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humano que compreende tanto a ação como a omissão é um conceito pré-jurídico - assinala ao conceito de ação o desempenho de
um papel secundário no sistema teleológico,
que desempenha adequadamente as funções negativa de exclusão e positiva de correspondendo a uma função de delimitação ou
função negativa de excluir da tipicidade
ligação, sendo portanto o conceito base de toda e qualquer modalidade de crime comportamentos jurídico penalmente
irrelevantes;
(ativo, omissivo, doloso ou negligente) suscetível das qualificações jurídico-penais da
- a primazia deve ser ao invés conferida ao
tipicidade, ilicitude e culpa. conceito de realização típica do ilícito e à
função por ele desempenhada na construção
Este autor defende que só pode servir e ser assumido como conceito base da teoria teleológica do facto punível.
geral do crime um conceito de ação que desempenhe simultaneamente uma função Para Figueiredo Dias na linha de Jescheck, para
negativa ou de exclusão, isto é, o conceito de ação deve poder funcionar como critério
se chegar, o que não se chega para ele, a um
conceito geral de ação o mesmo deve cumprir as
funções de classificação ( o conceito tem de ser
de exclusão dos factos que devam ser considerados jurídico penalmente irrelevantes, um tal que assuma o caráter de conceito
superior abrangendo todas as formas possíveis
não podendo ser objeto de uma valoração jurídico-penal e não podendo ser de aparecimento do comportamento punível e
representando o elemento comum a todas elas;
tipificados legalmente (estão neste caso as meras decisões interiores, os atos reflexos, uma função de definição e ligação, ele tem de
possuir capacidade de abranger todas as
os atos executados em absoluta inconsciência e os atos realizados sob força predicações posteriores (ação típica. Ilícita,
culposa e punível) possuindo em si o mínimo de
irresistível), ao que acresce uma função positiva ou de ligação a qual se traduz no facto substância ou materialidade indispensáveis a
suportar essas predicações posteriores sem
que são absolutamente incontroláveis pela vontade humana, tal como não censura os
atos praticados pelos animais ou os danos causados por fenómenos naturais, apenas
lamenta seus eventuais resultados socialmente nocivos e procura remediá-los e
prevenir a sua repetição.
O que é absolutamente incontrolável pela vontade humana não é objeto da norma
jurídica de determinação, não podendo ser objeto da norma jurídico-penal.
A incapacidade absoluta de ação exclui a reprovação social da omissão e uma vez
excluída fica excluída a reprovação jurídica em geral e em especial da omissão.
O mesmo se aplica aos casos de ações absolutamente incontroláveis pela vontade
como os puros atos reflexos, os atos praticados em estado de inconsciência (v.g. Commented [MOU2]: Para Figueiredo Dias:
sonambulismo) e os atos sob coação absoluta ou força irresistível (vis phisica absoluta).
- Nos crimes de omissão, o conceito social de
ação falha, já que a ação esperada só o é através
de uma imposição jurídica de ação que nasce do
Tanto nas omissões como nestas “ações” trata-se de atos de homem e não de atos tipo e daí que o conceito social de ação que
pretenda englobar também a omissão perderia a
humanos dado que não estamos diante de comportamentos humanos. sua função de ligação na medida em que
também aqui se operaria a sua pré-tipicidade.
O princípio da adequação social também é um argumento a favor da relevância e
- para este autor, o conceito social de ação
prestabilidade do conceito normativo-social de ação ou conduta humana e ele visa perde a sua neutralidade e o seu caráter prévio
e autónomo perante a doutrina da tipicidade
demonstrar que é pressuposto mínimo da tipificação jurídico penal (da tipicidade) a não cumprindo a sua função de ligação no caso
de ao nível da ação geral só poder relevar como