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Patologia das

Construções
AULA 1
Conteúdo

1. Definição Patologia.
2. Conceitos Básicos.
3. Fluxograma para o diagnóstico.
Patologia ???
• É toda a manifestação cuja ocorrência no ciclo de vida da edificação, venha
prejudicar o desempenho esperado do edifício e suas partes (subsistemas,
elementos e componentes).
• “Ciência que estuda as origens, causas, mecanismos de ocorrência,
manifestações e consequências das situações em que os edifícios ou
suas partes deixam de apresentar o desempenho mínimo pré-
estabelecido”
Conceitos Básicos
Conceitos Básicos
• Exemplo:
• Problema: Ruptura de uma viga de Concreto Armado.
Exemplo
• Manifestações/Sintomas: Armadura exposta, fissuras,
deformações excessivas.
• Natureza/Surgimento: Cobrimento Insuficiente, Exposição à
agentes agressivos.
• Causa desencadeadora: Ataque à armadura.
• Origem (pré-disposição): Falhas de especificação do projeto.
Conceitos Básicos
Fluxograma para resolução de problemas
patológicos - Lichtenstein
Fluxograma para
resolução de problemas
patológicos - Lichtenstein
Problema Patológico

• Anomalias são detectadas pelos próprios usuários da


edificação.
• Quanto mais cedo a enfermidade for detectada, menor terá
sido a perda de desempenho e mais simples e barato será o
tratamento (terapia).
Custo x Desempenho x Tempo
Origem da patologia
• Para o concreto armado, classifica-se em:
• Deficiência de projeto;
• Deficiência de execução;
• Má qualidade dos materiais, ou emprego inadequado dos mesmos;
• Sinistros ou causas fortuitas (incêndio, inundações, acidentes, etc.)
• Uso inadequado da estrutura;
• Manutenção imprópria.
Origem da patologia – nível de incidência por país
Origem da patologia – % de incidência no Brasil
Origem da patologia – em termos gerias
Origem da patologia

SINISTRO: Jerusalém – Israel 2001


https://www.youtube.com/watch?v=vV3-HnG-w5Q
1. VISTORIA DO LOCAL
• Vistoria: contato direto com a anomalia-cinco sentidos e testes simples.
1. PROCEDIMENTO PADRÃO MÍNIMO
PARA VISTORIA
1. Determinar a existência das patologias através da observação dos
sintomas;
2. Avaliar sua gravidade, tendo em vista a segurança do usuário, e tomar as
medidas cabíveis. Nos casos críticos, escorar/evacuar a edificação;
3. Definir a extensão do quadro patológico e, portanto, a extensão da
vistoria;
4. Definir a sequência da vistoria, ou seja, a ordem de verificação dos
andares, dos cômodos e das peças estruturais;
1. PROCEDIMENTO PADRÃO MÍNIMO
PARA VISTORIA
5. Levantar e registrar dados utilizando os cinco sentidos:

• Características da anomalia;
• Posição em relação à estrutura;
• Extensão;
• Forma de evolução.
1. PROCEDIMENTO PADRÃO MÍNIMO
PARA VISTORIA
6. Levantar e registrar dados utilizando testes e instrumentos simples:
• Teste do grau de carbonatação (fenolftaleina);
Vídeos:
• https://www.youtube.com
/watch?v=6up9gQ1Doik
• https://www.youtube.com
/watch?v=6up9gQ1Doik
1. PROCEDIMENTO PADRÃO MÍNIMO
PARA VISTORIA
• Abertura de fissuras (fissurômetro);
(http://www.clubedoconcreto.com.br/2013/11/ferramenta-fissurometro-
digital.html)
• Teste de percursão (martelo);
(https://www.youtube.com/watch?v=2bQSveNi_b8)
• Teste de facilidade de destacamento (martelo de bico);
1. PROCEDIMENTO PADRÃO MÍNIMO
PARA VISTORIA
• Teste preliminar de dureza superficial (esclerometria);

• https://www.youtube.com/watch?v=eipGnLUP9sY
• https://www.youtube.com/watch?v=q2j5FixgYUA
1. PROCEDIMENTO PADRÃO MÍNIMO
PARA VISTORIA
7. Registrar, cuidadosamente e sistematicamente, os dados colhidos, através
de:
• Descrição;
• Croqui esquemático;
• Fotos e filmes.
2. ANAMNESE -INFORMAÇÕES ORAIS E
FORMALIZADAS

• Caso os dados coletados na vistoria do local não sejam suficientes para


o diagnóstico do problema patológico, dará início a fase de
levantamento de subsídios para o entendimento da história do problema
e, também, do edifício – a anamnese.
2. ANAMNESE -INFORMAÇÕES ORAIS E
FORMALIZADAS

• “Anamnese” é de origem grega e significa “recordar”.

• Levantamento da história evolutiva do problema desde as suas


manifestações iniciais, bem como, da vida da edificação desde a fase de
projeto, incluindo o quadro geral de seu desempenho ao longo do
tempo, as formas de solicitação, utilização e manutenção.
2. ANAMNESE -INFORMAÇÕES ORAIS E
FORMALIZADAS
3. EXAMES COMPLEMENTARES

• Físicos, químicos e até biológicos.


• Exames estritamente necessários
• Os exames complementares podem ser executados em laboratório ou
“in loco”.
3. EXAMES COMPLEMENTARES
1. Exames Em Laboratório
Características mecânicas dos materiais:

• Resistência à compressão;
• Resistência à tração;
• Módulo de elasticidade;
• Aderência;
• Resistência à abrasão e à impactos;
3. EXAMES COMPLEMENTARES

1. Exames Em Laboratório • Absorção d’água;

Propriedades físicas: • Coeficiente de dilatação térmica;

• Densidade; • Condutibilidade térmica;

• Permeabilidade; • Condutibilidade elétrica;

• Porosidade;
3. EXAMES COMPLEMENTARES
1. Exames Em Laboratório

• Para reconstituição do traço do concreto;


• Para verificação e quantificação da presença de elementos ou
compostos químicos (p.ex. cloretos, sulfetos, sulfatos, óxidos de
enxofre);
• Para verificação da reatividade alcali-agregados;
3. EXAMES COMPLEMENTARES
1. Exames Em Laboratório

• Verificar a presença de microorganismos vivos;


• Análisar o desempenho e comportamento estrutural da edificação ou
de suas partes através de modelos;
• Análisar a micro-estrutura dos materiais.
3. EXAMES COMPLEMENTARES
2. Exames IN LOCO
• Não Destrutivos
• Resistividade e potencial eletroquímica
• Esclerometria • Raio X
• Ultrassonografia • Gamagrafia
• Pacometria • Sondagem sônica
• Sonometria • Prova de carga
3. EXAMES COMPLEMENTARES
2. Exames IN LOCO
Destrutivos
• Extração de corpos de prova (determinação de resistências, módulo de
elasticidade, etc);
• Ensaios de arranchamento (avaliação de aderência entre materiais e
estimativa de resistência).
4. PESQUISA

• Bibliográficas ou tecnológicas;

• Profissionais da ciência da engenharia.


5. DIAGNÓSTICO
• O diagnóstico pressupõe o entendimento de um quadro geral de
fenômenos e manifestações dinâmicas – as enfermidades – implicando
no conhecimento de seus sintomas, mecanismos, causas e origens.
• Os dados levantados nas fases anteriores devem ser interligados de
maneira a formar uma história para o surgimento e evolução do quadro
patológico. Todos os dados devem se encaixar nessa história, não
podendo, pois, ser desprezado nenhum deles.
5. DIAGNÓSTICO
6. PROGNÓSTICO E ALTERNATIVAS DE
INTERVENÇÃO
Hipóteses sobre a evolução futura do problema – o prognóstico.
• Erradicar a patologia;
• Impedir ou controlar sua evolução;
• Não intervir e estimar:
1. O tempo de vida da estrutura,
2. Limitar sua utilização,
3. Indicar sua demolição.
7. DEFINIÇÃO DA CONDUTA A SER
SEGUIDA
• As intervenções que visam erradicar uma patologia consistem em:

1. Corrigir pequenos danos (Reparo)


2. Devolver à estrutura o desempenho original perdido (Recuperação)
3. Aumentar tal desempenho (Reforço).
8. AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO E
REGISTRO DO CASO

• O desempenho da edificação, deve ser acompanhado para uma


comparação entre resultados observados e previstos.
• O caso deve ser cuidadosamente registrado e publicado, para que possa
ser mais uma fonte de informações sobre a patologia, a recuperação e o
reforço de estruturas.

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