a ressurreição do deus bode), também eram traços do rito.
Com o tempo, os líderes do ditirambo acabaram por incluir detalhes correlatos,
tirados dos muitos contos de ancestrais ou heróis locais, que vinham sendo
recitados pelos poetas ou representados em ritos tumulares. Finalmente, as
palavras associadas às danças ditirâmbicas - que no inicio eram espontâneas e
fragmentárias - tornaram-se cada vez mais elaboradas, sendo essa evolução
facilitada pela rápida ascensão da poesia grega. Os versos que eram cantados
em uníssono ou divididos entre os coros, começaram a assumir a forma de um
diálogo individual.
Assim, quando Téspis, um diretor de coros, com a cara lambuzada de grés
branco - talvez simulando o deus morto - se colocou em pé sobre uma mesa e
dirigiu-se ao líder do coro, nasceu o diálogo na Grécia. Téspis cria o ator
clássico, distinto do dançarino. Sua mesa que provavelmente servia de altar
para o sacrifício animal, foi também o primeiro esboço de um palco diferente do
primitivo círculo de dança.
Em 535 a.C, surge um concurso de peças, promovido por Pisístrato, que trouxe
para a cidade de Atenas um rústico festival dionisíaco. O "teatro" foi construído
para acomodar os ditirambos e peças primitivas que compreendiam as
principais manifestações dessas celebrações democráticas. Ao lado de Téspis,
Pisístrato partilha das honras de haver dado o impulso inicial ao TEATRO
GREGO.
Em grande parte, deve-se a Pisístrato, o estabelecimento da voga dos épicos
homéricos na cidade. Depois disso, tornou-se bastante simples para a galáxia
de heróis homéricos - Agamenon, Odisseu, Aquiles e outros - ocuparem seu
lugar ao lado de Dionísio entre as personagens dramáticas do teatro.

Teatro de Dionísio
Dionísio torna-se o patrono do teatro e é honrado com uma elaborada
procissão que acontecia na abertura das Dionisíacas Urbanas: um concurso
onde cada poeta selecionado apresentava uma tetralogia - três tragédias e um
drama satírico. Depois de algum tempo, as comédias também foram
incorporadas.
Assim, o drama atinge a maturidade nas eras clássicas da Grécia e de Roma.
Dá o primeiro passo em direção à caracterização e ao conteúdo amplamente
humano. O teatro termina por tornar-se uma síntese das artes: poesia e ação
dramática, dança, música, pintura... e resulta em poderoso órgão para a
expressão da experiência e do pensamento humanos.
Como diz Patrice Pavis: "a separação dos papéis entre atores e espectadores,
o estabelecimento de um relato mítico, a escolha de um lugar específico para
esse encontros, institucionalizam pouco a pouco o rito em acontecimento
teatral."

Egito e Antigo Oriente

A história do Egito e do Antigo Oriente Próximo nos proporciona o registro dos


povos que, nos três milênios anteriores a Cristo, lançaram as bases da
civilização ocidental. Eram povos atuantes nas regiões que iam desde o rio Nilo
aos rios Tigre e Eufrates e ao planalto iraniano, desde o Bósforo até o Golfo
Pérsico. Nesta criativa época da humanidade, o Egito instituiu as artes
plásticas, a Mesopotâmia, a ciência e Israel, uma religião mundial.

A leste e a oeste do mar Vermelho, o rei-deus do Egito era o único e todo-


poderoso legislador, a mais alta autoridade e juiz na terra. A ele rendiam-se
homenagens em múltiplas formas de música, dança e diálogo dramático. Nas
celebrações dos festivais, em glorificação à vida neste mundo ou no além-
mundo, era ele figura central, e não se economizava pompa no que concernia à
sua pessoa. Esta era a posição dos dinastas do Egito, dos grandes
legisladores sumérios, dos imperadores dos acádios, dos reis-deuses de Ur,
dos governantes do império hitita e também dos reis da Síria e da Palestina.

No Egito e por todo o antigo Oriente Próximo, a religião e mistérios, todo


pensamento e ação eram determinados pela realeza, o único princípio
ordenador. Alexandre, sabiamente respeitoso, submeteu-se a ela em seu
triunfante progresso. Visitou o túmulo de Ciro e lhe prestou homenagem, da
mesma forma que o próprio Ciro havia prestado homenagens nas tumbas dos
grandes reis da Babilônia.

Durante muitos séculos, as fontes das quais emergiu a imagem do antigo


Oriente Próximo estiveram limitadas a alguns poucos documentos: o Antigo
Testamento, que fala da Sabedoria e da vida luxuosa do Egito, e das narrativas
de alguns escritores da Antigüidade, que culpavam uns aos outros por sua
“orientação notavelmente pobre”. Mesmo Heródoto, o “pai da História”, que
visitou o Egito e a Mesopotâmia no século V a.C., é freqüentemente vago. Seu
silêncio sobre os “jardins suspenso de Semíramis” diminui o nosso
conhecimento de uma das Sete Maravilhas do mundo, e o fato de o pavilhão do
festival do Ano Novo de Nabucodonosor permanecer desconhecido para ele
priva os pesquisadores do teatro de valiosas chaves.

A ORIGEM DO TEATRO
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Estudos Literários
Surgido nas sociedades primitivas como ritual mágico destinado a obter o favor
dos Deuses na caça ou na colheita, e logo vinculado ao desenvolvimento das
primeiras religiões, o teatro é uma das mais antigas expressões artísticas da
humanidade: em todas as épocas e entre todos os povos existe o desejo de
desempenhar temporariamente o papel de outrem, fantasiar-se e falar à
maneira dele.
O TERMO - teatro surgiu na Grécia; porém em língua portuguesa veio do
latim theatrum, que por sua vez originou-se do grego théatron, derivado do
verbo ver = theaomai, ou seja, théa = vista, visão (no sentido de panorama) + o
sufixo [-tron] = instrumento, donde, "lugar onde se vê".
O vocábulo teatro apresenta as seguintes acepções:
a) Local onde se realizam os espetáculos.
b) Os próprios espetáculos.
c) O conjunto de textos, produzidos por um autor e a interpretação.
Essas três acepções, somadas, levam-nos a ideia de que o teatro é a arte do
espetáculo. Contudo, nem todo o espetáculo é teatro. Para que seja teatro são
imperativos a pré-existência do texto e a representação sobre um palco. Sob
essas características, texto e ação, o teatro adquire seu verdadeiro significado.
A ORIGEM - Se fossemos buscar as origens primitivas do teatro, nos
perderíamos no tempo falando de cerimônias e ritos religiosos cheios de
magias e símbolos que eram verdadeiros espetáculos teatrais. Para sermos
práticos vamo-nos apoiar em documentos.
É difícil precisar quando surgiram as primeiras manifestações cênicas;
entretanto, crê-se ter surgido entre os povos primitivos como parte de rituais,
pois as sociedades primitivas realizavam rituais e práticas religiosas que
continham elementos teatrais como a dança e as representações cênicas,
destinadas a acalmar ou agradar os deuses e deles obter favorecimentos para
a sobrevivência (fertilidade da terra, sucesso nas batalhas, etc.). Não raro, os
personagens destas danças usavam máscaras que representavam seus
deuses. De modo que podemos considerar o teatro como uma das mais
antigas formas de arte.
A informação que temos vem das pinturas em cavernas e da decoração em
artefatos. As informações mais completas e detalhadas que chegaram até nós,
referem-se às encenações teatrais da Antiguidade Grega.
Os gregos podem ter acreditado que foram eles os inventores do teatro, mas
de acordo com os registros deixados pelo povo egípcio, eles precederam os
gregos nas apresentações públicas. Os documentos revelam que os egípcios
tinham, nas encenações, uma das expressões de sua cultura. Essas
representações tiveram origem religiosa, cuja finalidade era exaltar as
principais divindades da mitologia egípcia, principalmente, Hórus, Osíris e Ísis.
A história do deus Osíris, um drama mitológico, representado anualmente nos
festivais, é a peça mais antiga que se conhece (escrita em 3200 a. C.). Relata
a história do assassinato do deus Osíris por seu irmão Seth. O texto dessa
peça, escrito num papiro, foi descoberto por arqueólogos em Luxor, no ano de
1895. Ele contém, entre outras coisas, as ilustrações das cenas, as palavras
ditas pelos atores que representam a história e comentários explicativos. A
morte de Hórus também era um dos temas centrais do teatro egípcio. E foi do
Egito que elas passaram para a Grécia, onde o teatro desenvolveu-se
admiravelmente, graças à genialidade dos dramaturgos gregos.
No continente asiático o teatro também já existia, embora, com outras
características, que ainda hoje o singularizam. Na china, por exemplo, há
referências de espetáculos teatrais - que envolviam música, palhaços e
acrobacias - desde 2205 (um pouco depois do egípcio) e que se prolongou até
1766 antes da era cristã, durante a Dinastia Hsia. O que, cronologicamente, dá
aos chineses o segundo lugar na hierarquia teatral.
A Índia começou a desenvolver seu teatro cinco séculos antes da era cristã. Os
poemas Ramayana e Mahabharata podem ser considerados as primeiras
peças originadas na Índia. Esses épicos forneceram a inspiração para os
primeiros dramaturgos indianos, como Bhasa no (século II a. C.). Portanto, o
teatro egípcio, o chinês e o indiano, surgiram muito antes do teatro grego.
O Japão e a Coréia, mesmo sem contatos com o mundo ocidental,
desenvolveram, formas próprias de teatro. No Japão, o sacerdote Kwanamy
Kiyotsugu, que viveu entre os anos de 1333 e 1384 da era cristã (Idade Média),
foi o primeiro dramaturgo japonês. O seu teatro era de extrema perfeição
técnica. Tinha entre suas principais manifestações, a dramaturgia Nô, surgida
do ensino do budismo Zen e dotada de grande complexidade psicológica e
simbólica, e o Kabuki, mais popular, embora igualmente importante.
Verificando-se que as representações, nestas nações assumiram cunho
inteiramente diverso do grego, não é sem razão afirmarmos que, somente para
o mundo ocidental, a Grécia é considerada o berço do teatro.

Egito: artes visuais e cênicas


EGITO
No Egito Antigo, país localizado na região nordeste da África, em
aproximadamente 3000 a.C., a parede já era usada para desenhar e fazer
baixos relevos com a intenção de registrar a sua história, das dinastias e de
sua mitologia. O povo egípcio acreditava que após a sua morte, poderia viver
eternamente no “Mundo dos Mortos”, se tivesse lido o “Livro dos Mortos” que
comentava sobre os deuses egípcios. Mas só poderiam viver neste mundo,
desfrutando de tudo o que tiveram em vida, após um julgamento, conhecido
como “Julgamento de Osíris”, onde seu coração era pesado e deveria pesar
menos que uma pena. O Faraó contratava artesãos e escribas para, nas
paredes das pirâmides, registrar com desenhos detalhados a sua vida. Mas,
para que o corpo do faraó se mantivesse intacto para esta nova vida, era
necessário mumificá-lo. A representação dos personagens nestas paredes
obedecia a um padrão conhecido como “Lei da Frontalidade”, segundo o qual
as figuras eram representadas com o tronco de frente, as
pernas, braços e cabeça de lado. Quanto mais importante o personagem,
maior o espaço que sua representação ocupa na parede, obedecendo-se à
seguinte hierarquia: primeiro o Faraó, em seguida sacerdotes, depois militares,
camponeses e por último escravos.

Teatro - origens e história (resumo)


ORIGEM DO TEATRO

É comum ouvirmos dizer que o teatro começou na Grécia, há muitos séculos


atrás. No entanto, existem outros exemplos de manifestações teatrais
anteriores aos gregos.
Na China antiga, o budismo usava o teatro como forma de expressão religiosa.
No Egito, um grande espetáculo popular contava a história da ressurreição de
Osíris e da morte de Hórus.
Na Índia, se acredita que o teatro tenha surgido com Brama.
E nos tempos pré-helênicos, os cretenses homenageavam seus deuses em
teatros, provavelmente construídos no século dezenove antes de Cristo.
Através desses exemplos, pode-se perceber uma origem religiosa para as
manifestações teatrais, embora ninguém saiba ao certo como e quando surgiu
o teatro. Provavelmente nasceu junto com a curiosidade do homem, que desde
o tempo das cavernas já devia imaginar como seria ser um pássaro, ou outro
bicho qualquer. De tanto observar, ele acabou conseguindo imitar esses
bichos, para se aproximar deles sem ser visto numa caçada, por exemplo.
O próximo passo:
O homem primitivo deve ter encenado toda essa caçada para seus
companheiros das cavernas só para contar a eles como foi, já que não existia
ainda linguagem como a gente conhece hoje. Isso tudo era teatro, mas ainda
não era um espetáculo.
Muito provavelmente, o espetáculo de teatro só foi aparecer quando os rituais
entraram em cena! SANTO TEATRO!
Ao contrário do que se costuma ver hoje em dia em comédias, por exemplo,
que apresentam estruturas debochadas, de riso fácil etc., o teatro
nasce sagrado. acreditava-se que, por meio de rituais (encenações), era
possível invocar aos deuses e as forças da natureza para fazer chover, tornar a
terra mais fértil e as caças mais fáceis, ou deixar os desastres naturais bem
longe de sua comunidade.
destes rituais envolviam o cantos, as danças e as encenações de histórias dos
deuses, que assim deveriam ficar felizes com a homenagem e ser bonzinhos
com os homens.
Ainda hoje, muitas espécies de teatro, especialmente no Oriente, ainda são
ligados ao sagrado, e encenam histórias de deuses há milênios, porém,
foi no ocidente, que um tipo especial de teatro surge a partir destes mesmos
rituais: o Teatro Grego.
A PALAVRA "TEATRO" SIGNIFICA UM GÊNERO DE ARTE E TAMBÉM UMA
CASA, ou edifício, em que são representados vários tipos de espetáculos. A
palavra provém da forma grega "Theatron", derivada do verbo "ver"(theaomai)
e do substantivo "vista"(thea), no sentido de panorama. Do grego, passou para
o latim com a forma de "Theatrum" e, através do latim para outras línguas,
inclusive a nossa. Porém, o teatro não é uma invenção grega, espalhada pelo
resto do mundo. É uma MANIFESTAÇÃO ARTÍSTICA PRESENTE NA
CULTURA DE MUITOS POVOS e se desenvolveu espontaneamente em
diferentes latitudes, ainda que, na maioria dos casos, por imitação. Antes
mesmo do florescimento do teatro grego na antiguidade, a civilização egípcia
tinha nas representações dramáticas uma das expressões de sua cultura.
Essas representações tiveram ORIGEM RELIGIOSA, sendo destinados a
exaltar as principais divindades da mitologia egípcia, principalmente Osíris e
Ísis. Três mil de duzentos anos antes de cristo já existiam tais representações
teatrais. E foi do Egito que elas passaram para a Grécia, onde o teatro teve um
florescimento admirável, graças á genialidade dos dramaturgos gregos. PARA
O MUNDO OCIDENTAL, A GRÉCIA É CONSIDERADA O BERÇO DO
TEATRO, ainda que a precedência seja o Egito.
No continente asiático o teatro também existia, com outras características, que
ainda hoje o singularizam. Na china, por exemplo, o teatro foi estabelecido
durante a dinastia Hsia, que se prolongou do ano 2205 ao ano 1766 antes da
era cristã. Portanto, o teatro chinês é o segundo, cronologicamente, antes
mesmo do teatro grego. Como no Egito, surgiu também com características
rituais. Mas além das celebrações de caráter religioso, passaram também a ser
evocados os êxitos militares e outros acontecimentos. Assim, as procissões e
danças foram cedendo lugar á forma dramática. A Índia começou a
desenvolver seu teatro cinco séculos antes da era cristã, depois do
aparecimento de seus poemas egípcios Mahabharata e Ramayana, que são as
grandes fontes de inspiração dos primeiros dramaturgos indianos. Países tão
distantes como a Coréia e o Japão, mesmo sem contatos com o mundo
ocidental, desenvolveram ao seu modo formas próprias de teatro a Coréia
ainda antes da era cristã e o Japão durante a Idade Média (o primeiro
dramaturgo japonês, o sacerdote Kwanamy Kiyotsugu, viveu entre os anos de
1333 e 1384 da era cristã).
A ORIGEM DO TEATRO REMONTA ÀS PRIMEIRAS SOCIEDADES
PRIMITIVAS que acreditavam que a dança imitativa trazia poderes
sobrenaturais e controlava os fatos necessários à sobrevivência (fertilidade da
terra, casa, sucesso nas batalhas, etc.). Estas mesmas danças eram feitas
para exorcizar os maus espíritos. Portanto, a conclusão de historiadores aponta
que O TEATRO, EM SUAS ORIGENS, POSSUÍA CARÁTER RITUALÍSTICO.
Com o desenvolvimento do domínio e o conhecimento do homem em relação
aos fenômenos naturais, o teatro foi aos poucos deixando suas características
ritualísticas, dando lugar às ações educativas. EM UM ESTÁGIO DE MAIOR
DESENVOLVIMENTO, O TEATRO PASSOU A SER O LUGAR DE
REPRESENTAÇÃO DE LENDAS RELACIONADAS AOS DEUSES E HERÓIS.

O teatro ou a arte de representar floresceu em terrenos sagrados à sombra dos


templos, de todas as crenças e em todas as épocas, na Índia, Egito, Grécia,
China, entre outras nações e nas igrejas da Idade Média. Foi a forma que o
homem descobriu para manifestar seus sentimentos de amor, dor e ódio.

SÃO QUATRO OS PRINCIPAIS GÊNEROS DRAMÁTICOS CONHECIDOS:


A tragédia, nascida na Grécia, segue três características: antiga, média e nova.
É a representação viva das paixões e dos interesses humanos, tendo por fim a
moralização de um povo ou de uma sociedade.
A comédia representa os ridículos da humanidade ou os maus costumes de
uma sociedade e também segue três vertentes: a política, a alegórica e a
moral.
A tragicomédia é a transição da comédia para o drama. Representa
personagens ilustres ou heróis, praticando atos irrisórios.
O drama (melodrama) é representado acompanhado por música. No palco,
episódios complicados da vida humana como a dor e a tristeza combinados
com o prazer e a alegria.
O TEATRO, EXPRESSÃO DAS MAIS ANTIGAS DO ESPÍRITO LÚDICO DA
HUMANIDADE, é uma arte cênica peculiar, pois embora tome quase sempre
como ponto de partida um texto literário (comédia, drama, e outros gêneros),
EXIGE UMA SEGUNDA OPERAÇÃO ARTÍSTICA: A TRANSFORMAÇÃO DA
LITERATURA EM ESPETÁCULO CÊNICO E SUA TRANSFORMAÇÃO
DIRETA COM A PLATÉIA.

Assim, por maior que seja a interdependência entre texto dramático e o


espetáculo, o ator e a cena criam uma linguagem específica e uma arte
essencialmente distinta da criação literária. A ARTE DOS ATORES E DO
DIRETOR DE CENA NÃO SOBREVIVE À REPRESENTAÇÃO; OS TEXTOS
FICAM.
Durante os espetáculos, o texto dramático se realiza mediante a metamorfose
do ator em personagem. A literatura dramática não é um gênero, como outros,
da literatura geral, pela indispensável presença e cooperação do público.
Assim, o teatro é principalmente fenômeno social e, como tal, sujeito às leis e
dialética históricas. Por isso, não existe teatro em sentido absoluto, com
normas permanentes, mas vários teatros, muito diferentes, de diversas épocas
e nações quanto mais remotas, tanto menos operantes em períodos seguintes.
DIONISIO E O TEATRO GREGO
Muitos deuses eram cultuados na Grécia, há muito tempo, cerca de cinco
séculos antes de Cristo. Eram deuses parecidos com os homens, que tinham
vontades e humores, e eram ligados com os elementos da Natureza e da vida.
E um deus muito especial era Dioniso, ou Baco. Dioniso era o deus do vinho,
do entusiasmo, da fertilidade e do teatro.
Em sua homenagem, eram feitas grandes festas, em que as pessoas cantavam
e narravam em coros uma poesia chamada ditirambo. Tinha até concurso de
ditirambo!
Dos ditirambos nasceram outras festas para homenagear Dioniso, as Dionísias
Urbanas. Foi nas Dionísias que surgiu o primeiro traço do teatro como
conhecemos hoje: um dos atores do coro se desligou e disse ser um deus, ou
um herói, e não ele mesmo, e assim começou a dialogar com o coro. Foi assim
que surgiram os primeiros atores, e este foi o primeiro passo para as peças de
teatro escritas.
TRAGÉDIAS E COMÉDIAS GREGAS
As peças de teatro na Grécia antiga contavam histórias dos mitos gregos, onde
os deuses eram muito importantes. Elas passaram a ser representadas em
espaços especiais, que são parecidos com os teatros de hoje. Eram
construções em forma de meia-lua, cavadas no chão, com bancos parecidos
com arquibancadas, chamados teatros de arena.
Um dos mais famosos está em pé até hoje, em Atenas, na Grécia, e se chama
Epidaurus. Uma coisa curiosa nas encenações é que só os homens podiam
atuar, já que as mulheres não eram consideradas cidadãs. Por isso, as peças
gregas eram encenadas com grandes máscaras!
Existiam dois tipos de peças: as tragédias e as comédias. As tragédias eram
histórias dramáticas, e mostravam homens que, por não aceitarem a vontade
Divina, acabavam em maus bocados. Os autores de tragédia grega mais
famosos foram Ésquilo, Sófocles e Eurípides.
As comédias eram histórias engraçadas chamadas sátiras, que são gozações
da vida. Um grande autor de comédia grega foi Aristófanes.
Todos esses autores influenciaram muito o teatro que veio depois, e suas
peças são encenadas até hoje.
A EVOLUÇÃO TEATRAL
A partir do século XVIII, acontecimentos como as Revoluções Francesas e
Industriais, mudaram a estrutura de muitas peças, popularizando-as através de
formas como o melodrama. Nessa época, em todo o mundo, surgiram
inovações estruturais, como o elevador hidráulico, a iluminação a gás e elétrica
(1881). Os cenários e os figurinos começaram a ser mais bem elaborados,
visando transmitir maior realismo, e as sessões teatrais passaram a comportar
somente uma peça. Diante de tal evolução e complexidade estrutural, foi
inevitável o surgimento da figura do diretor.
SÉCULO XX
O teatro do século XX se caracteriza pelo ecletismo e quebra de tradições,
tanto no "design" cênico e na direção teatral, quanto na infra-estrutura e nos
estilos de interpretação. Podemos dizer, sob esse prisma, que o dramaturgo
alemão Bertolt Brecht foi o maior inovador do chamado teatro moderno. Hoje, o
teatro contemporâneo abriga, sem preconceitos, tanto as tradições realistas
como as não-realistas.

GLOSÁRIO
Imitação - Para Aristóteles, a imitação é algo instintivo ao homem. Assim
sendo, este se expressa artisticamente reproduzindo a realidade que o cerca,
ou seja, "imitando" essa realidade através de um processo de representação. A
imitação, segundo Aristóteles, é um princípio comum a todas as artes, poesia,
música, dança, pintura ou escultura. As diferenças que essas artes apresentam
são, pois, de natureza formal, e podem ser quanto ao meio empregado para
imitar, quanto ao objeto imitado ou ao modo de imitação.
Ação - Por ação, consideremos, como Hegel (1770-1831), “a vontade humana
que persegue seus objetivos” (parafraseado por Renata Pallottini em
Introdução à Dramaturgia, p. 16)
Catarsis - Termo empregado por Aristóteles para definir a finalidade última da
tragédia como sendo a purgação ou purificação das emoções de terror e
compaixão. A complexidade de determinar um significado preciso para tal
conceito está relacionada tanto a problemas de tradução quanto a problemas
de interpretação. “Catársis”, em grego, na verdade pode significar tanto
“purgação”, no sentido médico de limpeza do corpo, como “ purificação", no
sentido religioso de limpeza de espírito.
Théatron - Palavra grega para denominar o auditório dos antigos teatros.
Literalmente significa " lugar de onde se vê" .
Skéne - O antigo teatro grego era constituído por duas unidades arquitetônicas
separadas, o "théatron" e a "skené", ligadas pela "orchéstra". Literalmente, do
grego, skené significa "tenda, barraca", e originalmente o termo referia-se ao
local onde os atores se vestiam.

CONHECENDO A ORIGEM DO TEATRO

A ORIGEM DO TEATRO
A palavra teatro é um gênero de arte e também uma casa, ou um edifício, em
que são representados vários tipos de espetáculo. Ele provém da forma grega
theatron, derivada do verbo “ver” ( theaonai ) e do substantivo “vista” (thea) no
sentido de panorama. Do Greco, passou para o latim com a forma de
theatrume, através do latim, para outras línguas, inclusive a nossa. Más o
teatro não é uma invenção grega, espalhada pelo resto do mundo. É uma
manifstação artística presente na cultura de muitos povos e desenvolvida
espontaneamente em diferentes latitudes, ainda que na maioria dos casos, por
imitação. Antes mesmo do florescimento do teatro grego da antiguidade, a
civilização egípcia tinha nas representações dramáticas uma das expressões
da sua cultura. Essas representações tiveram origem sendo destinadas a
exaltar as principais divindades da mitologia egípcia. Osíris Isis. Três mil e
duzentos anos antes de Cristo já existiam tais representações teatrais e foi do
Egito que elas passaram para a Grécia onde o teatro teve um florescimento
admirável, graças a genialidade dosdramaturgos gregos. Para o mundo
ocidental a Grécia é considerada o berço do teatro, ainda que a precedência
seja do Egito.
Más no continente asiático o teatro também existia com outras
características, que ainda hoje o singularizam. Na china, por exemplo, o teatro
foi estabelecido durante a dinastia Hsia, que prolongou até 205 ao ano 1766 de
antes da era Cristã. Portanto, o teatro chinês é e o segundo cronologicamente,
antes do teatro grego. Como no Egito surgiu também co características rituais.
Más, além das celebrações de caráter religioso, passaram também a ser
evocados os êxitos militares e outros acontecimentos. Assim as procissões e
danças foram cedendo lugar a forma dramática. A India começou a
desenvolvolver seu teatro cinco séculos antes da era cristã, depois do
aparecimento dos seus poemas_épicos Mahabharata e Ramayama que são as
grandes fontes de inspiração dos primeiros dramaturgos idianos. Países tão
distantes como a Coréia e o Japão, mesmo sem contato com o mundo
ocidental desenvolveram a seu modo formas própias de teatro. _ A Coréia
antes da era cristã e o Japão durante a idade média ( o primeiro dramaturgo
Japonês o sacerdote Kawanany Kiotsugu viveu entre os anos 1333 e 1384 da
era cristã.)

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