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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” –

FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

DISCENTES: Guilherme Pinto (noturno), RA:171220374

DOCENTE: Prof. Marcelo Passini Mariano

DISCIPLINA: Metodologia em Relações Internacionais

CURSO: Relações Internacionais, 2° ano

Apontamento: HALLIDAY, Fred. Introdução: a importância do internacional. IN:


Repensando as Relações Internacionais. Porto Alegre: Ed. da Universidade/UFRGS,
1999.

Halliday começa o texto explicando como a diversidade teórica dentro dos estudos
internacionais é uma vantagem, e não uma desvantagem. A sua grande complexidade a
abrangência possibilita ao estudante pesquisar quase todos os temas de uma forma a torná-
lo pertinente ao estudo das Relações Internacionais.

Como na maioria das disciplinas de cunho humanísticos, os assuntos pertinentes as


RI se encontram distribuídos entre vários outros, porque é difícil se concentrar em um ator tão
grande como o Estado, sem levar em conta a sua formação, ou seja, sua história, cultura,
sociedade, economia, recursos naturais, aparato bélico, etc. é natural pensar que algo tão
diversificado levará a criação de uma disciplina necessariamente diversificada.
Com relação ao desenvolvimento teórico, Fred Halliday defende que a disciplina se
desenvolve teoricamente de três formas. A primeira com os debates e discussões
pertencentes dentro do próprio campo da disciplina, o segundo com o desenrolar do tempo e
dos assuntos contemporâneos no cotidiano humano, e o terceiro com a evolução das outras
ciências sociais.
Em seguida Halliday começa a divagar sobre o porquê das teorias internacionais
serem focadas dentro de uma área específica. Como já estudado por outros autores as RI
cresceu em um contexto pós segunda guerra, em que o estudo dos poderes bélicos e relações
de poder tinham uma importância maior. Esses assuntos considerados atualmente como
“mainstream”. Claramente Halliday previu sabiamente a insurgência de outros assuntos
dentro da área das teorias acadêmicas, com focos diversos, entre eles ambientais, religiosos,
econômicos, maior estudo das correlações das composições internas de um estudo, um foco
maior para com a cultura, evidenciadas pelo surgimento das teorias críticas, estruturalistas e
mais recentemente as pós-modernas.
Claramente que em resposta o realismo se reinventou, e atualmente vivemos o
surgimento de teorias neorrealistas, com o foco ainda na análise de poder entre os Estados,
mas que se abriu um pouco mais para contestações culturais, sociais e estruturais dentro dos
Estados, dando assim um ar revigorante as teorias atuais. O importante é analisar aqui como
as teorias das Relações Internacionais, podem abranger vários tópicos diversos, e como, se
trabalhados de forma e cunho internacional, podem abranger várias outras matérias, dando
novas luzes a
Halliday faz um apelo explicando como as RI e as outras áreas das ciências humanas,
se trabalharem em conjunto, podem atingir níveis de intelectualidade e desenvolvimento
científico muito superiores aos que estão sendo produzidos. é estranho pensar que o estudo
do internacional e os estudos sociais e os estudos psicológicos constituem três diferentes
frentes das áreas humanitárias. Afinal, todos procuram analisar a mesma coisa, com enfoques
diferentes, e abordagens diferentes. é natural para tanto cooperarem. Vale ressaltar que
outros autores realistas (como o Waltz) já defendeu tal ideia, e em vários trabalhos se utiliza
de explicações e abordagens econômicas para explicar as Relações Internacionais.

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