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O propósito do quarto Evangelho é de apresentar o caráter messiânico e a divindade

de Jesus. Por essa razão o autor fez questão de registrar o sinais miraculosos de Jesus
como provas irrefutáveis de que Cristo é o Deus encarnado. João queria, com tudo o que
escreveu a respeito de Cristo e suas obras, incutir fé no coração dos homens para que
pudessem receber a vida eterna. Apesar de sua intenção de apresentar que Jesus é o Filho
de Deus, o Salvador da humanidade, ele registra apenas oito dos trinta e cinco milagres
registrados nos evangelhos.
Após o batismo de Jesus por João Batista, dá-se início ao ministério do Messias! Ele
faz seu primeiro milagre num casamento, em Caná. Ali transforma água em vinho,
mostrando que é poderoso para criar e recriar, trazendo a nós a esperança de nova vida
nele. Ele também ensinou o mestre da lei, Nicodemos, a respeito do novo nascimento.
Aprendemos que somente Deus pode nos dar nova vida! Ele saciou a sede da mulher
samaritana, pois ele é a água viva! Dele flui a vida eterna! Ao curar um paralítico, mostrou
que a fé é uma condição para a vida eterna. E ele alimentou uma multidão de mais de cinco
mil pessoas, quando tinha à disposição apenas cinco pães e dois peixes. Ele multiplicou!
Porque ele pode criar do nada todas as coisas. Verdadeiramente este é o Filho de Deus!
Não há dúvidas! Todos os seus sinais, todas as suas obras e seus ensinos provam isso.
Jesus, a essa altura já tinha muitos seguidores. Mas por qual motivo as pessoas
continuavam a segui-lo?
Podemos afirmar que Jesus conhecia o coração daquelas pessoas. Ele sonda o mais
íntimo do nosso ser. Ele conhece os nossos pensamentos. Aquelas pessoas pareciam estar
dispostas a servi-lo, a segui-lo, a crer nele e a honrá-lo. Mas verdadeiramente Jesus
conhecia os motivos da conduta daquele povo e por essa razão afirmou: “Vós me procurais,
não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes”
Irmãos, o Senhor sabe exatamente o que nos impulsiona em tudo que fazemos na
vida religiosa. Ele sabe por quais motivos frequentamos a igreja, ou separamos o domingo
para o Senhor. Todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos do Cabeça da Igreja. O
Senhor verdadeiramente vê o coração.
Sejamos sinceros. Somos falhos, pecadores e diversas vezes hipócritas. Às vezes
desempenhamos grande esforço em apresentar uma moralidade a fim de convencer os
outros de que somos bons. Podemos até enganar nos amigos, parentes ou líderes da igreja.
Mas é impossível enganar a Cristo! Ele nos vê por completo. Feliz é aquele que pode dizer:
“Senhor, tu sabes de todas as coisas, tu sabes que eu te amo” (Jo 21.17).
Quando Jesus adverte a multidão dizendo: “Trabalhai, não pela comida que perece”,
certamente não está encorajando-nos à ociosidade. Jesus estava censurando o trabalho
excessivo em benefício do corpo, enquanto a alma é negligenciada. É um hábito comum
trabalhar apenas pelas coisas presentes, deixando de lado o que concerne à eternidade. O
hábito de se preocupar apenas com as coisas desta vida e negligenciar a que está por vir.
Jesus afirma que ele é o único alimento que satisfaz, alivia e atende as necessidades
espirituais do homem.O pão é uma figura perfeita. Podemos viver razoavelmente sem
muitos alimentos, mas não sem o pão. É um alimento essencial. Daí Cristo utiliza-se desta
realidade para mostrar que sem ele morreremos. Todos os dias precisamos de seu sangue,
sua justiça, sua intercessão e graça! Com essa razão ele é chamado “pão da vida”.
Precisamos ir a Cristo, com fé! Confiar nele, depositar em suas mãos a nossa alma.
Certos de que ele nos concede uma promessa real de que encontraremos satisfação agora
e eternamente, porquanto está escrito: “O que vem a mim jamais terá fome; e o que vem a
mim jamais terá sede”.
Trabalhemos, não pela comida que perece! Alegremo-nos porquanto Cristo é o pão
da vida; Ele preserva todo aquele que nele crê. Jamais deixará que uma alma dedicada a
Ele se perca e seja lançada fora. Ele preservará, desde o momento de sua salvação até à
chegada na glória. Apesar do mundo, da carne e do diabo, nenhuma ovelha de seu aprisco
será abandonada. Ele certamente nos suprirá, e nos guardará em suas poderosas mãos.

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