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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA


SETOR DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO

CAMILA SCHULZ
JHENIFFER DE CAMARGO
PRISCILA ARNAUD CAMARGO

CUSTO x BENEFÍCIO DA IMPLANTAÇÃO DA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NAS


PEQUENAS EMPRESAS DE PONTA GROSSA
Trabalho apresentado como requisito para a obtenção
de nota parcial da disciplina de Administração
Financeira e Orçamentária no curso de Bacharelado
em Administração, da Universidade Estadual de
Ponta Grossa, Setor de Ciências Sociais,
Departamento de Administração.
Prof. Dr. Osvaldo Malta Callegari

PONTA GROSSA
2017
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Sumário

Resumo ........................................................................................................................... 4
1. Introdução ............................................................................................................... 5
1.1 Justificativa da Área Escolhida .................................................................................. 6
1.2 Objetivos.................................................................................................................... 7
1.2.1 Geral ....................................................................................................................... 7
1.2.2 Específicos ............................................................................................................. 7
2. Inovações Tecnológicas nas Pequenas Empresas do Setor Têxtil de Ponta Grossa. 8
2.2. Procedimentos Metodológicos ................................................................................ 14
2.3 Conclusões e Recomendações ............................................................................... 15
3. Bibliografia ................................................................................................................. 17
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Resumo
O objetivo deste estudo é abordar aspectos teóricos e práticos que norteiam a
inovação tecnológica, mais especificamente nas pequenas empresas da cidade de
Ponta Grossa. Empregou-se como método, um referencial teórico-científico por vezes
mais contemporâneo para uma temática que sempre está se dinamizando. Investiga-se
por meio do mesmo vantagens e a angariação de custo benefício da implantação de
inovações tecnológicas nas empresas têxteis, como também, as dificuldades e a
problemática encontrada por empresários locais de introduzirem suas empresas à
tecnologias caras em uma cidade que não oferece infraestrutura e mão-de-obra
qualificada para a manutenção das mesmas. Entretanto apesar desses obstáculos,
empresas de pequeno porte possuem maior flexibilidade de incentivos fiscais e auxílio
do governo, portanto, as mesmas devem analisar e sempre buscarem conhecimento e
melhor informação sobre novas possibilidades.

Abstract
The objective of this study is to address theoretical and practical aspects that
guide technological innovation, more specifically in small companies from the city of
Ponta Grossa. It was used as method, a theoretical-scientific referent that is sometimes
more contemporary for a theme that is always dynamic. The advantages and the cost-
benefit of the implementation of technological innovations in textile companies are
investigated, as well as the difficulties and problems encountered by local entrepreneurs
in introducing their companies to expensive technologies in a city that does not provide
infrastructure and skilled labor to maintain them. However, despite these obstacles,
small companies have greater flexibility in tax incentives and government assistance, so
they must analyze and always seek knowledge and better information on new
possibilities.
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1. Introdução
Neste trabalho de pesquisa serão abordados temas como inovação que
segundo Esteves (2014), antigamente era algo pensado apenas como criar novos
produtos ou serviços, contudo, hoje ganhou um novo significado, é mais do que apenas
criar, trata-se portanto da inovação de produtos, processos, marketing ou
organizacional, podendo trazer um novo produto ao mercado, ou não.
No entendimento de Costa e Olave (2014), a inovação pode abranger diversos
elementos de infraestrutura da empresa, assim como uma logística, tecnologia
implantada, novos clientes, produtos ou uma junção desses fatores (DOUGHERTY
1996).
Assim como a inovação, a tecnologia também ganha vez, e segundo Karasinski
(2013) “é o uso de técnicas e do conhecimento adquirido para aperfeiçoar e/ou facilitar
o trabalho com a arte, a resolução de um problema ou a execução de uma tarefa
específica.”.
Dessa forma, a base do presente trabalho fixa-se na inovação e tecnologia do
setor têxtil, que baseia-se na produção de vestimentas, desde roupas de inverno até
roupas de praia, visando agilidade e qualidade no serviço.
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1.1 Justificativa da Área Escolhida


As pequenas empresas sejam elas de qualquer segmento, segundo os estudos
de Costa e Olave (2014), são de extrema importância para o crescimento e
desenvolvimento econômico de toda a sociedade, pois elas geram emprego e renda
para o país, em virtude da competitividade e da grande concorrência do mercado,
precisam cada vez mais inovar e trazer novas tecnologias para os seus processos,
para, além de assegurar o seu lugar no mercado, garantir o sucesso da empresa.
Desse modo, a implantação de inovações tecnológicas nessas empresas, deve ser
usada como um recurso que ajuda no processo de desenvolvimento da empresa e
garante sua sobrevivência no mercado.
Assim sendo, as pequenas empresas, devem investir constantemente em
inovações e tecnologia, pois, nas palavras de Caron 2004 a inovação é uma estratégia
que pode ser utilizada através da inserção de novos processos e/ou tecnologias, e por
meio desses processos, procura-se dar uma maior flexibilidade a empresa, para que
essas encontrem um caminho para adentrar o mercado e consigam suprir uma
demanda que muda constantemente e é instável (CARON 2004).
Na atualidade, a inovação tecnológica é fundamental para o crescimento
econômico das empresas e do país, já que, conforme os estudos de Forte, Nogueira e
Brasil (2011), as inovações tornaram-se fundamentais para que as empresas consigam
manter-se em meio a competitividade e obter lucro, e essas inovações devem ser
realizadas por todas as empresas, independente do seu tamanho. Mas, principalmente
as pequenas empresas, devem incentivar e investir em tecnologia e inovação, para
sobreviver ao mercado, e apagar a velha ideia de que apenas grandes organizações
conseguem inovar. E ainda segundo os autores:
a Teoria Schumpeteriana considera que quanto maiores forem as empresas
em um determinado mercado, maior será a competição existente, pois, as
grandes empresas possuem uma maior capacidade inovadora e de resistência
em relação às pequenas, já que entre elas o ritmo de introdução de inovações
seria mais intenso (SCHUMPETER, 1984).
Nesse caso, é essencial que haja a implantação de inovações tecnológicas em
micro e pequenas empresas, para que consigam sobreviver à competição do mercado
intenso e exigente. Porém ainda há dificuldade, principalmente por parte das pequenas
empresas, de inserir novas tecnologias e de inovar dentro da sua empresa.
Considerando os estudos de Brasil, Forte e Nogueira (2011) “[...] a estratégia de
tecnologia deve abordar três questões gerais: as tecnologias a serem desenvolvidas;
se a liderança tecnológica deve ser buscada nestas tecnologias; o papel do
licenciamento de tecnologia” (PORTER 1990), ou seja, o autor defende a busca da
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tecnologia para inovação no âmbito empresarial, visando ter um melhor


desenvolvimento dentro da empresa e assim ter um melhor desempenho econômico.
Diante desses aspectos, fundamental o estudo da implantação de novas
tecnologias dentro de empresas de pequeno porte, que devem analisar e comparar
quais tecnologias, que se implantadas, trariam mais benefícios para a empresa.
Os pequenos negócios não devem jamais parar de inovar, a tecnologia traz um
maior crescimento, e uma empresa que não inova está sujeita a perda de segmentos
de mercado e consequentemente de lucros, podendo levar até mesmo à falência da
empresa, gerando transtornos não só para os proprietários como também para os seus
funcionários. O importante antes de implantar novas tecnologias dentro da pequena
empresa, é fazer um estudo de que benefícios essa nova tecnologia trará, a
viabilidade, se ela trará lucros em longo prazo, as vantagens e desvantagens e quais
as dificuldades para a implantação dessas tecnologias.

1.2 Objetivos
1.2.1 Geral
● Apontar as principais vantagens das inovações tecnológicas nas pequenas
empresas do setor têxtil de Ponta Grossa.

1.2.2 Específicos
● Identificar quais são as inovações tecnológicas do setor têxtil, e qual a sua
aplicabilidade nas empresas de pequeno porte.
● Citar a importância das inovações na competitividade das empresas.
● Apresentar quais são as dificuldades de implantar uma inovação.
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2. Inovações Tecnológicas nas Pequenas Empresas do Setor Têxtil de Ponta


Grossa.
Antes de falar sobre inovações tecnológicas, é importante entender alguns
conceitos. A palavra inovação vem do latim “innovare” que significa renovar ou mudar,
ou seja, inovação é tudo aquilo que é novo.
A palavra inovação é, para Petenate e Santos (2013), empregada no sentido de
inventar, porém não se restringe a somente isso, é, na realidade algo que consegue
alterar o ambiente da empresa, e de acordo com Esteves (2014)
Inovar é encontrar soluções para pequenos ou grandes problemas. Não
significa necessariamente “inventar a roda” [...] significa quebrar padrões.
Encontrar novas maneiras de fazer algo que já é feito há muito tempo, sempre
do mesmo jeito. É resolver problemas ou se antecipar a eles.

Todas as inovações trazem benefícios, desse modo, se a empresa implantou um


novo método de produção ou lançou um novo produto e isso não trouxe resultados
positivos, entende-se, portanto, que não houve inovação (PEREGRINO, 2009).
Com relação à tecnologia, também torna-se necessário definir alguns conceitos.
A palavra tecnologia vem do grego e para encontrar seu significado separa-se a
palavra em duas sentenças, “téchne” que significa arte ou técnica de ensinar, e “logia”
que significa o estudo de algo, ou seja, a tecnologia é o uso do conhecimento para
melhorar as técnicas, facilitar os processos e as formas de realizar uma tarefa.
A tecnologia nas organizações pode ser usada em diversos tipos de tarefas,
como diz Karasinski (2013) “O simples aproveitamento dos recursos naturais e a
transformação do ambiente ao seu favor, por exemplo, é capaz de ser considerado
como um movimento tecnológico.”, diante disso, a tecnologia pode ser considerada
todo e qualquer processo que seja adaptado e facilitado na sua execução.
Entendidos os conceitos de inovação e tecnologia, torna-se mais fácil apontar as
inovações tecnológicas, as inovações de produto e processos, são inovações que, em
sua maioria dependem de tecnologia para serem desenvolvidas. Desse modo, para
Ruthes et al (2006), a inovação “é o resultado da aplicação eficaz de uma ou mais
tecnologias ao desenvolvimento de novos produtos ou à melhoria dos processos de
produção da empresa” (RIBAULT, MARTINET e LEBIDOIS, 1995).
Para Caron (2004) a inovação tecnológica é fazer um conhecimento se
transformar em um determinado produto, processo ou serviço, que traga benefícios
para a empresa e possa ser implantado no mercado.
Porem é importante compreender que, segundo Tironi (2005) “A inovação
tecnológica é motivada tanto pelo mercado [...] como pela existência de conhecimento
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novo, de uma descoberta ou invenção”.


Costa e Olave (2014) consideram que a inovação tecnológica:
é o principal agente de mudanças no mundo atual, sendo que através da
inovação os diversos países e organizações obtêm vantagens competitivas e
consequentemente, um maior crescimento e desenvolvimento sustentável.
Portanto, a inovação tecnológica tornou-se um requisito fundamental para todas
as organizações, sejam estas de micro, pequenas, médias e grandes
empresas, bem como estejam envolvidas em qualquer setor de atuação. (REIS
2004).
Assim sendo, segundo Caron (2004) “A inovação tecnológica pode ser
compreendida como a batida do coração de uma economia [...] Sem a inovação a
capacidade de geração de lucro e acumulação de capital de uma economia tende a se
reduzir.”, a consequência disso é que a região onde a empresa está inserida tende a
perder, nas palavras de Caron (2004) a “dinâmica do desenvolvimento econômico”.
Pelos estudos de Costa e Olave (2014), de acordo com o Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), uma organização que não inova, está
sujeita a perder mercado, pois a inovação é a chave para manter a empresa
competitiva, e Ruthes et al (2006), diz que “a empresa que não buscar inovações
tecnológicas num mercado em constante mudança e com clientes cada vez mais
exigentes pode comprometer sua competitividade e estabilidade.”, porem apenas a
inovação tecnológica não é garantia de uma vantagem competitiva no mercado, é
preciso que as empresas saibam como usar essas tecnologias a seu favor.
Diante desses aspectos, verifica-se a importância das inovações tecnológicas
para as empresas, e nas pequenas empresas essas inovações também são muito
importantes, pois de acordo com Maia (2012):
No cenário econômico brasileiro, a competitividade das empresas de pequeno
porte constitui um fator indispensável à promoção do desenvolvimento
econômico do país. Assim sendo, a capacitação tecnológica e a geração de
inovações devem ser entendidos como os principais atributos que garantem a
sobrevivência e o sucesso das micro e pequenas empresas.

O que condiz com os estudos de Costa e Olave (2014), que defendem que “as
empresas de pequeno porte são de fundamental importância para o desenvolvimento
econômico e social no Brasil, especialmente para a geração de empregos” (TEIXEIRA
et al 2011), e como visto, empresas que não inovam estão sujeitas a sumir do
mercado, consequentemente aumentando o desemprego. Porem, ainda que essas
empresas sejam importantes para o desenvolvimento econômico do país, elas
possuem uma capacidade baixa de realizar inovações e concorrer no mercado.
(SEBRAE 2008).
A explicação de Brasil, Forte e Nogueira (2011) para a cautela quanto a
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implantação das inovações tecnológicas, é não conseguir alcançar o lucro esperado


com a inovação, o que faz com que as empresas tenham cautela na hora de buscarem
as inovações tecnológicas (POSSAS, 1999), segundo os autores “A estratégia do
empreendedor pode ser defensiva em casos em que os custos com a inovação sejam
maiores do que o retorno dela, devido à imitação.”
Porem, segundo Costa e Olave (2014), as pequenas empresas que antigamente
acreditavam que apenas grandes corporações realizavam inovação tecnológica e que
estas estavam longe da sua realidade, hoje buscam conhecimento e ajuda para
implantar inovações ditas como incrementais em suas empresas (SEBRAE 2008).
Para as pequenas empresas, as maiores dificuldades de implantar uma
inovação, segundo Caron (2004) são a falta de recursos, de financiamento, de
conhecimento e informação sobre o assunto e de pessoal capacitado, e ainda segundo
o autor, essas empresas enfrentam mais de uma dificuldade para realizar a
implantação de uma inovação tecnológica, o que coincide com os estudos de Maia
(2012), que diz que as pequenas empresas, assim como as novas tem desvantagem
competitiva se comparadas as grandes empresas, pois empresas de grande porte
possuem contatos dentro do mercado, tem um melhor posicionamento, mais recursos e
reconhecimento no mercado.
Porem, de acordo com os estudos de Brasil, Forte e Nogueira (2011) “As
grandes empresas, geralmente, não têm a mesma flexibilidade das pequenas. A
burocracia nas grandes empresas pode ser uma barreira para a inovação tecnológica”,
o que é uma vantagem das pequenas empresas sobre as grandes. E segundo as
pesquisas de Maia (2012) “Dentre as empresas de pequeno porte, constatou-se que
quanto maior a quantidade de trabalhadores, maior o percentual da receita de vendas
gasto com inovação, ou seja, quanto menor o tamanho da firma, maior o esforço
inovativo total”, ou seja, as pequenas empresas estão aumentando sua participação na
inovação.
Segundo Escola (2009), desde a pré-história, o homem sentiu a necessidade de
utilizar as vestimentas. De início era pra se proteger do frio e dos insetos. Depois
passaram a acreditar que as roupas, das quais eram feitas dos animais, fariam o pegar
a energia do animal, a força do animal, cuja pele o vestia; o que consequentemente o
fariam uma forma de poder tanto para impressionar as “fêmeas” quanto para se sentir
forte perante aos demais homens.
Desde então, passaram a refinar a produção dessas roupas e criar tendências e
até modas.
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Conforme os estudos de Ferraz (2007), acredita-se que na pré-história todos já


faziam o uso de vestimentas; acredita-se também que nessa época é que se iniciou a
fabricação de fios, e se proclamava o início do setor têxtil.
E assim, a produção têxtil acontecia, de modo manual, com pelos e couros de
animais até chegar na forma mais atual que consiste em tosquiar do carneiro, as fibras
de lã, lavar e enrolar em cordões, secar e amarrar a fusos pesados. A fiação era feita
uma a uma, manualmente.
No geral o setor têxtil, aconteceu no mundo através dos alfaiates, que faziam
roupas e outras malharias na forma de produção puxada, conforme especificações dos
clientes.
Porém o setor têxtil teve seu desfecho no século XVIII, na Primeira Revolução
Industrial, promovida pela invenção da máquina a vapor.
J. Manoel (2011) descreve:
Em 1755, John Kay, inventou a lançadeira volante, que trabalhando com mais
fios, possibilitou aumentar a largura dos tecidos e a velocidade da fabricação.
Em 1764, James Hargreaves, inventou a máquina de fiar que consistia em uma
quantidade de fusos dispostos verticalmente e movidos por uma roda, além de
uma gancho que segurava diversos novelos. Em 1769, Richard Arkwright,
desenvolveu uma máquina que se associava à máquina a vapor. Essas
máquinas passaram a ter uma importância crescente com a substituição da lã
pelo algodão. Este era fiado com mais facilidade, e por sua abundância nas
plantações do Sul dos EUA permitiu grande desenvolvimento da indústria têxtil.

Já no Brasil, a história aconteceu um pouco diferente do que no resto do mundo.


A industrialização no Brasil foi promovida através da Indústria Têxtil.
Souza (2016), explica que com a chegada e colonização dos portugueses no
Brasil, houve um processo de doutrinação nos indígenas nativos do país. E dentre as
várias condutas e regras de doutrinação, estava a pratica de usar roupas. Assim sendo,
eles passaram a ser obrigados a fabricarem manualmente as sua roupas. Mais tarde,
no ano de 1844 houve um aumento da taxa alfandegária, o que fez com que os
portugueses investissem em indústrias no Brasil, em especial a têxtil.
O desenvolvimento foi tão grande que ele teve início no final do século XIX e no
início do século XX já se tinha cerca de 202 fábricas têxteis no Brasil.
Atualmente a indústria têxtil baseia-se quase que, totalmente em torno da
produção de roupas.
Produção essa que se renova a estações e que necessita de um alto grau de
agilidade e inovação.
Uma das áreas mais utilizadas, segundo Madeira (2013), atualmente é da
estamparia digital, máquina da qual faz qualquer tipo de estampa em minutos. Basta
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escolher, ou montar sua arte, e passá-la para um computador que deve estar
conectado a máquina e imprimir a estampa desejada.
Outro setor de inovação bastante utilizado é o jeanswear, que consiste em uma
série de lavagens especializadas que dão cores, brilhos e mudança de tons nos
tecidos.
Outro setor a ser implantado é a impressora têxtil 3D. Isso mesmo! Uma
impressora de roupas!
Segundo Leite (2015), Danit Paleg, uma estudante de moda, investiu na
máquina wearable, que seria a moda de fabricação de roupas no futuro próximo. Ela
imprimiu 5 peças, das quais podem ser desenhadas, aprimoradas e fabricadas e em
impressas em casa.
Para realizar esse trabalho, ela utilizou na impressora um plástico têxtil vestível,
ela fez teste com vários outros tipos de materiais e este se enquadra mais nas suas
perspectivas. As impressões de cada peça dura cerca de 400 horas.
A impressora têxtil 3D, está a ganhar um espaço entre as tecnologias do mundo.
Várias impressoras estão sendo estudadas, e outros tipos de materiais também,
afim de aprimorar a máquina criada e colocá-la disposição dos fabricantes, ou até
quem sabe ao alcance de todos.
Para Leite (2015), por mais incrível que pareça, o setor têxtil é um dos setores
mais complexos e, toda tecnologia surgida, é bem vinda; apesar de ser relativamente
cara, pois ela acaba sendo compensatória. No geral, todas as empresas do ramo têxtil
conseguem recuperar em pouco tempo o valor do investimento.

2.1 Estudo de Caso


O seguinte caso é baseado em empresas atuantes no setor de prestação de
serviços com bordados computadorizados, para pessoas físicas e jurídicas,
especificamente sobre uma empresa, localizada na cidade de Ponta Grossa,
classificada como MEI (Microempreendedor Individual), formalmente constituída em
2013.
Por meio de entrevista, foi compilado uma série de perguntas em forma de
relatório, auferindo as respostas da mesma para as adversidades e informações sobre
inovação e novas tecnologias no setor onde atua.
Conforme comportamento da empresa frente ao assunto, ela acompanha todas
as novas tecnologias do setor, seja em feiras ou sites de fornecedores. No momento a
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empresa conta tecnologicamente em pauta com uma máquina de bordar industrial com
uma cabeça de bordar e doze agulhas.
As principais dificuldades da empresa com a implantação de novas tecnologias é
o custo das mesmas, a falta de estrutura da própria empresa e a dificuldade de se ter
uma manutenção adequada e profissional desse maquinário na cidade.
Como opinião particular e própria da empresa, as vantagens e facilitações que
poderiam ser observadas com a adesão de inovações tecnológicas seriam: serviços
prestados com mais qualidade; ampliação dos serviços; diferencial competitivo (o qual
no setor é baseado em preço do serviço).
Com base nas informações prestadas pela empresa, foi identificado possíveis
soluções para as dificuldades encontradas nessa implantação.
São elas:
 O governo necessitaria de ter um papel essencial, com investimentos na
proficiência de pessoal para a manutenção de máquinas;
 Treinamento interno para manutenção das máquinas como alternativa;
 Financiamento para os problemas com custos e melhor estruturação da
empresa;
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2.2. Procedimentos Metodológicos


O método hipotético dedutivo veio se adequar melhor ao tema para poder
pesquisar sobre pequenas empresas e suas tecnologias, em especial, às aplicadas ao
setor têxtil e formular hipóteses da importância e impacto dessas tecnologias no setor
têxtil pontagrossense.
Foi utilizada a pesquisa exploratória para colher e descrever as informações
coletadas, de forma a liquidar todos os objetivos propostos.
A abordagem foi qualitativa, uma vez que o objetivo era apresentar as vantagens
das inovações tecnológicas nas pequenas empresas do setor têxtil de Ponta Grossa,
no quesito de facilidade, agilidade e qualidade.
Para suprir as necessidades do tema, veio-se a utilizar o procedimento de
pesquisa bibliográfica, com uma série de artigos, blogs e noticiários, conforme foram
mencionados, para um aparato geral; e, um estudo de caso, com dados coletados
através de uma entrevista, para algo mais específico e realístico na região apontada, o
qual está anexo ao trabalho.
A interpretação dos dados, se deu de forma qualitativa com a análise do
conteúdo, adquiridos através das pesquisas de cunho teórico e prático de terceiros,
utilizadas neste trabalho.
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2.3 Conclusões e Recomendações


Como visto no decorrer do trabalho, inovações tecnológicas são todos os
processos que quando implantados na empresa facilitam e geram lucros para a
mesma, seja em forma de novos produtos, processos ou serviços.
Considerando que empresas que não inovam estão fadadas a se extinguir,
essas inovações nas pequenas empresas constituem um fator fundamental para a
existência e permanências delas no mercado, já que as inovações tecnológicas trazem
vantagem competitiva e reconhecimento no mercado, consequentemente aumentam os
lucros, fazem a empresa crescer e diminuem o risco de falência delas frente à
competição com concorrentes mais fortes e de maior porte.
As empresas de pequeno porte são essenciais para a economia do país, já que
são as que mais geram emprego e renda. A perda dessas empresas no mercado,
também faz a economia nacional regredir. Enquanto que, se as empresas trouxerem
inovações e tecnologia, de forma consciente, estas tendem a crescer, e fazer o país
crescer também.
Mas se as inovações são essenciais e ao mesmo tempo podem não ocorrer da
forma como o empreendedor imagina, cabe a empresa fazer um estudo da sua
estrutura para verificar se a inovação necessária deve ser apenas complementar,
adaptando os processos ou produtos da empresa, ou se deve ser de certa forma brutal,
modificando os padrões da empresa e causando um grande impacto nela.
A partir do momento em que a inovação é introduzida na empresa, ela deve
gerar lucros, se houve a implantação de um processo produtivo na empresa ou um
novo produto e este apenas gerou transtornos e não obteve-se o retorno, isso não é
considerado como uma inovação.
E é devido a esses fatores que as pequenas empresas tem receio de inovar.
Uma empresa de pequeno porte, com pouco capital disponível para inovar, quando faz
uma inovação tecnológica que por diversos fatores acabam não gerando o retorno
esperado, ficam receosas de realizar mais inovações dentro da empresa.
Um fator determinante para a empresa inovadora é adaptar as tecnologias
implantadas na empresa com pessoal bem treinado para trabalhar com essas
inovações. Por exemplo, uma empresa que tem seus funcionários trabalhando em uma
linha de produção e resolvem investir em tecnologia naquele setor sem antes preparar
os funcionários, estes que não conhecem o mecanismo da máquina, terão dificuldades
e muitas vezes não saberão como trabalhar, gerando transtorno e prejuízo para a
empresa.
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As dificuldades encontradas por essas empresas na hora de inovar vêm


principalmente pela falta de conhecimento sobre o assunto e por falta de capital na
empresa. Portanto, o estudo antes da aplicação prática de tecnologias é fundamental,
para superar as dificuldades e aproveitar ao máximo as vantagens ofertadas pelas
inovações, e para que estas gerem lucros para empresa e ajudem ela a se desenvolver
cada vez mais.
Contudo, apesar dessas dificuldades, as pequenas empresas estão realizando
inovações, e, além do esforço dessas empresas para inovar, existem alguns auxílios do
governo que ajudam essas empresas na compra de máquinas, equipamentos e em
pesquisa e desenvolvimento dentro das organizações, esse auxílio tem o intuito de
incentivar as mesmas a partir para a inovação.
Já que as pequenas empresas tem a vantagem de uma maior flexibilidade que
empresas de grande porte e incentivos fiscais do governo, elas devem buscar o
conhecimento necessário e informações de como implantar a tecnologia da melhor
forma dentro da sua empresa.
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3. Bibliografia
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