Educação Financeira:

Investindo numa Vida Feliz

Uma parceria Órama e Dinheirama.
Autores

Conrado Navarro é sócio-fundador do Dinheirama.com, autor

Conrado de diversos livros sobre educação financeira e colunista de
importantes veículos. Foi eleito o “Guru Financeiro do Ano”,
NAVARRO em 2012, pela comunidade de investidores ADVFN.

Ricardo é sócio-fundador do Dinheirama.com, com vasta

Ricardo experiência em educação financeira e no mercado financeiro,
tendo passagens por bancos de investimento e também
PEREIRA grandes organizações com atuação mundial.
Índice

1. Conheça os seus objetivos e seja MAIS FELIZ ....................................... 3

2. Seus hábitos: atitude faz toda a diferença ............................................. 8

3. O melhor investimento é não inventar desculpas .............................. 14

4. Inspire-se em quem pode te ensinar algo ........................................... 18

5. Educação financeira: A FÓRMULA DA FELICIDADE ............................ 22

6. Felicidade gera felicidade: relato dos leitores ..................................... 28

1. Conheça os seus objetivos e seja MAIS FELIZ

3
Conheça seus objetivos e seja MAIS FELIZ A ascensão social traz consigo a
necessidade subjetiva, portanto pessoal,
de comprovar a mudança. Não basta
ser feliz, mais alegre e melhor
remunerado; é preciso parecer
melhor e verdadeiramente
Por que esperar,
A lógica “uso agora, integrado – como se parecer fosse o
quando é possível pago devagar” tem verdadeiro diferencial, a prova de que
comprar parcelado, apelo, resume o que era somos realmente mais que os outros.
complicado (esperar,
pagar “suavemente” juntar dinheiro e negociar) Há um preço (alto) a ser pago.
e sair com o produto em uma ação corriqueira: Parecer custa caro e só alimenta a
comprar usando o angústia em relação ao que a sociedade
na hora?
crédito, de forma rápida e irá pensar a respeito de nós e nossas
objetiva. decisões. Se não há cobrança em
O! relação ao que devemos, há expectativa
ERRAD
em relação ao que vestimos, comemos e
possuímos.
Esses dias alguém nos chamou a atenção para o comportamento das
pessoas em um dia típico de passeio e compras: todas pareciam felizes,
Passamos a viver, ainda que de
tagarelas, repletas de sacolas nas mãos e brilho nos olhos. Impossível
forma parcialmente inconsciente,
dizer, porém, quais (e quantas) delas estão endividadas – essa
reféns do status e o que
informação não é perceptível.
acreditamos que ele representa.

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Dá para imaginar como esse ciclo “sou-tenho- Em suma, era preciso esperar. Era preciso
pareço-apareço” gera ansiedade em níveis cada compreender que algumas coisas eram mais
vez mais elevados? importantes que outras.

Suspeito de que a raiz da questão não está nas discussões

específicas sobre a economia, na mudança do quadro social ou
Parece que não somos mais preparados
na renda crescente. O problema tem origem na educação do
para lidar bem com frustrações. Pais
cidadão e no âmbito pessoal/familiar em torno da definição de
permissivos, escolas liberais demais e
sucesso, felicidade e qualidade de vida.
acesso fácil a todo tipo de informação
criaram uma geração que vê no consumo
Será que esquecemos a sensação de atingir um o sentido das coisas:
objetivo, realizar um sonho?

No passado, quando a velocidade dos acontecimentos era muito Se eu posso comprar,

menor, era também natural ser mais paciente, saber esperar. sou aceito, sou melhor!
O simples ato de se corresponder com alguém exigia tempo,
espera e dedicação – as cartas demoravam dias, até semanas
para chegarem.

Se não posso,
O mesmo acontecia com as decisões econômicas. O acesso ao
sofro...
consumo era limitado e precisava ser discutido. As prioridades
tinham que ser eleitas e o tempo usado com sabedoria para que
as metas pudessem ser atingidas.

5
 Qual o problema em sofrer
um pouco para ser melhor
daqui a pouco?
Que graça existe em um cotidiano farto
de opções, recheado de produtos, mas
vazio em termos de união familiar e
compromisso com a qualidade de vida?
Os filhos querem comer com pressa para voltar
logo para o videogame; os vizinhos trocam de
carro quase todo ano; a moda muda demais e é
preciso acompanhá-la. Onde está o seu genuíno
e verdadeiro sonho? Nas expectativas dos
outros ou nas suas decisões e ações?
Ouço com frequência que hoje é
muito mais fácil realizar sonhos.
O que faz o brasileiro que sonha
ter um carro? Criar coragem e ir
até uma loja especializada, só isso.
Ora, você chama isso de sonhar?
Então me desculpe, mas há
algo errado no sentido da meta
alcançada, no verdadeiro desejo.
Passamos a sonhar raso, fácil,
como que para abrandar a dureza
da vida que nos cerca. Faz sentido,
mas não me convence.
6
Logo passamos a nos enganar, crendo e fazendo A frustração? A PACIÊNCIA?
crer que a vida é só isso. Ter carro, casa, TV nova,
celular moderno e roupa cara. Somos felizes A CONSTRUÇÃO DE PATRIMÔNIO?
porque podemos ter tudo agora? Abrir mão do
legado, do futuro, não assusta? Para muitos, a
vida é muito boa, o consumo abre horizontes e o As prioridades? Qualidade de vida?
crédito virou sinônimo de realizar sonhos.
Os verdadeiros objetivos?
QUANTO VOCÊ ESTÁ DISPOSTO A LUTAR PARA
CONSTRUIR SEU CAMINHO E REALIZAR SEUS SONHOS?

$
Você sabe o que realmente quer
O que aprende o filho que vê essa realidade ou prefere manter-se no piloto
dentro de sua casa, vindo justamente de seus
maiores heróis, seus pais? Se eles agem assim, automático e esperar que as coisas
deve ser porque assim é bom, inteligente e mudem e melhorem sem esforço?
interessante. O ciclo se acentua enquanto,
com ele, surgem novos produtos, mais serviços
financeiros e opções instantâneas de felicidade.

7
2. Seus hábitos:

atitude faz toda a diferença

8
 Seus hábitos:
atitude faz toda a diferença
Desde que começamos a estudar e incentivar a
educação financeira, temos tido a oportunidade
de observar, cada vez mais de perto, o
comportamento das pessoas.
Dizemos comportamento porque temos convicção
de que a forma como lidam com o dinheiro passa
muito por questões relacionadas aos hábitos,
principalmente quando as atitudes do dia a dia
resultam no insucesso financeiro.
As dificuldades que criamos pra vida
Sempre percebemos que boa parte das pessoas
que passam por alguma dificuldade financeira
atravessam duas situações que as levaram
para o limite entre o desespero e a falta de
esperança em viver dias melhores:
compensação injustificada
descontrole (falta de limites).
9
A compensação

A primeira situação trágica é a forma como a pessoa utiliza o

dinheiro como instrumento de conforto e massagem do ego.
Explicando melhor, os gastos se tornam prêmios
individuais que representam a oportunidade de esquecer
as frustrações na vida, no trabalho e nos relacionamentos
amorosos ou familiares. Funciona como uma terapia, mas
está muito mais para compulsão. E traz consequências.
Engraçado que, via de regra, as
pessoas que se encontram nessa
situação possuem situação financeira
relativamente estável. Tudo começa
com bons salários, carreiras com
relativo sucesso, mas, de uma hora
para outra, desmorona – esses
indivíduos se descontrolam e
rapidamente afundam sua trajetória
em dívidas perigosas.

Fica claro que existe um descontrole latente em pessoas

assim, mas o descontrole não é somente financeiro; é também
comportamental e a ajuda necessária passa também por
questões psicológicas, além do apoio prático em relação às
finanças. A matemática será útil para lidar com o orçamento
e a mudança da estrutura do comportamento por ditar rumos
melhores e mais coerentes.

9
10
Descontrole: o sinal de alerta Atitude na hora de virar o jogo

Nossa sugestão para quem passa pelas duas situações

O outro ponto responsável pelo destempero e
é bem direta: aceite que precisa mudar seus hábitos.
insucesso financeiro é a falta de controle, a
Muitos nem perceberam ainda que se encontram em
falta de limites.
situação delicada, alimentando a sensação de que “a
qualquer hora será possível dar um jeito nisso”.

Recentemente, conversando de forma descontraída

Seja sincero consigo mesmo e reflita sobre os motivos
com amigos, ouvimos uma confissão: “Não sei os
pelos quais você não consegue viver sem o limite do
meus limites e durante o mês simplesmente vou
cheque especial ou da ajuda do cartão de crédito para
gastando. Não estipulo metas”.
manter o pagamento das despesas do lar em dia.

Pronto. O amigo em questão teve
uma mudança de vida radical
nos últimos tempos e hoje já está
em uma situação promissora. De
devedor passou a poupador, mas por
não ter controles, metas e objetivos
para os gastos no orçamento, deixa
“a torneira aberta” e o seu potencial
para acumular patrimônio fica cada
vez menor.
Pare de culpar os outros e aceite que você é o primeiro e
grande responsável pelo seu insucesso. Aprender a viver
dentro do limite de seu padrão de vida (que sua renda
propicia) é o “pulo do gato” em relação às finanças.
Esqueça o vizinho, o amigo mais rico ou aquele parente
$ que você tanto faz questão de impressionar.
$ Experimente e perceba as vantagens de comprar de forma
planejada e trabalhar seu patrimônio com paciência,
$ vendo-o crescer de forma constante e sustentável.

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Algumas dicas podem ajudá-lo:
#1
Chame para você a
responsabilidade de
sua vida financeira.
Você deverá tomar a
frente de tudo
Leia mais, discuta com a
família. Implemente um
controle financeiro através
de um pequeno caderno,
planilha ou sistema.
E, principalmente, mude
seus hábitos financeiros.
Compre mais à vista, separe
o dinheiro do mês de forma
mais organizada, fale mais
“não” para tudo e todos.
#2
Respeite o seu dinheiro
Chega de frases ou atitudes que
desqualificam seu dinheiro.
Valorize cada centavo que
ganha. Nas compras que
pretende fazer, pesquise os
melhores locais de compra e
busque sempre a opção de
compra à vista e com desconto.
Aceite que cada centavo é
importante e foi conseguido
através de seu esforço. Valorizar
seu salário significa valorizar-se.
#3
Qualifique-se e invista
em aprendizado
Qualifique-se e invista em
aprendizado.
Perceba que para aumentar
seu salário será necessário uma
melhor qualificação. Cortando
alguns gastos desnecessários e
valorizando seu dinheiro, você
pode voltar ou começar a estudar
e investir seu tempo e esforço em
aprendizado e conhecimento, o
que proporcionará uma melhor
formação e maiores chances de
sucesso.
12
#4 #5 #6
Crie uma reserva de Evite comprometer Imponha e respeite
emergência mais do que 30% de limites para categorias
sua renda mensal de gasto do orçamento
com dívidas de mais
O momento em que você de 30 dias
tem dinheiro disponível, Com o que você gasta seu
fluxo de caixa previsível dinheiro? Os inadimplentes
Prefira negociar
e possibilidade de se têm sempre desculpas e
insistentemente e pagar
organizar tem que justificativas para chegar ao
quando tiver o dinheiro
ser aproveitado para final do mês com a corda no
disponível à vista.
investir no futuro e criar pescoço.
oportunidades concretas de
Certifique-se de que há
consumo e padrão de vida Comece a anotar tudo o que
dinheiro para a qualidade de
diante de futuras crises. recebe e gasta como uma
vida, para os investimentos
simples experiência e depois
(pelo menos 10% da receita
de algum tempo observe suas
líquida) e para o básico.
anotações.

13
3. O melhor investimento

é não inventar desculpas

14
O melhor investimento Boas justificativas fazem o tempo passar…

é não inventar desculpas

Em se tratando de pequenas decisões cotidianas, tipo
“comi aquele lanche rápido porque não ia dar tempo de
Certa vez ouvi em uma palestra que o
almoçar”, muitas justificativas até parecem fazer sentido
ser humano é o “mestre na arte de
– e seu uso acaba sendo essencial para que seja possível
encontrar justificativas para suas
seguir adiante com as responsabilidades.
decisões”.

É muito comum observar esse “conceito” em nossa

Você já deve ter percebido essa habilidade
cultura. Muito de nossa prestação de serviços baseia-
em ação, afinal tomamos muitas decisões
se na máxima “criar complexidades para vender
de forma impulsiva e logo em seguida
simplicidade”. Porque é difícil, precisamos (e esperamos)
tentamos criar as condições ideais para nos
dos outros para a solução (acontece com a abertura de
confortarmos com o que acabamos de fazer.
empresas, declaração de imposto de renda, compra e
venda de imóveis etc.).

15

Sem perceber (ou sem
aceitar), estendemos isso
ao dia a dia e buscamos
“no sistema” a solução
para problemas pessoais.
A coisa começa a tomar
proporções perigosas
quando as desculpas
viram muleta para a
falta de bom senso e
planejamento.
Ao contrário do que temos
discutido neste eBook, olhar-se
como uma vítima só reforça o
quanto você prefere esperar que
uma solução apareça ao invés de
buscá-la de forma proativa.
A culpa é do sistema?
Ele fala isso porque
a situação dele é A liquidação
melhor que a minha. de 70% era
imperdível!
Frases tipo essas trazem uma sensação de tranquilidade imediata
porque transferem a culpa por uma decisão insensata para outra
pessoa, entidade ou empresa.
A vítima prefere olhar os acontecimentos como sendo
consequências de fatores alheios ao seu controle,
permitindo, assim, que a culpa seja sempre de variáveis
externas.
Assim, dormir tranquilo fica mais fácil e a pose do tipo “está
tudo sob controle” permanece. Na prática, porém, os problemas
continuam sem solução.
16
Quem só se justifica vira um chato!
Existe ainda um agravante: o indivíduo
afetado pela necessidade de justificar
tudo se torna alguém desagradável e
incapaz de enxergar as oportunidades
de melhorar. O convívio fica prejudicado
porque quem não se sente culpado tende a
cobrar demais.
Inventa-se desculpa para tudo. E se os
problemas não são da vítima, ela não é capaz
de agir. Logo, vai esperar e trabalhar para que
os outros resolvam suas questões. Vai exigir
mais das pessoas próximas, será mais inflexível,
cobrará resultados cada vez mais claros e assim
por diante.
Em finanças, esse comportamento também se traduz no
pensamento “vou investir assim que sobrar um dinheiro”.
O problema existe, é sério e requer ações imediatas, mas e
daí? Entram em cena as justificativas: este mês receberei hora
extra, mês que vem finalmente fulano vai me pagar, o bico que
eu estava procurando vai finalmente aparecer, entre outras
pseudojustificativas para adiar o plano.
O “e se”, o “quando isso” ou o “assim que” acabam se tornando
o modus operandi de muitos lares. Você consegue enxergar gente
assim no seu convívio pessoal? Infelizmente isso é muito mais
comum do que admitimos.
Desnecessário dizer que quem prefere ser vítima
dificilmente será reconhecido por fazer algo
extraordinário ou será capaz de construir um legado.
Então pare de inventar desculpas para justificar as razões para
ainda não investir e comece a fazer alguma coisa a respeito de seu
futuro. Comece a investir agora!
17
4. Inspire-se

em quem pode te ensinar algo

18
Inspire-se em quem pode
te ensinar algo
Até agora, conversamos sobre os principais aspectos
que tornam nossas decisões financeiras difíceis e que
nos remetem à importância do planejamento financeiro.
Este eBook é uma forma de desmistificarmos a
educação financeira e torná-la mais acessível e prática.
Um dos principais passos para quem deseja investir
com inteligência e de forma constante é apoiar-se em
exemplos e iniciativas que agreguem valor ao cotidiano
do investidor. Não é à toa que este capítulo tem duas
palavras tão legais: inspire-se e ensinar.
Nossa intenção com esse material é justamente servir de
apoio e inspiração para que você conquiste seus sonhos
e chegue lá com o apoio de seus próprios recursos e
investimentos. Sugerimos que você também procure
pessoas legais e que tenham histórias de sucesso na vida
financeira para que possam ser seus mentores.
Temos três sugestões para você tirar o máximo do
aprendizado de finanças pessoais e investimentos:
#1
Leia mais conteúdo relacionado ao tema
Se você chegou até aqui é porque realmente
deseja transformar sua vida financeira. Ótimo.
Agora é importante que você dedique ainda mais
tempo buscando conhecimento específico sobre
os passos que precisa dar e seguir para conquistar
sua independência financeira através de bons
investimentos.
O Brasil tem excelentes autores de livros e artigos
de finanças pessoais, investimentos e educação
financeira, além de contar com os mais recentes
lançamentos da literatura especializada estrangeira,
todos traduzidos e em versão eletrônica.
19
Jornais especializados, blogs e sites também
são uma boa fonte de informação e inspiração.
Procure manter contato com aqueles
profissionais que você mais admira e que
poderão ajudá-lo com dicas, sugestões
e apoio – use e abuse das redes sociais
para chegar até eles e aproveite!
Você está diante de uma equipe muito
competente na criação de conteúdo
e oferta de soluções relacionadas à
educação financeira e investimentos.
Você pode acessar o dinheirama.com
para artigos sobre o tema e também
orama.com.br para assistir a vídeos,
baixar gratuitamente eBooks, além
de conferir as análises diárias do renomado
macroeconomista Alvaro Bandeira.
#2
Relacione-se com empreendedores e investidores
que você admira
É provável que exista em sua família e/ou círculo de amizades pessoas
que você admira por conta de seu estilo de vida, sua maneira de lidar
com os problemas e, principalmente, pelas conquistas relacionadas ao
aspecto familiar e financeiro. Ora, por que não conversar mais com eles?
A ideia aqui é justamente aproximar-se de pessoas capazes de ensinar-
lhe diferentes maneiras de encarar seu dinheiro e fazê-lo se multiplicar.
Se você quer ser um grande investidor, é bom que compartilhe
e aprenda com bons investidores (seja virtualmente ou em
papos nos cafés da cidade).
Se essas pessoas não estão próximas ou parecem inacessíveis,
busque um pouco mais e melhor. Pode ser que você precise usar
uma abordagem diferente ou tenha mesmo que fazer amizade com
alguém que mora em outro lugar. Faça esse esforço! Vale à pena.
20
#3
Mantenha contato com gestores e
instituições financeiras
Você precisa entender que existem diversos
profissionais dedicados ao mercado financeiro e ao
trabalho de gerenciar o patrimônio de milhões de
brasileiros. Essa grande responsabilidade merece
destaque e precisa ser razão de admiração por
parte dos investidores.
O que ocorre é que a grande maioria dos brasileiros
não estabelece um canal de comunicação
aberto com esses profissionais, mesmo depois
de investir seu dinheiro com eles. A cultura de
atendimento precisa ser substituída pelo
relacionamento verdadeiro, onde gestor
e cliente discutirão, sem amarras ou segundas
intenções, que investimentos devem ser feitos de
acordo com cada etapa da vida ou objetivos.
Nossa sugestão é que você entre em contato com os
profissionais de mercado que oferecem os produtos
que você deseja e participe de todo o processo de
investimento e acompanhamento. Tire todas as suas
dúvidas, questione e exija posicionamentos claros
em relação à estratégia adotada e os resultados
apresentados. Esteja presente!
Aproveite, por exemplo, a oportunidade de falar
diretamente com a Sandra Blanco, consultora de
investimentos da Órama, uma profissional com mais
de 20 anos de mercado financeiro e autora de diversos
livros sobre finanças. Acesse orama.com.br e clique na
opção “Fale com a Sandra”.
21
5. Educação financeira:

A FÓRMULA DA FELICIDADE

22
Educação financeira:
A FÓRMULA DA FELICIDADE
Um comportamento interessante, relacionado
com dinheiro, sempre chamou minha atenção.
Nas conversas sobre finanças pessoais, a
pergunta mais frequente e geralmente disparada
logo no início do papo é “qual é o melhor
investimento hoje?”. A maioria das pessoas
quer o “mapa da mina”, o “tiro certeiro”,
na inocente tentativa de ganhar muito
dinheiro, muito rápido.
Se você procura o “melhor investimento” puro
e simples, a má notícia é que ele não existe.
Por outro lado, se você quer investir melhor seu
dinheiro, a boa notícia é que o melhor investimento
depende muito mais do seu perfil, dos seus
objetivos e do quanto você pode/quer investir do
que de algum agente externo.
Ou seja, o melhor investimento é sua educação
financeira!
Investir melhor depende mais do seu
comportamento e daquilo que você sabe e deseja
colocar em prática do que de algum banco ou
instituição que ofereça este ou aquele “produto
sensacional”.
Separei cinco dicas que podem ajudá-lo a
equilibrar melhor suas expectativas em relação aos
investimentos, acompanhe a seguir.
23
#1
Fuja de oportunidades fantásticas demais
O amigo te chama para entrar em um “negócio quente”, capaz
de trazer um retorno mensal fantástico depois de apenas poucas
horas trabalhadas por dia. Muito dinheiro, em pouco tempo e
com pouco esforço. É tentador, não é mesmo? É muito provável
que se trate de um negócio insustentável, uma ilusão.
CUIDADO!
Oportunidades milagrosas de rentabilizar seu dinheiro
não existem. Construção de patrimônio é um processo
lento, cuidadoso e que deve ser feito com bastante
dedicação e informação. Sugiro que você:
Evite investimentos de alto risco com rentabilidade
prometida;
Procure sempre informações sobre a empresa/
instituição junto aos órgãos reguladores de mercado,
como a CVM e a ANBIMA;
Só invista em produtos/empresas devidamente
regulamentadas e cujas operações você entende.
#2
Mantenha o assunto “dinheiro“ no seu
cardápio semanal
Como escolher uma alternativa de investimento inteligente
se não ligamos para o assunto, não lemos a respeito e
ignoramos as oportunidades gratuitas de entendê-los
melhor? São muitas as fontes de conteúdo interessante e de
fácil acesso disponíveis hoje em dia, desde a leitura de sites a
cursos gratuitos (online e presenciais).
É preciso entender que o “melhor investimento” não
vai “bater à sua porta” da noite para o dia.
Você tem que estar envolvido com o tema, ainda que de
forma superficial (mas não ingênua), para que termos como
fundos, hedge, estratégia, LCI, FII, ETF, CDB, Selic não soem
como uma inútil sopa de letrinhas.
Sandra Blanco e Alvaro Bandeira, da Órama, produzem
diversos eBooks sobre o mercado e investimentos. Todos com
uma linguagem bem simples e fácil de aprender.
Clique aqui para conhecer e baixar os eBooks gratuitamente.
24
#3
Automatize seus investimentos

A tecnologia hoje permite que façamos investimentos

a partir de nossos computadores, usando para
isso Internet banking e as facilidades dos sistemas
de informação dos diversos bancos e corretoras.
Isso significa que você pode programar seus
investimentos de forma que os aportes (ou
transferências) sejam feitos automaticamente em
uma data pré-estabelecida. Tornar o investimento uma tarefa mais
simples e integrada ao seu orçamento
evita que você conte com o dinheiro
para gastá-lo no seu dia a dia.

Automatizar os investimentos afastará a velha

desculpa de “só investir quando sobrar algum
dinheiro” (nunca sobra, afinal de contas, não é?).

25
#4
Tenha uma reserva de emergência
E se você perder o emprego repentinamente? E se
seu marido (ou esposa) perder o emprego? E se
surgir um problema de saúde que necessite de um
tratamento caro? Emergências acontecem e nossa
tendência é pensar nelas apenas quando elas são
a nossa realidade, o que é um erro grave – nós já
tratamos isso no início deste eBook, está lembrado?
Ter um montante aplicado em uma opção líquida e
acessível garantirá a tranquilidade necessária para
lidar com a emergência da forma que ela merece.
A proposta aqui é permitir que você mantenha sua
rotina, concentrando os esforços em tratar apenas
do problema. Além disso, quando oportunidades
arriscadas surgirem, esse “colchão” lhe dará sossego
para experimentá-las sem comprometer o dia a dia.
#5
Associe investimento a metas com prazo
de validade
O resultado de um histórico econômico atribulado e repleto
de piadas sem graça tornou o brasileiro um indivíduo
desconfiado. Essa constatação serve para lembrá-lo de
que nossa avaliação de curto, médio e longo prazo está
prejudicada. Curto prazo são 12 meses, não “o mês que
vem”. Longo prazo são 10 anos, não “o ano que vem”.
Viu só?
Ao definir objetivos claros e associá-los com um
prazo, tornamos mais simples a tarefa de precificá-lo e
encaixá-lo no nosso orçamento.
Saber o que você quer, definir um período para correr
atrás disso e só então buscar o investimento adequado
tornará a escolha mais acertada (mais rentabilidade,
relação risco/retorno etc.).
26
INVESTIR MELHOR DEPENDE DE VOCÊ!
Você já parou para pensar nas razões que fazem
você gastar seu precioso dinheiro? É claro que
grande parte do que você ganha você usa para
satisfazer necessidades básicas, tais como
alimentação, transporte, moradia e por aí vai. Mas
o que dizer dos gastos motivados pelas expectativas
sociais e emocionais?
Faço esse convite à reflexão para apontar o
maior defeito da maioria dos não poupadores:
o investimento não é uma prioridade familiar.
Vamos mudar nosso comportamento em relação
aos investimentos? Comece por você! Leia mais
materiais como esse, experimente conversar mais
sobre o tema, coloque em prática as atitudes aqui
listadas de forma gradual e mantenha a educação
financeira sempre como um valor.
Preciso dizer que é muito gratificante poder
compartilhar reflexões sobre dinheiro, investimentos
e finanças pessoais em geral com você através
desse eBook. Digo isso porque “grana” é um
tema bastante particular, tratado em muitos lares
como um tabu e cercado de influências externas
(sociedade, expectativas, posição social, desejos,
emoções etc.). Obrigado por esta oportunidade.
Por último, mas não menos importante, queria
agradecer à Órama, que nos apoiou e viabilizou a
realização desse projeto.
Abraços e até a próxima!
27
6. Felicidade gera felicidade:

relato dos leitores

28
Felicidade gera felicidade:
relato dos leitores
O mais importante da educação financeira é
sua prática no dia a dia. Por isso que desde o
início da criação deste eBook pedimos a você e
outros leitores que nos enviassem suas histórias
relacionadas ao tema.
Como o cuidado com as finanças
transformou sua vida?
Quais as principais transformações que a
educação financeira trouxe para você e
sua família?
Muitas pessoas toparam compartilhar suas histórias
conosco e este último e mais importante capítulo é
dedicado ao poder de mudança da educação financeira.
Selecionamos momentos tocantes das narrativas
enviadas e decidimos compartilhá-las neste material.
Acompanhe como a educação financeira pode mudar
vidas e criar oportunidades.
Inspire-se nas histórias a seguir e passe
a aproveitar o potencial de suas finanças
para construir liberdade, felicidade e ter
mais qualidade de vida:
29
 Cornelius
Okwudili
Ezeokeke
“ Trata-se de História de um africano que
morava na cidade de ‘Onitsha’ na Nigéria, sua
terra natal, e que se encontrava com muitas
dificuldades financeiras. Um dia, foi abordado
por supostos amigos que queriam lhe ajudar
a superar aquela situação, providenciando as
passagens e documentações a fim de embarcar
para o Brasil a trabalho (isso sou eu).
Fiquei contente pela possibilidade de realizar o
sonho de morar e trabalhar no Brasil - mal sabia
que tinha me enredado numa teia de máfia
Nigeriana, que arregimentava as pessoas para o
tráfico internacional de drogas.
Quando no Brasil cheguei, estava cheio de sonhos e
esperanças de dias melhores, tanto para mim, bem
como para a família que deixei para trás. Acabei
deparando-me com outra realidade que não havia
cogitado, agora fazia parte de uma quadrilha de
traficantes internacionais que desgraçava a vida dos
viciados. Quando percebi o que havia acontecido,
já estava iniciado e não podia sair enquanto não
‘trabalhasse’ para reembolsar o que foi gasto com
passagem e documentação. Quase a mesma coisa
que acontece com pessoas vítimas de tráfico de
seres humanos, para fins de prostituição. A primeira
coisa que a organização criminosa faz com suas
vítimas é reter o passaporte enquanto as forçam a
dançarem conforme a sua música.
30
Cornelius Okwudili Ezeokeke

Acabei sendo preso quando tentava embarcar
para o exterior com a mala cheia de substância
entorpecente. Acabava de engrossar as estatísticas
de estrangeiros detidos no país por tráfico
internacional de drogas. Não demorou muito
para a ficha cair, pois nunca me senti ‘encaixado’
naquela realidade carcerária. Via nas pessoas
o desespero de entrar e sair do presídio, sem
nenhuma perspectiva, tão pouco a intenção de
recuperá-las por parte das autoridades.
Foi quando decidi fazer algo para mudar a minha
história de presidiário. Via nas leituras e na
literatura sobre finanças pessoais a oportunidade
de ocupar o tempo ocioso dentro do presídio,
pois o que me levou lá foi a intenção de melhorar
a minha situação financeira. Mas havia um
problema: não falava a língua portuguesa!
Tive que começar a dura e difícil tarefa
de aprender o português na cadeia, um
empreendimento muito complicado, devido
ao fato de que a maior parte da população
carcerária ser analfabeta, agravado pela existência
de um linguajar peculiar utilizada nos presídios
(geralmente de baixo calão). Tive que superar
tudo isso para me preparar para uma nova
vida em liberdade, que denominei de liberdade
verdadeira - aquela que congrega e não segrega,
fazendo com que as pessoas sejam educadas
financeiramente. Fiz os ensinos fundamental
(embora tivesse concluído o primeiro grau na
minha terra natal), médio e parte do terceiro grau
quando cumpria a pena.

31
Cornelius Okwudili Ezeokeke
Quando fui posto em liberdade, depois de muito sofrer
no cárcere, demonstrei que a Educação Financeira é
uma das melhores formas de reintegrar o ex-preso
na sociedade, uma vez que a sociedade não dá a
oportunidade de trabalho para os egressos prisionais,
é preciso que ele saiba se preparar para ser o próprio
patrão e isso não se consegue sem a Educação
Financeira. Fiz pós-graduação depois de me formar em
teologia.
Hoje, sou pequeno investidor, e o Dinheirama me
ajudou nisso. Reconheço à importância da Educação
Financeira na vida de qualquer pessoa (incluindo
ex-presidiários). Com quinhentos reais que ganhei
no concurso nacional de redação para presidiários,
iniciei a minha trajetória na Bolsa de Valores de São
Paulo no ano de 2010, mostrando que é possível
uma verdadeira mudança de vida quando se tem uma
Educação Financeira de qualidade.
Nessa pequena reminiscência, pretendo ressaltar que
o ser humano é o único ser capaz de refazer a sua
história, pois a minha foi refeita através da Educação
Financeira, possibilitando a minha mudança de vida.
Sou grato por ter recebido apoio de vários sites e
blogs. Sou autor do livro ‘Penas mais rígidas: justiça
ou vingança?’, na sua 4°Edição, e ‘Paradoxos no
Cárcere’. Sou um dos autores do livro ‘Toque de
acolher: contos e crônicas’. Tenho vários trabalhos
publicados no jornal local chamado Opovo.
Enfim, sou um sujeito que mostra que enquanto há
vida, a esperança nunca deve morrer. Com apoio de
Educação Financeira sou sócio de várias empresas
sólidas que o Brasil tem. Tenho certeza que a minha
história possa ajudar as pessoas a se interessarem na
“
sua vida financeira e, consequentemente, procurar
mudá-la para melhor.
32

Mateus
Oliveira
“
A Educação Financeira na minha vida foi
essencial para que eu conseguisse conquistar
tudo que tenho hoje. Comecei a estudar sobre
Educação Financeira aos 18 anos, quando
inicie a minha faculdade, e comprei uma moto
financiada de 48 vezes. Após fazer as contas, vi
que financeiramente não deveria ter comprado
a moto, mas foi uma questão de necessidade e
infelizmente tive que pagar o preço.
Há um mês eu me casei e, como todo mundo deve
ter uma ideia, casamento é sinal de gastar muito
dinheiro. Agora imagina um casamento que foi
antecipado em um ano? Pois é, mas o mais legal
é que nessa época eu já havia contagiado minha
atual esposa de nos organizarmos financeiramente
e estávamos preparados para enfrentar mais esse
desafio.
O mais importante é que compramos uma casa
(outra), mobiliamos a casa, tivemos nossa lua de
mel e simplesmente não estamos devendo nada,
isso mesmo NADA. Acompanho o Dinheirama.
com tem pouco tempo, mas o que posso dizer é
que a organização financeira me proporcionou mais
liberdade, tranquilidade e felicidade, pois sei que
cuidando do meu dinheiro eu posso passar todo meu
“
tempo livre cuidando da minha família. Obrigado pelo
espaço para contar a minha história.
33
 Em 2010 fiquei interessado em aplicar dinheiro
Josinei na Bolsa de Valores, porém sem conhecimento
e terminei por perder boas quantias neste
Araújo segmento de mercado. A preocupação com
o futuro ainda não tinha se tornado uma
prioridade na minha vida e, justamente por isso,
deixei de conseguir bons resultados financeiros
até o ano de 2011.

“ Minha história não é muito grande, mas posso

dizer que é emblemática. Minha vida como investidor
começou ainda na década de 90, com vinte e poucos anos
de idade. Nesta época investia valores baixos em fundos
Em 2011, já na casa dos trinta anos e com
família formada, comecei a estudar sobre
Educação Financeira de forma responsável,
acompanhando diversos blogs que tratam
de investimento do banco no qual tinha conta corrente,
do tema (entre eles o Dinheirama), comprei
sem nenhum critério de escolha, tampouco objetivo
inúmeros livros (inclusive estou lendo o ‘Vamos
definido. Comprometia minha renda com parcelamentos
Falar de Dinheiro?’ no momento) e, após
em cartões de crédito, chegando ao ponto de precisar
absorver todo este conhecimento, comecei a
fazer empréstimos para pagar as faturas. Comprava carros
aplicar os conceitos estudados na minha vida
financiando 100% do valor e nunca conseguia deixar
financeira.
nada guardado na Poupança.

34
Josinei Araújo

Dentre as ações tomadas, cito as seguintes:

Decorridos apenas dois anos desde minha

i) defini meus objetivos de curto, médio e longo
decisão pela busca da independência
prazos;
financeira, multipliquei minhas reservas por
ii) aboli a utilização de cartões de crédito nas
nada mais, nada menos do que 9.229%! Isso
compras;
mesmo. Em fevereiro de 2011, comecei com
iii) reduzi minhas despesas, me livrando do que
pouco mais de 135 reais e hoje tenho uma
poderia ser considerado como fútil;
reserva de 12.620 reais que vai continuar
iv) me comprometi a guardar 10% da minha renda
rendendo graças à mágica dos juros compostos
mensal líquida, aconteça o que acontecer. “
e à minha obstinação na busca da minha
felicidade pessoal.
Com essas medidas, hoje não compro nada sem ter
o dinheiro para pagar à vista, formei uma reserva
de emergência, tenho reservas para despesas com o
carro e também com viagens de férias.

35
 Tereza
Cristina Trabalho também há quase duas
décadas cerca de 14 horas por dia, antes
trabalhava até 18 horas. Definitivamente,
meu presente tinha que ser tempo.

“
Hoje, atuo em duas frentes como
No dia em que fiz 50 anos de idade, resolvi que estava
voluntária, curso filosofia na prática,
na hora de me dar um presente significativo pela disciplina
mantenho as aulas de inglês, tomo café
financeira que sempre me custou, sobretudo, tempo: tempo
da manhã e almoço sentada à mesa,
de trabalho, tempo de não convivência com família e amigos,
ando de bicicleta diariamente e vou à
tempo de estudos, tempo de espera sobre investimentos.
academia três vezes por semana. Fiz a
formação e aplico sessões de coaching
Fiz contas. E lá, na ponta do lápis, vi que já tinha condições
para amigos.
de escolher sobre como eu queria trabalhar. Que sensação
de vitória esta constatação consegue dar para a gente nesta
altura da vida, antes mesmo da aposentadoria. Tenho um
escritório de comunicação corporativa, pequeno, que há quase
30 anos me proporciona muita realização profissional.

36
Tereza Cristina

Posso programar as viagens ao estado onde moram meu

pai e irmãs com estadia maior e meus índices nos exames
Aos 17 anos, comecei a trabalhar
médicos periódicos estão ótimos. Sinto-me plena em
para decidir sobre mais dinheiro e
poder fazer esta escolha hoje. Mas sei, perfeitamente, que
sempre ter um guardado para que o
esta liberdade não começou o dia em que fiz 50 anos.
dia em que um ‘show’ imperdível ou
inesperado aparecer eu não precise
Aos 16 anos, pedi dinheiro ao meu pai para ir a um show
pedir nada prá ninguém. Obrigado a
do Gilberto Gil ao qual toda a turma iria. Ele me disse que
eu tinha mesada e que era aquele o dinheiro sobre o qual
vocês por abordarem com sinceridade “
e inteligência a Educação Financeira.
eu podia decidir. Não me deu o dinheiro, eu não fui ao
show. Naquele dia minha disciplina financeira foi definida
e comecei a construir meu presente de 50 anos.

37

Tiago
Menezes
“ Meu contato com o dinheiro começou
bem cedo. Por ser de família humilde, tive que
começar a trabalhar na adolescência para ajudar
nas coisas de casa e já pensava em ter a minha
independência financeira. O engraçado é que
quando falamos de dinheiro, pensamos em
sempre ganhar mais e mais, desde que seja o
suficiente para bancar os nossos interesses e os
desejos de consumir tudo que vemos pela frente.
Curiosamente, à medida que os meus
rendimentos (bem abaixo da média salarial da
época) aumentavam, mais interesses eu tinha
para gastá-los, o que sempre me deixava aquela
sensação de estar ganhando muito pouco.
A Educação Financeira fez diferença na minha vida porque através
dela comecei a perceber que ter dinheiro e rendimentos dependia
exclusivamente de mim. À medida que você aplica os seus ganhos a um
padrão de vida adequado, haverá sempre condições de destinar uma
parte para cada fim.
Um dos macetes que aprendi foi de gerir o dinheiro por percentual e não
pelo valor absoluto. Ex: se eu posso poupar 10%, significa dizer que terei
90% do restante do dinheiro para gerenciar dentro do mês. Para ter uma
ideia melhor de como fazer isso, descrevi tudo numa planilha de Excel – hoje
há diversas delas disponíveis gratuitamente na internet, há até pequenos
softwares com possibilidade de visualização de relatórios, dentre outras
soluções que ajudam a dar uma visão melhor de cada parte do dinheiro.
Curiosamente, quanto mais você tem o controle dele, mais cautela se
tem ao gastar. Hoje tenho 29 anos e consigo ter uma vida financeira
equilibrada. Não ganho muito, mas administro bem o meu dinheiro, o
que me faz sempre estar feliz e me sentindo realizado.
Para aumentar a minha renda, faço outros trabalhos sempre que possível.
Enfim, procuro de uma forma ou outra aumentar a minha pequena
parcela guardada para poder sonhar mais. A Educação Financeira mudou
“
a minha vida e através dessa prática consigo trilhar meu caminho cada vez
mais independente e feliz.
38
 Henrique
Lachi Em março de 2012 passei dez dias na
capital da Inglaterra, sem ter grandes sustos
financeiros e sem me endividar. Tudo isso
graças à minha Educação Financeira.

“
Em meados de 2012, consegui uma
Conheci o Dinheirama quando ainda cursava
promoção e com a mesma mentalidade de
Comércio Exterior e sempre tinha vontade de viajar ao
poupar e juntar dinheiro busquei algo maior
exterior, especificamente para Londres. Porém, sempre vivia
- me policiei e mantive a minha dedicação
reclamando que não tinha dinheiro, que ganhava pouco
e Educação Financeira e em 2013 consegui
e os ‘blá blá blás’ de todo mundo. Foi quando descobri
realizar o sonho de muitos brasileiros,
o Dinheirama e comecei a ler que tinha que poupar nem
comprando a minha casa própria. Então
que fosse dez reais para realizar meus sonhos e assim foi.
notei que com a mudança de mentalidade e
Comecei a controlar minhas finanças, fazer uma poupança “
você se dedicando ao seu sonho, você pode
e fui juntando e juntando.
transformá-lo em realidade.

No final da minha pós-graduação em agosto de 2011,

pude ver que tinha uma quantia razoável e que, enfim, eu
poderia realizar o sonho tão esperado de ir para Londres.

39

Otto
Reuter
“
O primeiro contato com o tema Educação
Financeira foi há uns três anos, quando realizei um
curso de formação de investidores realizado por
uma corretora na minha cidade, Vitória - ES. Este
curso contemplava um módulo de finanças pessoais
e, a partir daí, comecei a buscar sites e blogs sobre
o tema, até que cheguei no Dinheirama.
Já no início, fiz uma reestruturação na minha casa,
determinando os gastos para a casa e para cada
membro da minha família. Estipulando nossos limites
para que as sobras existissem, primeiramente para
quitar alguns débitos. Hoje estou muito satisfeito,
pois consegui criar um nível de controle e respeito aos
nossos gastos.
Dado o meu interesse pelo tema, realizei minha
pesquisa de TCC sobre Educação Financeira e
Endividamento em alunos da minha faculdade, que
irei apresentar no início de dezembro deste ano.
Tive a ideia de criar um blog que foi concebido com
o nome de ‘Preserve Seu Dinheiro’, com intuito
de divulgar as boas práticas financeiras para meus
familiares e amigos de uma forma mais fácil e efetiva.
Com os resultados que obtive, tenho certeza que
qualquer pessoal também pode. Não deixamos de
fazer nada que fazíamos, apenas damos prioridade ao“
que é realmente importante para minha família.
40

Jota
Junior
“
Meu namoro com a Educação Financeira
começou antes de me casar há exatamente três
anos. Sou radialista há mais de 10 anos e amo o
que faço, porém nunca tive dinheiro sobrando e,
como morava com os pais, nunca tive a obrigação
de manter a família. No ano que decidi casar
conheci alguns livros de finanças pessoais e
percebi que era algo novo e revolucionário, pois
era só ter um monitoramento do dinheiro, gastar
menos do que ganhava e poupar o restante.
Eu e minha noiva planejamos nosso casamento,
tivemos uma festa com muito glamour e
sofisticação, mas nos bastidores tinham muitas
pechinchas e pesquisas, por isso pagamos pouco
e tivemos muito luxo. Estrategicamente, moramos
de aluguel e juntamos uma grana por um ano para
comprar os melhores móveis, pagando à vista,
tendo ótimos descontos e sem dívidas.
Atualmente tenho um programa de rádio ‘Saúde
Financeira’ em Salvador, no qual sempre oriento os
ouvintes a cuidar melhor das finanças, com dicas
de planejamento, estratégias de investimentos e,
sobretudo, no ‘Passive Income’, em que provoco
os ouvintes para que eles possam ganhar mais
dinheiro com novas ideias, através da internet,
ou desenvolvendo alguma atividade prazerosa de
forma remunerada, que de fato eles possam gastar
menos do que ganham, mas é muito melhor ganhar
mais do que se gasta e essa nova perspectiva muda
tudo, faz a diferença e é possível. Eu sou exemplo
“
disso, eu e minha esposa somos felizes e temos
Educação Financeira.
41
 Ronaldo
Antunes
“
Eu era um daqueles brasileiros que, ao ganhar um
pouco mais, já adquiria um ativo ruim, apesar de que é
claro que no primeiro momento sempre era uma alegria,
uma novidade. Eu havia comprado um sítio. Mas comecei
a ver que isso não estava me satisfazendo. Como o
Conrado Navarro sempre cita, eu já não estava mais feliz
com a minha aquisição, pois comecei a perceber o custo
que eu tinha com ele para usar alguns finais de semana e
20 dias no verão.
Gastava com pedágios, sempre tinha uma
coisinha pra arrumar, tinha que levar tudo pra
alimentação, e aí por diante. Depois de negociar
com a família, vendemos o sítio. Daí a coisa
mudou, aprendi muito com vocês.
Está sendo uma experiência muito boa, porque
há pouco tempo eu sempre estava negativo
no banco e agora não mais. Parabéns a vocês
que fazem nós brasileiros pensarmos um pouco
“
melhor sobre o uso do dinheiro para sermos
mais felizes.
42
 Hudson
Soares
Silva
Tenho na cabeça uma dica que li em um dos textos do
Dinheirama que diz ser perfeitamente possível a pessoa,

“
quando se aposentar, ter uns R$ 100 mil para curtir a
Meu nome é Hudson Soares Silva, tenho
vida, para isso sendo necessário só fazer o investimento
25 anos e acompanho o trabalho do Conrado
certo e ter paciência.
Navarro há algum tempo, inclusive tenho seu
ótimo livro ‘Vamos falar de dinheiro?’. Bom,
Pretendo seguir minha vida no serviço público e buscar
sentiria muito honrado em contribuir para o
não só os R$ 100 mil, mas muito mais para levar uma
‘eBook Educação Financeira: Investindo numa
Vida Feliz’.
“
aposentadoria ou quem sabe deixar para meu filho
uma boa herança.

43

Wederson
da Silva
de Jesus
“
No ano de 2008 eu cursava ensino técnico no período
vespertino (Técnico em Eletromecânica) e ensino superior no
período noturno (Administração de Empresas) e também fazia
estágio no período da manhã.
De manhã fazia estágio num ponto extremo da cidade
(próximo a minha casa), a tarde ia pra escola técnica no
outro extremo, a noite ia pra faculdade próxima ao local do
estágio, ou seja, passava boa parte do tempo transitando de
ônibus pela cidade, sem ter tempo para almoçar, jantar ou
descansar nos intervalos, fazendo sempre lanches no ônibus.
Foi quando decidi poupar pra tirar habilitação e comprar uma
motocicleta.
Como ajudava nas despesas de casa,
demorei um pouco pra juntar o dinheiro.
Mas juntei o dinheiro e paguei a
autoescola e as taxas de habilitação à
vista, conseguindo um bom desconto na
autoescola.
Em janeiro de 2009 recebi minha habilitação
e ainda tinha na minha conta 50% do
valor da motocicleta, conseguindo, assim,
comprar a motocicleta e conseguir tempo
para almoçar, jantar, acordar mais tarde e
dormir mais cedo.
Passei a me sentir melhor, pois
cuidava melhor da minha saúde, e,
consequentemente, meu desempenho nas
aulas e no estágio melhorou.
Bom, esse é meu pequeno exemplo de que
“
poupando/investindo a gente pode tornar a
vida mais feliz.
44
O melhor investimento pra você.

Atendimento: 0800 728 0880. Ouvidoria: 0800 724 0193