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NOÇÕES DE DIREITO MILITAR

NOÇÕES DE DIREITO MILITAR


Parágrafo 3º - A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser
Prof. Mariela Ribeiro Nunes Cardoso mantidos em todas as circunstâncias da vida, entre policiais milita-
res da ativa, da reserva remunerada e reformados.
Jornalista e advogada na Área Civil e Direito de Família.
Especialização na Fundação Getúlio Vargas, graduada pelo Cen- Art. 13 – Círculos hierárquicos são âmbitos de convivência
tro Universitário Eurípides de Marília e pela Universidade de Marília. entre os policiais militares da mesma categoria e têm a finalidade
de desenvolver a espírito de camaradagem em ambiente de estima
Caro Candidato: confiança, sem prejuízo de respeito mútuo.
Obrigado por adquirir a apostila da Editora Nova. Para nós é
uma imensa satisfação tê-lo como nosso leitor. Graças a sua con- Art. 14 – Os círculos hierárquicos e a escala hierárquica na
fiança nosso trabalho vem se expandindo por todo o país. Espera- Polícia Militar são fixados no Quadro e parágrafos seguintes:
mos atender suas expectativas e auxilia-lo em seu estudo; oferece- CÍRCULO DE OFICIAIS E PRAÇAS
mos suporte para dúvidas que porventura venham surgir. CÍRCULO DE OFICIAIS (POSTOS)
A partir de agora serão analisados os temas em relação a esta OFICIAIS SUPERIORES
matéria. Coronel PM
O objetivo do presente trabalho é potencializar os seus estu- Tenente Coronel PM
dos, sendo que procuramos trazer um conteúdo mais abrangente, Major PM
viabilizando um estudo mais aprofundado do tema. INTERMEDIÁRIOS
O foco principal é disponibilizar um material didático, objeti- Capitão PM
vo e de conteúdo amplo, que os capacite para concursos públicos. SUBALTERNOS
Portanto, não deixe de fazer a leitura minuciosa de toda a le- Primeiro Tenente PM
gislação pelo fato de que muitos artigos são autoexplicativos; ten- Segundo Tenente PM
tar explica-los ou comenta-los poderia não ser didático. PRAÇA ESPECIAL
Diante disto, aproveitem o material fazendo-o bom uso e boa Aspirante-a-Oficial PM
sorte, para novas conquistas, com muita dedicação. CÍRCULO DAS PRAÇAS (GRADUAÇÕES)
Acredite em sua aprovação! Acreditar em um sonho é o pri- Subtenentes PM
meiro passo para conseguir conquista-lo! Primeiro Sargento PM
Segundo Sargento PM
Terceiro Sargento PM
ESTATUTO DOS POLICIAIS MILITARES DA Cabo PM
PARAÍBA (LEI 3.909/77): DA HIERARQUIA E Soldado PM
DA DISCIPLINA (ART. 12 À 19), DO VALOR Parágrafo 1º - Posto é o grau hierárquico do Oficial conferido
POLICIAL MILITAR (ART. 26), DA ÉTICA por ato do Governador do Estado da Paraíba.
POLICIAL MILITAR (ART. 27 À 29), DOS DE- Parágrafo 2º - Graduação é o grau hierárquico da praça confe-
VERES POLICIAIS MILITARES (ART. 30), DO rido por ato do Comandante-Geral da Polícia Militar
COMPROMISSO POLICIAL MILITAR (ART. Parágrafo 3º - Os Aspirantes-a-Oficial e os Alunos Oficiais
PM são denominados Praças Especiais.
31), DO COMANDO E DA SUBORDINAÇÃO
Parágrafo 4º - Os graus hierárquicos inicial e final dos diver-
(ART. 33 À 39). sos Quadros e Qualificações são fixados, separadamente, para cada
caso, em Lei de Fixação de Efetivos.
Parágrafo 5º - Sempre que o policial militar da reserva re-
munerada ou reformado fizer uso do posta ou graduação, deverá
CAPÍTULO II fazê-lo mencionando essa situação.
DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA
Art. 15 - A precedência entre policiais militares da ativa do
Art. 12 - A hierarquia e a disciplina são a base institucional da mesmo grau hierárquico é assegurada pela antiguidade no posto ou
Polícia Militar. A autoridade e a responsabilidade crescem com o na graduação, salvo nos casos de precedência funcional estabeleci-
grau hierárquica. da em lei ou regulamento.
Parágrafo 1º - A hierarquia policial-militar é a ordenação dá Parágrafo 1º - A antiguidade de cada posto ou graduação é
contada a partir da data da assinatura do ato da respectiva pro-
autoridade em níveis diferentes, dentro da estrutura da Polícia Mi-
moção, nomeação, declaração ou inclusão, salvo quando estiver
litar. A ordenação se faz por postos ou graduações. Dentro de um
taxativamente fixada outra data.
mesmo posto ou de uma mesma graduação se faz pela antiguidade
Parágrafo 2º - No caso de ser igual à antiguidade referida no
no posto ou na graduação. O respeito à hierarquia é consubstancia-
parágrafo anterior, a antiguidade é estabelecida:
do no espírito de acatamento à sequência de autoridade.
a) entre policiais militares do mesmo quadro pela posição nas
Parágrafo 2º - Disciplina é a rigorosa observância e o aca- respectivas escalas numéricas ou registros de que trata o art. 17;
tamento integral das Leis, regulamentos, normas e disposições b) nos demais casos, pela antiguidade no posto ou na gradua-
que fundamentam o organismo policial militar e coordenam seu ção anterior; se, ainda assim, subsistir a igualdade de antiguidade,
funcionamento regular e harmônico, traduzindo-o pelo perfeito recorrer-se-á sucessivamente, aos graus hierárquicos anteriores, à
cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos com- data de inclusão e a data de nascimento para definir a precedência
ponentes desse organismo. e, neste último caso, o mais velho será considerado mais antigo; e

Didatismo e Conhecimento 1
NOÇÕES DE DIREITO MILITAR
c) entre os alunos de um mesmo órgão de formação de poli- IV - O espírito de corpo, orgulho do policial militar pela orga-
ciais militares, de acordo com o regulamento do respectivo órgão, nização policial-militar onde serve;
se não estiverem especificadamente enquadrados nas letras “a” e V - O amor à profissão policial-militar e o entusiasmo com
“b”. que é exercida; e
Parágrafo 3º - Em igualdade de posto ou graduação, os poli- VI – O aprimoramento técnico-profissional.
ciais militares, da ativa tem precedência sobre os da inatividade.
Parágrafo 4º - Em igualdade de posto ou graduação, a prece- SEÇÃO II
dência entre os policiais militares de carreira na ativa e os da reser- DA ÉTICA POLICIAL MILITAR
va remunerada que estiverem convocados, é definida pelo tempo
de efetivo serviço no posto ou graduação. Art. 27. O sentimento do dever, o pundonor policial e o decoro
da classe impõem, a cada um dos integrantes da Polícia Militar,
Art. 16 - A precedência entre as Praças Especiais e as demais conduta moral e profissional irrepreensíveis. Com a observância
praças é assim regulada: dos seguintes preceitos da ética policial militar:
I - Os Aspirantes-a-oficial PM são hierarquicamente superio- I - Amar a verdade e a responsabilidade como fundamento da
res às demais praças; dignidade pessoal;
II - Os Alunos-Oficiais PM são hierarquicamente superiores II - Em Exercer com autoridade, eficiência e probidade as fun-
aos Subtenentes PM. ções que lhe couberem em decorrência do cargo;
III - Respeitar a dignidade da pessoa humana;
Art. 17 - A Policia Militar manterá um registro de todos os IV - Cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as ins-
dados referentes a seu pessoal da ativa e da reserva remunerada, truções e as ordens das autoridades competentes;
dentro das respectivas escalas numéricas, segundo as instruções V - Ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na aprecia-
baixadas pelo Comandante-Geral da Corporação. ção do mérito dos subordinados;
VI - Zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual, físico e
Art. 18. Os Alunos-Oficiais PM são declarados Aspirantes-a- também pelos dos subordinados, tendo em vista o cumprimento
-Oficial PM pelo Comandante-Geral da Corporação. da missão comum;
VII - Empregar todas as suas energias em benefício do ser-
CAPÍTULO III
viço;
DO CARGO E DA FUNÇÃO POLICIAIS MILITARES
VIII - Praticar a camaradagem e desenvolver permanentemen-
te o espírito de cooperação;
Art. 19 - Cargo policial militar é aquele que só pode ser e
IX - Ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua lingua-
exercido por policial militar serviço ativo.
gem escrita e falada;
Parágrafo 1º - O cargo policial-militar a que se refere este ar-
X - Abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de matéria
tigo é o que se encontra especificado nos Quadros da Organização
sigilosa relativa à Segurança Nacional;
ou previsto, caracterizado ou definido como tal em outras dispo-
XI - Acatar as autoridades civis;
sições legais.
Parágrafo 2º - A cada cargo policial militar corresponde um XII - Cumprir seus deveres de cidadão;
conjunto de atribuições, deveres e responsabilidades que se cons- XIII - Proceder de maneira ilibada na vida pública e na par-
tituem em obrigações do respectivo titular. ticular;
Parágrafo Único - As obrigações inerentes ao policial militar XIV - Observar as normas de boa educação;
devem ser compatíveis com o correspondente grau hierárquico e XV - Garantir assistência moral e material a seu lar e condu-
definidos em legislação ou regulamentação específicas. zir-se como chefe de família modelar;
XVI - Conduzir-se mesmo fora do serviço ou na inatividade,
TÍTULO II de modo que não sejam prejudicados os princípios da disciplina,
DAS OBRIGAÇÕES E DOS DEVERES POLICIAIS MILITA- do respeito e do decoro policial militar;
RES XVII - Abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para
obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou para encami-
CAPITULO I nhar negócios particulares ou de terceiros;
SEÇÃO I XVIII - Abster-se o policial-militar na inatividade do uso das
DO VALOR POLICIAL MILITAR designações hierárquicas quando:
a) em atividades político-partidárias
Art. 26 - São manifestações essenciais do valor policial-mi- b) em atividades comerciais;
litar: c) em atividades industriais;
I - O sentimento de servir à comunidade estadual, traduzido d) para discutir ou provocar discussões pela imprensa a res-
pela vontade inabalável de cumprir o dever policial militar e pelo peito de assuntos políticos ou policiais militares, excetuando-se os
integral devotamento à manutenção da ardem pública, mesmo com de natureza exclusivamente técnica, se devidamente autorizado; e
o risco da própria vida; XIX - Zelar pelo bom nome da Polícia Militar e de cada um
II - A fé na elevada missão da Policia Militar; dos seus integrantes, obedecendo e fazendo obedecer aos preceitos
III - O civismo e o culto das tradições históricas; da ética policial-militar.

Didatismo e Conhecimento 2
NOÇÕES DE DIREITO MILITAR
Art. 28 - Ao policial-militar da ativa, ressalvado o disposto Parágrafo Único - Aplica-se à Direção e à Chefia de Organi-
nos parágrafos 2º e 3º, é vedado comerciar ou tomar parte na admi- zação Policial Militar, no que couber, o estabelecido para o Co-
nistração ou gerência de sociedade ou dela ser sócio ou participar, mando.
exceto como acionista ou quotista, em sociedade anônima ou por
quotas de responsabilidade limitada. Art. 34 - A subordinação não afeta, de modo algum, a dignida-
Parágrafo 1º - Os policiais militares na reserva remunerada, de pessoal do policial militar e decorre, exclusivamente da estrutu-
quando convocados, ficam proibidos de tratar, nas organizações ra hierárquica da Policia Militar.
policiais militares e nas repartições públicas civis, dos interesses
de organizações ou empresas privadas de qualquer natureza. Art. 35 - 0 Oficial é preparado, ao longo da carreira para o
Parágrafo 2º - Os policiais militares da ativa podem exercer exercício do Comando, da Chefia e da Direção das Organizações
diretamente a gestão de seus bens, desde que não infrinjam o dis- Policiais Militares.
posto no presente artigo.
Parágrafo 3º - No intuito de desenvolver a prática profissional Art. 36 - Os Subtenentes e Sargentos auxiliam e completam
dos integrantes do Quadra de Saúde, é-lhe permitido o exercício da as atividades dos oficiais, quer no adestramento e no emprego dos
meios, quer na instrução e na administração; poderão ser emprega-
atividade técnico-profissional no meio civil, desde que tal prática
dos na execução de atividades de policiamento ostensivo peculia-
não prejudique o serviço.
res a Policia Militar.
Parágrafo Único - No exercício das atividades mencionadas
Art. 29 - 0 Comandante-Geral da Polícia Militar poderá de-
neste artigo e no comando de elementos subordinados, os Subte-
terminar aos policiais militares da ativa que, no interesse da sal- nentes e Sargentos deverão impor-se pela lealdade, pelo exemplo e
vaguarda da dignidade dos mesmos, informem sobre a origem e a pela capacidade profissional e técnica, incumbindo-lhes assegurar
natureza de seus bens, sempre que houver razões que recomendem a observância minuciosa e ininterrupta das ordens, das regras de
tal medida. serviço e das normas operativas pelas praças que lhes estiverem
diretamente subordinadas e a manutenção da coesão e do moral
CAPÍTULO II das mesmas praças em todas as circunstanciais.
DOS DEVERES POLICIAIS MILITARES
Art. 37 - Os Cabos e Soldados; são essencialmente, os ele-
Art. 30 - Os deveres policiais militares emanam de vínculos mentos de execução.
relacionais que ligam o policial militar à comunidade estadual e a
sua segurança, e compreendem, essencialmente: Art. 38 - As Praças Especiais cabe a rigorosa observância das
I - A dedicação integral ao serviço policial militar e a fidelida- prescrições dos regulamentos que lhes são pertinentes, exigindo-se
de à instituição a que pertence, mesmo com sacrifício da própria lhe inteira dedicação ao estudo e ao aprendizado técnico-profis-
vida; sional.
II - 0 culto aos Símbolos Nacionais;
III - A probidade e a lealdade em todas as circunstâncias; Art. 39 - Cabe ao policial-militar a responsabilidade integral
IV - A disciplina e o respeito à hierarquia; pelas decisões que tomar, pelas ordens que emitir e pelos atos que
V - O rigoroso cumprimento das obrigações e ordens; praticar.
VI - A obrigação de tratar o subordinado dignamente e com
urbanidade. HIERARQUIA E DISCIPLINA

SEÇÃO I Definições
DO COMPROMISSO POLICIAL MILITAR
- Hierarquia policial-militar é a ordenação dá autoridade em
níveis diferentes, dentro da estrutura da Polícia Militar. A ordena-
Art. 31 - Todo cidadão, após ingressar na Policia Militar, me-
ção se faz por postos ou graduações. Dentro de um mesmo posto
diante inclusão, matrícula ou nomeação, prestará compromisso de
ou de uma mesma graduação se faz pela antiguidade no posto ou
honra, no qual afirmará a sua ACEITAÇÃO consciente das obri-
na graduação. O respeito à hierarquia é consubstanciado no espíri-
gações e dos deveres policiais e manifestará sua firme disposição
to de acatamento à sequência de autoridade.
de bem cumpri-los.
- Disciplina é a rigorosa observância e o acatamento integral
SEÇÃO II das Leis, regulamentos, normas e disposições que fundamentam o
DO COMANDO E DA SUBORDINAÇÃO organismo policial militar e coordenam seu funcionamento regular
e harmônico, traduzindo-o pelo perfeito cumprimento do dever por
Art. 33 - Comando é a soma de autoridade, de deveres e res- parte de todos e de cada um dos componentes desse organismo.
ponsabilidades de que o policial militar é investido legalmente,
quando conduz homens ou dirige uma organização policial mili- - Círculos hierárquicos são âmbitos de convivência entre os
tar. O comando está vinculado ao grau hierárquico e constitui uma policiais militares da mesma categoria e têm a finalidade de desen-
prerrogativa impessoal, em cujo exercício o policial militar se de- volver a espírito de camaradagem em ambiente de estima confian-
fine e se caracteriza como chefe. ça, sem prejuízo de respeito mútuo.

Didatismo e Conhecimento 3
NOÇÕES DE DIREITO MILITAR
Círculos hierárquicos IV - Cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as ins-
truções e as ordens das autoridades competentes;
CÍRCULO DE OFICIAIS E PRAÇAS
V - Ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na aprecia-
CÍRCULO DE OFICIAIS (POSTOS) ção do mérito dos subordinados;

OFICIAIS SUPERIORES VI - Zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual, físico e


Coronel PM também pelos dos subordinados, tendo em vista o cumprimento
Tenente Coronel PM da missão comum;
Major PM
VII - Empregar todas as suas energias em benefício do ser-
INTERMEDIÁRIOS viço;
Capitão PM
VIII - Praticar a camaradagem e desenvolver permanentemen-
SUBALTERNOS te o espírito de cooperação;
Primeiro Tenente PM
Segundo Tenente PM IX - Ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua lingua-
gem escrita e falada;
PRAÇA ESPECIAL
Aspirante-a-Oficial PM X - Abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de matéria
sigilosa relativa à Segurança Nacional;
CÍRCULO DAS PRAÇAS (GRADUAÇÕES)
Subtenentes PM XI - Acatar as autoridades civis;
Primeiro Sargento PM
Segundo Sargento PM XII - Cumprir seus deveres de cidadão;
Terceiro Sargento PM
XIII - Proceder de maneira ilibada na vida pública e na par-
Cabo PM
ticular;
Soldado PM
XIV - Observar as normas de boa educação;
Do valor do Policial Militar
XV - Garantir assistência moral e material a seu lar e condu-
São manifestações essenciais do valor policial-militar:
zir-se como chefe de família modelar;
I - O sentimento de servir à comunidade estadual, traduzido
pela vontade inabalável de cumprir o dever policial militar e pelo XVI - Conduzir-se mesmo fora do serviço ou na inatividade,
integral devotamento à manutenção da ardem pública, mesmo com de modo que não sejam prejudicados os princípios da disciplina,
o risco da própria vida; do respeito e do decoro policial militar;
II - A fé na elevada missão da Policia Militar; XVII - Abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para
obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou para encami-
III - O civismo e o culto das tradições históricas; nhar negócios particulares ou de terceiros;
IV - O espírito de corpo, orgulho do policial militar pela orga- XVIII - Abster-se o policial-militar na inatividade do uso das
nização policial-militar onde serve; designações hierárquicas quando:
a) em atividades político-partidárias
V - O amor à profissão policial-militar e o entusiasmo com b) em atividades comerciais;
que é exercida; e c) em atividades industriais;
d) para discutir ou provocar discussões pela imprensa a res-
VI – O aprimoramento técnico-profissional. peito de assuntos políticos ou policiais militares, excetuando-se os
de natureza exclusivamente técnica, se devidamente autorizado; e
Ética Policial
XIX - Zelar pelo bom nome da Polícia Militar e de cada um
I - Amar a verdade e a responsabilidade como fundamento da dos seus integrantes, obedecendo e fazendo obedecer aos preceitos
dignidade pessoal; da ética policial-militar.

II - Em Exercer com autoridade, eficiência e probidade as fun- Deveres do Policial Militar


ções que lhe couberem em decorrência do cargo;
I - A dedicação integral ao serviço policial militar e a fidelida-
III - Respeitar a dignidade da pessoa humana; de à instituição a que pertence, mesmo com sacrifício da própria
vida;

Didatismo e Conhecimento 4
NOÇÕES DE DIREITO MILITAR
II - O culto aos Símbolos Nacionais;
LEI COMPLEMENTAR
III - A probidade e a lealdade em todas as circunstâncias; ESTADUAL Nº 87/2008.
IV - A disciplina e o respeito à hierarquia;

V - O rigoroso cumprimento das obrigações e ordens;

VI - A obrigação de tratar o subordinado dignamente e com Por questões de natureza técnica, disponibilizaremos esta lei
urbanidade. no CD-ROM que acompanha essa apostila. Pedimos a gentileza
em consultar e realizar o estudo dos artigos que a compõe.
Compromisso do Policial Militar

Todo cidadão, após ingressar na Policia Militar, mediante in-


clusão, matrícula ou nomeação, prestará compromisso de honra, CRIME MILITAR: CARACTERIZAÇÃO
no qual afirmará a sua ACEITAÇÃO consciente das obrigações e DO CRIME MILITAR (ART. 9º DO CPM); PRO-
dos deveres policiais e manifestará sua firme disposição de bem PRIAMENTE E IMPROPRIAMENTE MILI-
cumpri-los. TAR. VIOLÊNCIA CONTRA
SUPERIOR (ART.157 CPM); VIOLÊNCIA
Comando e subordinação do policial militar CONTRA INFERIOR (ART.175 CPM); ABAN-
DONO DE POSTO (ART.195 CPM); EMBRIA-
Definições GUEZ EM SERVIÇO (ART. 202 CPM); DOR-
MIR EM SERVIÇO (ART. 203 CPM).
Comando: Comando é a soma de autoridade, de deveres e res-
ponsabilidades de que o policial militar é investido legalmente,
quando conduz homens ou dirige uma organização policial mili-
tar. O comando está vinculado ao grau hierárquico e constitui uma
prerrogativa impessoal, em cujo exercício o policial militar se de- DECRETO-LEI Nº 1.001, DE 21 DE OUTUBRO DE 1969.
fine e se caracteriza como chefe.
Os Ministros da Marinha de Guerra, do Exército e da Aero-
Subordinação: a subordinação não afeta, de modo algum, a náutica Militar, usando das atribuições que lhes confere o art. 3º
dignidade pessoal do policial militar e decorre, exclusivamente da do Ato Institucional nº 16, de 14 de outubro de 1969, combinado
estrutura hierárquica da Policia Militar. com o § 1° do art. 2°, do Ato Institucional n° 5, de 13 de dezembro
de 1968, decretam:
Cargos / Patentes
CÓDIGO PENAL MILITAR
Oficiais
PARTE GERAL
O Oficial é preparado, ao longo da carreira para o exercício LIVRO ÚNICO
do Comando, da Chefia e da Direção das Organizações Policiais
Militares. TÍTULO I
DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR
Subtenentes e Sargentos
Crimes militares em tempo de paz
Os Subtenentes e Sargentos auxiliam e completam as ativida- Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz:
des dos oficiais, quer no adestramento e no emprego dos meios, I - os crimes de que trata este Código, quando definidos de
quer na instrução e na administração; poderão ser empregados na modo diverso na lei penal comum, ou nela não previstos, qualquer
execução de atividades de policiamento ostensivo peculiares a Po- que seja o agente, salvo disposição especial;
licia Militar.
II - os crimes previstos neste Código, embora também o sejam
com igual definição na lei penal comum, quando praticados:
Cabos e Soldados
a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra
militar na mesma situação ou assemelhado;
Os Cabos e Soldados; são essencialmente, os elementos de
b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em
execução.
lugar sujeito à administração militar, contra militar da reserva, ou
reformado, ou assemelhado, ou civil;
Praças especiais
c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em
As Praças Especiais cabe a rigorosa observância das prescri- comissão de natureza militar, ou em formatura, ainda que fora do
ções dos regulamentos que lhes são pertinentes, exigindo-se lhe lugar sujeito à administração militar contra militar da reserva, ou
inteira dedicação ao estudo e ao aprendizado técnico-profissional. reformado, ou civil;

Didatismo e Conhecimento 5
NOÇÕES DE DIREITO MILITAR
d) por militar durante o período de manobras ou exercício, Parágrafo único. Se da violência resulta lesão corporal ou
contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil; morte é também aplicada a pena do crime contra a pessoa, aten-
e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, con- dendo-se, quando for o caso, ao disposto no art. 159.
tra o patrimônio sob a administração militar, ou a ordem adminis-
trativa militar; CAPÍTULO III
f) revogada. DO ABANDONO DE PÔSTO E DE OUTROS CRIMES EM
III - os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado, SERVIÇO
ou por civil, contra as instituições militares, considerando-se como
tais não só os compreendidos no inciso I, como os do inciso II, nos Abandono de posto
seguintes casos: Art. 195. Abandonar, sem ordem superior, o posto ou lugar de
a) contra o patrimônio sob a administração militar, ou contra a serviço que lhe tenha sido designado, ou o serviço que lhe cum-
ordem administrativa militar; pria, antes de terminá-lo:
b) em lugar sujeito à administração militar contra militar em Pena - detenção, de três meses a um ano.
situação de atividade ou assemelhado, ou contra funcionário de
Ministério militar ou da Justiça Militar, no exercício de função Embriaguez em serviço
inerente ao seu cargo; Art. 202. Embriagar-se o militar, quando em serviço, ou apre-
c) contra militar em formatura, ou durante o período de pronti- sentar-se embriagado para prestá-lo:
dão, vigilância, observação, exploração, exercício, acampamento, Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
acantonamento ou manobras;
d) ainda que fora do lugar sujeito à administração militar, Dormir em serviço
contra militar em função de natureza militar, ou no desempenho Art. 203. Dormir o militar, quando em serviço, como oficial
de serviço de vigilância, garantia e preservação da ordem pública, de quarto ou de ronda, ou em situação equivalente, ou, não sen-
administrativa ou judiciária, quando legalmente requisitado para do oficial, em serviço de sentinela, vigia, plantão às máquinas, ao
aquele fim, ou em obediência a determinação legal superior. leme, de ronda ou em qualquer serviço de natureza semelhante:
Parágrafo único. Os crimes de que trata este artigo quando Pena - detenção, de três meses a um ano.
dolosos contra a vida e cometidos contra civil serão da competên-
cia da justiça comum, salvo quando praticados no contexto de ação Crimes Militares
militar realizada na forma do art. 303 da Lei no 7.565, de 19 de
dezembro de 1986 - Código Brasileiro de Aeronáutica. - Em tempo de paz:
CAPÍTULO III
I - os crimes de que trata este o código militar, quando defini-
DA VIOLÊNCIA CONTRA SUPERIOR OU MILITAR DE
dos de modo diverso na lei penal comum, ou nela não previstos,
SERVIÇO
qualquer que seja o agente, salvo disposição especial;
Violência contra superior
II - os crimes previstos neste Código, embora também o sejam
Art. 157. Praticar violência contra superior:
com igual definição na lei penal comum, quando praticados:
Pena - detenção, de três meses a dois anos.
a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra
Formas qualificadas
militar na mesma situação ou assemelhado;
§ 1º Se o superior é comandante da unidade a que pertence o
b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em
agente, ou oficial general:
Pena - reclusão, de três a nove anos. lugar sujeito à administração militar, contra militar da reserva, ou
§ 2º Se a violência é praticada com arma, a pena é aumentada reformado, ou assemelhado, ou civil;
de um terço. c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal, aplica-se, além da comissão de natureza militar, ou em formatura, ainda que fora do
pena da violência, a do crime contra a pessoa. lugar sujeito à administração militar contra militar da reserva, ou
§ 4º Se da violência resulta morte: reformado, ou civil;
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. d) por militar durante o período de manobras ou exercício,
§ 5º A pena é aumentada da sexta parte, se o crime ocorre em contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil;
serviço. e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, con-
tra o patrimônio sob a administração militar, ou a ordem adminis-
CAPÍTULO VI trativa militar;
DA USURPAÇÃO E DO EXCESSO OU ABUSO DE AUTORI-
DADE III - os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado,
ou por civil, contra as instituições militares, considerando-se como
Violência contra inferior tais não só os compreendidos no inciso I, como os do inciso II, nos
Art. 175. Praticar violência contra inferior: seguintes casos:
Pena - detenção, de três meses a um ano. a) contra o patrimônio sob a administração militar, ou contra a
Resultado mais grave ordem administrativa militar;

Didatismo e Conhecimento 6
NOÇÕES DE DIREITO MILITAR
b) em lugar sujeito à administração militar contra militar em Do abandono de posto e de outros crimes em serviço
situação de atividade ou assemelhado, ou contra funcionário de
Ministério militar ou da Justiça Militar, no exercício de função Abandono de posto
inerente ao seu cargo;
c) contra militar em formatura, ou durante o período de pronti- Sujeito ativo: qualquer policial militar incumbido de ocupar
dão, vigilância, observação, exploração, exercício, acampamento, determinado posto.
acantonamento ou manobras;
d) ainda que fora do lugar sujeito à administração militar, Sujeito passivo: corporação / sociedade
contra militar em função de natureza militar, ou no desempenho
de serviço de vigilância, garantia e preservação da ordem pública, Tipo penal: abandonar, sem ordem superior, o posto ou lugar
administrativa ou judiciária, quando legalmente requisitado para de serviço que lhe tenha sido designado, ou o serviço que lhe cum-
aquele fim, ou em obediência a determinação legal superior. pria, antes de terminá-lo: Pena - detenção, de três meses a um ano.

Da violência contra superior ou militar de serviço Embriaguez em serviço

Sujeito ativo: policial militar subordinado a algum superior Sujeito ativo: policial militar em serviço ou na iminência de
entrar em serviço.
Sujeito passivo: superior hierárquico
Sujeito passivo: corporação / sociedade
Tipo penal: praticar violência contra superior:
Tipo penal: Embriagar-se o militar, quando em serviço, ou
Pena - detenção, de três meses a dois anos. apresentar-se embriagado para prestá-lo: Pena - detenção, de seis
meses a dois anos.
Qualificadoras
Dormir em serviço
- Se o superior é comandante da unidade a que pertence o
agente, ou oficial general: Pena - reclusão, de três a nove anos. Sujeito ativo: policial militar quando em serviço, como oficial
de quarto ou de ronda, ou em situação equivalente; não sendo ofi-
- Se a violência é praticada com arma, a pena é aumentada de cial, em serviço de sentinela, vigia, plantão às máquinas, ao leme,
um terço. Pena - reclusão, de doze a trinta anos. de ronda ou em qualquer serviço de natureza semelhante.

- Se da violência resulta lesão corporal, aplica-se, além da Sujeito passivo: corporação / sociedade
pena da violência, a do crime contra a pessoa. Pena - reclusão, de
doze a trinta anos. Tipo penal: Dormir o militar, quando em serviço, como ofi-
cial de quarto ou de ronda, ou em situação equivalente, ou, não
- Se da violência resulta morte: Pena - reclusão, de doze a sendo oficial, em serviço de sentinela, vigia, plantão às máquinas,
trinta anos. ao leme, de ronda ou em qualquer serviço de natureza semelhante:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Causa de aumento de pena

- A pena é aumentada da sexta parte, se o crime ocorre em JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL.


serviço. ART. 125, §§ 3º, 4º E 5º CF/88;

Da usurpação e do excesso ou abuso de autoridade

Sujeito ativo: superior hierárquico CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Sujeito passivo: subordinado Seção VIII


DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS
Tipo penal: Praticar violência contra inferior: Pena - detenção,
de três meses a um ano. Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os
princípios estabelecidos nesta Constituição.
Resultado mais grave § 3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribu-
nal de Justiça, a Justiça Militar estadual, constituída, em primeiro
Se da violência resulta lesão corporal ou morte é também apli- grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça e, em
cada a pena do crime contra a pessoa, atendendo-se, quando for o segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de
caso, ao disposto no art. 159. Justiça Militar nos Estados em que o efetivo militar seja superior a
vinte mil integrantes. (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 45, de 2004)

Didatismo e Conhecimento 7
NOÇÕES DE DIREITO MILITAR
§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os
militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ART. 187 A 198 DA LEI COMPLEMENTAR
ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a 096/10 (LEI DE ORGANIZAÇÃO E DIVISÃO
competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal JUDICIÁRIAS DO ESTADO DA PARAÍBA).
competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais
e da graduação das praças. (Redação dada pela Emenda Constitu-
cional nº 45, de 2004)
§ 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar TÍTULO IV
e julgar, singularmente, os crimes militares cometidos contra civis DA JUSTIÇA MILITAR
e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo ao
Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar CAPÍTULO I
e julgar os demais crimes militares. (Incluído pela Emenda Cons- DA COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIA
titucional nº 45, de 2004)
Seção I
Justiça Militar Estadual Da Composição

Constituição Federal / norma autorizadora Art. 187. A Justiça Militar estadual, com sede na Capital e
jurisdição em todo o Estado é composta:
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os I – no primeiro grau de jurisdição:
princípios estabelecidos nesta Constituição. a) pelos juízes de direito de Vara Militar;
b) pelos conselhos de Justiça Militar;
Procedimento II – no segundo grau de jurisdição pelo Tribunal de Justiça.

A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Seção II


Justiça, a Justiça Militar estadual, constituída, em primeiro grau, Da Competência Geral
pelos juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça e, em segundo
grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Art. 188. Compete à Justiça Militar processar e julgar os mi-
Militar nos Estados em que o efetivo militar seja superior a vinte litares do Estado, nos crimes militares definidos em lei, e as ações
mil integrantes. judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a compe-
tência do Tribunal do Júri quando a vítima for civil, cabendo ao
Competência da justiça militar Tribunal de Justiça decidir sobre a perda do posto e da patente dos
oficiais e da graduação das praças.
Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os mili-
tares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações Seção III
judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a compe- Do Juiz de Direito de Vara Militar
tência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal com-
petente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da Art. 189. O cargo de juiz de direito de Vara Militar será provi-
graduação das praças. do por juiz de direito de terceira entrância, observadas as normas
estabelecidas para o provimento dos demais cargos de carreira da
Competência dos juízes militares magistratura estadual.

Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e jul- Art. 190. Compete ao juiz de direito de Vara Militar:
gar, singularmente, os crimes militares cometidos contra civis e I – processar e julgar, singularmente, os crimes militares co-
as ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo ao metidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares;
Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar II – presidir os conselhos de Justiça Militar e relatar, com voto
e julgar os demais crimes militares. inicial e direto, os processos respectivos;
III – exercer o poder de polícia durante a realização de audiên-
cias e sessões de julgamento;
IV – expedir todos os atos necessários ao cumprimento das
suas decisões e das decisões dos conselhos da Justiça Militar;
V – exercer o ofício da execução penal em todas as unidades
militares estaduais, onde haja preso militar ou civil sob sua guarda
provisória ou definitiva;
VI – cumprir carta precatória relativa à matéria de sua com-
petência.

Didatismo e Conhecimento 8
NOÇÕES DE DIREITO MILITAR
Seção IV § 5º Quando, em um mesmo processo, os acusados forem ofi-
Do Cartório de Vara Militar ciais e praças, responderão todos perante o conselho especial.

Art. 191. O cartório de vara Militar terá seus cargos preenchi- Art. 195. Os Conselhos Permanentes serão compostos pelo
dos por membros da Polícia Militar e/ou do Corpo de Bombeiros mesmo número de oficiais previsto para os Conselhos Especiais,
do Estado, habilitados para o exercício da função, sem prejuízo da devendo ser integrados por, no mínimo, um oficial superior.
participação de servidores da justiça comum, quando necessário.
§ 1º O cartório será chefiado por um militar graduado (pri- Seção III
meiro sargento ou subtenente) ou por um oficial até a patente de Da Competência
capitão, requisitado mediante indicação do juiz competente ao
comandante-geral da Polícia Militar, através de ato do presidente Art. 196. Compete aos Conselhos de Justiça Militar processar
do Tribunal de Justiça. e julgar os crimes militares não compreendidos na competência
§ 2º O militar a serviço de vara militar tem fé de ofício quando monocrática de juiz de vara militar.
da prática dos atos inerentes às respectivas funções, que corres- Parágrafo único. Aos Conselhos Especiais compete o julga-
pondem à função de analista judiciário, de técnico judiciário, de mento de oficiais, enquanto aos Conselhos Permanentes ou Tri-
movimentador e de oficial de justiça. mestrais compete o julgamento das praças em geral.

Seção V Seção IV
Dos Atos Judiciais Da Escolha e Convocação dos Conselhos
Art. 192. As audiências e sessões de julgamento da Justiça Art. 197. Os comandantes-gerais da Polícia Militar e do Cor-
Militar são realizadas na sede da comarca, salvo os casos especiais po de Bombeiros do Estado remeterão, trimestralmente, ao juiz
por justa causa ou força maior, fundamentados pelo juiz de direito de direito da Vara Militar relação nominal dos oficiais da ativa em
titular da Vara Militar. condições de servir nos conselhos, com indicação dos seus endere-
ços residenciais, a fim de serem realizados os sorteios respectivos.
CAPÍTULO II
§ 1º Os sorteios para a composição dos Conselhos Permanen-
DOS CONSELHOS DA JUSTIÇA MILITAR
tes realizar-se-ão entre os dias vinte e vinte e cinco do último mês
de cada trimestre, ressalvado motivo de força maior para sua não
Seção I
ocorrência.
Das Disposições Gerais
§ 2º O resultado dos sorteios será informado aos comandan-
tes-gerais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros para que
Art. 193. Integram a Justiça Militar do Estado, observada a
providenciem a publicação em boletins gerais e ordenem o com-
separação institucional entre a Polícia Militar e o Corpo de Bom-
beiros, os seguintes Conselhos de Justiça: parecimento dos juízes não togados à hora marcada na sede do
I – Conselhos Especiais; Juízo Militar, ficando à sua disposição enquanto durarem as con-
II – Conselhos Permanentes ou Trimestrais. vocações.
§ 3º Os sorteios para a composição dos Conselhos Especiais
Seção II ocorrerão sempre que se iniciar processo criminal contra oficial,
Da Composição mantendo-se sua constituição até a sessão de julgamento, se algu-
ma causa intercorrente não justificar o arquivamento antecipado
Art. 194. Os Conselhos Especiais são compostos por quatro da ação penal.
juízes militares, todos oficiais de postos não inferiores ao do acu- § 4º O sorteio para a composição dos Conselhos Permanen-
sado. tes da Justiça Militar dará preferência a oficiais aquartelados na
§ 1º Havendo mais de um acusado no processo, o de posto Capital.
mais elevado servirá de referência à composição do conselho. § 5º Caso a relação dos oficiais da ativa, prevista no caput
§ 2º Sendo o acusado do posto mais elevado na corporação deste artigo, não seja enviada ao juiz competente, no prazo legal,
policial ou do corpo de bombeiro militar, o conselho especial será os sorteios para composição dos Conselhos da Justiça Militar serão
composto por oficiais da respectiva corporação militar, que sejam realizados com base na relação enviada no trimestre anterior, sem
da ativa, do mesmo posto do acusado e mais antigos que ele; não prejuízo da apuração de responsabilidades.
havendo na ativa oficiais mais antigos que o acusado, serão sorte-
ados e convocados oficiais da reserva remunerada. CAPÍTULO III
§ 3º Sendo o acusado do posto mais elevado da corporação, DA EXECUÇÃO DA PENA
e nela não existindo oficial, ativo ou inativo, mais antigo que ele,
o conselho especial será composto por oficiais que atendam ao re- Art. 198. O regime carcerário aplicável ao condenado pelo
quisito da hierarquia, embora pertencentes à outra instituição mi- juiz de direito titular de Vara Militar é o seguinte:
litar estadual. I – no caso de pena privativa da liberdade por até dois anos,
§ 4º Não havendo, em qualquer das corporações, no posto o regime será regulamentado nas decisões que proferirem o juiz
mais elevado, oficial, ativo ou inativo, mais antigo que o acusado, monocrático e os conselhos da Justiça Militar, sendo o condenado
será este julgado pelo Tribunal de Justiça. recolhido à prisão militar;

Didatismo e Conhecimento 9
NOÇÕES DE DIREITO MILITAR
II – ultrapassado o limite da pena de dois anos e havendo o Conselhos da Justiça Militar
condenado perdido a condição de militar, será ele transferido para
prisão da jurisdição comum, deslocando-se a competência quanto Integram a Justiça Militar do Estado, observada a separação
à execução da pena para o respectivo juízo, ao qual serão remeti- institucional entre a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, os
dos os autos do processo. seguintes Conselhos de Justiça:

Lei de organização e divisão judiciárias do estado da Pa- I – Conselhos Especiais;


raíba
Os Conselhos Especiais são compostos por quatro juízes mili-
Composição tares, todos oficiais de postos não inferiores ao do acusado.
- Havendo mais de um acusado no processo, o de posto mais
A Justiça Militar estadual, com sede na Capital e jurisdição elevado servirá de referência à composição do conselho.
em todo o Estado é composta: - Sendo o acusado do posto mais elevado na corporação po-
licial ou do corpo de bombeiro militar, o conselho especial será
I – no primeiro grau de jurisdição: composto por oficiais da respectiva corporação militar, que sejam
a) pelos juízes de direito de Vara Militar; da ativa, do mesmo posto do acusado e mais antigos que ele; não
b) pelos conselhos de Justiça Militar; havendo na ativa oficiais mais antigos que o acusado, serão sorte-
ados e convocados oficiais da reserva remunerada.
II – no segundo grau de jurisdição pelo Tribunal de Justiça. - Sendo o acusado do posto mais elevado da corporação, e
nela não existindo oficial, ativo ou inativo, mais antigo que ele, o
Competência geral conselho especial será composto por oficiais que atendam ao re-
quisito da hierarquia, embora pertencentes à outra instituição mi-
Compete à Justiça Militar processar e julgar os militares do litar estadual.
Estado, nos crimes militares definidos em lei, e as ações judiciais - Não havendo, em qualquer das corporações, no posto mais
contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do elevado, oficial, ativo ou inativo, mais antigo que o acusado, será
Tribunal do Júri quando a vítima for civil, cabendo ao Tribunal de este julgado pelo Tribunal de Justiça.
Justiça decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da - Quando, em um mesmo processo, os acusados forem oficiais
graduação das praças. e praças, responderão todos perante o conselho especial.

Provimento ao cargo de juiz de direito militar II – Conselhos Permanentes ou Trimestrais.

O cargo de juiz de direito de Vara Militar será provido por juiz Os Conselhos Permanentes serão compostos pelo mesmo nú-
de direito de terceira entrância, observadas as normas estabeleci- mero de oficiais previsto para os Conselhos Especiais, devendo ser
das para o provimento dos demais cargos de carreira da magistra- integrados por, no mínimo, um oficial superior.
tura estadual.
Competência
Competência do Juiz da Vara Militar
Compete aos Conselhos de Justiça Militar processar e julgar
I – processar e julgar, singularmente, os crimes militares co- os crimes militares não compreendidos na competência monocrá-
metidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares; tica de juiz de vara militar; aos Conselhos Especiais compete o
julgamento de oficiais, enquanto aos Conselhos Permanentes ou
II – presidir os conselhos de Justiça Militar e relatar, com voto Trimestrais compete o julgamento das praças em geral.
inicial e direto, os processos respectivos;
Da Escolha e Convocação dos Conselhos
III – exercer o poder de polícia durante a realização de audiên-
cias e sessões de julgamento; Os comandantes-gerais da Polícia Militar e do Corpo de Bom-
beiros do Estado remeterão, trimestralmente, ao juiz de direito da
IV – expedir todos os atos necessários ao cumprimento das Vara Militar relação nominal dos oficiais da ativa em condições de
suas decisões e das decisões dos conselhos da Justiça Militar; servir nos conselhos, com indicação dos seus endereços residen-
ciais, a fim de serem realizados os sorteios respectivos.
V – exercer o ofício da execução penal em todas as unidades
militares estaduais, onde haja preso militar ou civil sob sua guarda Regras
provisória ou definitiva;
- Os sorteios para a composição dos Conselhos Permanentes
VI – cumprir carta precatória relativa à matéria de sua com- realizar-se-ão entre os dias vinte e vinte e cinco do último mês
petência. de cada trimestre, ressalvado motivo de força maior para sua não
ocorrência.

Didatismo e Conhecimento 10
NOÇÕES DE DIREITO MILITAR
- O resultado dos sorteios será informado aos comandantes- b) A estabilidade, quando a praça contar com mais de 5 anos
-gerais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros para que provi- de efetivo serviço.
denciem a publicação em boletins gerais e ordenem o compareci- c) O porte de arma pelas praças, sem restrições, seja no servi-
mento dos juízes não togados à hora marcada na sede do Juízo Mi- ço ativo ou na inatividade.
litar, ficando à sua disposição enquanto durarem as convocações. d) Filiar-se a partido político, mesmo estando em serviço efe-
- Os sorteios para a composição dos Conselhos Especiais tivo.
ocorrerão sempre que se iniciar processo criminal contra oficial, e) Interpor pedido de reconsideração, queixa ou representa-
mantendo-se sua constituição até a sessão de julgamento, se algu- ção, de maneira coletiva, quando se julgar prejudicado ou ofendido
ma causa intercorrente não justificar o arquivamento antecipado por qualquer ato administrativo de superior hierárquico.
da ação penal.
- O sorteio para a composição dos Conselhos Permanentes da 03. COMVEST-UEPB - 2008 - PM-PB - Soldado da Polícia
Justiça Militar dará preferência a oficiais aquartelados na Capital. Militar - Temporário
- Caso a relação dos oficiais da ativa, prevista no caput des- Assinale a alternativa INCORRETA.
te artigo, não seja enviada ao juiz competente, no prazo legal, os a) Aplicam-se aos policiais militares, no que couber, as dispo-
sorteios para composição dos Conselhos da Justiça Militar serão sições estabelecidas no Código Penal Militar.
realizados com base na relação enviada no trimestre anterior, sem b) A polícia militar é uma instituição destinada à manutenção
prejuízo da apuração de responsabilidades. da ordem pública no Estado, sendo considerada força auxiliar do
Exército.
Execução da Pena c) Para ingresso nos quadros de Oficiais da Polícia Militar, é
exigido diploma de estabelecimento de ensino superior reconheci-
O regime carcerário aplicável ao condenado pelo juiz de direi- do pelo Governo Federal.
to titular de Vara Militar é o seguinte: d) A polícia militar está subordinada operacionalmente ao
Governador do Estado e diretamente ao Secretário de Segurança
I – no caso de pena privativa da liberdade por até dois anos, Pública.
o regime será regulamentado nas decisões que proferirem o juiz e) O policial militar tem a obrigação de tratar o subordinado
monocrático e os conselhos da Justiça Militar, sendo o condenado dignamente e com urbanidade.
recolhido à prisão militar;
04. TJ-DFT - 2012 - TJ-DF - Juiz
II – ultrapassado o limite da pena de dois anos e havendo o
Julgue os itens a seguir:
condenado perdido a condição de militar, será ele transferido para
I – Consideram-se crimes militares, em tempo de paz, os
prisão da jurisdição comum, deslocando-se a competência quanto
crimes previstos no Código Penal Militar, embora também o
à execução da pena para o respectivo juízo, ao qual serão remeti-
sejam com igual definição na lei penal comum, quando prati-
dos os autos do processo.
cados por militar em situação de atividade, em lugar sujeito à
QUESTÕES administração militar, contra militar reformado.
II – Os brasileiros que perderam a nacionalidade são con-
01. COMVEST-UEPB - 2008 - PM-PB - Soldado da Polícia siderados estrangeiros para os efeitos da lei penal militar.
Militar - Temporário III – O militar da reserva, mesmo que esteja empregado
Assinale a alternativa correta: na administração militar, não se equipara ao militar em situa-
a) Policiais reformados são os componentes de reserva remu- ção de atividade, para o efeito da aplicação da lei penal militar.
nerada, quando convocados. IV – Os crimes contra as instituições militares, definidos
b) Os alunos de órgãos de formação de policiais militares da no Código Penal Militar, não excluem os da mesma natureza
reserva são policiais militares de carreira. definidos em outras leis.
c) Os integrantes da Polícia Militar da Paraíba, em razão da Nos termos do Código Penal Militar, estão corretos apenas
destinação constitucional da Corporação e, em decorrência das os itens:
Leis vigentes, constituem uma categoria especial de servidores pú- a) I e II
blicos estaduais e são denominados policiais militares. b) I e IV
d) Os policiais militares encontram-se em uma das seguintes c) II e III
situações: na ativa e na passiva. d) III e IV
e) Policiais militares na reserva remunerada são os que estão
dispensados, definitivamente, da prestação de serviços na ativa, 05. NUCEPE - 2012 - PM-PI - Agente de Polícia - Cabo
mas continuam a receber remuneração do Estado. Policial militar que, reagindo à prisão, agride verbalmente
superior de serviço, com palavras de baixo calão, denegrindo
02. COMVEST-UEPB - 2008 - PM-PB - Soldado da Polícia sua autoridade, comete, dentre outros, o delito militar de:
Militar - Temporário a) desacato a superior;
É direito dos policiais militares, entre outros: b) desacato a militar;
a) A garantia da patente em toda plenitude, com as sua van- c) insubmissão;
tagens, prerrogativas e deveres a ela inerentes, quando oficial, nas d) revolta;
condições ou nas limitações impostas na legislação e regulamen- e) desobediência.
tação peculiar.

Didatismo e Conhecimento 11
NOÇÕES DE DIREITO MILITAR
06. CRSP - PMMG - 2013 - PM-MG - Oficial da Polícia correu para evitar a prisão, momento em que o soldado efe-
Militar tuou disparos com a arma de fogo da corporação para impedir
Dos crimes a seguir relacionados, marque a alternativa a fuga, com isso provocando a morte do civil.
CORRETA que descreve os crimes existentes somente no Có- Com base na situação descrita e considerando que o Có-
digo Penal Militar: digo Penal Militar prevê que a conduta de matar alguém cor-
a) reunião ilícita, desobediência, desacato, motim e deserção. responde ao crime de homicídio simples, assinale a alternativa
b) reunião ilícita, recusa de obediência, insubmissão e estupro correta.
de vulnerável. a) O soldado praticou crime militar, motivo pelo qual será
c) reunião ilícita, recusa de obediência, rigor excessivo e julgado pela Justiça Militar do Distrito Federal.
atentado violento ao pudor. b) Apesar de o ato praticado pelo soldado não ser crime mili-
d) atentado violento ao pudor, violência contra inferior, furto tar, o julgamento será realizado perante a Justiça Militar.
de uso e supressão de documento. c) A conduta praticada pelo soldado não é crime, uma vez que
agiu em exercício regular de direito.
07. FUNIVERSA - 2013 - PM-DF - Soldado da Polícia Mi- d) Por se tratar de crime doloso praticado contra a vida de ci-
litar - Combatente vil, a conduta do soldado não caracteriza crime militar, razão pela
Acerca dos crimes militares em tempo de paz, assinale a qual o julgamento ocorrerá na Justiça Comum.
alternativa correta. e) A conduta praticada pelo soldado não é crime, uma vez que
a) A prática de ato de violência contra superior hierárquico é agiu no estrito cumprimento do dever legal.
crime militar, enquanto praticar violência contra inferior consiste
apenas em falta disciplinar. 10. UEG - 2013 - PM-GO - Cadete da Polícia Militar
b) Os policiais militares que recebem pagamento de comer- No que diz respeito à aplicação da lei penal, segundo o Có-
ciante para concentrarem a sua patrulha na região do estabele- digo Penal Militar, tem-se que
cimento comercial dele não praticam corrupção passiva, pois o a) o militar da reserva ou reformado, mesmo não emprega-
mencionado crime só ocorre quando o recebimento de vantagem do na administração militar, equipara-se ao militar em situação de
indevida tiver como finalidade a prática de ato ilícito. atividade.
c) O policial militar que, ao atender ocorrência de trânsito, b) o Código Penal Militar trabalha apenas com o conceito de
se apropria de arma que recolhera do interior de um dos veículos superior hierárquico, para fins de aplicação da lei militar.
envolvidos na ocorrência não pratica peculato. c) é considerado superior toda autoridade que exerce função
d) Embriagar-se o militar, quando em serviço, caracteriza cri- de direção.
me militar, mas apresentar-se embriagado para prestá-lo caracteri- d) os militares estrangeiros, quando em comissão ou estágio
za apenas infração disciplinar. nas forças armadas, ficam sujeitos à lei penal militar brasileira,
e) O militar que se ausentar, sem licença, da unidade em que ressalvado o disposto em tratados ou convenções internacionais.
serve, pelo período de cinco dias, não pratica crime de deserção.
11. CESPE - 2013 - MPU - Técnico Administrativo
08. FUNIVERSA - 2013 - PM-DF - Soldado da Polícia Mi- Acerca do Poder Judiciário e das funções essenciais à jus-
litar - Combatente tiça, julgue os itens a seguir.
No que se refere à aplicação da lei penal militar, assinale a Caso um militar de determinado estado pratique homicí-
alternativa correta. dio contra vítima civil, a justiça militar estadual não é compe-
a) Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desen- tente para processar e julgar esse militar.
volveu a atividade criminosa, no todo ou em parte, e ainda que ( ) Certo ( ) Errado
sob forma de participação, bem como onde se produziu ou deveria
produzir-se o resultado. Nos crimes omissivos, o fato considera-se Gabarito:
praticado no lugar em que deveria realizar-se a ação omitida.
b) A pena dos crimes militares pode ser cominada por lei for- 01 C
mal ou por regulamento disciplinar da corporação.
c) Aos crimes praticados em tempo de guerra aplicam-se, em 02 A
regra, as mesmas penas cominadas para o tempo de paz. 03 D
d) Considera-se praticado o crime no momento da produção 04 A
do resultado.
e) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa 05 A
de considerar crime, cessando, em virtude dela, a própria vigência 06 C
de sentença condenatória irrecorrível, inclusive quanto aos efeitos 07 E
de natureza civil.
08 A
09. FUNIVERSA - 2013 - PM-DF - Soldado da Polícia Mi- 09 D
litar - Combatente 10 D
Um soldado da polícia militar fazia patrulhamento em via
pública quando se deparou com pessoa que parecia portar dro- 11 Certo
gas. Ao aproximar-se para efetuar busca pessoal, o abordado

Didatismo e Conhecimento 12
NOÇÕES DE DIREITO MILITAR

ANOTAÇÕES

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Didatismo e Conhecimento 13
NOÇÕES DE DIREITO MILITAR

ANOTAÇÕES

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Didatismo e Conhecimento 14

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