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PATOLOGIA DAS

CONSTRUÇÕES
2° bimestre - AULA 01
-Patologias em Madeiras
PROFESSORA: MA. LORENA MIRANDA DE ALMEIDA SILVA
TURMA: 20201-ECVN10-XIII
AULA 06/05/2020
CONHECENDO A MADEIRA

A madeira é um produto xilemático dos vegetais superiores.


Localiza-se nos troncos e galhos das árvores e possuem
células especializadas na sustentação e condução da seiva.
FISIOLOGIA DA ÁRVORE
seção transversal do tronco

As camadas aparecem como anéis


de crescimento, cada anel é formado
por duas camadas
 PERÍODOS DE FORMAÇÃO:
 Primavera-verão: coloração mais
clara e células dotadas de paredes
mais finas (crescimento rápido);
 Outono-inverno: coloração mais
escura, células pequenas
(crescimento lento).
CONHECENDO A MADEIRA

PRORPIEDADES DA MADEIRA:
•Teor de umidade:

Madeira verde: Umidade >= ao ponto de saturação das fibras,


em torno de 25%.

Madeira seca ao ar: Umidade adquirida nas condições


atmosféricas locais: ponto de ponto de equilíbrio com o
ambiente. Pela NBR 7190/97 → a referência é 12%.
CONHECENDO A MADEIRA

PRORPIEDADES DA MADEIRA:
•Outras características importantes:

➢Higroscopicidade
➢Material heterogêneo
➢Material anisotrópico
➢Combustível
MADEIRAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

PARA COMERCIALIZAÇÃO: Madeiras retiradas de árvores


acima de 6 m.

APLICAÇÃO TEMPORÁRIA: canteiros de obras, andaimes,


escoramentos e fôrmas, etc...

APLICAÇÃO DEFINITIVA: esquadrias, estruturas de cobertura,


forros, pisos, peças estruturais, etc...
Ponte Krusrak

• Cidade de Sneek, na
Holanda ( 2008)
Espaço Militar

• Federal
Center South
Building 1202,
(SEATTLE)
MADEIRAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

O desconhecimento das propriedades da madeira por muitos


de seus usuários e a insistência em métodos de construção
antiquados, são as maiores causas de desempenho
insatisfatório da madeira frente a outros materiais.
TIPOS DE MADEIRA DE CONSTRUÇÃO

Madeira maciça Madeira industrializada

Madeira bruta ou roliça Madeira compensada

Madeira falquejada Madeira laminada e colada

Madeira serrada Madeira recomposta


MADEIRA ROLIÇA (ou bruta)

 Construções provisórias,
escoramento, contraventamentos;
 Período de secagem após extração:
evitar a retração transversal e
rachaduras;
 Impermeabilizante: alcatrão para Eucalipto
extremidades aparafusadas;
 Utilizadas em condição: meio seca ou
seca ao ar.

Pinho do paraná
MADEIRA FALQUEJADA

 Obtidas de tronco por corte de machado;


 Troco grande: madeira maciça falquejada
de grande dimensão (como 30 x 30 cm ou 60
x 60 cm);
 Partes laterais são consideradas PERDA.

Seção com maior módulo resistente Seção com menor perda de madeira
MADEIRA SERRADA

1. Corte e desdobra das toras:


 Abatidas na maturidade (cerne);
 Estação seca;
 Desdobramento mais cedo possível
após o corte (evitar defeitos da
secagem);
 Cortes em serras especiais;
 Comprimento limitado ao transporte Desdobramento
e manejo.
MADEIRA COMPENSADA

• Formada pela colagem de lâminas (em número


ímpar);
• Espessura das lâminas de 1 a 5 mm;
• Secagem das lâminas antes da colagem;
• Sob pressão (prensas a frio ou a quente);
• Tipo de cola depende da finalizade de
aplicação da peça (caseína ou sintéticas);
• Dimensões padronizadas: chapas de 1,25 x 2,5 m
e esp. De 4 a 30 mm
MADEIRA LAMINADA COLADA

• Produto estrutural;
• Associação de lâminas de madeira
selecionada;
• Colada com adesivo e sob pressão;
• Fibras com direções paralelas;
• Espessura das lâminas de 1,5 a 3 cm;
• Emendas coladas no comprimento
das peças;
• Umidade máxima de colagem: 5%
PRINICPAIS PATOLOGIAS EM MADEIRAS

a) Alterações nas características físicas dos elementos de madeira


utilizados nas soluções construtivas;

b) Perda de aptidão para o uso estrutural relacionada com


degradação dos materiais ou por modificação das condições iniciais
de uso, associadas a novas exigências de desempenho, mudanças
na utilização e características de uso.

c) Degradação do funcionamento do elemento construtivo como um


todo (porta, janela, assoalho) associado a envelhecimento,
deficiente limpeza ou manutenção mas também muitas vezes
deficiente utilização.
a) EXEMPLOS:
b) EXEMPLOS:
a) EXEMPLOS:
Patologias:

As patologias que surgem na madeira ocorrem devido a inúmeros fatores.


Podendo ser consequência de degradações físico‐químicas, biológicas
ou de origem estrutural. No entanto, importa salientar que os agentes
biológicos são a causa mais frequente de deterioração das estruturas de
madeira, sendo mesmo os responsáveis pela maioria das situações de
ruptura parcial ou total das estruturas. Destacam‐se pela sua importância,
os seguintes:

• Fungos de podridão;
• Cupins;
• Carunchos.
CAUSAS DAS PATOLOGIAS

Anomalias causadas pela AÇÕES HUMANAS:


Identifique as anomalias e possíveis causas:
Resposta:
CAUSAS DAS PATOLOGIAS

Anomalias causadas pela AÇÕES NATURAIS:


AULA 13/05/2020
XILÓFAGOS:
Insetos que se alimentam de madeira

A madeira é suscetível ao ataque biológico → condições ambientais favoráveis:


temperatura ambiente, ar e umidade em quantidades adequadas

Ataques de insetos → insetos sociais: cupins ou formigas brancas


insetos com ciclo larvar: carunchos
CLASSE DE RISCO BIOLÉGICO:

Classes de risco biológico → em função das condições de aplicação da madeira:

1 – sem contato com o solo, com cobertura e seco (com teor em água h ≤ 20%);

2 – sem contato com o solo, com cobertura mas com risco de umidade
(ocasionalmente h > 20%);

3 – sem contato com o solo, não coberto (frequentemente h > 20%);

4 – em contacto com o solo ou a água doce (permanentemente h > 20%);

5 – na água salgada (permanentemente h > 20%).

As diferentes classes de risco determinam exigências específicas quanto à durabilidade


natural das madeiras a utilizar ou quanto ao eventual tratamento preservador a ser aplicado.
CARUNCHO:
•Atacam madeira geralmente seca;
•A eclosão dos ovos postos pela fêmea adulta em fendas ou nos poros da
madeira dá origem a larvas que penetram na madeira abrindo galerias;
•Fim do período larvar → inseto imobiliza-se próximo à superfície da madeira e
sai para o exterior como inseto adulto dando origem a um orifício circular ou
elíptico;
•Perda de resistência → está função da perda de secção correspondente
à abertura de galerias pelo ataque de carunchos, geralmente no alburno;
CUPINS:
•Os cupins vive, em geral, no solo, em colônias compostas por reprodutores,
soldados e obreiras;
•Atacam preferencialmente a madeira úmida em contato com o solo;
•Ação de degradação de grande importância, pois os estragos colocam em
risco a segurança das estruturas
→ normalmente o estrago é detectável já em fase avançada
•Ataque mais comum nas resinosas (coníferas) do que nas folhosas
(dicotiledôneas)
•Destrói a camada primaveril.
FUNGOS:
•Fungos são vegetais que se desenvolvem e penetram na madeira → destrói
a madeira por ação enzimática
• FUNGOS DE PODRIDÃO: desenvolvem-se em madeira com teor de umidade
superior a 20% (sempre em madeira não saturada);
•Destruição da parede celular → alimentam-se diretamente da parede
celular da madeira → perda de peso e resistência da madeira
→fácil detecção do ataque (podridão) → Alterações típicas de coloração e
do aspecto.
XILÓFAGOS MARINHOS:
•Madeira submersa em água do mar;

•MOLUSCOS E CRUSTÁCEOS: abrem galerias na madeira → ataque mais


significativo na Primavera.
Identificação de ataques biológicos:

Cupins

OBS: texto em Português de Portugal.


INSPEÇÕES PERIÓDICAS

•Realizar inspeções periódicas para avaliar o estado de conservação da


madeira;

•procurados indícios de má conservação dos elementos de madeira:


→Deformações acentuadas, sintomas associados à umidade;

•Atentar-se para situações “perigosas”: proximidade de rede de água ou


esgoto
•Primeiro levantamento → aspecto exterior
INTERVENÇÕES – Tratamento e Consolidação

Inspeção para verificar a situação → Medidas corretivas adequadas:


•Reunir informações disponíveis → esclarecer eventuais incoerências
e alertar para possíveis situações danosas

Geralmente frequente:
•ruptura de elementos de ligação e de apoio (carga excessiva ou uso
inadequado)
•Deformações excessivas;

Verificação da resistência dos elementos de madeira:


•Contabilização da secção residual (útil)
•Qualidade da espécie de madeira
•Teor de água
Técnicas consideradas não destrutivas:

•“Perfurador” (perfil de densidade, detecção de “ocos” ou fendas


anelares),
•Pylodin (dureza na direção transversal),
•Raios Gama (perfil de densidade),
•Ultra-sons - Sylvatest/Pundit (estimação do módulo de
elasticidade a partir da velocidade de propagação da onda
sonora),
•Vibrações (estimação do módulo de elasticidade a partir da
frequência própria de vibração).
TRATAMENTO CURATIVO E PREVENTIVO NA
MADEIRA
Face ao ataque da madeira por agentes biológicos, é
necessário suster a progressão da degradação (ação curativa) e
impedir a recorrência dos problemas (ação preventiva).
Em termos gerais, devem ser implementadas as seguintes ações:

- secagem da madeira (baixando o teor em água pelo menos para


valores abaixo de 20%);
- limpeza (da madeira podre ou seriamente atacada por insetos
- pulverulenta ou facilmente desagregável);
- tratamento preservador inseticida e/ou fungicida da madeira que
permanece no local;
- tratamento preservador da madeira susceptível de ataque que
venha a ser introduzida na obra.
PRESERVATIVOS DA MADEIRA

•Produto químico que, aplicado convenientemente na madeira, a


torna resistente ao ataque de organismos xilófagos.

Quer conhecer melhor?

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