31/01/2021 ANCIENT EGYPT: Amduat: Livro da Câmara Oculta e o Mistério da Meia-Noite

O Livro de:

A Câmara Oculta
ca. 1426 AC
ou:
as Doze Horas da Noite
e
o Mistério da Meia-Noite

Livro AMDUAT do que está no Duat

Livro da Câmara Oculta - Sexta Hora

A serpente de cinco cabeças "Rabo na Boca":
"a imagem misteriosa do Duat, desconhecida e invisível"
Tumba do Faraó Tutmosis III (ca. 1479 - 1426 AC)

© por Wim van den Dungen

Antuérpia - 2012

Seção 1 - Seção 2 - Seção 3

sofiatopia
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Kekoe Zemaoe

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Este livro é o ápice da pesquisa financiada pelo Estado egípcio antigo sobre o
funcionamento do submundo ou "Duat" ("dwAt", submundo, "Unterwelt",
"monde inférieur" ou "Weltinnenraum" de Rilke). O Duat é o mundo interno

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(sonho), existindo em paralelo com a Terra (dos vivos) e com os céus (dos
justificados e das divindades). É antes da vida e depois da morte. Este reino
é invadido por todos durante as horas de sono e na hora da morte. É o lar
das divindades e dos espíritos (dos ancestrais nobres e justificados) da
comitiva de Osíris . De maneira misteriosa, a indiferenciada inércia das águas
primordiais o atravessa (cf. o poço cheio de Freira da 6ª Hora). Em Nun,

Atum é a "alma de Nun" e, portanto, a capacidade de autocriar a repetição

eterna e, com ela, as forças do universo (Ennead), a criação (Horus, Re) e
sua ordem (Maat). À meia-noite, como resultado de sua união com a múmia
de Osíris, Re aproveita o poder pré-criativo de Atum projetando-se para fora
da ordem criada e retornando regenerado e rejuvenescido.

O Amduat (ca. 1426 AC), o livro do que está "no Duat", divide a jornada
noturna de Re em 12 horas, começando ao anoitecer. A presença deste livro
notável, com sua fusão invisível de significados visuais e textuais, também
destaca a acessibilidade do Duat por aqueles que ainda vivem na Terra..
Embora encontrados em túmulos reais e pertencentes ao privilégio do rei
divino, esses textos não são exclusivamente funerários, mas falam de um
ritual de rejuvenescimento (regeneração - cf. Osíris) e iluminação (real?) (Re)
nesta vida.
Repetidamente, o Amduat afirma: "É bom para os mortos ter esse
conhecimento, mas também para uma pessoa na Terra; um remédio - um
milhão de vezes comprovado!"

As primeiras especulações registradas remontam ao Reino do Meio (cerca de

1938 - 1759 AEC), se não antes (Primeiro Período Intermediário). Mesmo no
Reino Antigo, o movimento do "sah" (a múmia), do sarcófago (buria-câmara
ou "Duat") para o horizonte transfigurante (antecâmara ou "Akhet"), e daí
para as estrelas circumpolares como um espírito (ou "Akh"), reflete
preocupações complexas com condições extáticas e pós-mortais.

Nos textos da Pirâmide de Unas , o corpus mais antigo, completo e

autoritário do Heliopolitismo, o renascimento Osiriano e a iluminação solar do
rei divino são descritos. É claro que a ascensão a Re é impossível sem passar
pelo reino de Osiris.

No Reino Antigo, esta viagem foi privilégio do rei divino. De fato, neste
período da história do Egito Antigo, sua posição ainda era absoluta. Mas
depois do Reino do Meio, quando a responsabilidade pessoal (todos tinham
um Ba) e o papel das divindades (em particular Re) se tornaram mais
importantes do que a presença do Faraó, a jornada teve que ser empreendida
pelo próprio Re.

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Tratado da Câmara Oculta,

as posições dos Ba-souls,
os deuses,
as sombras,
os Akh-spirits,
e o que é feito.

O começo é o chifre do Oeste,

o portão do horizonte ocidental,
o fim é a escuridão densa,
o portão do horizonte ocidental.

Conhecer as Ba-souls do Duat,

saber o que é feito,
saber sua espiritualização para Re,
conhecer as Ba-souls secretas,
saber o que está nas horas e seus deuses,
saber o que ele chama para elas,
conhecer os portões
e os caminhos pelos quais
passa o grande deus,
conhecer o curso das horas
e seus deuses,
conhecer o florescente e o aniquilado.

Título Longo do Amduat

Nas primeiras seis horas de viagem, a diferenciação da percepção consciente

(representada pela alma de Re), iniciada ao meio-dia, termina com o
esgotamento. À meia-noite, ocorre uma conjunção entre esta consciência
Solar e o substrato divino ou base da consciência. Neste ponto de
singularidade, ou unidade entre a alma (Re) e o corpo ( Osíris ) da
consciência, a consciência ascende espontaneamente à causa autogênica final
da consciência (Atum), situada no início do tempo ("zep tepi"), fora da ordem
natural do universo observável ( Nun ).

Na conjunção, Osíris, a consciência divina como tal, testemunha a si mesmo.

Percebendo seu potencial autogênico, esta consciência viva de Re-Osíris (isto
é, alma unida ao corpo) retorna um formidável excedente de energia para o
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universo e a regeneração começa. Um novo ciclo de 24 horas é possível. A

percepção consciente integra-se nas últimas seis Horas e suas percepções se
renovam.

“Esta regeneração noturna do sol demonstra, a título de exemplo, que os

poderes de renovação operam do outro lado da morte. Ao mesmo tempo, a
jornada ocorre nos espaços da alma humana, nos quais uma renovação do
depts tornam-se possíveis. Que é uma odisseia da alma é enfatizado pelos
egípcios através da indicação de que o deus sol desce às profundezas como
um ba-alma (e portanto tem cabeça de carneiro, já que ba também é a
palavra para carneiro); aqui jazem antecedentes significativos da psicoterapia
moderna. ” Hornung , 1999, p.27. Esses estudos do Mistério da Meia-Noite e
sua Ars Obscura são divididos em duas seções e uma discussão das 12
Horas, a serem concluídas ao longo do tempo.

Seção 1 : histórico e filológico

Seção 2 :Patafísica egípcia da criação

Seção 3 :Resumo e comentários

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iniciado: 22 IX 2004 - última atualização: 21 X 2013 - versão n ° 1

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