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MADEIRA

ORIGEM E ESTRUTURA DAS MADEIRAS


CLASSIFICAÇÃO DAS ÁRVORES

MADEIRA NATURAL

Produto do lenho dos vegetais superiores (árvores e arbustos lenhosos)

Todas as características com material de construção são decorrentes


dessa sua origem de seres vivos e organizados

Para o conhecimento do material é necessário considerar os diferentes
tipos de árvores e as diferenças no tecido lenhoso

BOTÂNICA VEGETAIS SUPERIORES  FANERÓGAMAS EXÓGENAS


 Vegetais completos com raízes, caule, copa, folhas, flores e sementes

GERMINAÇÃO E CRESCIMENTO EXTERNO  ANÉIS DE CRESCIMENTO

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Angiospermas ou Dicotiledôneas Ginospermas
Frondosas, FOLHOSAS (hardwood) Coníferas, RESINOSAS (softwood)
“árvores de madeira de lei” - Não produzem frutos, tem suas sementes
- Perdem as folhas no inverno (pinhas) descobertas
- Não resinosos - Tem folhas geralmente perenes em forma de
- Representam 65% das espécies agulhas, folhas aciculares
conhecidas - Geralmente lenho de madeira branca
- São1500 espécies úteis - Com resina
(50% tropicais, 15% temperadas) - Representam 35% das espécies conhecidas
- São 400 espécies industrialmente úteis

A norma diferencia essas duas famílias

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FISIOLOGIA E CRESCIMENTO DAS ÁRVORES

Estrutura de uma árvore: - RAIZ - COPA - TRONCO OU CAULE

1) A CASCA
 protege o lenho
 veículo da seiva elaborada das folhas para o lenho do tronco

* CASCA EXTERNA: CORTIÇA ou camada cortical  Tecido morto


* CASCA INTERNA: LÍBER ou floema  Tecido vivo (seiva elaborada)

2) O CÂMBIO

É A “USINA” DE MADEIRA (tecido merismático)



Transformação dos AÇÚCARES E AMIDO em CELULOSE E LIGNINA

ANÉIS ANUAIS DE CRESCIMENTO  Refletem as condições de
desenvolvimento da árvore
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Zona subtropical e tropical
LENHO INICIAL (Earlywood) Lenho de primavera-verão
LENHO TARDIO (Latewood) Lenho de outono-inverno

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CONSEQÜÊNCIA  ANISTROPIA DA MADEIRA

a) DIREÇÃO TANGENCIAL: transversal tangencial aos anéis de crescimento
b) DIREÇÃO RADIAL: transversal radial aos anéis de crescimento
c) DIREÇÃO AXIAL OU LONGITUDINAL: longitudinal ao caule, no sentido das
fibras

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3) O LENHO

 Núcleo de sustentação e resistência da árvore


 Seção útil do tronco par a construção civil

ALBURNO EXTERNO (SAPWOOD) madeira branca


Pode ser considerado como uma madeira “inacabada” ou “imperfeita”
- Formado de células vivas e atuantes
- Dá resistência à árvore
- É condutor de seiva bruta (ascendente)

CERNE INTERIOR (HEARTWOOD) (mais escuro que o alburno)


- Formado por células mortas e esclerosadas
- Vem do espessamento das paredes das células (do alburno) provocados
por sucessivas impregnações de lignina, resina, tanino e corante.

COMPARADO COM O ALBURNO, O CERNE TEM:


Maior densidade e compacidade Maior resistência mecânica,
Maior durabilidade Menor umidade e permeabilidade

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RETIRAR TODO O ALBURNO COMO IMPRESTÁVEL PARA A
CONSTRUÇÃO?

4) MEDULA

- Miolo central da seção transversal do tronco (vestígio do vegetal jovem)


- Tecido frouxo, mole e esponjoso, até apodrecido
- Não tem resistência mecânica e durabilidade
- Sua presença em peças de madeira serradas constitui um defeito

5) RAIOS MEDULARES

- Desenvolvimentos transversais radiais de células lenhosas


- Transporte e armazenamento de nutrientes na seção transversal
- Efeito estético e decorativo
- Amarram transversalmente as fibras impedindo que elas “trabalham”
exageramente frente às variações do teor de umidade da madeira

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ESTRUTURA FIBROSA DO LENHO
ESTRUTURA ANATÔMICA CELULAR

COMPORTAMENTO FÍSICO-MECÂNICO HETEROGÊNEO E
ANISOTRÓPICO
Desempenho desigual de peças proveniente de espécies diferentes ou
diversamente localizadas na mesma tora

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA MADEIRA

C (50%), O (42%), H (6%), N (1%), outros (1%)


REPARTIDOS EM
CELULOSE - HEMICELULOSE - LIGNINA
Outros compostos (0-1%): óleos, resinas, açúcares, amidos, taninos,
substâncias nitrogenadas, sais orgânicos, ácidos orgânicos.

Molécula de CELULOSE (cadeia):

A PAREDE DA CÉLULA: UM COMPÓSITO COM FIBRAS

Composta por:
- MICROFIBRAS (ou microfibrilas) constituídas por 100 até 2000 cadeias
celulósicas; serão as “fibras”
- LIGNINA E HEMICELULOSE são os ligantes das microfibras; serão os
componentes da “matriz”

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Camada S2: - 75% da espessura da parede celular
- Microfibras formam um ângulo em volta de 15o em
relação ao eixo principal do tubo

Consequência na anisotropia da retratilidade:


- Como a celulose é higroscópica e que a água vai se colocar entre as
cadeias de celulose compondo a microfibras, a seção dessas vai inchar ou
contrair com a entrada ou saída da água.
- Como as microfibras compondo a parede dos tubos (célula) são
dispostas quase paralelamente em relação ao eixo do tubo e esses
paralelos ao eixo do tronco, as variações dimensionais serão muito
maiores na direção perpendicular do que na direção paralela.

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ALGUMAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DAS MADEIRAS

UMIDADE

GRAU DE UMIDADE: quantidade de água que a madeira possui em


percentagem de seu peso no estado anidro

DETERMINAÇÃO:

1) MÉTODO GRAVIMÉTRICO (cdp de 2x3x5 cm3)

h = [(Ph - P0) / P0 ] x 100 = [Págua / P0] x 100

2) MEDIDA DA RESISTIVIDADE
BEM SECA: isolante (resistência elétrica elevada)

ÚMIDA: condutora

Teor de umidade % Resistividade transversal MW/cm


7 22000
10 600
15 18
25 0,5
Concreto: 20000 MW/cm Tijolo: 2000 MW/cm
-11
Aço: 100.10 MW/cm Vidro: 10000 MW/cm

RESISTIVIDADE: AVALIAÇÃO INDIRETA DO TEOR DE UMIDADE


Método não destrutivo, mas pouco preciso

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AS “ÁGUAS” DA MADEIRA

ÁGUA LIVRE (água de embebição ou ÁGUA DE IMPREGNAÇÃO (água de


água de capilaridade) adesão)

ÁGUA DE CONSTITUIÇÃO (água ligada quimicamente)

SECAGEM DA MADEIRA

Verde ou saturada PSF Seca ao ar Totalmente seca

Água livre Água de impregnação

PONTO DE SATURAÇÃO DAS FIBRAS (PSF): entre 25 e 30 %


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- Teor de umidade da madeira quando ela é colocada num ambiente
com 100% de umidade relativa (saturado)
- Teor de umidade da madeira quando as paredes das células estão
totalmente saturadas em água de impregnação sem que essa água
extravase para os vazios capilares

O PSF É MUITO IMPORTANTE EM ENGENHARIA DE MADEIRA...

TEOR DE UMIDADE DA MADEIRA “SECA AO AR”


TEOR DE UMIDADE DE EQUILÍBRIO
Quando é atingido o equilíbrio das tensões de vapor de água, a
evaporação da umidade pára e ocorre estabilização do peso
É quando o teor de umidade da madeira entra em equilíbrio com a
umidade relativa e temperatura do ambiente no qual ela está
colocada
Pode variar entre 0% e 25-30%

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DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE DE EQUILÍBRIO (seca ao ar)

O teor de umidade de um elemento de construção em madeira se estabiliza


em volta do teor de umidade de equilíbrio correspondente às temperaturas
e umidade relativa média de algumas semanas, sem ser afetado pelos
ciclos de variações de umidade e temperatura fracos ou altos de curta
duração

MADEIRA EM AMBIENTE EXTERNO

Indicações da NBR 7190/1997: classes de umidade

Exemplos:

UR% FPOLIS (1996) FPOLIS (2019) GOIÂNIA (2005)


Verão 83 80,1 81,6
Outono 84 81,1 72,7
Inverno 84,2 81,6 55,8
Primavera 81,5 78,7 75,8
Média (p/ NBR 83,17 80,4 71,5
7190/1997)

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RETRATILIDADE

Alterações de volume e de dimensões quando o teor de umidade da


madeira varia entre o ponto de saturação das fibras (25-30%) e a condição
de seca em estufa (0%)

CONTRAÇÃO, INCHAMENTO OU "TRABALHO" DAS MADEIRAS

RETRATILIDADE LINEAR
Determinação de dimensões nas 3 direções (axial, radial, tangencial) em 3
estágios de umidade (corpos de prova de 2 x 3 x 5 cm)
- Saturado (verde) LSAT - Seco ao ar Lh - Seco em estufa L0

Comportamento geral:

1) A retração longitudinal é “quase” desprezível


MAS CUIDADO COM AS PEÇAS COM GRANDE COMPRIMENTO 

2) A retração tangencial é entre 1,5 e 3,5 vezes maior que a radial (na
prática usa-se a média da duas )

3) A retração volumétrica é a somatório das três retrações lineares

SIGNIFICAÇÃO PRÁTICA: Para evitar a retração depois da aplicação, a


madeira deve estar seca até um teor de umidade que estará em equilíbrio
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com as condições de umidade relativa e temperatura do ambiente aonde a
peça vai se localizar.
 SENÃO, PODE OCORRER UMA RETRAÇÃO EM SERVIÇO
Perda das juntas Folga nas conexões Rachas na pintura
Flambagem Delaminação de lâminas
Empenos, rachas e fendas de secagem

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Todavia, a tendencia em deformar depende das características de cada tipo
de madeira:

AMPLITUDE DAS DEFORMAÇÕES


IMBUIA: CRad = 2,7%; CTang = 6,3%
CANELA-SEBO: CRad = 4,6%; CTang = 10,7%

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FORMA DAS DEFORMAÇÕES
JEQUITIBÁ-ROSA: CRad= 3,0%; CTang= 5,2%
CARVALHO-BRASILEIRO: CRad= 3,2%; CTang= 14%

SOLUÇÕES PARA A ATENUAÇÃO DOS EFEITOS DA RETRATILIDADE:

- Emprego de peças de madeira com TEORES DE UMIDADE


COMPATÍVEIS COM O AMBIENTE (deixar no futuro ambiente de
emprego ou secagem controlada em estufas).

- Emprego do DESDOBRO ADEQUADO

- IMPREGNAÇÃO das peças com óleos e resinas impermeabilizantes


(no entanto complicado tecnologicamente e caro)

CONDUTIBILIDADE TÉRMICA

Material K (SI) a 298 K Material K (SI) a 298


K
Material muito isolante 0,04 Aço 50
Madeiras leves 0,1 Cobre 300
Madeiras densas 0,3 Água 0,6
Alvenaria de tijolos 0,5 - 1 Ar 0,025
Pedras naturais 2-3 Lã de vidro 0,04
Vidro 1
Coeficiente de resistividade térmica; 1/K

MADEIRA: PÉSSIMO CONDUTOR TÉRMICO - Celulose (carbono)


- Ar

CONDUTIBILIDADE TÉRMICA e - teor de umidade


- densidade
- orientação das fibras

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COMPORTAMENTO AO FOGO

CONFORME OS MATERIAIS ENVOLVIDOS, UM INCÊNDIO NASCE, SE


PROPAGA E SE EXTINGUE

 FASE DE DESENVOLVIMENTO
Combustibilidade e capacidade de inflamação do material
Velocidade de propagação do fogo ou da chama na sua superfície
Quantidade de calor emitida por ela

 FASE DE INCÊNDIO GENERALIZADO


Manutenção da capacidade portante e resistente
Não propagação do fogo nas zonas adjacentes

MATERIAIS: CLASSIFICADOS CONFORME RESISTÊNCIA A 850C


Extinção de um fogo: devem resistir a 850 C.

MADEIRAS ?

MADEIRA NATURAL PEGA FOGO ESPONTANEAMENTE POR VOLTA DE


250-300C (a ignição é função do fluxo de calor)
Velocidade de combustão: 0,4 e 0,8 mm/min (umidade e densidade)

A 275 C, o fogo é superficial: forma-se uma cortiça de madeira dura e frágil,
mas com baixa condutividade térmica que protege o coração da peça.

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ASSIM, DURANTE UM INCÊNDIO, OCORRE MAIS UMA REDUÇÃO DA
SEÇÃO RESISTENTE DO QUE PERDA DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS
MANTENDO A CAPACIDADE PORTANTE DA PEÇA DURANTE UM CERTO
TEMPO.

OBSERVAÇÃO:
Se a relação superfície/volume das peças aumenta, a combustão inicia
mais rapidamente e as chamas se propagam mais facilmente (Ex.: grandes
fendas são prejudicáveis).

OBSERVAÇÕES:

1) PARA LIMITAR O RISCO DE IGNIÇÃO DO FOGO


Produtos ignífugos ou retardantes de ignição do fogo à base fosfatos
ou silicatos, p/ pintura superficial ou impregnação sob pressão
Aumentam a temperatura de ignição e/ou diminuem a velocidade
propagação das chamas na sua superfície.

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2) PARA LIMITAR A COMBUSTÃO
Usar revestimentos protetores

CONCLUSÃO: o ruim da madeira é que é inflamável e combustível


(carbono) mas por outro lado ela demora para queimar. Assim uma peça
estrutural com boa seção vai levar certo tempo até perder sua
funcionalidade e entrar em colapso

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COMPORTAMENTO MECÂNICO DA MADEIRA

ANISOTROPIA DA MADEIRA

CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS PRINCIPAIS, exercidas no sentido axial e
relacionadas à coesão axial;
Compressão, tração, flexão estática e dinâmica

INCLUDEPICTURE "http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAfZEQAB-8.jpg" \* MERGEFORMATINET


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CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS SECUNDÁRIAS, exercidas


transversalmente às fibras e relacionadas à coesão transversal;
Compressão e tração normal às fibras, torção, cisalhamento e
fendilhamento

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TODAS AS CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS SÃO RELACIONADAS À
- Anisotropia Axial: boa Transversal: ruim
- Heterogeneidade
- Densidade
- Grau de umidade
Ranqueamento P/ UMA MADEIRA “X” SEM DEFEITOS:

Tração paralela = 100 MPa Compressão paralela = 50 MPa


Tração perpendicular = 2 MPa Compressão perpendicular = 10 MPa

TRAÇÃO PARALELA: são as fibras que resistem; dá a melhor resistência

COMPRESSÃO PARALELA:
 A RUPTURA OCORRE POR: Flambagem individual das fibras e/ou
grupos de fibras (como se fossem pequenos pilares) seguindo um plano de
ruptura entre 50 e 65o.

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COMPRESSÃO PERPENDICULAR: esmagamento diametral dos tubos

TRAÇÃO PERPENDICULAR: medida da “aderência” entre as fibras; é a


pior resistência

NBR 7190/97: para efeito de projeto estrutural, considera-se como nula a


resistência à tração normal às fibras das peças de madeira

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APESAR DO FATO QUE A RESISTÊNCIA DA MADEIRA SEM DEFEITOS
SEJA MAIOR EM TRAÇÃO DO QUE EM COMPRESSÃO, O INVERSO SE
PRODUZ NA MADEIRA COM DEFEITOS

ISTO POR QUE A RESISTÊNCIA À TRAÇÃO É MUITO MAIS SENSÍVEL AOS
NÓS E OUTROS DEFEITOS DO QUE A RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO

É A “TEORIA DO ELO MAIS FRACO” PARA MATERIAIS FRÁGEIS QUE DIZ O
SEGUINTE: “QUANDO UMA CADEIA É SUBMETIDA À UM ESFORÇO DE
TRAÇÃO, ELA SERÁ TÃO RESISTENTE QUANTO SEU ELO O MAIS
FRACO”.
Isto é principalmente devido ao efeito deletério dos NÓS
RESULTANTE DE GALHOS DA ÁRVORE PRIMITIVA, VIVOS OU MORTOS,
QUE FORAM ENVOLVIDOS POR NOVAS E SUCESSIVAS CAMADAS DE
CRESCIMENTO DO LENHO

Tração paralela = 100 MPa Compressão paralela = 50 MPa


Tração perpendicular = 2 MPa Compressão perpendicular = 10 MPa

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 FLEXÃO ESTÁTICA: evitar a zona tracionada

MADEIRAS TRANSFORMADAS
MADEIRAS LAMINADAS (GLULAM)
 QUANDO SÃO NECESSÁRIAS PEÇAS DE MADEIRA DE GRANDE
COMPRIMENTO OU COM FORMAS ESPECIAIS

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SÃO TÁBUAS (15-30 mm) SOBREPOSTAS A FIO E COLADAS ENTRES SI
RETAS OU CURVAS
DE QUALQUER LARGURA E COMPRIMENTO
DE SEÇÃO CONSTANTE OU VARIÁVEL
JÁ APARELHADAS, TRATADAS E PRONTAS PARA USO

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 COMPARAÇÃO COM A MADEIRA MACIÇA
- FABRICAÇÃO DE PEÇAS DE GRANDES DIMENSÕES
- PERMITE A CONSTRUÇÃO DE PEÇAS DE EIXO CURVA
- MELHOR CONTROLE DA UMIDADE DAS LAMINAS
- PERMITE UMA SELEÇÃO DA QUALIDADE DA MADEIRA
- CUSTO MAIOR

MADEIRA LAMINADA CRUZADA (CROSS LAMINATED TIMBER)


TÁBUAS (15-30 mm) SOBREPOSTAS A CONTRAFIO E COLADAS ENTRES
SI

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Desempenho mecânico mais homogêneo e maior estabilidade dimensional.

Usada para aplicações necessitando grandes vãos, como pisos, paredes


estruturais e telhados (madeira laminada colada para pilares e vigas)

Mjøstårnet em Brumunddal – Noruega


2019 – Altura: 85,4 m

Edifício Brock Commons – Residência universitária na Universidade de


British Columbia – Vancouver – Canada

Prédio de 18 andares e 54 metros de altura


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- Rapidez de construção (todavia o vídeo mostra somente após ter finalizado
fundação, térreo e primeiro piso de concreto armado)

- Construção “seca” tipo “Lego”

- Pilares de madeira laminada colada (MLC)

- Não tem vigas – Lajes e paneis de fechamento de madeira CLT

- Fundação, térreo e primeiro piso em concreto armado: para dar estabilidade e


permitem tb evitar o contato da madeira com o solo (capilaridade, bichos).

- Aquelas caixas de elevadores em concreto (“core”) dão tb uma maior rigidez


horizontal (evitar o balanceamento lateral do prédio em caso de vento forte –
madeira tem menor densidade que concreto e alvenaria)

- Telhado no 18o andar formado por uma estrutura com vigas de aço

- A madeira foi seca e tratada? Não encontrei resposta nos vídeos, mas é um
questionamento que eu faria

- Preocupação com incêndio? Podem ver nos vídeos que na parte interna a
madeira não se vê. Isso porque ela foi revestida por placas de gesso para os
pilares e concreto para os pisos. Isso permite tb evitar a exposição aos bichinhos
(fungos e cupins) que tb é outra preocupação quando se fala de madeira.

- Um grande problema é que, para esse tipo de construção, tem que ter uma
usina não muito longe que produz as peças que deverão ser transportadas até o
canteiro.

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