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Quem pode ser o perito ou assistente? Qualquer pessoa que tenha formação em psicologia. Sendo
o direito um conhecimento específico e circunscrinto, este, busca na psicologia um subsidio para
poder tomar suas decisões de maneira mais justa. Vemos então que as ciencias afetam o direito,
isto é, a psicologia afeta o direito. Como também, o direito afeta a psicologia. Pq é necessario que
a psicologo caso queira, se especialize para atender as demandas que o direito solicita. O psicologo
poderá se especializar dentro da area juridica, dentro dos conhecimento do direito para assim
subsidiar este tipo de demanda.
Psicologia forense – forense vem de FORUM, é a psicologia dentro do tribunal de justiça.
Psicologia jurídica – não atua somente no forum ou tribunal, mas pode estar dentro do ministério
publico, delegacias, defensoria publica, casas de acolhimento e detenção. É impressindível que o
psicologo se identifique com todas estas áreas. Daí vem o termo, psicologia jurídica.
No Brasil
Atraves da Resolução 14, do ano de 2000, o Conselho Federal de Psicologia reconheceu a
psicologia juridica como area de atuação do psicologo, tendo assim a possibilidade de
especializarse nesta area. É importante frizarmos aqui que existe informações de que desde 1970,
os psicologos já atuavam dentro das varas de família do TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
SÃO PAULO. Outro exemplo e mais antigo, é o que ocorria na colonia de psicopatas de Engenho
de Dentro, RJ, ao qual já se estudava os psicopatas nos meados de 1920. Devemos aqui ter em
mente que o reconhecimento do Conselho Federal de Psicologia no ano de 2000 não categoriza
como o inicio dos trabalhos de psicologia jurídica no Brasil, mas apenas reconhece. Sendo ela, uma
das ciênas mais jovens, com apenas 18 anos.
Portanto, os trabalhos realizados por aqueles que atuam em consultórios clínicos e os que
compõem equipes de outras instituições, convidados ou solicitados a emitir pareceres que serão
anexados aos autos processuais. Nesse último grupo, pode-se listar, por exemplo, os psicólogos
que exercem sua prática profissional em unidades que executam medidas socioeducativas, em
penitenciárias, em Conselhos Tutelares, em CREAS e em ONGs, entre outros. Tais explicações
também se encontram presentes em algumas indicações para atuação de profissionais, elaboradas
pelo Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (Crepop), como as dispostas
nas Referências Técnicas para Atuação do Psicólogo em Varas de Família (2010)”.
Das quatro sub-areas citadas, detemos diversas demandas. Sendo a psicologia forense, o maior
indice de solicitação de peritos e de assistentes tecnicos nos Tribunais de Justiça. Citemos algumas:
Guarda compartilhada ou auternada; processos de adoção; separação\divorcio consensual ou
litigiosa; dissolução de união estável; conflitos familiares e conjugais; pedido de revisão de pensão
alimentícia; partilha de bens, inventários e testamentos
Questões importantes da psicologia juridica. O psicologo juridico para atuar ele precisa de um
suporte teorico metodologico proveniente da psicologia clinica. Sua escuta deve esta perpassada
por uma das linhas teoricas que dão suporte. Seja elas sistemicas, Gestalt, psicanalise, Junguina,
abordagem centrada na pessoa, análise do comportamento, cognitiva e comportamental, ou seja
todas as linhas, areas que dão suporte a psicologia clinica estaram subsidiando a sua escuta dentro
da área juridica.
Pontos, questoes importantes da ordem teórica, de ordem metodológica:
O foco de atuação
Na clinica existe um foco do indivíduo. Um suporte para o sujeito, com uma demanda expontanea,
com uma queixa especifica, a qual o psicologo na clinica oferece suporte, escuta e acolhimento que
o sujeito necessita.
Na juridica, a questão é a parte. O foco de atuação é a justiça. Existe u.m conflito que
necessariamente esta atrapalhando a vida de um individuo, conjunto de pessoas, podendo ser uma
família ou grupo. Por tanto a partir deste momento, existe um foco específico, uma demanda jurídica
por tras. Em suma, por tras de uma demanda juridica, irá deter um conflito psiquico que deseja ser
resolvido, a intervesão de um terceiro, isto é, a justiça.
Psicologos juridicos não tomam decisões. Este papel é do juiz. O foco de atuação dos psicologos
juridicos sendo a justiça, torna o psicologo jurídico garantistas de direitos. Aquilo que a legislação
determina será aquilo que tal profissional irá garantir.
CLINICA = INDIVÍDUO
JURÍDICA = JUSTIÇA
O sigilo profissional
Dentro da clinica o sigilo é total. Tudo aquilo falado será mantido, dentro da clinica. O sigilo do set
terapeutico é garantido pelo codigo de ética do psicologo, podendo apenas ser quebrado por duas
vias. Risco de morte para si, ou risco de morte para outro. (suicídio ou homicídio)
Psicologia juridica
O sigilo é parcial. Se temos uma demanda da justiça, uma pergunta do juiz ao qual solicita o
conhecimento do psicologo. Ou psicologo vai colher este depoimento dentro do sistema
penitensiario para dar uma resposta ao poder judiciario. Este sigilo é parcial mas não totalmente
quebrado, pois o profissional apenas responde única e exclusivamente a aquilo que esta sendo
demandado pela justiarça. Outras questões que envolvam o sujeito, mas que não estão em
julgamento (outros crimes cometidos), são escutas em que o sigilo não é quebrado.
Dinâmica da relação.
Na clínica é transferencial. Que necessita de um processo de identificação, de um vínculo
terapêutico para que a terapia possa ter sucesso.
Já na jurídica a relação, a dinâmica é hierárquica. Isto é, o psicólogo encarna, passa a ter uma
outra posição para esse sujeito. Este outro sujeito irá encontrar um outro saber (diferente do
clinico) e que dentro de suas fantasias, tudo que ele disser, poderá voltar contra ele. Sendo assim
o índice ou probabilidade de manipulação de informações é bem maior.
O sujeito que mente para um psicólogo jurídico (diferente do âmbito clinico ao qual o sujeito mente
para ele mesmo), dentro de um processo de avaliação psicológica, ele estará tentando enganar a
decisão para se beneficiar de sua própria liberdade ou guarda de filho(s).
O Setting terapêutico
Dentro do setting terapêutico jurídico não existe tanta privacidade. Muitos presídios não possuem
infraestruturas, ao qual preserve a identidade, singularidade, individualidade e autonomia do
indivíduo.
O ambiente jurídico é diferenciado do ambiente clínico, ao qual pode haver uma mesa estará
separando você do sujeito ou uma sala multiprofissional, isto é, uma sala dividida com assistente
social, sociólogo, assistente jurídico e pedagogo, estarão todos dividindo a mesma sala dentro do
processo de avaliação.