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Gimnospermas Angiospermas
7 Classes, incluindo
Coníferas
Monocitiledoneas Dicoteledoneas
(palmas, graníneas) (folhosas)
O Gênero Eucalyptus
Abrangia mais de 500 espécies
Estudo dos biólogos australianos Ken Hill e Lawrie Johnson:
Exatamente 113 espécies no gênero Eucalyptus
Novo gênero → Corymbia
Eucalyptus citriodora Corymbia citriodora
Eucalyptus maculata Corymbia maculata
Eucalyptus torreliana Corymbia torreliana
Córtex
Floema
Câmbio
Alburno
Cerne
Lúmen (1)
Parede (2)
Largura (L)
Fração Parede = (2 x Espessura Parede / Largura) x 100
S
Densidade Básica
Densidade Alta → maior carga/volume digestor maior produção, mas maior carga
Reagentes propriedades de ligação entre fibras inferiores papéis “tissue”
Um Exemplo:
Classe Densidade Kg/m3
A ≤ 460
B 461– 485
C 486 – 515
D > 516
Características Valores:
Densidade básica, Kg/m3 E grandis: >470
E. saligna: 500-520
Rendimento polpação > 52%
Teor de lignina 25%
Teor de holocelulose > 72%
Teor de extrativos < 2%
Fibras: comprimento 0,95 mm
largura 18 μm
espessura parede 4,4 μm
Células de Madeira de Folhosas - Carvalhos – 20%
Descascamento da Madeira
Razões para descascamento das toras:
Baixo teor de fibras boas na casca →baixo rendimento
Maior consumo de reagentes na polpação e branqueamento
Extrativos da casca causam “pitch” e espuma
Lavagem e depuração mais difíceis
Incrustações e células escuras da casca causam maior sujeira e menor alvura
Propriedades de resistência da polpa prejudicadas
Utilização das cascas:
Na floresta →fertilização do solo (após a compostagem)
Na fábrica →queima com material energético (biomassa)
Saída
TamborDiâmetro = 5,5 m
Comprimento = 28 m
Velocidade = 7,1 - 9 rpm
1. INTRODUÇÃO
Casca é a camada externa ao câmbio que recobre o tronco, galhos e raízes das
árvores, chegando a cerca de 10-15% do peso total da árvore.
Para processos de polpação, a madeira é usualmente descascada uma vez que
mesmo pequenos resíduos de casca são prejudiciais à qualidade da polpa. As
cascas da madeira são usualmente queimadas para recuperação de energia.
Somente pequenas frações de casca são utilizadas como matéria-prima para
produção de químicos.
2. ANATOMIA DA CASCA
A casca é composta de vários tipos de célula e sua estrutura é complicada em
comparação com a da madeira. Adicionalmente às variações que ocorrem dentro da
mesma espécie, dependendo de fatores tais como idade e condições de
crescimento da árvore, cada espécie é caraterizada por características específicas
da estrutura de sua casca.
A casca pode ser dividida grosseiramente em casca interna (viva) ou floema e casca
externa (morta) ou ritidoma. Os tecidos da substância casca são formados por
crescimento primário ou secundário. O crescimento primário significa produção
direta de células embrionárias nos pontos de crescimento do ápice do tronco e seu
posterior desenvolvimento em tecido primário. A epiderme, o córtex e o floema
primário são tecidos primários. A formação de tecidos secundários ocorre em dois
meristemas especiais; no câmbio vascular, que produz o floema secundário e no
câmbio corticoso (felógeno), que gera a periderme. A continuação da divisão das
células dá origem a várias camadas de periderme. Na casca madura, a última
periderme formada é a fronteira entre a casca interna e a casca externa.
3. QUÍMICA DA CASCA
De uma maneira geral, pode se dizer que a casca apresenta as seguintes diferenças
químicas em comparação com a madeira:
- muito mais extrativos (30-40% em algumas espécies)
- menos lignina (15-20% base peso seco)
- muito mais taninos (exceto madeira de quebracho e sequoia canadense) menos
celulose (20-30%) - DP = 10.000
- menos hemiceluloses (15-20%)
A composição química da casca é complicada. Ela varia entre as espécies e
também depende dos elementos morfológicos envolvidos. Muito dos constituintes
presentes na madeira também ocorrem na casca, embora suas proporções sejam
diferentes. É típico da casca o alto conteúdo de certos constituintes solúveis
(extrativos) tais como pectina e componentes fenólicos bem como suberinas. O
conteúdo de minerais da casca é também muito mais alto que aquele na madeira.
A casca pode ser grosseiramente dividida nas seguintes frações: fibras, células
corticosas e substâncias finas, incluindo células de parênquima. A fração de fibras e
quimicamente similar àquela das fibras de madeira e consiste de celulose,
hemiceluloses e lignina. As outras duas frações contêm grandes quantidades de
extrativos. As paredes das células corticosas são impregnadas com suberina,
enquanto que os polifenóis estão concentrados na fração de finos.
3.1. Constituintes Solúveis (Extrativos)
Os extrativos da casca podem ser grosseiramente divididos em constituintes
lipofílicos e hidrofílicos, embora estes grupos não tenham fronteiras muito distintas.
O conteúdo total de extrativos lipofílicos e hidrofílicos é usualmente mais alto na
casca que na madeira e varia muito entre espécies, correspondendo a de 20-40%
do peso seco da casca. Esses extrativos constituem um grupo extremamente
heterogêneo de substâncias, algumas das quais são típicas da casca mas
raramente estão presentes no xilema.
A fração lipofílica, extraível com solventes não polares (éter, diclorometano, etc.)
consiste principalmente de gorduras, ceras, terpenos e terpenóides e álcoois
alifáticos de alto peso molecular. Terpenos, ácidos resinosos e esteróides estão
localizados nos canais de resina presentes na casca e também ocorre nas células
corticosas e no exudato patológico (oleoresina) das casca ferida.
Triterpenóides são abundantes na casca: β-sitosterol ocorre em ceras, como o
componente alcóolico, e as células corticosas na casca externa (periderme) de
bétula contém grandes quantidades de betulinol.
Exemplos de esteróides e triterpenóides em xilema e casca. (1) β-sitosterol, (2)
betulinol, (3) serratenediol, (4) cicloartenol, (5) tremulone.
A fração hidrofílica, extraível com água pura ou solventes orgânicos polares
(acetona, etanol, etc) contém grandes quantidades de constituintes fenólicos 3).
Muitos deles especialmente os taninos condensados (frequentemente) chamados de
"ácidos fenólicos") podem ser extraídos somente como sais com soluções diluídas
de álcali aquoso. Por exemplo, quantidades consideráveis de flavonóides,
pertencentes ao grupo de taninos condensados, estão presentes na casca das
madeiras de "hemlock" e carvalho. Flavonóides monoméricos, incluindo quercetina e
dehidroquercetina (taxofolina), estão também presentes na casca. Também ocorrem
pequenas quantidades de lignanas e estilbenos (Ex. piceatannol na casca de abeto).
Compostos pertencentes ao extremamente heterogêneo grupo dos taninos
hidrolisáveis são também componentes fenólicos existentes na casca. As ligações
ésteres desses taninos são parcialmente hidrolizáveis em água morna, resultando
nos insolúveis ácidos gálico e elágico que são prontamente precipitados.