Você está na página 1de 11

INSTITUTO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO CONTINUADA – INBEC

ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SANEAMENTO BÁSICO E AMBIENTAL


GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM

BRUNA SILVEIRA
THAMIRIS LOPES

PROJETO DE MACRODRENAGEM: RELATÓRIO DO DIMENSIONAMENTO DA


CALHA PRINCIPAL DO RIO TEIMOSO EM SEU TRECHO MAIS A JUSANTE

VITÓRIA – ES
2018
INSTITUTO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO CONTINUADA – INBEC
ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SANEAMENTO BÁSICO E AMBIENTAL
GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS E SISTEMAS DE DRENAGEM

BRUNA SILVEIRA
THAMIRIS LOPES

PROJETO DE MACRODRENAGEM: RELATÓRIO DO DIMENSIONAMENTO DA


CALHA PRINCIPAL DO RIO TEIMOSO EM SEU TRECHO MAIS A JUSANTE

Relatório apresentado a Disciplina de Gestão de Águas


Pluviais Urbanas e Sistemas de Drenagem, Módulo 6,
do curso de Especialização em Engenharia de
Saneamento Básico e Ambiental, do Instituto Brasileiro
de Educação Continuada – INBEC, para obtenção de
nota parcial.

VITÓRIA – ES
2018
O relatório expõe o dimensionamento hidráulico da calha principal do Rio Teimoso
para uma cheia decorrente de um evento pluviométrico com 25 anos de recorrência,
considerando a situação antes e depois da implantação do empreendimento.

A bacia hidrográfica do Rio Teimoso apresentada na figura abaixo, possui as


seguintes características físicas:

Figura 01 – Bacia hidrográfica do Rio Teimoso e área de implantação do empreendimento.

Tabela 01 – Características físicas da Bacia hidrográfica do Rio Teimoso.


Grandeza Valor
Área de drenagem 45,20 km²
Diferença máxima de nível 287 metros
Comprimento do maior talvegue 15.900 metros
Declividade média 0,01038 m/m

Com o mapeamento de uso e cobertura do solo, observou-se um alto grau de


alteração antrópica na bacia do Rio Teimoso, apresentando predominantemente
áreas de pastagem, com poucos remanescentes florestais. Tal situação acentua-se
quando é considerada apenas a área interna ao empreendimento, apresentando
pastagem em quase a totalidade de seus limites. A partir do mapeamento do uso e
cobertura do solo existente na região, foi elaborado um mapa para caracterização da
bacia do Rio Teimoso, resultando nos valores apresentados na tabela a seguir.

Tabela 02 – Caracterização do uso e ocupação do solo da bacia.


Área (km²) %
Pastagem em várzea 1,90 4
Pastagem 33,62 74
Floresta 9,42 21
Vegetação secundária em estágio inicial 0,25 1
TOTAL 45,19 100

O relatório seguiu a seguinte sequência metodológica:


- Cálculo do tempo de concentração;
- Elaboração da chuva de projeto;
- Separação da chuva efetiva;
- Determinação do hidrograma de projeto;
- Dimensionamento hidráulico de canalizações e reservatórios de detenção.

Foi utilizado um modelo computacional, o Sistema Hidro-Flu, que pode ser


empregado exclusivamente como um modelo chuva-vazão do tipo concentrado.

Estudo Hidrológico
Para determinação do tempo de concentração foram analisados quatro métodos
matemáticos diferentes, e por fim, o mesmo foi expresso através da equação de
George Ribeiro.

Figura 02 – Métodos matemáticos para determinação do tempo de concentração.


Tabela 03 – Tempo de concentração.

Método Tempo de concentração (tc)


Califórnia Culverts Practice 157
Kirpich 195
George Ribeiro Para p=1, tc=300
Para p=0,21, tc=252
Dooge 227

Para a chuva de projeto utilizou-se o método do Bureau of Reclamation, sendo este


a distribuição temporal da chuva, onde a duração da chuva foi dividida em seis
intervalos iguais e o total precipitado para cada um dos intervalos (considerando a
duração como igual ao tempo acumulado) foi calculado.

Tabela 04 – Chuva de projeto.


Intervalo Duração i (mm/h) Ordem Altura de Chuva de
de tempo (m) volumétrica chuva projeto
(t) P (mm) incremental Pproj
Pinc (mm) (mm)
T1 50 105,74 88,12 88,12 6,27
T2 100 72,49 120,82 32,70 8,24
T3 150 55,46 138,65 17,83 17,83
T4 200 45,06 150,19 11,54 88,12
T5 250 38,02 158,43 8,24 32,70
T6 300 32,94 164,69 6,27 11,54
*TR adotado = 25 anos.

Duração (m)
300
=50
6

i (mm/h)
Parâmetros adotados (Vitória – ES)
k = 4003,611
a = 0,203
b = 0,931
c = 49,997
Fonte = 4

Ordem volumétrica P (mm)


50 . 105,74
Para T1: =88,12
60
Para T2: ( 100.12072,49 ) . 2=120,82
Para T3: ( 150.18055,46 ) . 3=138,65
Para T4: ( 200240
. 45,06
) . 4=150,19
Para T5: ( 250300
.38,02
) . 5=158,43
Para T6: ( 300.36032,94 ) .6=164,69
Altura de chuva incremental Pinc (mm)
Para T1: 88,12
Para T2: 120, 82 - 88,12 = 32,30
Para T3: 138,65 - 120, 82 = 17,83
Para T4: 150,10 - 138,65 = 11,54
Para T5: 158,43 – 150,19 = 8,24
Para T6: 164,69 – 158,43 = 6,27

Gráfico 01 – Incremento de precipitação referente a cada intervalo.

Pinc (mm)
100
80
60
40
20
0
50 100 150 200 250 300

Gráfico 02 – Incremento de precipitação referente a cada intervalo, após reordenação.


Ppro (mm)
100
80
60
40
20
0
50 100 150 200 250 300

Para a separação da precipitação efetiva utilizou-se o método SCS (Soil


Conservation Service).

Figura 03 – Tipologias de uso de solo e Grupo hidrológico.

Com relatado inicialmente, observou-se um alto grau de alteração antrópica na bacia


do Rio Teimoso, apresentando predominantemente áreas de pastagem, com poucos
remanescentes florestais. Sendo assim, foi adotado o Grupo hidrológico C, com os
seguintes valores:

Pastagem em Várzea = 86
Pastagem = 74
Floresta = 70
Vegetação secundária em estágio inicial = 77

Calculou-se uma média ponderada para encontrar o valor de CN:


(86 . 0,04) + (74 . 0,74) + (70 . 0,21) + (77 . 0,01) = 74
Logo CN = 74.

Tabela 05 – Caracterização do uso e ocupação do solo da bacia com relação a tipologia do solo e
grupo hidrológico.

Área (km²) % CN
Pastagem em Várzea 1,90 4% 86
Pastagem 33,62 74% 74
Floresta 9,42 21% 70
Vegetação secundária em estágio inicial 0,25 1% 77
TOTAL 45,29 100% 74

Para a elaboração do hidrograma foi feita a transformação da chuva excedente em


um hidrograma de projeto, a figura a seguir mostra o resultado da modelagem
hidrológica realizada no Sistema Hidro-Flu.
Figura 04 – Hidrograma Rio Teimoso.

Com os dados apresentados pelo hidrograma foram identificados os seguintes


valores para Pico de vazão e Volume:

Pico de vazão = 203 m³/s


Volume do hidrograma: 36614711 m³

Dimensionamento hidráulico de canalizações e reservatórios de detenção

A estimativa da seção de projeto do rio capaz de conduzir a vazão de pico na


situação antes da implementação do empreendimento, foi feita no modelo
computacional Hidro-Flu, resultando nos valores mostrados na figura abaixo.

Figura 05 – Canalização e propriedades hidráulicas.

Após a implantação do empreendimento foram calculados novamente dados


referentes ao estudo hidrológico e ao dimensionamento hidráulico. Vale ressaltar
que, a área industrial equivale a 6,3 km².
Com base nos valores estimados no Grupo Hidrológico C, relatados na Figura 03,
para Pasto, Floresta e Distritos Industriais, foram adotados:

Pastagem em Várzea = 86
Pastagem = 74
Floresta = 70
Vegetação secundária em estágio inicial = 77
Área Industrial = 91

Calculou-se uma média ponderada para encontrar o valor de CN, sendo:


(86 . 0,04) + (74 . 0,74) + (70 . 0,21) + (77 . 0,01) + (91 . 0,14) = 76
Logo CN = 76.

Tabela 05 – Caracterização do uso e ocupação do solo da bacia com relação a tipologia do solo e
grupo hidrológico, após a implantação do empreendimento.

Área (km²) % CN
Pastagem em Várzea 1,90 4% 86
Pastagem 27,32 60% 74
Floresta 9,42 21% 70
Vegetação secundária em estágio inicial 0,25 1% 77
Área Industrial 6,30 14% 91
TOTAL 45,29 100% 76

Hidrograma de cheia, pico de vazão e volume do hidrograma após a implementação


do empreendimento
Pico de vazão = 214,55 m³/s
Volume do hidrograma: 38614331 m³

Estimativa da seção de projeto do rio, capaz de conduzir a vazão de pico na


situação após a implementação do empreendimento

Volume adicional no rio adicionado pela implementação do empreendimento


38614331 – 36614711= 1999619 m³

Você também pode gostar