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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

FACULDADE DE LETRAS, ARTES E COMUNICAÇÃO.

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

Fichamento do livro ‘’O que é Patrimônio Histórico?” – Carlos A.


C. Lemos.

Ana Ariela Wertzner R.A. 201301326

Caroline Vieira Lagoa R.A. 201307177

Lucas Felix do Prado R.A. 201400925

Marcio Rogério da Silva Filho R.A. 201307195

São Paulo, Abril de 2017


O patrimônio histórico está ligado ás construções antigas e seus pertences.
Hungues de Varine Bohan nos sugere que o patrimônio cultural seja dividido em três
partes:

- A primeira, que abrange os elementos pertencentes à natureza: recursos naturais que


tornam o sítio um lugar habitável. Nesta categoria estão os rios, os animais, a
salubridade da terra, insolação, topografia, entre outros.

- O segundo grupo de elementos refere-se à técnica e ao saber. Compreende toda a


capacidade de sobrevivência do homem no seu meio ambiente.

- E por fim, a terceira categoria, reúne todos os objetos, artefatos e construções obtidas
a partir do meio ambiente e do saber fazer.

Os artefatos podem ser encarados segundo a sua utilidade imediata ou segundo


a sua diversidade, sendo caracterizados principalmente pela sua vida útil. Um artefato
de pouca vida útil, por exemplo, tornando-se uma tradição. Por sua vez, artefatos com
uma longa vida útil, como as construções, podem permanecer na história com a
substituição dos seus usos originais.

Cada País possui seus próprios fundamentos sobre o que preservar. A


memória de cada povo está diretamente ligada a fatores únicos decorrentes de
processos de evolução e transformação da sociedade. Desta forma, os conceitos de
preservação Europeia sempre serão diferentes do Americano, que por sua vez será
diferente do Asiático. É no final do século XIX e início do século XX que começa a surgir
o turismo, importante fator que inicia e populariza as possibilidades da preservação e
conhecimento histórico. É nesse momento que a troca de cultura e o olhar para o
passado começa a ganhar força.

Assim, o primeiro projeto de lei destinado à preservar o patrimônio surge em


1923, por Luiz Cedro. Em 1925 objetos e móveis também são inclusos. Mário de Andrade
junto de Paulo Duarte se sensibilizaram e criam uma importante campanha chamada
“Contra o vandalismo e extermínio”. Mário então, em seu texto, define patrimônio
artístico nacional como ‘’todas as obras de arte pura ou de arte aplicada popular ou
erudita, nacional ou estrangeira, pertencentes aos poderes públicos, o a organismos
sociais e a particulares nacionais, particulares estrangeiros e residentes no Brasil”.
“Além das construções ditas históricas, detém-se também os artefatos, iconografia,
gravuras, mapas, porcelanas, livros, impressos, e outros”. Todas e quaisquer
manifestações de arte.

Em 1937 ocorre a criação do SPHAN: Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico


Nacional, mas é apenas na década de 70 que surge a noção de bens culturais vistos em
conjunto em um todo tido como “Patrimônio Ambiental Urbano”. Este é nomeado
quando o edifício preservado tem utilidade para a cidade, sendo o edifício importante
para o meio urbano e a sociedade, caso contrário, será apenas uma imagem, sem
qualquer uso, podendo provocar problemas urbanos como por exemplo a falta de
espaço ou até mesmo sujando a imagem da cidade. Como exemplo, uma cidade inteira
tombada como conjunto é Ouro Preto, onde o verdadeiro valor de preservação estava
na forma de como a cidade se assentou na topografia e nos métodos construtivos, sendo
impossível obter o conhecimento por partes isoladas.

“A cidade se alterou e não guardamos nada dos tempos antigos ali no coração
da cidade, a não ser meia dúzia de fotografias. Isso foi muito natural na cidade em
processo de metropolização fadada à desmemoria”. – pág. 60.

Em questão de preservação, Lemos diz que é necessário manter um programa


de atividades, mas que também deva existir uma adaptação de uso para que a edificação
não perca seu valor de característica arquitetônica, histórica e cultural. E completa
dizendo que o certo seria manter a edificação, sem substituir os materiais originais, e
que quando isto ocorre a edificação perde seu caráter original e vira um cenário.

Porém existem modificações como as que ocorreram na Pinacoteca de São Paulo


que seguem o que é dito pelo professor Annoni, que quando é necessária a ampliação
da área, é possível ser implantada se houver uma distinção clara de materiais e técnicas
que evidencie que são de tempos distintos.

Conclusão do Grupo

Chegamos ao entendimento que precisamos ter objetos que possuam valor


histórico na cidade, mas não é o certo preservar todos e qualquer edifícios sem motivos,
precisamos de analises aprofundadas, como a localização, as características e sua
história. Sendo que ainda assim, os edifícios precisam ter alguma utilidade para a cidade
sem que “atrapalhe” o meio urbano.

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