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Perguntas e respostas sobre um passo fundamental na higiene de ordenha: Entenda como utilizar o
Artigos Técnicos
Publicado em 09/12/2008 por Sérgio Rubens Veiga Soares; Médico veterinário, pós-graduando
em Nutrição de bovinos – Equipe ReHAgro
Entenda como utilizar o pós-dipping e seus benefícios para a redução da mastite
O pós-dipping consiste na imersão ou aspersão por meio de spray dos tetos em uma solução desinfetante. É uma prática
bastante eficiente para a redução dos casos de mastite em uma propriedade. Perguntas e respostas comuns sobre o assunto:
A taxa de novas infecções de mastite está relacionada à quantidade de patógenos causadores de mastite na superfície dos
tetos. A desinfecção dos tetos com um agente germicida imediatamente após a ordenha elimina a maioria desses patógenos,
reduzindo, assim, a possibilidade de que esses microrganismos entrem na glândula mamária e causem mastite.
O pós-dipping é bastante efetivo contra microrganismos contagiosos como Staphylococcus aureus e Streptococcus
agalactiae. Esses dois patógenos são transmitidos de uma vaca para outra durante o processo de ordenha. Por isso, após a
retirada do equipamento de ordenha, devemos promover a desinfecção dos tetos, pois esses microrganismos podem estar
presentes nas teteiras e colonizar o canal do teto, adentrando na glândula mamária. É importante lembrar que o pós-dipping
é menos eficiente contra microrganismos conhecidos como ambientais, como coliformes e Streptococcus sp., exceto o
Streptococcus agalactiae. O controle desses patógenos ambientais é alcançado através de outras medidas tais como
manutenção do ambiente das vacas limpo e seco, boa desinfecção e secagem dos tetos antes da ordenha e manutenção do
equipamento de ordenha em bom estado de funcionamento. O pós-dipping deve ser mantido mesmo que o rebanho seja
livre de Streptococcus agalactiae e a Contagem de Células Somáticas (CCS) do mesmo esteja em um nível baixo, ou seja,
tenha baixa incidência de mastite contagiosa.
É esperado que mais de 50% das infecções sejam prevenidas pelo uso do pós-dipping com um produto eficiente após todas
as ordenhas. Deve ser ressaltado que o pós-dipping não afeta a infecção já existente, ele somente é capaz de prevenir novas
infecções no rebanho. As infecções existentes são eliminadas pelo tratamento do animal durante a lactação ou secagem ou
pelo descarte de animais com infecção crônica. A prevenção da ocorrência de novas infecções aliada à eliminação dos
casos existentes reduz o nível de mastite do rebanho. Redução nos casos clínicos e/ou menores CCS de rebanho são
comumente observados com a adoção dessas práticas, geralmente ocorrem em poucos meses.
O pós-dipping pode ser aplicado pela imersão dos tetos ou através de spray com a solução desinfetante. Ambos os métodos
são aceitáveis, desde que realizados de forma correta, cobrindo toda a superfície do teto, principalmente quando se utiliza o
spray. Na prática, tem sido observado que a desinfecção dos tetos com spray requer mais atenção para que se consiga
cobrir toda a superfície do teto com o produto. Deve-se ter atenção para que todos os tetos ordenhados sejam cobertos com
a solução de forma correta. Além disso, a desinfecção deve ser feita imediatamente após a retirada do equipamento de
ordenha para que impeça a colonização do canal do teto pelos microrganismos causadores de mastite.
Os desinfetantes devem ser armazenados em local fresco e seco. Os vasilhames devem ser mantidos fechados para evitar
contaminação. Siga as instruções do fabricante para o uso. Esteja certo de que o produto está na concentração correta e
somente faça a diluição se recomendado no rótulo. A diluição do desinfetante reduz a concentração do princípio ativo, ou
seja, reduz o poder de desinfecção do produto. Quando o produto é próprio para ser diluído, a diluição é calculada para que
a concentração garanta uma boa desinfecção dos tetos. Caso seja necessário fazê-lo, a condição da água utilizada deve ser
avaliada. De nada adianta colocar a solução desinfetante em uma água de baixa qualidade, com alto nível de contaminação.
Além disso, outras propriedades físicas da água também são importantes, tais com pH e dureza. O frasco no qual será feita
a diluição deve estar limpo e após é importante fazer uma boa homogeneização da solução.
Os copos de pós dipping devem ser esvaziados e limpos como parte da rotina de limpeza após cada ordenha ou caso se
contaminem durante o processo de ordenha. O desinfetante que sobra ao final de uma ordenha não deve ser retornado ao
frasco original.
Tanto os desinfetantes tradicionais quanto os tipo barreira podem ser utilizados. O importante é certificar-se de que
apresentam ação comprovada contra os principais microrganismos causadores de mamite. A orientação de um médico
veterinário auxilia na escolha do melhor produto.
Resumindo
• Pós-dipping feito de forma correta pode reduzir mais de 50% dos novos casos de mastite.
• Faça a imersão dos tetos imediatamente após a ordenha;
• Confira se toda a superfície do teto está sendo coberta pela solução desinfetante;
• Manuseie e armazene corretamente os produtos desinfetantes;
• Obtenha informações sobre o produto que você está utilizando.
O pós-dipping é uma parte importante do programa de controle de mastite. Aliado a desinfecção dos tetos após ordenha, o
uso de procedimentos de ordenha e o manejo de ambiente adequados, a certificação de que o equipamento de ordenha está
em perfeito funcionamento, o tratamento de todos os quartos no momento da secagem, a identificação e tratamento dos
casos clínicos imediatamente e descarte dos animais crônicos, permite um efetivo programa de controle de mastite para seu
rebanho.
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Perguntas e respostas sobre um passo fundamental na higiene de ordenha: Entenda como utilizar o
pós-dipping e seus benefícios para a redução da mastite.
Artigos Técnicos
Publicado em 09/12/2008 por Sérgio Rubens Veiga Soares; Médico veterinário, pós-graduando
em Nutrição de bovinos – Equipe ReHAgro
Entenda como utilizar o pós-dipping e seus benefícios para a redução da mastite
O que é o pós dipping?
O pós-dipping consiste na imersão ou aspersão por meio de spray dos tetos em uma solução desinfetante. É uma prática
bastante eficiente para a redução dos casos de mastite em uma propriedade. Perguntas e respostas comuns sobre o assunto:
A taxa de novas infecções de mastite está relacionada à quantidade de patógenos causadores de mastite na superfície dos
tetos. A desinfecção dos tetos com um agente germicida imediatamente após a ordenha elimina a maioria desses patógenos,
reduzindo, assim, a possibilidade de que esses microrganismos entrem na glândula mamária e causem mastite.
O pós-dipping é bastante efetivo contra microrganismos contagiosos como Staphylococcus aureus e Streptococcus
agalactiae. Esses dois patógenos são transmitidos de uma vaca para outra durante o processo de ordenha. Por isso, após a
retirada do equipamento de ordenha, devemos promover a desinfecção dos tetos, pois esses microrganismos podem estar
presentes nas teteiras e colonizar o canal do teto, adentrando na glândula mamária. É importante lembrar que o pós-dipping
é menos eficiente contra microrganismos conhecidos como ambientais, como coliformes e Streptococcus sp., exceto o
Streptococcus agalactiae. O controle desses patógenos ambientais é alcançado através de outras medidas tais como
manutenção do ambiente das vacas limpo e seco, boa desinfecção e secagem dos tetos antes da ordenha e manutenção do
equipamento de ordenha em bom estado de funcionamento. O pós-dipping deve ser mantido mesmo que o rebanho seja
livre de Streptococcus agalactiae e a Contagem de Células Somáticas (CCS) do mesmo esteja em um nível baixo, ou seja,
tenha baixa incidência de mastite contagiosa.
É esperado que mais de 50% das infecções sejam prevenidas pelo uso do pós-dipping com um produto eficiente após todas
as ordenhas. Deve ser ressaltado que o pós-dipping não afeta a infecção já existente, ele somente é capaz de prevenir novas
infecções no rebanho. As infecções existentes são eliminadas pelo tratamento do animal durante a lactação ou secagem ou
pelo descarte de animais com infecção crônica. A prevenção da ocorrência de novas infecções aliada à eliminação dos
casos existentes reduz o nível de mastite do rebanho. Redução nos casos clínicos e/ou menores CCS de rebanho são
comumente observados com a adoção dessas práticas, geralmente ocorrem em poucos meses.
O pós-dipping pode ser aplicado pela imersão dos tetos ou através de spray com a solução desinfetante. Ambos os métodos
são aceitáveis, desde que realizados de forma correta, cobrindo toda a superfície do teto, principalmente quando se utiliza o
spray. Na prática, tem sido observado que a desinfecção dos tetos com spray requer mais atenção para que se consiga
cobrir toda a superfície do teto com o produto. Deve-se ter atenção para que todos os tetos ordenhados sejam cobertos com
a solução de forma correta. Além disso, a desinfecção deve ser feita imediatamente após a retirada do equipamento de
ordenha para que impeça a colonização do canal do teto pelos microrganismos causadores de mastite.
Os desinfetantes devem ser armazenados em local fresco e seco. Os vasilhames devem ser mantidos fechados para evitar
contaminação. Siga as instruções do fabricante para o uso. Esteja certo de que o produto está na concentração correta e
somente faça a diluição se recomendado no rótulo. A diluição do desinfetante reduz a concentração do princípio ativo, ou
seja, reduz o poder de desinfecção do produto. Quando o produto é próprio para ser diluído, a diluição é calculada para que
a concentração garanta uma boa desinfecção dos tetos. Caso seja necessário fazê-lo, a condição da água utilizada deve ser
avaliada. De nada adianta colocar a solução desinfetante em uma água de baixa qualidade, com alto nível de contaminação.
Além disso, outras propriedades físicas da água também são importantes, tais com pH e dureza. O frasco no qual será feita
a diluição deve estar limpo e após é importante fazer uma boa homogeneização da solução.
Os copos de pós dipping devem ser esvaziados e limpos como parte da rotina de limpeza após cada ordenha ou caso se
contaminem durante o processo de ordenha. O desinfetante que sobra ao final de uma ordenha não deve ser retornado ao
frasco original.
Tanto os desinfetantes tradicionais quanto os tipo barreira podem ser utilizados. O importante é certificar-se de que
apresentam ação comprovada contra os principais microrganismos causadores de mamite. A orientação de um médico
veterinário auxilia na escolha do melhor produto.
Resumindo
• Pós-dipping feito de forma correta pode reduzir mais de 50% dos novos casos de mastite.
• Faça a imersão dos tetos imediatamente após a ordenha;
• Confira se toda a superfície do teto está sendo coberta pela solução desinfetante;
• Manuseie e armazene corretamente os produtos desinfetantes;
• Obtenha informações sobre o produto que você está utilizando.
O pós-dipping é uma parte importante do programa de controle de mastite. Aliado a desinfecção dos tetos após ordenha, o
uso de procedimentos de ordenha e o manejo de ambiente adequados, a certificação de que o equipamento de ordenha está
em perfeito funcionamento, o tratamento de todos os quartos no momento da secagem, a identificação e tratamento dos
casos clínicos imediatamente e descarte dos animais crônicos, permite um efetivo programa de controle de mastite para seu
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